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Informativo Mensal nº 10. Agosto/ 2014

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Informativo Mensal nº 10

Agosto/ 2014

 ÁSIA/ LESTE EUROPEU

MAIS SANÇÕES E AJUDA HUMANITÁRIA DEIXAM RÚSSIA EM DESTAQUE NO MÊS

No mês de agosto mais sanções continuaram sendo aplicadas na Rússia pelos EUA e a UE atingindo os setores de petróleo, defesa, tecnologia e materiais de uso civil e militar. Como resposta Putin declarou embargo a produtos como soja, frango e frutas da Grécia e dos EUA e mandou elaborar uma lista com outros produtos agrícolas dos países que aplicaram as sanções, com fins de retaliação.

Mais exercícios militares foram realizados perto da fronteira com a Ucrânia e mais soldados foram enviados ao local, o que fez com que a OTAN temesse por uma possível invasão russa na Ucrânia.

Outro assunto polêmico foi o envio de ajuda humanitária russa à Ucrânia, acusada de ser uma “operação militar disfarçada”. Reuniões entre Ucrânia, Rússia e União Europeia foram realizadas a fim de discutir a segurança energética e o conflito ucraniano. Russos e ucranianos concordaram sobre a necessidade de envio de ajuda humanitário, mas não chegaram a um plano de paz. Durante o mês, a Rússia teve atritos com o Japão por realizar atividades militares nas ilhas Kurile, que são disputadas pelos dois países.

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TENSÕES CONTINUAM NA UCRÂNIA APESAR DAS TENTATIVAS DE DIÁLOGOS

Os conflitos entre soldados e rebeldes separatistas continuaram durante todo o mês na Ucrânia cuja intensidade levou o Comitê Internacional da Cruz Vermelha a se reunir com autoridades ucranianas e russas para discutir a proposta de ajuda russa ao Leste ucraniano. A Ucrânia anunciou o envio de comboio humanitário para a região, principalmente para as cidades de Donetsk e Luganskcomo. O Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia chegou a pedir ajuda militar da OTAN e UE sem sucesso. Com receio de fornecimento de armas aos rebeldes, os comboios de ajuda militar enviados pela Rússia foram revistados pelos ucranianos que alegaram que os russos estavam se passando por rebeldes para abrirem uma nova frente de guerra. Uma reunião foi realizada em Minsk no dia 26. Em seguida, o presidente ucraniano formalizou pedido de entrada na OTAN. No final do mês foi anunciado que ocorrerá uma reunião entre o governo e os separatistas que desejam receber um “status especial” para que continuem fazendo parte da Ucrânia.

QUESTÃO DO MAR DA CHINA E PROTESTOS EM HONG KONG MARCAM O MÊS NA CHINA

A questão do Mar da China continuou chamando a atenção no mês. No dia 10 a China rejeitou a pressão dos EUA para que refreie suas atividades na região e, no final do mês, pediu que os EUA reduzam as intervenções no seu território caso queiram manter seus acordos bilaterais. Outros países do sudeste asiático envolvidos nessa disputa, pediram que a China se dispusesse a negociar para evitar um conflito militar e diplomático. Os protestos em Hong Kong continuaram em prol da democracia e ameaçaram fechar o distrito financeiro da cidade. Questões étnicas e religiosas também ocorreram. Tibetanos protestaram contra a prisão de um líder e foram reprimidos e presos e quase mil membros do grupo religioso proibido, Quannengshen (Igreja do Deus Todo Poderoso) foram presos.

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MESMO COM ACORDO, AFEGANISTÃO AINDA NÃO TEM UM NOVO PRESIDENTE

O presidente do Afeganistão ainda segue indefinido. No início do mês os dois candidatos, Ashraf Ghani e Abdullah Abdullah, assinaram um acordo de união nacional, mediado pelos EUA, pelo qual se comprometeram a trabalhar juntos independentemente de quem for o vencedor das eleições, que ainda estão sendo investigadas após denúncia de fraude. A posse foi adiada, pois os candidatos não aceitam o vencedor da eleição. Depois de um soldado afegão ter atirado em soldados estrangeiros, levantou-se o questionamento sobre a capacidade da OTAN de treinar e assessorar as forças de segurança afegãs à medida que as nações ocidentais se retiram do país. No final do mês, soldados afegãos enfrentaram o Taliban pelo controle da província de Kunduz. Devido ao problema da posse do presidente, o governo afegão pensa enviar o Ministro da Defesa para cúpula da OTAN que deve tratar do Afeganistão.

PROTESTOS CONTRA O PRESIDENTE PAQUISTANÊS

O mês no Paquistão foi marcado principalmente por protestos que exigem a renúncia do atual governo. Os manifestantes, que tentaram invadir a casa do presidente e do primeiro-ministro, alegam que o governo atual é corrupto e foi eleito de forma fraudulenta. O exército alegou que protege as principais instituições do governo, mas que este deveria dialogar com a oposição. No final do mês o governo propôs diálogo, mas no dia seguinte os opositores invadiram a televisão estatal. Também ocorreram atentados ao longo do mês, alguns promovidos por insurgentes afegãos. Outro fato importante ocorreu na fronteira com a Índia. Após o governo indiano cancelar uma reunião com o secretário das relações exteriores paquistanês, afirmando que o Paquistão tinha planos de consultar os separatistas de Jammu e da Cachemira, houve troca de tiros na fronteira dos países.

 ORIENTE MÉDIO

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Militantes de uma organização terrorista conhecida como Estado Islâmico no Iraque e no Levante declararam, em junho deste ano, um “califado islâmico” no Oriente Médio. Agora o grupo se intitula apenas Estado Islâmico e se tornou um dos assuntos de destaque do noticiário internacional, sendo indicado pelos mais pessimistas como uma ameaça ao Ocidente, maior que a Al Qaeda. O Exército do EI é composto em grande parte por estrangeiros, a maioria jovens seduzidos pela fantasia de aventura e heroísmo, cooptados por fóruns na internet e comunidades locais. Seu arsenal inclui o armamento tomado em batalhas, anteriormente cedido ao governo iraquiano pelos EUA. O autoproclamado do califado tornou-se suscetível devido ao notável fracasso dos governos sírio e iraquiano em conter os islamitas quando não passavam de pequenos grupos desestruturados. A barbárie que o Estado Islâmico está cometendo na Síria, a princípio, esta conseguindo unir regime sírio aos EUA na luta contra os extremistas islâmicos, levando o atual presidente Obama em um pronunciamento oficial julgar o combate ao Estado Islâmico imprescindível para a segurança de seus vizinhos e do próprio Ocidente.

ÁFRICA

NIGÉRIA

No começo do mês, o país foi acusado pela Anistia Internacional de violações contra os direitos humanos nos conflitos entre Exército, o grupo radical Boko Haram e milícias relacionadas ao governo no Norte do país. Foram acusados soldados e milicianos de terem matado mais de seis mil prisioneiros, além de diversas outras acusações de crimes de guerra. Os ataques do grupo radical islâmico Boko Haram não pararam durante o mês de agosto, ultrapassando fronteiras, atingindo também Camarões. Já na Nigéria, o grupo sequestrou dezenas de garotos e adolescentes. No final do mês, o grupo tomou a cidade de Buni Yadi, no Nordeste do país, realizando saques e execuções. Na cidade de Gwoza, que está dominada pelo grupo desde o início do mês, foi anunciado um califado.

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As ações da Missão da União Africana na Somália, na tentativa de desarmar o líder da milícia armada Al-Shabab, deixou ao menos onze mortos e vinte oito feridos no começo do mês. A capital do país sofreu diversos atentados reivindicados pelo grupo. Em Moçambique, após mais de um ano de negociações, o partido governista Frelimo e o opositor Renamo alcançaram um acordo e paz, incluindo uma lei de anistia. Já na República Centro-Africana, o desabamento de uma mina ao norte da cidade de Bambassi despertou os conflitos do grupo radical Seleka. A mina era de propriedade de uma empresa canadense, mas foi tomada a mais de um ano pelos rebeldes, produzindo mais de 15 kg de ouro por mês. O conflito naquele país entre os rebeldes Seleka e milícias cristãs já deixou milhares de pessoas mortas e milhões de refugiados. No Sudão do Sul, um helicóptero da ONU caiu em um vôo de rotina a 10 km de Bentiu, capital de um estado produtor de petróleo. Há rumores de que a aeronave foi abatida enquanto sobrevoava a região onde ocorrem combates entre os soldados leais ao presidente Salva Kiir e ao vice-presidente Riek Machar há mais de oito meses com o objetivo de dominar a área produtora de petróleo.

 AMÉRICA/ EUROPA OCIDENTAL

SANÇÕES CONTRA RÚSSIA SÃO INTENSIFICADAS

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ampliou as sanções norte-americanas contra a Rússia por seu apoio aos rebeldes no Leste da Ucrânia. Os EUA e a União Europeia, em uma ação coordenada, anunciaram novas sanções específicas contra os setores bancário, de energia e de defesa da Rússia. Trata-se da resposta mais séria do Ocidente até agora contra o que considera incitação russa e apoio contínuo ao levante separatista no Leste da Ucrânia. Em contrapartida, o líder russo, Vladimir Putin, declarou ao presidente dos Estados Unidos que as sanções impostas são contraproducentes e que a "situação atual" não interessa a nenhum dos dois países.

EUA PREPARAM OPÇÕES MILITARES CONTRA ESTADO ISLÂMICO NA SÍRIA

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No mês de agosto, o Estado Islâmico divulgou um vídeo que chocou o mundo mostrando a brutal decapitação do jornalista norte-americano James Foley. O vídeo surgiu após os Estados Unidos terem iniciado bombardeios seletivos no Norte do Iraque devido ao avanço do Estado Islâmico. Na filmagem o terrorista garante tratar-se de uma vingança pelos ataques aéreos. De acordo com o Exército norte-americano, os Estados Unidos preparam opções militares contra o Estado Islâmico na Síria, mas autoridades afirmaram que ainda nenhuma decisão foi tomada para expandir as ações além dos bombardeios aéreos que já estão sendo executados no Iraque. Representantes do Partido Republicano pediram ações mais agressivas dos EUA para derrotar militantes do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, acusando Obama de ter falhado em medidas para impedir potenciais ameaças em solo norte-americano. Embora a campanha militar aérea dos EUA iniciada neste mês tenha causado alguns prejuízos para o Estado Islâmico, não aborda o problema mais profundo das disputas sectárias que abastem o grupo em seus ataques aos muçulmanos xiitas.

Referências

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