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Conceitos Sentidos subjetivo e objetivo. Serviços Públicos. Classificação Individuais (uti singuli) Classificação Gerais (uti universi)

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Texto

(1)

Serviços Públicos

Direito Administrativo

Prof. Armando Mercadante

Nov/2009

Conceitos

Sentidos subjetivo e objetivo

1) Sentido subjetivo – serviço público é aquele prestado pelo Estado;

2) Sentido objetivo – o serviço público tem por objeto a satisfação de necessidades coletivas;

3) Sentido formal – serviço público é aquele exercido sob regime jurídico de direito público.

Conceitos

Sentido amplo

1) Empregado como sinônimo de “função pública”, abrangendo o conj. de atividades realizadas sobre o regime jurídico de direito público (atividades jurisdicional, legislativa, administrativa e política).

2) Utilizado como atividade administrativa, abrangendo serviço público em sentido estrito, poder de polícia, fomento e intervenção.

Conceitos

Sentido restrito

1) Abrangendo todas as prestações de utilidades ou comodidades materiais efetuadas diretamente à população pela Administração Pública ou seus delegatários, bem como as atividades internas ou atividades-meios.

2) Prestação direta à população, pela administração pública ou pelos delegatários, sob regime jurídico de direito público, de utilidades ou comodidades materiais voltadas à satisfação de suas necessidades ou meros interesses.

Classificação

Gerais (uti universi)

Também chamados de indivisíveis. São aqueles prestados a usuários

indeterminados e indetermináveis.

Ex: iluminação pública

* Não podem ser remunerados por taxa.

Classificação

Individuais (uti singuli)

Também chamados de divisíveis. São aqueles prestados a usuários

determinados.

Ex: iluminação pública domiciliar

(2)

Classificação

Delegáveis

Podem ser prestados pelo Estado

-diretamente ou através da administração indireta - ou por particulares mediante

contrato de concessão ou permissão (ou excepcionalmente mediante ato administrativo de autorização).

Classificação

Indelegáveis

Só podem ser prestados pelo Estado

-diretamente ou através da administração indireta, pois exigem o poder de império da

Administração.

Ex: segurança interna, fiscalização de atividades, garantia da defesa nacional.

Classificação

Administrativos

São atividades internas da Administração, que preparam a execução dos serviços fruíveis diretamente à população. Não são prestados diretamente à coletividade, apenas trazendo benefícios indiretos. Ex: imprensa oficial.

Classificação

Sociais

Atendem às necessidades coletivas em que a atuação estatal é essencial, mas que convivem com a iniciativa privada: educação, saúde, assistência social, cultura, previdência e etc.

Classificação

Econômicos

Também chamados de serviços comerciais ou industriais. São as atividades a que se refere o art. 175 da CF. Enquadram-se no conceito amplo de atividade econômica, sendo possível a sua exploração com o propósito lucrativo. Ex: telefonia.

Classificação

Próprios

São aqueles executados diretamente pelo Estado (administração direta e indireta) ou indiretamente (concessionários e permissionários). Ex: transporte público.

(3)

Classificação

Impróprios

Recebem impropriamente o nome de serviço público, pois correspondem a atividades privadas apenas autorizadas pelo Estado. Juridicamente não constituem serviço público. Ex: serviços de táxi, despachante, instituições financeiras.

Regulamentação

A competência para regular o serviço é do ente federado que a CF atribui a titularidade.

Modernamente, tem se defendido a possibilidade de a regulação ser desempenhada também pelas entidades públicas que integram a AI, especificamente as autarquias (agências reguladoras)

Controle

O controle é exercido pela própria

Administração Pública (ex: tutela e autotutela), pela população (ex: art. 37, §1º, I, CF), pelos órgãos incumbidos da defesa de interesses coletivos e difusos (exs: Ministério Público e Órgãos de defesa do consumidor)

Permissão

Permissão de serviço público é a delegação, a título precário, mediante licitação, da prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco (art. 2º, IV, da Lei 8.987/95).

Permissão

Art. 40. A permissão de serviço público será formalizada mediante contrato de adesão, que observará os termos desta Lei, das demais normas pertinentes e do edital de licitação, inclusive quanto à precariedade e à revogabilidade unilateral do contrato pelo poder concedente. (Lei 8.987/95)

Concessão

Concessão de serviço público: a delegação de sua prestação, feita pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo determinado (art. 2º, II, Lei 8.987/95)

(4)

Responsabilidade da

concessionária

Art. 25. Incumbe à concessionária a execução do serviço concedido, cabendo-lhe responder por todos os prejuízos causados ao poder concedente, aos usuários ou a terceiros, sem que a fiscalização exercida pelo órgão competente exclua ou atenue essa responsabilidade. (Lei 8.987/95)

Subconcessão

Art. 26. É admitida a subconcessão, nos termos previstos no contrato de concessão, desde que expressamente autorizada pelo poder concedente.

§ 1o A outorga de subconcessão será sempre precedida de concorrência. (Lei 8.987/95)

Extinção da concessão

Formas de extinção (art. 35, Lei 8.987/95): I - advento do termo contratual;

II - encampação; III - caducidade; IV - rescisão; V - anulação; e

VI - falência ou extinção da empresa concessionária e falecimento ou incapacidade do titular, no caso de empresa individual.

Extinção da concessão

§ 1oExtinta a concessão, retornam ao poder

concedente todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao concessionário conforme previsto no edital e estabelecido no contrato.

§ 2o Extinta a concessão, haverá a imediata

assunção do serviço pelo poder concedente, procedendo-se aos levantamentos, avaliações e liquidações necessários.

Advento do termo contratual

Art. 36. A reversão no advento do termo contratual far-se-á com a indenização das parcelas dos investimentos vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço concedido.

Encampação

Art. 37. Considera-se encampação a retomada do serviço pelo poder concedente durante o prazo da concessão, por motivo de interesse público, mediante lei autorizativa específica e após prévio pagamento da indenização, na forma do artigo anterior.

(5)

Caducidade

Art. 38. A inexecução total ou parcial do contrato acarretará, a critério do poder concedente, a declaração de caducidade da concessão ou a aplicação das sanções contratuais (...).

Caducidade

Art. 38 (...)

§ 1oA caducidade da concessão poderá ser declarada pelo poder concedente quando: ( ... )

VII - a concessionária for condenada em sentença transitada em julgado por sonegação de tributos, inclusive contribuições sociais.

Caducidade

Art. 38. (...)

§ 2o A declaração da caducidade da concessão deverá ser precedida da verificação da inadimplência da concessionária em processo administrativo, assegurado o direito de ampla defesa.

Caducidade

Art. 38 (...)

§ 3o Não será instaurado processo administrativo de inadimplência antes de comunicados à concessionária, detalhadamente, os descumprimentos contratuais referidos no § 1º deste artigo, dando-lhe um prazo para corrigir as falhas e transgressões apontadas e para o enquadramento, nos termos contratuais.

Caducidade

Art. 38 (...)

§ 4oInstaurado o processo administrativo e comprovada a inadimplência, a caducidade será declarada por decreto do poder concedente, independentemente de indenização prévia, calculada no decurso do processo.

Rescisão

Art. 39. O contrato de concessão poderá ser rescindido por iniciativa da concessionária, no caso de descumprimento das normas contratuais pelo poder concedente, mediante ação judicial ( ... ).

Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, os serviços prestados pela concessionária não poderão ser interrompidos ou paralisados, até a decisão judicial transitada em julgado.

Referências

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