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Prognóstico nutricional de uma paciente em reabilitação, após internação em unidade de terapia intensiva (uti) / Nutritional prognosis of a patient in rehabilitation, after hospitalization in intensive care unit (uti)

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Academic year: 2020

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Prognóstico nutricional de uma paciente em reabilitação, após internação em

unidade de terapia intensiva (uti)

Nutritional prognosis of a patient in rehabilitation, after hospitalization in

intensive care unit (uti)

DOI:10.34117/bjdv6n2-170

Recebimento dos originais: 30/12/2019 Aceitação para publicação: 17/02/2020

Raquel Santiago Hairrman

Graduada em Nutrição pela Universidade Anhangera-Uniderp. Nutricionista do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS-CCI)-UFMS

Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Endereço: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Endereço: Cidade Universitária, Av. Costa e Silva s/nº – Pioneiros, Campo Grande – MS, Brasil

E-mail: raquelhairrman@gmail.com Natalí Camposano Calças

Graduada em Nutrição pela Universidade Católica Dom Bosco. Nutricionista Preceptora do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados

(PREMUS-CCI)-UFMS

Instituição: Escola de Saúde Pública Dr. Jorge David Nasser

Endereço: Rua Senador Filinto Muller, 1480 - Vila Ipiranga, Campo Grande - MS, 79074-460 E-mail: natcalcas@gmail.com

Leticia Szulczewski Antunes da Silva

Graduada em Nutrição pela Universidade Católica Dom Bosco. Nutricionista do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS-CCI)-UFMS

Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Endereço: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Endereço: Cidade Universitária, Av. Costa e Silva s/nº – Pioneiros, Campo Grande – MS, Brasil

E-mail: leticiaszulczewski@gmail.com Marcella Nogueira Farias

Graduada em Nutrição pela Universidade Anhanguera Uniderp Nutricionista do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS-CCI)-UFMS

Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Endereço: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Endereço: Cidade Universitária, Av. Costa e Silva s/nº – Pioneiros, Campo Grande – MS, Brasil

E-mail: marcella_nogueira@live.com Rafael Alves Mata de Oliveira

Bacharel em Nutrição pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Nutricionista do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados: Atenção a Saúde

do idoso (PREMUS-CCI)-UFMS

Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Endereço: UFMS, Cidade Universitária, Av. Costa e Silva s/nº – Pioneiros, Campo Grande – MS, Brasil

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Bruno Alex Rios dos Santos

Graduado em nutrição pela Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal. Nutricionista do Programa de Residência multiprofissional em saúde em reabilitação

física (PREMUS-REAB) - UFMS

instituição: universidade federal do Mato Grosso do Sul

Endereço: Universidade federal do Mato Grosso do Sul Endereço: cidade universitária, Av. Costa & Silva s/n° - pioneiros, campo grande - MS, Brasil

Email: riossantos67@gmail.com Thaís de Sousa da Silva Oliveira

Graduada em Nutrição pela Universidade Anhanguera-Uniderp. Nutricionista Especialista pelo Programa de Pós-Graduação em Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados

Integrados: Atenção à Saúde do Idoso pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Instituição: Hospital São Julião

Endereço: Rua Lino Villacha, 1250 - Bairro São Julião, Campo Grande - MS, 79017200 E-mail: sousa.thais@outlook.com

Maruska Dias Soares

Mestre em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará. Docente do curso de Nutrição da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, Alimentos e Nutrição da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Docente dos Programas de Residência em Saúde: Cuidados Continuados Integrados

- UFMS/Hospital São Julião e Atenção ao Paciente Crítico - UFMS/HUMAP. Instituição: universidade federal de mato grosso do sul

Endereço: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Endereço: Cidade Universitária, Av. Costa e Silva s/nº – Pioneiros, Campo Grande – MS, Brasil

E-mail: maruska.diass@gmail.com Eli Fernanda Brandão Lopes

Graduada em Serviço Social pela Faculdade Anhanguera-Uniderp. Especialista em Gestão de Políticas Sociais pela Faculdade de Educação São Luis. Assistente Social do

Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS-CCI)-UFMS

Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso do sul

Endereço: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul Endereço: Cidade Universitária, Av. Costa e Silva s/nº – Pioneiros, Campo Grande – MS, Brasil

E-mail: elifernanda.brandaolopes@gmail.com Yulle Fourny Barão

Bacharela em Nutrição pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul. Nutricionista do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados: Atenção à Saúde

do idoso (PREMUS-CCI)-UFMS

Instituição: Universidade Federal do Mato Grosso do Sul

Endereço: UFMS, Cidade Universitária, Av. Costa e Silva s/nº – Pioneiros, Campo Grande – MS, Brasil

E-mail: yullefourny@hotmail.com Daniela Domingo Torres

Graduada em Nutrição pela Universidade Anhanguera- Uniderp. Nutricionista celetista da associação dos amigos das crianças com câncer

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Endereço: avenida Presidente Ernesto Geisel, n° 3475, bairro Orpheus Bais, Campos Grande-MS, Brasil

E-mail: daniela.torres@aacc-ms.org Joelson Henrique Martins de Oliveira

Graduado em Enfermagem, pela Universidade Católica Dom Bosco. Enfermeiro do Programa de Residência Multiprofissional em Cuidados Continuados Integrados (PREMUS-CCI)- UFMS

instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.

Endereço: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul Endereço: Cidade Universitária, Av. Costa e Silva s/n°- Pioneiros, Campo Grande- MS, Brasil E-mail; joelsonhenrimar@gmail.com

Luciane Perez da Costa Fernandes

Graduada em Nutrição, Mestre em Biotecnologia e Doutoranda em Biotecnologia pela Universidade Católica Dom Bosco.

Instituição: Hospital São Julião - Nutricionista Responsável Técnica e Hospital Militar de Área de Campo Grande - Nutricionista Responsável Técnica

Endereço: Av. Duque de Caxias, 474 - Amambai, Campo Grande - MS, 79100-400 E-mail: perezlu10@hotmail.com

RESUMO

Introdução: A desnutrição proteico-calórica é frequente em pacientes com doenças que acometem o sistema respiratório, devido a ingesta alimentar apresentar-se diminuída, secundária a anorexia, e ao aumento da taxa metabólica de repouso em decorrência do esforço respiratório aumentado Pacientes com doenças pulmonares devem ser submetidos à avaliação nutricional cuidadosa e monitoramento constante. Objetivos: Sendo assim, o objetivo do estudo foi descrever a recuperação nutricional em um hospital de retaguarda, após internação em Unidade de Terapia Intensiva. Resultados: Durante as primeiras 24h da admissão, foi aplicada anamnese nutricional e observado peso de 46 Kg, altura de 1,52m, IMC de 19,9kg/m² considerado eutrófico. Contudo, ao analisar o peso pregresso, foi relatado peso habitual de 52 Kg, que demonstrou perda involuntária grave de peso no período de três meses (11,5%). Ao se avaliar as demais medidas antropométrica, como CP de 25cm, CB de 23,5cm, adequação de CB de 79% (desnutrição moderada), CMB de 19,04 cm e adequação de 87% (desnutrição leve), PCT de 14,2mm e adequação de PCT de 61% (desnutrição grave), foi possível observar que a perda de peso foi decorrente da perda de massa muscular e perda de tecido adiposo. Com relação aos exames bioquímicos, observou-se anemia por doença crônica, hiperglicemia e depleção de massa muscular. Mediante aplicação do protocolo de desmame de dieta enteral do próprio hospital, sendo três horários de dieta enteral no período da noite e restante dos horários na consistência pastosa cinco vezes ao dia, a dieta via oral foi gradualmente inserida, conforme tolerância da paciente até atingir a consistência livre, que ocorreu no período de um mês. Conclusão: O caso relatado mostra a importância de uma adequada terapia nutricional na recuperação do estado nutricional do paciente que transita pelos diferentes ambientes de assistência hospitalar.

Palavras-chaves: Dietoterapia. Insuficiência respiratória aguda. Nutrição. ABSTRACT

Introduction: Protein-calorie malnutrition is frequent in patients with diseases that affect the respiratory system, due to reduced food intake, secondary to anorexia, and increased metabolic rate at rest due to increased respiratory effort Patients with lung diseases they must be subjected to careful nutritional assessment and constant monitoring. Objectives: Thus, the objective of the study was to describe nutritional recovery in a rear hospital, after admission to the Intensive Care Unit. Results: During the first 24 hours of admission, nutritional history was applied and the observed weight of 46 K g , height 1.52m ,BMI of 19.9 kg / m² considered eutrophic . However, when analyzing the

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pregresso weight was relat ed usual weight of 52 K g, which showed severe involuntary weight loss over the period of three months (11.5%). When evaluating the other anthropometric measures , such as CP of 25 cm, CB of 23.5 cm , adequacy of CB of 79% ( moderate malnutrition ), CMB of 19.04 cm and adequacy of 87% (mild malnutrition), PCT of 14, 2mm and PCT adequacy of 61% (severe malnutrition), it was possible to observe that the weight loss was due to the loss of muscle mass and loss of adipose tissue. Regarding the biochemical tests, there was anemia of chronic disease , hyperglycemia and depletion m bakes m uscular . Through the application of the hospital's own enteral diet weaning protocol, with three times of enteral diet at night and the rest of the times in pasty consistency five times a day, the oral diet was gradually inserted, according to the patient's tolerance until reaching the free consistency, which occurred in the period of one month. Conclusion: The reported case shows the importance of an adequate nutritional therapy in the recovery of the nutritional status of the patient who travels through different hospital care environments.

Keywords: Diet therapy. Accute breathing insufficiency. Nutrition. 1 INTRODUÇÃO

A insuficiência respiratória aguda (IRA) é caracterizada pela incapacidade do sistema respiratório de manter a oxigenação, o que ocasiona falha no suprimento das demandas metabólicas do organismo (MULLER et al 2017).

A desnutrição proteico-calórica é frequente em pacientes com doenças que acometem o sistema respiratório, devido a ingesta alimentar apresentar-se diminuída, secundária a anorexia, e ao aumento da taxa metabólica de repouso em decorrência do esforço respiratório aumentado (SOBOTKA, 2008).

Distúrbios metabólicos como hipofosfatemia, hipomagnesemia, hipopotassemia e hipocalcemia, contribuem para exacerbar o problema, devido a alterações no ritmo cardíaco e na mecânica respiratória (MULLER et al, 2017).

Pacientes com doenças pulmonares devem ser submetidos à avaliação nutricional cuidadosa e monitoramento constante. A terapia nutricional é indispensável no tratamento destes pacientes, para que sejam realizadas correções nas alterações hidroeletrolíticas e nas deficiências de macro e micronutrientes (SOBOTKA, 2008).

Após isso, a terapia nutricional é coadjuvante no tratamento hospitalar, principalmente na fase de reabilitação, visto que, apresenta impactos favoráveis no desfecho clínico, pois a desnutrição causa maior tempo de internação, aumenta a frequência da readmissão e aumenta os custos em unidades de internação (SANTOS, et al. 2015).

Sendo assim, o objetivo do estudo foi descrever a recuperação nutricional em um hospital de retaguarda, após internação em Unidade de Terapia Intensiva.

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2 METODOLOGIA

Trata-se de um trabalho descritivo transversal que retrata o caso de uma paciente internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI), e transferida para uma Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) de um hospital de retaguarda após estabilização hemodinâmica, em fevereiro de 2019.

Foi aplicada anamnese nutricional de admissão do próprio hospital, e avaliou-se dados sociais: idade, sexo, estado civil, profissão, história clínica; antropométricos: peso (Kg), altura (m), Índice de Massa Corporal (IMC), segundo a referência da OMS (1998) para adultos e demonstrado na tabela 1, circunferência do braço (CB) por percentis por Frisancho (1981), circunferência da panturrilha (CP) e prega cutânea tricipital (PCT). Foram avaliados ainda dados de exames bioquímicos e história dietética.

A cada 4 dias, a paciente foi reavaliada, observando peso, IMC e CP para observar a evolução nutricional durante o período de internação.

Tabela 1: Classificação de Índice de Massa Corporal (IMC) para adultos, segundo OMS (1998).

Referência Classificação <18,5 Kg/m² Baixo peso 18,5 – 24,9 Kg/m² Eutrofia 25 Kg/m² - 29,9 Kg/m² Sobrepeso 30 – 34,9 Kg/m² Obesidade grau I 35- 39,9 Kg/m² Obesidade grau II

>40 Kg/m² Obesidade grau III

3 RELATO DO CASO

Paciente ALGM, 38 anos, sexo feminino, casada, do lar, etilista e tabagista há mais de 20 anos. Foi admitida em um hospital de agudos após apresentar quadro de insuficiência respiratória aguda (IRA), com necessidade de ventilação mecânica, sendo internada em uma UTI por 12 dias, após diagnostico de dengue, que evoluiu para doença pulmonar intersticial aguda e polineuropatia. Diante do quadro clínico catabólico, baixa ingesta calórica e diagnóstico de desnutrição grave, foi indicado uso de sonda nasogástrica (SNG).

Após melhora no quadro clínico, paciente foi transferida para uma UCCI de um hospital de retaguarda, para reabilitação global. O hospital conta com um atendimento multiprofissional com o objetivo de reabilitar a longo prazo indivíduos que passaram por algum evento agudo (SIQUEIRA; SIMÕES, 2018, p. 32-33).

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Durante as primeiras 24h da admissão, foi aplicada anamnese nutricional e observado peso de 46 Kg, altura de 1,52m, IMC de 19,9kg/m² considerado eutrófico. Contudo, ao analisar o peso pregresso, foi relatado peso habitual de 52 Kg, que demonstrou perda involuntária grave de peso no período de três meses (11,5%).

Ao se avaliar as demais medidas antropométrica, como CP de 25cm, CB de 23,5cm, adequação de CB de 79% (desnutrição moderada), CMB de 19,04 cm e adequação de 87% (desnutrição leve), PCT de 14,2mm e adequação de PCT de 61% (desnutrição grave), foi possível observar que a perda de peso foi decorrente da perda de massa muscular e perda de tecido adiposo.

O exame físico demonstrou fáceis escavadas, atrofia bilateral em têmporas com exposição do arco zigomático; cabelos secos e escassos, couro cabeludo despigmentado, cabelo com sinal de bandeira; mucosa conjuntiva hipocorada; lábios com queilite angular; língua demostrando incorreta higiene oral (saburra); aparência retangular dos ombros; escapula aparente; tendões visíveis próximos ao joelho; musculatura bicipital e tricipital reduzida; crista ilíaca exuberante; musculatura da coxa com hipotrofia e vale interno; joelho protuso, hipotrofia de gastrocnêmio; pele pálida com descamação, dermatite e lesões por pressão em região sacral e cabeça. Tal avaliação auxiliou no diagnóstico de depleção de massa muscular, desnutrição energético–proteica e deficiência de vitaminas do complexo B.

Com relação aos exames bioquímicos, observou-se anemia por doença crônica, hiperglicemia e depleção de massa muscular (TABELA 2).

Tabela 2: Resultado dos exames bioquímicos obtidos durante internação hospitalar e comparação com valores de referência

Exames bioquímicos Resultados Valor de referência Hemácias 8,4 milhões/ mm 4,5 a 6,1 milhões/ mm

Hemoglobina 8,4 g/dL 11,3 a 16,3 g/dL

Hematócrito 28 % 40 a 54 %

Proteína C reativa 58,6 mg/L <5 g/dL

Creatinina 0,39 mg/dL 0,70 a 1,50 mg/dL

Sódio 134 mmol/L 135 a 144 meq/L

Glicemia 106 mg/dL 70 a 99 mg/dL

Com o intuito da melhora no estado nutricional da paciente durante o período de internação, foi mantida a terapia nutricional enteral, com aporte calórico de 1555 Kcal (33 Kcal/Kg de peso, considerando o peso ajustado de 47kg). Assim, a dieta enteral polimérica 1.5 Kcal por mL, nutricionalmente completa, hipercalórica 1551kcal, hiperglicidica 53,2%, normolipidica 30,4%,

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hiperproteica 16,37% (1,3g de proteína/Kg de peso), totalizando 66 g de proteína ao dia, para recuperação e ganho de massa muscular. A paciente também recebeu ingesta hídrica de 2000 mL/dia via sonda, 5 ofertas ao dia.

Mediante aplicação do protocolo de desmame de dieta enteral do próprio hospital, sendo três horários de dieta enteral no período da noite e restante dos horários na consistência pastosa cinco vezes ao dia, a dieta via oral foi gradualmente inserida, conforme tolerância da paciente até atingir a consistência livre, que ocorreu no período de um mês.

Após a última reavaliação, que ocorreu após três reavaliações para acompanhamento nutricional, apresentou um ganho de peso de 8 Kg, IMC de 23,37 Kg/m2, mantendo o diagnóstico de eutrofia, contudo, houve aumento de CP de 2,5 cm, que revelou ganho de massa muscular, conforme o desejado de acordo com dietoterapia aplicada. O novo exame físico demonstrou redução considerável nas lesões por pressão, ganho de massa muscular e melhora nos sinais de deficiência de nutrientes, bem como os resultados de exames bioquímicos, que entraram em seus valores de normalidade.

Durante a alta hospitalar, foi reforçado as orientações para mudanças no estilo de vida, principalmente com relação ao consumo de álcool e tabaco. Foi orientada ainda a evitar longos períodos em jejum, e como ter uma alimentação saudável, visando o consumo de todos os grupos alimentares, mas com ênfase na adição de frutas e verduras regularmente.

4 DISCUSSÃO

De acordo com Vieira (2019), 70% dos pacientes internados em unidades hospitalares apresentam alguma perda de peso, isso acontece devido ao aumento na incidência de infecções, retardo em cicatrizações, perda da musculatura e demora no desmame de ventilação mecânica, ocasionando elevados custos hospitalares, longos períodos de internação e impacto na qualidade de vida.

No que se refere a indivíduos atendidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), 52,4% dos pacientes internados em UTI apresentam o diagnóstico de desnutrição e 22,4% são desnutridos grave, sendo frequente esse cenário em pacientes de 60 anos ou mais, contudo não houve variação entre os sexos (SANTOS et al, 2017).

A avaliação nutricional engloba parâmetros objetivos e subjetivos, importantes para se chegar ao diagnostico nutricional, com o intuito de traçar metas e objetivos a longo e curto prazo. Todas as ferramentas para avaliação nutricional são indispensáveis, pois apenas um parâmetro não é capaz de ser detalhado (FIDELIX, 2014; BRASIL, 2016).

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A terapia nutricional, que atenda a necessidade metabólica e estado clínico de cada paciente serve para recuperação do estado nutricional. A dietoterapia ofertada, precisa atender todas as necessidades do paciente hospitalizado, tanto em macronutrientes como em micronutrientes, visto que, pacientes advindos de terapia intensiva estão em estado hipermetabólico e geralmente apresentam algum grau de desnutrição (PRETTO; SILVA; MARQUES; MOREIRA, 2018; VIEIRA, 2019).

5 CONCLUSÃO

O caso relatado mostra a importância de uma adequada terapia nutricional na recuperação do estado nutricional do paciente que transita pelos diferentes ambientes de assistência hospitalar. A melhora no prognóstico nutricional, com satisfatória evolução clínica, nos parâmetros nutricionais, bioquímicos e físicos, é decorrente de uma terapia nutricional individualizada, que reforça a ideia de que a nutrição atua minimizando complicações e propícia para completa recuperação do paciente.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento de atenção especializada e temática. Terapia nutricional na atenção especializada hospitalar no âmbito do sistema único de saúde – SUS. Brasília, 2016.

LIMA, A. M. GAMALLO, S. M. M. OLIVEIRA, F. L. C. Desnutrição energético-proteica grave durante a hospitalização: aspectos fisiopatológicos e terapêuticos. Revista Paulista de Pediatria. São Paulo. v. 28, n. 3, p. 353 – 361. fev, 2010.

SANTOS, C. A. et al. Perfil nutricional e fatores a desnutrição e ao óbito em pacientes com indicação de terapia nutricional. Braspen Journal. Viçosa. v. 32, n. 1, p. 30 – 35. fev, 2017.

SIQUEIRA, R. M. S. SIMÕES, E. A. P. Hospitalocêntrico: Instituição promotora de desenvolvimento humano. ed. Campo Grande: Novas Edições Acadêmicas, 2018.

SANTOS, T. M. P. et al. Desnutrição: uma enfermidade presente no contexto hospitalar.Scientia Medica, v.25, n. 4, 2015.

SOBOTKA, L. Bases da nutrição clínica. 3° ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2008.

SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Departamento científico de terapia intensiva. Insuficiência respiratória aguda. Documento científico. n. 2, p. 1 – 7. 2017.

VARGAS, P. M. et al. Avaliação do estado nutricional de pacientes em uso de terapia nutricional enteral. Revista brasileira de obesidade, nutrição e emagrecimento. São Paulo. v. 12, n. 75, p. 830 – 840. jan, 2018.

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VIEIRA, R. M. Valor nutricional administrado e impacto da oferta proteica calórica em pacientes cardíacos críticos em nutrição enteral. 2019. 46 f. Dissertação (Mestrado em ciências da saúde) – programa de pós-graduação em ciências da saúde, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2019.

Imagem

Tabela 1: Classificação de Índice de Massa Corporal (IMC) para adultos, segundo OMS (1998)
Tabela 2: Resultado dos exames bioquímicos obtidos durante internação hospitalar e comparação com  valores de referência

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