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A série Professor Artista e o Ensino de Teatro, em depoimento da professora Mariana Lima Muniz. 1

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Academic year: 2021

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P a r a a l é m d a T é c n i c a :

A s é r i e P r o f e s s o r A r t i s t a e o E n s i n o d e Te a t r o ,

em depoimento da professora Mariana Lima Muniz.

1

Loyola, Geraldo Freire (Rede Municipal de Educação/ BH/MG)

2

e P I M E N T E L , L u c i a G o u v ê a P i m e n t e l ( C E E AV / U F M G )

3 Resumo: Este texto aborda conceitos, proposições e ideias sobre o material didáti-co no ensino/aprendizagem de Arte e disdidáti-corre sobre a série de vídeos denominada Professor Artista. Discute-se o material didático a partir do ponto de vista de professo-res de Arte que também são artistas atuantes, com produção autoral e que transitam entre esses dois campos com o mesmo comprometimento estético e artístico. A série tem como objetivo, dentre outros, o de aproximar o aluno do Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais- CEEAV do universo da produção artística contemporânea e de poéticas de criação, buscando ampliar reflexões e possibilidades de entendimen-to de processos artísticos além do estímulo à criação e ao pensamenentendimen-to crítico. Palavras chave: Ensino/aprendizagem de Arte. Professor-artista. Material didático. Abstract: This text considers concepts, propositions and ideas about teaching mate-rial in art teaching and learning, and it discusses the series of videos entitled Artist Teacher. In particular it discusses teaching material from the point of view of art teachers who are also practising artists with their own production, and who bring the same aesthetic and artistic commitment to both art and teaching. One of the objec-tives of the series is to bring students of Specialization Course in Teaching Visual Arts-CEEAV, closer to the contemporary world of artistic and poetic production. In doing so, it seeks to deepen reflection not only about artistic and creative processes, but also about critical thinking.

Key words: Art teaching and learning. Teacher/artist. Teaching material

1 Entrevista submetida em 19/01/2015 e aceita em 07/06/2015.

2 Doutorando em Artes, Escola de Belas Artes, UFMG. Artista/professor/pesquisador em Ensino/Aprendizagem em Arte e Tecnologias contemporâneas. Coordenador e Consultor Pedagógico da Série Professor Artista. Professor de Arte na rede municipal de educação de Belo Horizonte / MG. (cespea@eba.ufmg.br)

3 Professora Titular da Escola de Belas Artes da Universidade Federal de Minas Gerais. Docente do Programa de Pós-Graduação em Artes da EBA/UFMG e do PROF-ARTES - Mestrado Profissional em Artes em Rede Nacional. Artista/professora/pesquisadora em Gravura, Audiovisual, Ensino/Aprendizagem em Arte, e Poéticas Tecnológicas. Consultora Pedagógica da série Professor Artista. (luciagpi@gmail.com)

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Introdução

O material didático no ensino de Arte é um tema complexo, que nem sempre é percebi-do e/ou discutipercebi-do em toda a sua amplitude. É complexo porque arte é uma criação que implica cognição e emoção, subjetivação e percepção, fruto da bagagem cultural coletiva e individual, e da imaginação de cada um. Assim, os resultados ou objetos artísticos criados pelos alunos nunca serão iguais. Nesse sentido, é inconcebível pensar o material didático como uma cartilha ou como um roteiro passo a passo a ser seguido pelo aluno.

As considerações sobre a dimensão de cultura e a expressão individual subjetiva dos alu-nos são importantes para pensar e propor tanto o material didático quanto o trabalho com a arte, já que tanto na criação quanto no ensino as coisas nunca acontecem de modo preestabelecido. Nicolas Bourriaud (2011) considera que a arte é diferente dos outros ofícios e essa diferença re-side, inclusive, na realidade dos gestos empregados. Enquanto a profissão de padeiro, piloto de avião ou de operário metalúrgico requerem o emprego de gestos previamente definidos, na arte quem cria é o próprio inventor da sucessão de posturas, gestos e experimentações que lhe permi-tirão produzir. “Nessa estranha profissão, nada é predeterminado” (p. 11).

Portanto, o material didático para Arte não pode se restringir apenas a um conjunto de coisas, como livros com imagens, pincéis, argila, tinta, lápis, papel, indumentária, sons, tablados etc. São as ideias estéticas que se traduzem em ações didáticas consistentes de ensino, em con-sonância com um conjunto de objetos ou coisas, muitas vezes vazios de proposições artísticas em si mesmos, mas que podem vir a tê-las, desde que usados criticamente, em relação a outros objetos.

O material didático faz parte de todas as fases do processo de ensino e aprendizagem e diversos outros aspectos devem ser considerados tanto na sua concepção quanto produção e uso com os alunos. Aspectos como o formato do material, o público para o qual se destina, o foco principal da proposta e possíveis desdobramentos, a metodologia de desenvolvimento - que é o jeito próprio como cada professor(a) o utiliza, os instrumentos necessários para sua produção, são parte do escopo de pensamento do que seja elaborar materiais para a docência em arte.

O material didático não precisa ser complexo, não precisa ser necessariamente um objeto de arte e nem precisa ser constituído de matéria física. Pode ser, por exemplo, uma ideia. Mas deve possuir componentes estéticos e artísticos, e despertar a curiosidade dos alunos, no sentido de estimular a imaginação e o interesse em saber do que se trata, do que é feito, da possibilidade de experimentá-lo e de criar com ele.

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Para falar dos seus processos de criação, além dos materiais que utiliza, o professor e artis-ta Mário Zavagli diz que trabalha a partir de ideias. E essas ideias lhe vêm das formas mais diver-sas, e acabam configurando um tema; “mas é uma ideia em si que me move a construir uma nova série. Primeiro vem a ideia e depois vem com que roupa eu vou, com roupa eu vou vestir a ideia”4.

Essa é uma metáfora que reflete e traduz a compreensão do material didático na perspec-tiva da reflexão estética e do estímulo à imaginação. A imaginação é um componente estético e didático intrínseco ao processo do ensino e aprendizagem em Arte. Imaginação como potencial para se “pensar por imagens”, como “capacidade de por em foco visões de olhos fechados”, con-forme argumenta Ítalo Calvino (1990), na possibilidade de

se pensar numa possível pedagogia da imaginação que nos ha-bitue a controlar a própria visão interior sem sufocá-la e sem, por outro lado, deixá-la cair num confuso e passageiro fanta-siar, mas permitindo que as imagens se cristalizem numa forma bem definida, memorável, autossuficiente, icástica (p. 108). Tanto a imaginação quanto a cultura do aluno devem ser consideradas na produção do material didático para a Arte, pois são componentes estéticos do processo artístico e do ensino/ aprendizagem em Arte, e são diretamente vinculados à criação artística. A cultura considerada como vivência, como estado impregnado das experiências vividas por cada um.

Para Clifford Geertz (1989), “tornar-se humano é tornar-se individual, e nós nos tornamos individuais sob a direção dos padrões culturais, sistemas de significados criados historicamente em termos dos quais damos forma, ordem, objetivo e direção às nossas vidas” (p. 64). Para o autor, esses sistemas são usados “para fazer uma construção dos acontecimentos através dos quais ele vive, para auto-orientar-se” no “curso corrente das coisas experimentadas”, tomando de empréstimo uma brilhante expressão de John Dewey (2008, p.33).

A cultura, a totalidade acumulada de tais padrões, não é apenas um ornamento da exis-tência humana mas uma condição essencial para ela — a principal base de sua especificidade (GEERTZ, 2008, p.33). “Assim, ser humano não é ser Qualquer homem; é ser um tipo especial de homem, e sem dúvida os homens diferem (...)” (p.38).

No entanto, é preciso manter-se atento para que as experiências culturais dos alunos não sejam a totalidade do ensino de Arte, principalmente na escola. Segundo Macedo (2013),

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o equívoco nessa relação de pensar a Arte como um sinônimo de cultura tem suas raízes no ainda desconhecimento da Arte como um campo de conhecimento, com conteúdos cognitivos específicos, passíveis de serem selecionados, organizados e sistematizados – o que não significa “organizar” a Arte (p.11). Essa abordagem pensa a arte e seu ensino e aprendizagem, e lembra que a cultura de cada aluno se reflete na sua expressão no campo artístico.

Na abordagem Macedo, ao citar Paulo Freire, “o ensinar-aprender como uma ‘experiên-cia total, diretiva, política, ideológica, gnosiológica, pedagógica, estética e ética’ só faz sentido quando constrói e desenvolve o que ele chama de ‘curiosidade epistemológica’, ou seja, ‘deflagra no aprendiz uma curiosidade crescente, que pode torná-lo mais e mais criador” (MACEDO, 2013, p.12). Isso posto, considera-se que, no ensino e aprendizagem, as estruturas metafóricas dos pro-cessos de criação artística possibilitam a construção de conhecimento em Arte.

Materiais didáticos em Arte

Os materiais didáticos para o ensino e aprendizagem de Arte precisam ser discutidos de maneira ampla, uma vez que eles só se configuram como propriamente didáticos quando são incutidos de referenciais artísticos para as ações ou exercícios e quando proporcionam condições para experimentação, reflexão e estímulo à criação e à construção de conhecimentos artísticos.

A discussão que é proposta neste texto refere-se ao material didático de Arte a partir de depoimentos de professores que também são artistas atuantes e que transitam nos dois campos de trabalho com o mesmo envolvimento e comprometimento estético. A série “Professor Artista” começou a ser produzida em 2011 para o Curso de Especialização em Ensino de Artes Visuais5,

modalidade EaD, que é parte do Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes da UFMG. Um dos objetivos da série é levar aos alunos – futuros especialistas em ensino/apren-dizagem de Arte – depoimentos, imagens e trabalhos de professores artistas contemporâneos, tanto das suas poéticas de criação como de ações de ensino e, com isso, estimular possibilidades de compreensão de processos de criação e suas relações com o ensino e aprendizagem em Arte.

A produção dos vídeos tem a parceria e apoio do Innovatio6 – Laboratório de Arte e

Tecnologias para a Educação, vinculado à Escola de Belas Artes da UFMG. Foram finalizados 10

5 Ver: http://www.eba.ufmg.br/ceeav/. 6 Ver: http://www.eba.ufmg.br/innovatio/

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(dez) vídeos até dezembro de 2014, com legendas em espanhol e em inglês. A maioria dos vídeos desse primeiro volume aborda o trabalho de professores artistas da área de Artes Visuais, mas pretende-se abordar cada vez mais profissionais dos outros campos de expressão como a dança, a música e o teatro. Um desses vídeos apresenta o trabalho e depoimento de Mariana Lima Muniz, atriz, professora de Teatro e atual Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Artes da Escola de Belas Artes da UFMG7.

A partir do depoimento de Mariana Lima Muniz

Quando você decide ser ator de teatro, você convive com a possibilidade do fracasso a cada noite, porque no cinema a gente repete essa cena, três, quatro, cinco vezes. No teatro não! Você fazer uma péssima estreia ou você fazer um espetá-culo péssimo é um risco cotidiano.

Pode-se dizer que esse é o risco cotidiano da sala de aula também: por mais que se pre-pare bem uma aula, o risco de fracasso é constante, e as causas/contextos são os mais variados. A professora/artista Mariana Lima Muniz, no depoimento em vídeo, faz várias considerações rele-vantes para o ensino e aprendizagem de Arte, a partir de sua vivência.

Eu não faço distinção, para mim eu estou criando quando dou aula e quando estou ensaiando, quando estou no palco. Não tem uma separação assim: agora eu sou a professora. Eu sou a professora, eu proponho os exercícios, mas eu entro como atriz em vários momentos dos exercícios, eu entro na cena quando é necessário. E eu faço um trabalho, muitas vezes, de espelho, principalmente com atores inexperientes. Eu me coloco exata-mente na posição em que ele está. Primeiro para entender a visão que ele tem da cena de dentro da cena, porque a visão de fora é muito mais ampla que a visão de dentro. E depois para começar a estimular uma respiração diferenciada, esti-mular um olhar diferenciado, uma corporeidade diferenciada que possa abrir perspectivas para ele na improvisação – eu

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trabalho principalmente com a improvisação – e também para não deixá-lo sozinho.

Essa cumplicidade é essencial no processo de ensino e aprendizagem em Arte: colocar-se no lugar do aluno, ter a visão que ele tem e não deixá-lo sozinho são aprendizagens diárias de quem é professor.

Quando você propõe um exercício, pelos seus gostos pessoais, pela linha estética que você está pensando para o espetáculo ou a cena em sala de aula, você tem uma imagem. E o ator não vai realizar essa imagem, primeiro por que ele é de carne e osso e a imagem na mente é muito mais poderosa, no sentido que ela é muito mais flexível, não tem as limitações da gravi-dade, por exemplo, que o ator de carne e osso tem. E depois porque não é você. Então, eu procuro, no trabalho como pro-fessora e no trabalho como diretora, não me ater a essa ima-gem inicial e ver aquilo que o ator está me dando naquele mo-mento. Porque como atriz eu sempre respondi melhor a esse tipo de diretor, o que propõe uma coisa sem saber exatamente onde aquilo vai chegar.

Ter a disponibilidade de desprender-se de suas ideias para possibilitar que o aluno ofe-reça o que ele tem, compartilhando ideias e trabalhando com sua imaginação, é outra forma de ensinar/aprender Arte. “Onde vai chegar” depende de uma série de acontecimentos e contextos e não saber exatamente o resultado final de uma ação educativa não significa deixar o aluno à deriva de seu próprio destino, uma vez que existe uma proposta inicial de exercício. Significa a abertura a estratégias que impulsionem o teor criativo do exercício.

Eu acho que o ensino de teatro primeiro tem que ser holístico. Entender que o teatro tem ator, tem diretor, tem dramaturgo, tem criador de luz, criador de trilha sonora, figurinista, o tea-tro se caracteriza por ser uma arte grupal, que depende de todas elas de maneira igual. O teatro na escola se concentra muito na ação do ator, como se o ator fosse a única possibili-dade de conhecer e trabalhar e perceber o teatro. Peter Brook

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fala uma coisa que eu adoro; ele diz que o “teatro é espaço, um homem que faz e um homem que observa”. Por que ele é espaço? Porque a ação – ou a falta de ação – se dá em algum lugar. A ação de observar o outro se dá em algum lugar num tempo específico em que os dois estão copresentes. Para haver teatro tem que haver público.

Há que se enfatizar as características do teatro, a fim de que o aluno possa perceber sua complexidade e, ao mesmo tempo, seu desafio. Questões de ação – ou da falta de ação –, de observação, de fruição, de conceitos teatrais e de trabalho grupal são essenciais para que o aluno possa perceber o teatro.

Há um tempo atrás havia um problema grande nas escolas, que era [...] a aula de teatro ser simplesmente um processo para chegar no resultado cênico para ser visto pelos pais, o que fazia perder todos os outros elementos importantes do teatro como o ensaio, a pesquisa, a improvisação etc. Agora eu percebo que pode ser que a balança esteja pesando de-mais para o outro lado e parece que para fazer bem teatro na escola, para dar uma boa aula de teatro, não se pode nunca apresentar para o público, por que isso é fazer “teatrinho”. Nem pode usar um texto dramatúrgico. Agora parece que o teatro na escola é só improvisação. E a minha tese de douto-rado é sobre improvisação, então eu tenho um carinho grande pela improvisação. Mas eu acho que mesmo fazendo improv-isação, se não se traz o público em nenhum momento, se está fazendo uma outra coisa que não é teatro. Porque o teatro se concretiza, se realiza somente quando há público. Antes do público é tudo ensaio. A chegada do público é um processo, não é um final. E na escola o que eu sinto falta é do público, como elemento formador também da percepção teatral, que não é só a formação de ator. Você não tem um convívio pleno com o teatro, como estudante, se você não teve dentro desse convívio o encontro com o público.

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Este é um item de grande importância: a formação do público. Esse público, para ser for-mado, também precisa conhecer a complexidade do teatro e os contextos que o envolvem. O convívio com o público e o ser público são fundamentais na aprendizagem em Arte.

Eu acho que a escola de formação de artistas contribui porque ela dá bases técnicas, teóricas e estéticas sem as quais ou se vai ser um artista limitado ou se vai descobrir isso em outros lugares que não a academia, que, aliás, não é o único lugar que se pode descobrir isso, com certeza.

Mas tem alguma coisa que não é a escola que vai dar. Talvez a escola possibilite desenvolver isso porque ela oferece exercíci-os, mas a questão é que você pode fazer um trabalho somente técnico. Eu como professora e como atriz gosto de ter um tra-balho técnico, porque se ficar contando só com a intuição me sinto insegura. Mas é preciso deslanchar e conseguir tocar as pessoas, seja fazendo rir, seja fazendo chorar, seja provocan-do questionamentos provocan-do que quer que seja, provocanprovocan-do raiva, que não é só técnica. É como se fosse um trem, acho que essa imagem do trem é muito boa! O trem é a técnica, se a técnica estiver fora do trilho não anda. Agora, se ela estiver no trilho ela voa.

É importante considerar que a técnica é parte integrante do processo artístico, mas sozi-nha não se configura como Arte. Aprendê-la, contudo, é condição para a criação de novas confi-gurações artísticas.

A capacidade de imaginação é inerente ao ser humano, é o pensamento abstrato. Eu acho que a arte treina a imaginação. Tanto quando você está fazendo a arte como quando você a está observando, quando você fruindo, está treinando a sua imaginação, a sua capacidade de viver outras vidas além da sua própria. Se eu não tivesse a arte como possibilidade de apreciação, se acontecesse uma ditadura violenta no Brasil e fossem destruídos todos os livros, todos os quadros, todos os

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filmes, o teatro fosse proibido, a dança fosse proibida, eu acho que seria muito difícil eu continuar vivendo. Porque eu acho que a vida sem a arte é dura demais, é muito dura, muito dura.

Considerações finais

Tendo à vista que o ensino e aprendizagem em Arte caracteriza-se pelo envolvimento cognitivo e emocional de quem ensina e de quem aprende, é importante que se pense o material didático como algo a mais que um conjunto de informações a serem elencadas e transmitidas. É preciso pensar o material didático como um detonador de possibilidades e de pensamentos que levem à reflexão sobre o que seja ensinar e aprender, e, também, de elaboração significativa de outros materiais adequados à compreensão e valorização do contexto cultural.

As reflexões e ideias propostas neste texto coincidem com o vídeo-depoimento da profes-sora Mariana Lima Muniz e considera-se que a série de vídeos Professor Artista contribui para a visão expandida do que seja material didático para o ensino e aprendizagem em Arte.

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Referências

CALVINO, Italo. Seis propostas para o próximo milênio. Tradução de Ivo Barroso. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.

BOURRIAUD, Nicolas. Formas de vida. A arte moderna e a invenção de si. Tradução de Dorothée de Bruchard. São Paulo: Martins, 2011.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

GERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 2008. Disponível em: http:// identidadesculturas.files.wordpress.com/2011/05/geertz_clifford-_a_interpretac3a7c3a3o_das_ culturas.pdf Acesso em 07/01/2015.

MACEDO, Juliana Gouthier. Identidades forjadas em Brancos: Ensino de Arte e interculturalidade. 2013. Tese (Doutorado em Artes) – Escola de Belas Artes, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG.

SÉRIE PROFESSOR-ARTISTA. Vídeo-depoimento de Mariana Lima Muniz. Atriz. Belo Horizonte, MG, 2014.

http://www.eba.ufmg.br/ceeav/. Acesso em 14/01/2015 http://www.eba.ufmg.br/innovatio/ Acesso em 14/01/2015

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