Explicando o Plano Diretor como instrumento
básico da Política Urbana
OFICINA MUNICIPAL
Arquiteta e Urbanista MARGARETH MATIKO UEMURA
PLANO DIRETOR
O Plano Diretor é uma lei municipal, aprovada na Câmara, que
corresponde ao conjunto de
regras básicas de uso e ocupação do
solo,
definidas a partir de “problemáticas” identificadas para
atender a um ”cenário” de desenvolvimento desejado, que
orientam e regulam a ação dos agentes sociais e econômicos sobre
o território de todo o município e deve ser elaborado com ampla
Critérios de obrigatoriedade para elaboração de Planos
Diretores e Setoriais
• Municípios maiores de 20 mil habitantes
• Integrantes - Região Metropolitana e Aglomerados Urbanos
• Municípios turísticos e inseridos em sítios tombados pelo patrimônio histórico • Municípios onde são instalados grandes projetos de impacto urbano/ ambiental
Quadro do porte dos municípios - Brasil
Municípios até 20 mil habitantes Municípios de 20 a 100 mil habitantes Municípios de 100 a 500 mil habitantes Municípios de 500 mil a 1 milhão de habitantes Municípios com mais de 1 milhão de habitantes 3804 1445 274 30 17
Fonte: Estimativas de população de 2019, IBGE
Municípios até 20 mil habitantes, integrados em regiões metropolitanas
706
Total: 5570 municípios Com obrigatoriedade: 2569 municípios 3 39 121 147 1116 1143 0 200 400 600 800 1000 1200 1400
1A- Acima de 500 mil hab 1B - Acima de 500 mil hab em RM 2A- De 100 a 500 mil hab 2B- De 100 a 500 mil hab em RM 3A-Até 100 mil hab 3B- Até 100 mil hab em RM
Municípios por grupo (com obrigatoriedade)
1% 33% 12% 18% 23% 13%
Distribuição População por portes
1A- Acima de 500 mil hab
1B - Acima de 500 mil hab em RM
2A- De 100 a 500 mil hab
2B- De 100 a 500 mil hab em RM
3A-Até 100 mil hab
3B- Até 100 mil hab em RM
Desafios – Construir uma agenda inclusiva e que incorpore
os instrumentos e as ferramentas de planejamento
• Informação– avançar na compreensão do território
Cadastro multifinalitários, Mapas georeferenciados
• Integração das Politicas Setoriais- mobilidade, habitação,
saneamento, educação, saúde.
• Integração das novas agendas – Agenda Urbana e os ODS
• Identificar a problemática que se deseja trabalhar, fazendo
a relação entre a estratégia de enfrentamento do
problema
territorial
(urbano,
rural,
natural)
e
a
demarcação para a aplicação o instrumento urbano,
juridico, tributário (urbano, fiscal, territorial) que viabiliza a
Desafios – Construir uma agenda inclusiva
• Investimentos – PPA
• Retomar ”Orçamento participativo”
• Gestão – Estrutura técnica
• Processo Participativos - Novas agendas, Novas pautas, novas
formas de comunicação.
• Espaços institucionalizados passaram a ser formais e as
decisões importantes passando ao largo dessas instancias.
• Mapas colaborativos presenciais/ mapas mentais/mapas
colaborativos por app./ Banco de ideias/ grupos focais/
grupos temáticos.
CONSTITUIÇÃO (1988)
ESTATUTO DA CIDADE (2001)
PLANOS DIRETORES
PLANOS SETORIAIS - PLHIS ( 2012)- MOBILIDADE (2022 e 2023) – SANEAMENTO (2022)
ESTATUTO DA METROPÓLE (2015) Mcidades (2003) e a criação do SISTEMA DE DESENVOLVIMENTO URBANO
POLÍTICA TERRITORIAL BRASILEIRA PRINCÍPIOS NORTEADORES Estatuto da Metrópole (2015) Estatuto da Cidade (2001)
Garantir a função social da cidade e a função social da propriedade;
Planejamento e a gestão democrática;
A justa distribuição dos ônus e benefícios da urbanização.
Constituição Federal
(1989)
Prevalência do interesse comum sobre o local, respeitada a autonomia dos entes;
O compartilhamento das
responsabilidades na promoção do desenvolvimento urbano integrado; Efetividade no uso dos recursos
As cidades brasileiras refletem, espacialmente e territorialmente, os graves
desajustes históricos e estruturais da nosso modelo de urbanização.
Modelo– excludente que se conformou pela expansão periféricas, sem infraestrutura,
sem acesso a serviços públicos - muitas vezes por politicas promovida pelo estado.
O modelo de urbanização ampliou a desigualdade no acesso aos direitos sociais da
população urbana que tem um recorte claro de raça e de renda.
1. Promover a redução das desigualdades sociais e a justa distribuição dos recursos no território – MACROZONEAMENTO/ ZONEAMENTO/
PARÂMETROS DE USO E OCUPAÇÃO/ INSTRUMENTOS URBANISTICOS
(OUTORGA, ZEIS, PREEMPÇÃO)
2. Otimizar a utilização do território e da infraestrutura instalada
garantindo sua função social - COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO (CA) MÍNIMO,BÁSICO e MAXIMO
3. Melhorar a qualidade da vida ambiental e urbana nos bairros
4. Incentivo ao transporte público coletivo e ao transporte individual não motorizado
5. Garantir condições para o desenvolvimento econômico da cidade 6. Zonas Especiais
• Garantir a preservação ambiental de espaços ambientalmente protegidos e assegurar a fruição para moradores e turistas
• Garantir a preservação do Patrimônio Histórico e da Paisagem – associadas a incentivos tributários e fiscais
• Garantir moradia digna e ampliar a regularização fundiária – Zonas Especiais (ZEIS)
9. Dar maior efetividade ao sistema municipal de planejamento e gestão urbana
planos diretores ● macrozoneamento ● zoneamento ● zonas especiais ● tributação urbanística planos setoriais ● his ● mobilidade ● saneamento ● ... regulação urbana ● lei de uso e ocupação do solo (diretrizes, parâmetros) ● cód. obras organização institucional
● atualização de banco de dados ● atualização cadastral
● planta georreferenciada ● atualização da PGV ● cadastro multifinalitário
Sistema Nacional de Desenvolvimento
Urbano - Ordenamento territorial
Planejamento + Investimentos + Gestão Pública Política Plano Diretor Planos Setoriais Regulação (Urbana+tributária) Programas Projetos Recursos Orçamentários Cooperações Parcerias Financiamentos Estrutura Institucional Instrumentos de Gestão: Avaliação e Monitoramento
Política Urbana
BASE TERRITORIAL
Conflitos Demarcação no Território Preparação Lançamento Cronograma Coord. compartilhada Leitura Comunitária Leitura Técnica Análise da legislação urbanística e \ambiental Eixos estratégicos Propostas
Entrega do PL à Câmara Municipal Projeto de Lei Estratégias e instrumentos Mobilização Capacitação Comunic. social Consulta Deliberação
PLANO DIRETOR
Direito à propriedade está condicionado às normas de uso e ocupação
Direito à propriedade está condicionado ao cumprimento de sua função social – estabelecida pelo município, seguindo as diretrizes da política nacional
FUNÇÃO SOCIAL DA CIDADE E DA PROPRIEDADE
Lei de mananciais – 1975
PEUC , IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO, DESAPROPRIAÇÃO COM TÍTULO DA DÍVIDA
PREMISSAS DO ZONEAMENTO PROPOSTO
DIVERSIFICAR USOS E PORTES POR ZONAS, PROPICIANDO O SURGIMENTO DE CENTRALIDADE DE BAIRROS, REDUZINDO OS DESLOCAMENTOS REVERTER O PADRÃO DE URBANIZAÇÃO DISPERSA
PEUC , IPTU PROGRESSIVO NO TEMPO, DESAPROPRIAÇÃO COM TÍTULO DA DÍVIDA
PREMISSAS DO ZONEAMENTO PROPOSTO
AMPLIAR A CAPACIDADE CONSTRUTIVA NAS ÁREAS
COM INFRAESTRUTURA CONSOLIDADA, POSSIBILITANDO A OCUPAÇÃO DOS VAZIOS URBANOS EM ÁREAS CENTRAIS
GERAR EFICIÊNCIA NA MOBILIDADE URBANA: A DENSIFICAÇÃO PROMOVE MAIOR CIRCULAÇÃO DE PEDESTRES E CICLISTAS, O QUE AUMENTA O
MOVIMENTO NO COMÉRCIO E SERVIÇOS DE RUA, MELHORANDO, INCLUSIVE, A SEGURANÇA URBANA
INSTRUMENTOS DE DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO URBANA
PREMISSAS DO ZONEAMENTO PROPOSTO
EXPANDIR ÁREAS DE PROMOÇÃO ECONÔMICA, A FIM DE ATRAIR NOVOS INVESTIMENTOS E POTENCIALIZAR O
DESENVOLVIMENTO MUNICIPAL
DELIMITAR ÁREAS DE INTERESSE SOCIAL, PROPICIANDO QUE AS POPULAÇÕES MAIS CARENTES PERMANEÇAM E CONSIGAM TER ACESSO A MORADIA EM ÁREAS
BEM INFRAESTRUTURADAS
PROMOVER A
DIVERSIFICAÇÃO DE USOS DENTRO DAS ZONAS
Zonas exclusivamente residenciais
Informalidade periférica
Zonas mistas
Zonas industriais
Morfologias resultantes da lei de Zoneamento
Zonas industriais Zonas Mistas de alta densidade Zonas mistas Zonas exclusivamente residenciaisMunicípio de São PauloRendimento nominal mensal dos domincílios particulares permanentes até 3 SM até 5 SM 5 a 10 SM acim a de 10 SM 197018% 53% 17% 30% 198024% 55% 21% 24% 199140% 59% 22% 19% 200034% 54% 23% 23% 201063% 77% 13% 10% Fonte: Censo demográfico 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010, IBGE.
Município de São Paulo
Rendimento nominal mensal dos domicílios particulares permanentes
até 3 SM
até 5 SM
5 a 10 SM
+ 10 SM
1970
18%
53%
17%
30%
1980
24%
55%
21%
24%
1991
40%
59%
22%
19%
2000
34%
54%
23%
23%
2010
63%
77%
13%
10%
Distribuição das favelas em SP, 2010
PD São Paulo (2014)
ESTATUTO DA CIDADE 2001) BUSCA DIALOGAR COM A REALIDADE DA EXCLUSÃO
Jardins, São Paulo, SP
Densidade média: 50 hab/ha
FONTE: Bairro Legal,LABHAB/ FAUUSP, 2002 MAGENS: Google Earth, 2007
Tecidos urbanos com baixas densidades e pouca
urbanidade.
PRODUÇÃO FORMAL DE HABITAÇÃO DE ALTA RENDA COMO FORMA DE CONCENTRAÇÃO DE RENDA
Loteamentos Irregulares
Jd. Angêla, São Paulo,SP
Densidade média: 400hab/ha
FONTE: Bairro Legal,LABHAB/ FAUUSP, 2002 MAGENS: Google Earth, 2007
Tecidos urbanos com
grandes densidades e pouca urbanidade.
PRODUÇÃO INFORMAL DE HABITAÇÃO POPULAR COMO FORMA DE EXPANSÃO DAS FRONTEIRAS URBANAS
Finalidade:
Definir porções do Território no Plano Diretor destinadas prioritariamente:
• à regularização Fundiária e a
• provisão de habitação de interesse social – HIS e Habitação de Mercado popular - HMP
• áreas públicas ou particulares ocupadas por assentamentos de população de baixa renda devendo o Poder Público promover a regularização fundiária e urbanística, com implantação de equipamentos público
• terrenos não edificados e imóveis subutilizados ou não utilizados, necessários à implantação de programas habitacionais de interesse social, que deverão ser urbanizados e dotados de equipamentos públicos
• terrenos não edificados e imóveis subutilizados ou não utilizados, localizados em Áreas de Reestruturação Urbana ou Áreas Centrais, onde haja interesse público em produzir HIS e HMP
• Criação de novas Zonas, substituindo antigas ZEIS 1
Com o objetivo de fomentar os usos mistos e a geração de empregos nos bairros com predominância da população de baixa renda. A única modalidade residencial permitida é HIS.
• Zona Centralidade lindeira à ZEIS (ZC-ZEIS)
Incide em lotes localizados em ZEIS 1 e que sejam lindeiros a determinadas vias internas ou limítrofes às ZEIS (neste caso, a maior parte deles esta em situação irregular).
Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS
Inovações
• Zona Mista de Interesse Social (ZMIS)
Incide em áreas anteriormente demarcadas como ZEIS-1 e que tenham sido regularizadas e urbanizadas (por exemplo, conjuntos habitacionais)
• Zona Mista de Interesse Social Ambiental (ZMISa)
Incide em áreas de assentamentos habitacionais populares regularizados, conjugados ou não com usos não residenciais, localizadas na Macrozona de Proteção e Recuperação Ambiental
Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS
Inovações
Produção de HIS e HMP
• HIS 1 – 3 salários mínimos • HIS 2 – 6 salários mínimos
• HMP não pode urltrapassar 10 sm
• Indicação da demanda para HIS é feita pelo Município
• Conselho Gestor deve ser instituido para ZEIS 1 e ZEIS3 para acompanhamento da elaboração do Plano de Urbanização
• Nas ZEIS de áreas de urbanização é o Poder Público que promove o Plano de Urbanização, envolvendo sempre a comunidade local com formação de Conselho Gestor de ZEIS
• ZEIS em Operações Urbanas
• Parâmetros para a regularização edilícia HIS e HMP e atividades comerciais
• Criação do Parcelamento de Interesse Social – PIS
Não previsão de áreas públicas (verde, institucional e sistema viário) nos casos de produção de EHIS e EHMP.
Zonas Especiais de Interesse Social – ZEIS
Inovações
INOVAÇÃO - Cota de Solidariedade
Consiste na produção de Habitação de Interesse Social pelo próprio promotor, doação de terrenos para produção de HIS ou a doação de recursos ao Município para fins de produção de Habitação de Interesse Social e equipamentos públicos sociais complementares à moradia.
REGRAS: Os empreendimentos com área construída computável superior a 20.000m² ficam obrigados a destinar 10% da área construída computável para Habitação de Interesse Social, voltada a atender famílias com renda até 6 (seis) salários mínimos.
OU o empreendedor poderá:
I - produzir Empreendimento de HIS com no mínimo a mesma área construída em outro terreno, desde que situado na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana
II - doar terreno de valor equivalente a 10% (dez por cento) do valor da área total do terreno do empreendimento situado na Macrozona de Estruturação e Qualificação Urbana
III - depositar no Fundo de Desenvolvimento Urbano - FUNDURB, em sua conta especifica para Habitação de Interesse Social, 10% (dez por cento) do valor da área total do terreno destinado à aquisição de terreno ou subsídio para produção de HIS, preferencialmente em ZEIS 3.
ZONEAMENTO (LEI DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO)
• Parâmetros de ocupação para cada área da cidade.
Ex.: gabarito, taxa de ocupação, taxa de permeabilidade, recuos,
coeficientes de aproveitamento máximo, etc
• Usos permitidos considerando atividades incômodas que
possam prejudicar a qualidade de vida
• Zonas de exclusividade (ou de exclusão) e separação de
padrões urbanísticos (ou de renda)
POR QUE DEVEMOS COMBATER E UTILIZAR OS VAZIOS URBANOS?
•
Para fazer cumprir a função social da propriedade
•
Para promover uma urbanização compacta
•
Para utilizar todo o potencial investido na infraestrutura urbano já existente
•
Para evitar subutilização do sistema viário
•
Para não transformar estes locais em lixões, becos e ou terrenos baldios
inseguros
•
Para evitar o uso especulativo da terra
•
Para promover a utilização adequada dos espaços da cidade, de acordo com
suas demandas (habitacional, comercial, serviços, equipamentos, etc)
BACIAS HIBROGRÁFICAS Nas bacias críticas poderá ser pedido a execução de sistema de captação, armazenamento e
disposição de águas pluviais, para terrenos com área a ser definida no Plano Diretor ou na Lei de Zoneamento.
Vamos definir Parâmetros Urbanísticos
• Coeficientes de aproveitamento: • Mínimo – define a subutilização
• Básico – Direito de construir sem contrapartida
• Máximo – diferencia locais onde as regras do Município (zoneamento) permite construir mais ou menos
PLANO DIRETOR - Parâmetros Urbanísticos
Coeficiente de Aproveitamento
A Taxa de Ocupação mede a projeção da edificação sobre o terreno
10%20%30%40%50%60%
As Taxas de Ocupação podem variar por Zona da Cidade
10% 20% 30% 40% 70% 90%
Á r e a d o t e r r e n o = 1 0 0 0 , 0 0 m ² C A = 3 a + b + c + d = 3 0 0 0 , 0 0 m ² a b c d a + b + c + d
PLANO DIRETOR - Parâmetros Urbanísticos
Coeficiente de Aproveitamento
Parâmetros Urbanísticos
Parâmetros Urbanísticos
GabaritosA ltu ra d a Ed ifi caçã o Cota 0 A ltu ra M áxi ma
Parâmetros Urbanísticos
Gabaritos• O estado deve promover a justa distribuição de ônus e benefícios da urbanização,
• recuperar para sociedade a valorização resultante das obras públicas
• estabelecer o cumprimento da função social da propriedade com a ampliação do acesso à terra urbanizada, possibilitando na sua gestão aumentar a oferta de terras no mercado e na produção de lotes urbanizados, na medida que disponibilizam áreas que em muitos casos estão retidas para fins
especulativos.
A recuperação social da valorização do solo obtida como resultado dos investimentos públicos deve ser operada com vistas à efetivação da função social da propriedade
Instrumentos de Recuperação e Valorização do acesso a
terra
Democratização do acesso a terra /Combate a especulação
imobiliária/ Regulação do mercado de terras
1. Outorga Onerosa 2. Direito de Superfície
3. Transferência do Direito de Construir
4. Operações Urbanas Consorciadas
5. Contribuição de Melhoria
6. IPTU
7. Incentivos e Benefícios Fiscais
Instrumentos de Recuperação Social da Valorização
Imobiliária
Conceito do Solo Criado formulado na Carta de Embu Finalidade:
criar mecanismos de recuperação (social) da valorização fundiária gerada pelos
investimentos públicos, estabelecendo em que áreas poderá ser aplicado coeficiente maior que o estabelecido no conjunto da Cidade pela venda de coeficiente de
aproveitamento adicional Aplicação:
Em áreas definidas previamente pelo Plano Diretor. Coeficiente adicional a ser estabelecido pelo PD.
Obs: Há casos de isenção do pagamento da outorga, da mesma forma, definida pelo PD e nos locais onde o poder público deseja estimular determinados usos (HIS/ equipamentos culturais ou de saúde)
COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO BÁSICO
CA Básico: limite de construção isento de contrapartida Fundamentos a serem observados
CA Básico vinculado à ideia da equalização de Direitos
• o CA básico deve ser entendido como um patamar
mínimo de edificação que confira utilidade aos
terrenos urbanos, ou seja, que lhes garanta algum conteúdo econômico;
• Deve ser observada a ideia de que quanto mais
uniforme seja o CA básico, maior a igualdade proporcionada às propriedades urbanas.
Definição de potenciais construtivos
adicionais por zona da cidade
Fonte: Maleronka, 2010
Fonte: Brasil, 2014.
AÇÕES
• Cobrança de OUTORGA ONEROSA
• Fator de redução de OUTORGA ONEROSA p.ex. para
estimular o desenvolvimento urbano
• Recursos da outorga onerosa para Fundo municipal
0 50 100 150 200 250 300 350 400 450
Comercial Misto Outros Residencial
Multifamiliar
Residencial Unifamiliar
Consumo de CA por Uso
até 1 acima de 1 até 1,2 acima de 1,2 até 1,5 acima 1,5 até 2 acima de 2 até 2,5 acim de 2,5 até 3 acima de 3 até 4 acima de 4
Não pretende-se cobrar do pequeno comércio e da pequena residência unifamiliar
Dados: Prefeitura de Vitoria - ES
Separação entre o direito de propriedade e o direito de construir.
Art.26
•Regularização Fundiária •Programas e Projetos H.I.S •Reserva Fundiária •Ordenamento da Expansão Urbana •Equipamentos Urbanos e Comunitários •Áreas de Lazer •Conservação Ambiental •Proteção de Áreas de
Interesse Histórico, Cultural e Paisagístico
Não pretende-se cobrar do pequeno comércio e da pequena residência unifamiliar 73% 14% 5% 5% 1% 2% 0% 0% Residência unifamiliar até 1 acima de 1 até 1,2 acima de 1,2 até 1,5 acima 1,5 até 2 acima de 2 até 2,5 acim de 2,5 até 3 acima de 3 até 4 acima de 4 50% 9% 9% 11% 6% 4% 4% 7% Comércio
87% de todas as aprovações de residência unifamiliarestariam isentos. No caso do comércio: 59%
Aplicação dos recursos da outorga onerosa – Estatuto da Cidade
I – regularização fundiária
II – execução de programas e projetos habitacionais de interesse social
III – constituição de reserva fundiária
IV – ordenamento e direcionamento da expansão urbana
V – implantação de equipamentos urbanos e comunitários
VI – criação de espaços públicos de lazer e áreas verdes
VII – criação de unidades de conservação ou proteção de outras áreas de
interesse ambiental
VIII – proteção de áreas de interesse histórico, cultural ou paisagístico
Outorga Onerosa do Direito de Construir
Os instrumentos que serão descritos a seguir têm como finalidade o
acesso à terra urbanizada, combater a especulação imobiliária, regular o mercado de terras para as mais diversas ações públicas como:
• atender as faixas segregadas ou excluídas da cidade formal
• reverter a lógica de ocupação pela criação de novos territórios, buscando ocupar os vazios urbanos existentes
• estimular processos de requalificação/reestruturação de áreas específicas • atender a demandas de equipamentos urbanos
• promover a integração da estratégia fundiária com as políticas habitacionais entre outras estratégias para à implementação e desenvolvimento da política urbana
1- Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS
2 – Parcelamento, Edificação ou Utilização Compulsórios - PEUC
3 – Consórcio Imobiliário 4 – Dação em Pagamento
5 – Direito de Preferência ou Preempção 6- Abandono
QUEM DEFINE O MELHOR APROVEITAMENTO?
O melhor aproveitamento do imóvel se refere à sua
função
em
relação
conjunto da cidade
.
Ou seja, o melhor uso é julgado a partir do ponto de vista coletivo
(o conjunto dos cidadãos), e não do ponto de vista individual (do
proprietário).
Finalidade:
Dar função social, conforme previsto no Estatuto das Cidades, aos imóveis não edificados, subutilizados ou não utilizados localizados nas áreas definidas no Plano Diretor
Procedimento:
Regulamentado pelo Estatuto da Cidade, é sucedido, em caso de não cumprimento da obrigação, pelo IPTU progressivo no tempo e pela desapropriação-sanção.
Prazos:
1 ano após a notificação para apresentação do projeto para o órgão público
2 anos a partir da apresentação do projeto para iniciar o empreendimento
OBS: para os empreendimentos de grande porte é possível estabelecer outros prazos para a execução
Os municípios podem fixar as regras no PLANO DIRETOR para o parcelamento, edificação ou utilização compulsório, tornando-o auto-aplicável
O Plano Diretor deve identificar claramente os imóveis passíveis da aplicação do instrumento:
• imóveis vazios e subutilizados • imóveis não utilizados
Critérios para a aplicação do Instrumento
• Solo urbano não edificado: terrenos e glebas com área igual ou superior a área definida pelo municipios (500m², 1000m² ou maior ) e com coeficiente de
aproveitamento utilizado igual a zero
• Solo urbano subutilizado: terrenos e glebas com área igual ou inferior ao
coeficiente de aproveitamento mínimo CA Min estabelecido pelo Plano Diretor
para a zona onde se situa
• Solo urbano não utilizado: todo o tipo de edificação que esteja
comprovadamente desocupada há mais de dois anos, ressalvados os casos dos imóveis integrantes de massa falida
Metodologia para a aplicação do Instrumento
• Etapa 1 - Listagem e mapeamento de imóveis vazios e subutilizados Cruzamento de listagem de dados produzidos pelo Cadastro Fiscal (classificação fiscal, endereço, nome do proprietário, área do
terreno e área construída ) e aerofoto
• Etapa 2 - Vistoria dos imóveis listados e mapeados na etapa anterior
Imóveis vazios: verificar se não há construção nova, e quando for o caso, o uso
imóveis subutilizados: verificar o uso da área construída existente, tendo em vista as isenções previstas no Plano Diretor
Etapa 2 - Vistoria dos imóveis listados e mapeados na etapa Anterior – Possíveis isenções
exercendo função ambiental essencial, tecnicamente comprovada pelo órgão municipal competente
utilizados para instalação de atividades econômicas que não necessitem de edificações para exercer suas finalidades
de interesse do patrimônio cultural ou ambiental
ocupados por clubes ou associações de classe
de propriedade de cooperativas habitacionais
utilizados como estacionamento na área central com área inferior a prevista nas demais áreas
EX. QUADRO RESUMO DO MUNICIPIO DE SANTO ANDRÉ – SP julho/2008 LOTES PARA
NOTIFICAÇÃO COM RESTRIÇÕES NOTIFICÁVEIS TOTAIS
QUALIFICAÇÃO URBANA 196 lotes 371 lotes 567 lotes REESTRUTURAÇÃO
URBANA 71 lotes 135 lotes 206 lotes
RECUPERAÇÃO URBANA 49 lotes 74 lotes 123 lotes
316 lotes 580 lotes 896 lotes
Parcelamento,Edificação ou Utilização
Compulsórios
Metodologia para a aplicação do Instrumento
• Etapa 2a - Verificação da existência de projeto – parcelamento, construção, ampliação - para os imóveis relacionados na Etapa 1
O produto das etapas 2 e 2a é uma listagem preliminar de imóveis passíveis de aplicação do instrumento. Os imóveis vazios estarão identificados, mas os
subutilizados deverão ser confirmados mediante levantamento topográfico-cadastral previsto para a etapa seguinte
LOTES NOTIFICÁVEIS
QUALIFICAÇÃO URBANA 371 lotes 1.370.155,43 m2
REESTRUTURAÇÃO URBANA 135 lotes 1.865.416,12 m2
RECUPERAÇÃO URBANA 74 lotes 1.061.190,78 m2
TOTAL 580 lotes 4.296.762,33 m2
Metodologia para a aplicação do Instrumento
• Etapa 4 - Cálculo do coeficiente de aproveitamento para os imóveis
subutilizados. A resultante desta etapa é uma lista de imóveis subutilizados passíveis de aplicação do instrumento que, juntada à listagem de imóveis vazios (Etapa 3) nos oferece o universo a ser considerado.
• Etapa 5 - Priorização dos imóveis para fins de notificação • Etapa 6 - Preparação das notificações
Preparação de formulários e da equipe de fiscais
LOTES NOTIFICÁVEIS
PRIMEIRA FASE DÍVIDA
ZONA DE QUALIFICAÇÃO URBANA 43 lotes 675.000,00 m² R$ 26.300.000,00 área > 5.000,00 m² e CA entre 0 e 0,1000
ZONA DE REESTRUTURAÇÃO URBANA 13 lotes 1.120.000,00 m² R$ 17.800.000,00 área > 20.000,00 m² e CA entre 0 e 0,1000
ZONA DE RECUPERAÇÃO URBANA 17 lotes 870.000,00 m² R$ 15.150.000,00 área > 10.000,00 m² e CA entre 0 e 0,1000
ZONA LOTES ZEIS DÍVIDAS NOTIFICÁVEIS* R$ QUALIFICAÇÃO URBANA 43 8 16.050.270,03 REESTRUTURAÇÃO URBANA 13 6 14.201.182,38 RECUPERAÇÃO URBANA 17 3 3.753.241,18 TOTAIS 73 17 34.004.693,59
DAÇÕES EFETIVADAS ÁREA DE DAÇÃO VALOR DA DAÇÃO
9 operações m² em R$
ÁREA URBANA 122.514,00 11.923.240,00 ÁREA DE PROTEÇÃO MANANCIAIS 999.810,00 4.506.466,00
TOTAIS 1.122.324,00 16.429.706,00
DESTINAÇÃO A HIS 32.644,55 3.651.160,39
Fonte: Dação em Pagamento – Santo André /SP - 2006
Metodologia para a aplicação do Instrumento
• Etapa 7 - Entrega da notificação aos proprietários dos imóveis priorizados. Se, após 3 tentativas de entrega da notificação, não for encontrado o proprietário deverá a sanção ser publicada em Edital.
• Etapa 8 – Orientação aos proprietários sobre os procedimentos para
apresentação de projetos e as sanções previstas no Estatuto da Cidade caso não haja cumprimento
ZONA LOTES ZEIS DÍVIDAS NOTIFICÁVEIS* R$ QUALIFICAÇÃO URBANA 43 8 16.050.270,03 REESTRUTURAÇÃO URBANA 13 6 14.201.182,38 RECUPERAÇÃO URBANA 17 3 3.753.241,18 TOTAIS 73 17 34.004.693,59
Finalidade:
O poder público tem a preferência na aquisição de imóvel urbano objeto de alienação onerosa entre particulares
Aplicação:
O Plano Diretor delimitará as áreas em que incidirá o instrumento e fixará o prazo que não poderá ser superior a 5 anos.
O prazo poderá ser renovável após um ano do prazo inicial.
O poder público municipal tem preferência na aquisição de imóvel urbano colocado à venda no mercado. Poderá ser exercido sempre que o poder público necessitar de áreas para: •Regularização Fundiária •Programas de H.I.S. •Reserva Fundiária •Expansão Urbana •Equipamentos Urbanos •Espaços Públicos •Preservação Ambiental •Preservação Patrimônio Histórico PODER PÚBLICO TEM PREFERÊNCIA DE COMPRA
Aplicação:
No caso de alienação para terceiros , o proprietário deverá
notificar o poder público para que se manifeste sobre o interesse de compra no prazo de 30 dias.
A proposta feita pelo interessado na compra do imóvel deverá constar o valor, condições de pagamento e prazo de validade e será anexada a notificação.
No caso do municipio não efetivar a compra o proprietário efetiva a alienação a terceiro.
Uma nova abordagem na elaboração de Planos Diretores. Essa é a proposta e um dos diferenciais deste Guia, que leva em consideração a experiência acumulada nos primeiros ciclos de elaboração de Planos Diretores e as pautas que emergiram na última década para o planejamento e gestão do território.
GUIA PARA ELABORAÇÃO E REVISÃO DE PLANOS DIRETORES
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DENALDI, R.; AFFONSO, A. A efetividade da delimitação de áreas vazias como ZEIS no município de Santo André - um balanço
preliminar. in DENALDI, R. (org.) O desafio de planejar a cidade. São Paulo: Annablume, 2012.
KLINK, J. Planejamento, estratégia local e complexidade. Uma reinterpretação do legado do Projeto Eixo Tamanduatehy. In: DENALDI, R. (org.). O desafio de planejar a cidade: política urbana e habitacional de Santo André/SP (1997-2008). São Paulo: Annablume, 2012.
KLINK, J.; DENALDI R. On financialization and state spatial fixes in Brasil. A geographical and historical interpretation of the housing Program My House My Life. Habitat International, v. 44, p.220-226, 2014.
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA, SECRETARIA DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS (SAL), IPEA. Parcelamento, edificação ou utilização compulsórios
e IPTU progressivo no tempo : regulação e aplicação / Ministério da Justiça, Secretaria de Assuntos Legislativos. -- Brasília :, 2015.
ROLNIK, R. Democracia no fio da navalha: limites e possibilidades para implementacao de uma agenda de planejamento urbano no Brasil. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, Recife, v. 11, n. 2, 2014. p. 31-50. Disponivel em: < http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeur/index.php/rbeur/article/view/219/203>. Acesso: 23 ago. 2016.
SANTOS JR, O.A.; MONTANDON, D. T. Os planos diretores municipais pós-estatudo da cidade: balanço crítico e perspectivas. Rio de Janeiro: Letra Capital, 2011.
WHITAKER, João Sette Alcances e limitações dos instrumentos urbanísticos na construção de cidades democráticas e socialmente
justas. São Paulo, dezembro 2003. In http://cidadesparaquem.org/textos-acadmicos/2013/2/13/alcances-e-limitaes-dos-instrumentos-urbansticos-na-construo-de-cidades-democrticas-e-socialmente-justas
BIBLIOGRAFIAS COMPLEMENTARES
Planejamento Urbano antes do Estatuto da Cidade:
MARICATO, E.T. M. Brasil 2000: qual planejamento urbano? Cadernos IPPUR, Rio de Janeiro, n. 1 e 2, p. 113-130. Jan. dez. 1997. Disponivel em: <https://revistas.ufrj.br/index.php/cad_ippur/issue/viewFile/273/82#page=108>. Acesso em: 23 ago.2016.
ROLNIK, R. Impacto da aplicacao de novos instrumentos urbanisticos em cidades do estado de sao Paulo. Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, Recife, n. 2, p. 73-88. Nov. 1999. Disponivel em: <http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeur/index.php/rbeur/article/view/38/24>. Acesso em: 23 ago. 2016.
Pos-Estatuto da Cidade:
FERNANDES, E. Do codigo civil ao estatuto da cidade: algumas notas sobre a trajetoria do direito urbanistico no brasil. Revista da Faculdade de Direito do
Alto Paranaiba, Araxa, 2001. Disponivel em: <http://www.uniaraxa.edu.br/ojs/index.php/juridica/article/viewFile/136/127>. Acesso em: 23 ago. 2016.
______. O Estatuto da Cidade e a ordemjuridico-urbanistica. In: CARVALHO, C. S.; ROSSBACH, A. O Estatuto da Cidade Comentado. p. 55-70. Disponivel em: <http://www.citiesalliance.org/sites/citiesalliance.org/files/CA_Images/CityStatuteofBrazil_Port_Ch4.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2016.
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Planejamento urbano e aplicacao dos instrumentos urbanisticos:
BALTRUSIS, N. Instrumentos urbanisticos e o acesso a terra urbana em Diadema: o caso das AEIS. Ambiente Construido Revista da ANTAC. p. 49-59. Disponivel em: <http://www.seer.ufrgs.br/ambienteconstruido/article/viewArticle/3507>. Acesso em: 23 ago. 2016.
SANTORO, P. F.; COBRA, P.L.; BONDUKI, N. G. Cidades que crescem horizontalmente: o ordenamento territorial justo da mudanca de uso rural para urbano.
Cadernos da Metropole, Sao Paulo, v. 12, n. 24, 2010. P. 418-440. Disponivel em: <http://revistas.pucsp.br/index.php/metropole/article/view/5897/4247>.Acesso em: 23 ago. 2016.
CORIOLANO, G. P.; RODRIGUES, W.; OLIVEIRA, A. F. Estatuto da Cidade e seus instrumentos de combate às desigualdades socioterritoriais: o Plano Diretor Participativo de Palmas (TO). Revista Brasileira de Gestao Urbana, v. 5, n. 2, 2013. p. 131-145. Disponivel em: <file:///C:/Users/Victor/Downloads/urbe-12295.pdf>. Acesso em: 23 ago. 2016.
SANTORO, P. F. Perimetro urbano flexivel, urbanizacao sob demanda e incomplete: o papel do Estado frente ao desafio do planejamento da expansao urbana.
Revista Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, Recife, v. 16, n. 1, 2014. p. 169-187. Disponivel em: <http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeur/index.php/rbeur/article/view/3837/4627>. Acesso em: 23 ago. 2016.
ZONEAMENTO - Parâmetros Urbanísticos
I
NOVACÕESO direito de superfície permite a transferência do direito de uso do solo do proprietário para terceiros, por prazo determinado
Finalidade:
regularização fundiária e/ou urbanização, e para incentivar o exercício da função da propriedade urbana.
Aplicação:
• o proprietário que transferir o direito de superfície ao Poder Público inclusive em negociações que envolvam a aplicação do IPTU progressivo – liberando-o para realizar obras de urbanização e regularização, cujo direito de uso será depois repassado aos moradores.
• o Direito de Superfície pode ser útil para terrenos públicos, podendo-se transferir o direito de uso à população que o ocupa, facilitando os procedimentos de regularização OBS:não estará abrindo mão de eventual valorização futura de seu bem.
O Consórcio Imobiliário é facultativo. Pode ser realizado em parceria com os proprietários destas áreas e/ou com loteadores ou construtores.
INVESTIMENTO PÚBLICO
Finalidade:
Promover a utilização dos imóveis notificados para o parcelamento, utilização ou edificação compulsórios, caso o proprietário encontre dificuldades ou obstáculos em cumprir o instrumento.
Para estes casos instituiu-se a figura do Consórcio Imobiliário com o intuito de possibilitar a utilização do imóvel notificado, permitindo a transferência do imóvel ao poder público para execução das obras necessárias, sejam elas, de urbanização, produção de lotes, edificação de unidades habitacionais, etc.
EX: notificação do PEUC + ZEIS
Nos caso em que houver interesse público será possível promover Consórcio imobiliário desde que obedecida a Lei de licitação pública
Finalidade:
Aquisição pelo poder público de áreas estratégicas definidas no Plano Diretor por meio da quitação de dívidas tributárias do imóvel ou de multas decorrentes do tributo
Condição:
A quitação é somente de débitos tributários: IPTU e multas decorrentes
A quitação é sempre do exercício fiscal completo
FÓRMULA
valor da dívida = área a ser “dada em pagamento” em m² valor do m²
o valor do metro quadrado pode ser o valor venal ou valor de mercado
DAÇÕES EFETIVADAS ÁREA DE DAÇÃO VALOR DA DAÇÃO
9 operações m² em R$
ÁREA URBANA 122.514,00 11.923.240,00
ÁREA DE PROTEÇÃO MANANCIAIS 999.810,00 4.506.466,00
TOTAIS 1.122.324,00 16.429.706,00
DESTINAÇÃO A HIS 32.644,55 3.651.160,39
Finalidade:
Implementação transformações urabanísticas em um perímetro urbano definido previamente no Plano Diretor, por meio de parceria público privado (investidores/moradores/ usuários)
Poderá ser previsto lexibilizações das normas edilicias, de coeficientes, de uso e ocupação do solo, regularização de edificações, reformas e ampliações
Tem por objetivo alcançar transformações urbanísticas estruturais, melhorias sociais e a valorização ambiental.
Poder público + Proprietários + Usuários permanentes+Investidores
Perímetro Descontínuo da Op. Urbana
Aplicação: art. 33
• Definição do perímetro de intervenção • Programa básico de ocupação da área
• Programa de atendimento econômico e social para a população diretamente afetada pela operação
• Finalidades da operação
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
INSTRUMENTOS TRIBUTÁRIOS
CONCEITO:
Recuperação da valorização imobiliária gerada pela implementação de infraestrutura
(melhorias urbanas, implementação de uma avenida, parquet), que gere valorização.
O fato gerador da contribuição de melhoria é a construção de obra pública que acarrete
valorização imobiliária ao patrimônio do particular
A contribuição de melhoria é um tributo vinculado a uma atuação estatal, qual seja, a
obra pública.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA
INSTRUMENTOS TRIBUTÁRIOS
APLICAÇÃO:
Deve ser aprovado em Lei Específica.
Deve ser cobrado em função da valorização acarretada em um entorno
pré-determinado. Não pode ultrapassar o valor investido.
Base de cálculo consiste na diferença entre o valor do imóvel antes e depois da realização
da obra pública.
ABANDONO
INSTRUMENTOS TRIBUTÁRIOS
CONCEITO:
O abandono é uma das hipóteses previstas para que um proprietário perca o direito de
propriedade sobre um imóvel.
FINALIDADE:
• Serve para caracterizar o não uso da propriedade imobiliária, ou, ao menos, o
descumprimento da função social da propriedade. Depois disso, se for um terreno ou
prédio urbano resta à prefeitura arrecadar a propriedade imobiliária, e utilizá-la.
ABANDONO
COMO CARACTERIZAR O ABANDONO?
O Código Civil define que o abandono é caracterizada da seguinte forma:
• Falta de atos inerentes à ocupação de fato do imóvel – a posse,
• Falta de pagamento das taxas e impostos incidentes sobre o imóvel.
• Apesar da lei falar que o abandono é presumido (de forma absoluta) para quem deixar
de pagar os tributos decorrentes da de sua propriedade, é prudente que a prefeitura
faça um levantamento dos imóveis visivelmente abandonados no município. Isso
porque a lei resguarda a posse de terceiros que não sejam proprietários.
• Devem ser vistos para quais dos imóveis listados como abandonados o IPTU (ou o ITR,
no caso de áreas rurais) não é pago.
ABANDONO
APLICAÇÃO :
A regulamentação municipal não é exigida pela legislação federal
Também não é prevista a notificação do proprietário, mas uma regulamentação pode
prever procedimentos para notificação e até mesmo a publicação de edital para se evitar
quaisquer contestações judiciais posteriores.
Apesar da lei não prever a necessidade de regulamentação municipal para aplicação,
recomenda-se que o município fixe algumas diretrizes para pautar os critérios de
caracterização de imóveis abandonados.
ABANDONO