• Nenhum resultado encontrado

Ao sabor das águas acreanas: Fotoetnografia de uma oficina de formação

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Ao sabor das águas acreanas: Fotoetnografia de uma oficina de formação"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

Ao sabor das águas acreanas:

Fotoetnografia de uma oficina de formação

!

Vídeo nas Aldeias

Realizadores indígenas Ashaninka

!

!

Adriana Fernanda Busso

Mestra em Antropologia Social, UFSCar

!

!

!

O termo fotoetnografia já foi usado por outros antropólogos para definir uma narrativa fotográfica de uma etnografia, narrativa essa que, no meu caso, é parte da experiência de campo realizada durante o Mestrado em Antropologia Social na UFSCar, entre os anos de 2008 e 2011, na aldeia Apiwtxa, Terra Indígena Kampa do Rio Amônia, Acre.

De fato, trabalhar o potencial narrativo descritivo por meio da fotografia já é marca da Antropologia desde que, em 1942, Gregory Bateson e Margareth Mead o demonstraram como possibilidade inovadora na pesquisa antropológica em seu Balinese Character. O uso de imagens favoreceu e incrementou o trabalho de campo, dando experimentação diferenciada à pesquisa e influenciando as gerações seguintes de pesquisadores nas ciências humanas.

Aqui as imagens narram dois acontecimentos na aldeia: A) a formação de realizadores indígenas pelo Projeto Vídeo nas Aldeias, através das oficinas de realizadores e B) a retomada da produção da cerâmica Ashaninka no interior da aldeia. Assim, a narrativa visual aqui apresentada forma um conjunto que comenta experiências simultâneas de novos modos de registro e aprendizagens: aprender cerâmica em oficinas, registrar as oficinas, e registrar os registros. Em 2010, com o material já editado, o filme “Uma aldeia chamada Apiwtxa” foi finalizado na sede do Projeto Vídeo nas Aldeias, completando assim a formação destes realizadores.

A narrativa desta viagem, que se deu ao sabor das águas, permeia toda esta revista: A Capa traz as águas calmas do Rio Amônia ao início da primavera. Se estendendo ao longo da revista, antes de artigos e resenhas, visualizamos a equipe em viagem a TI e cenas do cotidiano da aldeia no

(2)

Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013 R@U

período. No apêndice trazemos a narrativa visual propriamente dita, apresentada em formato de pranchas, narrando por si só as etapas das oficinas. Por fim, fechamos a revista com uma imagem que antecede uma enorme chuva acreana.

Agradeço primeiramente à minha orientadora, Clarice Cohn, pela confiança e dedicação com que me orientou neste período. Obrigada por acreditar na viabilidade da pesquisa e pelo empenho para conseguir a bolsa Capes-Reuni, fundamentais para o desenvolvimento do trabalho.

Sou grata ao Vincent Carelli e sua equipe do Vídeo nas Aldeias, pela oportunidade única engendrada durante a pesquisa, tanto na captação das imagens quanto na edição. E entre a Clarice e o Vincent encontra-se alguém que muito me ajudou em relação à temática, Leandro Saraiva, meus agradecimentos.

Ao Geraldo Andrello, meus agradecimentos por ser, em momento crucial, a ponte entre o projeto e o trabalho de campo.

Durante o mestrado não foi possível acompanhar a edição do material captado no trabalho de campo com os Ashaninka. Tal edição se deu em momentos diferentes na aldeia e na sede em Olinda. Como para preencher essa lacuna na dissertação, acompanhei outra etnia durante a edição, os Huni Kuin (conhecidos também por Kaxinawá), aproveito para agradecer a Zezinho Yube e família por todas as entrevistas.

Manifesto aqui também meus sinceros agradecimentos aos Ashaninka, que permitiram minha presença, proporcionando mais metalinguagem ao processo: a antropóloga que registra o registro e aprendizado dos realizadores, que se dá através da captação de imagens em uma oficina de resgate cultural: a cerâmica, produzida por mulheres Ashaninka desde muitas gerações. Em especial, agradeço a vivência pessoal que Góia e seus filhos Oowiro e Luíza me proporcionaram, recebendo a equipe em sua casa, preparando nossas refeições e, sobretudo, nos aconchegando em terras distantes.

Obrigada, enfim, a todos que contribuíram de alguma forma e que não mencionei aqui.

!

!

!

!

!

Recebido em 13 de Dezembro de 2013 Aprovado em 15 de Dezembro de 2013 !205

(3)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

(4)

Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013 R@U

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!207

(5)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

(6)

Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013 R@U

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!209

(7)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

(8)

Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013 R@U

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!211

(9)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

(10)

Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013 R@U

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!213

(11)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

(12)

Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013 R@U

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!215

(13)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

(14)

Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013 R@U

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!217

(15)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

(16)

Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013 R@U

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!219

(17)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

(18)

Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013 R@U

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!221

(19)

R@U Revista de Antropologia da UFSCar, v.5, n.1, jan.-jun., p.204-222, 2013

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

!

Referências

Documentos relacionados

O fato de a porcentagem de mulheres no sistema prisional ser baixa (6,3% no Brasil e entre 0% e 29,7% no mundo) faz com que suas necessidades não sejam consideradas

Este artigo está dividido em três partes: na primeira parte descrevo de forma sumária sobre a importância do museu como instrumento para construção do conhecimento, destaco

De seguida, vamos adaptar a nossa demonstrac¸ ˜ao da f ´ormula de M ¨untz, partindo de outras transformadas aritm ´eticas diferentes da transformada de M ¨obius, para dedu-

As práticas de gestão passaram a ter mais dinamicidade por meio da GIDE. A partir dessa mudança se projetaram todos os esforços da gestão escolar para que fossem

O caso de gestão estudado discutiu as dificuldades de implementação do Projeto Ensino Médio com Mediação Tecnológica (EMMT) nas escolas jurisdicionadas à Coordenadoria

Here, we aim to understand how expression of RA degradation enzymes (Cyp26) can be correlated with RA distribution and functions during amphioxus (B. lanceolatum)

Para analisar as Componentes de Gestão foram utilizadas questões referentes à forma como o visitante considera as condições da ilha no momento da realização do

Figura 4.10 – Fluxo de CO2 para as áreas de footprint de três torres localizadas em unidades experimentais submetidas a diferentes tipos de manejo pastoril Rotativo,