Autores: Ilse Maria Tigre Arruda Leitão Roberta Meneses Oliveira Dionisia Mateus Gazos Letícia Lima Aguiar Aline Coriolano Pinheiro Marina Castro Sobral Marcela Monteiro Gondim UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁÁ–– UECE UECE CURSO DE GRADUA
Processo
dinâmico,
ininterrupto
e
de
exaustiva
atividade
permanente
de
identificação
de
falhas
nas
rotinas
e
procedimentos,
que
devem
ser
periodicamente
analisados,
atualizados
e
difundidos,
com
participação
da
alta
direção
do
hospital
até
seus
colaboradores.
Apesar
dos
esforços
da
equipe
de
enfermagem
para
proporcionar
o
melhor
cuidado
aos
pacientes,
os
eventos adversos são cada vez mais frequentes, o que
gera risco à segurança do paciente.
O erro humano e a seguran
O erro humano e a seguran
ç
ç
a do
a do
paciente
Desenvolvimento de uma cultura não‐punitiva, e sim de segurança do paciente. Desenvolvimento de uma liderança efetiva da enfermagem GESTÃO GESTÃO FUNDAMENTADA NA FUNDAMENTADA NA SEGURAN SEGURANÇÇAA Estabelecimento de suporte organizacional para o contínuo desenvolvimento da equipe Determinação e estruturação de processos de gerenciamento baseado em evidências Adequação do número de profissionais que compõem a equipe de enfermagem Adequa
Adequaçção do ão do n núúmero de mero de profissionais que profissionais que compõem a equipe compõem a equipe de enfermagem de enfermagem
Analisar as dimensões da
segurança do paciente
em hospital terciário de
Tipo de Estudo: descritivo, qualitativo, recorte de pesquisa multidimensional de avaliação da segurança em saúde. com abordagem qualitativa
Local e Período: hospital da rede pública de Fortaleza‐CE, em junho de 2012.
Participantes: 20 enfermeiros assistenciais, atendendo ao critério de inclusão: trabalhar na instituição há mais de um ano. Instrumento de coleta de dados: entrevista semi‐estruturada gravada composta de questões norteadoras sobre o universo da segurança do paciente e os riscos relacionados à assistência à saúde.
Análise dos dados: seguiu a técnica de Análise de Conteúdo de Bardin, seguindo‐se as fases: Pré‐análise; Exploração do material; Tratamento dos resultados, inferência e interpretação.
Emergiram 53 unidades de registro (UR), discutidas em quatro categorias empíricas: 1. 1. PrPrááticas seguras e baseadas em ticas seguras e baseadas em evidências; evidências; 2. 2. Principais riscos relacionados Principais riscos relacionados àà assistência
assistência àà sasaúúde;de; 3.
3. CondiCondiçções estruturais favorões estruturais favorááveis e veis e desfavor
desfavorááveis; veis; 4.
Aspectos Éticos:
O projeto seguiu as recomendações da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde.
TCLE
A coleta de dados iniciou‐se após apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Estadual do Ceará e da anuência da Gerência de Enfermagem da instituição.
CATEGORIA 1.
CATEGORIA 1.
PRÁTICAS SEGURAS E BASEADAS EM EVIDÊNCIAS
• Reúne 21 UR sobre o desenvolvimento de boas práticas, baseadas nas metas internacionais para a segurança do paciente. A gente procura proporcionar o melhor conforto e segurança do paciente estando sempre observando a questão do leito, das grades levantadas. E1 A questão (...) do transporte do paciente, da apresentação, conferir se é o paciente certo, se é o membro certo que vai ser operado,certo, então tem os protocolos aqui no centro cirúrgico. E5
...Acredito que sejam boas práticas que façam com que o
ambiente seja seguro, tranquilo, um ambiente de
(...) Entre outras ações que a gente desenvolve, como check list,
para ver a questão da sala, se a sala tá preparada, se é um
ambiente seguro, se tem aspirador montado dentro da sala de cirurgia, a questão dos equipamentos, se tá tudo ok antes da cirurgia, as medicações, tudo é verificado. E10 “...Para não levar infecção para os outros pacientes, tem sempre anotado nas evoluções, temos também as plaquinhas nos leitos. Preenchemos um impresso com os procedimentos invasivos: sonda, acesso. Isso é um meio que a gente pode ter para evitar essas infecções. E20
CATEGORIA 1.
CATEGORIA 1.
PRÁTICAS SEGURAS E BASEADAS EM EVIDÊNCIAS
CATEGORIA 2.
CATEGORIA 2.
PRINCIPAIS RISCOS RELACIONADOS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
• Reuniu a maioria das unidades de registro (24) sobre os principais riscos relacionados à assistência em saúde na instituição. • Como causas, foram citadas imperícia e negligência, dupla jornada de trabalho, fadiga e falta de atenção dos profissionais. (...) Cuidados físicos, se for um paciente acamado, questão da mobilização do paciente, cuidado com as aplicações da medicação, para não ter o risco de vir uma medicação errada...E3 (...) Temos outros riscos de queimadura, tipo de placas de bisturi, dos produtos que a gente utiliza para assepsia, pode dar queimadura química, então a gente tem que tá sempre atento a esses cuidados. E6
CATEGORIA 2.
CATEGORIA 2.
PRINCIPAIS RISCOS RELACIONADOS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE
...os riscos são só de imperícia mesmo, alguns profissionais, não só enfermeiros como médicos e auxiliares, que realizam procedimento de forma errada e displicente. E8 Se não tiver um profissional habilitado, ele (o paciente) pode correr o risco de receber uma medicação errada ou administrada numa via que não é correta. E17 Risco de desenvolverem UP, risco de pneumonia por aspiração, um risco assim por negligência, risco pela má administração de antibióticos: medicamentos pela via errada, equipamentos que dêem defeito durante a administração de medicamentos...” E19
CATEGORIA 3.
CATEGORIA 3.
CONDIÇÕES ESTRUTURAIS FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS •Reuniu 6UR destacando condições favoráveis e desfavoráveis para garantir a segurança do paciente na instituição. Os riscos que eu acho é falta de atenção, o cansaço...o enfermeiro trabalha sempre em dois lugares,facilitando a ocorrência dos erros. E2 Por ser um hospital público, tem certos períodos que têm algumas dificuldades em alguns materiais, alguns equipamentos, mas assim em teoria o hospital foi planejado para oferecer segurança para o paciente. E7CATEGORIA 3.
CATEGORIA 3.
CONDIÇÕES ESTRUTURAIS FAVORÁVEIS E DESFAVORÁVEIS A UTI eu considero segura porque tem todo um material necessário e, por não serem muitos pacientes para cada enfermeira, no caso aqui são quatro para cada enfermeira, tem a vantagem de você estar mais próxima dos pacientes e de evitar que aconteça. E14 A UTI eu considero segura porque tem todo um material A UTI eu considero segura porque tem todo um material necessnecessáário e, por não serem muitos pacientes para cada rio e, por não serem muitos pacientes para cada enfermeira, no caso aqui são quatro para cada enfermeira,
enfermeira, no caso aqui são quatro para cada enfermeira,
tem a vantagem de você estar mais pr
tem a vantagem de você estar mais próóxima dos pacientes e xima dos pacientes e de evitar que aconte
de evitar que aconteçça. E14a. E14
Todos são bem cientes dos papeis que desempenham aqui dentro e de como evitar os erros. E10 Todos são bem cientes dos papeis que Todos são bem cientes dos papeis que desempenham aqui dentro e de como evitar desempenham aqui dentro e de como evitar os erros. E10 os erros. E10
CATEGORIA 4.
CATEGORIA 4.
CONDIÇÕES INTRÍNSECAS AOS PACIENTES
• Revelou, em 2 UR, condições intrínsecas dos pacientes que se relacionam à segurança, enfatizando‐se a gravidade dos mesmos.
....a falta de segurança eu acho
que está relacionada à gravidade
que os pacientes chegam e a falta de disponibilidade do ambiente
em questão de administrar medicação. E5
....a falta de seguran
....a falta de segurançça eu acho a eu acho que est
que estáá relacionada relacionada àà gravidade gravidade que os pacientes chegam e a falta que os pacientes chegam e a falta de disponibilidade do ambiente de disponibilidade do ambiente em questão de administrar em questão de administrar medica
•Percebe‐se que segurança e conforto foram aspectos fundamentais no discurso das entrevistadas.
•Estudo recente abordou a prática baseada em evidência como ferramenta para a prática profissional do enfermeiro, sugerindo algumas atividades a serem desenvolvidas pelos enfermeiros para atingir o êxito:
• Desenvolver competências para interpretar os resultados das pesquisas;
• Criar uma cultura gerencial e organizacional que favoreça a utilização de pesquisas;
• Garantir recursos humanos e financeiros compatíveis com o necessário;
• Tentar articular os achados da pesquisa a ser implementada à preferência dos pacientes e de seus familiares.
•
Os
enfermeiros
compreendem
as
dimensões
da
segurança
do
paciente,
considerando
o
erro
de
medicação
e
o
ambiente
inadequado
as
principais
barreiras para seu alcance.
•
A
excessiva
carga
de
trabalho
e
a
falta
de
capacitação
também
foram
atribuídos
à insegurança
no serviço.
•
Sugerem‐se
investimentos
na
educação
em
serviço,
para
capacitação
dos
profissionais
e
melhorias
a
estrutura dos hospitais.
• Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Boletim Informativo, 2011: v1(1). Brasília.
• Pedrolo E, Danski MTR, Mingorance P, Lazzari LSM, Méier MJ, Crozeta K. A prática baseada em evidências como ferramenta para prática profissional do enfermeiro. Cogitare Enferm 2009; 14(4):760‐3.