AS POLÍTICAS DE GESTÃO DE PESSOAS NA REGIONAL JATAI DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS APÓS A CRIAÇÃO DE ESTRUTURA MULTICAMPI
RELATO DE EXPERIÊNCIA DA REGIONAL JATAÍ – UFG
ADM. SIMONE REZENDE DO CARMO Mestre em Administração
O
presente
trabalho
tem
como
objetivo
relatar
as
experiências observadas e vivenciadas, no período de
setembro 2008 a setembro de 2016, sobre as políticas de
gestão de pessoas desenvolvidas na Regional Jataí da
Universidade Federal de Goiás (UFG), após a criação de
estrutura multicampi.
As universidades, por sua própria constituição e natureza,
apresentam
dimensões
diferentes:
acadêmico,
organizacional
e
espacial,
que
são
indissociáveis
e
interdependentes. Quando se pensa na configuração de
estruturas
multicampi,
caracterizadas
por
sua
descentralização
organizacional
e
dispersão
físico-geográfica, essas dimensões afetam profundamente a
instituição e tornam-se fatores críticos para a instituição.
Observou-se que um dos maiores desafios para as políticas de gestão de pessoas na Regional Jataí: é a conquista da autonomia, que esbarra em alguns entraves, como a dependência que existe dos Campi do
interior em relação à sede, que é responsável pelas questões
financeira e de infraestrutura e pelas políticas de desenvolvimento de pessoal, dentre outras. Isso dificulta a execução e agilidade de muitos processos, e, por consequência, as metas que são traçadas pelo referido Campi, que muitas vezes têm que ser alteradas ou reestruturadas para superar as barreiras que são colocadas pela burocracia que impede a eficiência das políticas de gestão de pessoas.
Um outro entrave é a estrutura organizacional, que geralmente segue o modelo das demais organizações do setor público, porém, se adequando mais à chamada burocracia profissional, em que os profissionais (docentes) não somente controlam seu próprio trabalho, como também buscam o controle coletivo sobre as decisões administrativas que os afetam. Em geral, esses profissionais participam e presidem colegiados, desenvolvem suas atividades acadêmicas, além de ocuparem cargos de chefia, o que lhes garante algum controle sobre as decisões que influenciam seu trabalho.
Para Mintzberg (1995) isso resulta, na maioria das vezes, na falta de atenção às políticas de gestão de pessoas dessas instituições.
CONCLUSÃO:
Ao relatar esta experiência, constatou-se que, ao longo dos
últimos oito anos, políticas de gestão de pessoas têm sido
desenvolvidas lentamente em níveis insatisfatórios.
Observou-se que a falta de autonomia, o excesso de
burocracia, a falta de planejamento estratégico e a atual
crise política
tem corroborado
para
uma
estagnação
gerencial, que emperra o desenvolvimento organizacional
da instituição em questão.
SUGESTÃO:
Que dentro das universidades e dos Campi de interior:
Seja difundido a missão institucional para todos os níveis
organizacionais, deixando claras as estratégias e os resultados esperados;
Haja maior compartilhamento de informações, inclusive sobre os
processos de trabalho;
Promova o apoio e o estímulo ao investimento nas políticas de
REFERÊNCIAS
MINTZBERG, H. Criando organizações eficazes. São Paulo: Atlas, 1995. FIALHO, N. H. Universidade multicampi. Brasília: Autores associados: Plano editora, 2005.