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A condição corporal como indicativo da atividade ovariana de vacas de corte criadas sob condições extensivas nas primeiras semanas pós-parto.

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidente

Fernando Henrique Cardoso

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO

Ministro

Marcus Vinicius Pratini de Moraes

EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA

Diretor-Presidente Alberto Duque Portugal

o

i retores- Executivos Dante Daniel Giacomelli Seolari Elza Angela Battaggia Brito da Cunha

José Roberto Rodrigues Peres

EMBRAPA PECUÁRIA SUL

Chefe-Geral Interino Roberto Silveira Collares

Chefe Adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento Roberto Silveira Collares

Chefe Adjunto de Administração Laudo Orestes Antunes Del Duca

(3)

Boletim de Pesquisa. 20

-ISSN 0103-3743 Setembro, 2000

A CONDIÇAO CORPORAL

COMO INDICA TIVO DA

ATIVIDADE OVARIANA

DE VACAS DE CORTE

CRIADAS SOB

CONDiÇÕES EXTENSIVAS

NAS PRIMEIRAS

SEMANAS PÓS-PARTO.

José Carlos Ferrugem Moraes

Carlos Miguel Jaume

EmpfllS. BrllsiJeira de Pe!i(I-viu Agfop~ulfrl(J Ct!f)UO dlt ~..JQu;s~ de ~ClliJri~ {!tu ~mfH>~ ~Jbrltslll:"ros

(4)

Exemplares desta publicação devem ser solicitados à:

Embrapa Pecuária Sul

Área de Comunicação Empresarial e Negócios Tecnológicos BR 153 -km 595 -Vila Industrial Caixa Postal 242 CEP 96400-970 -Bagé, RS Fone/Fax: (OXX53) 242-8499 Tiragem: 300 exemplares Comitê de Publicações

Coordenador: Roberto Silveira Collares Membros: Ana Maria Sastre Sacco

Produção gráfica:

Francisco de Paula Jardim Alves-Branco Joal José Brazzale Leal

João Carlos Pinto Oliveira José Otávio Neto Gonçalves Odoni Loris Pereira da Silveira

Diagramação e capa (arte/criação/execução): Roberto Cimirro Alves

Moraes, J.C.F. & Jaume, C.M. A condição __ corQºral~ol]lo indicativo da atividade ovariana de vacas de corte sob condições extensivas nas primeiras semanas pós-parto. Bagé, Embrapa Pecuária Sul, 2000.

32p. (Embrapa Pecuária Sul, Boletim de Pesquisa, 20)

1. Bovinos de corte. 2. Vacas. 3. Pós-parto. 4. Condição corporal I. Titulo. I!. Série

CDO 636.082 41

(5)

SUMARIO

RESUMO ... 05

ABSTRACT .... 07

INTRODUÇÃO ... 09

MATERIAL E MÊTODOS ... 11

RESULTADOS ... 13

DISCUSSÃO ... 17

CONCLUSÃO ............ 21

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................... 23

TABELAS .... .................................... 27

(6)

A CONDiÇÃO CORPORAL COMO INDICATIVO DA

A

T

IVIDADE OVARIANA DE VACAS DE CORTE

CRIADAS SOB CONDiÇÕES EXTENSIVAS

NAS PRIMEIRAS SEMANAS PÓS-PARTO

.

Jose Carlos F~rrugenl Moraes. Carlos Miguel Jaum .

RESUMO

o estado nutr

icional das vacas pós-parto é um importante fator determinante da atividade ovariana e do restabelecimento do ciclo estral. Este estudo objetivou verificar uma possível associação entre a condição corporal e a população folicular em vacas de corte, criadas sob condições extensivas, nas primeiras onze semanas pós-parto, visando sua utilidade no manejo reprodutivo de vacas com cria ao pé. A condição corporal embora seja uma medida subjetiva para estimar o balanço nutricional é útil para programar os acasalamentos em vacas com cria ao pé, uma vez que é um bom indicador do tipo de folículos presentes nos ovários e da probabilidade de fecundação' até 90 dias pós-parto em sistemas extensivos de criação de vacas de corte.

Méd Vel P squlsadól dil EmbrapB P .. L:lIália Sul. C P 242 CEP 96400-970 Bagó RS

(7)

BODY CONDITION AS AN INDICATION OF

OVARIAN ACTIVITY DURING THE FIRST WEEKS

POST·PARTUM OF BEEF COWS UNDER

EXTENSIVE BREEDING CONDITIONS

ABSTRACT

The nutrilional state of lhe cows past-parturn is a determining faetor af the ovarian follieular aetivity and lhe re-establishmenl of estrous eyeles.

The objective af the present work was to study the relationship between body condition and ovarian follicular populatian during the first 11 weeks post-partum in beef caws under extensive breeding systems. Although the body condition seore is a subjective measure of lhe body reselVes, it is useful to programe the mating of cows wilh suekling ealves, sinee it is a good indieator af lhe type of follieles present in their avaries and of the probability

Df

fertilization up to 90 days post-parturn in extensive beef cattle breeding systems.

(8)

INTROiDUÇAO

o

intervalo entre o parto e- a wimeira oVJlação férW em

bovinos depende pelo menos do estado nutricio~~al, da produção de

leite, do tipo de aleitamento, da es~ação do ano, da icade d.a vaca e

da presença de touros (Gordon. 1996). Da nteração entre esses

fatores depende a intensidade do anestro pós-parto e o sucesso

reprodutivo da vaca com cria ao pé. Por:anto, a formulação de

alternativas. visando maiores taxas reprodutüvas

é

uma tare"fa árdlia

e dependente da hierarquização dos efeitos desses fatores sobre a

primeira ovulação pós-parto. Nos sistemas ~e produção de gado de

corte, sob condições extensivas, a nvnção

é

o pnncipal aspecto

envolvido no bloqueio da liberação de GnRH, secreçac de LHo

culminando com adequado desenvolvimento folicular e ovulação

(Webb et aI .. 1999).

Diversos estudos têm demonstrado a associação entre a

população folicular e o estado nutricional dos an~mais, que

subjetivamente pode ser estimado pela condição corporal {CC~. Fc~

constatada menor ocorrência de fofíC.Jlos > 15mm e maior incidência de foliculos < 5mm e medianos < 9mm em vacas em estado nutricional deficiente (De la

Sela

et ai., 1993; ll..ucy et aI.

1991 a,b). Além disso, a velocidade de crescirr,ento de folícu!os

estrogênicos foi observada como assodada a qualidade e quantidade da dieta (Murphy et aI., 1990i, Dem como o diâmetro

desses folículos, ou seja, menores em animais submetidos a restrição alimentar (Murphy et ai., 1990; G:-in ard et aI., 1995). Uma

(9)

outra evidência dessa associação foi a constatação de maüores diâmetros dos folrculos dominantes em novilhas ganhando peso (Murphy etal .. 1990; Spicer et ai., 1991: Rhodes er ai., 1995).

Esses estudos foram conduzIdos sob co dtçôes controladas de alimentação e forneceram importantes evidências para

a.

formulação de alternativas que busquem a redução do pe Iodo de anestro pós-parto. No entanto, sob condições extensivas de criação, onde há ampla variação na qua~idad!e e quanfiidade de alimento que está sendo ofertada aos animais, não se sabe efetivamente, como se apresenta a população de foHcLlJJos ovarianos nas primeiras semanas pós-parto, com respeito ao indicador condição corporal, que tem sido u Hizado para monitorar as atividades reprodutivas nos rebanhos de cria e a oferta de alimento (ver por exemplo Short et ai., 1970).

O objetivo desse estudo

é

de verificar a assodação entre a população folicular e a condição corporal em vacas de corte nas primeiras onze semanas pós-parto.

(10)

MATERIAL E MÉTODOS

Um total de 230 vacas de corte das raças Hereford e Aberdeen Angus foram acompanhadas por ultra-sonografia

ovariana entre a primeira e a 11 a semana pós-parto. Esses animais

foram utilizados em seis experimentos com o objetivo de avaliar a eficácia de métodos hormonais e de desmame na indução de

ovulação precoce. Aqui apenas são descritas as aferições ultra

-sonográficas em animais de grupos controle e/ou antes de

receberem os respectivos tratamentos.

A avaliação da CC foi de acordo com o critério descrito por

Cachapuz (1997), preconizado pela EMATER no Rio Grande do

Sul, com a estratificação dos animais em cinco classes (1 caquética;

5 gorda).

Na Tabela 1 é apresentado um resumo dos ensaios,

incluindo número de animais, meses dos partos, as semanas

pós-parto em que foram procedidas as avaliações e a freqüência com que foram efetivadas.

Na Figura 1 é apresentado o percentual de vacas de corte em baixa condição corporal nas primeiras semanas pós-parto, quando

paridas na primavera ou no outono, com o objetivo de evidenciar a

ampla variação em função do conjunto de individuas, data de parto, condição nutricional e fatores climáticos devidos a ano. Essa figura ilustra a dificuldade em recomendar tecnologias quando a regra é a ocorrência de variação e não de um padrão predizível. Apenas nas

(11)

vacas paridas no outono, os efeitos adversos do inverno

subseqüente, determinam um padrão semelhante, com o aumento no percentual de vacas em CC2, ainda assim associado a data dos partos e CC ao parto.

As avaliações ultra-sonográficas foram efetuadas com transdutor de 5mHz (VetScan 480, Pie Medica!). sendo as imagens desenhadas e fotografadas, visando o acompanhamento de cada folículo na avaliação subsequente. Cada foliculo observado teve seu diâmetro aferido e anotado. Com o objetivo de padronização, as variáveis analisadas em cada um dos ensaios (DIAMFOL diâmetro do maiorfolículo e NOFOL -número total de folículos > 2 mm) foram agrupadas em semanas pós-parto e submetidas a análise de variância. O dia do parto foi considerado como o dia zero, sendo que para cada conjunto de sete dias foi atribuído o valor da variável de classificação semana pós-parto. Os dados foram analisados separadamente em cada ensaio, visando apenas verificar o comportamento das variáveis em função dos fatores CC e semanas

pós-parto. O número de medidas foi distinto em cada semana em decorrência da peculiaridade de cada um dos ensaios, descrita em maiores detalhes em: 1, Jaume

&

Moraes (1996); 2, Moraes el aI. (1998); 3, Moraes & Jaume (1996); 4, Paludo et ai. (1998): 5, Santos et ai. (1997): 6, Müller el aI. (1999).

(12)

RESULTADOS Ensaio 1

Neste ensaio as variáveis DIAMFOL e NOFOL foram analisadas apenas no grupo controle (não submetido a tratamento

com medroxi-progesterona e eCG) e apenas aos 45 dpp (6a

semana) em todas as vacas, em função dos animais terem sido

posteriormente tratados. Neste conjunto de dados a média geral da

população folicular foi de 5,6 folículos, não tendo sido afetada

significativamente nem pela CC nem pela semana da avaliação. A

população folicular oscilou de 6,3±O,34 folículos na CC2 até

4,6±O,93 folículos na CC4. Da mesma forma o diâmetro do maior

foliculo não foi afetado pela CC e pela semana pós-parto. As médias

para as CC 2,3 e 4 foram respectivamente de 9,1_0,03mm.

9,4±O,04mm e 10,O±O,09. Ensaio 2

A condição corporal afetou significativamente o diâmetro do maior folículo visualizado nos ovários. que mostrou média maior

nas melhores CC (Tabela 2). Já no que concerne ao ajuste ao longo

do experimento, nas diferentes semanas pós-parto foi constatada

redução no número de folículos (P<O,01) entre a 43

e 7a semana

pós-parto. Esse padrão foi observado em vacas mantidas com cria

ao pé, porém em boas condições alimentares, ou seja, igual ou

(13)

Ensaio 3

Este ensaio foi implementado em apenas oito vacas paridas no outono, porém avaliadas durante 10 semanas. As vacas incluídas neste ensaio apresentavam excelente condição corporal no início das avaliações, porém foram perdendo condição ao longo do tempo (Figura 1). A CC afetou significativamente o NOFOL e o DIAMFOL (Tabela 3).

Na Figura 2 pode ser visualizado diâmetro médio do maior folículo, que nesses animais a partir da 3" semana pós-parto ja

apresentou valores superiores

a

5mm, mesmo assim, pode-se constatar que o diâmetro médio do maior folículo, a partir da 5<1 semana oscila entre 8,5 e 11 mm.

Adicionalmente, esses mesmos dados foram analisados enfocando a presença de um foliculo estrogênico, nesse caso assumindo o critério descrito por Staag et aI. (1994), ou seja, considera-se que há dominância, quando constata-se um folículo >

10mm e o segundo tem um diâmetro pelo menos 2mm inferior. Nestas circunstâncias observa-se

a

mesma tendência descrita na Tabela 3 e na Figura 2, apenas que, vacas em CC2 não apresentaram dominância e o diâmetro do maior foliculo foi respectivamente de 11,1±O,07, 12,4±O,11

e

13,7±O,13, para CC3,

CC4eCc5. Ensaio 4

No grupo de 30 vacas incluídas neste ensaio sua condição corporal média variou significativamente de 3,1±O,03 na segunda semana até 2,6±O,1 O na quarta semana pós-parto. Na Tabela 4 estão apresentadas as médias do diâmetro do maior folículo em

(14)

cada avaliação e a população lotai de folículos nos ovários. Onde pode ser constatado que tanto o diâmetro do maior foi iculo quanto o número total de folículos aumentou com o aumento do escore da CC.

Ensaio

5

As vacas incluídas neste ensaio foram avaliadas nas

primeiras sete semanas pós-parto e apresentaram também uma variação significativa no seu estado corporal. A Figura 3 ilustra essa variação, sendo que este é o quadro típico constatado em vacas paridas na primavera sob condições extensivas de criação.

O desenho experimental objeto principal desse ensaio foi o de averiguar a utilidade do uso de cipionato de estradiol na terceira

semana pós-parto quando as vacas apresentavam um follculo dominante. Assim, todas as vacas foram tratadas na terceira semana pós-parto (até a 5i! avaliação) em duas condições com ou sem a presença de um FO em seus ovários. Em função disso, apenas foi utilizado para averiguar o efeito da CC sobre o diâmetro do maior folículo e NOFOL as primeiras cinco avaliações (até a 3d

semana).

Na Tabela 5 estáo apresentadas as médias ajustadas para as variáveis analisadas, observa-se um fato Interessante no que diz respeito ao diâmetro do maior folfculo quanto a CC. Quando a CC é baixa ao parto, nas primeiras semanas os fo!fculo apresentaram um maior diâmetro do que nas CC entre 3 e 5. Já a populaçáo folicular

apresentou a mesma tendência dos demais ensaios analisados, ou

seja, maior número de foliculos nas vacas em melhor CC. No que diz respeito as semanas avaliadas apenas NOFOL apresentou

(15)

tendência significativa de acréscimo no pós-parto. Neste ensaio foram constatadas Interações significativas entre a CC e as semanas pós-parto em que foram efetivadas as avaliações. Na Figura 4, estão apresentadas em "a" as médias do diâmetro do maior folículo nas primeiras três semanas pós-parto, indicando que efetivamente as vacas em CC2 apresentam um maior diâmetro folicular médio na primeira semana pós-parto e que as vacas com CC4 e 5 apresentam maior população folicular na terceira semana.

Ensaio 6

As avaliações ultra-sonográficas foram efetuadas dianamente em vacas paridas no outono, visando um protocolo semelhante ao Ensaio 4, apenas em outra época do ano, quando os animais apresentaram uma rápida queda na CC até a 4" semana pós-parto (Figura 1 b). Na Tabela 5 pode ser observado o efeito significativo da CC, quando foram empregadas subclasses entre CC2 e CC4, constatando-se diâmetros maiores a partir da CC3,5. A mesma forma a população folicular visualizada foi maior em vacas emCC4.

(16)

DISCUSSÃO

o

presente estudo foi organizado com a análise de ensaios

separados efetuados em momentos dIstintos, ajustando com

respeito ao parto das vacas, para evic'enciar que cada conjunto de

avaliações, cada ano experimefntal. cada época do ano são

peculiares; e. quando, são avaliadas médias e correlações simples,

simplifica-se, reduz-se a variação total e pode-se efetfvamen e

descrever alguns aspectos biológ~cos que nem sell1pre são

repetitivos e definitivamente decorrentes de um mecanismo interdependente. Assim o objeto deste estudo (seis ensa~os, incluindo 230 vacas paridas em mnrr'entos di1stintos) apresenta a

ampla variabilidade, principalmente decorrente da oferta de

forragem nas pastagens naturais e condrções climáticas.

A condição corporal pod.e im:!icar dülferenças na atividade

ovariana através de uma avaliação ecográfica? Essa foi a questão fundamental proposta, respondida afirmativamente por cinco dos seis ensaios analisados sob esce enfoque. Conclusivamente, pode-se afirma r que vacas mantidas sob condições de criação extensivas

a CC pode ser um indicativo da atlVl.dade ovariana, Olll se~a, vacas

com condição corporal superior apresenram maior diâmetro do maior foliculo observado nos ovários e que essas diferelf'lças são

identificadas acima da CC3, con orme a descrição empregada cem

cinco classes.

a população foticular f Dl constatada em níveis

superiores quando a condição corporal foil superior a CC4 (ensai,os 4 e 6), o que não foi confirmado nos ensalOS 1,2 e 3. Este fato pode

(17)

ser decorrente da metodologia empregada, rreiati,va a avaliação ser

procedida num dado momento, toda a populaçâ,o folicular ovariana

superior a 201m não estar sendo ete ivamente considerada, o que

contrasta com a consistência da ava I~ação do diâmetro do maior

foliculo pela maior facilidade de identificação e mensuração.

O diâmetro que atinge o maior folicu~o ao longo das primeiras

semanas pós-parto em nenhuma das condições investigadas

mostrou tendência de crescimento, apenas a poputação folícular

mostrou alguma variação, o que poderia estar conectado com a

oferta de alimento. No entanto, não parece haver IUma clara

associação, com a época dos partos nem com as semanas de

aferição, já que foi constatada redução nos ensaies 2,4 e aumento

nos ensaios 3, 4,5 e 6.

Assim a informação macro da atividade ovariana através da

CC

é

útil e confirma que os foliculos ovarüanos no pós-pan.o

evoluem "fisiologicamente" em respostta a secreção continua de

FSH e LH em íntima relação com olJltras pmteinas de ligação q]ue

interferem nos primeiros ciclos foliculares pós-parto em bovinos

(Webb et aI., 1999), contribuindo para um.a ideal' conversão entre a

maturação, viabilidade dos oócitos e ovulação fértil precoce no

pós-parto.

Entre os experimentos efetuados, o Ensaio 5, incorpora uma

informação interessante sobre a influêncIa da nlJltrição na dinâmica

folicular nas primeiras semanas pós-parto. A ünteração significativa

entre CC e semana pós-parto revelou que na pr~meira semana

pós-parto vacas em baixa condição nutriciona~ (CC2), apresentaram

maior diâmetro folicular, o que pode estar associado aos

(18)

(McNeilly, 1994). Além disso, a interação evidencia também uma maior população folicular em vacas em melhor CC a medida que o

período pós-parto avança (Figura 4).

O número de avaliações ecográficas por semana pode ser

também um fator que tenha contribu ido para alguma inconsistência

nos resultados, como no Ensaio 1, que nem o diâmetro nem o

número de foliculos foi afetado pela CC e momento no pós-parto,

porém,

é

importante reiterar as peculiaridades quanto a semana

pós-parto e data de parto (época do ano/temporada), o que amda assim, não impediu a identificação de um padrão caracterfstico da atividade ovariana no pós-parto de vacas de corte em associação com a condição corporal das vacas.

(19)

CONCLUSÃO

A condição corporal embora seja uma medida subjetiva para estimar o balanço nutricional

é

útil para programar os acasalamentos em vacas com cria ao pé, uma vez que é um bom indicador de seu provâvel "status ovariano" e maior probabilidade de fecundação até 90 dias pós-parto em sistemas extensivos de criação de vacas de corte.

(20)

REFERÊNCIAS BIBLlOGRAFICAS

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(23)

Tabela 1. Resumo das informações colhidas sobre a população de folículos ovarianos em vacas de corte.

Datas Semanas Intervalo

Ensaio N° vacas dos Pós-parto entre N° medidas

Partos avaliadas avaliações

Tabela 2. Médias ajustadas do diâmetro do maior foliculo e numero de folículos considerando os efeitos de semana pós-parto e condição corporal.

(24)

Tabela 3. Médias ajustadas do diàmetro do maior foliculo e número de foliculos total e estratificados por grupo de diàmetro

em vacas pandas no outono, considerando a condição

corporal.

CC DIAMFOL (mm) NOFOL (nO)

2 4,3±O,OS" 2,O±O.34a

3 7.7±0.04" 3,OJO.22'

4 9.2±O.03" 3.1±O.19"

5 11,11.0,04" 4.2±O.20

Lr:lr,lS mlnusru!<IS clIlcrentcs nas colunas slgnlfic....m P<O.05

Tabela 4. Médias ajustadas do diâmetro do maiorfolículo e número de folículos considerando os efeitos de semana pós-parto e condição corporal.

(25)

Tabela 5. Médias ajustadas do diâmetro do maior folículo e número

de folículos considerando os efeitos de semana pós-parto

e condição corporal nas primeiras três semanas pós

-parto em vacas paridas na primavera.

Fonte de variação DIAMFOL (mm) NOFOL (nO)

2 10,3±0.06" 5,2±0,42 3 6.3±O,03" 5.2±O,22· 4 4.6±O,06" 6,71:0,43" 5 7.2±O,08b 7.4±O,59" Semana 1 8.HO,OS· 4,6±0,49" 2 7.3±0.03" 5,7±O,21 3 5,9±O,05" 8.0±Q.37°

Letras mtnúsculas diferentes nas colunas SlgmrlÇ,lIrI P<C,O~

Tabela 6. Médias ajustadas do diâmetro do maior folículo e número

de folículos considerando a condição corporal entre a 2a e

4a semana pós-parto em vacas pandas no outono.

Fonte de variação DIAMFOL (mm) NOFOL (nO)

2 7,6±0.03" 7.010.47" . 2,5 7,2±O,036 6,7±0,43' 3 8.2±002' 6,8±0.32' 3,5 10,4±O,O7" 5.2±0.97" 4 10,O±0,04" 9.0±O.61" Semana 2 8,4±0.02· 6.2±O,264 3 8,5±O,03" 6,8±0,38" 4 9,1±0.05" 7.8±0 69" letras minúsculas diferentes nas colunas slgmfl:am P<O.OS.

(26)

a. Primavera % % b. Outono - - - 40

..

._--....,....~---j 30 ~ 20 . _ - ,...:, ".---~--I - -

...

10

..

, . * i a , . ' , O 1 2 J 4 5 6 7 B 9 10 11 somanas pós-par10 [ • 3 -

6

1

Figura 1. Freqüência média de vacas em CC 2 nas primeiras 11 semanas pós-parto em diferentes ensaios efetuados na primavera e no outono.

m

m

]

~

,

~_,

_

a

~_,

_,._,_

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11

semanas pOS-p3rtO

Figura 2. Variação do diâmetro do maior folículo nas primeiras 11 semanas pós-parto no ensaio 3.

(27)

cc 4 ~---

---::l

~

~

,

1

.

s

F

+---1 + i----~--~--~~--~----1 2 3 4 5 6 7 semanas p6s~parto

Figura 3. Variação da condição corporal nas primeiras semanas

pós-parto de vacas paridas na primavera, incluídas no

ensaio 5. a. 20 1S - - - _

...

e ! õ 10 E ~ S o 2 J b. 15~---

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Figura 4. Diâmetro do maior folículo (a) e população folicular (b)

nas diferentes CC ao longo das três primeiras semanas pós-parto.

Referências

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