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A educação física, a música e os cinco sentidos

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Academic year: 2020

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II

DIREITOS DE AUTOR E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DO TRABALHO POR TERCEIROS

Este é um trabalho académico que pode ser utilizado por terceiros desde que respeitadas as regras e boas práticas internacionalmente aceites, no que concerne aos direitos de autor e direitos conexos.

Assim, o presente trabalho pode ser utilizado nos termos previstos na licença abaixo indicada. Caso o utilizador necessite de permissão para poder fazer um uso do trabalho em condições não previstas no licenciamento indicado, deverá contactar o autor, através do RepositóriUM da Universidade do Minho.

Atribuição CC BY

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III

Agradecimentos

Chega ao fim uma etapa dura, mas da qual me orgulho muito de conseguir finalizar. Desde o primeiro dia em que entrei nesta Universidade, aprendi muito. O grande amor pelas crianças, foi desde muito cedo o meu sonho, e hoje, termino aqui aquilo que me irá fazer feliz para a vida toda.

É com grande carinho que faço alguns agradecimentos às pessoas que, ao longo deste percurso, me acompanharam e acima de tudo me apoiaram no meu desempenho escolar.

Começo pelas pessoas que me transmitiram todo o conhecimento, que me permitiram chegar até aqui e poder ser, num futuro próximo, aquilo que tanto ansiei ao longo da minha vida, os meus docentes, quer da Licenciatura em Educação Básica, quer dos docentes do Mestrado em Educação Pré-Escolar.

Às educadoras e auxiliares que, no decorrer deste meu percurso, se cruzaram comigo, especialmente à educadora e auxiliar, por todo o apoio e por toda a amabilidade com que me integraram no grupo e no seu dia a dia, por todo o profissionalismo e pela confiança que depositaram em mim.

A todas as crianças que me permitiram sonhar, acreditar e dar sempre o melhor de mim. À Rita e à Xana por terem sido sempre as minhas grandes companheiras de curso, das maluqueiras, das gargalhadas, das tristezas, das incertezas e que com certeza, levarei para a vida toda. A todos os meus colegas de curso, tanto da Licenciatura em Educação Básica, como no Mestrado em Educação Pré-Escolar.

Aos meus queridos pais, por serem o meu abrigo, os meus pilares e o meu apoio incondicional. Aos meus irmãos, por sempre estarem do meu lado.

Ao meu avô e à minha eterna avó, que partiu sem me ver concretizar este sonho, mas que sempre me fez lutar e acreditar de que estava no caminho certo independentemente dos obstáculos que me surgissem à frente.

Ao João, que esteve sempre presente, dedicou infinitas horas de paciência e inúmeras palavras de conforto.

A todos, muito obrigada por terem estado sempre do meu lado e por me terem dado a oportunidade de continuar a ser feliz!

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IV

Declaração de integridade

Declaro ter atuado com integridade na elaboração do presente trabalho académico e confirmo que não recorri à prática de plágio nem a qualquer forma de utilização indevida ou falsificação de informações ou resultados em nenhuma das etapas conducente à sua elaboração.

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V

A Educação Física, a Música e os cinco sentidos

Resumo:

O presente documento apresenta o relatório de estágio de Mestrado em Educação Pré-Escolar, realizado no Instituto de Educação da Universidade do Minho, no ano letivo de 2018/2019. Este relatório foi elaborado tendo por base o estágio realizado numa instituição de Braga, nas valências de creche e de pré-escolar. Assim, o projeto de intervenção A Educação Física, a Música e os cinco sentidos trata a importância dos cinco sentidos no dia a dia das crianças, uma vez que estas se desenvolvem através das sensações, ações e perceções do mundo que as rodeia. Este tema foi explorado através da música e da educação física e, para isso, foi fundamental basear-me nas Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Assim, no presente documento, será apresentado todo o processo realizado ao longo da minha prática de ensino supervisionada, desde a metodologia teórica que suporta todo o meu Projeto até à componente prática, que inclui todas as minhas observações ao longo deste processo, as intervenções e as atividades realizadas com o grupo.

O tema dos cinco sentidos surgiu após uma conversa com a educadora cooperante Ana, tendo por base a análise reflexiva dos objetivos pretendidos para a sala dos 2 e 3 anos e todas as observações realizadas em contexto de sala. Ao tema principal, decidimos juntar a música na creche e a educação física no pré-escolar. Todas as atividades desenvolvidas ao longo do Projeto, eram ajustadas e sempre que fosse necessário, modificadas. No decorrer da concretização deste Projeto, tive como objetivo central dar a conhecer às crianças os cinco sentidos e ajudá-las a compreender a funcionalidade de cada um e a sua importância para o nosso dia a dia.

Neste sentido, foi possível concretizar o Projeto com relevante sucesso, onde todas as atividades foram concretizadas de uma forma positiva, com agrado e satisfação. Isto deveu-se, essencialmente, à minha intervenção ativa enquanto estagiária e à participação entusiástica do grupo de crianças ao longo de todas as atividades implementas, ajudando, desse modo, a que os objetivos acabassem por ser cumpridos.

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VI

Phisical education, music and the five senses

Abstract

The following document is about the Internship report of the Master Degree in Preschool at Minho´s University, in the year 2018 / 2019. This report was written according to the Internship at an institution in the city of Braga, at nursery and preschool ages. The intervention project named A educação física, a música e os cinco sentidos (phisical education, music and the five senses) deals with the importance of the five senses in children´s daily life, because these are developed through sensations, actions and perceptions of the world that surround them. This theme was explored through music and Physical Education and to do so, my work was based on the Curricular Guidelines of Preschool Education.

This document will show all my teaching process supervised, from the theoretical part that supports all my Project and practice, to all my observations through the entire process, actions and group activities.

After a dialogue with teacher Ana, the observation of the goals for the teaching class of the two and three years ´children, the theme of the five senses came up. To the main theme, we decided to add music at the nursery and Physical Education in preschool. All the activities which were developed along the project were adjusted and changed. My main goal in this Project was to present the five senses to children and make them understand each one and their importance in daily life.

In this sense, it was possible to concretize the Project with relevant success, where all the activities were accomplished in a positive way, with satisfaction and satisfaction. This was essentially due to my active intervention as a trainee and to the enthusiastic participation of the group of children throughout all the activities implemented, thus helping to achieve the objectives.

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VII

Índice

Agradecimentos ... III Declaração de integridade ... IV Resumo: ... V Abstract ... VI Índice de anexos ... IX Lista de abreviaturas ... IX Índice de figuras ... IX Introdução ... 10

Capítulo I – Enquadramento teórico ... 11

1.1. Importância da educação pré-escolar ... 11

1.2. O papel fundamental do educador de infância ... 13

1.3. A importância da música na educação pré-escolar ... 14

1.4. A importância da educação física na educação pré-escolar ... 15

Capítulo II – Caracterização geral do contexto de intervenção pedagógica ... 17

2.1. Prática de Ensino Supervisionada em Creche ... 17

2.2. Caracterização da Instituição ... 17

2.3. Caracterização do grupo de crianças ... 18

2.4. Caracterização do Espaço da Sala ... 19

2.5. Caracterização da Rotina Diária ... 20

2.6. Interação adulto-criança ... 21

Capítulo III – Caracterização do Contexto de jardim de infância ... 22

3.1. Caracterização do grupo de crianças ... 22

3.2. Caracterização do Espaço da Sala ... 23

3.3. Caracterização da Rotina Diária ... 24

3.4. Interação adulto-criança ... 25

Capítulo IV – Intervenção pedagógica ... 26

4.1. Contexto de jardim de infância – escolha e definição da temática de intervenção pedagógica .. 26

4.2. Intervenção pedagógica no contexto de jardim de infância ... 31

4.2.1. Propostas pedagógicas e subsequentes análises ... 31

4.3. Contexto de creche – escolha e definição da temática de intervenção pedagógica ... 42

4.4. Intervenção pedagógica no contexto de creche ... 44

4.4.1. Propostas pedagógicas e subsequentes análises ... 44

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VIII

5.1. Reflexão e Avaliação da Prática Pedagógica no Contexto de jardim de infância ... 53

5.2. Reflexão e Avaliação da Prática Pedagógica no Contexto de Creche ... 54

5.3. Reflexão final ... 55

Referências bibliográficas ... 57

Referências Legislativas ... 58

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IX

Índice de anexos

Anexo A – Planta da sala dos dois anos – valência de creche

Anexo B – Planta da sala dos três anos – valência de jardim de infância Anexo C – Letra da canção dos cinco sentidos

Anexo D – Planificação das atividades desenvolvidas em contexto de creche

Anexo E – Planificação das atividades desenvolvidas em contexto de jardim de infância

Lista de abreviaturas

OCEPE – Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar CATL – Centro de Atividades de Tempos Livres

Índice de figuras

Figura 1 - Fases do desenvolvimento motor

Figura 1 - Cartolinas: O que sabemos? o que queremos aprender? e como vamos aprender? Figura 3 – Leitura da história Brincar e aprender com o Mickey – A Audição

Figura 4 – Exploração da história Figura 5 – Jogo da audição

Figura 6 – Demonstração da construção do slime Figura 7 – Resultado final pretendido

Figura 8 – Construção do slime com a ajuda dos familiares Figura 9 – Leitura da história Os meus 5 sentidos

Figura 10 – Exploração da história Figura 11 – Jogo dos 5 sentidos Figura 12 – Jogo do paladar

Figura 13 – Degustação dos alimentos e classificação Figura 14 – Quadro resultante da degustação dos alimentos Figura 15 – Momento surpresa: prova da salada de fruta

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Introdução

O presente relatório, foi desenvolvido no âmbito da Unidade Curricular de Estágio da Prática de Ensino Supervisionada, que está incluída no plano de estudos do Mestrado em Educação Pré-Escolar do Instituto de Educação da Universidade do Minho no ano letivo de 2018/2019 e, resulta do meu projeto desenvolvido no decorrer do meu estágio, que se desenrolou na instituição de jardim de infância, situada na cidade de Braga, em contexto de creche e em contexto de jardim de infância.

O projeto no contexto de creche foi intitulado: As expressões físico-musical e os 5 sentidos e em contexto de jardim de infância foi intitulado: Abordagens aos movimentos fundamentais através dos cinco sentidos. Desta forma, ao longo do relatório será possível observar/conhecer um pouco o contexto onde se desenvolveu toda a minha prática e conhecer todo o meu projeto desenvolvido em ambas as valências - a descrição das aprendizagens e competências que desenvolvi e também aprofundei no decorrer do estágio da prática de ensino supervisionada.

De uma forma global, com este relatório pretendo sintetizar todo o meu percurso formativo, mais propriamente, as aprendizagens que adquiri ao longo de toda a minha prática de ensino supervisionada.

Do ponto de vista organizacional o documento encontra-se dividido em cinco Capítulos. O Capítulo I diz respeito ao enquadramento teórico onde menciono alguns pontos que são importantes para mim enquanto futura educadora e foram importantes na realização deste projeto. Depois, segue-se o Capítulo II onde faço uma descrição pormenorizada da instituição e do grupo de crianças na valência de creche, ou seja, caracterização da instituição, caracterização do grupo de crianças, a organização do espaço e ainda a caracterização da rotina diária da sala. De seguida, no Capítulo III faço uma breve descrição do contexto de jardim de infância, descrevendo o grupo, o espaço da sala dos três anos, a caracterização da rotina da sala e ainda a interação do adulto – criança. No capítulo IV apresento uma descrição detalhada do meu projeto, em ambas as valências, algumas intervenções feitas e ainda as reflexões e as avaliações de todo o percurso desenvolvido. Posteriormente, no capítulo V estão presentes as considerações finais, onde faço uma reflexão global do projeto de investigação em ambas as valências e no geral. Finalmente aparece as referências bibliográficas, seguindo-se os anexos.

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Desta forma, o projeto apresentado representa todo um processo educativo que conclui um ciclo na minha vida de muito trabalho, esforço, estudo e sobretudo de aprendizagens que levo para a vida.

Capítulo I – Enquadramento teórico

1.1. Importância da educação pré-escolar

Parece ser consensual, na sociedade, em geral, no estado e na educação, a necessidade de incluir a educação pré-escolar no quotidiano das crianças, como forma de dar início à formação das mesmas – futuros adultos. Esta realidade pode ser encontrada em diversos textos legais como, por exemplo, na publicação da Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar (1997), onde se refere que: “a educação pré-escolar deve ser a primeira etapa da educação básica no processo de educativo ao longo da vida das crianças, sendo complementar da ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo um desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário”. (Lei n.º 5/97- Artigo n.º2)

Esta lei, Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar, veio assinalar o início de um novo ciclo de reestruturação da educação. A educação pré-escolar foi, durante muitos anos, vista como uma realidade apenas possível para crianças vindas de famílias com estatuto social, ou seja, só era acessível a uma certa parte da população. Mas, com o passar dos anos, a ideia de que a Educação Pré-Escolar está destinada a todas as crianças, foi crescendo cada vez mais e, atualmente, todas as crianças têm direito à essa educação.

Os primeiros anos de vida são cruciais, pois, é neste período que a criança desenvolve diferentes competências inerentes ao ser humano. São muitos os benefícios que a educação pré-escolar tem na vida da criança. A capacidade de aprender a aprender, permite à criança partilhar e criar laços de amizade com outras crianças, promovendo, deste modo, o estímulo das suas curiosidades, promovendo, assim, o seu desenvolvimento a nível psicomotor, cognitivo e sócio afetivo.

Assim, de modo a promover, na criança, o desenvolvimento de um vasto conjunto de capacidades, foram elaboradas as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, com o principal objetivo de promover uma maior qualidade na educação pré-escolar. Este documento

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serve de orientação para a prática educativa do educador e visa apoiá-lo, de maneira a que ele consiga desenvolver atividades que vão de encontro às curiosidades e às capacidades das crianças. As orientações curriculares identificam três áreas que são de intervenção prioritária no pré-escolar, sendo elas:

• formação pessoal e social – É uma área que, apesar de ter intencionalidade e conteúdos próprios, está presente em todo o trabalho educativo que é realizado no jardim de infância. Esta área está relacionada com a forma como as crianças interagem com os pares, com o mundo e, também, consigo próprias.

• expressão e comunicação – Esta área é a única que contém diferentes domínios, pois é uma área que constitui diferentes formas de linguagem que são indispensáveis para a criança se relacionar com os outros, para conseguir exprimir os seus pensamentos e as suas emoções de uma forma criativa e própria.

• conhecimento do mundo – Esta área permite ao educador conhecer e apropriar-se da curiosidade natural que a criança possui sobre o seu mundo que a rodeia. Esta curiosidade é desenvolvida através de momentos onde ela possa questionar, descobrir e compreender aquilo que já conhece e aquilo que deseja explorar.

A educação pré-escolar está assente em nove princípios pedagógicos descritos nas orientações curriculares, mais concretamente:

1. “Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências de vida democrática numa perspetiva de educação para a cidadania”.

2. “Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência como membro da sociedade”. 3. “Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso

da aprendizagem”.

4. “Estimular o desenvolvimento global da criança no respeito pelas suas características individuais. incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diferenciadas”.

5. “Desenvolver a expressão e a comunicação através de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo”. 6. “Despertar a curiosidade e o pensamento crítico”.

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7. “Proporcionar à criança ocasiões de bem-estar e de segurança, nomeadamente no âmbito da saúde individual e coletiva”.

8. “Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências ou precocidades e promover a melhor orientação e encaminhamento da criança”.

9. “Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efetiva colaboração com a comunidade”.

Deste modo, é fulcral que, quando a criança se encontra no pré-escolar, sejam criadas as condições necessárias para que a mesma tenha uma aprendizagem contínua, devendo-se, assim, proporcionar à criança experiências enriquecedoras e positivas para um desenvolvimento global, respeitando acima de tudo as suas características e as suas necessidades individuais.

1.2. O papel fundamental do educador de infância

O educador de infância é um profissional da educação que trabalha com crianças em contexto formal de creche e jardim de infância, onde, por vezes, assume outras funções em contextos que são diferenciados de educação. Os educadores de infância têm sob a sua responsabilidade e orientação um grupo infantil (entre os quatro meses e os seis anos de idade). Assim, segundo o site ChildDiary ("Qual o papel do educador no trabalho com as famílias? - ChildDiary", 2018), compete ao educador organizar e aplicar meios educativos que sejam adequados ao desenvolvimento absoluto de cada criança (psicomotor, afetivo, intelectual, social, entre outros). No contexto formal de educação, o educador conta ainda com o apoio de uma auxiliar de educação da ação educativa que acompanha, auxilia e apoia, durante o dia a dia, o grupo de crianças pela qual o educador é responsável.

É crucial que o educador trabalhe com qualidade durante as suas intervenções e a sua abordagem com as crianças e, para isso, é necessário que o educador tenha conhecimentos e competências específicas, uma planificação que seja apropriada à idade das crianças, devendo a mesma ser sustentada nos conhecimentos sobre o desenvolvimento nos primeiros anos de vida para, assim, conseguir dar resposta às necessidades e curiosidades de cada criança, procurando também auxiliar as famílias. Ou seja, antes do educador intervir, ele deve observar cada criança individualmente e o grupo para, assim, conhecer as capacidades e competências de cada um, os

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seus interesses e as suas dificuldades. Seguidamente, o educador deve dar início ao planeamento e, posterior, execução de todo o processo educativo, com base nas informações recolhidas ao longo do processo de observação, devendo, assim, organizar o espaço e os materiais.

Portanto, o educador de infância deve ser um adulto sensível e caloroso, disposto a desenvolver a autonomia das crianças e a desafiá-las diariamente. Deve ser um indivíduo que sinta alegria nas interações que estabelece com as crianças, que demonstre interesse no que elas estão a expor, dando afeto e conforto às mesmas, olhando-as nos olhos e que dê oportunidade às crianças interagirem com os pares. Deste modo, as interações adulto-criança devem ser concebidas para que, acima de tudo, a criança consiga desenvolver o sentido de curiosidade, iniciativa, empatia, um sentido de si próprio e ainda o sentimento de que a criança pertence a um grupo, ajudando-a a sentir-se integrada. Citando Hohmann & Weikart, as relações sociais que as crianças pequenas estabelecem com os companheiros e com os adultos são profundamente importantes, porque é a partir destas relações que as crianças de idade pré-escolar geram a sua compreensão do mundo social. (Hohmann & Weikart, 2011, p.574).

Nos primeiros três anos de vida, a criança desenvolve a capacidade de observar, explorar e conhecer o mundo que a rodeia, através da utilização dos seus cinco sentidos corporais e das interações estabelecidas com os pares e com o meio, tornando-se, desta forma, num aprendiz ativo.

1.3. A importância da música na educação pré-escolar

É sabido que, desde muito cedo, a música faz parte da vida das crianças e, quando estas integram ao jardim de infância, é quase certo que todas já usufruíram de uma oportunidade de contacto com diferentes formas musicais. Assim, a abordagem da música no jardim de infância, serve para darem um seguimento a todas as emoções e afetos que foram vivenciados nessas experiências, ajudando, assim, a contribuir para que as crianças tenham prazer e se sintam bem a escutar música. Segundo Sousa (2003, p.15), “(…) a música dá prazer, que modifica os estados emocionais, que permite a expressão dos sentimentos (...)”.

Na vida das crianças a música funciona, essencialmente, como uma forma de estas desenvolverem aptidões linguísticas, a inteligência, a capacidade de se expressarem e, também, a sua coordenação motora. Aspetos como o modo como as crianças se relacionam e o

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desenvolvimento das suas competências sociais, podem ser facilitados através da ajuda das diferentes componentes da música como é o caso do ritmo, da melodia e do timbre, pois, tal como refere Costa, (2016, p.7) “a música é assim um meio natural de comunicação humana, um meio específico de expressão que não pode ser substituído por qualquer, outro”.

No pré-escolar, devem ser explorados os sons e ruídos da natureza e do nosso quotidiano, para que as crianças comessem a ampliar o seu conhecimento sobre mundo. O papel da música na formação das crianças em idade pré-escolar assenta nas “pulsões (exemplo, sentir a pulsação cardíaca e fazer batimentos em simultaneidade); nas emoções (exemplo, canções com acompanhamento de ritmo e de ritmos complementares); nos sentimentos (exemplo, fundo sonoro de leituras, declamações, desenhos, slides, ações, danças, etc.); na atenção auditiva (exemplo, tocando todas as crianças ao mesmo tempo ritmos diferentes em instrumentos diferentes, procurar detetar e reproduzir o ritmo tocado por uma delas); na perceção auditiva (exemplo, as manifestações da natureza, como a chuva, o vento, as ondas do mar, o murmúrio dos rios, o canto dos pássaros e outras, constituem riquíssimas fontes de exploração) (…)”. (Sousa, 2003, p.70-78).

Assim, faz todo o sentido que a música integre, desde cedo, a vida das crianças, de modo a auxiliar no desenvolvimento íntegro da sua personalidade. Por isso, é essencial que o educador promova momentos que sirvam de estimulação para a capacidade musical de cada criança.

1.4. A importância da educação física na educação pré-escolar

Todos nós sabemos o quão importante é a atividade física e a necessidade de nos mantermos ativos. Desta maneira, é importante que a criança comece a ter contacto com a educação física desde os primeiros anos de vida, de modo a desenvolver o individuo como um todo. É importante que as crianças entendam que uma aula de educação física não é apenas uma aula, onde estas podem correr e jogar, mas sim que é uma aula de elevada importância, tal como todas as outras. Citando Bezerra (2003), “As aulas devem ser dinâmicas, estimulantes e interessantes”, ou seja, deve ser uma aula onde o professor deve aliar o jogo à transmissão de conhecimentos.

Esta modalidade, para além do carácter lúdico que transmite para as crianças, desenvolve também a flexibilidade, os alongamentos, a resistência muscular, ajudando, ainda, na coordenação motora.

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Deste modo, a criança apropria-se do seu corpo para se expressar, utilizando, para isso, o movimento como forma de conseguir interagir com os outros e com o meio envolvente, podendo assim inventar, imaginar, descobrir e explorar u movimentos.

Serrano (2003), refere a importância de as crianças praticarem atividade física, não só com o intuito de melhorar a sua forma física, mas também de forma a melhorarem a sua saúde, a socialização com o grupo e com a escola, proporcionando bem-estar.

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Capítulo II – Caracterização geral do contexto de intervenção

pedagógica

2.1. Prática de Ensino Supervisionada em Creche

O estágio em creche, realizado no decorrer do mestrado em Educação Pré-Escolar, decorreu numa instituição de Braga. Este primeiro estágio teve início no dia 27 de fevereiro de 2018 e terminou no dia 21 de junho de 2018.

2.2. Caracterização da Instituição

É uma instituição Particular de Solidariedade Social, de âmbito nacional, fundada em 1964. É no centro de Braga que desenvolve a sua prática nas áreas da educação e da intervenção social, em colaboração com o Ministério da Educação e com o Centro Distrital da Segurança Social de Braga. Trata-se de uma instituição sem fins lucrativos que aposta numa preparação dos seus utentes para que estes atuem como cidadãos esclarecidos e responsáveis na sua resolução de problemas pessoais e também da comunidade.

Esta instituição tem 3 vertentes, nomeadamente, a creche (que acolhe crianças com idade compreendidas entre os 4 meses e os 2 anos), o pré-escolar (que acolhe crianças com idades entre os 3 e os 5 anos de idade) e o CATL (que recebe crianças a partir dos 6 anos de idade). Neste momento a instituição acolhe cerca de 340 crianças e jovens.

Este estabelecimento está dividido em três pisos: o primeiro piso tem as entradas da instituição (principal e secundárias), a área administrativa, os refeitórios, as capelas (grande e pequena), a sala polivalente, as salas de descanso para os colaboradores e ainda as salas e as casas de banho do jardim de infância; no segundo encontram-se as salas da creche e o berçário, salões de atividades lúdicas, os dormitórios (para crianças dos 4 meses aos 3 anos) e também uma copa de apoio às salas e ao berçário; por fim, o terceiro piso destina-se à casa das irmãs onde tem o quarto de cada irmã, salas de estar, cozinha e quartos de banho.

O CATL funciona num edifício adjacente e nele também encontramos salas de atividades e salas para o apoio ao estudo, uma sala de informática, de jogos, de música, de inglês, uma biblioteca e ainda uma sala polivalente. Esta instituição conta ainda com um grande espaço ao ar

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livre onde podemos encontrar os jardins, os parques para cada vertente social, um campo de jogos, uma piscina, uma capoeira, uma horta pedagógica e uma mata.

O período de funcionamento da instituição é das 7h30 às 19h30 para todos os grupos etários.

Relativamente aos recursos humanos da instituição, esta é composta por uma diretora técnica, educadoras, professores de apoio ao estudo, animadores culturais, ajudantes da ação educativa, encarregada dos serviços gerais, rececionistas, cozinheira, ajudantes de cozinha, trabalhadores serviços gerais e jardineiro. Todos estes colaboradores pertencem ao Quadro da Instituição o que permite uma maior qualidade e estabilidade na equipa educativa, possibilitando, assim, um serviço de maior qualidade no trabalho desenvolvido com as crianças e jovens. Conta, ainda, com a colaboração de professores para a orientação das atividades de enriquecimento curricular: inglês, música, ginástica e dança.

2.3. Caracterização do grupo de crianças

A partir da minha observação desenvolvida em creche, mais especificamente na sala dos 2 anos e também através do diálogo sistemático com a educadora e a auxiliar de ação educativa, consegui recolher informações pertinentes quanto às características do grupo onde desenvolvi a minha ação pedagógica.

A sala de creche era constituída por um grupo de 19 crianças (7 rapazes e 12 raparigas). O grupo era caracterizado por ser homogéneo em idade pois no início apenas 3 crianças tinham três anos e as restantes tinham dois. A nível familiar, a sala dos 2 anos era estruturada e ao nível da variedade cultural, apenas existiam três crianças com etnia diferente. No que respeita às necessidades de saúde, uma criança usava óculos e outra criança tinha convulsões febris e tinha um kit de SOS para quando necessário lhe administrarmos uma vacina. Uma criança, pela sinalização por parte da Educadora e dos pais, estava a ser acompanhada pelo serviço de terapia da fala, pela dificuldade em verbalizar corretamente as palavras. Contudo, este serviço não era prestado pela instituição. No grupo destacavam-se as crianças mais velhas pela sua linguagem (utilização correta dos verbos, utilização de determinadas palavras) mas em geral todo o grupo se expressava de uma forma compreensiva e ainda pela sua autonomia.

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No decorrer do meu percurso enquanto estagiária, posso referenciar que era um grupo bastante afetuoso, muito expressivo e participativo e sobretudo muito curioso. Todo o grupo, com exceção de uma criança, era muito autónomo. Os seus principais interesses eram de contar histórias; partilhar as novidades; brincar/explorar as áreas da sala e ainda o espaço exterior. No espaço exterior eles gostavam de ir para o parque, mas também de caminhar pela instituição e correr e ainda de ir visitar as galinhas.

O grupo revelava um relacionamento ótimo com a auxiliar e a educadora, onde era possível assistir diariamente a vários momentos de trocas de carinho, como por exemplo, sempre que chegavam ou saiam da instituição davam um beijinho. O relacionamento entre eles (crianças) era também muitopositivoapesar de haver momentos onde existiam pequenas discussões devido ao material/brinquedos. Este tipo de relacionamento entre eles e entre a educadora e auxiliar é bastante favorável pois ajuda a que as crianças se sintam seguras e apoiadas e que no futuro possam vir a ser crianças tranquilas e bem-sucedidas.

“Ao lidar com cada criança, os educadores mostram autenticidade, uma qualidade humana fundamental que o psicólogo Carl Rogers (1983) definiu como “uma verdade transparente…, uma vontade de ser pessoa, de ser e de viver os sentimentos e os pensamentos do momento. Quando esta verdade inclui avaliação, cuidado e preocupação, confiança e respeito por quem aprende, o clima propício à aprendizagem é aumentado.” (Post & Hohmann, 2011, p.70)

Consegui ainda me aperceber que apesar de todos se entenderem bem uns com os outros era visível que existiam os pequenos grupos, onde eles procuravam o amigo com que mais se identificavam. Sendo este um aspeto que observei mais no sexo masculino.

2.4. Caracterização do Espaço da Sala

“Acreditamos que os centros de educação infantil devem proporcionar a bebés e crianças de tenra idade ambientes bonitos que apoiem o jogo centrado na criança, iniciado pela criança e facilitado pelo educador. Também acreditamos que as pessoas que prestam cuidados às crianças merecem ambientes de trabalho altamente funcionais, fáceis de utilizar e esteticamente atraentes.” (Torelli & Durret, 1998, cit. por Post & Hohmann, 2011 p. 99)

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O contexto de aprendizagem na sala dos dois anos pretende proporcionar ao grupo conforto e bem-estar e aliado a isso, pretende dar oportunidade de as crianças participarem de forma ativa. O ambiente da sala foi pensado pela educadora, estando este sempre em alterações. É uma sala ampla com bastante luz natural. Todas as áreas da sala (construções, expressão plástica, casinha, biblioteca e jogos) se encontram com materiais estimulantes à aprendizagem ativa das crianças. Estas áreas estão bem delineadas e o grupo sabe quantas crianças podem estar em cada área e o que podem fazer em cada uma delas, ou seja, sabem que na área da casinha não pode haver livros ou plasticina, por exemplo.

Quando chega o momento de escolher a área para onde cada um vai, esta é uma escolha maioritariamente feita pelas próprias crianças, mas por vezes a educadora assume essa responsabilidade. Na hora de arrumar, as crianças têm de colocar os materiais nos sítios respetivos (devidamente etiquetados). A sala tem ainda à entrada e dentro, alguns placards onde são utilizados para expor os trabalhos realizados pelo grupo. Este é um momento de grande entusiasmo pois eles ficam radiantes quando veem os seus trabalhos expostos e sempre que vão embora fazem questão de levar os pais a ver. A sala e todos os seus materiais, desde paredes, mobiliário e brinquedos, encontram-se num bom estado de conservação e de acordo com a faixa etária das crianças da sala. (Anexo A)

2.5. Caracterização da Rotina Diária

“Quando num infantário se proporciona um horário diário previsível e se prestam cuidados segundo rotinas tranquilas, estão a dar-se às crianças muitas oportunidades de realizarem as suas ações e ideias.” (Post & Hohmann, 2011 p. 194)

Como referi em cima, a instituição abre as 7:30 e as crianças são recebidas por auxiliares e pelas irmãs na sala de acolhimento. Quando estão nesta sala as crianças têm oportunidade de ouvir rádio, brincar com materiais variados e ainda de interagir com outras crianças de outras salas e com os adultos.

Às 9h00 a educadora chega à sala de acolhimento e por volta das 9h20, organiza o grupo (dois a dois num comboio) e leva-o para a sala. Quando chegámos á sala o grupo senta-se nas mesas para fazermos o lanche da manhã (comer a fruta) e seguidamente fazer a higiene. Depois as crianças sentam-se no chão em roda para cantarmos os bons dias e fazermos a marcação de

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presenças, ainda na roda o grupo partilha algumas novidades e começasse a debater a organização do no dia. A seguir as crianças por vezes fazem atividades de escolha livre (indo para as áreas) ou então fazem atividades de pequeno grupo ou de grande grupo. Semanalmente, à terça feira o grupo tem música e à quinta feira o grupo têm ginástica. Ambas as sessões destas atividades são de 30 min cada, sendo que o grupo é dividido em dois pequenos grupos para cada atividade.

Por volta das 11h00 as crianças voltam a fazer a higiene e depois segue-se o período de almoço, onde depois, conforme as condições climatéricas, as crianças vão dar um passeio até ao exterior. Para finalizar a parte da manhã (11h50), o grupo regressa à sala para fazer a higiene, fazer a leitura de uma história ou ver um pequeno filme no computador e depois o descanso.

A tarde começa às 15h30 com o despertar das crianças no dormitório e o regresso à sala para o lanche. Conforme vão terminando, vão fazer a sua higiene e fazer atividades de escolha livre ou ir até ao parque (exterior).

2.6. Interação adulto-criança

A intervenção do adulto é muito importante na fase de desenvolvimento da criança. Salientando Post & Hohmann, (2011, p.61) “Em todas as interações, estas crianças precisam de ser tratadas com muito cuidado e um profundo respeito. Só assim conseguem desenvolver curiosidade, coragem, iniciativa, empatia, um sentido de si próprio e um sentimento de pertença a uma comunidade social amistosa”. O grupo de crianças da sala dos dois anos, como foi referido em cima, é um grupo bastante ativo e muito participativo nas atividades que são desenvolvidas. É um grupo que no desenrolar das atividades se mostra sempre curioso, principalmente por algo que é novidade na sala, seja jogos, materiais novos, livros, etc.

Este grupo mantem com a educadora e com a auxiliar, uma relação boa, onde se vê que existe uma grande cumplicidade entre os adultos com as crianças. Existe muito apoio por parte da educadora e da auxiliar, onde são vários os gestos de carinho, atenção e de compreensão, nunca permitindo que elas se sintam sozinhas.

A comunicação entre a educadora e o grupo é feito de num tom suave, onde a educadora utiliza um vocabulário cuidadoso, ajudando a criança a sentir-se segura. Na gestão de conflitos, a

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22

educadora incentiva a que as crianças falem entre si para tentar resolver o problema e conseguirem chegar a uma solução. Caso seja necessário a educadora intervém.

Capítulo III – Caracterização do Contexto de jardim de infância

O estágio em pré-escolar realizado no decorrer do mestrado em Educação Pré-Escolar, decorreu numa instituição de Braga. O começo deste estágio decorreu no dia 2 de outubro de 2018 e terminou no dia 31 de janeiro de 2019.

3.1.

Caracterização do grupo de crianças

Neste último ano letivo (2018/2019), a minha prática de ensino supervisionada decorreu em contexto de pré-escolar, na sala dos 3 anos, com um grupo de crianças com idades compreendidas entre os 3 e os 4 anos de idade. É um grupo que é constituído por vinte e sete crianças, sendo que quinze são do sexo feminino e doze são do sexo masculino.

No geral, o grupo de crianças que já frequentavam a instituição no ano anterior demonstrou uma boa adaptação à nova sala e uma boa relação com as novas crianças e com os adultos, mas as novas crianças que entraram este ano já tiveram uma adaptação um pouco mais difícil pois estavam ligadas às figuras de vinculação e vinham com hábitos diferentes dos que são trabalhados na sala, mostrando-se pouco autónomas. Trata-se de um grupo que apresenta algumas dificuldades de desenvolvimento, onde é mais notório nas crianças vindas de casa, e posto isto, são muitas as crianças do grupo que são acompanhadas por uma terapeuta da fala devido a problemas de comunicação, uma criança é acompanhada por um psicólogo devido a problema de défice de atenção e ainda duas crianças acompanhadas por uma terapeuta da fala (que não pertence à instituição). Contudo, trata-se de um grupo alegre e bem-disposto, muito curioso e participativo.

É um grupo, como referi em cima, muito participativo em todas as atividades desenvolvidas na sala e nas atividades de rotina. Verifiquei ainda que é um grupo que adora explorar todos os espaços da sala e todos os objetos à sua volta. O grupo é muito afetuoso, estando constantemente a expressar os sentimentos recorrendo com frequência a beijinhos, abraços e partilha de novidades ou brinquedos.

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23 3.2. Caracterização do Espaço da Sala

Para conseguir responder às necessidades das crianças, a sala encontra-se muito bem organizada. É uma sala ampla, onde os espaços estão bem divididos permitindo assim ao grupo desenvolver as atividades de uma forma livre. A sala está bem arejada e também bem iluminada possibilitando ao grupo trabalhar com luz natural durante a maior parte do dia. A sala é mudada com regularidade e o grupo ajuda na decisão da mudança, ajudando assim a que as crianças se sintam confortáveis e seguras naquele espaço, ajudando-as a incentivar às suas explorações e ao desenvolvimento de cada uma.

Assim o espaço de aprendizagem da sala dos 3 anos está organizado por áreas. Como referido em cima, é um espaço onde é permitido ao grupo que circule livremente e trabalhe livremente em todas as áreas.

Todas as áreas da sala estão devidamente delimitadas (espaçamento e quantidade de crianças em cada área) e também assinaladas, dando assim oportunidade de o grupo identificar com facilidade cada uma, ajudando assim a que sejam autónomos e independentes. em todas as áreas podemos encontrar um grande número de materiais e objetos que estão em constante mudança e são numerosos.

Portanto, podemos encontrar cinco áreas de interesse na sala. Área da casinha (dividida em quarto e em cozinha), área da expressão plástica, área dos jogos, área da biblioteca e a área das construções.

A área da casinha que está dividida em duas (área da cozinha e do quarto), onde tem objetos diversificados tais como panelas, talheres, frutas, copos, pratos, aventais, panos, cama, bonecas, roupas, telefones e telemóveis, escovas, mobília (lava louça, frigorifico, forno, mesa e cadeiras), entre outros.

A área da expressão plástica, onde o grupo pode trabalhar a sua motricidade fina com diversos materiais necessários e adequados a esta área, tais como plasticina, folhas brancas para desenho, pinturas e colagens e ainda uma corda presa na parede para expor os trabalhos realizados nesta área. Esta área é ainda utilizada em tempos de pequeno e grande grupo.

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A área dos jogos, local onde o grupo tem acesso a diversos tipos de jogos, desde puzzles, encaixe, dominós, jogos de memória, sendo que é constante a mudança de jogos para que não sejam sempre os mesmos.

Temos ainda a área da biblioteca, que é composta por duas estantes com livros onde as crianças exploram e desenvolvem a sua imaginação com livros pop-up, livros com sons, livros com texturas diferentes e de diferentes tamanhos. Nesta área podemos ainda encontrar dois sofás e uma mesa de apoio.

E por fim, temos a área das construções com diversos materiais como legos, blocos de madeira, carros, animais, caixa de ferramentas, entre outros.

As paredes da sala estão repletas de trabalhos desenvolvidos pelas crianças pois como é referido nas OCEPE (Silva et al., 2016), “O que está exposto constitui uma forma de comunicação, que sendo representativa dos processos desenvolvidos, os torna visíveis tanto para crianças como para adultos. Por isso, a sua apresentação deve ser partilhada com as crianças e corresponder a preocupações estéticas.” (p.26). (Anexo B)

3.3.

Caracterização da Rotina Diária

É importante para as crianças que:

“quando os horários e as rotinas diárias são previsíveis e estão bem coordenados em vez de em permanente mudança, é mais provável que os bebés e as crianças se sintam seguros e confiantes” (Post & Hohmann, 2011, p. 193)

Assim, a rotina da sala dos 3 anos inicia-se com o acolhimento do grupo entre as 9:00h e as 9:30h, sendo que neste tempo cantámos os bons dias, contámos as novidades e marcámos as presenças e o tempo. Entre as 9:30h e as 10:00h as crianças comem a fruta. Entre as 10:00 e as 10:30 há sempre uma atividade em pequeno grupo (exceto à quarta-feira), ou seja, inglês (segunda-feira), ginástica (terça-feira), música (quinta-feira) e dança (sexta-feira). Depois, entre as 10:30h e as 11:30h o grupo desenvolve atividades planeadas pela educadora e trabalham nas áreas. Entre as 11:30h e as 11:45h as crianças arrumam a sala e fazem a sua higiene para se prepararem para o almoço. A seguir, entre as 11:45h e as 12:30h as crianças almoçam e de seguida vão à casa de banho. As 12:30h até às 12:50h as crianças vão até ao parque ou até ao

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salão e depois é feita a leitura de uma história. Às 12:50h o grupo faz a sua higienização e às 13:00h até às 15:30h vão dormir.

Após a sesta, entre as 15:30h e as 16:00h as crianças vestem-se, vão à casa de banho de vão para o lanche no refeitório. Entre as 16:00h e as 16:45h lancham. No final, entre as 16:45h e as 19:00 (tempo de saída da instituição) realizam-se atividades livres na sala ou no salão.

3.4. Interação adulto-criança

A interação adulto-criança é importante para o desenvolvimento da criança pois as brincadeiras entre eles, fortalecem as relações, ensinando assim, a criança a brincar enriquecendo e dando prestígio à brincadeira, de acordo com Cunha (2007, p.76) a criatividade (do educador) pode estimular o processo criativo da criança e a sua paciência e serenidade poderão estimular a capacidade de observação e concentração.

Na sala dos três anos, a relação entre a equipa educativa e o grupo funcionavam muito bem, mesmo as crianças que eram novas na sala. Sentia-se muita cumplicidade entre eles e eles sabiam que podiam sempre confiar na educadora e na auxiliar. Eram muitos os momentos de brincadeira e de carinho demonstrados ao longo do dia, principalmente na hora de acolhimento quando a despedida dos familiares custava um pouco mais. Este grupo gostava muito de ajudar a educadora nas suas tarefas e também de dar a sua opinião.

A forma da educadora falar com as crianças era muito amável dando conforto e segurança às crianças para se expressarem sem medos.

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26

Capítulo IV – Intervenção pedagógica

4.1. Contexto de jardim de infância – escolha e definição da

temática de intervenção pedagógica

O projeto implementado para a valência de jardim de infância Abordagem aos movimentos fundamentais através dos cinco sentidos, surgiu a partir da ideia da educadora cooperante dar continuidade ao tema já desenvolvido na valência de creche, com o objetivo principal de o grupo aprofundar os conhecimentos já explorados na sala dos 2 anos e com o objetivo do grupo ir começando a desenvolver o tema do corpo humano e as funções de alguns órgãos.

Como verifiquei em creche, os cinco sentidos é um tema muito apreciado pelo grupo pois diariamente mencionamos os sentidos na nossa rotina devido ao contacto permanente que o grupo tem com múltiplos objetos que convidam assim as crianças à exploração através de todos os sentidos. Contudo, este tema será desenvolvido de uma forma muito mais aprofundada, pois abordaremos cada órgão correspondente a cada sentido mais ao pormenor.

A educação física no jardim de infância, como defendem as OCEPE (Silva et al., 2016), deverá proporcionar experiências e oportunidades desafiantes e diversificadas, ou seja, é desde os primeiros anos de vida que uma criança deverá desde logo ter contacto com atividades que a ajudem a conhecer e a usar melhor o seu corpo. Assim o educador, deverá proporcionar às crianças condições para que estas usufruam do espaço e dos movimentos, para que consigam dominar movimentos que impliquem deslocamentos e equilíbrios tais como: trepar, correr, saltitar, deslizar, rodopiar, saltar a pés juntos ou num só pé, saltar sobre obstáculos, baloiçar, rastejar e rolar, como é referido nas OCEPE (Silva et al., 2016).

O desenvolvimento motor tem início desde muito cedo, mais propriamente ainda dentro do útero. É entre os 0 e os 5 anos que a criança se encontra mais recetiva aos estímulos que surgem do ambiente e assim o desenvolvimento das habilidades acontece com muita mais rapidez, pois a criança tende a imitar o que os adultos que a rodeiam fazem.

São várias as fases que fazem parte do desenvolvimento motor e, em cada uma delas é esperado que as crianças desenvolvam alterações comportamentais de acordo com a idade de cada uma. Assim, são muitos os investigadores, tais como Gallahue & Ozmun (2001) que sugerem que em cada fase existam diversos estágios.

(28)

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Segundo Gallahue & Ozmun (2001) o processo de desenvolvimento motor e os seus respetivos estágios são apresentados através de uma ampulheta (Fig.1).

De acordo com este esquema, podemos verificar que os movimentos fundamentais, que corresponde ao período de exploração do corpo, têm início a partir dos dois anos de idade, e é nesse período que a criança começa a ter um controlo total nos movimentos rudimentares que são a base para aperfeiçoar os movimentos fundamentais.

Assim, a criança durante o desenvolvimento das suas habilidades motoras fundamentais passa por três estágios, que são eles: estágio inicial (dos 2 aos 3 anos) que se caracteriza pelas tentativas da criança em realizar as suas habilidades motoras fundamentais, estágio elementar (dos 4 aos 5 anos) que é caracterizado pelo melhoramento do controlo e da coordenação motora na execução das diversas habilidades e por fim estágio maduro (dos 6 aos 7 anos) que se caracteriza pelas habilidades motoras coordenadas, controladas e eficazes. Contudo, a grande maioria das crianças, para além da maturação, precisam de um conjunto de oportunidades práticas que lhes permitam conseguir atingir este último estágio.

Para estes autores o desenvolvimento motor deve ser promovido desde cedo, portanto é importante a qualidade, a quantidade e a diversidade dos estímulos recebidos pelas crianças. Porém, a criança pode não conseguir ter um desenvolvimento adequado das habilidades motoras fundamentais (por exemplo, não ter a experiência de desenvolver atividades onde promova as habilidades motoras, ter tido uma aprendizagem errada, ter medo de se aleijar) e isso levará a que ela não tenha uma experiência positiva sendo que podem ser aprendidas mais tarde mas o estímulo de aprendizagem já não é o mesmo sendo que será mais difícil dominar determinadas habilidades.

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28

Desta forma, decidi elaborar o projeto em torno desta fase de desenvolvimento motor das crianças através de experiências que as crianças nesta faixa etária devem ter, tais como experiências que desenvolvam e estimulem o sensório-motor, ou seja, experiências onde as crianças possam ter contato com diferentes materiais (de forma orientada ou de forma não orientada) e jogos de movimentos.

Para conseguir dar resposta aos interesses e às necessidades das crianças, desenvolvi diferentes atividades lúdicas onde tinha como objetivos gerais:

No que concerne aos objetivos específicos que estabeleci para este projeto são os seguintes:

• Estimular a aquisição e o aperfeiçoamento de padrões motores fundamentais; • Ampliar o conhecimento das crianças sobre os órgãos dos sentidos;

• Conhecer alguns aspetos específicos de cada sentido para valorizá-los e preservá-los;

• Explorar diferentes objetos e materiais para ampliar a perceção da criança; • Potenciar atividades sensoriais;

• Ajudar o grupo na compreensão da importância de saber esperar pela vez; Desenvolver a autonomia Desenvolver as capacidades sócio afetivas Desenvolver a expressão e a comunicação Desenvolver as capaciaddes cognitivas e sensoriais Desenvolver a psicomotricidade Desenvolver os movimentos fundamentais

(30)

29

• Ajudar o grupo na aprendizagem do saber escutar os outros e cumprir com o que lhes é solicitado;

• Potenciar o envolvimento das crianças nas atividades e brincadeiras;

• Ajudar as crianças a conseguirem conhecer melhor o seu corpo e através das atividades conseguirem desenvolver-se a nível social, emocional, psicomotor e cognitivo;

Assim decidi desenvolver a minha prática aproximando as minhas atividades à metodologia de trabalho de projeto, pois como refere Oliveira – Formosinho (2011, p.49) “O Trabalho de Projeto (…) é, seguramente, uma forma inovadora, flexível, capaz de atender a um só tempo aos interesses que fazem o mundo da criança.” Assim, na minha opinião é uma temática que sempre me despertou muito interesse e de igual forma também desperta às crianças, pois com esta metodologia estimulei o interesse nas crianças e juntos demos início a este projeto, onde elas puderam através das atividades procurar as respostas para as perguntas que elas próprias colocaram no inicio do projeto e assim dar-lhes a oportunidade de elas serem as personagens centrais desta metodologia, permitindo lhes ser autónomas.

Contudo, para conseguir perceber se as crianças tinham algum interesse neste tema, decidi juntamente com a educadora fazer a leitura do livro O corpo humano. Durante a exploração e após a leitura do livro, surgiram inúmeras ideias e perguntas geradas pelas crianças. Tais como:

Figura 3 - Cartolinas: O que sabemos? o que queremos aprender? e como vamos aprender?

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30 • Aprender mais sobre a cara – C. • Como vemos com os olhinhos? – R. • Temos uma boca para comer. – S. • A avó usa óculos para ver. – M. • Temos mãos e pés. – M. C.

• O nosso coração faz tum tum. – M. L. • Temos ossos. – G.

• Aprender mais sobre a cara – Carlos Samuel • Como vemos com os olhinhos. – Rodrigo Barbosa • Temos uma boca para comer. - Simão

• A avó usa óculos para ver. - Mariana Ramos • Temos mãos e pés. – Maria Clara

• O nosso coração faz tum tum. – Maria Luísa • Temos ossos. - Guilherme

• Aprender mais sobre a cara – Carlos Samuel • Como vemos com os olhinhos. – Rodrigo Barbosa • Temos uma boca para comer. - Simão

• A avó usa óculos para ver. - Mariana Ramos • Temos mãos e pés. – Maria Clara

• O nosso coração faz tum tum. – Maria Luísa • Temos ossos. - Guilherme

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4.2. Intervenção pedagógica no contexto de jardim de infância

Como mencionei em cima, o projeto intitula-se de Abordagem aos movimentos fundamentais através dos cinco sentidos, e seguidamente dou a conhecer três das nove atividades que foram planificadas durante o decorrer do meu estágio. Estas três atividades foram para mim as que mais me marcaram e que também marcaram o grupo de uma forma muito positiva.

4.2.1. Propostas pedagógicas e subsequentes análises

Designação da 3ª atividade: A visão

Nesta atividade darei continuidade ao sentido da visão e primeiramente irei pedir às crianças que se sentem em roda para partilhar comigo as suas ideias prévias sobre o sentido da visão e sobre a atividade realizada anteriormente.

Num segundo momento explicarei ao grupo que iremos realizar um jogo que já é conhecido deles, o jogo da estátua, mas em vez de falarmos estátua para paramos, irei projetar no teto da sala, com a ajuda de uma lanterna a cor vermelha para eles pararem e a cor verde para eles andarem, saltarem, correrem, saltar ao pé coxinho, entre outros. Para esta atividade se realizar como previsto terei de fechar as persianas da sala. Para jogar este jogo o grupo terá de estar bem atento e utilizar a sua visão para diferenciar as cores e cumprir as regras do jogo.

No final do jogo o grupo sentar-se-á numa roda e apresentarei o poema da visão. Explicarei ao grupo que este poema não é igual aos outros, pois faltam-lhe palavras que iremos ser nós a completar com as imagens correspondentes a cada palavra em falta. Antes de completar o poema, irei apresentar quais são as palavras que serão utilizadas no poema. Por fim, penduraremos o poema no placar para que todos possam ver e relembrar sempre que quiserem.

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Planificação diária: 20/11/2018 Instituição: Braga Ano de escolaridade: Pré-escolar (3 anos)

Áreas de conteúdo/competências

específicas Descrição da atividade Objetivos Recursos Avaliação (será avaliado na criança) Área de formação pessoal e

social:

- Desenvolvimento da interação social entre as crianças; - Interiorização de novos conhecimentos; - Promover a consciência de si e do outro; Área de expressão e comunicação:

- Formação de conceitos básicos na formação da criança;

- Contato com os diversos tipos de expressão e comunicação;

- Desenvolvimento da capacidade de expressão, comunicação e

aprendizagem da linguagem oral; Domínio da educação física: - Cooperação em situações de jogo, seguindo orientações ou regras; - Domínio de movimentos que implicam deslocamentos e equilíbrios como: correr, saltar e saltar a pés juntos; 1º momento: breve conversa sobre a visão; 2º momento: apresentação do jogo da estátua com lanternas coloridas (verde e vermelha); 3º momento: sugestão às crianças de vários movimentos (saltar, saltar a pés juntos, correr) possíveis durante o jogo; 4º momento: apresentação do poema para completar com as imagens;

Reconhecer os cinco sentidos; Estimular o sentido da visão Desenvolver a imaginação; Desenvolver e ampliar o vocabulário;

Desenvolver o respeito pelo outro, numa atitude de partilha e socialização com os outros; Proporcionar ao grupo atividades de caráter prático e lúdico, envolvendo-as de forma direta;

Cooperar com os colegas no jogo, envolvendo-se no trabalho de equipa;

Aceite e cumpra as regras do jogo, acordados pela estagiária;

Materiais: Papel celofane amarelo e vermelho; Lanternas; Humanos: Educadora; Auxiliar; Estagiária; Crianças;

Interesse do grupo pelo tema trabalhado; Participação e

envolvimento ativo nas atividades;

Interação do grupo; Compreensão da temática, através da expressão das suas ideias;

Aceitação e cumprimento das regras do jogo; Associa o sentido à parte correspondente do corpo humano;

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33

Aceitar a situação de ganhar ou perder;

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34 Reflexão da 3ª atividade

A 3ª atividade - visão foi realizada no dia 20 de novembro de 2018, durante a parte da manhã. Esta atividade tinha como objetivo inicial relembrar a atividade anterior, ou seja, desenvolver a capacidade de memorização e conversar com o grupo sobre o sentido da visão. Seguidamente e com base no que foi falado anteriormente passámos para a explicação do jogo da estátua com lanternas coloridas onde as crianças desenvolveram a sua criatividade e a cooperação entre o grupo de acordo com os vários movimentos pedidos por mim tais como, saltar, saltar a pés juntos, correr, etc. Verifiquei que este tipo de atividades é muito apreciado pelo grupo pois eles sentem-se mais libertos e sentem-se mais descontraídos sendo que assim um dos objetivos pretendidos por mim inicialmente foi muito bem alcançado.

Após a explicação, realizámos o jogo e a participação das crianças decorreu de uma forma positiva apesar de, por vezes a intervenção delas ser de uma forma não tão ordeira.

Designação da 4ª atividade: Que som faz o meu corpo?

Esta atividade, “Que som faz o meu corpo?” começará com um pequeno diálogo com o grupo para conseguir perceber os conhecimentos prévios do grupo sobre o sentido da audição. Assim, explorarei com o grupo a história do Mickey (desenho animado conhecido e acarinhado por todos na sala) Brincar e aprender com o Mickey – A Audição. No fim da leitura colocarei questões ao grupo para perceber se as crianças conseguiram entender a mensagem da história.

Seguidamente, apresentarei o jogo da audição que consiste na adivinhação da parte do nosso corpo que corresponde o som, ou seja, com a ajuda de uma coluna irei colocar o som de várias partes do nosso corpo (coração a bater, palmas, gargalhadas, correr, espirro, entre outros) e à vez cada criança responderá.

Posteriormente, completaremos o poema alusivo ao sentido da audição e apresentarei as imagens das palavras em falta ao grupo para depois procedermos à completação do poema.

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Planificação diária: 06/12/2018 Instituição: Braga Ano de escolaridade: Pré-escolar (3 anos)

Áreas de

conteúdo/competências específicas

Descrição da atividade Objetivos Recursos Avaliação (será avaliado na criança)

Área de formação pessoal e social:

- Desenvolvimento da interação social entre as crianças; - Interiorização de novos conhecimentos; - Promover a consciência de si e do outro; - Demonstração de comportamentos de apoio e entreajuda, por iniciativa própria ou quando solicitado; Área de expressão e comunicação: - Formação de conceitos básicos na formação da criança;

- Contato com os diversos tipos de expressão e comunicação; - Desenvolvimento da capacidade de expressão, comunicação e aprendizagem da linguagem oral; 1º momento: Breve conversa sobre os cinco sentidos evidenciando o sentido da audição. 2ºmomento: leitura do poema da audição e preenchimento de palavras em falta com as imagens correspondentes; 3º momento:

apresentação da história Brincar e aprender com o Mickey – A Audição; 4º momento: leitura e exploração da história (através de questões colocadas às crianças); 5º momento: Apresentação do jogo da audição e posteriormente a exploração desse jogo;

Reconhecer os cinco sentidos; Estimular o sentido da audição; Desenvolver a imaginação; Desenvolver e ampliar o vocabulário;

Desenvolver o respeito pelo outro, numa atitude de partilha e socialização com os outros; Proporcionar ao grupo atividades de caráter prático e lúdico, envolvendo-as de forma direta;

Cooperar com os colegas, envolvendo-se no trabalho de equipa;

Comentar a história de forma a extrair o sentido; Materiais: Poema; Imagens; História; Coluna; Sons; Humanos: Educadora; Auxiliar; Estagiária; Crianças;

Interesse do grupo pelo tema trabalhado; Participação e

envolvimento ativo nas atividades;

Interação do grupo; Compreensão da temática, através da expressão das suas ideias;

Associa o sentido à parte correspondente do corpo humano;

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36 Domínio da linguagem oral:

- Elaborar frases completas aumentando gradualmente a sua complexidade;

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37 Reflexão da 4ª atividade

Esta atividade decorreu no dia 6 de dezembro de 2018, e tinha como grande objetivo explorar o sentido da audição e o nosso corpo. Neste sentido propus ao grupo uma pequena conversa sobre a audição e o que sabiam sobre ela, seguindo-se um pequeno momento de leitura da história do Mickey sobre a audição e exploração desta através de questões colocadas às crianças. Posteriormente apresentei o jogo da audição dos sons do nosso corpo onde as crianças teriam de adivinhar a que parte do corpo pertencia o som que tinham acabado de ouvir e para finalizar fizemos o preenchimento do poema sobre a audição com o preenchimento de palavras em falta com as imagens correspondentes. No decorrer da atividade foi notório o interesse das crianças, pois elas participavam ativamente. O meu papel nesta atividade foi apenas de orientadora, permitindo que as crianças fossem elas mesmas a darem-me a conhecer o que sabiam sobre a audição e para que servia, e ainda que fossem elas a adivinhar os sons e ainda a fazer o preenchimento correto do poema.

A avaliação que faço desta atividade é positiva pois o grupo já começou a participar de uma forma mais ordeira, mostrando-se interessadas, participativas e autônoma em toda a atividade.

Figura 4 – Leitura da história

Brincar e aprender com o Mickey – A Audição

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38 Designação da 5ª atividade: Vamos fazer slime!

Esta atividade surgiu devido à moda que andava por toda a instituição, o slime. O slime é uma massa viscosa, uma espécie de plasticina, mas muito mais maleável e viscosa. Assim, decidi fazer um slime com o grupo para que através do tato eles conseguissem conhecer novos materiais. Esta atividade será desenvolvida com a presença de duas mães que serão convidadas por mim e pela educadora para participarem na atividade.

Para começar, em roda falarei de todos os sentidos que já abordámos anteriormente e depois abordarei o sentido do tato para conseguir perceber quais os conhecimentos prévios do grupo sobre este sentido (para que serve, onde se encontra, entre outros). A seguir, explicarei ao grupo todo o processo para fazermos slime e quais os ingredientes que iremos utilizar. Seguidamente o grupo irá para o seu lugar na mesa para darmos início à construção do nosso slime. Com a ajuda da educadora, auxiliar e das mães auxiliaremos as crianças durante todo o processo do slime onde no fim cada criança terá oportunidade de escolher como quer decorar o seu slime (com purpurinas, bolas de esferovite, lantejoulas, entre outros). Ao longo do processo irei questionar o grupo sobre o que conseguem sentir com as suas mãos, se quente ou frio, se duro ou mole e se fofo ou áspero.

No fim, em roda, farei a leitura do poema do tato e explorarei as imagens correspondentes às palavras em falta onde depois serão colocadas nos respetivos sítios.

(40)

39

Planificação diária: 10/01/2019 Instituição: Braga Ano de escolaridade: Pré-escolar (3 anos)

Áreas de conteúdo/competências

específicas Descrição da atividade Objetivos Recursos Avaliação (será avaliado na

criança) Área de formação pessoal e

social:

- Desenvolvimento da interação social entre as crianças; - Interiorização de novos conhecimentos; - Promover a consciência de si e do outro; - Demonstração de comportamentos de apoio e entreajuda, por iniciativa própria ou quando solicitado; Área de expressão e comunicação:

- Formação de conceitos básicos na formação da criança;

- Contato com os diversos tipos de expressão e comunicação;

- Desenvolvimento da capacidade de expressão, comunicação e

aprendizagem da linguagem oral; Domínio da linguagem oral:

1º momento: diálogo com as crianças para uma troca de ideias sobre os sentidos explorados anteriormente (audição, paladar, olfato e visão) e sobre o sentido do tato; 2º momento: apresentação do slime ao grupo e explicação de como este será feito;

3ºmomento: criação do slime com o grupo; 4º momento: completar o poema do tato com as respetivas imagens e fazer a sua leitura; Reconhecer os cinco sentidos; Estimular o sentido do tato; Desenvolver a imaginação; Desenvolver e ampliar o vocabulário; Desenvolver o respeito pelo outro, numa atitude de partilha e socialização com os outros; Proporcionar ao grupo atividades de caráter prático e lúdico, envolvendo-as de forma direta; Materiais: Poema; Imagens; Cola branca;

Detergente da roupa líquido; Espuma de barbear; Recipientes; Espátulas/colheres;

Caixas (para guardar o slime); Humanos: Educadora; Auxiliar; Estagiária; Crianças; Interesse do grupo pelo tema trabalhado; Participação e envolvimento ativo nas atividades; Interação do grupo; Compreensão da temática, através da expressão das suas ideias; Associa o sentido à parte correspondente do corpo humano;

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40 - Elaborar frases completas

aumentando gradualmente a sua complexidade;

Domínio da educação artística - Reconhecer: cores, sensações e texturas;

- Modelar de diversas formas; - Ter sensibilidade estética;

Cooperar com os colegas, envolvendo-se no trabalho de equipa; Desenvolver capacidades expressivas e criativas através de experimentações e produções plásticas; Encarregados de educação;

(42)

41 Reflexão da 5ª atividade

A criação do slime foi sem dúvida a atividade que mais satisfação e mais gosto me deu desenvolver. Foi a atividade que em conversa com a Educadora decidimos convidar duas mães para estas poderem ter a oportunidade de se envolverem nas atividades com os filhos, que a meu ver ao início estava um pouco nervosa mas no fim percebi que foi essencial para mim aquele contato com os pais e perceber que é fundamental que haja um contato parental entre educador pais-crianças para que haja uma constante partilha de informações e de experiências e para que os pais possam apoiar as crianças ajudando-as a alcançar todo o seu potencial.

No decorrer da atividade o entusiasmo tanto das crianças como dos adultos era notório e a cada passo que era feito para conseguirmos chegar ao resultado final era celebrado em conjunto com as crianças pois uma das mães já tinha tentado esta experiência em casa, mas não correu bem. No fim, analisámos o poema do tato preenchendo os espaços em branco com as respetivas imagens em falta.

Como referi em cima foi a atividade que mais gostei pois consegui atingir os meus objetivos e ainda sentir o apoio da equipa educativa e parental.

Figura 6 - Demonstração da

construção do slime Figura 7 - Resultado final pretendido do slime Figura 8- Construção do slime com a ajuda dos familiares

Imagem

Figura 2 - Fases do desenvolvimento motor (GALLAHUE & OZMUN, 2001)
Figura 3 - Cartolinas: O que sabemos? o que queremos aprender? e como vamos  aprender?
Figura 4 – Leitura da história  Brincar e aprender com o  Mickey – A Audição
Figura 6 - Demonstração da
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