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Pedagogia. O olhar sensível. Profa. Ms. Maria Inês Breccio. Ensino de Artes: fundamentos e práticas

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Academic year: 2021

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Pedagogia

Profa. Ms. Maria Inês Breccio

Ensino de Artes: fundamentos e práticas

Olá, sintam-se abraçados!

O olhar sensível

“(...) a arte é social nos dois sentidos: depende da ação de fatores do meio, que

exprimem na obra em graus diversos de sublimação; e produz sobre os indivíduos

um efeito prático, modificando a sua conduta e concepção de mundo, ou reforçando neles o sentimento dos valores

sociais.”

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Relembrando

• Os artistas plásticos podem trabalhar com diversos materiais desde a velha conhecida tinta como utensílios do cotidiano;

• Suas obras podem ser desde telas até objetos e instalações;

• Todos são compostos através da combinação de cores, linhas, formas, volumes;

• E podem ser tratadas como figurativas, abstratas ou conceituais.

Figurativa

• É aquela na qual o artista representa o mundo de uma maneira muito

semelhante, à realidade exterior. Ou seja, usa cores, volumes e formas para compor objetos ou cenas que se pode reconhecer. • Podemos conferir isto numa obra de Egon

Schiele “Crescent of Houses (The Small City V) 1915” que costumava misturar tonalidades ocres com cores primárias

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Abstrata

• O artista representa o mundo ou suas emoções compondo imagens que não tem conexão direta com a realidade. Assim, as cores, linhas ou formas são combinadas de maneira suave ou violenta sem a preocupação de retratar objetos ou cenas reconhecíveis.

• Conferindo nesta obra do pintor espanhol Juan Miró intitulado “Carnaval” 1924.

Obra Conceitual

• Este termo vem da palavra conceito, idéia, o artista recusa a forma física de

desenhos, pinturas ou objetos.

• O importante é apresentar suas idéias, e isso pode ser feito através de fotografias, textos, filmes, vídeos ou os mais variados documentos.

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Ernesto Neto Just like drops of rain, nothing 2002

Arte e suas relações

• A arte está ligada à memória, é um objeto, mas também uma linguagem, que podem ilustrar histórias, exprimir idéias e

questionar o mundo.

• O século marca uma ruptura, os artistas se desligam dos mecenas e proclamam sua liberdade de expressão.

“Caipira picando o fumo” (1893) José Ferraz de Almeida Junior

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Papel da arte na sociedade

• A arte deve ser entendida a partir da relação do artista com o mundo, e com os outros homens, resultante de uma forma particular que o homem tem de perceber, conhecer e expressar essa relação. • É assim que Picasso se expressa nesta

obra “Guernica”, 1937

Outros olhares da arte

• Assim estamos tentando abordar as questões de arte que dizem respeito diretamente à sua sensibilidade, sua maneira de ser e seu cotidiano.

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Se libertar das expressões

• “O bom artista não deve representar somente o corpo, mas também a alma” (Sócrates)

• Desde cedo descobrimos que o nosso corpo expressa o que sentimos, mas depois descobrimos novos modelos de expressão.

O senso e o sensível

• Todo discurso sobre arte envolve o termo “beleza” pois ela parece pertencer somente ao domínio do individual.

• Em 1750, surge o termo “estética” como nome da disciplina que tenta sistematizar

racionalmente a diversidade de experiências da beleza na arte.

• Remete a expressão grega “aisthesis”, percepção através dos sentidos e/ou dos sentimentos.

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O toque

• O trabalho de Rodin – Danaide (1889) sem dúvida é belo, provavelmente temos vontade de tocar, o que felizmente é

proibido.

• Levando em consideração o que estamos falando sobre beleza e estética o que se pode concluir desta afirmação que fiz a respeito da obra?

O Prazer do Belo

“Mas o que é, então, o Belo? Não é uma idéia ou um modelo. É uma qualidade

presente em certos objetos - sempre singulares- que nos são dados à

percepção”.

(Mikel Dufrenne, filósofo francês)

O senso e o sensível

• A arte é para sentir e não para pensar – Há também uma participação imprescindível da inteligência na fruição da beleza na obra de arte. • Exige também a participação do pensamento. • A experiência do belo na arte envolve uma

mistura daquele que vê ou ouve, sem a construção do sentido, por aquele que percebe, não há beleza, nem obra de arte.

Chamam de prazer estético aquele que, resultando da sua composição e harmonia, é apreciado através da contemplação ou fruição.

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A beleza

“Sagrada Família” (1507) Rafael. Retrato da mãe, Albrecht Durer

O que faz a gente se sensibilizar

com isto ou aquilo

Im

agem

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Percepção

• A beleza depende também da

habilidade do artista em

expressar uma idéia e em nos

despertar a emoção própria da

beleza.

Prazer Estético

• O que pode ser chamado de prazer estético surge da contemplação e da fruição da obra, de suas qualidades formais e de linguagem.

Fruição

• O diálogo com a obra de arte é um diálogo silencioso, demorado e paciente. Nem sempre o significado de uma obra de arte se dá no momento da contemplação, precisamos trazer a obra conosco, deixá-la adormecer em nós.

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O estético

• O desenvolvimento das concepções estéticas é histórico, já que cada época e lugar, propõem questões diferentes para a vida humana. O próprio papel e função da arte na vida têm variado conforme a geração e o espaço. Contudo, o que é permanente é a presença da arte e do estético no mundo humano.

• A arte de Bosch é considerada uma forte influência sobre muitos artistas do séc XX. • Note a “mistura” entre realidade e

imaginação

“O jardim das delícias”

Hieronymus Bosch, 1500

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“O que a água me deu” Frida Kahlo,

1938

Passado / Presente

• Nesta obra da artista mexicana Frida Kahlo (1907-1954) perceba os elementos que lembram a pintura de Bosch, “O jardim das delícias”, realizada mais de quatrocentos anos antes.

• Releia o título da obra e repare nas representações da idéia da artista sobre o que uma pessoa, mergulhada em uma banheira, pode ver e imaginar.

As transformações no gosto

• Dissemos que a emoção estética depende de vários fatores. Pois bem, a medida que a sociedade vai se transformando, seja por grandes acontecimentos, descobertas, revoluções, o “gosto” também se modifica, e com ele todos os padrões estéticos, isto não significa que rejeitem as obras do passado, mas que se busquem novas maneiras de se expressarem.

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Atitude crítica

• A expressão de sentimentos que nos despertam a obra de arte, elemento

indispensável à fruição estética de que tanto falamos. Trata-se de uma disposição e uma disponibilidade necessária à percepção estética, através da qual colocamos nossa sensibilidade a serviço da contemplação.

• A fruição da arte exige esta entrega à experiência artística, o que significa ir ao encontro dela descobrindo seus conteúdos e seus recursos.

Contextualização

• Dependendo das informações que temos sobre o artista, a obra e o estilo utilizado, alcançamos diversos níveis de

compreensão, fruição, para que se possa realizar, para que se possa criar tendo como referência a obra estudada.

Exibindo-se?

“As bodas de Arnolfini” Jan Van Eyck,

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O movimento

• A medida que as mudanças na sociedade se tornaram mais rápidas, as rupturas aparecem, as vanguardas, e novos movimentos se estabelecem, com novas preocupações e propostas de

questionamentos.

Alguns movimentos

• Impressionismo “Que haja luz”

• O termo “impressão” tinha sido usado antes para denotar um tratamento rápido, à moda de esboço ou primeira reação intuitiva a um tema.

• Alguns artistas: Manet, Monet, Renoir, Degas.

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A emoção na distorção

• O expressionismo teve origem entre 1904 e 1905. Enquanto o impressionismo interessava-se pelas sensações provocadas pela luz, o expressionismo procurava retratar as inquietações do ser humano no início do século XX.

• O movimento se inspirou no pintor

norueguês Edvard Munch, com a obra “ O grito” em 1893.

A fragmentação da realidade

• Os cubistas representaram seus objetos como se estivessem abertos, com todos os seus lados no plano frontal em relação ao seu observador, já não se tinha a intenção de representar em perspectiva e em três dimensões – altura, largura e profundidade.

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Les Demoiselles

d Avignon -1907

O abstracionismo

• Caracteriza-se pela ausência de relação imediata entre as cores e formas, não representa a realidade.

• Normalmente não identificamos nada que faça parte da realidade como nós a entendemos. O artista apenas trabalha com os elementos essenciais da pintura: cores e linhas.- Observe esta obra de Piet Mondrian, chamada

simplesmente de “Composição” de 1921.

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O sonho e a realidade

• O surrealismo é um movimento que tem início em 1924, em que a obra de arte não resulta de pensamentos racionais e lógicos do artista, ela é sim, resultado de

pensamentos absurdos e ilógicos, como as imagens de um sonho. Salvador Dali, Marc Chagall e Miró são grandes representantes deste movimento.

Persistência da memória

• Você consegue perceber nesta obra do surrealista Salvador Dali, como ele transforma o relógio, símbolo da racionalidade, pintado derretido, como chocolate, ele transforma-o em um objeto irracional, que chama ao prazer.

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Variadas direções

• Depois da década de 1950 a arte evoluiu em diversas direções, os artistas

experimentaram e consideraram novos materiais, novas técnicas, e temas muito diversificados, existe agora a proposta de se interferir no espaço, a interação total do espectador coma obra, entram em cena – as instalações.

Instalações

• É uma manifestação artística onde a obra é composta de elementos organizados em um ambiente fechado. A disposição de elementos no espaço tem a intenção de criar uma relação com o espectador. • Uma das possibilidades da instalação é

provocar sensações: frio, calor, odores, som ou coisas que simplesmente chamem a atenção do público ao redor.

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Anna Bella Geiger – O pão nosso de cada dia, 1978

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O encontro

• A fruição exige concentração e uma projeção do espectador na obra, em busca do artista, quando o encontra e aprecia a sua obra mistura-se a ele e se integra no ato criador, por isso precisamos de público para que a obra se realize. Um encontro de subjetividades e sensibilidades.

Onde encontrar

• Estamos em contato com uma instalação colocada as margens do rio Teitê, aqui em São Paulo, do artista Eduardo Srur que anteriormente havia feito outras

instalações. Pelo conjunto de sua obra podemos perceber claramente a sua preocupação com o ambiente das grandes metrópoles.

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Imagem 2

Imagem 3

Imagem 4

O como

• Normalmente, nós embrulhamos coisas para escondê-las ou protegê-las. Quando Christo e Jeanne-Claude embrulham coisas elas chamam atenção para elas • Quem deixou que Christo e

Jeanne-Claude embrulhassem com tecido este famoso edifício em Berlim??

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Christo e Jeanne-Claude

Novas formas de Arte

• “A arte responde a preocupações muito mais essenciais que a decoração” (Picasso)

• Quando vejo filmes, fotos ou pinturas, quando escuto música, o que isto me proporciona? Em que isso modifica, renova, melhora minha percepção e minha compreensão do mundo?

Necessidade

• A arte é uma necessidade tanto para o criador como para o espectador, o público, o observador.

• Cabe a cada um apropriar-se dela para compreender melhor o mundo em que vive e aguçar a percepção, a imaginação e a criatividade.

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Indispensável

• “A imaginação é o que tende a se tornar o real...É dela que nasce essa curva branca sobre fundo negro que chamamos

pensamento” (André Breton)

• A arte pode, assim, nos ajudar a inventar um futuro melhor

Para que a arte seja de todos e exista em tudo (Kátia Canton)

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Boa aula!

Profa. Ms. Maria Inês Breccio Referência de imagens

Imagem 1 - Disponível em: <veja.abril.com.br/.../080904/imagens/capa380.jpg>. Acesso em 20/04/2009. Imagem 2 - Disponível em: <http://f.i.uol.com.br/folha/ilustrada/images/0808632.jpg>. Acesso em 25/04/2009. Imagem 3 - Disponível em: <vejasaopaulo.abril.com.br/.../misterios2.jpg>. Acesso em 25/04/2009. Imagem 4 - Disponível em: <http://www.estadao.com.br/fotos/BICI(1).jpg>. Acesso em 25/04/2009. Imagem 5 - Disponível em: <http://www.henricartierbresson.org>. Acesso em 25/04/2009. Imagem 6 - Disponível em: <http://www.annabellageiger.com/>. Acesso em 20/04/2009. As demais imagens são originárias do banco de imagens.

Referências

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