• Nenhum resultado encontrado

TCCII_Oliveira, M. S. Ferramenta digital sobre continuidade como condição de acessibilidade em calçadas

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "TCCII_Oliveira, M. S. Ferramenta digital sobre continuidade como condição de acessibilidade em calçadas"

Copied!
10
0
0

Texto

(1)

Ferramenta digital sobre continuidade como condição de acessibilidade em calçadas

Digital tool for continuity and accessibility condition sidewalks

Marcos da Silva de Oliveira1, Denizalde Jesiél Rodrigues Pereira2

Resumo: Esta pesquisa buscou solucionar um problema vivenciado na área urbana de Sinop, onde o crescimento populacional, aliado à ausência de planejamento urbano em relação ao problema que se põe em tela, trouxe problemas de irregularidades nas calçadas do município, dentre eles, a não continuidade da faixa de calçada destinada ao pedestre, falta de arborização para sombreamento e inexistência ou excesso de piso. Sendo a tendência mundial, estimular que as pessoas caminhem mais, criando espaços apropriados para atrair o pedestre, buscou-se melhorar esses espaços públicos através das concepções teórico-metodológicas da Pesquisa Participante, de Brandão, organização de classes e relações políticas no ambiente urbano, de Benevolo, e a forma visual e suas leis na arte da Gestalt, de Max Wertheimer. O objetivo é criar Modelos de padronização de calçadas implantados através de um aplicativo para dispositivos móveis que possibilite a continuidade da faixa livre nas calçadas do município de Sinop, integrando o pedestre e o meio ambiente de forma equilibrada. Foram desenvolvidos 6 Modelos de calçadas, para larguras que absorvem as indicadas pelas leis locais, e um aplicativo para sistema operacional Android, capaz de gerar orçamento, quantitativo de serviços, material e projeto. Na validação, onde foram geradas as plantas aleatórias de todas as calçadas de um mesmo quarteirão, e a junção das plantas individuais, lado a lado, conclui-se que se manteve a continuidade da faixa livre, tornando o aplicativo viável para ser utilizado pela população de Sinop.

Palavras-chave: Continuidade em Calçadas; Acessibilidade; App para Dispositivos Móveis; Gestalt em Espaços Urbanos

Abstract: This research aimed to solve a problem experienced in the urban area of Sinop, where population growth, combined with the absence of urban planning in relation to the problem that arises in the screen, brought problems of irregularities in the city's sidewalks, among them, not continued sidewalk strip intended for pedestrian, lack of trees for shading and lack or excess floor. The worldwide trend, encourage people to walk more, creating spaces suitable to attract pedestrian, sought to improve these public spaces through the theoretical and methodological conceptions of Research Participant, Brandão, organizing classes and political relations in the urban environment, of Benevolo, and visual form and its laws in the art of Gestalt, Max Wertheimer. The goal is to create standardized models of implanted sidewalks through an application for mobile devices that enables the continuity of free range on the sidewalks of the city of Sinop, integrating the pedestrian and the environment in a balanced way. 6 models sidewalks were developed to absorb the widths indicated by local law, and an application for Android operating system, capable of generating budget, quantitative services, material and design. In validation, which they were generated random plants of all sidewalks of a same block, and the junction of individual plants, side by side, it is concluded that maintaining the continuity of the strip free, making feasible application to be used by people Sinop. Keywords: Continuity in driveways; Accessibility; App for Mobile Devices; Gestalt in Urban Spaces.

1 Introdução

A tendência mundial é estimular que as pessoas caminhem mais, criando espaços apropriados para atrair o pedestre. Estes espaços devem ser acessíveis e sombreados, não se deve pensar na via apenas para o uso do automóvel, deve ser incentivado uso de transporte não motorizado, proporcionando atividade física aos usuários e diminuindo a emissão de gases e ruídos, proporcionando maior conforto para o pedestre. O benefício de uma calçada adequada para se caminhar é social, uma vez que retira o pedestre da via para automóveis e diminuiu o risco de acidentes, e, estimula que o pedestre caminhe mais; econômico, devido ao excesso de piso ser desperdício de material, e, a falta de piso tornar o espaço da calçada inutilizável; ambiental, já que aumenta áreas de drenagem, sabendo que a construção da calçada é necessária e obrigatória.

A calçada ideal é aquela que mantem o equilíbrio entre usuário e meio ambiente, contribuindo para o desenvolvimento urbano sustentável que busca

proporcionar espaços convidativos para caminhar, com corredores sombreados e pavimentados de forma nivelada.

A calçada deve ser utilizada por todas as pessoas, independentemente de sua condição motora ou visual, por isso, é indispensável garantir a acessibilidade, que depende, dentre outros parâmetros, do material adequado e das dimensões e inclinações corretas, sinalização e piso tátil e, principalmente, da continuidade com as calçadas vizinhas. Se um destes parâmetros não for seguido, dificulta a garantia de uma faixa contínua, para o tráfego dos pedestres.

A faixa da calçada destinada ao pedestre não deve conter obstáculos que dificultem ou impeçam a passagem, obrigando as pessoas a caminharem no acostamento aumentando o risco de acidentes e tornando o espaço da via pública destinado ao tráfego dos pedestres em uma área inutilizada dentro da cidade.

A questão é que a continuidade da faixa de calçada destinada aos pedestres, definida como faixa livre, é um pré-requisito para se ter acessibilidade, mas essa continuidade depende de parâmetros complexos, tendo como hipótese que as calçadas são construídas de forma aleatória e individual e são pensadas como acesso entre a rua e a edificação.

1Acadêmico de Engenharia Civil, Universidade do Estado de

Mato Grosso, Sinop-MT, Brasil, grauedifica@hotmail.com

2Doutor, Professor, Universidade do Estado de Mato Grosso,

(2)

Os moradores constroem suas calçadas sem influência da calçada vizinha, não havendo acordo entre o restante dos moradores da rua para que a faixa livre seja contínua.

Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi criar Modelos de padronização de calçadas que possibilite a continuidade da faixa livre, implantados através de um aplicativo para sistema operacional Android, hospedado em dispositivos celulares com alto poder computacional, conhecidos como smartphones, que possibilitam pessoas leigas e profissionais gerar um desenho em planta baixa com quantitativo da calçada, de acordo com as condições reais informadas pelo usuário;

Os objetivos específicos foram:

a) propor Modelos de padronização, que possibilitem garantir a continuidade entre os passeios de uma mesma face de quadra, evitando a necessidade de acordo entre os moradores e transferindo as diferenças de largura entre calçadas vizinhas, para uma área que não atrapalhe o pedestre;

b) testar Modelos que sirvam de projeto da calçada em formato de planta construtiva;

c) viabilizar os elementos fundamentais para a qualificação do debate social com os setores prioritários sobre o uso, construção e conservação da calçada;

d) proporcionar elementos conclusivos que sirvam de base para proposição de leis de padronização de calçadas ecológicas no município de Sinop.

2 Contexto da Pesquisa

Sinop é uma cidade situada no norte do Estado do Mato Grosso, às margens da BR 163, aproximadamente 505 km da capital do Estado, Cuiabá. A povoação vive um cenário de acelerada expansão urbana aliada ao crescimento do uso e ocupação do solo.

O aumento populacional trouxe benefícios econômicos e culturais, fazendo do município uma referência na indústria, comércio e serviços para as demais cidades do norte do estado, tendo como característica marcante do município a concentração de universidades e faculdades que contemplam cursos nas diversas áreas do conhecimento.

Apesar da cidade ser planejada e estar em uma área de relevo plano, na origem da ocupação fez surgir problemas de infraestrutura. A diminuição de áreas verdes e a impermeabilização do solo têm causado aumento na temperatura, além do sistema de drenagem não suportar o volume de água gerado pelas chuvas. Mesmo com excesso de piso na calçada, a mobilidade e acessibilidade não é garantida, devido a sobressaltos e inclinações críticas.

No benefício econômico, Schorr (2013) avaliou a área permeável e escoamento superficial na região central de Sinop, e concluiu que a implantação de calçadas com áreas permeáveis capaz de reduzir em 9% o escoamento superficial nas vias urbanas pode ser uma boa alternativa, considerando que a capacidade de escoamento da galeria pluvial varia entre 11% e 22% do total de escoamento superficial calculado, uma redução de 9% pode ser considerável na redução das inundações na área central.

No benefício social, Coutinho (2015) calculou o Índice de Mobilidade Urbana Sustentável (IMUS) para a infraestrutura de transportes, tráfego e circulação urbana de Sinop, e os resultados relativos ao tráfego e circulação urbana foram prejudicados, principalmente, pelos indicadores referentes ao percentual de acidentes fatais com pedestres e ciclistas e a pequena abrangência de dispositivos para prevenção de acidentes, o que resultou em uma pontuação igual a 65,30% da pontuação máxima.

No benefício ambiental, Machado (2015) em sua tese sobre Inserção do Clima como Critério para o Planejamento Urbano observou uma diferença de temperatura na ordem de 1,4 ºC entre um ponto na Av. Júlio Campos e outro na Av. Vitória Régia ambas no município de Sinop, medidos no início do período matutino, quando a cidade ainda inicia o processo de absorção de radiação proveniente da atmosfera. Ficando clara a influência com temperaturas mais elevadas no centro da cidade, devido à densidade construtiva, trânsito de veículos automotores e baixa concentração de áreas verdes e permeáveis.

Devido aos fatores científicos que envolvem o planejamento e o desenho urbano, surge então a necessidade do envolvimento da comunidade acadêmica com os problemas comunitários e o engajamento no desafio de resolver dentre outras situações, a falta de continuidade nas calçadas de Sinop.

Nessa perspectiva o Projeto de Extensão Universitária da UNEMAT de Portaria N° 659/2014, Canteiros de Sabores e Saberes, já desenvolvia trabalhos em bairros periféricos de Sinop com o objetivo de integrar a comunidade e a universidade, de forma que os problemas reais fossem estudados pelos acadêmicos. Além dos trabalhos sobre calçadas ecológicas, se destacam a produção de adubo orgânico com resíduos de podas, o sistema de comercialização solidária - CANTASOL, a Web Rádio Refúgio com música alternativa, Horta Comunitária e as pesquisas mais recentes, Prensa Enfardadeira para coleta seletiva do lixo, Banco de sementes nativas e Africanidades. Essa pesquisa deriva dos trabalhos do Projeto de Extensão sobre calçadas ecológicas iniciada no bairro Jardim das Nações. Onde no ano de 2012, começavam as obras de pavimentação, e logo após a conclusão do pavimento, os moradores teriam um prazo para a construção das calçadas; posteriormente, no bairro Jardim Itália II, que teve seus terrenos comercializados após a conclusão do pavimento.

O objetivo dos trabalhos era de orientar algumas construções de calçadas, sem corte das árvores ou alterações no nível do trilho no portão, onde o desafio foi os acadêmicos executarem calçadas Modelo, que serviriam de parâmetro para o restante do bairro, e posteriormente o fornecimento de projetos de calçadas gratuitos aos moradores.

Nesse contexto, portanto, buscou-se saber se há elementos favoráveis que possam se articular nas Ciências Jurídicas, na Engenharia Civil e na Arquitetura e Urbanismo, para garantir a continuidade da faixa livre, tanto em largura como em inclinações e acessos, faixas de drenagem, e arborização com sombreamento.

Para que isso ocorra, é necessário pensar em uma solução matemática com o objetivo de padronizar as

(3)

medidas utilizadas, e ser garantido os parâmetros da continuidade para acessibilidade e mobilidade tornando a calçada acessível.

Durante as atividades desta pesquisa, houve avanços, dentre eles, participação na Minuta de lei de arborização urbana e a criação da Minuta de lei de calçadas do município de Sinop que poderá ser encaminhada para a Câmara de Vereadores futuramente, justificando a importância do envolvimento acadêmico com os problemas sociais. 3 Revisão Teórica

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, a calçada é parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário, sinalização, vegetação e outros fins (CTB, 1997).

Segundo ABNT NBR 9050/2015, acessibilidade é possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias. A Lei Complementar do código de obras nº 006 de 03 de outubro de 2001, define que as calçadas de Sinop possuem larguras de 3, 4, 5 e 6 metros, e variam de acordo com a via adjacente.

A calçada também chamada de passeio ou passeio público, é o espaço urbano destinado ao transito de pedestres, que deve ser acessível e composta por no mínimo três faixas, sendo elas, a faixa central de piso e duas faixas laterais de grama, em áreas centrais pode ser suprimida uma das faixas de grama e aumentada a faixa de piso.

A solução dos problemas encontrados nos passeios públicos de Sinop não envolve apenas questões técnicas, é preciso estudar as questões socioculturais e econômicas que faz com que a maioria dos municípios brasileiros vivenciem essas dificuldades atualmente.

Segundo Benevolo (2005), a abordagem científica dos problemas do ambiente construído se enquadra na cultura científica, indispensável ao desenvolvimento da sociedade moderna. Mas os problemas do ambiente construído foram propositalmente subtraídos à análise científica, porque somente assim é possível conservar o equilíbrio dos interesses imobiliários estabelecido no último século, que não é apenas uma frente de privilégios para algumas categorias econômicas, mas um instrumento de poder para o conjunto das classes dominantes. De fato, nenhum regime político soube até agora renunciar por completo a este instrumento. As classes sociais que habitam a cidade possuem uma concepção de ambiente urbano diferente, tornando visível alguns aspectos da calçada que são comuns em determinados bairros, neste sentido é preciso que a continuidade e acessibilidade seja um objetivo comum para as diversas comunidades urbanas, sendo, a variável social considerada durante a pesquisa. As concepções de Ferreira (2005) definem o desenvolvimento urbano sustentável com aspectos ambientais, sociais e econômicos comuns a todas as comunidades urbanas, mas dadas as diferentes

condições, em que se processa o desenvolvimento dessas comunidades, e as diferenças culturais que apresentam, o desenvolvimento urbano sustentável possui também aspectos que são específicos de uma determinada comunidade.

Para considerar esses aspectos específicos dentro de um conjunto maior, o conceito de Gestalt de Max Wertheimer (1924) resultado de investigações concretas em Psicologia, nos permite pensar uma calçada individual, dentro de um conjunto de calçadas que formam o quarteirão, que juntas formam o bairro, e o conjunto dos bairros formam o ambiente urbano. A teoria da Gestalt poderia ser expressa da seguinte maneira: existem totalidades, cujo comportamento não é determinado pelos seus elementos individuais, mas nos quais os processos parciais são eles mesmos determinados pela natureza intrínseca do todo. É a arte que se fundamenta no princípio da pregnância da forma e suas leis, ou seja, na formação de imagens, fatores como orientação, equilíbrio, clareza e harmonia visual participam das relações entre o ser humano e o ambiente (GOMES FILHO, 2000).

A calçada tem sua largura dimensionada durante o traçado urbano, que começa pelas definições das avenidas, ruas e calcadas em função da topografia, esses espaços são organizados para que se tornem acessíveis (Mascaró, 2003).

4 Materiais e Métodos

Este trabalho buscou solucionar a dificuldade de manter a faixa livre da calçada no mesmo nível largura e inclinação em relação as calçadas vizinhas ao longo do quarteirão, ou seja, garantir a continuidade. A metodologia utilizada foi a Pesquisa Participante de Carlos Rodrigues Brandão, onde pesquisadores-e-pesquisados são sujeitos de um mesmo trabalho comum, neste caso, garantir a continuidade nas calçadas do município de Sinop.

A participação não envolve uma atitude do cientista para conhecer melhor a cultura que pesquisa. Ela determina um compromisso que subordina o próprio projeto cientifico de pesquisa ao projeto político dos grupos populares cuja situação de classe, cultura ou história se quer conhecer porque se quer agir. (BRANDAO, 1990)

A pesquisa possui três eixos principais: a conscientização através do debate com os setores envolvidos, a concepção dos Modelos de padronização de calçadas e o desenvolvimento do aplicativo “Construir Calçadas” para sistema operacional Android.

4.1 Materiais

Os materiais que possibilitaram a realização desta pesquisa foram: normas técnicas, software para desenho técnico, planilhas eletrônicas, plataformas de programação, linguagens de programação, banco de dados web, imagens de satélite, tabelas de índices e composições, computadores e material de expediente. 4.1.1 Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

As normas da ABNT são normas técnicas direcionadas à interpretação e aplicação por profissionais. Foram utilizadas a NBR 9050/2015, que trata sobre

(4)

acessibilidade em espaços e equipamentos urbanos e a NBR 6492/1994, que descreve sobre representação de projetos de arquitetura.

As normas técnicas devem ser seguidas para que o produto seja validado nos requisitos mínimos de segurança, durabilidade e estética. O Código de Proteção e Defesa do Consumidor, Decreto nº 2.181 de 20 de março de 1997, traz que a responsabilidade por danos causados a outrem é de quem oferece o produto ou serviço.

4.1.2 Autodesk Inc.

O AutoCAD é um software de design e desenho técnico desenvolvido pela Autodesk Inc., possui versões para estudante com licença de uso por 3 anos, tendo todos os recursos das versões profissionais.

4.1.3 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI)

Segundo CAIXA (2015) o SINAPI foi implementado em 1969, pelo Banco Nacional de Habitação, o BNH, em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Criado para fornecer informações sobre custos e índices da construção civil habitacional, o SINAPI foi adotado pela CAIXA em 1986, em sucessão ao BNH. Utilizado na pesquisa para elaborar quantitativo e orçamento da calçada.

4.1.4 MIT App Inventor 2

O MIT App Inventor conforme a Figura 1, era um projeto criado pela Google que foi desativado em agosto de 2011 e teve seu código disponibilizado. O MIT (Massachusetts Institute of Technology) apoiado pelo Google criou um centro de estudos sobre tecnologias móveis, cujo objetivo era continuar o desenvolvimento do código (MIT, 2016).

Figura 1: Arquitetura do App Inventor para Android Mobile. Fonte:

http://appinventor.mit.edu/explore/content/what-app-inventor.html, 2016.

O App Inventor possibilita desenvolver uma aplicação em servidor na nuvem, permitindo que a aplicação seja salva automaticamente a cada modificação ou compilada em arquivo de instalação (apk) que pode ser distribuído aos usuários, permite também usar a aplicação enquanto está sendo montada em tempo real

sem a necessidade de compilar o código, necessita apenas que computador e o aparelho móvel com sistema operacional Android estejam conectados na mesma rede wi-fi. É uma plataforma direcionada a usuários que desejam desenvolver suas próprias aplicações sem tipo especifico.

O desenvolvimento é feito em dois ambientes: o App Inventor Design e o App Inventor Blocks Editor. Os ambientes possuem interface intuitiva que torna o desenvolvimento de aplicações fácil de ser manipulado, possibilitando que possam ser desenvolvidas aplicações simples sem conhecimentos profundos em programação.

App Inventor Design onde se constrói o leiaute que aparece na tela do aparelho, possui componentes arrastáveis e o desenvolvedor os posiciona na tela da sua aplicação, depois utiliza as propriedades do componente para modificar a gosto.

App Inventor Blocks Editor onde se constrói o código que executa as tarefas, tem a função de associar eventos para cada componente que for adicionado na interface Design, o código é construído encaixando as funções em forma de quebra-cabeça e digitando códigos extras em caixa de textos.

4.1.5 Scalable Vector Graphics e Portable Document Format

Os arquivos SVG, Gráfico Escalável Vetorial são arquivos de imagem que não perdem qualidade quando são ampliadas, permite zoom rápido e eficiente devido ao ajuste dos pixels, diferente de uma imagem bitmap que armazena um mapa de pixels, o SVG armazena a equação dos gráficos ocupando menos espaços e mantendo a qualidade da imagem, conforme demonstrado na Figura 2.

Figura 2: Imagem em Vetor SVG e Bitmap ampliados. Fonte: https://www.w3.org/TR/SVG11/, 2011. Foi criado em 1998 depois de propostas enviadas a W3C para padronização de linguagem vetorial para web, é expresso em linguagem XML e pode ser alterado em editor de texto.

Os arquivos PDF, Formato de Documento Portátil são usados para representar documentos que contenham textos, tabelas, mapas, gráficos e imagens produzidos por diversos softwares, possui padrão aberto para que aplicativos leiam ou gerem arquivos neste formato. 4.1.6 HyperText Markup Language

O HTML possui um conjunto definido de elementos e de atributos que podem ser utilizados por web sites e desenvolvedores de aplicativos para produzir

(5)

documentos, cada elemento é projetado para uma finalidade específica, com o seu próprio significado (W3C, 2010). Exemplo: < br > elemento que representa uma quebra de linha.

4.1.7 Fusion Tables e PubNub

O Google Fusion Tables é uma aplicação web de visualização de dados experimental para reunir, visualizar e compartilhar tabelas ou construção de mapas e gráficos. Desenvolvedores podem usar o aplicativo para inserir, atualizar, apagar e consultar informações, suporta equações nas células da planilha. O PubNub permite criar e implantar aplicativos com fluxo de dados entre dispositivos em tempo real, possibilita um conjunto de usuários, com fluxo de dados em uma única conexão, através de canais dedicados. 4.1.8 Google Inc. (Android)

Inicialmente o Android era um projeto da Android Inc., empresa startup focada no desenvolvimento de sistemas embarcados, que foi adquirida em 2005 pela Google, com o objetivo de entrar para o mercado de dispositivos móvel. Um dos principais nomes da Android Inc. era Andy Rubin considerado o criador. Várias versões do Android foram lançadas, agregando novos recursos e funcionalidades. Atualmente o Android move mais de um bilhão de dispositivos ao redor do mundo, desde smartphones e tablets a relógios, televisores e carros, encontra-se na versão 6.0 Marshmallow, e já possui algumas divulgações sobre o novo Android N. Os aplicativos são distribuídos aos usuários através da Google Play Store, loja oficial dos aplicativos Android.

4.2 Métodos de Concepção dos Modelos de Padronização

Durante as atividades realizadas nos bairros descritas no contexto da pesquisa, fez-se um levantamento dos dados com objetivo de orientar o traçado dos passeios, como algumas edificações tinham sido feitas antes da pavimentação das ruas foram encontrados problemas como: diversidade de largura das calçadas, árvores plantadas no traçado da faixa livre, diferença de largura na mesma face de quadra, e largura insuficiente para os elementos mínimos que compõem a calçada. Tabela 1. Medidas reais das calçadas projetadas nos bairros

Jardim das Nações e Jardim Itália II Largura total da Calçada (m) Nível da viga do portão (m) Largura na extremidade da face esq. (m) Largura na extremidade da face dir. (m) Calçada de esquina? 1,50 0,42 1,50 1,64 N 2,63 0,31 2,52 2,70 N 2,76 0,35 2,94 2,98 N 2,84 0,18 2,88 2,93 N 3,00 - 2,88 2,93 N 2,94 0,20 2,88 2,93 N 2,95 0,50 2,67 2,74 N 2,90 - 5,04 0,21 2,90 - 5,04 2,95 - 5,09 S 4,45 - 5,30 0,16 4,45 - 5,30 4,45 - 5,23 S 5,15 0,20 5,04 5,13 N

Fonte: Arquivo pessoal, 2013.

Este levantamento forneceu elementos fundamentais para a compreensão da realidade quanto às dificuldades a serem enfrentadas em relação a garantia da continuidade. A partir daí, passou-se a observar o conjunto das calçadas pela cidade, e visualmente, demonstra que os problemas encontrados nos bairros

onde o Projeto Canteiros atuou, são recorrentes em outros bairros do município de Sinop.

Para se garantir a continuidade sabendo que as calçadas são feitas de forma aleatória é preciso pensar em uma referência comum a todos os moradores, e que possibilite a junção em nível da faixa livre, sabe-se que o meio-fio acompanha a inclinação da via, isso permite que o nível do meio-fio já implantado através do estudo topográfico, feito pelos profissionais durante a execução dos projetos de estradas, seja utilizado pelo morador como instrumento de referência capaz de garantir a junção em nível, e manter a calçada a uma altura da via que permite a construção de rampas acessíveis. Deve-se então, usar o meio-fio como referência capaz de substituir a organização entre os moradores.

Durante o período de dimensionamento dos Modelos, ano de 2014 e 2015, foram realizados seminários e reuniões com a comunidade, profissionais da área de Construção Civil, estudantes e professores de Engenharia Civil, Arquitetura, Economia e Engenharia Florestal, Secretarias de Trânsito, de Desenvolvimento Urbano, de Meio Ambiente e de Obras, Associações de Bairro, Comerciantes e Lojistas. Para que fossem colhidas as sugestões e implantadas nos Modelos de padronização.

4.2.1 Dimensões dos elementos da calçada

Na Figura 3 está representado os elementos que compõe uma calçada correta, e as dimensões mínimas para cada elemento.

1) Faixa de Acesso, faixa de grama junto ao muro, sugestão do Núcleo de Desenvolvimento Urbano de Sinop, destinada ao embelezamento, uma prática comum no município, largura mínima 0,10 m.

2) Faixa Livre, faixa de trafego dos pedestres, especificação da NBR 9050/2015, largura mínima 1,20 m.

3) Faixa de Serviço, área de drenagem destinada ao plantio de arborização e instalação de mobiliário urbano, segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Sinop, deve ser de no mínimo 1,00 metro.

4) Piso Táctil, possui relevo de acordo com o tipo de sinalização, deve ser instalado nas laterais da faixa livre, nas rampas e em volta de obstáculos.

5) Rampas de Acesso a calçada nas esquinas, possui dimensões e sinalização táctil especificadas pela NBR 9050/2015.

6) Rampas de acesso para automóveis, segundo Núcleo de Desenvolvimento Urbano de Sinop deve possuir largura máxima de 3,50 m.

Figura 3: Elementos que compõe uma calçada correta. Fonte: Arquitetura e Construção, ed. 300, pg. 138, 2012.

(6)

4.2.2 Arborização da calçada

Árvores com a função de sombreamento, a Secretaria de Meio Ambiente de Sinop contribuiu com o estudo da arborização, incluindo a distância ideal da árvore sendo a 1,00 m e no mínimo 0,50 m do meio-fio, e, com as espécies indicadas para plantio observando as especificações da norma de compatibilização da arborização com as redes de distribuição de energia elétrica.

Na faixa de serviço deve ser plantada obrigatoriamente espécies para arborização que forneça sombra durante todas as estações do ano, mais na faixa de acesso pode ser plantada arborização de embelezamento a critério do proprietário.

4.2.3 Modelos de padronização

Para que sejam atendidas as larguras mínimas dos três elementos obrigatórios da calçada (faixa de serviço, faixa livre e faixa de acesso), a largura total da calçada, distância entre o início do meio-fio e o início do terreno, deve possuir a largura mínima de 2,30 m, sendo esta a largura mínima que os Modelos suportam.

Foram divididos em 6 Modelos descritos nas Figuras 4 a 9, com a finalidade de garantir a continuidade da faixa livre, servindo como planta construtiva, para calçadas que possuem largura de 2,30 até 6,00 m, variando em intervalos de números reais, possuindo suas dimensões e inclinações fixadas de acordo com as normas vigentes, capazes de absorver as diferenças entre os passeios vizinhos, e transferi-las para uma parte da calçada que não afeta o pedestre, sendo essa, a faixa de acesso onde fica a sobra com valor x. A partir da largura total de 2,80 m, pode-se incluir a faixa de desembarque e aumentar a dimensão dos 3 elementos conforme aumenta a largura total da calçada, em todos os Modelos a faixa de acesso mínima (variável x) é de 0,10 m, futuramente os Modelos devem contemplar a sinalização e o piso tátil. Os Modelos abaixo foram propostos para garantir a continuidade da faixa livre e os acessos com inclinações adequadas, busca manter o equilíbrio entre a necessidade de piso para o pedestre e as áreas de drenagem para água da chuva.

As dimensões cotadas no Modelo são fixas e a diferença entre a largura total da calçada e a largura dos elementos é incluída na faixa de acesso cotada no Modelo como variável x.

Modelo 01, (Figura 4) implantado nas calçadas com a largura total igual ou maior que 2,30 m e menor que 2,50 m.

Figura 4: Modelo 01 para calçadas de 2,30 a 2,50 m. Fonte: Arquivo pessoal, 2016.

Modelo 02, (Figura 5) para calçadas com a largura total igual ou maior que 2,50 m e menor que 2,80 m, a faixa livre aumentou em 0,20 m em relação ao Modelo 01, e

excepcionalmente nos Modelos 01 e 02 a árvore fica a 0,50 m do meio-fio distância mínima segundo (MASCARÓ, 2003).

Figura 5: Modelo 02 para calçadas de 2,50 a 2,80 m. Fonte: Arquivo pessoal, 2016.

Modelo 03, (Figura 6) para calçadas com a largura total igual ou maior que 2,80 m e menor que 3,20 m, adicionada a faixa de desembarque, a árvore fica a 0,85 m do meio-fio e retira-se 0,10 m da faixa de serviço.

Figura 6: Modelo 03 para calçadas de 2,80 a 3,20 m. Fonte: Arquivo pessoal, 2016.

Modelo 04, (Figura 7) para calçadas com a largura total igual ou maior que 3,20 m e menor que 3,80 me, a faixa de desembarque aumenta 0,10 m e a faixa livre aumenta 0,20 m.

Figura 7: Modelo 04 para calçadas de 3,20 a 3,80 m. Fonte: Arquivo pessoal, 2016.

Modelo 05, (Figura 8) para calçadas com a largura total maior ou igual a 3,80 m e menor que 4,80 m, a faixa livre aumenta 0,40 m.

Figura 8: Modelo 05 para calçadas de 3,80 aos 4,80 m. Fonte: Arquivo pessoal, 2016.

(7)

Modelo 06, (Figura 9) para calçadas com a largura total igual ou maior que 4,80 m, a faixa livre aumenta 0,50 m.

Figura 9: Modelo 06 para calçadas acima de 4,80 m. Fonte: Arquivo pessoal, 2016.

4.3 Métodos de Concepção do Aplicativo Construir Calçadas

Desenvolvido na plataforma do MIT com linguagens padrões do Android, o aplicativo usa dados reais informados pelo usuário para gerar informações geométricas em planta baixa com a localização e dimensão dos elementos da calçada, tabela quantitativa e orçamento para 5 tipos de calçadas que atendem as especificações necessárias de segurança e 5 espécies de árvores de pequeno e médio porte. 4.3.1 Interação entre os usuários

Tela inicial, é o ambiente de gestão das informações e atalhos para telas especificas do aplicativo. Observada na primeira imagem da Figura 10.

Mapa dos usuários, está direcionado para enquadrar a área urbana de Sinop, mas qualquer outro usuário no mundo também tem sua localização registrada. Conforme a segunda imagem da Figura 10.

Figura 10: Telas inicial e mapa dos usuários. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Banco de dados, restrito ao desenvolvedor, construído com as funcionalidades do Fusion Tables em formato de planilha eletrônica, suportando até 100 megabytes de tamanho, servirá para trabalhos futuros utilizando o histórico de uso do aplicativo. Conforme a primeira imagem da Figura 11.

Social do aplicativo, desenvolvido com as funcionalidades do PubNub para interação entre usuários, é um serviço de comunicação com dados correntes permitindo conversas em tempo real. Conforme a segunda imagem da Figura 11.

Figura 11: Telas do banco de dados e social do aplicativo. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

4.3.2 Entrada de dados e procedimentos internos Tipo de calçada, quando se inicia um novo projeto, o usuário escolhe o tipo de calçada desejado, cada tipo possui o material de acabamento diferente, todos possuem superfície apropriada para ser utilizado, de fácil aquisição e sistema construtivo tradicional no município. Conforme a primeira imagem da Figura 12. Situação da calçada, o usuário informa se a rede elétrica passa na calçada para a escolha da arborização, e depois se a calçada será construída no terreno de meio ou de esquina, o Aplicativo considera os terrenos inseridos em quadras com ângulos retos, direcionada as calçadas de edificações residenciais, ou comerciais com fluxo de pessoas menor. Conforme a segunda imagem da Figura 12.

Figura 12: Tela de escolha do tipo e posição da calçada. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Dados do para uma calçada em terreno de meio, o usuário informa as medidas das extremidades da face do quarteirão (A e B) e a largura do terreno (L), assim qualquer calçada entre A e B será feita usando o mesmo Modelo, a diferença de largura entre calçadas vizinhas será absorvida pela faixa de acesso cota x. Conforme a primeira imagem da Figura 13.

Outra situação é quando se tem terrenos de esquina, as larguras das faces de quadra podem ser diferentes, dependendo do tipo de via. Deve-se informar as extremidades (A e B) e (D e E), o aplicativo usará os pares de larguras das calçadas para escolha de dois Modelos, um para cada face. O usuário deve informar também a largura do terreno L e o comprimento do terreno C. Conforme a segunda imagem da Figura 13.

(8)

Figura 13: Telas de situação dos terrenos de meio e terrenos de esquina. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

Após o usuário informar as larguras dos portões de acesso, o aplicativo realiza os cálculos das áreas de piso e grama utilizando verificações condicionais e dimensões dos elementos individuais.

A área de piso e grama em m² é multiplicada pelos insumos e composições compondo o orçamento da calçada.

4.3.3 Saída de dados

O aplicativo utiliza a base de dados SINAPI para cálculo dos quantitativos e orçamentos considerando os impostos trabalhistas (não desonerado), com a composição de insumos para os 5 tipos de calçadas apresentadas abaixo, e, o custo total da tabela de composições, todas com referência de março/2016. Concreto bruto, é composto pelo código 85181 (Tabela 2), custo total de 51,80 reais por m² de piso.

Tabela 2. Passeio em concreto desempenado, traço 1:2,5:3,5 e espessura 5cm.

Classe/Tipo Códigos Descrição Unidade Coeficiente URBA 85181 Concreto bruto

desempenado m²

Composição 88309 Pedreiro h 0,8692 Composição 88316 Servente h 1,5667 Insumo 370 Areia media m³ 0,0502 Insumo 1379 Cimento kg 21,1533 Insumo 6189 Madeira m 0,066 Insumo 4718 Brita n° 1 m³ 0,0241 Insumo 4721 Brita n° 2 m³ 0,0241

Fonte: SINAPI (março/2016), 2016.

Piso cerâmico, é composto pela soma dos códigos 85181 e 87248 (Tabela 2 e 3), custo total de 80,32 reais por m² de piso.

Tabela 3. Revestimento cerâmico para piso com placas tipo grês de dimensões 35x35 cm aplicada em ambientes de

área maior que 10 m².

Classe/Tipo Códigos Descrição Unidade Coeficiente PISO 87248 Revestimento cerâmico m² Composição 88256 Azulejista h 0,24 Composição 88316 Servente h 0,15 Insumo 1287 Cerâmica m² 1,06 Insumo 1381 Argamassa kg 4,86 Insumo 34357 Rejunte kg 0,24

Fonte: SINAPI (março/2016), 2016.

Bloco intertravado, é composto pelo código 92396 (Tabela 4), custo total de 50,51 reais por m² de piso.

Tabela 4. Execução de passeio em piso intertravado, com bloco retangular de 20 x 10 cm, espessura 6 cm. Classe/Tipo Códigos Descrição Unidade Coeficiente

PAVI 92396 Bloco intertravado

Composição 88260 Calceteiro h 0,3975 Composição 88316 Servente h 0,3975 Insumo 370 Areia media m³ 0,0568 Insumo 4741 Pó de pedra m³ 0,0065 Insumo 36155 Paver m² 1,0487

Fonte: SINAPI (março/2016), 2016.

O código 73608 (Tabela 5), composição do passeio em pedra portuguesa, compõem dois tipos de calçadas. Placa de concreto, substituindo o insumo 4717 (Pedra portuguesa) por 11117 (Placa de concreto), custo total de 79,98 reais por m² de piso.

Tijolo maciço, substituindo o insumo 4717 (Pedra portuguesa) por 7258 (Tijolo maciço), custo total de 54,32 reais por m² de piso.

Tabela 5. Piso em pedra portuguesa branca, assentada sobre argamassa seca traço 1:6 (cimento e areia). Classe/Tipo Códigos Descrição Unidade Coeficiente

URBA 73608 Revestimento cerâmico

Composição 88260 Calceteiro h 1 Composição 88316 Servente h 1 Insumo 367 Areia grossa m³ 0,062 Insumo 1379 Cimento kg 13,34 Insumo 4717 Pedra port. m² 1

Fonte: SINAPI (março/2016), 2016.

Plantio de grama é composto pelo código 85180 (Tabela 5), custo de 10,23 reais por m² de grama.

Tabela 6. Plantio de grama esmeralda em rolo. Classe/Tipo Códigos Descrição Unidade Coeficiente

URBA 85180 Plantio de grama m² Composição 88441 Jardineiro h 0,1 Composição 88316 Servente h 0,1 Insumo 159 Adubo m³ 0,005 Insumo 3322 Grama m² 1 Insumo 25951 Fertilizante kg 0,1 Insumo 25963 Calcário kg 0,15

Fonte: SINAPI (março/2016), 2016.

Os valores por m² de piso e grama são multiplicados pelas áreas correspondente da calçada, e os resultados apresentados em forma de planilha. Conforme a primeira imagem da Figura 14.

Figura 14: Telas quantitativo e geração do projeto em PDF. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

(9)

4.3.4 Geração do projeto final.

O projeto é gerado e armazenado no aparelho móvel, com nome do arquivo projeto.pdf, salvo na pasta Projetos, criada durante a instalação, após ter o projeto criado o usuário clica em visualizar e será aberto o arquivo do projeto que pode ser impresso em papel A4. Sendo o Aplicativo apenas uma ferramenta experimental, o usuário será avisado que a planta gerada não dispensa a contratação de um profissional habilitado, serve apenas como orientação e simulação para orçamento e escolha dos materiais.

4.3.5 Recursos futuros para atualizações do Aplicativo Tendo a concepção inicial realizada por esta pesquisa as melhorias futuras do aplicativo continuaram, outros acadêmicos podem continuar a pesquisa e novos recursos serão implantados.

5 Procedimentos de Validação do Aplicativo Para realizar a validação do Aplicativo, foi escolhido o bairro Jardim das Nações III devido a diversidade nas dimensões das calçadas, existência de terrenos que possui e outros que não possui a calçada construída. O próximo passo foi a escolha de um quarteirão, optou-se pela quadra 02, contornada pelas ruas: das Codornas, dos Beija Flores, dos Papagaios e dos Canários. Conforme representado na Figura 15. Com as informações adquiridas no mapa município, fez-se um levantamento da numeração, as dimensões e a posição dos terrenos no quarteirão.

Figura 15: Quadra 02, Jardim das Nações III. Fonte: Google Earth, 2013 e Mapa de Sinop, 2013.

5.1 Geração de projetos individuais e aleatórios do quarteirão

A numeração dos terrenos foi organizada em ordem aleatória, para geração dos projetos individuais, com objetivo de simular a utilização do aplicativo pelos moradores sem acordo entre vizinhos e sem sequência de construção. Conforme representado na Tabela 6. Considerando a adequação das calçadas já existentes, e desconsiderando o nível da viga baldrame dos portões de acesso. Foram geradas as plantas individuais com as numerações aleatórias.

Durante a geração dos projetos individuais foram preenchidas informações no carimbo para identificar e diferenciar os projetos.

Tabela 6. Informações dos terrenos em ordem aleatória da quadra 02 Jardim das Nações III.

Terreno Largura (m) Comprimento (m) Extremidade das faces de quadra (m) A calçada é de esquina? 1A 14,86 12,00 4.75,4.68 N 7 11,50 30,00 4.82,4.96 N 17 11,50 30,00 4.75,4.68 N 5 12,00 29,73 2.45,2.60/4.82,4.96 S 9 11,50 30,00 4.82,4.96 N 2 12,00 29,73 2.60,2.45 N 19 11,50 30,00 4.75,4.68 N 10 11,50 30,00 4.82,4.96 N 8 11,50 30,00 4.82,4.96 N 1 14,87 12,00 2.60,2.45/4.68,4.75 S 6 11,50 30,00 4.82,4.96 N 12 15,00 11,50 4.96,4.82/4.60,4.52 S 11 11,50 30,00 4.82,4.96 N 16 11,50 30,00 4.75,4.68 N 3 12,00 29,73 2.60,2.45 N 4 12,00 29,73 2.60,2.45 N 14 11,50 30,00 4.75,4.68 N 18 11,50 30,00 4.75,4.68 N 13 11,50 30,00 4.75,4.68/4.52,4.60 S 12A 15,00 11,50 4.60,4.52 N 15 11,50 30,00 4.75,4.68 N Nota: A, B e A, B / D, E. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016.

5.2 União dos projetos individuais do quarteirão

Utilizando as plantas individuais lado a lado, para formar o projeto completo do quarteirão e analisar se a junção possibilita que se tenha a continuidade da faixa livre, os terrenos foram reorganizados com seus respectivos Modelos de calçadas gerados. Conforme representado na Tabela 7.

Tabela 7. Informações dos terrenos em sequência crescente, quadra 02 Jardim das Nações III.

Terreno Largura (m) Comprimento (m) Modelos de padronização A calçada é de esquina? 1 14,87 12,00 Modelo 02/05 S 2 12,00 29,73 Modelo 02 N 3 12,00 29,73 Modelo 02 N 4 12,00 29,73 Modelo 02 N 5 12,00 29,73 Modelo 02/06 S 6 11,50 30,00 Modelo 06 N 7 11,50 30,00 Modelo 06 N 8 11,50 30,00 Modelo 06 N 9 11,50 30,00 Modelo 06 N 10 11,50 30,00 Modelo 06 N 11 11,50 30,00 Modelo 06 N 12 15,00 11,50 Modelo 06/05 S 12A 15,00 11,50 Modelo 05 N 13 11,50 30,00 Modelo 05/05 S 14 11,50 30,00 Modelo 05 N 15 11,50 30,00 Modelo 05 N 16 11,50 30,00 Modelo 05 N 17 11,50 30,00 Modelo 05 N 18 11,50 30,00 Modelo 05 N 19 11,50 30,00 Modelo 05 N 1A 14,86 12,00 Modelo 05 N Nota: Modelo xx/xx implantados em esquinas um Modelo para cada face de quadra. Fonte: Arquivo Pessoal, 2016. O resultado final, assim como os projetos individuais, que devido a escala não permitir uma boa visualização foram hospedados em nuvem.

Optou-se em hospedar o projeto final de todo quarteirão em PDF, gerado utilizando software AutoCAD, disponibilizado no Google Drive com visualização aberta, e pode ser acessado no link:

https://drive.google.com/folderview?id=0B7Nx2XfRUtY

(10)

6 Considerações Finais

Observou-se que a falta de informações tem causado diferença entre as calçadas vizinhas, principalmente erros na posição de plantio das árvores, erros na posição da lixeira, plantio de espécies de árvores de grande porte embaixo da rede elétrica, plantio de espécies próximo ao meio-fio que não fornecem sombra, falta ou excesso de piso na calçada, piso com inclinações elevadas, uso de toda largura do passeio público para fins particulares, acumulo de entulhos e outros materiais tornando inacessível para uma parcela considerável da população.

As concepções dos Modelos de padronização dentro do seu domínio de implantação se mostram capazes de absorver as diferenças entre passeios vizinhos e garantir a continuidade, utilizando o meio-fio como referência de nível e as dimensões cotadas, executadas de acordo com o projeto. Por isso, devem ser discutidos com todos os seguimentos da sociedade organizada que tenham interesse em participar e sugerir as melhorias que os Modelos devem se adequar futuramente.

Quanto à utilização do Aplicativo “Construir Calçadas”, para atender os objetivos da comunidade, necessita que seja divulgado e aplicado junto à população de Sinop. No processo de aplicação com a participação efetiva dos usuários, prevê-se que o mesmo receba contribuições e que se reestruture no sentido de torná-lo o mais didático possível, para que, profissionais e pessoas leigas tenham uma ferramenta confiável na geração de projeto e orçamento de calçadas no município.

Os resultados referentes ao debate social se mostram favoráveis considerando as matérias exibidas na mídia local que desperta o interesse na sociedade sobre construção e manutenção do passeio público. A contribuição desta pesquisa para qualificação do debate social é difícil de ser quantificada, considera-se então as novas calçadas que estão sendo construídas com alguns elementos que as aproximam destes Modelos e mostra que as calçadas convergem para continuidade.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS. NBR 9050: Acessibilidade a edificações,

mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de

Janeiro, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS

TÉCNICAS. NBR 6492: Representação de projetos de

arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.

BENEVOLO, Leonardo. História da cidade. Tradução de Silvia Mazza. 4. ed. São Paulo: Perspectiva, 2005. BRASIL. Código de Trânsito Brasileiro. CTB. Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997.

BRASIL. Código de Proteção e Defesa do Consumidor. CPDC. Decreto nº 2.181 de 20 de março de 1997. BRASIL. Caixa Econômica Federal. SINAPI: metodologias e conceitos: Sistema Nacional de

Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil / Caixa Econômica Federal. Brasília: CAIXA, 2015.

BRANDÃO, Carlos Rodrigues. Pesquisa Participante. São Paulo: Brasiliense, 1990.

GOMES FILHO, João. Gestalt do objeto: sistema de

leitura visual da forma. São Paulo: Escrituras, 2000.

GOOGLE INC. Android Developers, disponível em: < http://developer.android.com/index.html > acessado em maio de 2016.

GOOGLE INC. Fusion Tables, disponível em: < http://developer.android.com/index.html > acessado em maio de 2016.

GOOGLE INC. PubNub, disponível em: < http://developer.android.com/index.html > acessado em maio de 2016.

MASCARÓ, Juan Luis. Loteamentos Urbanos. Porto Alegre: Livraria do Arquiteto, 2003.

MIT. Official MIT App Inventor website, disponível em: < http://appinventor.mit.edu/ > acessado em maio de 2016.

SINOP. Prefeitura Municipal. Lei Complementar de Nº

029/2006. disponível em: <

https://sic.tce.mt.gov.br/41/home/download/id/22881 > acessado em maio de 2016.

SINOP. Prefeitura Municipal. Lei Complementar de Nº

006/2001. disponível em: <

https://sic.tce.mt.gov.br/41/home/download/id/22899 > acessado em maio de 2016.

SINOP. Prefeitura Municipal. Lei Complementar de Nº

004/2001. disponível em: <

https://sic.tce.mt.gov.br/41/home/download/id/22804 > acessado em maio de 2016.

SINOP. Prefeitura Municipal. Plano Comunitário para

Execução de Obras de Infraestrutura Urbana de Nº

1103/2009. disponível em: <

https://sic.tce.mt.gov.br/41/home/download/id/11941 > acessado em maio de 2016.

SCHORR, L. R.: LEÃO, E. B. Área permeável e

escoamento superficial na região central de Sinop-MT.

Artigo de graduação apresentado a Banca do Curso de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Mato. disponível em: < https://sites.google.com/a/unemat- net.br/sietcon-engenharia-civil/trabalho-de-conclusao-de-curso/tcc-2013-1/tcc---laercio-ronei-schorr > acessado em maio de 2016.

SANCHES, J. C. M.: Uma metodologia para a inserção

do clima como critério para o Planejamento Urbano: Análise da cidade de Sinop-MT. Tese de Doutorado

apresentado a Banca do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Estado do Rio

de Janeiro. disponível em: <

http://periodicos.ufsm.br/reget/article/view/13815 > acessado em maio de 2016.

COUTINHO, W. A. F.: RIVA R. D.: Índice de Mobilidade

Urbana Sustentável (IMUS) para a infraestrutura de Transportes, tráfego e circulação Urbana em Sinop-MT. Artigo de graduação apresentado a Banca do

Curso de Engenharia Civil da Universidade do Estado de Mato Grosso. disponível em: < https://sites.google.com/a/unemat-net.br/sietcon- engenharia-civil/trabalho-de-conclusao-de-curso/tcc-2015-2 > acessado em maio de 2016.

W3C. Scalable Vector Graphics (SVG) 1.1 (Second

Edition). disponível em: <

https://www.w3.org/TR/SVG11/ > acessado em: maio de 2016.

Referências

Documentos relacionados

Os testes de desequilíbrio de resistência DC dentro de um par e de desequilíbrio de resistência DC entre pares se tornarão uma preocupação ainda maior à medida que mais

CAIXA, além do benefício previsto no parágrafo segundo da cláusula 26, o empregado que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança fará jus

1 Reactividad, Fuerza reactiva.. Desta forma, o estudo das manifestações de força implicadas nesta corrida, pode constituir-se como um importante meio de controlo

4.5 Conclusões: Este trabalho mostrou um modelo criado para representar uma linha de transmissão monofásica através de uma cascata de circuitos π, cujos parâmetros longitudinais

No âmbito da sua atividade de controlo de operações de concentração de empresas, a AdC adotou, durante o ano de 2016, um total de 63 decisões finais e uma decisão de passagem

Ninguém quer essa vida assim não Zambi.. Eu não quero as crianças

As resistências desses grupos se encontram não apenas na performatividade de seus corpos ao ocuparem as ruas e se manifestarem, mas na articulação micropolítica com outros

Os gráficos de controle para altura total HT apresentaram tendência de diminuição do erro médio absoluto, à medida que os plantios envelhecem, a exceção dos plantios de sete anos