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Academic year: 2021

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Texto

(1)

CONHECIMENTO POR CONTATO E

CONHECIMENTO POR DESCRIÇÃO

Objetivo do capítulo anterior: analisar dois tipos de conhecimento

1) Conhecimento de coisas;

2) Conhecimento de verdades;

Objetivo do capítulo atual: analisar o conhecimento das coisas.

Há dois tipos de conhecimento das coisas: 1) Conhecimento por contato

(2)

CARACTERISTICAS

Conhecimento das coisas por contato é mais

simples que qualquer conhecimento de verdades

Conhecimento das coisas por descrição sempre

requer algum conhecimento de verdades como sua origem e base.

(3)

ACQUAINTANCE (CONTATO)

Contato: temos contato com qualquer coisa das quais estamos diretamente conscientes, sem a intermediação de qualquer processo de inferência ou de qualquer conhecimento de verdades.

Ex.: se estou diante da minha mesa, tenho contato com os dados-sensíveis da minha mesa que aparecem (sua cor, forma, dureza, etc).

Ponto: todas essas coisas que tenho contato são coisas das quais tenho consciência imediata quando estou vendo ou tocando minha mesa.

(4)

Enunciados sobre propriedades

secundarias

Exs.: a mesa é marrom; a mesa é dura ou a

mesa é quadrada

Enunciados sobre propriedades secundarias:

permitem que tenhamos conhecimento de verdades sobre as propriedades secundarias, mas não me permitem ter mais conhecimento sobre tais propriedades em si que quando estou diante dessas propriedades.

(5)

DADOS SENSIVEIS

Conhecimento por contato com

dados sensíveis: conhecimento

por

contato;

conhecimento

imediato das coisas tal como elas

são.

(6)

CONHECIMENTO DOS OBJETOS

FISICOS

NÃO É CONHECIMENTO DIRETO. É

conhecimento obtido por intermédio de

contato com dados sensíveis.

POSSÍVEL: duvidar da existência de um

objeto físico

IMPOSSÍVEL: duvidar da existência de

dados sensíveis.

(7)

Conhecimento de objetos físicos: por descrição

Ex.: a mesa é o “objeto físico que causa tais e tais dados sensíveis”.

Sentença: descreve a mesa por intermédio dos dados sensíveis

Condição para conhecer algo da mesa: devemos conhecer verdades conectadas com coisas sobre as quais temos contato.

Ex.: devemos saber que “tais e tais dados sensíveis são causados por um objeto físico.”

Ponto: não há etsdo mental em que estamos diretamente conscientes da mesa; todo nosso conhecimento da mesa é conhecimento de verdades.

(8)

Conhecimento por descrição de objetos

Conhecemos uma descrição e

sabemos que há um objeto ao qual

a descrição se aplica, embora o

objeto em si não seja conhecido

diratamente por nós.

(9)

CONTATO COMO FUNDAMENTO

TODO NOSSO CONHECIMENTO

SEJA SEJA DAS COISAS SEJA DE

VERDADES TEM COMO BASE O

CONHECIMENTO POR CONTATO.

IMPORTANTE: ANALISAR COM

(10)

COISAS COM AS QUAIS TEMOS

CONTATO.

1) DADOS SENSÍVEIS: temos contato.

PONTO: não podemos ter conhecimento por contato apenas com dados sensíveis, pois, do contrário, nosso conhecimento seria muito escasso.

Exs. de conseqüências negativas:

1) Não teríamos conhecimento sobre nada do passado

2) Não teríamos conhecimento de verdades sobre nossos dados sensíveis, pois esse tipo de conhecimento requer contato com idéias abstratas.

Conseqüência: devemos considerar contato com outras coisas que não apenas dados sensíveis.

(11)

MEMÓRIA

Lembramos o que vimos ou ouvimos:

estamos mediatamente conscientes do

que lembramos , embora o fato pareça

passado e não presente.

CONHECIMENTO POR MEMÓRIA:

fonte de todo nosso conhecimento

(12)

INTROSPECÇÃO

PONTO: temos consciência das coisas, mas

também temos consciência de estarmos

consciente das coisas.

Ex.: quando vejo o sol, frequentemente estou

consciente da minha visão do sol.

“Minha visão do sol”: é um objeto com o

qual tenho contato.

(13)

Consciência de eventos mentais = tipo

de conhecimento por contato =

auto-consciência

Auto-consciência: é a origem de todos

nosso conhecimento de coisas

(14)

Auto-consciência e contato com outras

mentes

RESTRIÇÃO: só temos conhecimento por

contato com nossos próprios conteúdos

mentais. NÃO TEMOS CONTATO COM

CONTEÚDOS MENTAIS DE OUTRAS

MENTES.

COMO CONHECEMOS OS CONTEÚDOS

MENTAIS DE OUTRAS MENTES?

(15)

RESPOSTA

CONHECEMOS POR MEIO DA PERCEPÇÃO DE SEUS CORPOS, ISTO É, POR MEIO DOS DADOS SENSIVEIS ASSOCIADOS A SEUS CORPOS

AUTO-CONSCIÊNCIA: distingue o homem dos outros animais

ANIMAIS: tem contato com dados sensíveis, mas não tem autoconsciência, isto é, eles nunca se tornam

conscientes do fato de que eles tem sensações e sentimentos, nem do fato de que existem.

(16)

DISTINÇÃO

AUTO

CONSCIÊNCIA

NÃO

É

CONSCIÊNCIA DO EU

AUTO CONSCIÊNCIA: é consciência de

pensamentos e sentimentos particulares.

Questão difícil: se temos consciência do

(17)

ESBOÇO DA RESPOSTA DE

RUSSELL

Existem razões para pensarmos que

temos contato com o “Eu”.

Condição para dar as razões: analisar o

que está envolvido no nosso contato

com pensamentos particulares

(18)

Contato com “minha visão do sol”

Inclui o contato com duas coisas diferentes: 1) O dado sensível que representa o sol

2) Aquilo que vê o dado sensível

Contato (1): é uma relação entre a pessoa e o objeto Contato(2): a pessoa com que se tem contato é o

próprio sujeito que estabelece o contato

CONCLUSÃO: quando tenho contato com minha

visão do sol, o fato como um todo com o qual tenho contato é “eu-contato-com-dado sensível”

(19)

CONHECIMENTO DA VERDADE

Conhecemos também a verdade “eu tenho contato com este dado sensível”

Questão difícil: como conhecemos esta verdade ou entender o que ela significa sem termos contato com o “Eu”

CONDIÇÃO: devemos ter contato com nosso eu em oposição a nossas experiências particulares, pois o eu vê o sol e tem contato com dados sensíveis.

(20)

CONCLUSÃO

É PROVAVEL QUE TENHAMOS

CONTATO COM O EU.

(21)

RESUMO SOBRE CONTATO COM

COISAS EXISTENTES

1) Na sensação: temos contato com dados dos sentidos externos

2) Na introspecção: temos contato com os dados dos sentidos internos

3) Na memória: temos contato com os dados

sensíveis dos sentidos externos ou dos internos. 4) É provável que temos contato com o Eu.

(22)

CONTATO COM UNIVERSAIS

Temos contato com universais: idéias

gerais como brancura, diversidade

etc.

Consciência de universais: conceber

CONCEITO: é um universal do qual

(23)

NÃO TEMOS CONTATO

1) OBJETOS FÍSICOS

2) OUTRAS MENTES

(1) e (2): são conhecidos por

descrição.

(24)

CONHECIMENTO POR DESCRIÇÃO

DESCRIÇÃO: frases com a forma “um tal e tal” ou “o tal e tal”

DESCRIÇÃO AMBIGUA”: frases com a forma “um tal e tal”

Ex.: um homem

DESCRIÇÃO DEFINIDA: frases com a forma “o tal e tal” Ex.: o homem com a mascara de ferro

(25)

DESCRIÇÕES AMBIGUAS

APRESENTAM

VÁRIOS

PROBLEMAS,

MAS

RUSSEL

NÃOS OS DISCUTE, PQ NÃO

DIZEM RESPEITO AO ASSUNTO

QUE ELE QUER DISCUTIR.

(26)

ASSUNTO A SER DISCUTIDO

A

NATUREZA

DO

CONHECIMENTO RELATIVO A

OBJETOS NOS CASOS EM QUE

SABEMOS QUE EXISTE UM

OBJETO QUE RESPONDE A UMA

DESCRIÇÃO

DEFINIDA,

EMBORA

NÃO

TENHAMOS

(27)

QUANDO CONHECEMOS UM

OBJETO POR DESCRIÇÃO?

Quando sabemos que ele é “o tal-e-tal”, isto é, quando sabemos que existe um objeto e não mais que um que possui certa propriedade. CONSEQÜÊNCIA: não temos conhecimento

desse objeto por contato.

Ex.: sabemos que o homem com a mascara de ferro existiu e conhecemos muitas proposições sobre ele, mas não sabemos quem ele foi.

(28)

O QUE QUEREMOS DIZER

QUANDO AFIRMAMOS “O

TAL-E-TAL EXISTE”?

Queremos dizer que existe exatamente um

objeto que é o tal-e-tal.

'a é o tal-e-tal': significa que a tem a

propriedade tal-e-tal e nada mais tem.

Ex.: 'Sr. A é o candidato unionista para esta

eleição' significa 'Sr A é o candidato

Unionista para esta eleição e ninguém mais'

'O candidato unionista para esta eleição existe'

significa 'apenas um é um candidato

unionista para esta eleição e ninguém mais é'

(29)

CONCLUSÃO

QUANDO ESTAMOS FAMILIARIZADOS COM UM OBJETO QUE É O TAL-E-TAL, SABEMOS QUE O TAL-E-TAL EXISTE, MAS PODEMOS SABER QUE O TAL-E-TAL EXISTE QUANDO NÃO ESTAMOS FAMILIARIZADOS COM QUALQUER OBJETO QUE SABEMOS SER O TAL-E-TAL, E MESMO QUANDO NÃO ESTAMOS FAMILIARIZADOS COM QUALQUER OBJETO, É O TAL-E-TAL.

(30)

NOMES PRÓPRIOS

SÃO DESCRIÇÕES: o pensamento na mente de alguém que usa um nome próprio só pode ser expresso explicitamente se substituímos o nome próprio por uma descrição.

PONTO 1: a descrição que expressa o pensamento varia de pessoa para pessoa ou para a mesma pessoa em diferentes momentos de tempo.

PONTO 2: o objeto ao qual o nome se aplica é constante.

(31)

EXEMPLOS

1) Suponhamos um enunciado sobre Bismarck. 2) Se existe contato com nós mesmos

3) Então Bismarck poderia usar usar seu nome diretamente para designar a pessoa particular com a qual ele tem contato.

4) Se ele fez um juízo sobre ele próprio

5) Então ele próprio seria um constituinte do juízo 6) Nesse caso, o nome próprio tem um uso direto,

isto é, ele está para um certo objeto e não para uma descrição do objeto.

(32)

1) Se uma pessoa que conheceu Bismarck faz um juízo sobre ele

2) Então esta pessoa teve contato com certos dados sensíveis que ela conectou com a pessoa de Bismarck O corpo (objeto fisico) e a mente (principalmente) de

Bismarck só são conhecidos como o corpo e a mente conectatos a esses dados sensíveis

Isso significa que eles são conhecidos por descrição.

PONTO: A PESSOA QUE FORMULA O JUÍZO SOBRE BISMARCK SABE QUE HÁ VÁRIAS DESCRIÇÕES E QUE TODAS SE APLICAM AO MESMO OBJETO, EMBORA NÃO TENHA CONTATO COM A ENTIDADE EM QUESTÃO.

(33)

Juízo sobre um objeto que não

conhecemos

1) Se não conhecemos Bismarck e formulamos um juízo sobre ele

2) Então provavelmente nossa descrição será uma massa de conhecimento histórico mais ou menos vaga

3) Suponhamos que pensamos ele como 'o primeiro Chanceler do Império Germânico'.

4) Nesse caso, exceto “Germânico”, todas as palavras são abstratas.

A palavra “Germanico” terá diferentes significados para diferentes pessoas

(34)

1) Se queremos uma descrição que sabemos que se aplica

2) Seremos compelidos em algum ponto a fornecer uma referencia a um particular com o qual temos contato.

3) Essa referência está envolvida em qualquer menção ao passado, presente e futuro

4) Portanto, uma descrição que sabemos ser aplicável a um particular deve requerer alguma referência a um particular com o qual temos contato

Caso nosso conhecimento sobre uma coisa descrita não seja um conhecimento que se segue logicamente da descrição.

(35)

EXEMPLO

'O HOMEM MAIS VELHO': é uma

descrição que envolve apenas universais,

que devem se aplicar a algum homem,

mas não podemos fazer juízos sobre este

homem que requeiram conhecimento

sobre ele além do que a descrição

fornece.

(36)

RESTRIÇÃO

Se dizemos 'O primeiro chanceler do Império germânico foi um astuto diplomata'

Então só podemos ser assegurados da verdade do nosso juízo em virtude de algo com que temos contato, por exemplo, um depoimento lido ou ouvido.

PONTO: nosso pensamento é constituído de um ou mais particulares e no resto de conceitos.

(37)

TODOS OS NOMES DE LUGARES

Quando usados envolvem

descrições que iniciam de

um ou mais particulares com

que temos contato.

(38)

EXCEÇÃO: LÓGICA

Na lógica nos ocupamos com o

que quer que possa ou deva

existir ou ser e nenhuma

referência a particulares é

requerida.

(39)

APARÊNCIA

Quando fazemos um juízo sobre Bismarck

gostaríamos de fazer o juízo que apenas

Bismarck poderia fazer, isto é, o juízo do

qual o próprio Bismarck é um constituinte.

PONTO: não podemos pq não conhecemos

o atual Bismarck.

(40)

O QUE NÓS SABEMOS?

Sabemos que existe um objeto B, chamado

Bismarck, e que B foi um astuto

diplomata.

CONCLUSÃO: podemos descrever a

proposição que gostaríamos de afirmar.

'B foi um astuto diplomata', onde B é o

(41)

1) Se descrevemos Bismarck como 'O

primeiro chanceler do Império

Germânico”

2) Então a proposição que gostaríamos

de afirmar pode ser descrita como 'a

proposição asserida, diz respeito ao

atual objeto que foi o primeiro

chanceler do Império germânico e

este objeto foi um astuto diplomata'

(42)

CONDIÇÃO PARA COMUNICÇÃO

SABEMOS QUE EXISTE UMA PROPOSIÇÃO VERDADEIRA QUE DIZ RESPEITO AO ATUAL BISMARCK E QUE AINDA QUE POSSAMOS VARIAR A DESCRIÇÃO, A PROPOSIÇÃO DESCRITA É A MESMA.

PROPOSIÇÃO DESCRITA: é o que interessa , mas não temos contato com ela e não conhecemos ela, embora conheçamos a sua verdade.

(43)

UNIVERSAIS

CONHECEMOS

APENAS

POR

DESCRIÇÃO ASSIM COMO ALGUNS

PARTICULARES

CONHECIMENTO

OBTIDO

POR

DESCRIÇÃO É REDUTIVEL AO

CONHECIMENTO DIZ RESPEITO AO

QUE É CONHECIDO POR CONTATO

(44)

PRINCÍPIO FUNDAMENTAL NA

ANÁLISE DE PROPOSIÇÕES COM

DESCRIÇÕES

TODA

PROPOSIÇÃO

QUE

PODEMOS COMPREENDER

DEVE

SER

COMPOSTA

TOTALMENTE

DE

CONSTITUINTES COM OS

QUAIS TEMOS CONTATO

(45)

IMPORTÂNCIA DO

CONHECIMENTO POR DESCRIÇÃO

ELE

NOS

PERMITE

ULTRAPASSAR

AS

BARREIRAS DE NOSSA

EXPERIÊNCIA PRIVADA.

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