Aula 7 – C´
ırculos
Objetivos
• Apresentar as posi¸c˜oes relativas entre retas e c´ırculos.
• Apresentar as posi¸c˜oes relativas entre dois c´ırculos.
• Determinar a medida de um ˆangulo inscrito.
Introdu¸
c˜
ao
O c´ırculo ´e considerado por muitos como a forma geom´etrica plana mais perfeita poss´ıvel. Relacionados aos c´ırculos est˜ao grandes problemas da Geometria, como o da quadratura do c´ırculo e o da determina¸c˜ao do valor do n´umeroπ.
Daremos, agora, a defini¸c˜ao formal de c´ırculo.
Defini¸c˜ao 18
C´ırculo ´e uma figura geom´etrica formada por todos os pontos do plano que est˜ao a uma mesma distˆancia de um ponto fixado no plano. O ponto fixado ´e chamado centro do c´ırculo, e a distˆancia de qualquer ponto do c´ırculo ao centro ´e chamada raio do c´ırculo. Tamb´em chamamos de raio a qualquer segmento que liga o centro a um ponto do c´ırculo. Veja a figura 112.
O c
Fig. 112: C´ırculo de centro O e raio c
Qualquer segmento ligando dois pontos de um c´ırculo ´e chamado de
corda. Uma corda que passa pelo centro ´e chamada de diˆametro.
A medida de um diˆametro ´e tamb´em chamada de diˆametro. Veja a figura 113. O A B C D
Fig. 113: Cordas de um c´ırculo.
Um c´ırculo divide o plano em duas regi˜oes: interior do c´ırculo e exterior do c´ırculo. Um ponto est´a no interior (ou dentro) de um c´ırculo de raio r
se a distˆancia desse ponto ao centro do c´ırculo for menor do que r. Se essa
distˆancia for maior do quer, o ponto est´a noexterior (ou fora) do c´ırculo.
Arcos e medida de arcos
O n´umeroπe a quadratura do c´ırculo
Oπ´e um n´umero com caracter´ısticas muito especiais. Uma delas ´e ser transcendente, ou seja, n˜ao ´e um n´umero alg´ebrico, pois n˜ao ´e raiz de nenhum polinˆomio com coeficientes racionais. A possibilidade de constru¸c˜ao com r´egua e compasso de um quadrado de ´area igual a de um c´ırculo dado ´e chamado de problema da quadratura do c´ırculo. A solu¸c˜ao desse problema dependia inteiramente de oπser ou n˜ao alg´ebrico. O teorema de Lindemann provou ent˜ao a transcendˆencia doπe que o problema da quadratura do c´ırculo ´e imposs´ıvel pelas regras da Geometria grega. Portanto, a transcendˆencia doπimplica que n˜ao existe uma constru¸c˜ao com r´egua e compasso para construir um quadrado com ´area igual `a de um c´ırculo dado.
Considere um ˆangulo BACˆ e, com centro em A, trace um c´ırculo de
raio qualquer, como na figura 114.
A B C B 1 C 1
Fig. 114: O ˆanguloBACˆ divide o c´ırculo em dois arcos.
Esse c´ırculo intersecta os lados de BACˆ em pontos B1 e C1. O ˆangulo
ˆ
BAC divide o c´ırculo em dois arcos. Como denotar cada um desses arcos?
Note que os dois tˆem como extremidade os mesmos pontosB1 eC1. Quando
houver d´uvida, consideraremos dois outros pontos,X eY, um em cada arco,
e usaremos a nota¸c˜ao B
⌢
1X C1 para designar o arco que cont´em X, eB⌢
1Y C1para designar o arco que cont´emY (veja a figura 115).
A
B
C B
1
C1
X Y
Fig. 115: Arcos determinados pelo ˆangulo ˆA.
Vocˆe sabia que...
Carl Louis Ferdinand von Lindemann
1852-1939 d.C. Alemanha.
Lindemann foi o primeiro a provar queπ´e
transcendental. Naquela ´
epoca j´a havia sido provado que o n´umeroe´e
transcendental. Usando m´etodos similares aos usados para o n´umeroe, Lindemann provou queπ´e
transcendental. Consulte:
http://www-groups.dcs. st-nd.ac.uk/~history/ Mathematicians/Lindemann. html
QuandoBACˆ mede 180o
, dizemos que o arcoB
⌢
1X C1(e tamb´emB⌢
1Y C1)assim determinado ´e umsemic´ırculo. Melhor dizendo, cada um dos arcos de-terminados por uma reta que corta o c´ırculo passando pelo centro ´e um semic´ırculo. A medida de um semic´ırculo, por defini¸c˜ao, ´e 180o
e de um c´ırculo inteiro (de raio qualquer) ´e 360o
. ´E claro que essa maneira de medir n˜ao d´a o “comprimento”do c´ırculo (que certamente depende do tamanho do raio, e que est´a relacionado com o n´umeroπ que mencionamos anteriormente
- para entender melhor, veja a figura 116).
A
C
B B
1 C 1
Y X
180o
Fig. 116: Medida em graus de um c´ırculo: 360o .
Definiremos, a seguir, a medida de um arco qualquer.
Defini¸c˜ao 19
Dado um ˆangulo agudo BACˆ e um c´ırculo centrado em A, a medida do
menor arco determinado por BACˆ ´e a mesma medida de BACˆ e a medida
do maior arco determinado por BACˆ ´e 360o−BACˆ .
Usaremos a mesma nota¸c˜ao para designar o arco e a sua medida. Por
exemplo, chamaremos a medida do arco B
⌢
1X C1 deB⌢
1X C1.Posi¸
c˜
oes relativas entre retas e c´ırculos
Dados uma retar e um c´ırculo Γ no plano, existem trˆes possibilidades: r n˜ao intersecta Γ ( r ´e exterior a Γ), r intersecta Γ em dois pontos (r ´e secante a Γ) our intersecta Γ em apenas um ponto (r ´etangentea Γ). Veja
essas possibilidades na figura 117.
r (a) r (b) r (c)
Γ Γ Γ
Fig. 117: a) Reta exterior. b) Reta tangente. c)Reta secante.
Vocˆe sabia que...
Hipparkhus (ou Hiparco) nasceu em Nic´eia, na Bit´ınia, viveu em Alexandria, mas trabalhou sobretudo em Rodes, entre 161 e 126 a.C. Destacou-se pelo m´etodo e rigor de suas observa¸c˜oes. Hipparkhus foi um dos cientistas mais representativos da ´epoca alexandrina. Como os babilˆonios, ele tamb´em acreditava que a melhor base para realizar contagens era a base 60. Os babilˆonios n˜ao haviam escolhido a base 60 por acaso. O n´umero 60 tem muitos divisores e pode ser facilmente decomposto num produto de fatores, o que facilita muito os c´alculos, principalmente as divis˜oes. Consulte:
http://www-groups.dcs. st-and.ac.uk/~history/ Mathematicians/ Hipparchus.html
Considere agora um c´ırculo Γ de centro no ponto O, um ponto A∈ Γ
e o segmento OA que liga o centro do c´ırculo ao ponto A. Seja r a reta
que passa porAe ´e perpendicular ao segmentoOA(veja figura 118). Vamos
mostrar a seguir quer´e tangente ao c´ırculo Γ. De fato, se tomarmos qualquer
outro pontoB emre considerarmos o triˆanguloOAB, veremos que o ˆangulo BAOˆ , que mede 90o
, ´e o seu maior ˆangulo. Como o lado oposto a ele ´eOB,
esse segmento ´e maior que OA. Como a medida de OA ´e o raio do c´ırculo,
o ponto B est´a fora de Γ. Mostramos ent˜ao que um ponto der que n˜ao seja A est´a fora de Γ, ou seja, que A ´e o ´unico ponto na interse¸c˜ao de r e Γ.
Portantor ´e tangente a Γ.
B A
O r
Fig. 118: Reta que passa porAe ´e perpendicular aOA.
Qualquer reta que passe por A diferente de r intersecta Γ em dois
pontos. Embora esse fato seja bastante intuitivo, ele necessita de uma prova. No Apˆendice apresentamos uma prova deste fato. Podemos ent˜ao afirmar que uma reta passando porA ´e tangente a Γ se, e somente se, ´e perpendicular a OA. Destacamos este resultado logo a seguir.
• Toda reta tangente a um c´ırculo ´e perpendicular ao raio no ponto de tangˆencia.
• Toda reta perpendicular a um raio em sua extremidade ´e tan-gente ao c´ırculo.
Trataremos, agora, das posi¸c˜oes relativas entre c´ırculos.
Posi¸
c˜
oes relativas entre c´ırculos
Dados dois c´ırculos, temos as seguintes possibilidades: os dois c´ırculos n˜ao se intersectam, os dois c´ırculos se intersectam em um ponto ou os dois c´ırculos se intersectam em dois pontos. Por´em, cada um desses casos pode ser subdividido, como veremos a seguir.
C´ırculos que n˜ao se intersectam
Para o caso em que os c´ırculos n˜ao se intersectam, h´a duas possibilida-des: cada c´ırculo est´a contido no exterior do outro (veja figura 119) ou um dos c´ırculos est´a contido no interior do outro (veja figura 120).
O O'
Γ
Γ 1
2
Fig. 119: C´ırculo exterior a outro c´ırculo.
O O'
Γ
Γ
1
2
Fig. 120: C´ırculo interior a outro c´ırculo.
C´ırculos secantes
Dizemos que dois c´ırculos s˜ao secantes quando eles se intersectam em dois pontos (veja figura 121).
O O' Γ
Γ
1
2 A
B
Fig. 121: C´ırculos secantes.
Nesse caso, prova-se que a reta que liga os dois centros O e O′ ´e a
mediatriz do segmento determinado pelos pontos de interse¸c˜ao dos c´ırculos.
Com efeito, tra¸cando-se os segmentos OA, OB, O′A, O′B e AB,
for-mamos os triˆangulos is´oscelesOAB eO′AB, ambos de base AB(veja figura
122). Mas sabemos do exerc´ıcio 15 da aula 6 que num triˆangulo is´osceles a mediatriz da base passa pelo v´ertice oposto. Assim, a mediatriz deABpassa
porO e por O′, ou seja, a reta←OO−→′ ´e mediatriz deAB.
O O'
Γ
Γ
1
2 A
B
O O'
Γ
Γ
1
2 A
B
O O'
Γ
Γ
1
2 A
B
Fig. 122: A reta contendoOeO′´e mediatriz deAB.
C´ırculos tangentes
Dizemos que dois c´ırculos s˜ao tangentes quando eles se intersectam em um ponto.
Para c´ırculos tangentes temos dois casos a considerar: c´ırculos tangen-tes exteriormente e c´ırculos tangentangen-tes interiormente.
No primeiro caso, os dois c´ırculos intersectam-se em um ponto e todos os outros pontos de cada um deles est´a no exterior do outro (veja figura 123).
O O'
Γ
Γ
1
2
Fig. 123: C´ırculos tangentes exteriormente.
Nesse caso, o ponto de encontro pertence ao segmento OO′ e a reta
perpendicular `a reta ←OO−→′ no ponto de encontro ´e tangente aos dois c´ırculos
(veja o exerc´ıcio 7). O ponto de encontro ´e chamado de ponto de tangˆencia. Veja a figura 124.
O O'
Γ
Γ
1
2
r
T
Fig. 124: r´e tangente aos dois c´ırculos.
No caso de c´ırculos tangentes interiormente, os dois c´ırculos intersectam-se em um ponto e todos os outros pontos de um deles est´a no interior do outro (veja a figura 125).
O Γ
Γ
1
2
O'
Fig. 125: C´ırculos tangentes interiormente.
Nesse caso,O,O′ e o ponto de encontro s˜ao colineares e a reta tangente
a um dos c´ırculos no ponto de encontro ´e tamb´em tangente ao outro (veja o exerc´ıcio 8). O ponto de encontro ´e chamado ponto de tangˆencia (veja a figura 126).
O Γ
Γ
1
2
O'
r
T
Fig. 126: r´e tangente aos dois c´ırculos.
ˆ
Angulos centrais e ˆ
angulos inscritos
Vamos agora ver algumas defini¸c˜oes de ˆangulos relacionadas a c´ırculos.
Defini¸c˜ao 20 (ˆAngulo central)
Um ˆangulo central de um c´ırculo ´e um ˆangulo com v´ertice no centro do c´ırculo.
Defini¸c˜ao 21 (ˆAngulo inscrito)
Um ˆangulo inscrito ´e um ˆangulo com v´ertice sobre o c´ırculo e cujos lados s˜ao semi-retas tangentes ou secantes ao c´ırculo (veja a figura 127).
O A B C O A B C
Fig. 127: ˆAngulos inscritos.
Dado um ˆangulo inscritoBACˆ de um c´ırculo Γ, o arco de c´ırculo contido
na uni˜ao do interior com os lados deBACˆ ´e chamado arcosubentendido por BACˆ . Diz-se tamb´em que BACˆ subentende tal arco (veja figura 128).
O
A
B
C D
Fig. 128:
⌢
BDC ´e o arco subentendido porBACˆ .Vocˆe sabia que...
Erat´ostenes
276-194 a.C. Cirene, Gr´ecia.
Medida do ˆ
angulo inscrito
Podemos agora determinar a medida de um ˆangulo inscrito atrav´es da seguinte proposi¸c˜ao:
Proposi¸c˜ao 15
A medida de um ˆangulo inscrito ´e a metade da medida do arco que ele subentende.
Prova:
Seja BACˆ um ˆangulo inscrito em um c´ırculo Γ centrado em O.
Divi-diremos a prova em v´arios casos, dados pela figura 129. Faremos a prova de alguns casos e deixaremos os demais como exerc´ıcio.
A B
C
A
B
C
O O
A B
C
O
A B
C O
C O
B C
O B
C O B
Fig. 129: Diversas configura¸c˜oes de ˆangulos inscritos.
Caso 1: Um dos lados do ˆangulo BACˆ ´e tangente ao c´ırculo e o outro passa pelo centro.
Suponha que −→AB seja o lado tangente e −→AC o lado que passa por O.
Nesse caso j´a vimos que BACˆ mede 90o
. Como o arco subentendido por
BACˆ ´e um semic´ırculo (mede 180o
), n˜ao h´a o que provar.
Caso 2: Os dois lados de BACˆ s˜ao secantes ao c´ırculo e um deles passa pelo centro.
Suponha que −→AC seja o lado que passa por O e trace o segmento BO,
como na figura 130.
O
A
B
C
Fig. 130: Caso 2.
Sabemos que BAOˆ +ABOˆ +AOBˆ = 180o
. Assim,
BAOˆ +ABOˆ = 180o−AOBˆ =BOCˆ
Como BOCˆ ´e um ˆangulo central, sua medida ´e a mesma do arco que
ele subentende. Como o triˆanguloOAB ´e is´osceles com baseAB (poisAOe BO s˜ao raios), temos que BAOˆ =ABOˆ , e, portanto, BACˆ mede a metade
do arco que ele subentende.
Caso 3: Um dos lados de BACˆ ´e tangente ao c´ırculo e o ponto O est´a fora de BACˆ .
Suponha que −→AB seja o lado tangente e trace a semi-reta −→AO. Seja D
o ponto em que essa semi-reta intersecta Γ e escolha um pontoX em Γ que
esteja no interior de DACˆ (figura 131).
O
A
C
D
X
B
Fig. 131: Caso 3.
Pelo caso 1, BADˆ = 90o
. Pelo caso 2, CADˆ = m(
⌢
CX D)2 . Da´ı, como
ˆ
BAC =BADˆ −CADˆ , temos
ˆ
BAC = 90o− m(
⌢
CD )2 =
m(ACD
⌢
)−m(CX D⌢
)2 .
Da´ı conclu´ımos que a medida de BACˆ ´e a metade da medida do arco
que ele subentende.
Caso 4: Um dos lados de BACˆ ´e tangente ao c´ırculo e o ponto O pertence ao interior de BACˆ .
Suponha que −→AB seja o lado tangente e trace a semi-reta −→AO. Chame
deD ao outro ponto onde −→AO intersecta Γ (figura 132).
O
A
C D
X
B
Y
Fig. 132: Caso 4.
Segue dos casos 1 e 2 desta demonstra¸c˜ao que BADˆ = 90o
e DACˆ =
m(DX C
⌢
)2 , onde X ´e um ponto de Γ no interior do ˆanguloDACˆ .
Logo,
BACˆ = BADˆ +DACˆ
= 90o+m(DX C
⌢
)2
= m(AY D
⌢
)2 +
m(DX C
⌢
)2
= m(ADC
⌢
)2 .
Os dois pr´oximos casos tˆem demonstra¸c˜ao muito parecida com a deste caso: em ambos deve ser tra¸cada a semi-reta −→AO. Vamos deixar as
de-monstra¸c˜oes como exerc´ıcio. Procure usar os casos anteriores para prov´a-los. Abaixo seguem os enunciados.
Caso 5: Os dois lados de BACˆ s˜ao secantes e o ponto O est´a no interior de BACˆ (figura 129).
Caso 6: Os dois lados de BACˆ s˜ao secantes e o ponto O est´a no exterior de BACˆ (figura 129).
Caso 7: Os dois lados de BACˆ s˜ao tangentes a Γ.
Nesse caso, BACˆ ´e um ˆangulo raso (180o
) e o arco subentendido por
BACˆ ´e a circunferˆencia inteira (3600). Veja a figura 129.
Resumo
Nesta aula vocˆe aprendeu...
• Quais as posi¸c˜oes relativas entre retas e c´ırculos.
• Quais as posi¸c˜oes relativas entre dois c´ırculos.
• Que uma reta ´e tangente a um c´ırculo em um ponto se, e somente se, ela ´e perpendicular ao raio que passa por esse ponto.
• Qual a medida de um ˆangulo inscrito.
Exerc´ıcios
1. Fa¸ca as provas dos casos 5 e 6 da proposi¸c˜ao 15.
2. Na figura 156, o arco AX D
⌢
mede 110oe o arco BY C
⌢
mede 40o. De-termine a medida do ˆangulo ˆE.
X
C B
A
D Y
E
Fig. 133: Exerc´ıcio 2.
3. Na figura 157, o arco BX D
⌢
mede 90oe o arco AY C
⌢
mede 40o. Deter-mine a medida do ˆangulo BEDˆ .
X B C
A
D Y
E
Fig. 134: Exerc´ıcio 3.
4. Determine o valor do ˆangulo ˆA na figura 135, sabendo que AB ´e
tan-gente ao c´ırculo.
B
A
C
D
90 130o
o
Fig. 135: Exerc´ıcio 4.
5. Determine os valores dos ˆangulos ˆA e ˆB da figura 136.
B A
C D 60
o
70o
Fig. 136: Exerc´ıcio 5.
6. Na figura 158, O´e o centro do c´ırculo, AB,AC eP Rs˜ao tangentes ao
c´ırculo e ˆA= 28o. Determine P ORˆ .
B
C O
P
Q
R
A
Fig. 137: Exerc´ıcio 6.
7. Sejam Γ1 e Γ2 c´ırculos tangentes exteriormente em um ponto T. Sejam
Oo centro de Γ1 eO′o centro de Γ
2. Prove queT pertence ao segmento
OO′ e que a reta perpendicular aOO′emT ´e tangente aos dois c´ırculos.
8. Sejam Γ1 e Γ2 c´ırculos tangentes interiormente em um ponto T. Sejam
Oo centro de Γ1 eO′ o centro de Γ
2. Prove queO,O′ eT s˜ao colineares
e que a reta tangente a Γ1 em T ´e tamb´em tangente a Γ2.
9. SejaAB uma corda (que n˜ao ´e um diˆametro) de um c´ırculo. Prove que
a mediatriz de AB passa pelo centro do c´ırculo.
10. Sejam AB uma corda de um c´ırculo centrado em O e A′B′ uma corda
de um c´ırculo centrado emO′. Se os dois c´ırculos tˆem o mesmo raio e
AB≡ A′B′, prove que os ˆangulos centrais AOBˆ e A′Oˆ′B′ s˜ao
congru-entes.
11. Sejam Γ um c´ırculo eruma reta. Seja Γ′ a figura formada pelos reflexos
de todos os pontos de Γ em rela¸c˜ao ar. Prove que Γ′ ´e um c´ırculo.
12. (Desafio) SejaAB um segmento eruma reta paralela `a reta ←AB→, como
na figura 138.
B C
A
Fig. 138: Exerc´ıcio 12.
Determine o pontoC ∈rpara que o ˆanguloACBˆ seja o maior poss´ıvel.
Apˆ
endice: Para saber mais...
Nos argumentos abaixo, vocˆe encontra uma prova do seguinte fato: “Se uma reta r corta um c´ırculo de centro O no ponto A, e r n˜ao ´e
perpendi-cular ao segmentoOAent˜aorcorta o c´ırculo tamb´em em um outro pontoC”.
Seja OA um segmento e seja−→AB uma semi-reta tal que OABˆ seja um
ˆangulo agudo (figura 139). Mostre que existe um ponto C 6= A em −→AB tal
queOA≡OC.
O A
B
Fig. 139:
Como conseq¨uˆencia, se A ´e um ponto de um c´ırculo Γ centrado em O
er for qualquer reta que passe por A e n˜ao seja perpendicular a ←OA→, ent˜ao r corta o c´ırculo em dois pontos (figura 140).
A C
O
r
A
C O
r
Fig. 140: