Ministério do Indústria e do Comércio
Instituto do Açúcar e do Álcool
CRIADO PELO DECRETO N» 22-789, DE 1? DE JUNHO DE 1933
Sede:
PRAÇA QUINZE DE NOVEMBRO,
42— RIO DE JANEIRO
- GB.Caixa Postal 420
—
End. Teleg. “Comdecar”CONSELHO DELIBERATIVO
Rpresentante do Ministério da Indústria e do Comércio
—
General Álvaro Tavares Carmo—
Presidente Representante do Banco do Brasil—
Aderbal Loureiro da Silva—
Vice-Presidente.Representante do Ministério do Interior
—
Hamlet José Taylor de Lima.Representante do Ministério da Fazenda
—
Denlz Ferreira Ribeiro.Representante do Ministério do Planejamento e Coordenação Geral
—
José Gonçalves Carneiro.Representante do Ministério do Trabalho e Previdência Social
—
Boaventura Ribeiro da Cunha.Representante do Ministério da Agriculutra
—
Oswaldo Ferreira Jambeiro.Representante do Ministério dos Transportes
—
Juarez Marques Pimentel.Representante do Ministério das Relações Exteriores
—
Marcello Rafaelll.Representante da Confederação Nacional da Agricultura
—
José Pessoa da SilvaRepresentante dos Industriais do Açúcar (Região Centro-Sul)
—
Arrigo Domingos Falcone.Representante dos Industriais do Açúcar (Região Norte-Nordeste)
—
Mário Pinto de Campos.Representante dos Fornecedores de Cana (Região Centro-Sul)
—
Francisco de Assis Almeida Pereira.Representante dos Fornecedores de Cana (Região Norte-Nordeste)
—
João Soares Palmeira.Suplentes: Fausto Valença de Freitas; Cláudio Cecll Poland; Paulo Mário de Medeiros; Maurício;
Bitencourt Nogueira da Gama; Adérito Guedes da Cruz; Ernesto Alberto Ferreira de Carvalho; João Carlos Petrlbú Dé Caril; Jessé Cláudio Fontes de Alencar; Olival Tenórlo Costa; Fernando Campos de Arruda: José Augusto Queiroga Maciel.
TELEFONES:
Presidência
Presidente 231-2741
Chefe de Gabinete
Cel. Carlos
Max
de Andrade231-2583 Assessoria de Imprensa . 231-2689 Assessor Econômico 231-3055 Portaria da Presidência . 231-2853
Conselho Deliberativo Secretária
Marina de Abreu e Lima Divisão Administrativa
231-2653
Vicente de Paula Martins Mendes Gabinete do Diretor
Assessoria de Segurança .
Serviço de Comunicações .
Serviço de Documentação
Serviço de Mecanização .
Serviço Multigráfico Serviço do Material Serviço do Pessoal
(Chamada Médica) Seção de Assistência
Social Portaria Geral Restaurante Zeladoria
Armazém
de /Açúcar
|Av. Brasil
Garagem
)Arquivo Geral '
Divisão de Arrecadação e Fiscalização
Elson Braga
Gabinete do Diretor Serviço de Fiscalização .
.
Serviço de Arrecadação .
Insp. Regional
GB
231-1702 231-2679 231-2543 231-2469 231-2571 231-2842 231-2657 231-2542 231-3058 231-2696 231-2733 231-3080 231-3080 234-0919
231-2775 231-3084 231-3084 231-1481 Divisão de Assistência à
Produção
P.onaldo de Souza Vale
Gabinete do Diretor 231-3091 Serviço Social e Finan-
ceiro 231-2758
Serviço Técnico Agronô-
mico . . 231-2769
Serviço Técnico Industrial 231-3041 Setor de Engenharia . . 231-3098
Divisão de Controle e Finanças
José Augusto Maciel
Câmara
Gabinete do Diretor 231-3046
Secretaria 231-2690
Subcontador 231-3054
Serviço de Aplicação Fi-
nanceira . . 231-2737 Serviço de Contabilidade 231-2577
Tesouraria 231-2733
Serviço de Controle Geral 231-2527 Divisão de Estudo e Planejamento
Antônio Rodrigues da Costa e Silva
Gabinete do Diretor .... 231-2582 Serviço de Estudos Eco-
nômicos . 231-3720
Serviço de Estatística e
Cadastro 231-0503
Divisão Jurídica
Rodrigo de Queiroz Lima
231-3097 231-2732 Subprocurador 231-3223 Seção Administrativa ... 231-3223
Serviço Forense 231-3223
Revista Jurídica 231-2538 Divisão de Exportação
Francisco de Assis Coqueiro Watson Gabinete do Diretor 231-3370 Serviço de Operações e
Controle 231-2839
Serviço de Controle de
Armazéns e Embarques 231-2839 Serviço do Álcool (SE
A
AI)Yèda Simões Almeida
Superintendente 231-3082 Seção Administrativa . 231-2656 Escritório
do
I.A.A.em
Brasília:Gabinete Procurador Geral . .
Edifício
JK
Conjunto 701-704 2-3761
-
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V sabe
quantas calorias
tem uma colher
deacúcar?
Muita gente pensa que o açúcar produz calorias
em excesso... e engorda.
Para essas pessoas, uma
surprêsa: em cada colher de café de açúcar existem somente 18
calorias. Istonão representa muito em
relação às 2.500/3.500
calorias
que um homem necessita
diàriamente, não é verdade ?
Então,
se o açúcar tem somente 18
calo-rias
emcadacolherdecafé, por que é considerado um
alimento tão energético?
Porque tem absorção
imediata e transforma-se ràpidamente em
calorias.Quer
dizer,repõe pronta- mente as energias que você desgasta no corre-corre da vida de
hoje.Por
isso,salvo reco-
mendação do médico, o açúcar é
insubstituível.
Açúcar é mais alegria! Açúcar é mais energia!
colaboração da
QS?copersucar
Zanini foi a Holanda e a
Alemanha para que você não precise mais import
qualidade internacional.
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Depois de comprovar que-no mundointeiro-nenhuma outraindústriatinhacondiçõesdefabricar cristalizadores como oWERKSPOOR
ou centrífugas como aSALZGITTER,
ZANINI celebrou dois contratos de fabricação sob licença, com exclusividade:ZANINI-WERKSPOOR
e
ZANINI-SALZGITTER,
para todo Brasil.Agora, a sua indústria açucareira já pode se atualizar
em
têrmos de equipamento e de lucro3, sem necessidade de importaçpo.ZANINI acha que esta ó a fórmula mais doce que sua usinai de açúcar poderá fornecer ao Brasil na economia de divisas-
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correto eem
quantidadeadequada
doFOSFATO TRISSÓDICO CRISTALIZADO,
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purificaçãodo
caldoda cana
reduz aomínimo
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— RECIFE —
PE.•'V
índice
ABRIL —
1972 NOTAS E COMENTÁRIOS:1971, Marco Expressivo.
—
"Vanguarda”.—
Jornal do Comércio.—
Casa da Cultura.—
Pernambuco, Sim.—
A Segurança no Trabalho.—
História e Técnica.—
Usina para a Venezuela.—
CONDEL 2/5TECNOLOGIA AÇUCAREIRA NO MUNDO:
A Dextrana e suas Implicações Técnicas.
—
óxido de Magnésio na Produção de Açúcar.—
Expansão do Açúcar através da Pesquisa.—
O ISRF (Fun- dação Internacional de Pesquisa do Açúcar).—
Dieta e Consumo de Açúcar Per Capita.
—
Plani- ficação no Setor Rural.—
Fertilizantes Granuladosda Fissons.
—
Novas Publicações 6/9PANORAMA CANAVIEIRO:
Possibilidade.
—
Confiança.—
Recorde.—
Adu- bos.—
Estradas.—
Recadastramento.—
Melho- ramento.—
Embarques.—
Empréstimo.—
Moder-nização 10/13
BRASIL/DESENVOLVIMENTO 14
O AÇÚCAR NA AUSTRÁLIA
—
Omer MonfAlegre 20COMPORTAMENTO DE VARIEDADES DE CANA-DE- AÇÚCAR NO PERÍODO DE INDUSTRIALIZAÇÃO
—
G. E. Serra/M.A.A., Cesar/A.J. de Oliveira/
D. Godoy 27
NOTAS DE LABORATÓRIO E DE FABRICAÇÃO
—
Cunha Bayma 41
ACONTECEU NO ENGENHO COM A QUEDA DAS PRI- MEIRAS FOLHAS DO OUTONQ
—
Claribalte Passos 46
ECONOMIA RURAL e PLANEJAMENTO ECONÔMICO
—
M. C. dos Santos 50
LANÇADO NO RECIFE O ÚLTIMO LIVRO DE JOSÉ
CONDÉ 58
O AÇÚCAR DO BRASIL ATENUA A CRISE DE ES-
CASSEZ 60
MERCADOS INTERNO E EXTERNO DE AÇÚCAR
—
Francisco Watson 66
RESOLUÇÃO N9 2 064 de 9 de Fevereiro de 1972 .... 70
ATO N9 1/72 de 10 de Janeiro de 1972 72
ATO N9 2/72 de 8 de Fevereiro de 1972 74
ATO N9 3/72 de 22 de Fevereiro de 1972 76
ATO N9 4/72 de 22 de Fevereiro de 1972 77
ATO N9 5/72 de 29 de Fevereiro de 1972 80
ATO N9 6/72 de 29 de Fevereiro de 1972 82
ATO N9 7/72 de 8 de Março de 1972 84
ATO N9 8/72 de 14 de Março de 1972 87
RESOLUÇÃO N9 2 065 de 19 de Abril de 1972 90
MERCADO INTERNACIONAL DO AÇÚCAR
—
M. Golodetz 92
BIBLIOGRAFIA
—
Rapadura 94DESTAQUE 96
CAPA: H.
ESTOLANO
—
notas e comentários
1971, MARCO EXPRESSIVO
O notável
surtode crescimento
verificadona economia
cana- vieirano ano
anterior, foidestacado
peloPresidente da República na Mensagem enviada ao Congresso Nacional em termos muitos
expressivos.Afirmou, a
propósito,o Presidente Médici:
“Constituiu-se
1971 matco
expressivopara a
agroin- dústria canavieira.A nova
políticado
açúcar, instituídapela Lei
n.°5 654 e pelo
Decreto-lei n.° 1 186, proporcio-nou condições
às regiõesprodutoras para atingirem
as quo- tas globais,em curto
prazo,sem
osentraves
decorrentesdas quotas
individuais.Registrou-se total
de 73 milhões de
sacasna produção
nacional, exportando-se,
no
exercício, 1231062
toneladasde
açúcar,no
valorde US$ 151 039 200,00.
Executou-se
políticade estímulo à fusão e
incorpora-j
ção das
usinasde
açúcar,com o
objetivode
incentivara mo- dernização e
racionalizaçãoda
indústria açucareirae da
la-voura
canavieira.Na área
agrícola, iniciou-seo programa
nacionalde me- lhoramento da
cana-de-açúcar,que deverá
estender-se até'
1978
”.A afirmação
presidencialcomprova o
inegável acertoda
polí- tica canavieira oraem desdobramento,
graçasà qual a produção
e a comercialização
do açúcar vêm crescendo de maneira
altamen-te
compensadora. O que há de mais
expressivo nessa política é,certamente,
o
fatode
terpermitido a recuperação de uma
ativida-de
secular e que,em determinadas
áreas,dava
sinais evidentesde esgotamento. O
surtode renovação que
seobserva
etn diversaszonas
cartavieirasdo
Nordeste,por exemplo,
evidencia tera nova
política corrigido distorsões antigas,
atacando
as causas enão
ape-nas
os efeitos,e
criando,conseqüentemente,
condiçõespara
a re-cuperação de uma
agroindústria que,embora
tradicional, oferece 1ainda hoje
possibilidadesde
progresso inegáveis.
2 N.° 4 (PÁG. 290)
Por
issomesmo
os êxitosalcançados em 1971 no
setorcana-
vieironão
sedevem medir unicamente
pelovolume da produção
alcançado,nem tampouco pelo
totalexportado. Embora
aprodu- ção
ea exportação marquem
cifrasde evidente
significação, tãoou mais importante, no
caso, écomprovar o surgimento de uma nova mentalidade, à procura de uma economia de
escalae empenhada
em
atingirelevados
índicesde
produtividade, tantona
parte agrí- colaquanto na
industrial .A
posiçãodo
Brasilcomo grande produ-
torde açúcar de cana
e,também, como grande abastecedor do
con-sumo mundial
tende, assim,a
se consolidarno decurso de 1972.
—
“VANGUARDA”
Com um
expressivoSuplemento
Lite-rário, o
semanário “Vanguarda”,
funda- do pelo jornalista José Carlos Florencio— atualmente
soba
direção de GilvanSilva e tendo
como
seu redator princi- pal,Antonio Miranda —
festejará os 40 anos de suas atividades ininterruptas, dia l 9 demaio
próximo,na
cidade de Caruaru, Estado dePernambuco. O
coordenador e responsável pelo Suple- mento, já tradicional nos
meios
literá- rios locais, é otambém
jornalista e ofi- cialdo
Exército,Agnaldo Fagundes
Be- zerra.BRASIL AÇUCAREIRO, que tem
sido distingüido por
“Vanguarda”, com
a transcrição de artigos de suas edições mensais, registra os
quarenta anos
da- queledinâmico semanário com
espontâ-nea
satisfação.“JORNAL DO COMÉRCIO”
Na
terça-feira, dia 4 de abril,um
dos principais órgãosda Imprensa do
Nor-deste, o “Jornal
do
Comércio”,do
Recife,em Pernambuco, comemorou a
efeméri- de dos seus 53anos
de fundação,com uma
ediçãonormal
de 36 páginas, dedi-cando
várias matérias àsua
história,intimamente
ligada aosmovimentos
po-líticos das décadas de 20 e 30.
O
diretor do vibrantematutino
é o ex-Senador Francisco Pessoa de Queiroz.CASA DA CULTURA
Em
sua recente estadano
Rio de Janeiro,Guanabara,
o Prefeitoda
cida- depernambucana
de Caruaru, Sr.Anas-
tácio Rodrigues,
informou à
Imprensa,que
pretende transformarsua
cidadena
Florença de
Pernambuco. Tendo
recebi-do
o apoiodo
Conselho Federal de Cul- tura,do
Ministérioda
Educação,para
a instalaçãona
“Capitaldo
Agreste”,da CASA DA CULTURA,
já recebeu par- teda
biblioteca de Álvaro Lins e toda a biblioteca de José Condé, iniciando desta forma, respeitável acervo.PERNAMBUCO, SIM
Sob
o patrocínio doGoverno do
Es- tado dePernambuco,
realizou-seno
Hotel Glória,
no
Rio,Guanabara,
o lan-çamento
do livro“Pernambuco
Sim”,reunindo
textosdo
sociólogo Gilberto Freyre, Roberto Cavalcanti de Albuquer-que
e outros, tendo sido aberta,na
opor- tunidade, peloGovernador
Eraldo Guei- ros,mostra
de pintura dos artistas per-nambucanos
Cícero Dias, Vicente doRego
Monteiro,Lula Cardoso
Aires e AluísioMagalhães. “Pernambuco
Sim”, focaliza aspectos históricos, economicos, folclóricos e culturais, oferecendo-nosuma
visãopanorâmica do
desenvolvi-mento
daquele Estado nordestino.“A SEGURANÇA NO TRABALHO”
O
quintovolume da
coleção“Ma-
nuais deAdministração” da APEC
Edi- tora S.A., é dedicado àsugurança no
trabalho, sendo o seu autor o Prof. A.Nogueira
de Faria.Com uma
longa experiênciacomo
consultor de adminis- tração de diversas empresas, o Prof. No- gueira de Faria cuidou de apresentar a matéria, objetodo manual,
deforma
sis-tematizada, de
modo a
torná-la utilizá- veltambém
pelos agentes executores, taiscomo
chefes de segurança, encarre-gados,
guardas
e vigias.É
curiosocomo
aspectosfundamen-
tais
da segurança do
trabalho ainda nãomerecem a
necessária atençãoem nume-
rosas empresas. Entre outros cabe assi-
nalar o
regulamento
de portaria; os socorros de emergência; as prevenções contraroubo
e desperdício; o recruta-mento,
seleção etreinamento do
pes- soal;a
aparência ea
atitude e, demodo
especial, o
funcionamento
das comissões internas deprevenção
de acidentes(CEPAS)
.Daí
a utilidadedo manual
que aAPEC acaba
de editar,dando
respostaa inúmeras perguntas
eajudando
a en- frentarproblemas cada
diamais
com-plexos.
Como
assinala o autor de“A
Segu-rança no
Trabalho”,a
realidade mostracomo
são importantes as soluções cor- retas de tais questões.No
Brasilsomente
depoisda
obrigatoriedade dasCIPAS
e dos desconcertantes roubos as empresascomeçaram
a estruturarem
bases racio- nais os seus sistemas de segurança. Jus-tamente em
tais casos éque a
leitura ' atentado
trabalhoem
causa se revesteN.° 4 (Pág. 292)
4
da
maior
utilidadepara
empresários, diretores, gerentes e chefes.O
Prof.Nogueira
de Fariatem
títu- los e experiênciapara
realizar,como
de fato realizou, trabalhode
mérito. Presi- denteda
Associação Brasileira de Técni- cos de Administração, presidentedo
Conselho Regional de Técnicos deAdmi-
nistração
da
7^Região
e professorda
Escola deEngenharia da PUC
eda
Es- cola deComando
eEstado-Maior da
Aeronáutica dispõe ele de sólida baga-gem
teórica,que
aliada auma
observa- ção demuitos anos
lhe permitiu prepa- rarum
livrode
inegável alcance prático.De
fato“A Segurança no Trabalho” não
é apenas
uma
exposição de teorias e doutrinas,mas
sobretudoum manual
de sugestões práticas cuja observância sehá
de revestirda maior
utilidade prática paraquantos
tiverema
oportunidade deler o trabalho.
E
issocom uma
circuns- tância degrande
alcance:a linguagem
simples, precisa e convincente
que
faci- lita a assimilação dos conceitos expostos e a sua aplicação prática.“HOSTÓRIA E TÉCNICA”
No quadro
dascomemorações do
ses- quicentenárioda
Independência, oMu-
seu do
Açúcar
abriu,em sua
sedeno
Recife,
uma
exposiçãopermanente
de-nominada
“História e Técnica”,que
se propõe a focalizar osmais
diversos as- pectosda
problemáticada
agroindústria canavieira.O
diretordo Museu do Açú-
car, Sr. Luís
da Rosa
Oiticica,procurou
dar à exposiçãouma
orientaçãoeminen-
temente objetiva, de sortea
permitir aos visitantesuma
visão segura detudo
quanto se refereà
cana-de-açúcar e seu aproveitamento.A
parte histórica, de inegável alcance nestemomento em que
o Brasil
comemora
o século emeio
de Independência,dá uma
idéia segurada
influência
do
açúcarna
evolução históri-ca
do
País.À
cerimonia deinauguração da
exposição “História e Técnica” estive-ram
presentes autoridades civis e milita- res, escritores, jornalistas e pessoas vin- culadas àeconomia
canavieira.Na
opor- tunidade foi distribuído onúmero
seisda
“Revista do
Museu do Açúcar”
e o livro“A Cana-de-Açúcar na Vida
Brasileira”,do
escritorpernambucano
José Condé,que
integra a Coleção Canavieira, edita-da
pelo Serviço deDocumentação do I.A.A.
USINA PARA A VENEZUELA
A
IndústriaM.
Dedini S.A. Metalúr- gica jádespachou no
porto de Santos,com
destinoà
cidade deGuanta, na
Ve- nezuela, o material deuma
usinacom-
pleta de açúcar, projetada por técnicos brasileiros.O
material divididoem
2.798 volumes,pesando
cerca de 4.000 tonela- das, foi transportado do local de fabri-cação até o porto,
em
177 vagões de diversos tipos,com
a assistência denumerosa equipe
especializada,que acompanhou
todo o percurso ferroviário emais
ocarregamento no
navioque
levoua
carga até a Venezuela.A
Cen-tral
Santa
Maria,que importou
a usina fabricada pelas IndústriasM.
Dedini,tem
planos para iniciarprontamente
amontagem com
vistas a iniciar a fabri-cação de açúcar
no
prazo deum
ano.CONDEL
O
Presidenteda
Repúblicanomeou
oEngenheiro-Agrónomo
Ibi Arvatti Pedro- sopara
exercer as funções de represen- tantedo
Ministérioda
Agricultura junto ao Conselho Deliberativodo
Instituto doAçúcar
edo
Álcool,em
substituição aoSr.
Oswaldo
Ferreira Jambeiro.TECNOLOGIA AÇUCAREIRA
NO MUNDO
Em
resumo, aqui os assuntos mais relevantesda
literaturainternacional sobre açúcar e álcool
que
noschegam
às mãos:A DEXTRANA
ESUAS IMPLICAÇÕES TÉCNICAS — ÓXIDO DE MAGNÉSIO NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR — EXPANSÃO DO AÇÚCAR ATRAVÉS DA PESQUISA — O ISRF — DIETA E
CONSUMO DE AÇÚCAR PER CAPITA — PLANIFICAÇÃO NO SETOR RURAL — FERTILIZANTES GRANULADOS DA FISSONS
e
NOVAS PUBLICAÇÕES.
A DEXTRANA E SUAS IMPLICAÇÕES TÉCNICAS
A
propósitodo
assuntoem
epígrafe,o Sugar Experimental Station Buletin,
de Queensland
(Austrália), estuda as impli-cações
que
a dextrana apresentaem
ter-mos
químicos na fabricação e refinaçãodo
açúcar.Um
holosídico,que
produzuma
solu- ção viscosacom água
e utilizadona
pre- paração dò plasma sangüíneo artificial,a dextrana,
segundo
os cientistas, possui várias propriedades.Os
trabalhos do Instituto de Pesquisasdo Açúcar da
BothC.S.R. Company
de- monstraramque
a referida substância é,de
certa maneira,um
polisacarídeo, eque tem
grande efeito na viscosidade e forma do xarope de açúcar,bem como
no de- senvolvimento dos cristais daí decorren-tes.
Há,
também,
grande relação entre elae o poder de aferição no processo quali- tativo da cana-de-açúcar (as best available indicator of Processing quality of
choppe
cane). (Sugar Journal-set. 71-p. 22)
ÓXIDO DE MAGNÉSIO NA PRODUÇÃO DE AÇÚCAR
As
relações existentes entre o óxido de magnésio ativo(MgO)
e a técnica de produção de açúcar bruto e refinado leva-ram
o Dr. Orlando Agudia, do “Sugar News”, a informar que, não obstante as investigações nesse sentido não terem sido concluídas, estudos háque
já nos permitem conhecer osmecanismos
e a reação entre oMgO
e oscomponentes do
suco. Isto é,que
grandepode
ser a sua aplicação ou exploraçãoem
nível téc- nico e industrial do açúcar.Considerações as mais amplas, perti-
nentes à matéria,
como
a possibilidade de obtençãode
açúcares de diferentes qua- lidades, são expendidas, in extenso, no seu estudo à página 17do
“Sugar News”-vol. Ill-n? 2-june 71.
EXPANSÃO DO AÇÚCAR ATRAVÉS DA PESQUISA
O
Quarto Simpósio Internacional de Pesquisa do Açúcar,compreendendo
açú- car esaúde
pública, realizado pelo ISRF— Fundação
Internacional de Pesquisado
Açúcar,em
Zurique, tratou, a cargo doprof. Leslie L. Hough, do Departamento de
Química do Queen
Elizabeth College,da
Universidade de Londres, da perso- nalidade reativa da molécula do açúcar, sua pureza e elemento de valor potencialcomo
matéria bruta à variedade de pro- dutos estrangeiros. Igualmente, coube aomesmo
autor falar sobre a conjuntura internacional, noque
se refere aum
não- possível uso do açúcarcomo
alimento,6 N.° 4 (PÁG. 294)
bem como
de seus subprodutos utilizados pela indústria egama
de seus derivadostróficos.
Por outro lado,
dado
a recente publi- cidade de opiniões controversas deque
as calorias
do
açúcar são responsáveis por moléstias cardiovasculares e obesida-de, o assunto passou a ser encarado
com
mais intensidade.
Conseqüentemente,
domesmo
seocuparam
os professores J. V.O. Reid,
do Departamento
de Fisiologia,da Escola de Medicina
da
Universidade de Natal,em Durban
(Áfricado
Sul) e oDr. Fredrick J. Stare, diretor do Depar- tamento de Nutrição
da
Escola deSaúde
Pública
da
Harvard,em
Boston -Massa-
chusetts (USA).
Esses estudos, cuja edição ainda não nos consta à sua informação,
contamos
fazê-lo
em momento
oportuno. (Interna- tionalSugar
Research Foundation, Inc., 2-18-72).O
ISRF(FUNDAÇÃO INTERNACIONAL DE PESQUISA DO AÇÚCAR
A Fundação
Internacional de Pesqui- sa do Açúcar,com sede em
Bethesda, Maryland (USA), éuma
organizaçãosem
fins lucrativos,
com
o propósito de iniciar,conduzir investigações e divulgá-las
com
vista aos aspectos científicos e utilitários
da agro-indústria açucareira no
mundo.
Portanto, sua política consiste
em
es- tudar nos grandes centros agrícolas do açúcar os problemas desaúde
pública,tecnologia alimentícia, cujos projetos es- tão
sempre
a cargo de laboratórios de investigação dos paísesmembros
ou filia-dos à entidade.
Em março
de 71 os diretores do ISRF aprovaramum programa de
investigação que orçouem
$ 450.000,com
vista ao ano fiscal de 1 de junho de 71 a 30 dejulho de 72.
O programa
está divididoem
três ca- tegorias:saúde
pública, tecnologia ali-mentícia e química
da
sucrose.Em
detalhe, esses estudoscompreen-
dem: desenvolvimentoda
dieta infantil, dieta e fluxo coronário-arterial, fatores antibacterianos bucais, diálogoscom
téc-nico
da
indústria alimentícia, polifosfori- laçãoda
sucrose derivada de resina po- límera e estudos sobre bencilação de su- crose. (LaFundação
Internacional de In-vestigação Açucareira-op.rev.)
DIETA
ECONSUMO DE AÇÚCAR PER CAPITA
Segundo dados
doUSDA,
oconsumo
per capita de açúcar nos Estados Unidos não
tem mudado
muito substancialmente nesses últimos 46 anos.De
1925 a 1929 amédia
foi de 102.5 libras.Em
seguida oscilou entre 97 a 101 libras por ano,com exceção
do período daSegunda
Guerra.
Avaliam as estatísticas que, dos países industrializados, a Irlanda é a líder no
consumo
de açúcar, utilizandoem média
126 libras per capita anualmente.Os
Paí- ses Baixos (Netherlands)vêm com
115;Reino Unido
com
111,Nova
Zelândiacom
110,
Dinamarca com
106, Israelcom
105,Suécia
com
104,USA com
102,Canadá com
102, Costa Ricacom
95, Singapu-ra
com
95,Noruega
eCuba com
94.Não
há, propriamente,um
guia cientí- ficoque
preconize oconsumo máximo com
vista à maior parte (most) dos ali-mentos, inclusive o açúcar. Geralmente os nutricionistas estão de acordo que a
Recomended
Dietary Allowances, publica-da
sob os auspícios daFood
and Nutritions Zoard, daAcademia
de Ciências, éum
guia
que
condiciona, apenas, as necessi-dades
nutrientes diárias, tendoem
vista amanutenção
da saúde individual. Esta publicação, revisadaem
68, fixou a neces- sidade diária deum
total de 2 800 calo- rias para ohomem
entre 22 e 35 anos, e 2 000 para a mulher damesma
idade.Ainda
que
o índice de calorias assine carboidratos não regularizados, muitos nutricionistasconcordam em que 50%
dessas unidades termo-biológicas diárias
devem
incluir carboidratos. Assim, cerca de 1 400 calorias cotidianas seriam indi-cadas para
um
jovem. Isso inclui tantooS
amidos em
geral (starches)como
oaçúcar.
O Recomended
DietaryAllowancesesclarece
que
durante os últimos 60 anos oconsumo
de açúcares e xaropes au-mentou em 25%. Também, que
há insu-ficiente evidência de
que
a quantidade—
do açúcar
consumido
pela maior parte (most) dos americanostem
sido de efeito contrário sobre seuserum
lipídico. Por essa razão, odocumento
acrescentaque uma mudança
no tipo de carboidratos na dieta não seria justificada.A média
diária, por conseguinte, deconsumo
per capita de açúcar nos Esta- dos Unidos éem
torno de 4 1/2 onças, oumenos
de 500 calorias. Issoimpede
que se possa falarem demasiado
açúcar(too
much
sugar), exceto no caso das reduzidas dietas calóricas (very low-calorie diets).Nutricionalmente falando, não há, por- tanto, exigência estabelecida para
uma
ti-pificação carboidrática.
(Leia-se, in extenso, Sugar Journal - nov. 71 - p. 8).
PLANIFICAÇÃO NO SETOR RURAL
Cobrindo toda a área brasileira agri- cultável e por agricultar, o Planer/72 (Pla-
no Nacional de Extensão Rural) foi elabo- rado
segundo
metodologiaque
conside- rou macro-economicamente, e a nível glo- bal, a taxa de crescimento programada;a nível setorial, levou
em
conta o desen- volvimento dos setores básicos; a nível regional, procurou caracterizar as dife-renças espaciais.
Com
bastante nitidez, revela a consis- tência entre as diretrizes eprogramas
doGoverno
e o plano deação
do SistemaBrasileiro de Extensão Rural.
Também
mostra, de
um
lado, o valorda
experiên- ciaacumulada
no trabalho realizadoem
contato direto
com
os problemas do meiorural e, de outro, a grande capacidade do Sistema rapidamente incorporar-se à exe- cução de novos projetos definidos pelas linhas mestras
da programação
governa- mental.Sob
este aspectos, as atividades previstas para a participação do Sistema noprograma
de colonização implantada peloINCRA
naAmazônia
são oexemplo
mais característico.Em
1972, a atuação do Sistema dará seguimento a duas linhas principais: a primeira, orientada para a modernização da agricultura, temcomo
objetivo capa-citar o produtor a aumentar a produtivi-
dade da exploração agropecuária; a se- gunda, calcada nos aspectos
do
bem-es- 8tar social, visa a orientar as famílias e
comunidades
para a melhoria das suas condições de vida, especialmenteem
re-lação à alimentação, saúde,
educação
e habitação. (Extensão Rural - ano VI - n<?72 - dez. 71 - p. 14).
FERTILIZANTES GRANULADOS DA FISSONS
Com
o apoio dos recursos de enge- nhariada
Divisão de Fertilização da Fis- sons, o seuGrupo
de Consultoria e Li-cença
de Processo desenvolveu o con- ceito deuma
série de fábricas para gra- nular fertilizantes, de unidades padrão, especialmenteadequadas
para aumentar a produtividade agrícola nos paísesem
desenvolvimento.
A sempre
maior importância econômi- ca ligada ao crescimento de grandescom-
plexos de fertilizantes para fabricar adu- boscomo
uréia, ácido fosfórico, fosfatode
amónia
e outros intermediários de altaqualidade perto do local
da
matéria-prima provocou interesse namontagem
de fá-bricas de granulação
—
talvez a muitos milhares de quilômetros de distância—
capaz de converter esses intermediários
em
fertilizantes completos balanceados, apropriados às condições locais.A
fábrica de granulação de unidade padrão— chamada Granpak —
baseia- se no uso deequipamento
de fertilizantes refinados para produziruma
unidade que é simples, barata e eficiente.Presentemente há três unidades dis- poníveis
com
extras opcionais: a Gran- pak I,operando
a 5—
10 t/h;Granpak
II,10
—
15 t/h eGranpak
III, a 15—
25 t/h.Unidades completas, prontas para se-
rem montadas
no local e funcionando ou, alternativamente, de acordocom
projetocompreensivo de engenharia, estão agora disponíveis por intermédio de companhias de engenharia associadas no Reino Unido e no ultramar. (Quim. Ind. - ano
XL
- n<?476 - dez. 71 - p. 14).
NOVAS PUBLICAÇÕES
“Notas sobre Radiofusão Agrícola”, 2?
edição IBC-Gerca-FAO-ABIR-71, é
uma
publicação
que
constitui notas usadas nos N.° 4 (PÁG. 296)três seminários de radiofusão agrícola organizados pela
FAO,
no Cairo,Nova
Delhi e Nairobi, feitas de
modo
a cons- tituírem obra de consulta.Registramos,
também,
a recepção de“Alagoas Desenvolvimento e Paz”
— uma
divulgação do
ESEAL
(Escritório do Esta- do de Alagoas)que
ressaltaque
a idéiae o trabalho do
Governo
Federaltêm
sido orientados no sentido de diminuir e mini- mizar as distorções regionais, eem
muito contribuído para que, após quatro anos, pudesse oGovernador Lamenha
Filho apresentaruma soma
de realizações ca- paz de marcar o seu período administra- tivocomo
das mais profícuas da históriade Alagoas.
—
PANORAMA CANAVIEIRO
POSSIBILIDADE
“O
açúcar,que
foi abase econômica da Independência do Bra-
sil, continua,
passados 150
anos,a
representarimportante papel
em nossa economia
.Excluído o
cafée acima de qualquer outro
pro-duto semimanufaturado,
éo nosso segundo produto de
exportação,tendo
contribuídono ano
passado,com 150 milhões de
dólaresna
receita
cambial”. Tais
conceitosforam formulados, em
Brasília, peloSenador Amon de Melo, que voltou a
aplaudira nova
política canavieira“que suprimiu
privilégios,eliminou
injustiças e abriu as portas, internae externamente, à maior produção e consumo de
açúcar”.
O senador alagoano
elogiuo estímulo que o governo vem dan- do
às fusõese
relocalizaçõesde
usinas pois estásobejamente
pro-vada a anteconomicidade das pequenas
fábricas, cujos gastosde produção
seelevam na razão
diretade sua
limitaçãode
recursosem
canas e máquinas
.Tais
razões, acrescentou, justificamplenamente o apoio
oficial às fusõese
relocalizações.A nova
política açucarei-ra
requer das unidades produtoras de açúcar que
semodernizem
eampliem ou
seja sereequipem e
se instalemem zonas
apropriadasao
cultivoda cana
.Lembrou o Senador Arnon de Melo haverem
sido
apresentados
projetosde
fusõese
relocalizaçõesde
usinaem número que excedeu a
espectativa.Os
recursosa serem
mobiliza-dos
sãode
tal vultoque excedem
as disponibilidades iniciais.Mas, adiantou o parlamentar, o
Institutodo Açúcar e do Álcool tem
gran-de empenho na
seleçãodos
projetos recebidos,na base da
produti-vidade e da economicidade, a fim de
aprová-los,de acordo com
aorientação estabelecida
.
O
açúcar,lembrou o Senador Arnon de Melo, “produzido por
diversos Estados,grandes
epequenos, do Norte-Nordeste e do Cen-
tro-Sul, é
um
fabulosogerador de empregos, produto
tãoimportan-
te
para
avida
nacionalque não podia evidentemente
ficar sujeito aos azaresda
leida
ofertae da
procura,nem muito menos
encareci-do por
faltade produtividade. Os
direitosconcedidos
e os privi- légios cristalizados,que mantinham
tãoimportante
setor estagna- do,precisavam realmente
sercancelados
eanulados para
permitir e estimulara promoção de novas oportunidades de desenvolvimen-
to regionale
nacional”.Depois de
apreciaro comportamento
das últimas safras açucareiras,lembrou o senador alagoano haver
sur-10 N.° 4 (PÁG. 298)
ponto de
vista agrícola e industrial,para
produzirmais
doismilhões de toneladas de açúcar
.Em
tais condições, concluio Senador Amon
de Melo, poderemos nos
responsabilizar,juntamente com
aAustrá-
lia
e a
Áfricado
Sul,pela cobertura dos
déficitsque venham a
ocor- rer,futuramente, no mercado
internacional eainda
conquistar no-vos
clientespara o nosso açúcar.
CONFIANÇA
O
Ministroda
Indústria edo Comér-
cio,
Marcus
Vinícius Pratinide
Morais, afirmouna
III Conferência Nacional das Classes Produtorasque
o desenvolvimen-to brasileiro adquiriu, nos últimos anos,
tal velocidade
que
estámudando,
rápida e inexoravelmente, não só osnúmeros
quemedem
adimensão econômica
do Bra-sil,
mas também
os padrõesde compor-
tamentodo
empresário e dohomem
deGoverno.
Em
relação àeconomia
cana-vieira, afirmou o Ministro Pratini
de Mo-
rais:
“Na
agroindústria açucareira estáem execução
oprograma
de racionaliza- ção das usinas,que
jáabrange
16 uni-dades
em
processode
fusão ou incorpo- ração,com
a finalidade deaumentar
a escala das usinas e racionalizar as lavou- ras e dotar o País,em
todas as regiões produtoras, deum
parque açucareiromo-
derno e eficiente. Prepara-se a agroin- dústria açucareira, dessa forma, para tercondições
que assegurem
a sua presença nomercado
internacional, tanto nas épo- cas favoráveis,como
aque temos
agora, quanto nos períodos de preços baixos”.RECORDE
O
Brasil vendeu, nos dois primeirosmeses
do corrente ano, tanto açúcar quan-to nos doze
meses de
1971, ou seja, cer- ca de 1 milhão e 200 mil toneladas.O
valor dessas exportações é
da ordem
de 240 milhões de dólares, contra o total de 150 milhõesem
1971. Esta informação divulgadaem
Brasília pelo Ministroda
Indústria e
do Comércio
foicomentada
pelo
“O
Estado deSão
Paulo”,que
des-taca o fato de o açúcar brasileiro estar conquistando novos mercados, principal-
mente
na área dos países socialistas.O
crescimento das exportações brasileiras, assinala o jornal, decorre não só
da
maior procura nosmercados
externos,mas
tam-bém em
função da ocorrência de dispo- nibilidades interhas suficientes para aten- der a novos e ainda maiores pedidos doexterior.
Lembra
o jornalque
esse auspi- cioso desenvolvimento das exportações de açúcar coincidecom
oprograma
de ele-vação
da produtividade agroindustrial dosetor, por meio de
uma
política de fusão de usinas, financiadocom
recursos oriun- dos do iucro decorrente das próprias ex- portações.A execução
desseprograma
abre novas perspectivas, diz o jornal, pa- raum
setor demagna
importância nãoapenas
para aeconomia
nacional,mas
principalmente para a necessária e ur- gente reformulação da estrutura agrária da
Zona
daMata
do Nordeste.ADUBOS
Pesquisa recente da
SUDENE,
no qua- dro doPrograma
dasNações
Unidas pa- ra o Desenvolvimento, revelaque
a pro-dução
agrícola nordestina poderá terum
incremento de cerca de 100 milhões de dólares, se forem utilizados fertilizantes químicos, à razão
média
de 10 k/ano por hectare. Para se alcançar esse resultado serão necessários investimentos daordem
de 23 milhões de dólares,num programa
de produção e mistura de fertilizantes.A
pesquisa conclui,