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Aula 0 (Demonstrativa) Língua Portuguesa para a Alerj (Teoria e Exercícios) Classes Gramaticais: Verbos Professor: Albert Iglésia

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Aula 0 (Demonstrativa)

Língua Portuguesa para a Alerj (Teoria e Exercícios) Classes Gramaticais: Verbos

Professor: Albert Iglésia

(2)

Prezado amigo concurseiro,

O concurso da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro já foi lançado. Para ajudá-lo a superar a concorrência e garantir sua vaga, a equipe do Ponto e eu preparamos este curso de teoria e exercícios de Língua Portuguesa, que está baseado no conteúdo programático do Edital nº 2, de 6 de setembro de 2016, e traz aquilo que de mais relevante vem aparecendo nas provas elaboradas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Saiba o que iremos estudar juntos neste curso:

Aula Conteúdo

0 Classes gramaticais (ênfase nos verbos: emprego de tempos e modos, flexões).

1 Classes gramaticais (ênfase nos pronomes: emprego, formas de tratamento e colocação).

2 Análise morfossintática dos termos da oração.

3 Relação de coordenação e subordinação entre orações. Emprego de conectivos.

4 Pontuação. Regência verbal e nominal. Ocorrências de crase.

5 Sintaxe de concordância (casos de flexão verbal e nominal).

6 Ortografia Oficial. Acentuação gráfica.

7

Análise textual (parte I) - Noções de semântica;

- Leitura e análise de textos (pressupostos e subentendidos);

- Articulação do texto: coesão e coerência.

8

Análise textual (parte II) - Tipologia textual;

- Variação e adequação da linguagem;

- Reescritura de frases.

(3)

Agora que você já tomou conhecimento das informações preliminares sobre o que mais lhe interessa, permita-me uma breve apresentação.

Sou o professor Albert Iglésia. Possuo licenciatura em Letras (Português/Literatura) e especialização em Língua Portuguesa. Há quinze anos ministro aulas voltadas para concursos públicos. Iniciei minhas atividades docentes no Rio de Janeiro – meu estado de origem. Hoje moro em Brasília, onde dou aulas de gramática, compreensão e interpretação de texto, produção textual e redação oficial. Possuo experiência com diversas bancas examinadoras (Cespe, FCC, Esaf, FGV, Cesgranrio e Fundação Universa, por exemplo). Já participei da preparação de diversos alunos para os mais importantes concursos nacionais e regionais (Senado Federal, TCU, MPU, Tribunais, Petrobras, BNDES, Receita Federal, Bacen, CGU, Abin, PC-DF, TC-DF, TJ-DFT, Detran-DF, ICMS-DF etc.). Além de ensinar nos cursinhos preparatórios, sou professor do ensino médio de um colégio público federal no DF. Também já atuei como instrutor da Esaf, da Casa Civil da Presidência da República e de outras instituições voltadas para a capacitação de servidores.

Sempre que precisar, faça contato comigo, meu e-mail é:

albert@pontodosconcursos.com.br. Nessa etapa da sua vida, quero me colocar ao seu lado para ajudá-lo a conquistar a tão sonhada vaga.

Para você refletir: “O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade”

(Winston Churchill).

Agora que você já sabe com quem estudará e o que o espera pela frente, que tal falarmos um pouco mais sobre o curso que estou lhe propondo?

Apresentação do Professor

(4)

Ele é composto por nove aulas (incluindo esta, que é a demonstrativa). Elas serão ministradas com base no conteúdo descrito no edital. Terão, aproximadamente, 30 exercícios comentados, todos extraídos de provas de concursos. Prioritariamente, trabalharei com questões da própria banca examinadora, mas poderei inserir exercícios de outras instituições para corroborar sua aprendizagem.

Ao finalizarmos este curso, teremos resolvido cerca de 270 questões. Multiplique esse número pela quantidade de alternativas e veja quantos itens teremos analisados neste curso. Tenha certeza de que faremos um trabalho focado nos aspectos mais importantes de cada assunto do programa.

Reproduzirei os textos e os itens (será respeitada a grafia original dos enunciados e das alternativas). Ocorrendo a abordagem de assuntos diversos em uma mesma questão, as alternativas serão tratadas separadamente conforme cada caso específico (poderá haver ligeiras adaptações). Assim, poderei utilizar um mesmo texto (ou fragmento dele) para apresentar as diversas assertivas. Portanto não estranhe se isso acontecer. O procedimento é puramente didático.

Outro esclarecimento que preciso fazer desde já é sobre a forma como conduziremos nossos estudos. Este não é um curso só de resolução de exercícios. Significa dizer que também nos ocuparemos com os aspectos teóricos sobre os itens do programa, sem prejuízo das resoluções das questões de provas anteriores.

Com esta aula demonstrativa, acredito que você obterá uma noção de como as informações serão transmitidas, do grau de complexidade das aulas e da linguagem que usarei em nossos próximos encontros.

Esclareço que não adianta empenharmos nosso escasso tempo na explicação de detalhes sobre todas as classes se o que a banca examinadora

O Curso que Proponho

(5)

Veja o que temos pela frente:

Flexões Verbais ... 6

Voz ... 6

Número e Pessoa ... 12

Modo e Tempo ... 12

Tempos Simples ... 12

Tempos Compostos ... 12

Locução (ou Perífrase) Verbal ... 21

Emprego dos Modos Verbais ... 22

Emprego dos Tempos Verbais ... 25

Formas Nominais do Verbo ... 30

Classificação dos Verbos quanto à Forma ... 31

Correlação Verbal ... 33

Lista das Questões Comentadas ... 40

Gabarito das Questões Comentadas ... 52

Começo com uma simples questão para testá-lo, em seguida exponho alguns conceitos essenciais. À medida que outros exercícios de provas anteriores surgirem, a explicação será ampliada.

1. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Mas ainda não há um programa alternativo maduro que se contraponha à euforia do programa conservador, aplicado por gente que foi de esquerda e aplaudido pela direita.

Quantos verbos há no trecho acima?

(A) seis (B) cinco (C) quatro (D) três

Sumário

(6)

(E) dois

Comentário – Que tal? Acertou? Se sim, meus parabéns! Caso contrário, confira quais são os verbos existentes no trecho acima:

1 – “há”;

2 – “contraponha”;

3 – “aplicado”;

4 – “foi”;

5 – “aplaudido”.

Resposta – B

Isso foi só um teste. A seguir existem explicações detalhadas sobre o assunto, as quais farão você compreendê-lo melhor.

FLEXÕES VERBAIS Voz

1. ATIVA  indica que o processo verbal foi praticado pelo sujeito do verbo.

Ex.: Cabral descobriu o Brasil.

2. PASSIVA  indica que o processo verbal foi sofrido pelo sujeito do verbo.

Ex.: O Brasil foi descoberto por Cabral.

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o SUJEITO da voz ativa (Cabral) torna-se AGENTE DA PASSIVA, assim como o OBJETO DIRETO da voz ativa (o Brasil) torna-se SUJEITO da voz passiva.

2 – Entretanto, quando o SUJEITO da voz ativa for INDETERMINADO, na voz passiva não haverá AGENTE DA PASSIVA.

Ex.: Resolveram as questões. – voz ativa com sujeito indeterminado.

As questões foram resolvidas. (ou Resolveram-se as questões.) – voz passiva sem agente da passiva.

3 – A voz passiva pode ser dividida em verbal ou analítica e

pronominal ou sintética.

(7)

Ex.: Aquelas crianças foram abandonadas. – verbo auxiliar + verbo principal no particípio = analítica.

Abandonaram-se aquelas crianças. – verbo TRANSITIVO DIRETO + pronome SE = sintética.

Agora considere o seguinte trecho: “[...] Pacientes afetados pela síndrome ultrapassaram muito a ‘fronteira da adaptabilidade às demandas’

[...]”. Novamente, vamos treinar a transformação da voz ativa para a passiva.

VOZ ATIVA VOZ PASIVA

Sujeito

Pacientes

afetados pela síndrome

Agente da

passiva

pelos pacientes afetados pela síndrome

Verbo transitivo direto

ultrapassaram (o quê?)

Locução verbal (voz passiva analítica)

foi ultrapassada

Objeto direto

a fronteira da adaptabilidade às demandas

Sujeito paciente

A fronteira da adaptabilidade às demandas

Há ainda alguns cuidados a respeito das vozes passiva e ativa:

a) Ficou-se feliz com o resultado. – verbo de LIGAÇÂO + SE = sujeito indeterminado

b) Vive-se bem neste lugar. – verbo INTRASITIVO + SE = sujeito indeterminado

c) Precisa-se de professores. – verbo TRANSITVO INDIRETO + SE = sujeito indeterminado

d) Ama-se a Deus. Verbo TRANSITIVO DIRETO + SE + OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO = sujeito indeterminado

2. (FGV/2014/Susam/Economista) “Ajuda-memória: o comício foi organizado

pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo

a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o

(8)

mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena”.

Sobre as formas verbais desse segmento do texto, assinale a afirmativa correta.

a) A frase “o comício foi organizado pelo governo Goulart” está na voz passiva e sua forma ativa correspondente é “o governo Goulart organizou o comício”.

b) A forma verbal “havia” não tem sujeito expresso e equivale a “existiam”.

c) A forma verbal “pedindo” equivale a “que embora pedissem”.

d) A forma verbal “acenar” equivale à forma desenvolvida “estar acenando”.

e) A forma verbal “se atiça” exemplifica o que se denomina construção com sujeito indeterminado.

Comentário – Alternativa A: correta. Foi o que expliquei. O sujeito paciente (“o comício”) transformou-se no objeto direto e o agente da passiva (“pelo governo Goulart”) tornou-se o objeto direto da voz ativa. Observe também que o verbo

“organizou” está conjugado no pretérito perfeito do indicativo, no mesmo tempo e modo do verbo auxiliar “foi”.

Alternativa B: errada, pois o verbo equivale a “existia”, para concordar com “profusão”.

Alternativa C: errada. Não há nenhuma equivalência entre o gerúndio e o pretérito imperfeito do subjuntivo. Isso é um blá-blá-blá da banca examinadora.

Alternativa D: errada, até porque a locução “estar acenando”

não é forma desenvolvida. Um verbo está desenvolvido quando é conjugado no indicativo ou no subjuntivo. As formas nominais (infinitivo, gerúndio e particípio) são formas não desenvolvidas.

Alternativa E: errada. Trata-se de voz passiva sintética.

Compare com a voz passiva analítica: “com que o touro na arena é atiçado”.

Perceba o sujeito paciente: “o touro na arena”.

Resposta – A

(9)

3. (FGV/2014/DPE-RDF/Analista Judiciário) A frase abaixo que exemplifica uma estrutura passiva é:

a) “...cuja ação iconoclasta contra símbolos do capitalismo é apresentada como uma ‘estética’ ...”

b) “...quem pratica tais barbaridades, não é povo...”

c) “...a justificativa ideológica é parecida com o discurso dos adeptos...”

d) “...para os futuristas, o fascismo era a realização mínima do seu programa político...”

e) “...aliás, segundo alguns, os novos mascarados se inspiram menos nos anarquistas e mais nos fascistas italianos...”

Comentário – Apenas em A temos um sujeito que sofre a ação indicada pela locução verbal “é apresentada”. Essa locução – formada por VERBO AUXILIAR (SER) + PARTICÍPIO – caracteriza a voz passiva analítica ou verbal. Na letra C, observe bem, o sujeito (“a justificativa ideológica”) não é paciente, não sofre ele nenhuma ação. O verbo “é” é de ligação; “parecida” é predicativo do sujeito.

Resposta – A

4. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/2014) A frase do texto 1 que se encontra na voz passiva é:

a) “nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres”;

b) “não nos basta possuir”;

c) “então, por que continuam lendo?”;

d) “nos sentimos presos à realidade”;

e) “cada vez mais se desfazem os limites”.

Comentário – Esqueça o texto. Lembre-se de que a voz passiva analítica é formada por VERBO AUXILIAR SER/ESTAR + VERBO PRINCIPAL NO PARTICÍIPIO e a sintética é formada por VTD + SE. Em ambos os casos, o verbo tem que ser transitivo direto e o sujeito é paciente. Agora, observe a última alternativa. Nela aparecem o pronome apassivador “se” e o verbo transitivo direto “desfazem”.

Já que toda voz passiva sintética pode ser transformada em analítica,

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experimente fazer a transformação: cada vez mais os limites são desfeitos.

Pronto! Está confirmada a voz passiva na última opção.

Resposta– E

5. (FGV/2015/TJ-RO/Técnico Judiciário) No texto 1, ora o autor emprega verbos na voz ativa, ora na voz passiva; a frase abaixo cujo verbo se encontra na voz ativa é:

a) “O século XX foi marcado pelo uso crescente de veículos automotores”.

b) “Desde então observam-se com maior frequência episódios críticos de poluição do ar”.

c) “...a mudança definitiva do século pode ser representada pela revolução nos transportes...”.

d) “...por meio de tecnologias que já foram criadas...”.

e) “ [tecnologias] que poderão estar acessíveis em menos de 20 anos”.

Comentário – Você não precisa do texto para acertar esta questão. Observe que, em todas as alternativas, os sujeitos estão sofrendo as ações expressas pelos verbos, com exceção do sujeito indicado na última opção. Além disso, note a estrutura VA + VP (no particípio), típica de voz passiva verbal ou analítica.

Reconheça ainda a estrutura de passiva sintética ou pronominal: VTD + SE (pronome apassivador). Na última alternativa, nenhuma dessas características está presente.

Resposta – E

6. (FGV/2015/DPE-MT/Assistente Administrativo) Um leitor da revista Veja (fevereiro de 2015) escreveu o seguinte texto: “Ok, o transporte público deve ser priorizado. Ok, quanto menos carros circulando nas ruas, melhor.

Ok, o uso de bicicletas é uma alternativa que deve ser incentivada. Mas o

que não pode continuar é serem eliminadas vagas para carros nas ruas sem

que se viabilize uma alternativa”.

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As opções a seguir apresentam formas verbais na voz passiva, à exceção de uma. Assinale-a.

a) “deve ser priorizado”.

b) “deve ser incentivada”.

c) “pode continuar”.

d) “serem eliminadas”.

e) “se viabilize”.

Comentário – As alternativas A, B e D apresentam estruturas típicas de voz passiva analítica, com locução verbal formada por verbo auxiliar e verbo principal no particípio. Já a alternativa E trouxe uma estrutura de voz passiva sintética, com verbo transitivo direto e pronome apassivador. Apenas na terceira opção é que o verbo está na voz ativa, representada pela locução “pode continuar”. Repare que agora não há nem pronome apassivador, nem verbo auxiliar “ser”, nem verbo no particípio.

Resposta – C

3. REFLEXIVA  indica que o processo verbal é praticado e sofrido pelo sujeito ao mesmo tempo.

Ex.: Não me considero tão importante.

Reservamo-nos o direito de ficar calado.

Ele se deu um presente.

ATENÇÃO! 1 – Observe, de acordo com os exemplos anteriores, que o verbo vem acompanhado de um pronome oblíquo que lhe serve de objeto e representa a mesma pessoa do sujeito.

2 – Na prática, identifica-se a voz reflexiva acrescentando, conforme a pessoa, as expressões a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo etc.

Ex.: Feri-me a mim mesmo.

Julgai-vos a vós mesmos.

3 – No plural, a voz reflexiva pode indicar reciprocidade.

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Ex.: Os amigos se cumprimentaram.

Amavam-se um ao outro.

Número e Pessoa

singular eu tu ele/ela plural nós vós eles/elas Modo e Tempo

Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. Os tempos situam o fato ou a ação verbal dentro de determinado momento (durante o ato da comunicação, antes ou depois dele).

MODOS TEMPOS SIMPLES

indicativo

Presente (tenho)

Pretérito

perfeito (tive)

imperfeito (tinha) mais-que-perf. (tivera)

Futuro do presente (terei)

do pretérito (teria)

subjuntivo

presente (tenha)

Pretérito imperfeito (tivesse)

futuro (tiver)

imperativo afirmativo (tem tu)

negativo (não tenhas tu)

MODOS TEMPOS COMPOSTOS

Indicativo

Pretérito Perfeito (tenho/hei cantado)

mais-que-perfeito (tinha/havia cantado)

(13)

do pretérito (teria/haveria cantado)

Subjuntivo

Pretérito Perfeito (tenha/haja cantado)

mais-que-perfeito (tivesse/houvesse cantado)

futuro (tiver/houver cantado)

ATENÇÃO! 1. O quadro acima é uma síntese da formação dos tempos compostos da voz ativa. Eles são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal.

Ex.: Temos estudado muito.

Tinha posto a televisão na sala.

Havíamos chegado tarde.

2. Note que não há tempos compostos relativos ao presente e ao pretérito imperfeito. Eles são usados para formar, respectivamente, o pretérito perfeito composto e o pretérito mais-que-perfeito composto. Também não há tempo composto relativo ao modo imperativo.

3. O tempo composto da voz passiva é formado com o emprego simultâneo dos auxiliares ter ou haver e ser, seguidos do particípio do verbo principal.

Ex.: Temos sido ensinados pelo professor.

O casal havia sido visto no restaurante.

“Quando um empregado de um frigorífico foi inspecionar a câmara frigorífica, a porta se fechou e ele ficou preso dentro dela. Bateu na porta, gritou por socorro, mas todos haviam ido para suas casas”.

7. (FGV/2014/Funarte/Assistente Financeiro) Sobre a forma verbal “haviam ido”, pode-se afirmar que:

a) mostra um momento posterior às ações anteriores;

b) equivale a “tinham ido” ou “foram”;

c) indica um momento simultâneo à última ação;

(14)

d) representa uma ação que continua no presente;

e) significa uma ação ocorrida em tempo muito distante.

Comentário – Você entendeu corretamente como os tempos compostos são formados? Observe que a estrutura TER/HAVER + PARTICÍPIO caracteriza a locução “haviam ido”. Note também que o verbo auxiliar “haviam” está conjugado no pretérito imperfeito (PI). Isso dá origem ao pretérito mais-que-perfeito composto (PMP). Que tal esta indicação: PI  PMP? O pretérito mais-que-perfeito composto também pode ser indicado por “tinham ido” e se equivale a “foram” (pretérito mais-que-perfeito simples).

Resposta – B

8. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2007) Assinale a alternativa em que a alteração da estrutura “de as gerações presentes virem a exauri-los”

provocou correta mudança da forma do verbo vir.

(A) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes venham a exauri-los

(B) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vissem a exauri- los

(C) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vierem a exauri- los

(D) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes viriam a exauri- los

(E) colocando-se a possibilidade de que as gerações presentes vinham a exauri- los

Comentário – O verbo vir foi corretamente conjugado na terceira pessoa do

plural do presente do subjuntivo (que eu venha, que tu venhas, que ele venha,

que nós venhamos, que vós venhais, que eles venham). A conjunção “que”,

combinada com a ideia hipotética da declaração, impõe-nos essa flexão de

tempo e modo para que seja mantida a coerência textual.

(15)

Alternativa B: “vissem” corresponde à terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo ver (se eu visse, se tu visses, se ele visse, se nós víssemos, se vós vísseis, se eles vissem).

Alternativa C: “vierem” representa a terceira pessoa do plural do futuro do subjuntivo do verbo vir (quando eu vier, quando tu vieres, quando ele vier, quando nós viermos, quando vós vierdes, quando eles vierem), flexão que prejudica a correção da frase e a coerência textual.

Alternativa D: “viriam” é a conjugação do verbo vir na terceira pessoa do plural do futuro do pretérito do indicativo (eu viria, tu virias, ele viria, nós viríamos, vós viríeis, eles viriam); a relação entre as ideias não suporta o emprego de um verbo indicativo de fato pretérito.

Alternativa E: “vinham” é a flexão do verbo vir na terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo (eu vinha, tu vinhas, ele vinha, nós vínhamos, vós vínheis, eles vinham); novamente, a tentativa de empregar uma forma verbal tradutora de ideia passada prejudica os aspectos gramaticais e semânticos da frase.

Resposta – A

9. (FGV/TCM-PA/AUDITOR/2008) “Apesar das injeções maciças de liquidez efetuadas pelos grandes bancos centrais, nunca se vira uma seca tão severa de dinheiro nos mercados.”

Assinale a forma verbal que poderia substituir o verbo destacado no trecho acima, sem prejuízo gramatical ou semântico.

(A) tivera visto (B) tinha visto (C) viu

(D) via

(E) tem visto

Comentário – A forma verbal “vira” é a conjugação do verbo ver na terceira

pessoa do singular do pretérito mais-que-perfeito (simples): eu vira, tu viras,

(16)

ele vira, nós víramos, vós víreis, eles viram. A forma “tinha visto” também é pretérito mais-que-perfeito (composto), formada pelo verbo ter no pretérito imperfeito + verbo principal no particípio. Logo, há equivalência entre as duas formas.

Alternativa A: cuidado! Volte ao item 2 da “ATENÇÃO!” e perceba que aqui o examinador tentou enganar você com uma falsa formação do pretérito mais-que-perfeito composto. Eu disse imediatamente acima que essa conjugação é formada com o verbo ter (ou haver) conjugado no pretérito imperfeito.

Alternativa C: o verbo ver foi conjugado no pretérito perfeito do indicativo.

Alternativa D: o verbo foi flexionado no pretérito imperfeito do indicativo.

Alternativa E: tem-se o verbo ver conjugado no pretérito perfeito composto do indicativo (presente do verbo ter + particípio do verbo principal), que indica fato ocorrido com frequência ultimamente.

Resposta – B

10. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉC. LEG.- ADMINISTRAÇÃO/2008) “A política de Estado tem evoluído no sentido de encontrar respostas a tais necessidades.”

A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir:

I. A forma tem evoluído está no pretérito perfeito.

II. No período há somente um verbo em forma nominal.

Assinale:

(A) se as duas afirmativas estiverem corretas.

(B) se nenhuma afirmativa estiver correta.

(C) se somente a afirmativa I estiver correta.

(D) se a afirmativa II estiver correta.

(17)

Comentário – Item I: sim, a forma “tem evoluído” é a flexão do verbo evoluir no pretérito perfeito composto. Observe que o verbo auxiliar (“tem”) está conjugado no presente.

Item II: não, pois o verbo evoluir, no tempo composto, apresenta-se no particípio regular; o verbo encontrar está empregado no infinitivo.

Resposta – C

11. (FGV/SSP-RJ/PERITO DA POLÍCIA CIVIL-BIOLOGIA/2009) “O público brasileiro tem ouvido, com alguma frequência, notícias a respeito de possível rebelião de países vizinhos contra aquilo que seus governantes chamam de dívidas ilegítimas.”

No trecho acima, as formas verbais estão, respectivamente, no:

(A) presente do indicativo e presente do indicativo.

(B) presente do indicativo e presente do subjuntivo.

(C) presente do subjuntivo e presente do indicativo.

(D) pretérito perfeito do indicativo e presente do subjuntivo.

(E) pretérito perfeito do indicativo e presente do indicativo.

Comentário – Eis abaixo as formas verbais:

– “tem ouvido”: pretérito perfeito (composto) do indicativo; e – “chamam”: presente do indicativo.

Resposta – E

12. (FGV/PREF. DE CAMPINAS/COORDENADOR PEDAGÓGICO/2008) “A palavra

‘bárbaro’ provém do grego antigo e significa ‘não grego’.”

Assinale a alternativa em que não se tenha flexão correta do verbo destacado no trecho acima.

(A) provêm

(B) proveio

(18)

(C) provieste (D) provisse (E) provimos

Comentário – Alternativa A: terceira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo provir (eu provenho, tu provéns, ele provém, nós provimos, vós provindes, eles provêm). Flexão correta (você perceberá que este verbo é derivado de vir).

Alternativa B: terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo provir (eu provim, tu provieste, ele proveio, nós proviemos, vós proviestes, eles provieram). Flexão correta.

Alternativa C: como exemplifiquei acima, provieste corresponde à segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo.

Flexão correta.

Alternativa D: a forma “provisse” não existe. Ou se diz previsse (pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo prever: se eu previsse, se tu previsses, se ele previsse, se nós prevíssemos, se vós prevísseis, se eles previssem), ou proviesse (pretérito imperfeito do subjuntivo do verbo provir: se eu proviesse, se tu proviesses, se ele proviesse, se nós proviéssemos, se vós proviésseis, se eles proviessem). Flexão errada.

Alternativa E: conforme indicado no comentário da alternativa A, “provimos” corresponde à primeira pessoa do plural do presente do indicativo do verbo provir. Flexão correta.

Resposta – D

13. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) Na frase a seguir “A liberdade supõe a operação sobre alternativas;”, o verbo irregular foi flexionado corretamente.

Assinale a alternativa em que se apresenta flexão incorreta da forma

verbal.

(19)

(B) O julgador interveio na polêmica sobre os critérios de seleção.

(C) Não foi confirmado se a banca quereria dar à redação caráter eliminatório.

(D) Se os autores se disporem a ratear o valor, a publicação da revista será certa.

(E) É necessário que atentemos para a questão da mudança de paradigma científico.

Comentário – O verbo aludido é supor, conjugado como o verbo propor: eu suponho, tu supões, ele supõe, nós supomos, vós supondes, eles supõem (presente do indicativo).

Alternativa A: “impunham” representa a terceira pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo do verbo impor (eu impunha, tu impunhas, ele impunha, nós impúnhamos, vós impúnheis, eles impunham).

Flexão correta.

Alternativa B: “interveio”, cujo paradigma é o verbo vir, é a flexão do verbo intervir na terceira pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo (eu intervim, tu intervieste, ele interveio, nós interviemos, vós interviestes, eles intervieram). Flexão correta.

Alternativa C: “quereria” é a terceira pessoa do singular do futuro do pretérito do indicativo do verbo querer (eu quereria, tu quererias, ele quereria, nós quereríamos, vós quereríeis, eles quereriam). Flexão correta.

Alternativa D: no futuro do subjuntivo, o verbo dispor(-se), que segue a conjugação do verbo propor, deve ser assim flexionado: quando eu dispuser, quando tu dispuseres, quando ele dispuser, quando nós dispusermos, quando vós dispuserdes, quando eles dispuserem. Flexão incorreta.

Alternativa E: “atentemos”, que segue o verbo cantar, é a segunda pessoa do plural do presente do subjuntivo do verbo atentar (que eu atente, que tu atentes, que ele atente, que nós atentemos, que vós atenteis, que eles atentem). Flexão correta.

Resposta – D

(20)

14. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) Que você pagou pra mim (verso 24).

Assinale a alternativa em que a alteração do verso acima tenha sido feita de acordo com a norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.

(A) Que Vossa Excelência pagou pra mim (B) Que vós pagaste pra mim

(C) Que Vossa Senhoria pagastes pra mim (D) Que tu pagastes pra mim

(E) Que tu pagáreis pra mim

Comentário – No enunciado, o verbo foi flexionado na terceira pessoa do singular porque sua referência é o pronome de tratamento “você”. Da mesma forma foi flexionado o verbo pagar na primeira alternativa. Ressalte-se que o verbo se flexiona assim por causa do pronome de tratamento, que leva o verbo para a terceira pessoa (do singular ou plural, conforme o caso).

Alternativa B: errada. Eis a correção: tu pagaste ou vós pagastes.

Alternativa C: errada. “Vossa Senhoria” também é pronome de tratamento e, por isso, o verbo deve ser flexionado na terceira pessoa (do singular): Vossa Senhoria pagou.

Alternativa D: errada. De acordo com a conjugação já feita acima, o certo é tu pagaste ou vós pagastes.

Alternativa E: errada. O verbo foi conjugado na segunda pessoa do plural do pretérito mais-que-perfeito, o que é descabido.

Resposta – A

15. (FGV/2014/Susam/Economista) “Espero que esse novo passo não leve

50 anos”. A forma verbal sublinhada pertence ao presente do subjuntivo

do verbo “levar”. Assinale a opção que indica a forma verbal que está

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a) Requeira (requerer).

b) Intervenha (intervir).

c) Entretenha (entreter.) d) Frequente (frequentar).

e) Antepõe (antepor).

Comentário – A forma verbal “leve” está conjugada na terceira pessoa do singular do presente do subjuntivo. Isso só não acontece com a forma “antepõe”, que deveria ser anteponha.

Resposta – E

16. (FGV/2014/Funarte/Assistente Administrativo) “Talvez a gratidão devesse ser uma rotina em nossas vidas...”; a forma verbal que está corretamente conjugada no mesmo tempo e modo da forma sublinhada é:

a) requisesse (requerer);

b) entretesse (entreter);

c) passeiasse (passear);

d) convisse (convir);

e) desdissesse (desdizer).

Comentário – A forma verbal destacada está no pretérito imperfeito do subjuntivo, bem como a forma desdissesse, do verbo desdizer (derivado de dizer). Vamos corrigir as demais conjugações: requeresse (falso derivado de querer!); entretivesse (derivado de ter); passeasse (sem o i); conviesse (derivado de vir).

Resposta – E

LOCUÇÃO (OU PERÍFRASE) VERBAL

É o conjunto constituído de dois ou mais verbos, dos quais um é o

principal (o último – que se mantém numa forma nominal: gerúndio, particípio

ou infinitivo), e os demais, auxiliares. As flexões de número, pessoa, modo e

tempo ocorrem no verbo auxiliar.

(22)

Ex.: Ninguém poderá sair. – O juiz deixou de marcar a falta.

Nós estamos estudando. – Ninguém podia estar cantando.

Tínhamos estudado muito para a prova. A questão havia sido anulada pela banca.

17. (FGV/CODESP/AUXILIAR PORTUÁRIO/2010) “Nos Estados Unidos e na Europa existem legislações em trâmite nos parlamentos...”

No trecho acima, o verbo destacado pode ser substituído, sem prejuízo de ordem gramatical, por

(A) devem haver (B) deve existir (C) houveram (D) deverão haver (E) poderão existir

Comentário – O verbo existir é pessoal; quando surge como verbo principal de uma locução, é o seu auxiliar que se flexiona em número e pessoa para concordar com o sujeito: “poderão existir” (verbo auxiliar + verbo principal).

O verbo haver pode ser usado com sentido de existir, mas com flexão própria. Ele é impessoal e se mantém na terceira pessoa do singular (...houve legislações...). Quando surge como verbo principal de uma locução, transfere sua impessoalidade para seu auxiliar e o obriga a se manter na terceira pessoa do singular (...deve haver...).

Resposta – E

EMPREGO DOS MODOS VERBAIS

Indicativo: é associado a ações presentes, pretéritas (ou passadas) ou futuras que consideramos de ocorrência certa.

Subjuntivo: também é associado a acontecimentos presentes, pretéritos ou

futuros; mas com ocorrência provável, hipotética, duvidosa.

(23)

Imperativo: associado a ordens, pedidos, súplicas que desejamos.

E por falar no “imperativo”, creio que a tabela abaixo o(a) ajudará a compreender o processo de formação dele.

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

eu cant-o eu cant-e

tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu

ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você

nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês

18. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Passando a fala "Adivinhe" para a forma de tratamento vós, obtém-se:

(A) Adivinhais.

(B) Adivinhai.

(C) Adivinheis.

(D) Adivinhei.

(E) Adivinde.

Comentário – A formar verbal “Adivinhe” está conjugada na terceira pessoa do singular do imperativo afirmativo, que deriva do presente do subjuntivo.

Passando para a segunda pessoa do plural (vós), devemos recorrer ao presente do indicativo e retirar o S: vós adivinhais > adivinhai vós.

Resposta – B

(24)

19. (FGV/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL/2011) Assinale a alternativa em que a alteração da fala do homem do quadrinho NÃO tenha sido feita com adequação à norma culta. Não leve em conta possível alteração de sentido.

(A) Quando tu voltares, traz um copo de água bem gelada para mim!

(B) Quando vós voltardes, trazei um copo de água bem gelada para mim!

(C) Quando tu voltares, não tragas um copo de água bem gelada para mim!

(D) Quando vós voltardes, não tragais um copo de água bem gelada para mim!

(E) Quando vós voltardes, não trazeis um copo de água bem gelada para mim!

Comentário – Sem perder de vista a tabela acima, que demonstra o esquema de formação do imperativo, vamos observar como se comporta o verbo trazer:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

eu trago eu traga

tu trazes (- s) traze (ou traz) tu tu tragas não tragas tu

ele traz traga você ele traga não traga você

nós trazemos tragamos nós nós tragamos não tragamos nós

vós trazeis (- s) trazei vós vós tragais não tragais vós

eles trazem tragam vocês eles tragam não tragam vocês

Resposta – E

20. (FGV/2014/Susam/Economista) Assinale a opção que indica a frase do texto em que a forma verbal sublinhada está incorreta.

a) “Na visão dos conspiradores, eram dois claros atentados à propriedade privada e, como tais, provas adicionais de que o governo preparava a comunicação do país”.

b) “Cinquenta anos depois, é um tremendo progresso, do qual talvez nem nos damos conta...”

c) “... o fato de que bandeiras vermelhas – ou azuis ou amarelas ou verdes ou brancas ou pretas – podem ser tranquilamente exibidas em atos públicos...”

d) “...sem que se considere estar ameaçada a ordem estabelecida”.

(25)

e) “Reforma agrária deixou de ser um anátema, e a desapropriação de terras ociosas é comum mesmo em governos que a esquerda considera de direita ou conservadores”.

Comentário – De olho na segunda opção! Ela transmite uma ideia duvidosa, de incerteza, de probabilidade, certo? Então o verbo dar deveria ser conjugado no presente do subjuntivo e não no presente do indicativo.

Resposta – B

EMPREGO DOS TEMPOS VERBAIS

O presente do indicativo pode indicar valores semânticos tais como:

1. fato que se realiza no momento do discurso.

Ex.: A turma toda estuda agora.

2. fato permanente Ex.: O sol aquece a Terra.

3. fato habitual.

Ex.: Aquele atleta levanta cedo, alimenta-se bem e treina intensamente.

4. presente histórico, ou seja, substitui o pretérito para enfatizar a descrição do fato, conferir mais vivacidade a ele.

Ex.: Antes de subir aos céus, Jesus diz a seus discípulos: “Eu sou o caminho, a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14:6).

5. certeza do fato a que nos referimos e que acontecerá brevemente, substituindo o futuro do presente.

Ex.: O artilheiro disse que joga amanhã.

Presidente americano chega amanhã ao Brasil.

Atenção! Esses dois últimos complicam muitos candidatos.

O pretérito perfeito do indicativo indica que o fato foi perfeitamente concluído.

Ex.: O réu recorreu da decisão do juiz.

linguagem jornalística

(26)

Também é frequente em provas a discussão sobre os aspectos indicados pelo pretérito imperfeito do indicativo. Fique atento aos valores semânticos desse tempo verbal:

1. indica fato anterior que ocorria habitualmente, repetidas vezes, de ação duradoura;

Ex.: Joãozinho era o primeiro a terminar as provas.

21. (FGV/FBN/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2013) "Nessa rua brincávamos com os vizinhos, corríamos e apertávamos campainhas". O emprego do pretérito imperfeito do indicativo nesses casos mostra ações que

(a) ocorreram antes de outras ações passadas.

(B) foram interrompidas por outras ações.

(C) se passaram na dependência de outras ações.

(D) aconteciam de forma habitual no passado.

Comentário – A questão contempla minha explicação sobre este assunto.

Resposta – D

22. (FGV/Pref. De Florianópolis-SC/Administrador/2014) “Os homens trabalhavam e as mulheres dedicavam-se à gerência da casa e à educação das crianças”.

As formas verbais sublinhadas indicam ação:

a) repetida e duradoura;

b) iniciada e terminada no passado;

c) ocorrida antes de outra ação passada;

d) iniciada no passado e mantida no presente;

e) iniciada no presente e continuada no futuro.

Comentário – Os verbos sublinhados estão conjugados no pretérito imperfeito

do indicativo e indicam ações habituais no passado, repetidas e duradouras no

(27)

Resposta – A

2. seu uso em substituição ao presente traduz cortesia e atenua uma afirmação ou um pedido;

Ex.: Eu queria saber se o diretor já chegou.

3. indica simultaneidade entre dois fatos passados;

Ex.: Os alunos estudavam para o concurso quando o edital foi publicado.

4. denota consequência de um fato hipotético; substitui, nesses casos, o futuro do pretérito.

Ex.: Houvesse estudado mais, passava em primeiro lugar.

O pretérito mais-que-perfeito do indicativo indica um fato passado e anterior a outro também passado.

Ex.: Quando o candidato chegou ao local do concurso, o portão já se fechara.

Pode também surgir em frases optativas:

Ex.: Quem me dera casar com ela...

O futuro do presente do indicativo pode, além de indicar um fato que ainda vai acontecer, sugerir valor semântico de imperativo:

Ex.: Nas férias, viajaremos para Caldas Novas.

“Não adulterarás” (Êxodo 20:13)

Dentre os valores semânticos do futuro do pretérito do indicativo, destaco:

1. o que indica ação futura em relação a outra no passado.

Ex.: Em virtude dos acontecimentos, decidiram que ficariam em casa.

2. aquele que indica um fato cuja realização está vinculada a uma condição que não se concretizou antes e que, provavelmente, não se realizará. Nesse caso, é reforçado o caráter hipotético da declaração.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

(28)

CUIDADO! Empregando-se a forma verbal da primeira oração no presente ou no futuro do subjuntivo (estudemos ou estudarmos), com as devidas modificações, a condição expressa por ela será tomada como uma hipótese que poderá ocorrer, ou não.

Caso estudemos mais, obteremos a classificação.

Se estudarmos mais, obteremos a classificação.

Em relação ao subjuntivo, note que os tempos podem indicar hipótese, condição ou vontade do indivíduo que fala enunciadas no presente, no pretérito ou no futuro.

Ex.: Meu desejo é que todos sejam aprovados. (presente do subjuntivo) Paula talvez lhe telefonasse à noite. (pretérito imperfeito do subjuntivo)

Se estudares, terás bom resultado. (futuro do subjuntivo)

Também é digno de nota o emprego do pretérito imperfeito do subjuntivo como condição para a ocorrência de outra ação verbal.

Ex.: Se estudássemos mais, obteríamos a classificação.

23. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009) O que está fora da sociedade seria desumano.

O tempo verbal destacado constitui recurso expressivo adequado para indicar:

(A) mudança ocorrida no momento em que se fala.

(B) ação conduzida no passado não concluído.

(C) situação tomada como hipotética.

(D) advertência sobre um fato futuro.

(E) fato passado de curso prolongado.

Comentário – O verbo ser foi flexionado no futuro do pretérito do indicativo,

o que reforça o caráter hipotético da declaração.

(29)

24. (FGV/FBN/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2013) OS verbos de estado podem significar estado permanente, estado transitório, mudança de estado, aparência de estado e continuidade de estado. Assinale a alternativa em que o valor dado ao verbo sublinhado está incorreto.

(A) ''Na mesma rua que hoje virou um grande corredor de corrida de carros cada vez mais vorazes de velocidade, ..." / mudança de estado.

(B) ''Eu, já leitora voraz, assim como os carros nas ruas por velocidade, fiquei encantada" / continuidade de estado.

(C) ''E criei a Bisbilhoteca, que é a minha leitura da Franco Giglio..." / estado permanente.

(D) ''Aquela pequena casinha que parecia antiga, amarelinha..." / aparência de estado.

Comentário – A forma verbal “fiquei” (pretérito perfeito do indicativo) expressa mudança de estado. A pessoa que fala indica que não era/estava encantada, mas ficou. Ou seja, passou de um estado a outro. Para expressar continuidade de estado, o verbo poderia ter sido conjugado no pretérito imperfeito: ficava.

Resposta – B

25. (FGV/Funarte/Contador/2014) Os verbos de estado abaixo expressam valores diferentes; a alternativa em que o verbo de estado tem valor de

“mudança de estado” é:

a) “O jeitinho brasileiro é uma forma de corrupção”;

b) “Por exemplo: estou tranquilo na fila...”;

c) “...chega uma senhora que parece preocupada...”;

d) “Não há o que reclamar dessa forma de “jeitinho”, que permaneceria universal...”;

e) “aí temos o “jeitinho” virando corrupção”.

Comentário – Temos, respectivamente, estado permanente (A), circunstancial

ou momentâneo (B), aparente (C), continuidade ou prolongamento (D) e,

finalmente, mudança de estado (E). Note que o verbo “virando” não indica ação

(30)

de virar algo ou alguém de sua posição original. Ele se equivale ao verbo tornar- se, ou seja, passar a ser o que não era antes.

Resposta – E

FORMAS NOMINAIS DO VERBO

São formas verbais que só exprimem tempo e modo através do contexto e desempenham funções de substantivos, adjetivos e advérbios:

Ex.: O brincar alegra as crianças. (substantivo) Cozida, a batata fica mais saborosa. (adjetivo) Venceu na vida trabalhando. (advérbio)

1. Infinitivo  É a forma como designamos os verbos. O infinitivo é impessoal quando, não flexionado, não se refere a nenhuma pessoa gramatical e desempenha a função de substantivo. Por outro lado, será pessoal quando, flexionado, referir-se a uma pessoa gramatical. Não transmite nenhuma noção temporal.

Ex.: Minha diversão predileta é dançar. (substantivo)

Estamos felizes por termos conseguido a vitória. (nós: sujeito) 2. Gerúndio  Expressa a ação em desenvolvimento.

Ex.: Pessoas sorrindo compunham a foto. (adjetivo) Chegando o dinheiro, viajou. (advérbio)

3. Particípio  Assume valor de substantivo e de adjetivo.

Ex.: A chegada do avião foi pontual. (substantivo)

Os fogos de artifício tornaram a cidade iluminada. (adjetivo)

FORMAS NOMINAIS TEMPOS COMPOSTOS infinitivo

impessoal

cantar ter/haver cantado

infinitivo pessoal

cantar ter/haver cantado

cantares teres/haveres cantado

cantar ter/haver cantado

(31)

cantarmos termos/havermos cantado cantardes terdes/haverdes cantado cantarem terem/haverem cantado gerúndio cantando tendo/havendo cantado particípio cantado

Atenção! 1. Para as 2ª e 3ª conjugações, a terminação do particípio é ido: vendido, partido.

2. Perceba que não há tempo composto relativo ao particípio.

CLASSIFICAÇÃO DOS VERBOS QUANTO À FORMA

a) Regular  não apresenta irregularidade no radical nem nas desinências, seguindo o paradigma de sua conjugação (cantar – 1ª conjugação; vender – 2ª conjugação; partir – 3ª conjugação)

Ex.: amar, aguar, averiguar, coar, mobiliar, optar, saudar, suar, viajar, beber, unir, atribuir, etc.

Atenção! 1. Para sabermos se um verbo é regular, precisamos conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito do indicativo.

Ex.: toc-o, toc-a-s, toc-a, toc-a-mos, toc-a-is, toc-a-m / toqu-e-i, toc-a-ste, toc- o-u, toc-a-mos, toc-a-stes, toc-a-ram

2. Os verbos terminados em IAR são regulares: vigiar, arriar, etc.

Exceções: Mediar, Ansiar, Remediar, Incendiar e Odiar (MARIO)  recebem a letra E nas formas rizotônicas (= a sílaba tônica integra o radical) Ex.: arriar – arrio, arrias, arria, arriamos, arriais, arriam

odiar – odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam

b) Irregular  apresenta irregularidades no radical e/ou nas desinências.

Ex.: caber, fazer, acudir, aderir, atrair, cear, construir, dizer, crer, poder, prover,

prever, saber, dar, rir, vir, etc.

(32)

perder = perco, perdes, perde fazer = faço, fazes, faz

caber = caibo, cabes, cabe

Atenção! Os verbos terminados em EAR são irregulares, recebem a letra I nas formas rizotônicas.

Ex.: arrear – arreio, arreias, arreia, arreamos, arreais, arreiam

passear – passeio, passeias, passeia, passeamos, passeais, passeiam

c) Anômalo  É o verbo que apresenta grandes alterações no radical.

Segundo Luiz Antônio Sacconi, João Domingues Maia, Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto, por exemplo, em português só existem dois: ser e ir. Entretanto, Celso Cunha registra que a NGB também classifica como anômalo os verbos ter, haver, estar, vir e pôr.

d) Defectivo  É o verbo que não possui determinados tempos, modos e pessoas. Incluem-se nesta categoria os verbos impessoais e unipessoais.

Ex.: reaver, precaver, falir, computar, abolir, haver (sentido de existir), nevar, trovejar, trovejar, latir, rugir, etc.

Atenção! Quando se tratar de sentido conotativo, os verbos que indicam fenômenos da natureza podem ser usados como pessoais.

Ex.: Os estudantes amanheciam para uma nova época.

e) Abundante  é o verbo que apresenta mais de uma forma equivalente, geralmente no particípio.

Ex.: aceitar = aceitado, aceito – prender = prendido, preso – imprimir = imprimido, impresso

Atenção! 1. O particípio regular é normalmente usado na voz ativa, com os auxiliares ter ou haver.

Ex.: Ele não tinha aceitado as minhas desculpas.

(33)

2. O particípio irregular é normalmente usado na voz passiva com os auxiliares ser ou estar.

Ex.: Minhas desculpas não foram aceitas por ele.

3. Admitamos, porém, que essas recomendações não são rigorosamente seguidas, havendo numerosas formas irregulares que se usam tanto na voz ativa como na passiva, e algumas formas regulares também empregadas na voz passiva.

VOZ ATIVA VOZ PASSIVA

Tinha aceitado (aceito) o convite. Os convites foram aceitos.

Tinha elegido (eleito) os candidatos. Os candidatos são eleitos.

Tinha entregado (entregue) a carta. As cartas eram entregues.

Tinha ganhado (ganho) o prêmio. O prêmio foi ganho.

Tinha imprimido (impresso) a obra. Foi impressa a obra.

Tê-lo-iam pegado (pego) de surpresa. O ladrão foi pego pela polícia.

Tinha salvado (salvo) muitas vidas. A vida foi salva.

CORRELAÇÃO VERBAL

Termino a primeira parte da aula com explicações sobre correlação verbal – coerência que, em uma frase ou sequência de frases, deve haver entre as formas verbais utilizadas. Ou seja, é preciso que haja articulação temporal entre os verbos, que eles se correspondam, de maneira a expressar as ideias com lógica. Tempos e modos verbais devem, portanto, combinar entre si.

Veja este exemplo:

Seu eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderia a lição.

O verbo dormir está no pretérito imperfeito do subjuntivo. Sabemos que o subjuntivo expressa dúvida, incerteza, possibilidade, eventualidade.

Assim, em que tempo o verbo aprender deve estar, de maneira a garantir que

o período tenha lógica?

(34)

Na frase, aprender é usado no futuro do pretérito (aprenderia), um tempo que expressa, dentre outras ideias, uma afirmação condicionada (que depende de algo), quando esta se refere a fatos que não se realizaram e que, provavelmente, não se realizarão. O período, portanto, está coerente, já que a ideia transmitida por dormisse é exatamente a de uma dúvida, a de uma possibilidade que não temos certeza se ocorrerá.

Veja o mesmo exemplo, mas sem correlação verbal:

Se eu dormisse durante as aulas, jamais aprenderei a lição.

Temos dormir no subjuntivo, novamente. Mas aprender está conjugado no futuro do presente, um tempo verbal que expressa, dentre outras ideias, fatos certos ou prováveis. Nesse caso, não podemos dizer que jamais aprenderemos a lição, pois o ato de aprender está condicionado não a uma certeza, mas apenas à hipótese (transmitida pelo pretérito imperfeito do subjuntivo) de dormir.

A seguir, veja alguns casos em que os tempos verbais são concordantes:

1. presente do indicativo + presente do subjuntivo:

Exijo que você faça o dever.

2. pretérito perfeito do indicativo + pretérito imperfeito do subjuntivo:

Exigi que ele fizesse o dever.

3. presente do indicativo + pretérito perfeito composto do subjuntivo:

Espero que ele tenha feito o dever.

4. pretérito imperfeito do indicativo + mais-que-perfeito composto do subjuntivo:

Queria que ele tivesse feito o dever.

5. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Se você fizer o dever, eu ficarei feliz.

6. pretérito imperfeito do subjuntivo + futuro do pretérito do indicativo:

(35)

7. pretérito mais-que-perfeito composto do subjuntivo + futuro do pretérito composto do indicativo:

Se você tivesse feito o dever, eu teria lido suas respostas.

8. futuro do subjuntivo + futuro do presente do indicativo:

Quando você fizer o dever, dormirei.

9. futuro do subjuntivo + futuro do presente composto do indicativo:

Quando você fizer o dever, já terei dormido.

26. (FGV/2014/Susam/Advogado) “Obama criticou os países que adotam leis”. A forma de reescrever-se essa frase do texto que não respeita a correspondência culta de tempos verbais é

a) Obama criticará os países que adotarem leis.

b) Obama criticaria os países que adotassem leis.

c) Obama criticava os países que adotavam leis.

d) Obama criticou os países que adotaram leis.

e) Obama criticava os países que adotassem leis.

Comentário – Não é coerente vincular uma crítica que de fato acontecia no passado com uma adoção de leis cuja ocorrência se revela apenas hipotética.

Em outras palavras, é ilógico relacionar o pretérito imperfeito do indicativo (“criticava”) ao pretérito imperfeito do subjuntivo (“adotassem”).

Resposta – E

27. (FGV/DPE-RJ/Técnico Superior Jurídico/2014) O segmento do texto em que há um erro de norma culta no que diz respeito ao emprego de tempos verbais é

a) “As feministas agora apoiam o acórdão do Supremo Tribunal Federal que

retirou das mulheres o direito de decidir se querem ou não processar

companheiros...”

(36)

b) “Pouco importa que isso torne as mulheres menos livres e introduza uma diferenciação de gênero (na situação inversa, um homem pode decidir se processa ou não)”.

c) “Por fim, homossexuais pedem a edição de uma lei que torne crime referir- se a gays em termos depreciativos ou condenatórios”.

d) “Pouco importa que tal medida, se adotada, representaria uma limitação da liberdade de expressão, o mais fundamental dos princípios democráticos”.

e) “É natural que grupos de ativistas se especializem e, ao fazê- lo, percam de vista as grandes questões, mas fico com a impressão de que estão colocando a parte à frente do todo”

Comentário – O erro encontra-se na quarta alternativa. Como ela expressa a possibilidade de um acontecimento futuro (“...tal medida, se [for] adotada...”), é incoerente empregar o verbo representar no futuro do pretérito, ou seja, num tempo que nos remete ao passado para, depois, projetarmos a realização de algo que possivelmente não se realizou. A correlação verbal estará satisfeita se usarmos a forma verbal represente (presente do subjuntivo).

Resposta – D

Fique agora com alguns exercícios que o ajudarão a entender o assunto estudado aqui.

28. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Transpondo para a voz passiva a construção Darcy Ribeiro [...] não admitiria a alternativa, a forma verbal resultante será

(A) teria sido admitida.

(B) seria admitida.

(C) teria admitido.

(D) fora admitida.

(E) haveria de admitir.

(37)

Comentário – Em que tempo e modo está o verbo na voz ativa? Futuro do pretérito simples do indicativo. Então, na voz passiva (verbal ou analítica), ele ficará no particípio; seu auxiliar (ser, estar, ficar) assumirá o tempo e o modo dele. Na alternativa A, o verbo ser está conjugado no futuro do pretérito composto do indicativo. Na alternativa B, no futuro do pretérito simples do indicativo. Na alternativa C, o verbo admitir continua na voz ativa; apenas foi conjugado no futuro do pretérito composto do indicativo. Na alternativa D, o verbo auxiliar está no pretérito mais-que-perfeito simples do indicativo. Na alternativa E, a locução verbal caracteriza voz ativa (note que o verbo principal,

“admitir”, não está no particípio, mas sim no infinitivo).

Resposta – B

29. (FCC/TRE-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2010) A frase que admite transposição para a voz passiva é:

(A) Perto da Igreja, todos os poderosos do mundo parecem diletantes.

(B) A Concordata poderá incluir o retorno do ensino religioso.

(C) Há estatísticas controvertidas sobre esse poder eclesiástico.

(D) Não são incomuns atos religiosos com finalidade política.

(E) O Brasil é um país estratégico para a Igreja Católica.

Comentário – A voz passiva é formada, a rigor, a partir de um verbo transitivo direto. É na segunda alternativa que encontramos essa condição, ao nos depararmos com o verbo “incluir” (verbo principal da locução verbal “poderá incluir”). Veja a transformação: “O retorno do ensino religioso poderá ser incluído pela Concordata”.

Nas letras A, D e E, os verbos são de ligação, o que impede a transposição para a voz passiva.

E o que dizer da opção C? O verbo haver, no sentido de existir,

não possui sujeito e é transitivo direto. O termo “estatísticas controvertidas

sobre esse poder eclesiástico” é seu objeto direto. Considerando que o objeto

direto torna-se sujeito do verbo na transposição de voz ativa para voz passiva e

(38)

que o verbo haver não tem sujeito (é impessoal), impossível se torna a transposição requerida pela banca examinadora.

Resposta – B

30. (FCC/TRT 7ª REGIÃO/ANALISTA JUDICIÁRIO/2009) Quanto ao emprego das formas verbais e ao tratamento pessoal, está plenamente correta a frase:

(A) Vai, junta-te àquele grupo de manifestantes e depois dize-me o que achaste.

(B) Ide, juntem-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-me o que achastes.

(C) Queremos que Vossas Senhorias vos junteis àquele grupo de manifestantes e depois digai-nos o que acharam.

(D) Queremos que Suas Excelências juntai-vos àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos o que achásseis.

(E) Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois dizei-nos o que acharam.

Comentário – A tabela abaixo é muito útil. Ela serve como uma revisão da formação do imperativo.

Presente do

Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

eu cant-o eu cant-e

tu cant-a-s (- s) cant-a tu tu cant-e-s não cant-e-s tu

ele cant-a cant-e você ele cant-e não cant-e você

nós cant-a-mos cant-e-mos nós nós cant-e-mos não cant-e-mos nós vós cant-a-is (- s) cant-a-i vós vós cant-e-is não cant-e-is vós eles cant-a-m cant-e-m vocês eles cant-e-m não cant-e-m vocês

Alternativa B: “Ide” = segunda pessoa do plural (vós) do

imperativo afirmativo do verbo ir; “juntem” = terceira pessoa do plural

(eles/vocês) do imperativo afirmativo do verbo jantar; “dize” = segunda pessoa

do plural (vós) do imperativo afirmativo do verbo dizer; “achastes” = segunda

pessoa do plural (vós) do pretérito perfeito do verbo achar. Não foi respeitada

(39)

a uniformidade de tratamento entre as pessoas gramaticais. Eis a correção: “Ide, juntai-vos àquele grupo de manifestantes e depois me dizei o que achastes”.

Alternativa C: pronome de tratamento leva o verbo e o pronome que se relacionam com ele para a terceira pessoa. Eis a correção:

“Queremos que Vossas Senhorias se juntem àquele grupo de manifestantes e depois nos digam o que acharam”.

Alternativa D: novamente, o fio condutor será o pronome de tratamento: “Queremos que Suas Excelências juntem-se àquele grupo de manifestantes e depois nos digam o que acharam”.

Alternativa E: “Senhores, vão juntar-se àquele grupo de manifestantes e depois nos digam o que acharam”.

Resposta – A

Por hoje é só. Espero as dúvidas e sugestões no fórum.

Albert Iglésia

(40)

Lista das Questões Comentadas

1. (FGV/SEFAZ-MS/FISCAL DE RENDAS/2006) Mas ainda não há um programa alternativo maduro que se contraponha à euforia do programa conservador, aplicado por gente que foi de esquerda e aplaudido pela direita.

Quantos verbos há no trecho acima?

(A) seis (B) cinco (C) quatro (D) três (E) dois

2. (FGV/2014/Susam/Economista) “Ajuda-memória: o comício foi organizado pelo governo Goulart. Havia uma profusão de bandeiras vermelhas pedindo a legalização do ainda banido Partido Comunista Brasileiro, o que era o mesmo que acenar para o conservadorismo civil e militar com o pano vermelho com que se atiça o touro na arena”.

Sobre as formas verbais desse segmento do texto, assinale a afirmativa correta.

a) A frase “o comício foi organizado pelo governo Goulart” está na voz passiva e sua forma ativa correspondente é “o governo Goulart organizou o comício”.

b) A forma verbal “havia” não tem sujeito expresso e equivale a “existiam”.

c) A forma verbal “pedindo” equivale a “que embora pedissem”.

d) A forma verbal “acenar” equivale à forma desenvolvida “estar acenando”.

e) A forma verbal “se atiça” exemplifica o que se denomina construção com sujeito indeterminado.

Lista das Questões Comentadas

Referências

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