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Português / 2º ano SUBSTANTIVO

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Academic year: 2021

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Português / 2º ano

SUBSTANTIVO

As gramáticas definem o substantivo como a palavra que serve para designar os seres em geral, reais ou imaginários.

Para que serve o substantivo?

O substantivo é uma das classes de palavras essenciais da língua.

É responsável pela nomeação dos seres e coisas que estão à nossa volta, bem como de nossos sentimentos e ideias. Além disso, é essencial para atender à necessidade humana de ordenar, classificar, distinguir, hierarquizar, etc.

Vamos analisar o poema de Carlos Drummond de Andrade que segue: Família

Três meninos e duas meninas Sendo uma ainda de colo.

A cozinheira preta, a copeira mulata, o papagaio, o gato, o cachorro,

as galinhas gordas no palmo de horta e a mulher que trata de tudo.

A espreguiçadeira, a cama, a gangorra, o cigarro, o trabalho, a reza,

a goiabada na sobremesa de domingo, o palito nos dentes contentes,

o gramofone rouco toda noite e a mulher que trata de tudo. O agiota, o leiteiro, o turco,

2º ano Substantivo Mérope Mar/09

Nome: Nº: Turma:

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o médico uma vez por mês, o bilhete todas as semanas branco! Mas a esperança verde. A mulher que trata de tudo e a felicidade.

SUBSTANTIVOS CONCRETOS

Nomeiam seres de existência própria, isto é, que não dependem de outro ser para existir.

SUBSTANTIVOS ABSTRATOS

Nomeiam ações, qualidades, estados, sentimentos, isto é, seres que só existem em outros ou a partir da existência de outros seres.

A diferença entre o substantivo concreto e o abstrato, às vezes, é sutil e deve ser considerada no contexto em que eles são empregados.

Observe:

Plantar › planta › plantação › plantio

verbo subst. subst. conc. subst. concreto ou abst. abstrato

Agora, analise os enunciados abaixo: ● A planta crescia assustadoramente.

● A plantação ficava verdinha na primavera. ● Os trabalhadores deram início à plantação. ● O plantio terá início em novembro.

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Sabemos que os substantivos são palavras variáveis. Eles variam em gênero, número e grau.

Quando falamos em gênero, não podemos confundir sexo e gênero. Gênero é uma categoria essencialmente linguística, que não tem correlação absoluta com o sexo dos seres em questão.

Pertencem ao gênero masculino todos os substantivos que requerem artigo masculino. Do mesmo modo que pertencem ao gênero feminino todos os substantivos que requerem artigo feminino.

Assim:

• (o) menino (substantivo masculino); • menina (substantivo feminino).

Ainda, quanto ao gênero, é importante chamar a atenção para o fato de alguns substantivos terem sentidos diferentes, quando acompanhados de artigo masculino ou feminino:

a grama (capim) o grama (peso)

o capital (bens materiais) a capital (cidade)

o cabeça (líder) a cabeça (parte do corpo)

o rádio (aparelho) a rádio (emissora)

o guia (pessoa) a guia (documento)

o moral (ânimo) a moral (bons costumes)

Quanto ao número, o plural se faz, geralmente, com o acréscimo da desinência –s no final do nome: menino (singular) / meninos (plural).

Importa mencionar os substantivos que devem ser usados apenas no plural: os arredores

as férias as núpcias os óculos os pêsames

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Quanto ao grau: a ideia de aumento ou diminuição das proporções se expressa por meio de adjetivos ou sufixos:

homem grande (enorme, imenso)

homenzarrão

homem pequeno (miúdo)

homenzinho

A ideia de grandeza ou pequenez emprestam às vezes aos substantivos um valor pejorativo ou depreciativo: cabeçorra, politicão, livreco; outras vezes, simpatia, afeição: filhinha, benzinho.

O contexto em que são empregados determinará um ou outro valor.

Vamos analisar alguns enunciados nos quais o grau do substantivo assume sentidos variados:

Cidadezinha cheia de graça... Tão pequenina que até causa dó! Com seus burricos a pastar na praça...

Sua igrejinha de uma torre só. (Mário Quintana)

“Para entrar na faculdade que você escolheu, não faça um cursinho. Faça um cursão. Matricule-se no [...]”

“Língua torta: portão menor que a porta.”

Mulherzinha!

Mulher de vez em quando gosta de encarnar a mulherzinha, aquele espírito maldito que desce de vez em quando pra fazer a gente se sentir super em tudo e nada ao mesmo tempo. Tipo quando você acabou de sair da sessão semanal de cabeleireiro (se você tiver paciência de ir) e fica se achando gostosíssima; aí de repente você se dá conta de que tá possuída pela mulherzinha e você esquece que não nasceu para ser loira-burra. O pior de encarnar a mulherzinha não é ter como objeto supremo homens aos seus pés e aura de sereia. O pior é quando a gente para pra ler o jornal e lembra que o mundo tá em guerra e a economia tá uma merda. Aí bate aquele pesinho na consciência e a gente se sente mal por

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ficar preocupada com o número de homens que a gente tá tentando beijar enquanto as criancinhas estão morrendo no Sudão e coisa do tipo.

Acontece que existem mulheres que não encarnam essas mulherzinhas, elas são as próprias. O tipo de gente que nós vemos na revista de fofocas (ai, que coisa de mulherzinha), na balada, na faculdade, no ar, por todos os lugares, e que não entende que o mundo não vai acabar se a sua unha quebrou ou se o cabelo tá estático por causa do tempo.

Tudo bem, de vez em quando é legal encarnar uma dessas e virar a femme fatale porque você se encheu de ser a encalhadona, mas E A CABEÇA DA MULHERADA? Devia existir centro de reabilitação pra esse tipo de gente. E eu não tô falando só de mulheres não, tem muito homem encarnando a mulherzinha por aí também. Sabe aquela frase “bonitinho, mas ordinário”? Nossa, perfeita pra esse estilinho de humanóides.

Por que tô com tanto ódio nesse meu coraçãozinho? Quero ver se assim eu esqueço um pouco os anúncios de revista recheados de mulheres lindas e fico menos deprimida com a minha aparência estilinho ai-como-sou-fora-do-padrãozinho (SAI, MULHERZINHA).

(Ana Ísis Marpedice)

O Mulherão

Peça a um homem para descrever um mulherão. Ele imediatamente vai falar do tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos. Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1,80 m, siliconada, sorriso colgate. Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas: Vera Fischer, Letícia Spiller, Malu Mader, Adriane Galisteu, Lumas e Brunas. Agora pergunte para uma mulher o que ela considera mulherão e você vai descobrir que tem uma em cada esquina.

Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra o tanque cheio de roupa e uma família morta de fome. Mulherão é aquela que vai de madrugada pra fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco pra buscar uma pensão de 100 reais. Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta, e uma família todos os dias da semana. Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismos com o orçamento. Mulherão

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é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista. Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva pra natação, busca os filhos na natação, leva os filhos pra cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz. Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.

Mulherão é quem leciona em troca de salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava roupa pra fora, é quem bota mesa, cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás do balcão. Mulherão é quem cria os filhos sozinha, quem dá expediente de oito horas e enfrenta menopausa, TPM e menstruação. Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios. Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia.

Lumas, Brunas, Carlas, Luanas e Sheilas: mulheres nota dez no quesito lindas de morrer, mas mulherão é quem mata um leão por dia.

(Marta Medeiros. Trem Bala. 7. ed. Porto Alegre.)

Referências

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