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Afonso Homem de Matos | 2009097 NOVA Medical School - Faculdade de Ciências Médicas Universidade Nova de Lisboa

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Academic year: 2019

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Afonso Homem de Matos | 2009097

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|| Índice

Introdução………3

Objectivos……….3

Descrição dos Estágios Parcelares………..4

Medicina Interna………..4

Cirurgia Geral………...4

Medicina Geral e Familiar……….5

Pediatria……….5

Ginecologia e Obstetrícia……….5

Saúde Mental………5

Hematologia………..6

Análise Crítica……….7

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|| INTRODUÇÃO

O presente documento, escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico, constitui o relatório final do estágio profissionalizante, integrado no 6º ano do plano curricular do Mestrado Integrado em Medicina (MIM) da NOVA Medical School/Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (NMS/FCM-UNL). A sua organização consiste numa primeira parte onde serão descritos os objectivos gerais propostos para este ano lectivo, uma segunda parte envolvendo uma breve descrição dos vários estágios parcelares realizados e uma última parte consistindo num olhar crítico aos vários estágios parcelares, ao ano que passou como um todo e ao seu enquadramento no restante currículo do MIM, bem como uma avaliação do cumprimento ou não dos objectivos propostos, num modelo de auto-avaliação e de reflexão pessoal. Por último, em anexo, incluem-se tanto os certificados de participação em sessões formativas extra-curriculares como a listagem das várias apresentações teóricas por mim elaboradas ao longo dos estágios parcelares.

|| OBJECTIVOS

O objectivo do estágio profissionalizante, como o respectivo nome sugere, é expôr pela primeira vez o aluno de Medicina, futuro médico, ao panorama que vai encontrar quando iniciar o exercício profissional, embora sempre sob alçada de um tutor cujo papel é orientar o aluno na direcção de um correcto desempenhar de papéis e do cumprimento das responsabildades profissionais. Citando o Professor Doutor José Fernandes e Fernandes no preâmbulo da publicação «O Licenciado Médico em Portugal», a educação de um médico «requer cultura, sem o que a sua compreensão do indivíduo doente será

sempre limitada; formação científica sólida, sem o que não dominará as razões da sua

actuação e não poderá progredir e inovar; impõe sentido ético e moral e interesse pelo

próximo, sem o que não poderá apreender e viver o espírito de serviço que deve ser o

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primeira vez pomos à prova, num contexto de relativa autonomia e independência, estas três vertentes essenciais ao bom exercício da Medicina. Do mesmo modo é também um ano que nos permite aperfeiçoar todos estes campos, limando as arestas que ficaram por limar ao longo do curso e aquelas que aguardavam por este primeiro momento de autonomia para poderem ser trabalhadas.

|| DESCRIÇÃO DOS ESTÁGIOS PARCELARES

A. Medicina Interna – Hospital de Curry Cabral (HCC)

O estágio de Medicina Interna, regido pelo Professor Doutor Fernando Nolasco, teve a duração de 8 semanas e decorreu no Serviço de Medicina 7.2 do HCC, na equipa do Dr. António Panarra e sob orientação da Dra. Cláudia Mihon. Decorreu maioritariamente na enfermaria, onde pude não só aperfeiçoar os gestos médicos que lhe são mais típicos como também praticar a colheita da história clínica, o exame objectivo, a redacção de diários clínicos e a preparação de notas de alta, tendo frequentado também o Serviço de Urgência (SU) e a Consulta Externa (CE). Tive igualmente oportunidade de assistir a diversas sessões clínicas organizadas semanalmente pelo serviço onde eram abordados aspectos práticos relativos às patologias mais importantes observadas no mesmo.

B. Cirurgia Geral – Hospital Beatriz Ângelo (HBA)

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C. Medicina Geral e Familiar (MGF) – Centro de Saúde do Crato

O estágio de MGF, regido pela Professora Doutora Maria Isabel Santos, decorreu durante 4 semanas no Centro de Saúde (CS) do Crato, sob orientação do Dr. João Carvalho. Tive oportunidade de assistir e participar nas várias vertentes que revestem o exercício profissional da Medicina Geral e Familiar, como sejam as consultas de Saúde de Adultos, de Saúde Materna, de Planeamento Familiar, de patologias específicas como a Diabetes o a Hipertensão e também as visitas domiciliárias.

D. Pediatria – Hospital Dona Estefânia (HDE) | S. de Infecciologia

O estágio de Pediatria, regido pelo Professor Doutor Luís Varandas, decorreu durante 4 semanas no Serviço de Infecciologia do HDE, sob tutoria da Dra. Catarina Gouveia. Revestiu-se de uma forte componente de enfermaria e de consulta, com frequência do SU e contendo também uma forte vertente teórica com várias sessões quer a nível hospitalar quer a nível do próprio serviço.

E. Ginecologia e Obstetrícia (GO) | Hospital Beatriz Ângelo

O estágio de GO, regido pelo Professora Doutora Teresa Ventura, decorreu durante 4 semanas no Serviço de GO do HBA, sob orientação da Dra. Fátima Faustino. Foi de todos o estágio que apresentou a melhor organização no sentido em me permitiu passar por praticamente todas as vertentes da Ginecologia e da Obstetrícia (Enfermaria, consulta de obstetrícia, ecografia obstétrica e de diagnóstico pré-natal, consulta de ginecologia, exames de ginecologia, bloco de partos, bloco operatório, SU, etc.). De salientar a possibilidade que tive de participar como ajudante numa cirurgia de histerectomia total e numa histeroscopia terapêutica.

F. Saúde Mental – Hospital Fernando Fonseca | CS da Amadora

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Pude igualmente acompanhar o dia-a-dia da equipa da enfermagem, quer nas consultas para administração de terapêutica quer nas visitas domiciliárias. Foi-me também possibilitado frequentar o SU.

G. Hematologia – Hospital de Sto. António dos Capuchos (HSAC)

O estágio clínico opcional, com a duração de 2 semanas e regido pelo Professor José Delgado Alves, decorreu no serviço de Hematologia do HSAC, sob orientação da Dra Madalena Silva e da Dra Cátia Gaspar. Foi o meu primeiro contacto com a especialidade e deu-me a oportunidade de frequentar os vários espaços de acção que compõem este serviço: enfermaria, hospital de dia, consulta e laboratório de citogenética e de anatomopatologia.

|| Análise Crítica

A. Inicio esta última parte do relatório com uma breve revisão dos aspectos que, positiva ou negativamente, caracterizaram os estágios parcelares. Começando por Medicina Interna, cabe-me apenas dizer que foi sem dúvida um dos estágios que mais me entusiasmou e onde me senti pela primeira vez um médico com o qual a equipa contava, provavelmente aquele com melhor equilíbrio entre autonomia e acompanhamento.

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horas de viagem em transportes públicos como por sensibilizar os orientadores para esta questão, de modo a admitirem uma maior flexibilidade de horários.

O estágio de MGF foi outro dos que realmente me marcaram. Não só pelas vertentes científica e clínica inerentes à especialidade como também pelo facto de se ter realizado num contexto rural que lhe confere componentes pessoal e social muito próprias. Foi uma experiência deveras enriquecedora em vários sentidos e que me permitiu reconectar com uma terra, o Crato, que tem um papel fundamental na história da minha família e, consequentemente, na minha própria história: para além de ser o local de nascimento da minha mãe, foi o local onde o meu bisavô, único médico na história da família, exerceu Medicina durante toda a sua vida.

O estágio de Pediatria não requer muitas palavras: bem organizado e com uma tutora que cumpre tudo o que se espera dum tutor. Foi outro dos que me marcou positivamente, particularmente pelo interesse pessoal que tenho na Pediatria.

O estágio de GO teve aspectos muito bons e outros muito maus. No que aos primeiros diz respeito, destaco sem dúvida a óptima organização que me permitiu passar por todos os campos de acção da especialidade sem tirar um fio condutor ao estágio. De salientar também a forma como alguns dos médicos me receberam, incluindo a Dra Fátima Faustino e a sua equipa, tendo-me deixado participar quer em actos cirúrgicos quer em actos clínicos na consulta ou nos exames ginecológicos. Por outro lado não posso deixar de referir a forma como outros médicos me receberam, transmitindo o que me pareceu ser pouca ou nenhuma vontade de ser tutor chegando a roçar, nalguns casos, a indelicadeza. Penso que seria benéfico para todas as partes averiguar quais os clínicos dispostos a desempenhar o papel de tutor e quais os que não estão: não só os alunos seriam acompanhados por quem de facto o quer fazer como quem não o deseja fazer seria poupado a tal papel.

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Será errado afirmar que cheguei ao fim desapontado, mas penso que a sua organização no HFF não é a melhor possível: passei as 4 semanas a frequentar a consulta sem ter tido oportunidade de frequentar outros campos como o Hospital de Dia ou a Enfermaria. Apesar de me ter sido dito que já antes se tentara diversificar os locais de passagem de cada aluno mas que tal não tinha sido eficaz, penso que se tal foi conseguido no estágio de GO, não será algo de facto inconcebível.

Por último, o estágio de Hematologia no HSAC foi a melhor surpresa do ano. Tendo procurado este estágio por nunca antes ter tido contacto com a especialidade, não podia ter desejado melhor forma de a ficar a conhecer senão num serviço plenamente disponível para receber alunos e onde a Hematologia adquire um verdadeiro carácter transversal, desde o diagnóstico clínico, passando pelos exames laboratoriais, pela consulta, pela enfermaria e pelo hospital de dia.

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lugar do Médico. No que diz respeito à formação científica sólida, este ano tem utilidade dupla: comprovar conhecimentos adquiridos anteriormente enquanto os consolidamos e compreendemos quais as lacunas ainda existentes ao mesmo tempo que podemos confrontar o que lemos nos livros com o que vemos no doente à nossa frente, algo que na minha opinião constitui a melhor forma de se aprender seja o que for. Nesse sentido, sinto que foi um ano que me permitiu ganhar uma melhor noção do limite dos meus actuais conhecimentos científicos. Para além disso, o contacto com algumas patologias dum ponto de vista realmente prático surge como um incentivo extra ao seu estudo teórico. Ainda neste campo, considero que foi um ano que contribuiu fortemente para o aperfeiçoamento de gestos médicos do dia-a-dia e que só com a prática contínua e repetida atingem resultados óptimos.

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alguém que estava ali por eles, com os sorrisos que iam aparecendo na cara dos miúdos nas camas do Serviço de Infecciologia à medida que os vírus saltavam para fora deles e com as senhoras velhinhas do Crato que me falavam com saudade do meu bisavô e me explicavam o grande médico que ele fora para depois me perguntarem se ia ficar lá na terra, foi um ano que me fez novamente sentir que estou no sítio certo.

No entanto, foi igualmente um ano em que me confrontei com algumas lacunas no meu conhecimento, as quais atribuo à minha falta de entusiasmo nalguns momentos no curso, por um lado, e por outro, a algo mais positivo: ao sempre ter tentado manter projectos exteriores à Medicina, porque como alguém disse uma vez, «o médico que só de Medicina sabe, nem de Medicina sabe». Nisto incluo a minha participação como mentor voluntário de percussão no Projecto Transformers, até há dois anos, onde trabalhei com a turma de educação especial do Centro Helen Keller, e a minha actividade como músico, numa banda que felizmente tem vindo a crescer cada vez mais e se prepara para lançar o primeiro álbum, que são sem dúvida dois pilares importantes na minha formação pessoal e até profissional. Felizmente, este foi também um ano que me fez perceber algo sobre mim mesmo: que apesar das dúvidas, quando chega a altura de pôr as mãos na massa, quando a teoria salta dos calhamaços para se transformar em casos práticos, palpáveis, quando o verdadeiro brilho da Medicina se faz notar nas expressões daqueles a quem o Médico dedica a sua vida, que quando isto tudo acontece, eu sinto-me bem aqui.

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|| ANEXO I

ESTÁGIO TRABALHO REALIZADO

Medicina Interna «Hemorragia Digestiva»

Cirurgia Geral «Obstrução Intestinal»

Pediatria «Artrite Idiopática Juvenil – Desafio Terapêutico»

Ginecologia e Obstetrícia «Contraceptivos Orais - Indicações e Contraindicações»

Saúde Mental «Delirium»

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|| ANEXO II

Imagem

Tabela 1 – Apresentações realizadas em cada estágio parcelar.

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