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GONYLEPTIDAS NOVOS OU POUCO CONHECIDOS D A REPUBLICA ARGENTINA, DA SUBFAMILIA PACHYLINA E

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GONYLEPTIDAS NOVOS OU POUCO CONHECIDOS D A REPUBLICA ARGENTINA, DA SUBFAMILIA PACHYLINA E

MELLO-LEITÃ O

Recebi, enviados pelo "Museu Nacional de Historia Natura l Bernardino Rivadavia " , de Buenos Ayres, para estudo, alguns Go- nyleptidas, colhidos em diversas localidades da Republica Argentina . Pertenciam todos á subfamilia

Pachylinae,

sendo tres machos d e

Sphaleropachylus buttleri

(Thorell), 1877, ainda não inteiramente adultos, com os espinhos internos do femur dos palpos obsoletos , colhidos por A . Castellano y S . Fonseca em S . Luis, em dezembro;

tres machos de

Apembolephaenus jorgei

Holmberg, 1909, colligido s por A. G . Frers no Chaco em julho de 1915 ; um macho de Doello a

fulvigranulata g . n .

sp . n ., apanhado por Gordon Gusmán em Sierr a de Cordoba e uma femea de

Canalsia delicata g .

D . sp . n ., encontrad o por A. Frers em Buenos Aires, em fevereiro de 1918 . Passo a occu- par-me dos tres ultimos .

APEMBOLEPHAENUS

HOLMBERG, 1909

O genero

Apembolephaenus foi

creado por Holmberg em 1909 para uma interessante especie do norte da Republica Argentina e posto proximo de

Pachylus .

Roewer, não tendo visto a descripção de Holmberg, apenas refere o genero na subfamilia

Pachylinae em

suas publicações de 1913

(Arch . f . Naturg . v .

79 A, fasc . 4, p . 139) e de 1923

(Die. Weberknechte der Erde, p .

449), accrescentando em nota, nesta ultima : "Gattung und Art mir unbekannt, auch konnt e ich trotz vieler Bemuehungen die Litteratur nicht auftreiben ; Zool . Record gibt an : "near

Pachylus, "

deshalb wurde der Name hierhe r gestellt . Moeglicherweise ist mithin diese Gattung und Art unte r andern Namen innerhalb dieser Subfamilie aufgefuehrt worden" . Em 1917 dá Frers

(Physis,

vol . 3, p . 405) um bom desenho da es-

t . II, n .° 3, 30 de Setembro de 1930

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138 MELLO - LEITÃ O

pecie typo e uma descripção muito defeituosa sobre a qual diz Roe- wer em seu ultimo trabalho

(Abh . Nat . Ver. Bremen, 1930, vol. 27 ,

fase . 3, p . 449) : "So, wie er beschreibt, bleibt es sehr zweifelhaft , ob er seine Tiere ueberhaupt mit Holmberg 's Genus und Species art- gleich ansehen darf und natuerlich wird dafuer die Stellung von

Apem- bolephaenus

im System keineswegs geklaert, bleibt vielmehr nac h wie vor zweifelhaft . Frers Diagnosen sind fast wertlos, ungeachtet dessen, dass er den Scutumhinterrand fuer den Hinterrand des Ce- phalothorax halt, etc " . Baseado na figura de Frers põe

Apembole- phaenus

na subfamilia Gonyleptinae (Gen . incert .) com a seguinte diagnose : `Flaeche des Carapax, aller Areae des Scutums, Scutum - Seitenrand und freie Tergite des Abdomens regellos bekoernelt ; 1-3 Area mit je einem mittleren Tuberkelpaar ; Palpenfemur medial - apical unbewehrt ; 1 . Tarsus 6-, 2-4 . Tarsus jeweils mehr als 6 glie- drig".

No desenho de Frers falta um par de pequenos tuberculos da area I, d 'ahi o engano de Roewer . Tendo em mãos Ires machos desse curiosissimo opilião, colhidos pelo mesmo Frers no Chaco argentino , achei interessante dar urna diagnose exacta do genero (provavelmente rectificando em mais de um ponto a original de Holmberg) e redes- cripção da especie, de accordo com a terminologia de Roewer .

DIAGNOSE DO GENERO :

Comoro ocular com dois altos espinhos geminados (fundido s em um); borda anterior do cephalothorax com dois espinhos media - nos semelhantes (só na especie typo ?) . No escudo dorsal só h a linhas de separação do cephalothorax para a area 1 e entre as area s IV e V; as areas I, II, III e IV são apenas marcadas pelo par de tuberculos baixos que orna cada qual, a area I sem divisão longitudi- nal. Toda a carapaça densa e irregularmente granulosa . Area V com um tubérculo mediano . Tergitos livres e placa anal dorsal inerme (a o menos no macho !) . Femur dos palpos inerme . Tarsos I de 5 segmentos ;

II de mais de 6, III e IV de seis .

Este genero tem, como generos mais proximos, Bissula, Cearinus, Unduavius e Proampycus, todos de area IV com 2 tuberculos (o u quatro), distinguindo-se de Bissula, Cearinus e Unduavius por ter

Ann. da Acad. Brasileira de Sciencias

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GONYLEPTIDAS NOVOS OU POUCO CONHECIDO S

Z (mus (cuja segmentação dos tarsos a mesma) peia armadura d o tergito ivre 1 armado e de Proal area IV ; de to os os outros generos da subfamilia pela falta de sulcos no escudo dorsal .

Especie unica :

APEMBOLEPHAENUS JORGEI Holmberg, 190 9 c?-6 mm . Pernas 4-14-11-17 mm .

Borda anterior do cephalothorax muito granulosa, com dois altissimos espinhos geminados, erectos . Comoro ocular granuloso, com dois espinhos perfeitamente iguaes aos da borda anterior . Ce- phalothorax e escudo dorsal mui densamente granulosos, o escudo dor - sal apenas com dois sulcos transversaes : o que as separa do cephalo- thorax e o que limita a area V (marginal posterior), sem nenhu m sulco longitudinal ; na grande porção anterior ha 4 pares de tuber- culos, correspondendo ás areas I a IV e na marginal posterior um tu- berculo mediano .

Tergitos livres e placa anal dorsal muito granulosos, inermes . Sternitos livres com uma fila de granulos . Todas as ancas granulosas ; ancas IV com unia apophyse apical externa quasi transversa, co m pequena saliencia posterior e de ponta recurva ; trochanter IV com 2 espinhos externos e um interno ; femures I a III direitos, femur IV sinuoso, com dentes numerosos, uma apophyse dorsal bifida no terço basal e um robusto espinho interno no terço apical ; patella e tibia apenas granulosas. Palpo de femur e patella inermes, tibia com 4 espinhos internos e 3 externos e tarso com 3 internos e 2 externos . Cheliceras pequenas, normaes, pouco granulosas .

Colorido geral : castanho queimado uniforme .

CANALSIA (*) g .

n.

Comoro baixo e inerme ou com pequeno granulo mediano . Areas I a V do escudo dorsal, tergitos livres e placa anal dorsal inermes ; area I dividida por um sulco longitudinal . Tarsos I, III e IV de seis segmentos, II de mais de seis. Femur dos palpos com robusto espi- nho apical interno .

No grupo de generos de Pachylinas inermes

(Ibarra, Progyndes- Gyndulus, Pachyloidellus, Pucrolia, Isopucrolia, Pachyloides

e

Pla,

(*) Em honra a José Canais, meu amigo e distincto estudioso dos arachnideos argentinos . 13 9

t. II, n.° 3, 30 de Setembro de 1930

(4)

140 MELLO - LEITÃ O

niphalangodus)

distingue-se

Canalsia

dos quatro primeiros

.

pelo es- pinho apical interno do femur dos palpos e dos outros, excepto

Iso- pucrolia,

por ter o comoro ocular inerme ou com um granulo arre- dondado mediano ; muito affim

a Isopucrolia, delle

se distingue (como , aliás, de todos os outros do mesmo grupo) pela divisão dos tarsos .

Especie typo :

CANALSIA DELICATA Sp .

n . (Fig . 1 ) 7 mm .

Pernas : 11-17-13-17

mm .

Borda anterior do cephalothorax com duas filas de granulações : Comoro ocular liso, com um pequeno granulo mediano . Cephalo- thorax liso . Áreas I a IV do escudo dorsal inermes e com uma fila de granulações ; are a V, tergitos livres e areas marginaes com dua s filas de granulos . Esternitos livres com uma fila de granulações . Femures I a III direitos e lisos ; femures IV levemente curvos, granulosos , com dois espinhos apicaes . Ancas IV lisas, com uma apophyse apical ponteaguda, dirigid a

quasi

direito para traz ; ancas I a III granulo- sas. Palpos de femur granuloso, com robust o espinho apical interno ; patella inerme ; tibia com 5 espinhos internos (o segundo e o quint o menores) e 4 externos (o segundo e o quart o

Canalsia delfcata gn .spn. menores) ; tarsos com dois espinhos internos e tres externos . Tarsos I, III e IV de seis segmentos, II de oito .

Colorido geral amarello queimado uniforme . Hab. : Buenos Aires .

Coll . : A Frers

(2/1918)

Typo : 25119 '

do Museu Bernardino Rivadavia .

DOELLOA

g .

n .

(*)

Comoro ocular com alto espinho mediano . Áreas I, II, III e V do escudo dorsal, tergitos livres e placa anal dorsal inermes, sem

tu -

(*) Em honra a Doello Jurado, provecto director do Museu Bernardino Rivadavia .

Ann. da Acad . Brasileira de Sciencia s Fig , 1

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GONYLEPTIDAS NOVOS OU POUCOS CONHECIDOS 14 1 berculos ou espinhos ; area IV do escudo dorsal com dois tuberculos medianos ellypticos ; areas 1 e IV do escudo dorsal divididos por um sulco longitudinal media-

no. Femur dos palpo s inerme. Tarsos 1 de cin- co segmentos ; II de mai s de seis ; III e IV de seis .

tres generos de Pachylinas têm a are a IV armada, com as tres primeiras areas inermes, distinguindo-seDoelloados dois ou tros (Pachylus e Sphaleropachylus) por te r a area V e o tergito livre 1 inermes (armados e m ambos) ,

Especie typo :

DOELLOA FULVIGRANULATA sp . n . (Fig . 3)

— 13 mm .

Pernas: 16-26-21-27 mm .

Borda anterior do cephalothorax lisa e inerme . Comoro ocula r liso, coro alto espinho mediano . Cephalothorax com algumas gra - nulações esparsas . Areas 1 a III inermes, com duas filas de granulações; area IV divi- dida, com dois tuberculos ellypticos, e uma pequena granulação de cada lado de cad a tubérculo ; areas marginaes com tres filas de granulos, sendo os da fila media maiores .

,,/ & Arca V, tergitos livres e placa anal dorsa l inermes e com uma fila de granulos. Ester-

Femhr IV do Doellaa pulvigranulata

eitos livres com uma fila de pequena s granulações e placa anal ventral com duas filas . Tarsos 1 de cinco segmentos, II de sete, III e IV de seis . Ancas 1 a III lisas; femure s 1 a III lisos, curvos . Ancas IV lisas, com apophyse apica l externa quasi transversal de ponta recurva e pequeno lób o

Fig . 2

Doelloe pulvigranulata g. n. sp . n.

1. II, n .° 3, 30 de Setembro de 1930

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inferior ; trochanter mais largo que longo, com uma apophys e apical interna robusta, ponteaguda, levemente curva para tra z e com uma apophyse externa no terço medio, romba, bi - fida; femur muito curvo, com grandes granulações seriadas, um gran- de espinho no terço basal superior, dois robustos espinhos subapicae s e dois menores, apicaes, um de cada lado ; patella dilatada para o apice, granulosa ; tibia com uma fila de espinhos, seriados, no . terço apical, augmentando para o apice . Palpos de femur inerme com pe- queno espinho basal inferior e patella inerme ; tibia com quatro espinhos externos (segundo e quarto maiores) e 4 internos (os Ires ultimos reunidos em uma elevação commum, sendo o basal muito maior) ; tarso com 3 espinhos de cada lado .

Colorido geral amarello-queimado, com as granulações do escud o dorsal e dos tergitos fulvas, bem como os tuberculos da area IV . Pernas posteriores do trochanter, femur, patella e tibia fulvos .

Hab . : Sierra de Cordoba . Coll. : Gordon Gusman .

Typo : N .° 10477 do Museu Bernardino Rivadavia.

Agosto de 1930 .

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