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Ortopedia I 1º Skills 2013/2014 1º SKILLS 2013/2014 1) FRACTURAS EXPOSTAS

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(1)

1 João Martins

1º SKILLS 2013/2014

1) FRACTURAS EXPOSTAS

CASO 1

 38 anos, sexo ?

 Vítima de acidente de viação

1) Diagnóstico? Justifique.

 FRACTURA EXPOSTA dos ossos da perna;

o Lesão extensa dos tecidos moles > 10 cm

o Lesão de alta energia com componente de esmagamento significativo; o Sem referência a lesão neuro vascular.

2) Classifique a lesão. Justifique.

 FRACTURA EXPOSTA DE GRAU III B (classificação de Gustilo-Anderson): o Lesão extensa dos tecidos moles > 10 cm

o Exposição óssea sem cobertura adequada

o Possibilidade de contaminação massiva

3) Qual a sua actuação se tivesse recebesse este doente no SAP de Penacova?

 Acidente de alta energia logo, contexto de POLITRAUMATIZADO: o ABC (Airways, Breathing, Circulation) de acordo com ATLS

o Controlo da hemorragia (pressão directa com controle da hemorragia activa; evitar aplicação de torniquete!! )

o Antibioterapia i.v. + profilaxia tétano (Clostridium) o Penso estéril com solução salina

o Estabilização provisória da fractura com tala de arame ou tala pneumática

4) Qual a sua actuação se tivesse recebesse este doente no SAP de Penacova?

Lavagem abundante ferida com soro salino

Desbridamento da ferida (exérese de fragmentos ósseos desvitalizados)  Estabilização da fractura com fixadores externos (osteotáxis)

Cobertura óssea (flap muscular)

---

2) OSTEÍTE/OSTEOMIELITE

CASO 2

 58 anos, sexo ?

 Antecedentes de fractura exposta da tíbia complicada com infecção

 Fistulização crónica evoluindo por surtos  Queda recente

(2)

2 João Martins

1) Descreva as alterações clínicas e RX

 Alterações clínicas:

o Múltiplas feridas com perda de substância e supuração a nível da perna o É visível a exposição óssea da tíbia

 RX - áreas de sequestro ósseo na tíbia (osso nacarado e desvitalizado)

2) Qual o diagnóstico? Justifique

 OSTEÍTE/OSTEOMIELITE:

o Antecedentes de fractura exposta e posterior infecção o Fistulização crónica

3) Perante a lesão cutânea que exame considerava obrigatório pedir? Justifique

Zaragatoa – exame cito-bacteriológico e teste de sensibilidade aos antibióticos  (Exames laboratoriais – Leucócitos, VS e PCR)

4) No presente quadro clínico qual a proposta de tratamento? Justifique

Fenestrectomia, limpeza cirúrgica e sequestrectomia (remoção dos fragmentos ósseos desvitalizados)

 Em caso de grande instabilidade do fragmento ósseo pode ser necessário colocar um

fixador externo

 Em casos arrastados sem resolução e/ou em caso de sépsis pode ser necessária a

amputação

CASO 3

 34 anos, sexo M

 Antecedente de queda com traumatismo da perna direita  Dor, tumefação, impotência funcional, flutuação

 EO: ferida com supuração e exposição óssea

1) Qual a atitude imediata perante esta situação?

Zaragatoa (= atrás)

2) Que exames complementares realizaria e o que resultados esperaria encontrar?

 Análises laboratoriais – leucocitose, aumento da VS e PCR

 RX – zonas de sequestro ósseo (osso desvitalizado)

3) Diagnóstico?

 OSTEÍTE/OSTEOMIELITE

4) Qual o tratamento que preconizava neste caso?

 (= atrás)

(3)

3 João Martins

3) INFECÇÃO PÓS-ATROPLASTIA

CASO 4

 71 anos, sexo F

 Operada a uma gonartrose há 14 meses

 No pós-operatório imediato fez deiscência de sutura e drenagem de serosidade (pensos e antibioterapia)  Dores mistas, impotência funcional, sinais inflamatórios

exuberantes

1) Descreva a imagem radiológica

Prótese total do joelho

 Sinais de erosão, descolamento (nas interfaces osso/cimento e cimento/prótese), linha radiolucente e reabsorção óssea

2) Perante a história clínica e o RX qual o diagnóstico. Justifique

 INFECÇÃO PÓS-ARTOPLASTIA:

o Deiscência de sutura, drenagem de serosidade e antibioterapia o Dores mistas e sinais inflamatórios

o RX - prótese total do joelho cimentada, com sinais de descolamento

3) Como deveria proceder ainda no Serviço de Urgência? Justifique

Artrocentese (aspiração do liquido articular do joelho) para exame cito-bacteriológico:

o Teste mais importante para o diagnóstico de infecção profunda; especificidade, sensibilidade e precisão de 100%

4) Perante a confirmação do seu diagnóstico, qual o tratamento. Justifique

 Manutenção da prótese (controverso) – antibioterapia, irrigação e desbridamento  Substituição da prótese a 2 tempos (tratamento de eleição, > 90% sucessos)

o Remoção a prótese com colocação de espaçador de cimento com antibiótico o Colocação de nova prótese após desaparecimento dos sinais de infecção  Na impossibilidade de colocação de uma prótese:

o Atrodese

 Fixação interna – cavilha

 Fixação externa – fixadores externos o Ressecção artroplástica

o Amputação (casos de septicémia)

CASO 5

 67 anos, sexo F

 Artoplastia total do joelho

 Dor que tem vindo a agravar, inflamação  Derrame volumoso, sinovite

1) Qual a primeira atitude a tomar perante o derrame do joelho?

(4)

4 João Martins

2) Que exames complementares realizaria e o que resultados esperaria encontrar?

 Análises laboratoriais – leucocitose, aumento da VS e PCR

 RX – negativa numa fase inicial; num estado mais avançado pode haver sinais de erosão, descolamento ou reabsorção (sinais tardios)

 Cintigrama osteoarticular – hiperfixação focal

3) Diagnóstico?  INFECÇÃO PÓS-ARTOPLASTIA ---

4) FRACTURA PATOLÓGICA

CASO 6

 64 anos, sexo F

 Sofreu fractura espontânea ao colocar um livro numa estante

1) Descreva a imagem radiológica. Qual o seu diagnóstico. Justifique

 RX:

o Lesão osteolítica na diáfise do úmero com:  Destruição das corticais ósseas  Fractura associada (traço oblíquo)

 FRACTURA PATOLÓGICA, provavelmente associada a metástase óssea

o Idade

o Fractura espontânea sem história traumática prévia o Presença de lesão pré- existente

2) Como orientaria o interrogatório desta doente?

 História de neoplasia prévia (mama, rim, tiróide, pulmão, útero, ovários, melanoma)  História familiar de neoplasias

3) Que exames solicitaria? Justifique

 Pesquisa do tumor primitivo: o Exames laboratoriais

o Imunoeletroforese das proteínas o Cintigrama osteoarticular

o RX e TAC tórax

o TAC abdominopélvica

 Estabelecer ou confirmar diagnóstico: o Biópsia

4) Qual o tratamento proposto? Justifique

 Tratamento da dor:

o Radioterapia – diminuição efectiva da dor em 53% casos. o Agentes não narcóticos

o Adjuvantes: corticóides, bifosfonados (diminuem o risco de fracturas patológicas), neuropáticos, antidepressivos e ansioliticos

(5)

5 João Martins o Opióides o Bloqueios nervosos  Estabilização cirúrgica: o Encavilhamento endomedular o Cimento o Placas

CASO 7

 11 anos, sexo ?

 Sem queixas prévias ou antecedentes relevantes

 Ao fazer movimento de torção do braço sentiu um estalido acompanhado de dor intensa

1) Descreva as alterações radiológicas. Como classifica esta fractura? Justifique

 Lesão radiotransparente do úmero proximal (junto da metáfise): o Central

o Bem limitada

o Com ligeira insuflação da cortical

o (Sem separação óssea ou loculação)

o Presença de traço de fractura oblíquo ou em espiral

2) Possíveis causas para a fractura. Qual a hipótese de diagnóstico mais provável?

 Presença de lesão patológica prévia que terá debilitado o segmento ósseo  FRACTURA PATOLÓGICA, provavelmente associada a quisto ósseo simples

3) Que tratamento proporia? Justifique

 Por se tratar de um doente jovem, imobilização com gesso braquipalmar para consolidação da fractura + vigilância (a maioria dos quistos ósseos simples desaparecem espontaneamente)

 Intervenção cirúrgica (= atrás)

---

5) PSEUDARTROSE

CASO 8

 31 anos, sexo ?

 Vítima de acidente de viação com fractura dos ossos da perna  Fez tratamento conservador

 Rx de controlo aos 6 meses

1) Descreva a imagem radiológica

Foco de fractura visível

Ausência de calo ósseo

 Reabsorção e esclerose dos topos ósseos (bordos arredondados)  Canal medular obliterado

(6)

6 João Martins

2) Qual o seu diagnóstico? Justifique

 PSEUDARTROSE

o Não-encerramento da fractura ao fim de 6 meses de imobilização o Características radiográficas

3) Perante o seu diagnóstico que tipo de diferentes formas de apresentação dessa complicação de fractura conhece e quais as suas diferenças?

 Pseudartrose Atrófica/Fibrosa:

o Proliferação de tecido conjuntivo fibroso denso

o Ausência de calo ósseo

o Não há preenchimento do foco de fractura  Pseudartrose Hipertrófica/Cartilagínea:

o Foco de fractura preenchido por tecido fibrocartilagíneo não unido

o Presença de calo ósseo - calo continua a alargar tentando rodear a pseudartrose que se forma, levando à formação de uma massa grande de osso em torno do foco de fractura (no RX surge imagem em “pata de elefante”)

4) Como designa este caso e qual o seu tratamento? Justifique

 PSEUDARTROSE ATRÓFICA

 Colocação de enxerto ósseo e osteossíntese rígida com placa e parafusos  (Nota: a pseudartrose hipertrófica apenas requer osteossíntese)

CASO 9

 38 anos, sexo M

 Traumatismo directo do antebraço com fractura diafisária do cúbito  Fez imobilização braquipalmar durante 3 meses

 Como ao fim de 3 meses de imobilização ainda não apresentava calo ósseo, fez mais 3 messes de gesso

 Agora (ao fim de 6m): dor, fractura não encerrou, sem calo ósseo

1) Qual o tipo específico de lesão? Justifique

 PSEUDARTROSE ATRÓFICA

o Traço de fractura visível ao fim de 6 meses

o Ausência de calo ósseo

o Reabsorção e esclerose dos topos ósseos (bordos arredondados) o Obliteração do canal medular

2) Quais as causas desta patologia? Quais as causas possivelmente implicadas neste caso?

 Causas:

o Infecção

o Interposição de tecidos moles no foco de fractura o Topos isquémicos (vascularização deficiente)

o Imobilização inadequada (mobilidade excessiva dos topos) o Distração dos topos

 Neste caso:

o Imobilização inadequada o Interposição de tecidos moles

(7)

7 João Martins

3) Qual o tratamento que proporia ? Justifique

 (= atrás)

---

6) QUISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO

CASO 10

 22 anos, sexo ?

 Alargamento progressivo da região metáfiso-diafisária da tíbia, provocando deformidade visível

 Dores de predomínio mecânico

1) Descreva as imagens radiológicas

 RX:

o Lesão osteolítica excêntrica na metáfise proximal da tíbia o Insuflação da cortical óssea

o Fina zona reactiva envolvente por vezes interrompida por padrão finamente trabecular

 TAC – presença de níveis líquidos

2) Qual o seu diagnóstico? Exames complementares? Justifique

 QUISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO

o Idade (++ nos adolescentes e jovens adultos) o Localização (++ nas metáfises dos ossos longos) o Características radiográficas

 Punção/aspiração: presença de sangue

 Cintigrama osteoarticular: hiperfixação focal (aspecto em “dognuth”)

 RM: sinal intenso em T2 (intermédio em T1)

3) Qual o tratamento que proporia para este caso? Justifique

 Lesões latentes: a regressão espontânea é possível (ocasionalmente)  Lesões latentes e activas: (boa resposta)

o Radioterapia (20 grey) o Embolização

o Curetagem

 Lesões agressivas - tratamento cirúrgico: o Curetagem e cimentação o Excisão marginal em bloco

4) Quais os diagnósticos diferenciais que deveria considerar. Justifique

 Condroblastoma  Osteoblastoma

 Tumor de Células Gigantes  Osteossarcoma Teleangectiásico

(8)

8 João Martins

CASO 11

 15 anos, sexo M

 Dores de predomínio nocturno no braço esquerdo

 Fez tratamento na Ortopedia há 2 anos: 2x infiltração com corticóides  Há 5 dias com agravamento da dor

 Aspiração com agulha: sangue

1) Qual o diagnóstico? Justifique

 QUISTO ÓSSEO ANEURISMÁTICO

o Idade (++ nos adolescentes e jovens adultos) o Localização (++ nas metáfises dos ossos longos) o Presença de sangue à aspiração

o Características radiográficas (= atrás)

2) Que outros exames complementares solicitaria e o que resultados esperaria encontrar?

 (= atrás)

3) Que tratamento proporia? Justifique

 (= atrás)

---

7) DISPLASIA FIBROSA

CASO 12

 13 anos, sexo M

 Deformidade progressiva da coxa esquerda  Dores de predomínio mecânico

1) Descreva o quadro clinico e as imagens radiológicas. Atente na deformidade do fémur proximal; qual a sua designação?

 Quadro clínico: jovem de 13 anos com deformidade óssea do fémur esquerdo  RX - lesão radiotransparente na região proximal do fémur:

o Com aspecto de vidro esmerilado

o Circundada por margem de osso activo  Deformidade em cajado de pastor

2) Qual o seu diagnóstico? Justifique

 DISPLASIA FIBROSA MONOSTÓTICA o Idade (++ entre os 5 e os 15 anos) o Deformidade dos ossos de carga (fémur) o Dor de predomínio mecânico

(9)

9 João Martins

3) Que outra forma conhece desta doença? Quais as suas localizações principais?

Displasia fibrosa poliostótica  generalizada

 (Displasia fibrosa monostótica  crânio, fémur proximal e tíbia)

4) Indicações para tratamento cirúrgico? Que cuidados se deverá ter quanto aos meios de preenchimento das locas provocadas pelas lesões?

 Indicações:

o Correcção das deformidades incapacitantes o Prevenção de fracturas patológicas

 Preenchimento das locas preferencialmente com enxertos corticais (enxertos esponjosos têm alta taxa de recidivas)

CASO 13

 14 anos, sexo M

 Várias deformidades ósseas: na região proximal da coxa e cotovelo  Dor ligeira, de predomínio mecânico

1) Descreva as imagens radiológicas apresentadas. Cite o termo clínico pelo qual é conhecida a deformidade apresentada.

 (= atrás)

2) Da história e alterações radiológicas, qual o diagnóstico mais provável?

 DISPLASIA FIBROSA POLIOSTÓTICA o Idade (++ entre os 5 e os 15 anos)

o Presença de múltiplas deformidades ósseas (poliostótica) o Dor de predomínio mecânico

o Características radiológicas

3) Que tratamento proporia para este tipo de lesões? Justifique

 (= atrás)

---

8) OSTEOCONDROMA

CASO 14

 27 anos, sexo M

 Dores de predomínio mecânico  Evolução lenta

1) Perante o quadro clinico e a imagem radiológica qual o seu diagnóstico? Justifique

 OSTEOCONDROMA:

o Idade (doente jovem), dor mecânica, evolução lenta

o RX - Imagem de saliência óssea pediculada a nível da metáfise proximal da tíbia, cortical, com aparente continuidade da zona medular

(10)

10 João Martins o Imagem de saliências ósseas bilaterais  possível quadro de exostose

múltipla hereditária

2) Indicação para cirurgia neste tipo de lesões. Justifique

 Se houver sintomatologia por compressão das estruturas envolventes (músculos, fáscias, tendões e ligamentos)

3) Hipótese de malignização? Diagnóstico? Justifique

 No caso de exostoses múltiplas hereditárias existe possibilidade de malignização para

CONDROSSARCOMA

4) Importância da RMN nestas lesões. Justifique

 Identificação da lesão

 Boa visualização da capa cartilagínea

CASO 15

 19 anos, sexo M

 Dores de predomínio mecânico e tumefacção na face anterior da tíbia  Evolução lenta

1) Interprete a imagem radiológica e justifique

 Imagem de saliência óssea pediculada a nível da metáfise proximal da tíbia,

cortical, com aparente continuidade da zona medular

2) Qual o diagnóstico e o que necessitaria em termos de mais exames complementares para o seu estudo. Que esperaria encontrar? Justifique

 OSTEOCONDROMA

 Cintigrama osteoarticular: hiperfixação focal

 TAC e RM: permitem avaliar o revestimento cartilagíneo que reveste o tumor

3) Que tratamento proporia? Justifique

 Exérese cirúrgica por se tratar de uma lesão sintomática (idealmente deve aguardar-se até ao fim do crescimento ósseo de forma a diminuir o risco de recidiva)

---

9) OSTEOMA OSTEÓIDE

CASO 16

 23 anos, sexo ?

(11)

11 João Martins

1) Descreva as imagens radiológicas. Qual o seu diagnóstico? Justifique

 Radiologia:

o Zona de esclerose intensa na cortical óssea da diáfise do fémur (osso reactivo) o Presença de pequena região central radiotransparente (“Nidus”), oval ou

arredondada

 TAC: boa visualização da lesão e do Nidus  OSTEOMA OSTEÓIDE

o Idade (++ em idade jovem) o Predomínio nocturno da dor

o Localização (++ cortical de ossos longos) o Características radiográficas típicas

2) Que prova terapêutica poderia fazer? Justifique

Administração de AAS, para avaliação da resposta à dor nocturna (alivia)

3) Que outros exames solicitaria? Justifique

 Cintigrama osteoarticular: hiperfixação difusa intensa

 RM: Nidus apresenta sinal intenso em T2 (intermédio em T1)  bom método para encontrar o Nidus no canal medular

4) Descreva as modalidades terapêuticas que conhece para esta lesão? Qual a sua opção? Justifique

 Vigilância: não aumenta de dimensões e normalmente regride espontaneamente,

desaparecendo ao fim de 3-5 anos

 Tratamento não cirúrgico: o Termoablação

o Rimagem

 Tratamento cirúrgico:

o Excisão marginal em bloco

o “Shaving” intracapsular (alta taxa de recidiva)

CASO 17

 16 anos, sexo M

 Dores de predomínio nocturno na perna  Alivia após administração de AAS

5) Imagens radiológicas e diagnóstico? Justifique

 Radiologia

o Zona de esclerose intensa na cortical óssea da metáfise distal do fémur (osso reactivo)

o Presença de pequena região central radiotransparente (“Nidus”), oval ou arredondada

 OSTEOMA OSTEÓIDE

o Idade (++ idades jovens) o Predomínio nocturno da dor o Alívio com AAS

(12)

12 João Martins o Localização (++ cortical de ossos longos)

o Características radiográficas típicas

6) Que outros exames complementares solicitaria e o que resultados esperaria encontrar?

 (= atrás)

7) Que tratamento proporia? Justifique

 (= atrás)

---

10) TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES

CASO 18

 32 anos, sexo F

 Dores mistas no joelho com 6 meses de evolução

 Nos últimos 2 meses as dores tornaram-se mais intensas e permanentes.

1) Descreva a imagem radiológica. Classifique-a

 Lesão radiotransparente na região distal do fémur o Oesteolítica

o Limites bem definidos

o Atravessa a placa epifisária  Estadio 2 (activo)

2) Perante a história e a imagem radiológica quais os outros exames complementares que solicitaria? Justifique.

 Cintigrama osteoarticular: hiperfixação focal (aspecto em “dognuth”)  TAC: permite avaliar os limites da lesão; lesão normalmente septada

 RM: sinal intenso em T2 (intermédio em T1); frequentemente heterogéneo (necrose/hemorragia)

 Biópsia: presença de inúmeras células gigantes

3) Qual o seu diagnóstico? Diagnóstico diferencial? Justifique

 TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES o Idade (entre os 20 e 40 anos)

o Localização (++ epífises dos ossos longos; 50% na periferia do joelho) o Crescimento rápido

o Características radiológicas  DD:

o Condroblastoma (++ antes dos 30anos)

o Quisto Ósseo Aneurismático (++ antes dos 20 anos)

4) Qual a sua proposta de tratamento? Justifique

 Curetagem com colocação de enxerto ósseo  Curetagem com aplicação de nitrogénio líquido  Excisão marginal em bloco

(13)

13 João Martins

CASO 19

 41 anos, sexo F

 Dor no joelho com 5 meses de evolução

 Dor inicialmente associada ao movimento; desde há 2 semanas de predomínio nocturno

 Dor à palpação, tumefacção

1) Descreva a imagem radiológica. Possíveis diagnósticos? Justifique

 Lesão radiotransparente na região proximal da tíbia (epífise/metáfise) o Oesteolítica

o Limites mal definidos

o Destruição da cortical e extensão para os tecidos moles adjacentes  TUMOR DE CÉLULAS GIGANTES

o Idade (entre os 20 e 40 anos)

o Localização (++ epífises dos ossos longos; 50% na periferia do joelho) o Dor e tumefacção

o Características radiológicas  DD:

o Condroblastoma (++ antes dos 30anos)

o Quisto Ósseo Aneurismático (++ antes dos 20 anos)

2) Que exames solicitaria para esclarecer esta lesão e o que esperaria neles encontrar? Justifique.

 Cintigrama osteoarticular:

o hiperfixação focal (estadio 1/2)

o hiperfixação difusa, ultrapassando os limites radiológicos da lesão (estadio 3)  TAC: permite avaliar os limites da lesão; lesão normalmente septada, realça com

administração de contraste

 RM: sinal intenso em T2 (intermédio em T1); frequentemente heterogéneo (necrose/hemorragia)

 Biópsia: presença de inúmeras células gigantes

3) Que tratamento proporia? Justifique

 Estadio 1: vigilância, curetagem  Estadio 2:

o Curetagem com colocação de enxerto ósseo o Curetagem e aplicação de nitrogénio líquido o Excisão marginal em bloco

 Estadio 3 - igual ao estadio 2 mais: o Excisão alargada

o Radioterapia

(14)

14 João Martins

11) CONDROSSARCOMA

CASO 20

 56 anos, sexo ?

 Dores na coxa com cerca de 3 meses de evolução  Dores mistas de predomínio nocturno

1) Descreva a imagem radiológica. Classifique-a

 Lesão ao nível da bacia: o Muito mineralizada

o Margens bem definidas o Padrão em pipoca

 Estadio I

2) Quais os exames complementares que pediria para esclarecer este caso? O que esperaria encontrar nesses exames?

 Cintigrama osteoarticular: hiperfixação focal marginal(estadio I)  TAC: lesão muito calcificada, padrão em pipoca (estadio I)  RM: sinal pouco intenso e heterogéneo (estadio I)

 Biópsia

3) Qual o diagnóstico? Justifique

 CONDROSSARCOMA

o Idade (++ entre os 40 e os 70 anos)

o Localização (++ na bacia, ombro e ossos longos proximais) o Dor de predomínio nocturno

o Características radiológicas

4) Qual o tratamento proposto?

 Não responde à quimio-/radioterapia!!

Exérese cirúrgica da lesão com margens alargadas (estadio I)

CASO 21

 61 anos, sexo M

 Dor e impotência funcional no ombro com 6 meses de evolução  Dor de predomínio nocturno

1) Interprete a imagem radiológica

 Lesão na região proximal do úmero (epífise/metáfise): o Muito mineralizada (estadio I)

o Margens relativamente bem definidas o Padrão em pipoca, aspecto em anéis/arcos

2) Hipóteses diagnósticas? Justifique

 CONDROSSARCOMA (provavelmente estadio I) o Idade (++ entre os 40 e os 70 anos)

(15)

15 João Martins o Dor de predomínio nocturno

o Características radiológicas

3) Que exames pedia para esclarecer o diagnóstico e o que esperaria encontrar? Justifique

 Cintigrama osteoarticular:

o hiperfixação focal marginal(estadio I) o hiperfixação difusa intensa(estadio II)  TAC:

o Lesão muito calcificada, padrão em pipoca (estadio I) o Lesão osteolítica, calcificações punctiformes (estadio II)  RM:

o Sinal pouco intenso e heterogéneo (estadio I) o Sinal muito intenso e homogéneo (estadio II)  Biópsia

4) Em geral qual a proposta de tratamento? Justifique

 Não responde à quimio-/radioterapia!!  Exérese cirúrgica da lesão com margens:

o Alargadas (estadio I) o Radicais (estadio II)

---

12) SINOVIOSSARCOMA

CASO 22

 43 anos, sexo F

 Massa de tecidos moles com cerca de 13 meses de evolução

1) Comente as imagens apresentadas

 RX: massa de tecidos moles na face posterior da articulação do joelho  Peça de ressecção: evidencia a massa de tecidos moles

2) Qual o seu diagnóstico? Justifique

 SINOVIOSSARCOMA o Idade (++ jovens)

o Características da massa

o Localização (++ junto a articulações e bainhas tendinosas) o Velocidade de crescimento

o Características radiográficas e histológicas

3) Qual o tratamento que proporia? Justifique

Radioterapia (pré- e pós-operatória) Exérese cirúrgica alargada ou radical

 Quimioterapia

4) Se fosse uma criança qual seria a hipótese diagnóstica mais provável? Justifique

(16)

16 João Martins

CASO 23

 23 anos, sexo M

 Massa de tecidos moles na face posterior da mão com 3 meses de evolução; crescimento rápido

 Dor de predomínio nocturno

 Palpação: massa duro-elástica, pouco móvel, aderente aos planos profundos

1) Baseado na história e RX qual o diagnóstico? Justifique

 SINOVIOSSARCOMA o Idade (++ jovens)

o Características da massa

o Localização (++ junto a articulações e bainhas tendinosas) o Velocidade de crescimento

o Características radiográficas: massa com densidade de tecidos moles

2) Exames complementares para esclarecer o seu diagnóstico

 Cintigrama osteoarticular: hiperfixação focal

 TAC (lesional): permite avaliar a extensão da lesão, a presença de calcificações e o grau de invasão óssea

 RM (lesional): permite visualizar bem o tumor (densidade de tecidos moles); tumor heterogéneo e septado

 Angiografia

 Biópsia: padrão bifásico (células sinoviais arredondadas e células fusiformes)

3) Outros exames?

 TAC: pesquisa de metástases linfáticas e pulmonares  Pesquisa de linfoma (??)

4) Que tratamento proporia? Justifique

Radioterapia (pré- e pós-operatória) Exérese cirúrgica alargada ou radical

Referências

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