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6 de Fevereiro de 2010
Ludovina GalegoDepartamento de Engenharia Alimentar Instituto Superior de Engenharia
Ex - Escola Superior de Tecnologia Universidade do Algarve
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Parâmetros de Qualidade para a Aguardente de Medronho e Licores
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Diversas instituições uniram-se para encontram uma
possibilidade de estudar a aguardente de medronho
inícios dos anos 90 :
• Associação IN LOCO
• Direcção Regional de Agricultura • Instituto Florestal
• Universidade do Algarve • Produtores
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• Primeiro projecto financiado pelo programa LEADER – •1991 -1994
Investigação-Acção sobre Aguardente de Medronho – No âmbito da Serra do Caldeirão
Dá-se a continuação com a aprovação do projecto - Investigação-Acção
sobre Aguardente de Medronho pelo PAMAF- IED (4057) que se
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Quase em paralelo é aprovado o projecto PAMAF-IED 8005 – Estudo do
Envelhecimento da Aguardente de medronho (1ª- Fase) (1997 – 2000)
– Proposto pela EST-UAlg
Em 2005-2008 há a participação no projecto RITA – Reinventar a
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•
Prestação de serviço à
Comunidade na área das
bebidas Alcoólicas
•
Investigação,
• Aulas práticas de
Bebidas Alcoólicas
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Como tudo começou !
Curso de Provadores de
Aguardente de Medronho
Agosto de 1993
DRAPAG
Ex - DRAALG
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Esquema da autoria de
José Herculano Brito
de Carvalho 1993
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O que se conhecia ?
• Fermentações em contacto directo com o ar
• Alguns produtores deitavam fora a massa que cobria o fermentador
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Querença – 1994
(Produtor que tinha ganho 1º prémio na FATACIL de 1993)
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O que se passou a ser recomendado
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lgalego@ualg.pt Cromatógrafo Gasoso
(GC)
Milhares de amostras de aguardentes têm sido analisadas neste equipamento desde 1993
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Ludovina Galego lgalego@ualg.pt Aguardente de medronho Aguardente de bagaço
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Ludovina Galego lgalego@ualg.pt Duas Aguardentes de medronho Acetato de etilo Metanol Ultrapassa os limites fixados pela legislação
Dentro dos limites da legislação
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lgalego@ualg.pt LEGISLAÇÃO SOBRE AGUARDENTE DE MEDRONHO
Decreto-Lei nº 238/2000 de 26 de Setembro
– define o que é aguardente de medronhoArtº 2 – entende-se por AGUARDENTE DE MEDRONHO a aguardente de
frutos obtida exclusivamente por fermentação alcoólica e destilação do fruto carnudo do Arbutus unedo L. ou do seu respectivo mosto
Artº 3 nº 2 – Teor máximo admissível de cobre 15 mg/L
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(g/hl de álcool a 100 % vol.)
Características químicas
Titulo alc. em volume a 20º
c
Acidez total (ácido acético)
Extracto seco < 20g/hl
200
42
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Ludovina Galego lgalego@ualg.pt Acetato de etilo Metanol 2-butanol 1-propanol Isobutanol
Álcoois superiores totais Isobutanol/propanol 300 500 a 1000 2 10 a 40 30 a 70 130 a 300 1,5 a 4,0 Substâncias voláteis * Etanal ou Acetaldeido 200 5 a 40 1-butanol Isopentanois 3 80 a 185
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Licores
• Tradicionalmente preparados por maceração de
substâncias odorantes em aguardente
Aguardente de figo:
Pontos fortes - Baixo preço de produção, facilidade de
encontrar matéria prima
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Os licores obtidos são bem apreciados porque
mantêm alguns dos compostos aromáticos da
aguardente, que contribuem para dar
“corpo” aos
licores
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Voláteis de um licor feito com álcool
neutro fornecido
pela entidade oficial AGA
Voláteis de um licor feito com
aguardente de medronho
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Voláteis
de uma
Melosa
Licor de poejo feito em aguardente de figo parcialmente desodorizadaMONCHIQUE
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PRODUÇÃO DE AGUARDENTE DE MEDRONHO
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Apanha do medronho (maduros - não em excesso)
Fermentação em anaerobiose Água potável Correcção do pH para 3 (Facultativo) Adição de leveduras Seleccionadas (Facultativo)
Destilação em alambique de cobre ou contendo cobre
(Controlo de temperatura)
“Cabeça” (~ 5 %) Imprópria para consumo
“Coração” “Cauda” ou “Frouxo”(~10 %) Envelhecimento em madeira Sais de amónio ou outras vitaminas (Facultativo) “Cauda” ou “Frouxo” (de destilações anteriores) Resíduos para tratamento Engarrafamento
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Fermentação Alcoólica
C
6H
12O
6
2C
2H
5OH + 2CO
2+ ….
Se o álcool que se forma tem contacto com oxigénio forma-se
o ácido acético
C
2H
5OH + O
2
CH
3COOH + H
2O
Etanol + Oxigénio Ácido acético + Água
(Principal composto do vinagre)
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Por sua vez o ácido acético produzido reage com o
etanol do meio, e forma o acetato de etilo (cheira a
cola diluente)
CH
3COOCH
2CH
3Acetato de Etilo
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C
2H
4O
Etanal ou acetaldeido
O etanol também reage com o oxigénio para originar o
acetaldeido ou etanal (cheira a erva acabadas de cortar)
Evita-se a sua formação usando medronhos em bom estado de maturação e evitando que a massa fermentada esteja em contacto com o ar, mesmo que seja só enquanto espera para a destilação
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Ludovina Galego lgalego@ualg.pt 0 50 100 150 200 250 300 350 400 0 1000 2000 3000 4000 M a s s a ( mg/1 0 0 ml á lc ool purol) Volume (ml) Acetato de etilo 0 50 100 150 200 250 300 350 400 0 1000 2000 3000 4000 M as as (mg/ 10 0 m lálcool puro) Volume (ml) Acetato de etilo
Limite máximo da actual legislação
(Decreto-Lei nº 238/2000 de 26 de Setembro)
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Ludovina Galego lgalego@ualg.pt 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 100 600 1100 1600 2100 2600 3100 1ª Destilação 2ª Destilação 3ª Destilação 8ª Destilação 4ª Destilação 6ª Destilação 7ª Destilação 5ª destilação A ce ta to d e E tilo (m g /1 0 0 m l A . P .) Volume de destilado (ml)
Acetato de etilo – 8 destilações de um mesmo fermentador
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Limite máximo da actual legislação (Decreto-Lei nº 238/2000 de 26 de
Setembro e Regulamento CE Nº
110/2008 de 15 de Janeiro)
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Metanol – 8 destilações do mesmo fermentador
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Limite máximo da actual legislação (Decreto-Lei nº 238/2000 de 26 de
Setembro)
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(* expressa em ácido acético)
Acidez total – 8 destilações do mesmo fermentador
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Limite máximo da actual legislação (Decreto-Lei nº 238/2000 de 26 de
Setembro)
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Os produtos alimentares podem ser considerados óptimos pelos diversos métodos analíticos, mas é preciso que o Homem também o considere por isso a análise sensorial não pode ser excluída do processo de optimização de qualquer produto
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Apreciação sensorial
• Copo de vidro de pé alto (Cépage), de 65 ml de capacidade
• Segurar o copo pela base para não aquecer o destilado e manter os
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• Espaço de apreciação
individual, com controlo de luz e temperatura.
• Leite para neutralizar as papilas gustativas entre provas.
• Nunca mais de 3 bebidas alcoólicas numa prova.
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