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RISCOS OCUPACIONAIS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE RELACIONADOS AOS PERFUROCORTANTES UMA ABORDAGEM PREVENCIONISTA

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RISCOS OCUPACIONAIS NOS SERVIÇOS DE SAÚDE RELACIONADOS AOS PERFUROCORTANTES – UMA ABORDAGEM PREVENCIONISTA

Luiz Henrique Teixeira de Siqueira Neto1 Tatiana de Macedo Costa2

RESUMO:Os serviços de saúde são ambientes de trabalho complexos. É bastante comum sofrer um acidente de trabalho com material biológico envolvendo um perfurocortante. Estão associados principalmente com a transmissão do vírus da hepatite B (HBV), do vírus da hepatite C (HCV) e do vírus da imunodeficiência humana (HIV). Nesse contexto, objetivou-se catalogar e analisar os fatores predisponentes aos acidentes do trabalho com material perfurocortantes. Para isso, realizou-se um levantamento bibliográfico retrospectivo dos últimos 20 anos. A Enfermagem é a categoria que mais se acidenta dentre as várias categorias profissionais. Os paradigmas e os vícios aprendidos no decorrer da carreira profissional fazem com que os trabalhadores da saúde tenham dificuldade para quebrá-los. De acordo com NR 32, a capacitação quanto aos riscos relacionados às práticas de trabalho é obrigatória para todos os trabalhadores dos serviços de saúde. Estas atualizações/capacitações devem ser realizadas por profissional familiarizado com os riscos, durante o período da jornada de trabalho e de forma continuada, ou seja, sempre que houver necessidade.

Palavras chaves:Enfermeiro. Prevenção. Perfurocortantes.Acidente de Trabalho.

1. INTRODUÇÃO

Os serviços de saúde, como hospitais, clínicas, centros cirúrgicos, salas de operações,acontecem em ambientes de trabalho com certo grau de complexidade, apresentando vários riscos à saúde dos trabalhadores e também às pessoas que estejam recebendo assistência nesses locais. Entre os riscos, é bastante comum o acidente de trabalho com material biológico envolvendo um perfurocortante. Além do ferimento em si, a grande preocupação em um acidente desta natureza é a probabilidade de vir a se infectar com um patógenos de transmissão sanguínea (CANINI, 2002).

1

Enfermeiro, Discente do Curso de Pós Graduação em Enfermagem do Trabalho – FAP.E-mail: lhtsneto@gmail.com

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Engenheira de Telecomunicações. Especialista em Docência em Nível Superior e Especialista em Segurança do Trabalho. Coordenadora do Núcleo de Saúde e Segurança no Trabalho do SESI – Serviço social da Indústria.

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Sendo que essas doenças podem acarretar perdas não só ao acidentado, mas também a toda a sociedade. Mesmo havendo a soro conversão, um acidente com material perfurocortante envolve o sofrimento do trabalhador acidentado e de sua família e muitas vezes grandes custos financeiros. Por este motivo, deve-se evitar ao máximo que esses acidentes ocorram.Hoje em dia, a exposição ocupacional a patógenos de transmissão sanguínea provocada por acidentes com agulhas e outros materiais perfurocortantes é um problema grave, mas muitas vezes pode ser prevenida (CANINI, 2002).

Exposições semelhantes também ocorrem em outros serviços de assistência à saúde, como instituições de longa permanência para idosos, clínicas de atendimento ambulatorial, serviços de atendimento domiciliar (homecare), serviços de atendimento de emergência e consultórios particulares. Os acidentes percutâneos com exposição a material biológico estão associados principalmente com a transmissão do vírus da hepatite B (HBV), do vírus da hepatite C (HCV) e do vírus da imunodeficiência humana (HIV), mas também podem estar envolvidos na transmissão de outras dezenas de patógenos (BULHOES, 1998; BREVIDELLI, 1997).

A prevenção de acidentes de trabalho com material biológico é uma importante etapa prevenção da contaminação de trabalhadores da saúde por patógenos de transmissão sanguínea. Dados epidemiológicos sobre os acidentes são essenciais para o direcionamento e a avaliação das intervenções nos níveis local, regional e nacional. Panlilio et al. (2004 apud SILVA et al. 2011)) estimam que 384.325 acidentes com perfurocortantes ocorram anualmente nos Estados Unidos da América.Sendo aproximadamente 1.000 acidentes percutâneos por dia.Já no Brasil, dados do Ministério da Previdência Social apontam que ostrabalhadores da área da saúde estão entre os que mais sofrem acidentes ocupacionais. Levantamentos realizados nos anos de 2003 a 2005 mostram que dos 444.080 acidentes ocorridos no setor de serviços, 80.918 eram da área de saúde. Em levantamento apresentado no Boletim

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1999 a2006, ocorreram 14.096 acidentes ocupacionais envolvendo material biológico,apenas no município de SP (SILVA, 1988; SOUZA, 1993).

A verdadeira dimensão do problema é difícil de ser mensurada, já que não existem informações sobre a ocorrência destes acidentes entre os trabalhadores que atuam em outros serviços, como, por exemplo, instituições de longa permanência para idosos, clínicas de atendimento ambulatorial, serviços de atendimento domiciliar (homecare), serviços de atendimento de emergência e consultórios particulares, os dados são somente de instituições públicas. Além disso, embora estas estimativas dos Center Disease Control (Centro de Controle de Doenças) tenham sido ajustadas em relação à subnotificação, a importância deste fator não pode ser subestimada. Diferentes estudos indicam que mais de 50% dos trabalhadores da saúde não notificam a ocorrência (SOUZA, 1993).

A falta de conhecimento dos trabalhadores em saúde e a não importância a um acidente percutâneo leva os trabalhadores a não notificarem o acidente de trabalho com perfurocortante envolvendo fluídos biológicos contaminados ou não. Desta forma os dados não mostram fidedignamente a realidade. É importante entender alguns conceitos e dados para explicitar melhor essa situação dos profissionais da saúde e os acidentes de trabalho (LOPES, 1999).

2. METODOLOGIA

Foi realizado um levantamento bibliográfico retrospectivo, dos últimos 20 anos (2000-1985), por meio dos bancos de dados Lilacs (Literatura Latino Americana e do Caribe em Ciências da Saúde), Scielo Brasil (A Scientific Electronic Library Online), utilizando os termos“acidentes do trabalho”, “trabalho de enfermagem”, “perfurocortante” e“risco ocupacional”. O levantamento foi realizado no período de novembro de 2010 a fevereiro de 2011.

Os artigos foram catalogados e analisados buscando-se uma síntese dos fatores predisponentes aos acidentes do trabalho com material

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perfurocortante e as abordagens didáticas frente a novos dispositivos e técnicas para prevenção dos acidentes.

Foi utilizado, para coleta de dados, um protocolo contendo informações sobre o periódico, tipo de metodologia usada, descritiva bibliográfica, reflexão teórica e relato de experiência e os fatores predisponentes à ocorrência dos acidentes de trabalho (POLIT, 1995).

3. REFERENCIAL TEÓRICO

Os acidentes com agulhas, bisturis, ampolas de vidros dentre outros perfurocortantes usados nas atividades de assistência à saúde estão associados à transmissão ocupacional de mais de 20 diferentes patógenos (BULHOES, 1998).

Dos 20 patógenos alguns que se destacam, por exemplo, o vírus da hepatite B (HBV), o vírus da hepatite C (HCV) e o vírus da AIDS (HIV), são os patógenos mais frequentemente transmitidos durante as atividades de assistência ao paciente de exposições percutâneas envolvendo material biológico (MACHADO, 1992).

Uma revisão da literatura realizada por Panlilio et al. (2004apud SILVA et al. 2011) descreve que já foi identificada a transmissão de 60 diferentes patógenos (26 vírus, 18 bactérias ou riquétsias, 13 parasitas e 3fungos), após exposição a sangue ou outros materiais biológicos entre trabalhadores da saúde.

No Entanto casos de contaminação ocupacionais pelo HIV e pelos vírus das hepatites B e C sejam relativamente raros,os riscos e os custos pertinentes a exposições com sangue ou outros materiais biológicos são graves e reais. Os custos podem ser diretos dos acidentes de trabalho com material biológico e estão associados com as profilaxias iniciais e posteriormente com o acompanhamento dos trabalhadores expostos e estão estimados entre 71 e 5.000 reais(MACHADO, 1992).

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Porém outros custos também estão envolvidos, mas são mais complicados de serem quantificados, pois incluem o custo emocional, associado com a ansiedade, o medo e a preocupação com as possíveis consequências;custos poderão ser diretos e indiretos associados com as toxicidades dos medicamentos e o absenteísmo; além do custo social, associado com uma soro conversão pelo HIV ou HCV. Este último inclui a possível perdados serviços prestados por um profissional da saúde na assistência (MACHADO, 1992).

Dados do National Surveillance System for Health Care Workers (NaSH)aponta a equipe de enfermagem como o grupo de maior índice de acidentescom perfurocortantes. Entretanto, outros trabalhadores que prestam assistência aos pacientes (comomédicos e técnicos), pessoal de laboratório e trabalhadores de equipes de suporte (por exemplo,trabalhadores de serviços de higienização/limpeza) também estão sujeitos a este risco (SILVA et al. 2011)).

A Enfermagem é a categoria que mais se acidenta dentre as várias categorias profissionais. Este resultado está relacionado ao fato do grupo ser o maior, comparado às outras categorias, nos serviços de saúde, além disto, tem maior contato direto na assistência aos pacientes e também ao tipo e à frequência de procedimentos realizados por seus profissionais(SOUZA, 1993).

Embora os perfurocortantes possam causar acidentes em qualquer lugar no serviço de saúde, os dados do NaSH apontam que a maioria (39%) dos acidentes acontece em unidades de internação, principalmente nas enfermarias/quartos, em unidades de terapia intensiva (UTI) e no centro cirúrgico.Os acidentes ocorrem frequentemente após o uso e antes do descarte de umperfurocortante (40%), durante seu uso em um paciente (41%) e durante ou após o descarte (15%) (SILVA et al. 2011).

Embora muitos tipos de perfurocortantes possam estar envolvidos, dados agregados do NaSH indicam que seis dispositivos são responsáveis por aproximadamente 80% de todos os acidentes. Esses dispositivos são:seringas descartáveis/agulhas hipodérmicas (30%),agulhas de sutura (20%),escalpes

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Tendo em vista os dados apresentados e seus respectivos custos e riscos à saúde dos trabalhadores na área da saúde, pondera-se os acidentes com os perfurocortantes, ocorre por falta de engenharia de segurança nos dispositivos percutâneos ou por negligência e imperícia dos profissionais que os manuseiem.

Os trabalhadores da saúde têm dificuldades em alterar práticas antigas e que já se tornaram hábitos. Essa observação corrobora os estudos conduzidos nos anos seguintes, quando a adesão observada às práticas recomendadas não foi satisfatória.A mesma observação é verdadeira para perfurocortantes com dispositivos de segurança– serviços de saúde têm dificuldade em convencer os trabalhadores a adotarem os novos perfurocortantes e procedimentos (LOPES, 1999).

Fatores psicossociais e organizacionais que atrasam a adoção de práticas de segurança compreendem à:baixa percepção do risco ou minimização do risco,percepção de um “clima de segurança” fraco no ambiente de trabalho, percepção de um conflito entre prestar o melhor atendimento ao paciente e se proteger daexposição,acreditar que as precauções não são justificadas em algumas situações específicas,falha em antecipar uma exposição potencial e aumento das demandas, causando um aumento no ritmo de trabalho(JASEN, 1997).

Os trabalhadores alteram o seu comportamento mais rapidamente quando pensam que eles estão correndo risco,o risco é significativo,a alteração de comportamento fará a diferença, e a mudança valerá o esforço.Poucos autores aplicaram métodos de pesquisa e modelos de mudança de comportamento de outras áreas para estudar a aceitabilidade às estratégias de controle de infecção(JASEN, 1997).

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Em um estudo foi usado o modelo sobre a aprendizagem em adultos para avaliar a questão dos acidentes com perfurocortantes entre trabalhadores da saúde e se descobriu que o conhecimento dos procedimentos corretos, o fornecimento de equipamentos de segurança e o manejo adequado foram cruciais para adesão às medidas de prevenção de acidentes (LOPES, 1999).

Outros modelos, incluindo a Teoria da Ação Racional e a Teoria do Comportamento Planejado, podem ser recomendados ao se considerar uma intervenção para melhorar a prática. Porém pesquisas adicionais são necessárias para definir como esses modelos poderiam afetar a prevenção de acidentes com perfurocortantes (JASEN, 1997).

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO

Após a análise dos textos e dados mostrados anteriormente percebe-se uma necessidade de orientação, corrobora com a afirmação dos autores do guia de prevenção de acidentes da Associação Norte-Americana de Hospitais,instituições que estão adotando ou adotaram as tecnologias de segurança consideram o processo como sendo complexo e minucioso. Os programas bem-sucedidos de prevenção de acidentes exigem notificação abrangente de acidentes,acompanhamento detalhado,capacitações minuciosas quanto ao uso dos novos perfurocortantes e avaliação correta dos dispositivos de segurança e da efetividade do programa.

Além disso, embora muitos serviços de saúde reconheçam a necessidade de uma abordagem interdisciplinar para lidar com essa tarefa complexa, de acordo com Jansen (1997 p. 22):

[...] poucos estão preparados para as dificuldades com as tentativas de modificar os comportamentos, a logística complexa de suprimentos e equipamentos em um hospital moderno ou o rigor metodológico e analítico da documentação do impacto dos dispositivos de segurança[...].

Porém outro elemento importante de um programa de prevenção de acidentes com perfurocortantes é a capacitação dos trabalhadores. Como parte

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do programa, deve-se ter especial atenção para “como” e “quando” a capacitação deverá ser realizada, assegurando que as informações chegue mãos trabalhadores que precisam dela e que os assuntos abordados sejam relevantes para o público que está sendo capacitado, observando seu grau de instrução e o setor que nele trabalha (LOPES, 1999).

Neste contexto, deve-se levar em conta que os trabalhadores da saúde podem ter resistência em aprender ou atualizar-se. Já que os mesmos iniciam este processo já com anos de experiência pessoal o que pode afetar no seu modo de ver novas técnicas e utilização de novos dispositivos.

Os adultos já possuem crenças, conhecimentos e atitudes preexistentes que influenciam o que ou como eles aprendem. Estudos mostram que os adultos aprendem melhor (retêm e aplicam melhor as informações fornecidas) quando o material utilizado aborda tópicos considerados relevantes em suas vidas e sobre os quais eles estão motivados a aprender,eles adquirem conhecimento prático ao invés de puramente acadêmico e teórico, conseguindo aplicar imediatamente o que foi aprendido (FIGUEIREDO, 1992).

Infelizmente, boa parte da capacitação dos trabalhadores da saúde tipicamente adota a linha do ensino escolar tradicional e tem por objetivo atender a exigências legais e regulatórias desta forma, muitas vezes há resistência ou falta de motivação pessoal para assistir às palestras, assistir fitas de vídeo ou equivalentes.

Conforme mencionado, os trabalhadores da saúde aprendem melhor quando as informações são relevantes ao seu trabalho. Por essa razão, recomenda-se que a capacitação incorpore os dados e as informações sobre os acidentes com perfurocortantes e as respectivas ações de prevenção originados no próprio serviço de saúde (LOPES, 1999).

Alguns tópicos que podem ser abordados na capacitação incluem os seguintes: Primeiramente uma descrição dos acidentes notificados pelos trabalhadores da instituição, quantidade de acidentes notificados no (s) último(s) ano(s) de ocupações versus funções, perfurocortantes e

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procedimentos envolvidos, e as circunstâncias mais frequentes de ocorrência de acidentes na instituição (MONTEIRO, 1987)

Posteriormente as informações sobre a hierarquia de controles e como esse conceito é aplicado na instituição, estratégias para reduzir ou eliminar o uso de agulhas e outros materiais perfurocortantes, observarem a possibilidade de utilizar perfurocortantes com dispositivos de segurança que foram avaliados e/ou implant ados no serviço, adoção de outras barreiras e controles de engenharia (por exemplo, coletores rígidos para o descarte de perfurocortantes), práticas de trabalho e procedimentos de segurança que reduzam os riscos de acidentes de trabalho, e se o serviço possui equipamentos de proteção individual EPI que diminuam os riscos de acidentes (por exemplo, luvas kevlar para cirurgia e autópsia, luvas de couro para o pessoal da manutenção) (LOPES, 1999).

Não menos importante, as ações administrativas com o objetivo de diminuir a ocorrência de acidentes com perfurocortantes, como a instituição de um comitê gestor, responsável pelo programa para prevenção de acidentes com perfurocortantes, alterações ou melhorias nos procedimentos de registro e notificações de exposições, e iniciativas para estimular a cultura de segurança (LOPES, 1999).

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Embora vários estudos apontem a categoria dos profissionais de enfermagem como líder em acidentes percutâneos com exposição a materiais biológicos, é fundamental a inclusão de todas as categorias profissionais nos treinamentos, principalmente as que estão constantemente sob risco de acidentes. A repetição sistemática dos treinamentos, somada à participação multidisciplinar, podem favorecer a criação de uma cultura prevencionista institucional.

O trabalhador só será considerado capacitado, quando estiver ciente e devidamente conscientizado sobre as medidas de prevenção de acidentes e

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doenças ocupacionais relacionadas às suas atividades. A capacitação deve ser comprovada através de documento que deve conter data, horário, carga horária, conteúdo ministrado, nome e formação ou capacitação do instrutor e dos trabalhadores envolvidos.

Para o ideal e pleno exercício da profissão, nas ações de saúde individual ou coletiva, não se exige apenas uma habilitação legal, deve-se requerer um aprimoramento sempre continuado, adquirido através de publicações especializadas, congressos, cursos de especialização ou estágio sem centros e serviços hospitalares de referência, que possuam conhecimentos atualizados da profissão.

A falta ou precariedade de atualização implicará em negligência, que é de certa forma, culpa. Portanto, capacitação quanto aos riscos e treinamentos focados nas práticas de trabalho não basta para o aprimoramento profissional.

Sendo que as instituições de saúde individual ou coletiva, particular ou pública devem oferecer cursos de especialização, extensão, aprimoramento e incentivar os profissionais à qualificação profissional. Desta forma, a instituição terá um profissional habilitado, treinado e qualificado, reduzindo assim não só os acidentes de trabalho, bem como os gastos e os desconfortos referentes aos mesmos, trazendo dessa forma benefícios ao empregador e ao trabalhador.

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