• Nenhum resultado encontrado

Restruturação Produtiva e Terceirização: mudanças legais e serviço público no Brasil / Productive Restructuring and Outsourcing: legal changes and public service in Brazil

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2020

Share "Restruturação Produtiva e Terceirização: mudanças legais e serviço público no Brasil / Productive Restructuring and Outsourcing: legal changes and public service in Brazil"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761

Restruturação Produtiva e Terceirização: mudanças legais e serviço público

no Brasil

Productive Restructuring and Outsourcing: legal changes and public service

in Brazil

DOI:10.34117/bjdv6n9-428

Recebimento dos originais: 16/08/2020 Aceitação para publicação: 18/09/2020

Andréa Bittencourt Pires Chaves

Doutora em Ciências: desenvolvimento socioambiental NAEA - UFPA Instituição: Universidade Federal do Para - UFPA

Endereço: Rua Augusto Corrêa, 01 - Guamá, Belém-Pa, Brasil, 66075-110 E-mail: andreachaves@ufpa.br

Lorena Carolina Marques Monteiro

Graduanda de Ciências Sociais UFPA, Bolsista de Iniciação Científica Instituição: Universidade Federal do Para - UFPA

Endereço: Rua Augusto Corrêa, 01 - Guamá, Belém-Pa, Brasil, 66075-110 E-mail: lorenacs199710@gmail.com

RESUMO

Este artigo tem como objetivo discutir a terceirização no serviço público esfatizando a precarização das relações de trabalho no sistema capitalista. Para tanto, foi feita uma revisão bibliográfica das categorias trabalho, terceirização, precarização e uma pesquisa documental no marco legal brasileiro. Complementado a pequisa bibliográfica e documental, foram levantados dados empíricos obtidos por meio de entrevistas com empregados terceirizados do setor serviços da Universidade Federal do Pará. O sistema capitalista engedra mecanismos para majorar a capacidade de exploração e obtenção de mais valia, finalidade maior do seu propósito de existência. Neste intuito, o sistema superlativa a exploração, no caso em epígrafe, utilizando contato de trabalho terceirizado, estabelecendo condições contratuais desiguais na memas intituição, dividindo os trabalhadores em categorias díspares: trabalhadores protegidos por um marco legal garantidor da estabilidade no emprego e trabalhadores com contratos de trabalho flexíveis, vinculados a uma legislação favorável ao capital.

Palavras-chave: Capitalismo. Modelo produtivo. Marco Legal. ABSTRACT

This article aims to discuss outsourcing in the public service, emphasizing the precariousness of labor relations in the capitalist system. To this end, a bibliographic review of the categories of work, outsourcing, precariousness and documentary research in the Brazilian legal framework was carried out. In addition to the bibliographical and documentary research, empirical data obtained through interviews with outsourced employees in the services sector at the Federal University of Pará were collected. The capitalist system engenders mechanisms to increase the capacity for exploration and obtaining added value, the main purpose of its purpose. of existence. To this end, the superlative system of exploitation, in the case under discussion, using outsourced work contact, establishing unequal contractual conditions in the same institution, dividing workers into disparate

(2)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 categories: workers protected by a legal framework that guarantees job stability and workers with contracts flexible working conditions, linked to capital-favorable legislation.

Keywords: Capitalism. Productive model. Legal Framework. 1 INTRODUÇÃO

O artigo em tela apresenta uma discussão sobre o trabalho na sociedade capitalista analisando duas fases deste sistema. O primeiro momento com a institucionalização do trabalho formal, com proteção legal, conexo ao modelo taylorista/fordista e ao Estado interventor; e um segundo momento marcado por paulatinas adaptações da legislação na direção da flexibilização das normas de trabalho, na intenção de efetivar a retirada de direitos dos trabalhadores. Neste sentido, em especial, é abordada a técnica contratação de trabalhadores terceirizados no serviço público, com o propósito de diminuir os custos inerentes à folha de pagamento da instituição e, consequentemente, subtraindo direitos dos trabalhadores.

A relação contraditória capital/trabalho engendra mecanismos para a majorar a capacidade de exploração e obtenção da mais valia, finalidade maior do propósito de existência do capitalismo. Neste intuito, o sistema organiza estratégias como o contrato de trabalho terceirizados destinado a facilitar o descarte da força de trabalho com agilidade em determinados setores do processo produtivo, principalmente aqueles ligados as atividades de apoio, os serviços gerais.

No serviço público, o trabalhador do setor de serviços gerais assina um contrato de trabalho baseado na legislação trabalhista vigente, diferente da regulação destinada ao servidor público. Contudo, nas Universidades públicas, estes trabalhadores terceirizados coexistem lado a lado com condições de trabalho diferenciadas estabelecidas por distintos marcos legais. Tal condição de convívio entre sistemas legais diferenciados expõe de forma evidente a situação de perda de direitos estabelecida pela configuração contratual do trabalhador na forma de terceirização.

O presente artigo está estruturado em três momentos: conceitua a categoria trabalho e suas características na sociedade capitalista; discorre sobre o modelo de organização da produção e suas estratégia para aumento da produtividade, vinculadas à redução dos custos com a força de trabalho; e, por fim, analisa a terceirização no serviço público como mecanismo de alteração das relações de trabalho na esfera pública, modificando a forma de contrato de trabalho para um segmento específico de trabalhadores.

O objetivo em epígrafe é discutir a presença de trabalhadores terceirizados no contexto do serviço público em observação à precarização posta a este trabalhador, portador de baixa

(3)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 qualificação e destituído de direitos, em decorrência das mudanças do marco legal regulador das relações trabalhistas no Brasil.

2 METODOLOGIA

O estudo versa sobre uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa a respeito da terceirização do trabalho no serviço público como mecanismo importante de exploração da força de trabalho no capitalismo. Para tanto, foram acessadas as categorias trabalho, terceirização e precarização via pesquisa bibliográfica. Esta modalidade de pesquisa investe no levantamento de referências necessárias à explicação do fenômeno em tela: terceirização do trabalho no serviço público.

Para Loureiro (2018, p.208) “uma pesquisa bibliográfica pode chegar a resultados bem originais, consultando autores e fontes bibliográfica diversas”. Somando a pesquisa bibliográfica foi feito um levantamento documental. Segundo Marconi e Lakatos (2002) a pesquisa documental é um recurso de coleta de dados oficiais. Com este intuito, foi examinado o marco legal brasileiro responsável por regulamentar as relações de trabalho.

Complementado a pequisa bibliográfica e documental, foram levantados dados empíricos obtidos por meio de entrevistas com empregados terceirizados do setor serviços da Univerdidade Federal do Pará (UFPA) no ano de 2019.

3 NOÇÕES SOBRE O TRABALHO HUMANO

O ser humano tem no trabalho a maneira de garantir a sua sobrevivência. Tal constatação foi discorrida teoricamente na obra de Karl Marx, no século XIX, considerando o trabalho como mecanismo de transformação da natureza nos elementos necessários à vida humana. Interagindo com a natureza o ser humano programa um duplo processo de transformação: a natureza se torna caução da reprodução humana e, simultaneamente, modifica o ser humano no curso da história.

A diferença dos seres humanos para os outros animais está na produção dos seus próprios meios de vida e, consequentemente, na capacidade de determinar sua vida material. O trabalho é imprescindível à existência humana, pois é a força propulsora capaz de subtrair da natureza tudo o que é necessário para a vida. Trata-se do trabalho como criador de valor de uso, na sua dimensão de trabalho concreto, útil para a existência dos seres humanos (Marx, 1990).

O modo como ocorre o processo produtivo está vinculado a maneira como os seres humanos se organizam entre si, configurando as relações sociais. O indivíduo não existe isolado, seu gênero humano liga de modo natural aos múltiplos indivíduos em sociedade (Marx, 1989). A

(4)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 cada momento da história humana a sociedade estabelece uma divisão do trabalho determinando a forma de interação dos indivíduos entre si em termos materiais da pose dos instrumentos de trabalho e do produto do trabalho. Desta maneira, a Europa viveu as seguintes etapas: a fase tribal com a divisão natural do trabalho, por sexo e idade; na antiguidade, a escravidão como a base da produção; e na idade média o trabalho servil. Todas as fases ocorreram estabelecendo uma conexão social, política e econômica, tecendo um modelo de sociedade.

A sucessão das fases no processo histórico é resultado do intercambio material realizado pelos seres humanos. Como afirma Marx (1989, p. 37) “os homens ao desenvolverem sua produção material e seu intercâmbio material, transformam também, com esta sua realidade, seu pensar e os produtos do seu pensar”. Nesta direção, no século XIX, foi consolidado uma nova fase de produção e de relações sociais, caracterizada pelo trabalho assalariado.

Na oportunidade foi configurado o modo de produção capitalista responsável pela dialética transformadora do trabalho útil, trabalho concreto, produtor de “coisas socialmente úteis e necessárias” (Antunes, 2005, p.69) em trabalho abstrato, atrelado ao mundo da valorização das coisas em detrimento da valorização dos seres humanos.

O trabalho assalariado, intrínseco ao sistema capitalista, é configurado como uma ação compulsória, obrigatória, distante da condição ontológica do ser social presente na concepção marxiana do trabalho concreto (Lukács, 1979). Visando operar a transformação do trabalho concreto em trabalho abstrato, o capital combina um conjunto de ações voltadas para desenvolver uma racionalidade subordinando o trabalho à condição de mercadoria.

Pertinentes são as anotações de Marx (2004) demostrando que o trabalho, responsável por fazer da vida humana uma existência genérica, consciente e livre se metamorfoseia sendo reduzido a uma forma estranha, atrelada apenas a um meio de reprodução unilateral da sua existência física. Na dialética de tal processo foi forjado os modelos de organização e gestão da produção no sistema capitalista.

4 O MODELO DE PRODUÇÃO TAYLORISMO/FORDISMO

A racionalização do processo produtivo na sociedade capitalista decompôs o trabalho separando produtor e produto, com a intenção de aumentar a produtividade, configurando o estranhamento do trabalho. Do início do século XX em diante, foram inúmeras as técnicas empregadas na direção das melhores maneiras de subtrair mais trabalho e alcançar maior produtividade.

(5)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 O propósito do sistema capitalista é impetrar formas mais apuradas de exploração do trabalho. Na contramão do desenvolvimento humano, está posta a espoliação necessária a aperfeiçoar os resultados almejados pelo capitalismo. Destarte, a cultura de racionalização dos processos de produção passou a aprimorar técnicas visando o aumento da produtividade, modelos de produção foram elaborados e implantados nas fábricas estabelecendo uma nova relação societária, forjando um jeito de ser e de consumir no âmbito mundial.

O modelo taylorista/fordista constituiu uma cultura do trabalho estabelecendo formas específicas de relação no interior fabril com a utilização de mecanismos de controle e disciplina do trabalho. Fundou uma maneira de gestão e organização do trabalho marcada pela formalização das relações, definindo as horas de trabalho, o salário pago e benefícios sociais, respondendo às necessidades de uma fase da internacionalização do capitalismo (Chaves, 2004).

A efetivação de tal modelo foi possível pelo contributo da intervenção do Estado nos anos seguintes a Segunda Guerra Mundial. Os poderes do Estado se confirmaram aliados ao grande capital levando a consolidação do taylorismo/fordismo. O Estado se responsabilizou por inúmeras tarefas destinadas a realização de políticas públicas fiscais e monetárias; infraestrutura (energia elétrica, transporte e telecomunicações), fundamentais para a expansão industrial; e políticas públicas sociais, como forma de promover a educação, saúde, saneamento, habitação e sistema previdenciário.

As políticas públicas sociais contribuíram na forma de salário indireto, desonerando o bolso do trabalhador com despesas de saúde, educação entre outras aumentando a capacidade de consumo da classe trabalhadora. No bojo das políticas públicas, destinadas a contribuir com o desempenho do capitalismo, está a implementação do sistema de ensino superior com a produção do conhecimento científico e a formação profissional. Segundo Sennett (2015) é concretizada a sociedade das capacitações, apresentando uma tríade composta pelos temas: trabalho; talento e consumo.

O Estado brasileiro acompanha a tendência da expansão do capital e, paulatinamente, cria inúmeras condições infra estruturais e legais para atender os critérios estabelecidos pelo capitalismo, atrelando o país a este sistema de produção. Empresas brasileiras e instituições de ensino, para capacitação e produção do conhecimento, foram instituídas formando um corpo técnico de servidores públicos para atender ao desenvolvimento do sistema.

Condições legais foram criadas para normalizar a relação capital/trabalho, fator preponderante para o sistema capitalista no momento de hegemonia do taylorismo/fordismo. O trabalho no Brasil foi então organizado em duas ordens: normas relativas a função pública, na

(6)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 Constituição de 1934, estabelecida no fim do governo provisório de Getúlio Vargas (1930-1934), para dar validade a sua presidência; e a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-lei 5.452, de 1º de maio de 1943 e sancionada por Getúlio Vargas, o presidente do Brasil na época (História do Brasil, 2017).

Desde o período republicano, o Brasil apresentava paulatina formação de um quadro de funcionários públicos, mas a Constituição de 1934 foi responsável pela efetivação das normas relativas à função pública no seu Título VII Dos Funcionários Públicos:

Art. 169 – Os funcionários públicos, depois de dois anos, quando nomeados em virtude de concurso de provas, e, em geral, depois de dez anos de efetivo exercício, só poderão ser destruídos em virtude de sentença judiciária ou mediante processo administrativo, regulado por lei, e, no qual lhes será assegurado plena defesa.

Parágrafo único – Os funcionários que contarem menos de dez anos de serviço não poderão ser destituídos dos seus cargos, senão por justa causa ou motivo de interesse público (Constituição, 1934).

O artigo constitucional trata da maneira de composição da força de trabalho no setor público e proporcionou a garantia de estabilidade ao funcionário. Tal situação se desdobra nas demais cartas constitucionais até 1988, mas também foi acompanhada por reformas administrativas designando inúmeras alterações na forma de gestão da força de trabalho na esfera pública.

As modificações processadas ao longo do século XX na gestão pública acompanhavam as mudanças na forma de organização da produção no sistema capitalista. O compromisso do sistema é com a majoração do lucro e, para tanto, foi alternado a forma de produzir e a relação capital/trabalho. Consequentemente, o Estado, em comungo, acompanha o sistema capitalista no horizonte da precarização do trabalho.

O taylorismo/fordismo caracterizado pelo uso do trabalho formal, normalizado, deixa a posição de protagonismo em nome de condições flexibilizadas de trabalho, elaborados em solo japonês pela empresa Toyota (Chaves, 2020). Trata-se de uma segunda fase do capitalismo no século XX, apresentando relações de trabalho fundamentadas em contratos flexíveis (terceirizados) para responder com rapidez e agilidade às oscilações do sistema em um cenário instável, diferentemente da etapa anterior caracterizada por profunda estabilidade.

A administração pública orienta as suas ações pela tendência dos modelos de produção e, em meio às propostas da empresa Toyota, caracterizando o “Toyotismo”, organiza a flexibilização

(7)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 dos serviços utilizando a terceirização como forma de contratação de força de trabalho para atender o setor de serviços gerais. Desta maneira, tem início a terceirização no serviço público.

5 A TERCEIRIZAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO

No Brasil a gestão pública, concordata ao sistema, tem executado constates mudanças organizacionais, atrelando os serviços prestados à sociedade à lógica do capitalismo. Na esteira das proposta de alterações, foi implementada a reforma administrativa na esfera federal de governo, sendo o Decreto-lei 200 de 1967 o primeiro instrumento jurídico dispondo sobre a organização da administração federal, “estabelecendo diretrizes para a reforma administrativa e dá outras providências”, (Decreto-lei 200, 1967).

O Decreto apresentou a terceirização no formato de descentralização. No capítulo II a descentralização abre espaço para o procedimento denominado posteriormente de Terceirização. “Art.10 A execulção das atividades da Administração Federal deverá ser amplamente descentralizada”, (Decreto-lei 200, 1967).

A intenção do Decreto foi promover a liberação das tarefas rotineiras de serviços de limpeza, segurança e outros para reter a atenção dos órgãos de administração federal na direção do planejamento, supervisão, coordenação e controle (Decreto-lei 200, 1967). Com este aparato legal as instituições públicas apresentam duas formas contratuais de força de trabalho.

Os funcionários são separados em duas classes: gestão e execução, ou seja, trabalho intelectual e manual. A primeira classe de trabalhadores acessa o serviço público por concuros, assegurando direitos constitucionais diferenciados como a estabilidade e normas relativas as funçoes públicas. A segunda classe está atrelada a tarefas compreendidas pelo sistema como manuais, de mera execução e tem o seu contrato estabelecido pela CLT (1943).

A Lei 5.645/70 veio estabelecer quais relações são meramente executivas e passiveis da terceirização, ao dispor no art. 3°, parágrafo único que: “as atividades relacionadas com transporte, conservação, limpeza operação de elevadores, e outras assemelhadas, serão de preferência, objeto de execução indireta, mediante do contrato (Lei 5.645, 1970).

A terceirização corresponde a alternativa de contratar e demitir de forma mais agil em meio as vibrações do mercado, mesmo na esfera pública, posto o tamanho da aderencia entre Capital e Estado no sistema capitalista. A terceirização é então um mecanismo de contratação atrelado ao desmantelamento do serviço público pelo caráter aniquilador do plano de carreira intrísseco ao concurso público, fundamental para o exercício das diretrizes estatais.

(8)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 A instituição de concurso público adveio do fato isonômico exigido do administrador público brasileiro consolidado com a Constituição Federal de 1988, considerando os princípios da moralidade no exercício da função pública e da impossibilidade de agir por interesses pessoais. O concurso público é um instrumento impositivo para garantir a importância da coisa pública, coibindo a presença de caráter particular na administração estatal. Por intermédio do concurso público , os funcionarios públicos estão em situação jurídica idêntica, permitindo a ideia deilibada do agente público, disposto na Lei 8.112/90, art. 2° parágrafo único, IV. “Padrões éticos de proibidade decoro e boa fé” (Lei 8.112,1990).

A permissão de contratos destinados a preencher vagas sem concurso público vai de encontro com a exigência constitucional responsável por asseverar a contratação por concurso público e infringe os princípios da impessoalidade e da moralidade, sujeitando à esfera pública as ações não republicanas de improbidade administrativa e de nepotismo. Como esclarece Ludwing (2007, p. 22) “a fraude inviabiliza o livre acesso democrático aos quadros da administração pública pelos indivíduos que preencham os requisitos necessários à sua ocupação, favorecendo o nepotismo e o apadrinhamento”.

A contratação de terceirizados deve ocorrer por meio de licitação de empresa prestadora de serviço. Destarte, Ramos (2001) considera que no bojo das contratações de terceiros existe a possibilidade de indicações de trabalhadores pautadas em referênias pessoas, fora de critérios técnicos. Em entrevistas realizadas com empregados terceirizados da UFPA as afirmações de Ramos (2011) são identificadas nos relatos de trabalhadores com sucessivos contratos de permanência nos serviços de limpeza, independentes da empresa licitada.

Visando garantir sua permanência como terceirizados no serviço público, os trabalhadores criam laços de apadrinhamento e complementam a renda mensal com faxina aos domingos em casas de servidores concursados (comunicação pessoal, 2019). Essas artitudes são estratégias construidas para garantir a continuidade no posto de trabalho, constituindo uma relação clientelista no serviço público, pairando a ideia de protetor político. A situação pode ser exemplificada com a presença de empregados terceirizados há duas décadas na instituição, apesar de diferentes empresas licitadas (comunicação pessoal, 2019).

No final de um contrato, uma nova licitação é feita, mesmo mudando a pessoa jurídica, empregados com conduta ilibada, bons trabalhadores e indicações políticas permanecem vinculados ao novo acordo jurídico de terceirização. Frases como “é apadrinhado” (comunicação pessoal, 2019) vibram nos corredores da intituição.

(9)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 O processo de transição entre contratos de empresa terceirizadas flui de forma traumática na UFPA. Por meio das entrevistas foi possível identificar o decumprimento dos direitos teabalhistas pela empresa no momento da recisão como os trabalhadores. Os empregados são chamados na sede administrativa e, antes de entrar, são revistados para evitar possível gravação ou filmagem dos diálogos, estes trabalhadores são coagidos a pedir demissão para evitar o recebimento dos direitos, principalmente a multa de 40% do valor do fundo de garantia. A expressão de pessoa violentada em seus direitos estava presente na fala e no olhar dos empregados terceirizados entrevistados (comunicação pessoal, 2019).

O período de saída de uma empresa gera um clíma de penúria entre os trabalhadores terceirizados. Nesta ocasião, estão posta inúmeras dúvidas a respeito do recebimentos dos direitos trabalhahistas com o fim do contrato, o ingresso na nova empresa e a permanencia na UFPA, aonde já construiu relações. O cenário leva a forjar uma tensão nos corredores da instituição com pedios de interseção no processo recisório e contratual.

No mundo do trabalho o fenômeno da contratação de trabalhadores teceirizados tem fomentado inúmeras discussões. Os gestores públicos, na inteção de cortar custos com a folha de pagamento, acabam sujeitando uma parcela dos trabalhadores a condições de precarização em um contexto de trabalho já precário, como acentou Marx (2004).

Ao efetuar a transferência de suas responsabilidades trabalhistas (férias, décimo terceiro salário, previdência e outros) a um terceiro, as instituições públicas reseolvem a questão da descentralização prevista em lei (Decreto-lei 200 de 1967), mas estabelecem condições de trabalho profundamente desiguais.

A sujeição à terceirização ocorre, especialmente, pela necessidade do trabalhador ingresar no mercado de trabalho, em meio ao desemprego estrutural, intríseco ao sistema capitalista, após ao esgotamento do modelo taylorista/fordista, caracterizado pelo uso do contrato formal de trabalho e benefícios sociais. Conforme Antunes (2005, p. 65): “o capital necessita hoje, cada vez menos do trabalho estável e cada vez mais das diversificadas formas de trabalho parcial ou

part-time, terceirizados, os trabalhadores hifienizados, que se encontram em explosiva expansão em

todo o mundo”.

O desemprego é tratado na obra de marxista como parte constitutiva do capitalismo via formação do exercício de reserva, como garantia da oferta permanente de trabalhadores no mercado, baixando o custo do capital variável (força de trabalho). Mediante a larga oferta de força de trabalho, o empregador dita as condições do contrato considerando os seus próprios interesses,

(10)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 não importanto a legislação de cobertura trabalhista ou, até mesmo, levando os governos a modificar as leis.

O que está em questão é a produção de consdições mais complexas de exploração, como afirma Antunes (2005, p. 34): “o capital ainda não pode eliminar o trabalho vivo do processo de criação de valores, ele deve aumentar a utilização e a produtividade do trabalho de modo a intensificar as formas de extração do sobretranbalho em tempo cada vez mais reduzido”.

Extrair sobretrabalho é a intensão inerente à contratação do trabalhador na condição de terceirizado para atenuar os gastos com trabalho vivo e assegurar a exploração, propósito do capitalismo. Os trabalhadores terceirizados responsáveis pelos serviços gerais da Universidade seguem uma planilha estabelecento o ordenamento do processo de limpeza, uma forma de controle racional do tempo para garantir a eficiencia com menor custo em razão da eliminação do desperdício de tempo (comunicação pessoal, 2019).

A redução dos custos com capital variável (força de trabalho) é: “o resultado natural da busca por maximização de lucros por empresas em países com extensivo código de trabalho e elevado custo indireto da folha salarial, sobretudo em momentos de aumento da competição internacional por mercados” (Noronha, 2003, p. 118).

Na busca de inserção da econômia no âmbito da concorrência internacional, as empresas brasileiras promovem mundanças: “nos processos de trabalho, novas concepções gerenciais e organizacionais e novos tipos de trabalho, os quais não exigem tempo nem locais fixos – podemos nos referir a esse tipo como informalidade ou informalidade pós-fordista” (Noronha, 2003, p. 118). Este é o cerne presente no Decreto-lei 200 de 1967, importante instrumento jurídico responsável por regular as relações contratuais para o uso da terceirização atreladas à ideia de eficiência e eficácia na organização da administração pública, favorecendo à exploração de trabalhadores com baixa qualificação.

Destarte, cinquenta anos após o primeiro passo jurídico brasileiro na direção de utilizar a técnica de terceirização via Decreto-lei 200 (1967), em 2017, foram instituidos novos mescanimos de alteração das relações de trabalho no Brasil, resultando do esforço para ampliar segurança jurídica no uso de contratos flexíveis de trabalho.

6 AS LEIS 13.429/2017 E 13.467/2017: A AMPLIAÇÃO DA PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO

Com o “golpe jurídico-parlamentar e midiático ocorrido no Brasil em 2016” (Lessa et al., 2020, p.01), Michel Temer (2016-2018) abraça o anseio dos setores da elite em majorar a mais

(11)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 valia intensificando a exploração da força de trabalho, o seu mandato via golpe ficou marcado como o responsável por concretiza a subtração dos direitos da classe trabalhadora. No seu plano de implantação do golpe ao governo de Dilma Rousseff (2014-2016) elaborou o manifesto intitulado “Uma Ponte Para o Futuro” (PMDB, 2015) propondo medidas liberalizantes de contenção orçamentária por vinte anos, reformas com retirada de direitos e privatizações, ação sempre presente em governos de pensamento de direita (Chaves; Frazão, 2009). Assim foi conformado um pacote de ataques e de retrocessos no sentido de ampliação das desigualdades sociais contidas durante o período de 2003 e 2014, nos governos do PT.

No dia 31 de março de 2017 foi sancionada a Lei 13.429, alterando os dispositivos da Lei n. 6.019, de 3 de janeiro de 1974 (Lei do Trabalho Temporário), que até então se conformava como o mecanismo de controle sobre o trabalho temporário nas empresas urbanas e regia sobre as relações de trabalho na empresa de prestação de serviços a terceiros. A mudança legal implantou algumas inclusões e alterações para aperfeiçoar a segurança jurídica da empresas usuárias da força de trabalho terceirizada.

A regulamentação dessa categoria de trabalhador (terceirizado) opera como um mecanismo legal do processo de reestruturação do capitalismo iniciado nos anos de 1980, após a crise do modelo de organização produtiva taylorista/fordista em 1970. A importância desta forma contratual está em fomentar a intensificação do trabalho e garantir maior produtividade ao capital, trazendo uma maior concentração de renda para a burguesia por meio da exploração em demasia da força de trabalho. “A grande justificativa esclarecida por Temer era de que a nova lei iria possibilitar um novo ‘cardápio’ de opções aos empregadores para manejar a força de trabalho de acordo com as suas necessidades” (Krein, 2018, p.77).

A terceirização promove o acirramento das relações de precarização do trabalho sendo propagada como elemento central para a dinamização da empresa capitalista, garantindo um cenário favorável a competitividade e produtividade empresarial no processo de divisão internacional do trabalho. Sempre é importante frisar a centralidade da força de trabalho na lógica do sistema garantindo o lucro dos capitalistas. “O trabalho assalariado constitui uma condição necessária para a formação de capital e se matém como premissa necessária e permaete da produção capitalista” (Marx, 1985, p. 73).

O trabalho terceirizado é estreitamente relacionado com empregos precários com a fragilidade dos direitos trabalhistas, baixos salários, contratos temporários com substituição permanente de trabalhadores. A modalidade do assalariamento permanece, mas em piores condições de trabalho no âmbito do “capitalismo flexível” (Sennette, 2015). Analisando de forma

(12)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761 pontual os artigos da Lei 13.429/2017 é possível evidenciar a definição legal do trabalho temporário independentemente do setor de atuação da empresa :

Art. 2º Trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à demanda complementar de serviços (Lei 13.429, 2017).

Trata-se de uma modalidade de contratação com permissão para obter acesso a força de trabalho de forma disponível para atender suas necessidades de serviço, não possuindo vínculo empregatício com a tomadora de serviços (Lei 13.429, 2017). “Sendo assim, há um controle do trabalho através das características do capitalismo contemporâneo, fortificando a autorregulação do mercado ao submeter o trabalhador em inseguranças e ao ampliar a liberdade do empregador em determinar as condições de contratação” (Krein, 2018, p.77).

A terceirização também provoca uma reconfiguração na ação dos sindicatos mediante a destruição das estruturais e atuações deste mecanismo de representação de classe. Em síntese, a terceirização nada mais é que uma das técnicas do processo reestruturação produtiva voltada para o aumento da produtividade com flexibilização das relações contratuais de trabalho garantindo a diminuição dos gastos com capital variável. Trata-se de uma estratégia, intrínseca ao “Toyotismo”, voltada para atrelar a atenção da empresa na focalização da sua atividade fim atribuindo as atividades complementares a terceiros.

Quatro meses após a ‘legalidade’ da terceirização, o governo de Michel Temer (2016-2018) consolidou a sua proposta de acirramento da exploração do trabalhador mediante a intensificação do processo de perda de direitos via alteração legal por meio da Lei13.467/2017.

Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e as Leis n º 6.019, de 3 de janeiro de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de adequar a legislação às novas relações de trabalho (Lei13.467, 2017).

Tal mecanismo legal é nítido reflexo do processo de acumulação do capital intrínseco ao sistema vigente fundado na contradição capital/trabalho. Um dos grandes pontos de conflito nesta reforma, diz respeito:

Art. 611-A. A convenção coletiva e o acordo coletivo de trabalho têm prevalência sobre a lei quando, entre outros, dispuserem sobre:

I - pacto quanto à jornada de trabalho, observados os limites constitucionais; II - banco de horas anual;

III - intervalo intrajornada, respeitado o limite mínimo de trinta minutos para jornadas superiores a seis horas; VIII - teletrabalho, regime de sobreaviso, e trabalho intermitente;

(13)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761

IX - remuneração por produtividade, incluídas as gorjetas percebidas pelo empregado, e remuneração por desempenho individual;

X - modalidade de registro de jornada de trabalho; XI - troca do dia de feriado;

XII - enquadramento do grau de insalubridade;

XIII - prorrogação de jornada em ambientes insalubres, sem licença prévia das autoridades competentes do Ministério do Trabalho (Lei13.467, 2017).

Tal artigo fragiliza a atuação da justiça do trabalho e expões o trabalhador a imensa precaridade pela perda da força da lei mediante a negociação. A legislação atua no sentido de flexibilização da jornada de trabalho e abre espaço para que as empresas negociarem com os empregados. É procedente lembrar a força desigual presente em tais tratativas.

A lógica neoliberal presente na modificação da legislação trabalhista brasileira altera também o papel de atuação e intervenção da própria Justiça do Trabalho. É retirado à força do poder comprometido com a efetivação dos direitos e garantias fundamentais do trabalhador, tão importante para a sua existência.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As últimas décadas do século XX marcaram as sociedades contemporâneas com rápidas transformações, constituídas de alto grau de complexidade para os seus observadores. Uma crise pairou sobre o capitalismo levando este a produzir respostas que garantam a sua hegemonia enquanto Modo de Produção. Assim, o sistema capitalista introduziu novas relações na sociedade e encaminhou um processo de passagem baseado nas ideias do neoliberalismo e na reestruturação produtiva da gestão e da produção, que por estar em curso, tem seu futuro obscuro.

A alteração em curso no mundo do trabalho provoca inúmeras perdas aos trabalhadores. Em um dado momento do sistema capitalista, foi valorizado o trabalho formal como parte da agenda internacional. Destarte, o emprego com vículo contratual, estável, fruto do modelo secular taylorista/fordista perdeu seu lugar de destaque no sistema capitalista.

Na atualidade, o trabalho formal deixou de protagonizar o cenário do mundo do trabalho e, na atualidade, são inúmeras as obstruções ao acesso à formalidade no trabalho, restando aos trabalhadores, em meio ao impasse do desemprego, a abdicação dos seus direitos e sujeição às fraudes trabalhistas como a contratação terceirizada.

Na guisa propositiva, considera-se, que a condição de penúria posta aos trabalhadores requer, da comunidade científica, a pesquisa continua e o aprofundamento da análise das mudanças legais em vigor, para identificação dos problemas impostos a vida daqueles que subsistem da venda da sua força de trabalho em condições precarizadas.

(14)

Braz. J. of Develop.,Curitiba, v. 6, n. 9, p. 69752-69765, sep. 2020. ISSN 2525-8761

REFERÊNCIAS

Antunes, R. (2005). O caracol e sua Concha. São Paulo: Boitempo.

Chaves, A. (2004). Restruturação Produtiva nas Telecomunicações. Trilhas. 4, (1), 31-40.

Chaves, A.; Frazão, P. (2009). Poder Público e Sindicato: um olhar à privatização das Centrais Elétricas do Pará. Estudos de Sociologia (São Paulo).14, 102-120.

Chaves, A. (2020). Da Planta Taylorista Fordista ao Capitalismo de Plataforma. Research, Society and Development. 9 (6), 1-15.

Consolidação das Leis do Trabalho. (1943). Decreto Lei 5.452 de 1943. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br.

Constituição de 1934. (1934). Recuperado de: http://www.planalto.gov.br. Constituição de 1988. (1988). Recuperado de: http://www.planalto.gov.br.

Decreto Lei 200 de 1967. (1967). Dispõe sobre a organização da Administração Federal. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br.

Krein, J et al (ORG). (2018) Dimensões Críticas da Reforma Trabalhista no Brasil. Campinas: Unicamp.

Lei 5.645 de 1970. (1970). Estabelece diretrizes para a classificação de cargos do Serviço Civil da União e das autarquias federais, e dá outras providências. Recuperado de: http://www.planalto.gov.br.

Lei 8.112 de 1990. (1990). Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais.

Lei 13.467 de 2017. (2017). Altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Recuperado de: https://www.planalto.gov.br.

Lei 13.429 de 2017. (2017). Altera dispositivos da Lei n. 6.019, de 3 de janeiro de 1974. Disponível em: https://www.planalto.gov.br.

Lessa., et al. (2020) Golpeando a Política Educacional: impactos no acesso e permanência na Universidades Federais após o golpe de 2016. Revista Pedagógica. 2. 1-17. Recuperado de: file:///C:/Users/Dell/Downloads/4027-20160-1-PB.pdf.

Loureiro, V. (2018). A Pesquisa nas Ciências Sociais e no Direito. Belém: Cultura Brasil.

Ludwig, Guilherme Guimarães. Contratação Irregular Perante a Administração Pública. Revista da Amatra – V: Vistos etc. / Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 5ª Região, ano 6, v. 1, p. 19-51, abr. 2007.

Lukács, G. (1979). Ontologia do Ser Social. São Paulo: Ciências Humanas.

História do Brasil. (2017). Recuperado de:

https://www.historiadobrasil.net/resumos/constituicao_1934.

Marconi, M., & Lakatos, E. (2002). Técnicas de Pesquisa. 5º Ed. São Paulo: Atlas. Marx, K. (1990). O Capital Volume I. 13 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil. Marx, K. (1985). Capítulo VI Inédito de o Capital. São Paulo: Moraes Fontes. Marx, K. (1989). A Ideologia Alemã. 7 ed. São Paulo: Hucitec.

Marx, K. (2004). Manuscritos Econômicos-Filosóficos. São Paulo: Boitempo.

Noronha, E. Informal, Ilegal e Injusto: percepção do mercado de trabalho no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Sociais. 18 (53), 111-179.

PMDB. (2015). Uma Ponte para o Futuro. Recuperado de: https://www.fundacaoulysses.org.br/. Sennette, R. (2015). A Corrosão do Caráter. São Paulo: Record.

Referências

Documentos relacionados

MELO NETO e FROES (1999, p.81) transcreveram a opinião de um empresário sobre responsabilidade social: “Há algumas décadas, na Europa, expandiu-se seu uso para fins.. sociais,

análise dos documentos legais norteadores da Política de Formação do Estado do Rio de Janeiro. No terceiro capítulo é elaborado um plano de intervenção em que são

Sebusiani e Bettine (2011, p.3) afirmam que o mapeamento das informações é um recurso muito utilizado para tornar mais evidentes os padrões de uso e ocupação dos espaços. A

Como existe uma grande concentração dos reinternamentos maternos na primeira semana após alta pelo parto, poderá ser interessante considerar como medida futura

Apesar disso, a Renda Mensal Inicial não possui vinculação alguma com o salário mínimo, ou seja, caso um benefício concedido em um determinado ano tenha RMI

(...) O que na realidade significa a assim chamada “separação de poderes” não é, nem mais nem menos, que o reconhecimento de que por uma parte o Estado

Fonte: elaborado pelo autor, 2018. Cultura de acumulação de recursos “, o especialista E3 enfatizou que “no Brasil, não é cultural guardar dinheiro”. Ainda segundo E3,..

Durante este estágio, passei a maior parte do tempo no internamento do serviço mas também estive algumas noites no serviço de urgências, para além das consultas externas