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Academic year: 2021

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TÍTULO: ANÁLISE DO CONSUMO DE ALIMENTOS IN NATURA POR CRIANÇAS ATENDIDAS EM CENTRO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: Nutrição SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO(ÕES): UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP INSTITUIÇÃO(ÕES):

AUTOR(ES): JULIANA APARECIDA SILVESTRE PALOMBINO, YASMIM GABRIELLE ORMONDE SILVA AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): SILVIA SABONGI FERRAZ AYROSA, VANESSA RIBEIRO DA SILVA ORIENTADOR(ES):

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RESUMO

As crianças em idade pré-escolar estão em fase de crescimento e desenvolvimento, sendo assim, a alimentação saudável e balanceada possui importante função na maturação fisiológica e na promoção da saúde. Diante disso, a educação nutricional através da realização de atividades dinâmicas, pode auxiliar as crianças a adotarem hábitos alimentares adequados. O objetivo do estudo foi realizar atividade de educação nutricional com crianças entre 5 a 9 anos em Centro da Criança e Adolescente na Cidade de São Paulo. O estudo foi transversal e descritivo, com amostra de 13 crianças entre 5 a 9 anos, sendo que a coleta de dados foi realizada através da observação das refeições e apresentação de desenhos de hortifrútis para colorir, já na educação nutricional foi elaborado um semáforo dos alimentos com auxílio das crianças para diferenciar os grupos alimentícios de acordo com a recomendação do Guia Alimentar para a População Brasileira, e a avaliação final da intervenção solicitava que os participantes desenhassem alimentos que deveriam ser ingeridos com determinada periodicidade e os que deveriam ser evitados. A partir do cálculo dos resultados, observou-se que durante a primeira avaliação, 54% dos meninos e 85% das meninas se recusavam consumir alimentos in natura e após a execução do semáforo dos alimentos, 0% das meninas e 15% dos meninos continuaram evitando os hortifrútis. Portanto, foi possível concluir que a educação nutricional apresentou efetividade e resultados satisfatórios, ao auxiliar os participantes na compreensão do conteúdo, por meio da atividade que estimulou maior consumo de hortifrútis e melhor aceitabilidade dos alimentos pelas crianças.

Palavras-chave: Educação Alimentar e Nutricional. Pré-Escolar. Comportamento Alimentar.

1. INTRODUÇÃO

A alimentação saudável e adequada auxilia na promoção e a proteção da saúde, possibilitando crescimento infantil adequado com melhoria na qualidade de vida1. Diante disso, a escolha dos alimentos pode contribuir na prevenção de

doenças crônicas não transmissíveis ou carência de nutrientes2.

Dessa maneira, surgiu em 1950 o Programa de Alimentação Escolar como medida para garantir refeições nas escolas da rede pública, através do repasse de recursos financeiros de forma automática para as instituições de ensino3. O

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nutricionista é Responsável Técnico (RT) e deve contribuir com as ações de educação alimentar e nutricional, coordenar diagnóstico, monitoramento do estado nutricional e elaboração de cardápios, os quais precisam respeitar as características biopsicossociais e ofertar aspectos sensoriais agradáveis4.

Os pré-escolares ainda apresentam processo de crescimento e desenvolvimento, sendo essencial a alimentação capaz de suprir as necessidades nutricionais5. Porém, durante a oferta de alimentos diferentes dos hábitos

alimentares pode haver episódios de neofobia, ou seja, recusa para experimentar novos sabores6.

Muitas vezes, o público infantil demonstra preferência por produtos industrializados, que são hipercalóricos e hiperpalatáveis7. Além disso, a influência

da publicidade apresenta imagens ilustrativas e chamativas com uso de personagens infantis por algumas empresas, a fim de estimular o consumo de produtos hipercalóricos com alta concentração de gordura e açúcar8.

Dessa forma, as atividades de educação nutricional podem reverter os hábitos alimentares inadequados, com fornecimento de conhecimentos básicos sobre alimentação e nutrição9. Logo, durante o planejamento das intervenções é essencial

considerar as características específicas de cada grupo com objetivo de apresentar as informações de forma dinâmica. Assim, proporcionando autonomia de escolha aos alunos, com objetivo de promover benefícios à saúde através de atividades que estimulem o consumo de produtos adequados nutricionalmente10.

Devido à importância da alimentação saudável e balanceada para o crescimento e desenvolvimento das crianças em idade pré-escolar, o baixo consumo de alimentos in natura pode desencadear em prejuízos à saúde. Diante disso, a realização de atividades dinâmicas sobre educação nutricional, contribuirá na transmissão de informações e compreensão dos participantes sobre o conteúdo abordado, com objetivo de estimular a adoção de hábitos alimentares saudáveis.

2. OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral

Realizar atividade de educação alimentar e nutricional com crianças entre 5 a 9 anos em Centro da Criança e Adolescente na Cidade de São Paulo.

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Identificar o consumo de alimentos in natura pelas crianças.

 Executar atividade de educação alimentar e nutricional que atenda as prioridades de intervenção.

 Avaliar o conhecimento das crianças quanto à recomendação de consumo de cada grupo de alimentos.

3. METODOLOGIA

Foi realizado um estudo transversal e descritivo, no período vespertino em um Centro da Criança e do Adolescente no município de São Paulo, entre os meses maio e junho de 2018. As intervenções nutricionais para a pesquisa foram elaboradas visando participação das crianças na faixa etária entre 5 a 9 anos, ou seja, 16 matriculados, porém somente 13 crianças estavam presentes e foram amostra do estudo.

A fim de coletar os dados sobre o consumo de alimentos in natura, foi feita análise observacional das refeições e no dia 23 de maio foi realizada apresentação de desenhos impressos de diversos hortifrútis para colorir, onde cada criança comentou se consumia ou recusava os alimentos.

Dessa maneira, no dia 7 de junho foi feita intervenção educativa com utilização representativa de um semáforo dos alimentos confeccionado em papel kraft e papel espelho nas cores verde, amarelo e vermelho que foram recortados na forma de círculos, além de imagens impressas de alimentos. O instrumento foi escolhido a fim de auxiliar na adoção de escolhas mais saudáveis, quanto à frequência de consumo de diferentes grupos alimentares.

No material, o círculo verde representava onde deviam ser coladas as imagens dos alimentos in natura ou minimamente processados que devem ser ingeridos com maior frequência, já no círculo amarelo deviam ser colados os ingredientes culinários e alguns processados que devem ser ingeridos com menor frequência. Por último, no círculo vermelho deveriam ser coladas as imagens de alimentos ultraprocessados que precisam ser evitados.

Em relação à avaliação dos resultados, após a realização da educação nutricional, no dia 8 de junho houve orientação para as crianças desenharem separadamente alimentos que devem ser consumidos com frequência e os que precisam ser evitados. A partir dos dados coletados, estes foram analisados por

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meio do cálculo de frequência absoluta e relativa das variáveis, através do Software Microsoft® Office Excel versão 2007.

4. DESENVOLVIMENTO

No Centro da Criança e do Adolescente, as intervenções nutricionais haviam sido elaboradas visando à participação de 16 crianças matriculadas na faixa etária entre 5 a 9 anos, porém foram aplicadas com somente 13 crianças que estavam presentes.

As crianças em idade pré-escolar apresentam necessidades nutricionais diferenciadas devido ao período de crescimento e desenvolvimento. Sendo assim, é fundamental estimular escolhas saudáveis a fim de evitar deficiência ou excesso de alguns nutrientes, e consequentes problemas à saúde que poderão persistir ao longo da vida adulta2.

Diante disso, foi efetuada observação das refeições e a primeira atividade com apresentação de desenhos de hortifrútis para colorir, onde se verificou grande recusa ao consumo dos alimentos in natura. Esse comportamento pode ser explicado pela neofobia que é muito comum entre crianças nessa faixa etária, sendo caracterizada pelo “medo do novo”, ou seja, rejeição para experimentar sabores diferentes do habitual6.

A adoção de comportamentos alimentares saudáveis pode ser estimulada a partir de atividades lúdicas, pois estas despertam a atenção e contribuem para compreensão do conteúdo relacionado à nutrição9. Dessa forma, a partir dos dados

coletados foi aplicado semáforo dos alimentos como instrumento de educação nutricional, com objetivo de auxiliar as crianças a conseguirem diferenciar os grupos alimentares conforme a frequência de consumo recomendada.

De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira de 2014, os alimentos in natura e minimamente processados não sofrem modificações na composição nutricional, sendo indicado consumir diariamente por serem benéficos à saúde. Quanto aos processados e ingredientes culinários, estes passam por alterações nutricionais durante a elaboração, as quais podem causar danos ao organismo se ingeridas sem moderação. Em relação aos ultraprocessados, os produtos sofrem grande interferência na quantidade e qualidade de nutrientes com intuito de torná-los mais atrativos, apresentando alta concentração de açúcar, sódio,

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gordura, além de serem hipercalóricos e hiperpalatáveis, porém podem desencadear malefícios saúde como o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis.

5. RESULTADOS

Durante a pré-avaliação, foi percebido muita recusa dos hortifrútis entre as crianças, em que 54% dos meninos e 85% das meninas declararam evitar consumir nas refeições. Dessa maneira, foi possível atingir os objetivos da pesquisa através da educação nutricional com uso do semáforo dos alimentos, porque a partir da avaliação final verificou-se que apenas 15% dos meninos não souberam desenhar os alimentos saudáveis e continuaram evitando ingerir os hortifrútis, comparado com 85% das crianças que realizaram a atividade com sucesso ao conseguirem separar adequadamente os gêneros alimentícios conforme a frequência de consumo recomendada no Guia Alimentar para População Brasileira e apresentaram melhor aceitabilidade dos alimentos in natura7.

O estudo de Koehnlein, Carvajal, Bennemann em 2009, sobre “Educação nutricional com alunos de uma escola municipal de 1ª a 4ª série de Maringá – PR”, foi usado como referência para comparação dos resultados sobre a efetividade das intervenções nutricionais direcionadas ao público infantil, onde apresentaram teatros e filmes educativos. Em relação aos resultados, obtiveram apenas 10% de erros das participantes sobre conteúdo ensinado.

Quanto à pesquisa efetuada no Centro da Criança e do Adolescente, houve apenas 15% de erros durante a avaliação do semáforo dos alimentos, ou seja, apesar da diferença percentual entre os estudos, este apresentou eficácia porque conseguiu auxiliar na concretização da aprendizagem e os participantes apresentaram melhor aceitabilidade dos alimentos in natura.

Quadro 1: Comparação do resultado entre a pré-avaliação do consumo de alimentos in natura, com a

análise posterior à intervenção nutricional. São Paulo, 2018.

PRÉ-AVALIAÇÃO AVALIAÇÃO FINAL Resultados Meninos ♂ Meninas ♀ Meninos ♂ Meninas ♀ Acertos 2 46% 2 15% 7 85% 4 100%

Erros 7 54% 2 85% 2 15% 0 0%

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A alimentação saudável é importante para o crescimento e desenvolvimento adequado das crianças em idade pré-escolar. Diante disso, foi criado o Programa Nacional de Alimentação Escolar, visando à garantia de refeições em escolas da rede pública.

As intervenções nutricionais foram efetuadas no Centro da Criança e do Adolescente, onde as crianças atendidas recebem duas refeições por dia e possuem autonomia para se servirem. Porém foi percebida baixa ingestão de alimentos in natura, mesmo com o estímulo das educadoras.

Diante dos dados coletados, foi realizada educação nutricional com uso do semáforo dos alimentos e a avaliação final por meio de desenhos, os quais revelaram resultados satisfatórios com interação das participantes e melhor aceitação dos hortifrútis. Portanto, o local que abrange crianças por longos períodos, torna-se propicio para difundir o conhecimento sobre nutrição, a fim de incentivar a adoção de hábitos alimentares saudáveis desde a infância.

REFERÊNCIAS

1 Gonçalves FD, Catrib AMF, Vieira NFC, Vieira LJES. A promoção da saúde na educação infantil. Interface (Botucatu) [Internet]. 2008 [citado 2018 jun 14];12(24):

181-192. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832008000100014&lng=en.

2 Martins D, Walder BSM, Rubiatti AMM. Educação nutricional: atuando na formação de hábitos alimentares saudáveis de crianças em idade escolar. Rev. Simbio-Logias [Internet]. 2010 [citado 2018 jun 14];3(4):87-91. Disponível em:

http://www.ibb.unesp.br/Home/Departamentos/Educacao/Simbio-Logias/educacao_nutricional_atuando_formacao_habitos_alimentares.pdf

3 Brasil. Ministério da Educação. Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação. Alimentação escolar [Internet]. [citado 2018 jun 15]. Disponível em: http://www.fnde.gov.br/index.php/programasalimentacao-escolar.

4 Bento IC, Esteves JMM, França TE. Alimentação saudável e dificuldades para torná-la uma realidade: percepções de pais/responsáveis por pré-escolares de uma creche em Belo Horizonte/MG, Brasil. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2015 [citado 2018 jun 15];20(8): 2389-2400. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232015000802389&lng=en.

5 Nobre LN, Lamounier JA, Franceschini SCC. Padrão alimentar de pré-escolares e fatores associados. Jornal de Pediatria [Internet]. 2012 [citado 2018 jun

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15];88(2):129-136. Disponível em: http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=399738189006

6 Maranhão HS, Aguiar RC, Lira DTJ, Sales MUF, Nóbrega NAN. Dificuldades alimentares em pré-escolares, práticas alimentares pregressas e estado nutricional. Rev. paul. pediatr.[Internet]. 2018 [citado 2018 jun 15];36(1):45-51. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-05822018000100045&lng=en.

7 Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia alimentar para a população brasileira, 2 ed. Brasília: Ministério da Saúde; 2014.

8 Produtos processados e ultraprocessados e ingestão de nutrientes em crianças.

Rev. Ciência & Saúde [Internet]. 2014 [citado 2018 jun 15];7(3):155-161.

Disponível em:

http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/faenfi/article/view/19755/12525

9 Pereira AS, Peixoto NGA, Nogueira NJF, Lanzillotti HS, Soares EA. Estado nutricional de pré-escolares de creche pública: um estudo longitudinal. Cad. saúde colet. [Internet]. 2013 [citado 2018 jun 15];21(2):140-147. Disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-462X2013000200007&lng=en.

10 Pereira TS, Pereira RC, Angelis-Pereira MC. Influência de intervenções educativas no conhecimento sobre alimentação e nutrição de adolescentes de uma escola pública. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2017 [citado 2018 jun 16];22(2):427-435. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232017000200427&lng=en.

11 Koehnlein EA, Carvajal AESS, Bennemann RM. Educação nutricional com alunos de uma escola municipal de 1ª a 4ª série de Maringá – PR. Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar [Internet]. 2009 [citado 2018 jun 16]. Disponível em:

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