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Objeção de pré-executividade e a nova disciplina da LEI N° 11.232/2005.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

UNIDADE ACADÊMICA DE DIREITO

CURSO DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS

JOSÉ MARIA DA SILVA

OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E A NOVA DISCIPLINA DA LEI

N° 11.232/2005

SOUSA - PB

2006

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OBJEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE E A NOVA DISCIPLINA DA LEI

N° 11.232/2005

Monografia apresentada ao Curso de

Ciências Jurídicas e Sociais do CCJS

da Universidade Federal de Campina

Grande, como requisito parcial para

obtenção do título de Bacharel em

Ciências Jurídicas e Sociais.

Orientador: Professor Esp. João de Deus Quirino Filho.

SOUSA - PB

2006

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O B J E Q A O D E P R E - E X E C U T I V I D A D E E A N O V A D I S C I P L I N A D A L E I N ° 1 1 . 2 3 2 / 2 0 0 5 T r a b a l h o de C o n c l u s a o de Curso apresentado e m , B A N C A E X A M I N A D O R A Professor(a) J o a o d e D e u s Q . F i l h o Orientador(a) Examinador (a) Examinador (a) S o u s a - PB N o v e m b r o - 2 0 0 6

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e s f o r c o n e c e s s a r i o p a r a q u e e u c o n t i n u a s s e e s t u d a n d o e a o m e u i r m a o C h a g a s q u e s e m p r e m e a p o i o u e i n c e n t i v o u p a r a o c a m i n h o d o e s t u d o d o D i r e i t o .

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m e d a d o a p e r s e v e r a n c a e a m o t i v a g a o p a r a e s t u d a r , b e m c o m o p o r e s t a r e a l i z a n d o e s t a c o n q u i s t a , a o m e u o r i e n t a d o r , a m i n h a f a m i l i a e a t o d o s a q u e l e s q u e m e a p o i a r a m e a j u d a r a m n e s t a c a m i n h a d a .

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O presente trabalho cientifico t e m c o m o titulo: "Objegao de pre-executividade e a nova disciplina da Lei n° 11.232/2005", tendo c o m o m e t o d o s para a realizacao e concretude da pesquisa, o dedutivo e o da pesquisa bibliografica, efetivando-se, atraves deste ultimo, u m a coleta de c o n h e c i m e n t o s c o n s i d e r a d o s importantes para este estudo. T e m , por e s c o p o , s e m pretensao de esgotar a f u n d o o assunto, expor, de f o r m a geral, u m a das f o r m a s de defesa do d e v e d o r no processo de e x e c u c a o civil, q u e e a o b j e c a o de pre-executividade, e x p r e s s a n d o , dentre outras situagoes, sua natureza juridica, oportunidade, f o r m a , p r o c e d i m e n t o e, sobretudo, seu c a b i m e n t o nao c o m o uma defesa e m substituicao aos e m b a r g o s a e x e c u c a o , mas urn instrumento de defesa incidental que o e x e c u t a d o t e m a sua disposicao, q u a n d o se encontra diante de vicios latentes na instauragao da a c a o executiva, a e x e m p l o d a s nulidades e materias de o r d e m publica, m a n e j a v e l s e m a n e c e s s i d a d e de s e g u r a n g a do j u i z o , haja vista a situagao de d e s i g u a l d a d e e m que se encontra diante do e x e q u e n t e . Porquanto, t e m o s q u e o Estado reserva a si o monopolio d a prestacao da tutela jurisdicional, a qual se instrumentaliza pelo processo, t e n d o este na sua subdivisao q u a n t o ao p r o v i m e n t o jurisdicional, a tutela executiva, o n d e o Estado, atraves de atos materials, p r o m o v e a responsabilidade patrimonial. C o n q u a n t o , visando tornar m a i s efetivo o processo executivo, os p o d e r e s Legislative e Executivo editaram e p r o m u l g a r a m a Lei n° 11.232/2005, a q u a l introduziu dois capitulos no Titulo V I I I , do Livro I do C P C , c o n s u b s t a n c i a n d o a atual reforma no processo de e x e c u g a o de titulo judicial, p e r m a n e c e n d o , entretanto, as m e s m a s disposigoes vigentes do CPC para a execugao dos titulos extrajudiciais e para alguns outros tipos especiais de e x e c u g a o , c o m o a e x e c u g a o contra a Fazenda Publica. Destarte, enfatiza-se a defesa do e x e c u t a d o a luz d a disciplina da Lei n° 1 1 . 2 3 2 / 2 0 0 5 , d e s t a c a n d o - s e o novo r e g r a m e n t o para a e x e c u g a o do titulo judicial, o qual substitui a agao de execugao a u t o n o m a pela f a s e do c u m p r i m e n t o da sentenga, t o r n a n d o o processo

"bifasico", e q u e , por c o n s e g u i n t e , nao mais existindo os e m b a r g o s a execugao,

mas o incidente de i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o d a sentenga; o qual, c o m o d e m o n s t r a d o no corpo do presente trabalho, a s s e m e l h a - s e ao p r o c e d i m e n t o da objegao, pois o m e s m o , e m regra, nao s u s p e n d e a e x e c u g a o e se processa c o m o u m incidente p r o c e s s u a l ; e x p o n d o - s e , ainda, que m e s m o c o m a reforma referida, continua cabivel a objegao de pre-executividade e, c o m realce, pois nao necessitando da s e g u r a n g a do j u i z o , d i f e r e n t e m e n t e da impugnagao ao c u m p r i m e n t o da sentenga q u e , ainda, necessita da previa seguranga do j u i z o , pela p e n h o r a , para o seu manejo.

P a l a v r a s - c h a v e : p r o c e s s o de e x e c u g a o . objegao d e p r e - e x e c u t i v i d a d e . c a b i m e n t o .

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This essay has title w i t h : "objection of p r e - e x e c u t i v e m e n t and the new law discipline 11.332/2005", using to the research t h e d e d u c t i v e m e t h o d and bibliographic investigation putting into effect a collect of important knowings to the essay itself. It has the a i m , not endeavoring to finish t h e issue, s h o w in a general form o n e kind of debtor's d e f e n s e into the civil execution process that is the objection of p r e - e x e c u t i v e m e n t expressing, under unspecified situations, its legal nature, opportunity, f o r m , procedure and its use not as a d e f e n s e to substitute the hindrance into the e x e c u t i o n , but a legal d o c u m e n t of d e f e n s e t h e debtor has the opportunity to use w h e n he is in front of imperfections in the institution of executive action, like the e x a m p l e of nullity and public issues, that can be handle without j u d g m e n t safe, b e c a u s e the inequality situation that he a p p e a r s to the executor. This w a y , the state reserves itself the m o n o p o l y of jurisdictional guardianship, that works in the p r o c e s s , this one has in its subdivision t h e executive custody w h e r e the state, w o r k i n g with materials acts, m a k e s the property responsibility. So, tring to turn the e x e c u t i v e process more effective the legislative p o w e r and the executive published and promulgated the law 1 1 . 2 3 2 / 2 0 0 5 that put two chapters into t h e title V I I I , book I of C P C , giving s u p p o r t for present reform in execution process of judicial title saving the s a m e subjects in C P C for extra-judicials title execution and for s o m e kinds of especial e x e c u t i o n , like that one against the national patrimony keeper. This way, it is important to say about the debtor's d e f e n s e at the law 11.232/05 sight putting on spot the n e w disposition for judicial title execution that c h a n g e the execution action for the level of sentence a g r e e m e n t turning process "double p h a s e " getting over with hindrance execution but the incident of receptation to the sentence a g r e e m e n t that, s h o w e d in the essay body, m a k e similarity with the objection p r o c e d u r e , b e c a u s e this one d o e s not get over the e x e c u t i o n and appears like a procedural incident, showing that e v e n with the reform the objection of p r e - e x e c u t i v e m e n t still possible and in e v i d e n c e , b e c a u s e d o e s n ' t need j u d g m e n t safe oppositing of s e n t e n c e a g r e e m e n t receptation that still needs previous j u d g m e n t safe by a t t a c h m e n t to its use.

W o r d - k e y : p r o c e s s o f e x e c u t i o n , o b j e c t i o n o f p r e - e x e c u t i v e m e n t . p e r t i n e n c e .

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I N T R O D U Q A O 0 8 C A P i T U L O 1 C O N S I D E R A N Q O E S G E R A I S S O B R E O P R O C E S S O D E E X E C U Q A O n 1.1 P r o c e s s o d e e x e c u g a o 1 3 1.2 D e f e s a d o d e v e d o r e m J u i z o 1 5 1.3 E m b a r g o s d o d e v e d o r e a L e i n ° 1 1 . 2 3 2 / 2 0 0 5 1 7 C A P i T U L O 2 D A O B J E Q A O D E P R E - E X E C U T I V I D A D E 2 2 2 . 1 N a t u r e z a J u r i d i c a 2 5 2 . 2 C a b i m e n t o d a O b j e g a o 2 7 2 . 3 O p o r t u n i d a d e 3 5 2 . 4 L e g i t i m i d a d e 3 6 2 . 5 F o r m a 3 7 2 . 6 P r o c e d i m e n t o 3 9 2 . 7 D e s p e s a s 4 1 2 . 8 R e c u r s o 4 2 C O N S I D E R A Q O E S F I N A I S 4 4 R E F E R E N C I A S 4 8 A N E X O S 5 0

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O presente trabalho cientlfico titulado c o m o a objegao de pre-executividade e a nova disciplina da Lei n° 11.232/2005 t e m por fito expor, e m linhas gerais, uma f o r m a de d e f e s a do d e v e d o r no processo de e x e c u g a o nao c o m o uma via de substituigao a agao incidental dos e m b a r g o s a e x e c u g a o , m a s c o m o urn incidente processual de d e f e s a que o e x e c u t a d o pode langar m a o diante de possiveis nulidades e vicios na instauragao da execugao, b e m c o m o n a q u e l a s materias que p o d e r i a m ser c o n h e c i d a s de oficio pelo juiz, c o m o as de o r d e m publica, s e m a n e c e s s i d a d e d a s e g u r a n g a previa do juizo.

Para tanto, a metodologia utilizada para a concretizagao deste trabalho consistiu-se na utilizagao d o s seguintes m e t o d o s de pesquisa: o dedutivo e o da pesquisa bibliografica, e m que, atraves deste ultimo, efetuou-se u m a pesquisa de acervo doutrinario relativo ao processo de e x e c u g a o civil no t o c a n t e a defesa do d e v e d o r e m j u i z o , e as s u a s respectivas alteragoes legislativas, sobretudo, a reforma introduzida pela Lei n° 11.232/2005, e pelo primeiro a analise da continuidade do c a b i m e n t o do instituto da objegao de pre-executividade m e s m o c o m o novo p r o c e d i m e n t o de execugao de titulo judicial disciplinado pela referida lei.

C o n q u a n t o , os objetivos deste trabalho cientifico c o n s i s t e m e m d e m o n s t r a r que diante da reforma no processo de e x e c u g a o efetuada pela Lei n°

11.232/2005, a qual Ihe introduziu novos institutos, a e x e m p l o : do "cumprimento da sentenga" e da " i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o d a sentenga", t e n d o este ultimo a natureza juridica de incidente processual, porquanto, a s s e m e l h a n d o - s e a objegao de pre-executividade, q u e continua a r e m a n e s c e n c i a do interesse juridico na

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formulagao da objegao, pois ela se apresenta c o m o d e f e s a c o m vida propria, perquirindo o a l c a n c e de objetivos especificos, e, s o b r e t u d o , a maior viabilidade de utiliza-la, haja vista q u e o incidente de i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o d a sentenga, para o seu m a n e j o , continua, ainda, n e c e s s i t a n d o d a seguranga do juizo pela previa p e n h o r a judicial.

Destarte, c o m o o direito constitucional de agao e d o t a d o de natureza publica, subjetiva, a u t o n o m a e abstrata, conferindo a t o d o s aqueles que, sentindo-se lesionados, i n v o q u e m do Estado o restabelecimento do direito violado. Para tanto, a l e m de a s s e g u r a r o a c e s s o a justiga, o orgao estatal traz a si o conflito de interesses e resolve a querela m e d i a n t e a efetivagao d a prestagao jurisdicional, conferindo o direito a q u e l e q u e realmente o p o s s u a . E n e s s e s moldes que, apos apreciar a p r e t e n s a o do autor, onde o ataque constitui fato caracteristico, confere-se ao requerido o m e s m o direito subjetivo publico de dirigir-confere-se ao m e s m o Estado realizador da atividade secundaria para que aprecie s u a s consideragoes acerca da pretensao.

C o n s t i t u i n d o - s e o direito de defesa c o m o urn o n u s e nao c o m o obrigagao p r o c e s s u a l , e facultado ao reu apresentar ou nao sua d e f e s a , sob pena de, nao o f a z e n d o , arcar c o m irreparaveis lesoes, s o b r e t u d o e m p r o c e s s o executivo o n d e , s o b e r a n a m e n t e , e aflorada a invasao patrimonial para efetivagao da tutela conferida.

A s s i m , c o n d i c i o n a n d o - s e a apreciagao da d e f e s a a restrigao patrimonial de bens do e x e c u t a d o , foi que surgiu a formagao de m o v i m e n t o doutrinario e jurisprudencial, objetivando evitar g r a v a m e s q u a n d o , porventura, viesse a l g u e m a se deparar c o m p r o c e s s o s executivos e i v a d o s de vicios que o t o r n a s s e m imprestaveis a sua finalidade originaria.

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E j u s t a m e n t e na tentativa de afastar tais irregularidades q u e o instituto da objegao d e pre-executividade, consoante exposto no s e g u n d o capitulo, possibility a apresentagao de d e f e s a e m processo de e x e c u g a o i n d e p e n d e n t e m e n t e de constrigao judicial, conferindo ao e x e c u t a d o o direito de resistencia a agao proposta, isso d e v i d o a nulidade percebida no processo executivo.

N e s s e p e n s a m e n t o e que se procura aclarar a n e c e s s i d a d e de se formar u m processo executivo j u s t o e s e m vicios, o n d e as f a l h a s relacionadas ao controle de admissibilidade d e v a m ser o b s e r v a d a s pelo m a g i s t r a d o , evitando a obrigatoria p e n h o r a e m bens do e x e c u t a d o para apresentar defesa f u n d a d a e m vicio q u e , a l e m de propiciar o e n c e r r a m e n t o d a e x e c u g a o , deveria ter sido previamente c o n h e c i d o pelo julgador, i n d e p e n d e n t e m e n t e de qualquer manifestagao.

Diante d e e v i d e n t e injustiga sofrida pelo e x e c u t a d o q u e , m e s m o irregularmente d e m a n d a d o , e obrigado a dispor de seu patrimonio para se defender, e q u e a doutrina e a jurisprudencia v e m g a n h a n d o e s p a g o na defesa do instituto da pre-executividade, permitindo que o e x e c u t a d o a p r e s e n t e suas razoes i n d e p e n d e n t e m e n t e da constrigao patrimonial, isso t o d a s as v e z e s que se fundar no falho controle de admissibilidade. C o m o a legislagao nao proibe, e erigindo o censo de justiga, os principios regentes da processualistica nacional e as tecnicas de interpretagao q u e norteiam a busca da igualdade no trato c o m as partes, b e m visto d e v e ser a aplicagao do referido instituto p r o c e s s u a l no deslinde das querelas judiciais executivas.

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E X E C U Q A O

No Estado D e m o c r a t i c o de Direito as f u n c o e s de legislar, executar as leis e de resolver os conflitos sao tripartidas entre os p o d e r e s do Estado, c o m o sendo: o L e g i s l a t i v e o Executivo e Judiciario; s e n d o que, a este ultimo, e atribuido o exercicio d a f u n g a o jurisdicional, q u e , nada m a i s , e a intromissao do Estado no conflito existente entre os p a r t i c u l a r s , para, de f o r m a objetiva, resolver o litigio e aplicar o direito ao caso c o n c r e t e A s s i m , para que a tutela jurisdicional se instrumentalize, t e m o s o processo judicial, o qual q u a n d o d a prolagao do provimento judicial, c o n s u b s t a n c i a - s e na f a s e de c o n h e c i m e n t o ou cognisciva, na de e x e c u g a o ou d e atos materials e, ainda, no p r o c e d i m e n t o de natureza cautelar que pode ser preparatorio ou incidental.

N e s s e interim, e se atendo aos objetivos do presente trabalho, t e m o s que o processo de e x e c u g a o e a q u e l e que p r o m o v e a responsabilidade da pessoa atraves do seu patrimonio, e q u e , ao lado da r e s p o n s a b i l i d a d e penal que priva a liberdade do ser h u m a n o , o processo executivo e o q u e se mostra mais drastico, pois agride d i r e t a m e n t e o patrimonio da pessoa i n d e p e n d e n t e m e n t e de sua v o n t a d e ou c o n c o r d a n c i a , e tanto que o C P C , inicialmente, d e n o m i n a - o de execugao forgada. A s s i m diante do a p e g o aos bens materials, principalmente nos t e m p o s hodiernos, surge a resistencia de se tentar, de varias maneiras, afastar o processo executivo, pois, a sangao civil t e m a caracteristica de natureza reparatoria e objetiva c o m p e n s a r ao titular do direito subjetivo o prejuizo q u e , de f o r m a injusta e e v e n t u a l , fora c a u s a d o por o u t r e m . T e n d o - s e , por conseguinte,

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que a p e n a s a jurisdigao, nos atuais Estados de Direito, concretiza de f o r m a definitiva a sangao.

Entretanto, inicialmente, nem s e m p r e foi a s s i m , pois a responsabilidade penal e civil se c o n f u n d i a m na pessoa h u m a n a , haja vista que sangoes civis privavam o ser h u m a n o de sua liberdade e o tinha c o m o coisa ou objeto material, assim era no direito r o m a n o onde a execugao se realizava na pessoa do devedor, vez que ele poderia ser v e n d i d o pelo credor c o m o e s c r a v o fora d a cidade, e que o d e v e d o r q u e c h e g a s s e a tal tipo de situagao perdia o status de c i d a d a o r o m a n o : o

"status civitatis", b e m c o m o a condigao de liberdade.

M e n c i o n a G r e g o Filho (2000, p. 10) q u e :

[...] No terceiro periodo do direito processual r o m a n o ocidental, c h a m a d o de p e r i o d o d a cognitio extra ordinem, c o m a maior intervengao oficial d e c o r r e n t e da forga do imperio, passou a ser utilizada a figura c h a m a d a pignus in

causa judicati captum, q u e era a a p r e e n s a o de bens para

s e r e m v e n d i d o s ate o limite do credito, mas a v e n d a ainda era feita pelo credor. (grifo do autor)

Entao o p r o c e s s o de execugao e aquele no qual a fungao jurisdicional se mostra pela a t u a g a o d a v o n t a d e concreta d a lei, atraves d a substituigao das partes pelo Estado-juiz, o n d e ha a aplicagao material do c o m a n d o normativo e que a s a n g a o e feita d i r e t a m e n t e pelo Estado, substituindo e m grau maior ou m e n o r a c o n d u t a do credor. No processo executivo, portanto, o Estado-juiz intervem no patrimonio do devedor para tornar efetiva a v o n t a d e sancionatoria, e o d e v e d o r a r c a n d o c o m o s e u patrimonio individual, e a sua custa, inclusive, s e m ou ate contra a s u a v o n t a d e .

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1.1 Processo de E x e c u g a o

Efetivada a prestagao da tutela jurisdicional e m p r o c e s s o de c o n h e c i m e n t o , p o d e m o s o b s e r v a r que o Estado d e s e n v o l v e u atividade, e s s e n c i a l m e n t e , declaratoria, definindo o real detentor do direito discutido, atribuindo o bem juridico material a parte v e n c e d o r a , isso atraves d e sentenga. Entretanto, tal d e c i s a o e passivel d o nao c u m p r i m e n t o voluntario, o b r i g a n d o o Estado, atraves da iniciativa d o vencedor, a e m p r e e n d e r u m a s e g u n d a efetivagao, s e n d o esta voltada a u m a atividade satisfativa, o n d e o patrimonio do d e v e d o r inadimplente sera, c o e r c i t i v a m e n t e , invadido para a satisfagao do direito do credor. A e s s e conjunto de atos t e n d e n t e s a propiciar urn resultado pratico d a declaragao de direito preexistente, d e n o m i n a - s e de processo d e e x e c u g a o .

A s s e g u r a d o c o m o garantia constitucional f u n d a m e n t a l , o principio d o contraditorio e a d o t a d o , s e m qualquer restrigao, aos p r o c e s s o s judiciais, inclusive no p r o c e s s o executivo, e m b o r a nesse seja de f o r m a m a i s restrita, posto q u e o direito i n v o c a d o ja se encontraria materializado e m urn titulo, s e n d o , c o n q u a n t o , de f o r m a rarefeita, c o m o m e n c i o n a W a m b i e r (2006, p. 4 3 ) :

Ha cognigao jurisdicional dentro do processo de execugao e da fase de 'cumprimento de sentenga', ainda que em menor grau. Os doutrinadores aludem a 'cognigao rarefeita'.

T o d a v i a existe u m a g r a n d e p r e o c u p a g a o da doutrina e jurisprudencia c o m a n e c e s s i d a d e de f o r m a g a o de urn processo executivo justo, m o r m e n t e q u a n d o se trata de expropriagao d o patrimonio do d e v e d o r para satisfagao do direito do credor. E a c e r c a de tal perspectiva que e n c o n t r a m o s os e m b a r g o s do devedor,

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agora c o m a n o m e n c l a t u r a de impugnagao ao c u m p r i m e n t o d a sentenga, c o n s o a n t e a reforma no p r o c e s s o de e x e c u g a o de titulo judicial por quantia certa contra d e v e d o r solvente introduzida pela Lei n° 11.232/2005, e a objegao de pre-executividade c o m o m o d a l i d a d e s de contraditorio na e x e c u g a o , buscando-se, atraves d a n e c e s s i d a d e de urn processo equitativo, a realizagao de atos que a s s e g u r e m a satisfagao do direito f i r m a d o e m titulo, o n d e o contraditorio relaciona-se c o m a propria garantia de justiga.

A s s i m , nao nos intimida relatar que o p r o c e s s o de e x e c u g a o se estriba e m probabilidade de certeza atinente ao titulo e x e c u t i v o a p r e s e n t a d o , visto q u e o legislador d o t o u - l h e de plena eficacia abstrata, so admitindo impugnagao m e d i a n t e s e g u r a n g a do j u i z o .

O p r o c e s s o executivo nao esta voltado ao c o n h e c i m e n t o c o m o objeto especifico, ou seja, nele nao se profere j u l g a m e n t o acerca do merito de q u e s t a o . Mas dizer que o nao j u l g a m e n t o de questao relata a inexistencia de atividade decisoria e algo inaceitavel, pois nao ha de ser e s q u e c i d o q u e atos materiais do processo sao orientados via decisoes interlocutorias, s e n d o , portanto, de se considerar q u e t o d o o processo constitui m e c a n i s m o de exercicio do poder e todo exercicio d o poder p a s s a inevitavelmente pelo m o m e n t o d a decisao.

O o r d e n a m e n t o juridico patrio dota o titulo executivo d a presungao de certeza, ou seja, confere-lhe probabilidade suficiente de v e r a c i d a d e a materia a p r e s e n t a d a . Dessa f o r m a , e patente que o legislador a c a t o u a possibilidade de p r o c e s s a m e n t o e x e c u t i v o o n d e seja possivel a inexistencia de direito subjetivo material pleiteado, o p t a n d o ao e x e c u t a d o o peso o c a s i o n a d o pelas medidas constritivas atribuidas ao e x e q u e n t e , e l e v a n d o o culto a pacificagao social e m detrimento d a s p o s s i v e i s injustigas q u e poderao se perpetrar. Ora, se atualmente

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ha t e n d e n c i a d e a u m e n t o d o s titulos considerados e x e c u t i v o s , equiparando-os aqueles titulos por e x c e l e n c i a , n o t a d a m e n t e , c a d a vez maior, sera a pratica de injustigas. E a partir de tal expectativa que se d e v e propiciar ao e x e c u t a d o meios c a p a z e s d e s a n a r p r o p o s i c o e s iniquas antes de alveja-lo c o m a p e n h o r a . A isso se p r o p o e o instituto da pre-executividade, s e m previsao legal, m a s nos a c o r d e s do censo de justica.

1.2 Defesa do D e v e d o r e m Juizo

E m regra, a d e f e s a do d e v e d o r no processo executivo ocorre atraves de e m b a r g o s a e x e c u g a o (arts. 736 e seguintes do C P C ) ou por meio de agao declaratoria incidental de inexigibilidade ou anulatoria d e titulo executivo. O s e m b a r g o s , s e g u n d o T e o d o r o Junior (1997, p. 2 7 3 ) :

Por visar a desconstituigao da relagao juridica e certa retratada no titulo e que se diz que os embargos sao uma agao constitutiva, uma nova relagao processual, em que o devedor e autor e o credor e reu.

Para a j u i z a m e n t o d e s s a agao, exige-se a previa garantia do J u i z o atraves de p e n h o r a ou d e p o s i t o judicial; exceto na agao de e x e c u g a o contra a Fazenda Publica e m q u e a m e s m a pode oferecer e m b a r g o s a execugao i n d e p e n d e n t e m e n t e de garantia do Juizo, c o m o a s s i m d i s p o e m os arts. 741 ao 7 4 3 , t o d o s do C P C ; s e n d o que tal exigencia erige-se e m verdadeira condigao de procedibilidade, s e m a qual torna-se ela j u r i d i c a m e n t e i m p o s s i v e l , acarretando, por c o n s e g u i n t e , a extingao do processo por carencia de agao.

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Os e m b a r g o s sao a via mais a d e q u a d a para o e x e c u t a d o se defender e m Juizo no p r o c e s s o executivo, de acordo c o m o r e g r a m e n t o p r o c e s s u a l vigente, e o m o m e n t o o p o r t u n o para se alegar t o d a s as q u e s t o e s , n a o so v i s a n d o evitar a d e f o r m a c a o d o s atos executivos e o d e s c u m p r i m e n t o de normas processuais, c o m o t a m b e m r e s g u a r d a r direitos materiais s u p e r v e n i e n t e s ou contrarios ao titulo executivo, c a p a z e s de torna-lo s e m efeito ou de reduzir-lhe a eficacia, c o m o p a g a m e n t o , n o v a c a o , c o m p e n s a g a o , remissao, a u s e n c i a de responsabilidade patrimonial etc.

A l e m d e s s a m o d a l i d a d e de defesa que se exercita pela agao de e m b a r g o s , a u t o n o m a e c o n e x a c o m a execugao, o d e v e d o r p o d e r a ajuizar agao de declaragao de inexigibilidade ou anulagao de titulo executivo. A d e s v a n t a g e m de tal agao e m relagao a de e m b a r g o s esta no fato de q u e a q u e l a nao impedira o credor de propor a e x e c u g a o , b e m c o m o nao s u s p e n d e r a o curso desta ( C P C , art. 585, §1°), ao reves do que ocorre c o m a propositura d o s e m b a r g o s que s u s p e n d e m a pratica d o s atos executivos, ate o j u l g a m e n t o do incidente, c o n f o r m e o teor d o art. 739, §1°, C P C .

T o d a v i a , p o d e ocorrer que a agao de e x e c u g a o nao p r e e n c h a as condigoes necessarias a sua propositura ou esteja d e s a c o m p a n h a d a dos pressupostos processuais, ou seja, situagoes e m q u e se c o n s u b s t a n c i a m materias de o r d e m publica e, m e s m o a s s i m , o juiz, d e s p e r c e b i d a m e n t e , a p o s e x a m i n a r a petigao inicial, o r d e n e a citagao do d e v e d o r e c o n s e q u e n t e constrigao de seu patrimonio, s e m que p u d e s s e faze-lo, ante a nulidade d a e x e c u g a o ( C P C , art. 6 1 8 , I, II ,lll), porquanto, nao p r e e n c h e n d o os requisitos legais - condigoes da agao e pressupostos p r o c e s s u a i s - , a agao de e x e c u g a o nao poderia ser admitida e, c o n s e q u e n t e m e n t e , nao p o d e r i a m ter lugar os atos de intromissao do Estado no

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patrimonio do devedor, f a c e as c o n s e q u e n c i a s imprevisiveis que p o d e r i a m ocorrer, c o m o a paralisagao da atividade e c o n o m i c a da e m p r e s a ou do e x e c u t a d o .

Diante d e s s a s p o s s i v e i s c o n s e q u e n c i a s e q u e a doutrina, a jurisprudencia e tantas outras v a o afastando o e n t e n d i m e n t o de que e indispensavel a efetivagao da p e n h o r a para q u e o d e v e d o r possa, so entao, atraves d o s e m b a r g o s opor-se a e x e c u g a o . E j u s t a m e n t e na tentativa de a m p a r a r o direito de e x e c u t a d o s u b m e t i d o a processo e x e c u t i v o irresponsavelmente instaurado q u e a s m o d e r n a s tendencias do direito p r o c e s s u a l civil v e m o b s e r v a n d o o instituto doutrinario d a pre-executividade, pois a parte passiva d e v e ser conferido direito d e defesa. Deve-se a m p a r a r a q u e l e q u e possui o direito i n d e p e n d e n t e m e n t e d a posigao que o c u p a no processo.

1.3 E m b a r g o s do D e v e d o r e a Lei n° 11.232/2005

V i s a n d o dar maior efetividade e, porquanto, satisfatividade ao direito acertado, objetivo e s s e a ser perquerido pelo m o d e r n o p r o c e s s o d e execugao civil, o nosso legislador veio a aprovar a atual reforma do p r o c e s s o de execugao, c o n s u b s t a n c i a d a na Lei n° 11.232/2005, a qual inclui os c a p i t u l o s IX e X no Titulo VIII, do Livro I do C P C , c o m o sendo: "Da liquidagao de sentenga" e "Do c u m p r i m e n t o da sentenga". C o n q u a n t o , diante d e s s a nova disciplina da lei, observa-se q u e o p r o c e s s o de execugao de titulo judicial passa a ser c o m p o s t o de d u a s f a s e s , portanto, sincretico ou bifasico; u m a vez q u e a p o s a fase de cognigao e r e c o n h e c i m e n t o do direito d e m a n d a d o , que se d a c o m o transito e m j u l g a d o do provimento jurisdicional, p a s s a - s e , e m seguida, a f a s e material do processo, que

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e a satisfatividade do b e m juridico acertado, a fim de que se c o m p o n h a a relagao j u r f d i c a . d e direito material e, c o m isso, seja prestada, d e f o r m a efetiva, a fungao jurisdicional do Estado.

Entretanto, c o n v e m destacar que continua e m vigor o m e s m o procedimento para instauragao da agao de e x e c u g a o de titulo extrajudicial e de alguns outros tipos de e x e c u g o e s especiais, c o m o a de prestagao alimenticia que se perfaz na f o r m a dos arts. 732 ao 7 3 5 , todos do C P C , b e m a s s i m a e v e n t u a l interposigao dos e m b a r g o s respectivos; E mais: c o m o m e n c i o n a d o no art. 4 7 5 - R , d e v e - s e aplicar ao novo p r o c e d i m e n t o supra referido, de f o r m a subsidiaria, as d e m a i s normas que r e g e m o p r o c e s s o de e x e c u g a o de titulo extrajudicial.

C o n q u a n t o , nesse d i a p a s a o , expressa M o n t e n e g r o Filho (2006, p. 4 ) :

[...] A lei em exame quebra a classificagao classica da jurisdigao, tornado o processo bifasico, sendo formado por uma fase inicial, para certificagao do direito (fase de conhecimento), apos plena investigagao probatoria realizada pelo magistrado, e por outra

fase posterior, de mero cumprimento da decisao judicial, nao

mais de execugao, como processo judicial autonomo, a reclamar nova citagao do vencido, o pagamento das custas processuais etc. (grifos do autor)

E n t r e m e n t e s , c o m a vigencia da referida lei ( d e s d e 2 3 / 0 6 / 2 0 0 6 ) , observa-se que o p r o c e s s o de e x e c u g a o a u t o n o m o s e d e lugar para a nova f a s e de c o n c r e t u d e do p r o v i m e n t o jurisdicional, qual s e n d o a do " c u m p r i m e n t o da sentenga". S a l i e n t a n d o s e q u e as regras do art. 4 7 5 I ao art. 4 7 5 R , d i r e c i o n a m -se, e s p e c i f i c a m e n t e , aquela sentenga que d e t e r m i n a o p a g a m e n t o de quantia certa, pois e m se t r a t a n d o de sentenga que d e t e r m i n e o c u m p r i m e n t o de uma obrigagao de fazer ou de nao fazer, bem c o m o a obrigagao de entregar coisa certa diferente de dinheiro, continua se e x e c u t a n d o na f o r m a disciplinada pelos

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arts. 4 6 1 e 4 6 1 - A , inclusive se a s s e m e l h a n d o a nova diretriz do c u m p r i m e n t o da sentenga, vez que tal provimento jurisdicional se constitui de natureza m a n d a m e n t a l , atraves dos institutos da tutela e s p e c i f i c a ou do resultado pratico equivalente e da busca e a p r e e n s a o , ou imissao na p o s s e , c o n f o r m e se trate de b e m m o v e l ou imovel.

P o r q u a n t o , na esteira dos objetivos do presente trabalho monografico, v e -se que ante ao novo p r o c e d i m e n t o para defesa no p r o c e s s o executivo previsto na Lei n° 11.232/2005, nao mais subsiste os e m b a r g o s a e x e c u g a o c o m o a f o r m a de defesa c o n s i s t e n t e n u m a agao a u t o n o m a , c o m cognigao propria, inclusive t e n d o c o m o regra a s u s p e n s a o da execugao, mas sim o instituto d e i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o da sentenga, c o m o o meio de d e f e s a realizado de f o r m a incidental e, de regra, s e m a s u s p e n s a o do processo executivo, salvo s e n d o d e m o n s t r a d o de piano pelo e x e c u t a d o , atraves de relevantes f u n d a m e n t o s , q u e c o m o p r o s s e g u i m e n t o d a e x e c u g a o , haja a possibilidade manifesta de Ihe causar grave d a n o de dificil ou incerta reparagao, situagao e m q u e o m a g i s t r a d o pode atribuir o efeito s u s p e n s i v o .

De outro m o d o , c a b e destacar que m e s m o s e n d o atribuido o efeito s u s p e n s i v o , o incidente sera instruido e decidido dentro d o s proprios autos do processo executivo, e, e m caso contrario, e m autos a p a r t a d o s e p r o c e s s a d o s e m a p e n s o a e x e c u g a o . A s s i m , percebe-se que c o m a i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o de sentenga nao mais se faz necessario d e m a i s f o r m a l i s m o s , a e x e m p l o do art. 282 do C P C , haja vista nao se tratar de uma agao, m a s urn incidente processual q u e i n d e p e n d e do p a g a m e n t o de custas, e m b o r a ainda exigindo a seguranga do juizo pela p e n h o r a para que seja m a n e j a v e l , m a s q u e sera j u l g a d o atraves de

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d e c i s a o interlocutoria, exceto se por fim a e x e c u g a o , o c a s i a o q u e e m sera objeto de sentenga.

N e s s e sentido, t a m b e m e n t e n d e W a m b i e r (2006, p. 318):

[...] A impugnagao consiste em uma demanda de tutela cognitiva formulada pelo devedor incidentalmente no procedimento executivo em curso. Mas nao instaura - reitere-se - um novo processo. Por essa razao, a petigao de impugnagao nao se submete aos requisitos mais rigidos de uma petigao inicial, diferentemente do que ocorre nos embargos. Vigora a diretriz de maior simplicidade no requerimento inicial. No entanto, nao fica dispensada a exigencia de exposigao dos fundamentos a impugnagao e seu exato objetivo.

Q u a n d o do m a n e j o do incidente de i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o d a sentenga, o art. 4 7 5 - L , introduzido no C P C pelo art. 4 ° da Lei n° 11.232/2005 dispoe e m numerus clausus quais as materias veiculaveis:

Art. 475-L. A impugnagao somente podera versar sobre: I - falta ou nulidade da citagao, se o processo correu a revelia; II - inexigibilidade do titulo;

III - penhora incorreta ou avaliagao erronea; IV - ilegitimidade das partes;

V - excesso de execugao;

VI - qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigagao, como pagamento, novagao, compensagao, transagao ou prescrigao, desde que superveniente a sentenga.

No mais, c o n t i n u a m v a l e n d o e m relagao ao incidente de impugnagao, condigoes gerais e objetivas dos e m b a r g o s a e x e c u g a o , c o m o a tempestividade de sua impetragao e a preclusao de tal direito, a c a s o nao exercido no prazo proprio. C a b e n d o destacar, neste trabalho cientifico, q u a n t o ao incidente de impugnagao, a l g u m a s particularidades, tais c o m o : a) o prazo para a interposigao da i m p u g n a g a o sera de quinze dias, tendo c o m o t e r m o inicial a intimagao da

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p e n h o r a , q u e pode ser realizada na pessoa do a d v o g a d o do e x e c u t a d o , m e d i a n t e publicagao oficial, ou diante da inexistencia deste, na pessoa do representante legal ou p e s s o a l m e n t e , por m a n d a d o ou pelo correio; b) continua v a l e n d o c o m o c o n d i c a o de procedibilidade para a interposicao d a i m p u g n a g a o a seguranga do j u i z o , a e x e m p l o d o e m b a r g o s , ato esse, no entanto, q u e s o m e n t e se efetivara pela p e n h o r a ; c) a p e n a s d e t e r m i n a d a s materias p o d e m ser a l e g a d a s e m sede de i m p u g n a g a o , c o m o a q u e l a s dispostas no art. 4 7 5 - L .

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Esse t e m a foi proposto pela primeira vez por P o n t e s de M i r a n d a , no ano de 1966, e m p a r e c e r e l a b o r a d o a partir de p r o b l e m a s pertinentes a pedidos de falencia da C o m p a n h i a Siderurgica M a n n e s m a n n , a f i r m a n d o que

Quando se pede ao juiz que execute a divida (exercicio das pretensoes pre-processual e processual a execucao) tem o Juiz de examinar se o titulo e executivo, seja judicial, seja extrajudicial. Se alguem entende que pode cobrar divida que consta de instrumento publico ou particular, assinado pelo devedor e por duas testemunhas, e o documento publico e falso, ou de que a sua assinatura, ou de alguma testemunha, e falsa, tem o Juiz de apreciar o caso antes de ter o devedor de pagar ou sofrer a penhora.

C o m e s s a s afirmagoes, o referido autor iniciou a criagao do d e n o m i n a d o instituto d a e x c e g a o de pre-executividade, que na atualidade uns d e n o m i n a m de excegao e outros de objegao, com a finalidade de suscitar q u e s t o e s de o r d e m publica relativas as condigoes da agao e aos p r e s s u p o s t o s de d e s e n v o l v i m e n t o valido e regular do p r o c e s s o executivo.

Criagao p u r a m e n t e doutrinaria, a pre-executividade nao t e m base legal na legislagao codificada, g e r a n d o uma delicada situagao para sua possivel aplicagao perante o o r d e n a m e n t o j u r i d i c o vigente. E a partir da c o n j u g a g a o do p e n s a m e n t o dos d o u t r i n a d o r e s , atrelado ao a c a t a m e n t o das d e c i s o e s d o s tribunals, q u e o instituto d e b a t i d o cada vez mais v e m se m o s t r a n d o c o m o u m a v e r d a d e juridica instituida e m s a n a r as possiveis injustigas propiciadas por inadequagao do processo de e x e c u g a o .

De qualquer f o r m a , e de ressaltar-se que o p e n s a m e n t o dos nossos doutrinadores ainda nao e uniforme acerca da admissibilidade da

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pre-executividade, c o m o e o caso de Alcides de M e n d o n c a Lima q u e procura expurgar o instituto q u e s t i o n a d o , alegando o d e s v i r t u a m e n t o d a finalidade do processo executivo, pois produziria, c o m o c o n s e q u e n c i a , prejuizo irreparavel ao e x e q u e n t e , a d m i t i n d o - s e a p e n a s os e m b a r g o s c o m o unico meio possivel, legal e legitimo para d e f e s a . M e s m o a c o m p a n h a d o de outros notaveis estudiosos, tal p o s i c i o n a m e n t o v e m p e r d e n d o forca e m f a c e d o s partidarios da objegao. Oliveira Neto (2000, p. 110), e x p o e o p e n s a m e n t o defensivo de alguns d o s m a i s c o n s a g r a d o s processualistas para, ao final, concluir:

Diante do exposto, pois, podemos concluir que doutrinadores de renome sustentam que nao existe qualquer obice de ordem legal para que se admita a utilizagao da excegao de pre-executividade, uma vez que nao contraria o sistema da execucao. Ao contrario, serve de instrumento complementar dos embargos do devedor, em hipoteses especiais, quando se torna imprescindivel a formulagao de defesa para assegurar o direito afirmado, sendo desnecessario assegurar o juizo mediante penhora.

E mais, j a e m analise sobre o instituto do c u m p r i m e n t o d a sentenga e a sua c o n s e q u e n t s i m p u g n a g a o , Neri Junior (2006, p. 643) e x p o e q u e :

No procedimento do cumprimento da sentenga o devedor pode defender-se por meio de tres instrumentos: a) excegao de executividade; b) objegao de executividade; c) impugnagao ao cumprimento da sentenga. Nos dois primeiros casos, a defesa pode ser feita sem que haja necessidade de o devedor segurar o juizo, vale dizer, antes da seguranga do juizo pela penhora ou deposito. A excegao e a objegao de executividade sao os meios de defesa stricto sensu. Para opor a impugnagao, que sao urn misto de agao e defesa (defesa lato sensu), o devedor precisa segurar o juizo pela penhora ou deposito da coisa.

C o n s i d e r a n d o tais postulados e p e r c e b e n d o a finalidade de levar ao juiz o c o n h e c i m e n t o de materia que possa ser decidida de piano, quer trate de questao

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relativa ao merito ou a admissibilidade da agao executiva, s o b r e t u d o aquelas materias de o r d e m publica que d e v e m ser c o n h e c i d a s de oficio pelo juiz, pode-se definir a objegao de pre-executividade c o m o s e n d o o instituto doutrinario-processual q u e t e m por finalidade extinguir e x e c u g o e s ilegais ou infundadas, m e d i a n t e cognigao exauriente da materia nela vinculada, a ser, de piano, j u l g a d a pelo juiz.

C o n q u a n t o , v i s l u m b r a - s e q u e tal meio de d e f e s a se a p r e s e n t a c o m o u m m e c a n i s m o do e x e c u t a d o q u e , para o seu m a n e j o , nao necessita de seguranga previa, ou seja, e u m instrumento de justiga d e s e n v o l v i d o pela doutrina e pela jurisprudencia e q u e hoje e de g r a n d e e pacifica aceitagao entre os o p e r a d o r e s do direito.

G a l e n o Lacerda (apud P a p p e n da Silva, 2 0 0 5 ) e m analise e e x a m e das condigoes da agao executiva, m e s m o diante d a inexistencia de p e n h o r a , afirma:

Uma vez que houve alegagao que importa em oposigao de excegao pre-processual ou processual, o juiz tem de examinar a especie e o caso, para que nao cometa a arbitrariedade de penhorar bens de quern nao estava exposto a agao executiva. Isto significa que, na defesa do executado, ha excegoes previas, latu sensu, que afastam a legitimidade da propria penhora, ja que esta, como e notorio, pressupoe a executoriedade do titulo. Se o titulo nao for exequivel, nao tem sentido a penhora, desaparece seu fundamento logico e juridico.

A s s i m , a objegao d e pre-executividade se mostra c o m o u m meio de defesa no p r o c e s s o e x e c u t i v o que i n d e p e n d e da realizagao de p e n h o r a , pois e m meio ao c u m p r i m e n t o d a sentenga, nao se mostra razoavel c o m p e l i r o e x e c u t a d o a ter bens p e n h o r a d o s se ele p o d e se valer da tese de d e f e s a de t a m a n h a relevancia que se m o s t r e i m e d i a t a m e n t e d e s n e c e s s a r i o o p r o s s e g u i m e n t o do feito executivo.

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2.1 Natureza Juridica

V a r i o s tratadistas p r o c u r a m esclarecer qual seria a real natureza juridica do instituto e m q u e s t a o , m a s , ainda, nao se c h e g o u a u m c o n s e n s o mais a c u r a d o sobre o t e m a . D e a c o r d o c o m a d e n o m i n a c a o acolhida por Pontes d e Miranda, a excegao seria de pre-executividade uma vez que o p o s t a antes d a p e n h o r a (restringe a oposigao d a excegao aquele prazo para p a g a r ou n o m e a r bens a p e n h o r a ) , que j a seria m e d i d a executiva e referente aos p r e s s u p o s t o s d a pretensao e x e c u t i v a do credor, preexistentes ao d e s p a c h o inicial do juiz que d e t e r m i n a a citagao do devedor.

Em q u e p e s e o ilustre e n t e n d i m e n t o , e fato q u e nao seria u m a excegao, muito m e n o s d e pre-executividade - uma vez q u e a e x e c u g a o , c o m o d e s p a c h o de citagao, j a se e n c o n t r a e m curso e a excegao p o d e ser oposta a qualquer t e m p o inclusive c o m r e f e r e n d a a fatos posteriores ao a j u i z a m e n t o - m a s mero requerimento d e d u z i d o nos autos da e x e c u g a o , ventilando, e m principio, materia que seria p a s s i v e l d e c o n h e c i m e n t o de oficio pelo juiz (de o r d e m publica: nulidade do titulo o u d a e x e c u g a o e controle d a s condigoes d a agao) identificaveis de piano, d i s p e n s a n d o q u a l q u e r dilagao probatoria, e n q u a n t o suficientemente e v i d e n c i a d a nos proprios autos, e s e m implicar m a i o r e s reflexoes sobre a materia juridica ou fatica.

A d e m a i s , e m c o n f o r m i d a d e com o Codigo de P r o c e s s o Civil, a d e n o m i n a g a o e x c e g a o e especifica para as hipoteses de incompetencia, i m p e d i m e n t o e suspeigao do juiz. E u m incidente q u e pode ser arguido e m qualquer grau de jurisdigao, d e v e n d o a parte oferece-lo no prazo de 15 dias, c o n t a d o s d o fato que o gera, sob pena de preclusao. S e u p r o c e s s a m e n t o e

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iniciado por petigao a u t o n o m a , c o m distribuigao e a u t u a g a o e m a u t o s apartados, onde p r i m e i r a m e n t e sera ouvido o juiz ou o e x c e p t o , para posterior decisao, d a qual c a b e recurso d e agravo.

Feu R o s a ( 1 9 9 9 , p.95), revela seu i n c o n f o r m i s m o c o m a e x p r e s s a o "pre-executividade", o b t e m p e r a n d o que:

Como utilizada, da a entender que a 'excegao de pre-executividade' so diz respeito ao que fosse anterior a executividade, ou melhor, a formagao da executividade; em outras palavras, a 'excegao de pre-executividade' diria respeito as materias aferiveis no momento da decisao que analisa a petigao inicial, a qual, supostamente, conferiria 'executividade'. Ocorre que nem so na inicial deve o juiz aferir os requisitos da execugao. Com efeito, no curso do processo tambem surgem requisitos da execugao valida, que devem ser objeto de exame pelo juiz.

E m n e n h u m m o m e n t o pode ser caracterizado c o m o contestagao, pois esta se d a e m primeiro m o m e n t o da agao de c o n h e c i m e n t o , s e g u i n d o os principios d a e v e n t u a l i d a d e e d a i m p u g n a g a o especifica dos fatos, a pre-executividade a p e n a s aborda materia q u e possibilite a cognigao plena e imediata, contrariando a amplitude contraditoria. T a m b e m longe de ser r e c o n v e n g a o , pois nao d e t e m natureza de agao.

Nao se trata de incidente processual, pois e s t e a p e n a s abordaria e decidiria q u e s t a o surgida no curso do processo executivo s e m ensejar a provavel extingao do feito e m a n d a m e n t o . Fato diferente se c o n s i d e r a r m o s a pre-executividade, haja vista ser caracteristica do instituto o poder de fulminar i m e d i a t a m e n t e a relagao processual. Portanto, ilogico seria atribuir tal designagao para considera-la c o m o s e n d o u m incidente p r o c e s s u a l .

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Quando a materia que o devedor pretende alegar como causa para a iligalidade, nulidade ou descabimento da execucao for de

ordem publica, e admissivel a objegao de executividade. Essas

materias, por serem de ordem publica, devem ser conhecidas de oficio pelo juiz. Assim, ao opor a objegao, o excipiente apenas alerta o juiz para o fato de que deve pronunciar-se ex officio sobre aquela materia. Por essa razao pode o devedor opor a objegao a qualquer tempo e grau ordinario de jurisdicao, independentemente da seguranga do juizo pela penhora ou deposito.

R e a l m e n t e , e s s a d e n o m i n a c a o parece ser o n o m e mais apropriado para esse instituto, p o r q u e se trata de meio utilizado para i m p u g n a r processo s e m p r o c e d i m e n t o p r e e s t a b e l e c i d o , o n d e seu resultado poderia ou nao fulminar a e x e c u c a o , s e m n e c e s s i d a d e de garantia do j u i z o .

2.2 C a b i m e n t o da O b j e g a o

T o r n a r s e g u r o o j u i z o antes de se discutir direito inerente ao d e m a n d a d o e m p r o c e s s o de e x e c u g a o e, e m d e t e r m i n a d a s situagoes, fato de t a m a n h a injustiga q u e obriga o e x e c u t a d o a sofrer restrigoes atraves da disponibilidade de bens efetivada pelo instituto da p e n h o r a , m e s m o a i n d a q u e possua direito c o m c a p a c i d a d e de ser r e c o n h e c i d o de piano.

E m vista d e tal problematica, situagoes se a p r e s e n t a m c o m o necessarias a uma analise expositiva, d e m o n s t r a n d o a d e s n e c e s s i d a d e de constrigao do patrimonio do d e v e d o r para a a d m i s s a o de sua defesa e m j u i z o . Primeiramente, uma e x e c u g a o s e m titulo nao deve prosperar - nulla executio sine titulo - pois se impossivel e u m a e x e c u g a o s e m titulo, improprio seria exigir a seguranga de u m p a g a m e n t o ineficaz. Da m e s m a f o r m a seria u m a e x e c u g a o de titulo s e m eficacia executiva, s e m previsao especial no C P C n e m e m lei extravagante,

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a p r e s e n t a n d o , da m e s m a f o r m a , impossibilidade juridica na causa de pedir proxima, isto e, da f u n d a m e n t a g a o legal.

Q u a n t o ao a s p e c t o de uma execugao de titulo sujeito a t e r m o ou condigao, p o d e m o s relatar q u e se a exigibilidade esta relacionada ao interesse de agir, d e s p r o v i d o sera a q u e l e titulo o n d e inoperou a ocorrencia do t e r m o ou d a condigao. A u s e n t e s tais fatos o titulo sera inexigivel, o q u e propicia a carencia do interesse de agir. No caso de execugao f u n d a d a e m titulo judicial cujo p r o c e d i m e n t o previsto e diverso do adotado, o b s e r v a m o s a inadequagao ao provimento jurisdicional requerido, isso o c a s i o n a d o pelo m o d o erroneo de f o r m u l a g a o do p e d i d o m e d i a t o , ou seja, o p r o c e d i m e n t o a d o t a d o pelo e x e q u e n t e nao era o e s p e c i f i c o para a natureza da obrigagao contida no titulo, o que t a m b e m reflete a a u s e n c i a de interesse de agir, t o r n a n d o infundado o processo executivo.

Da m e s m a f o r m a e a hipotese da pessoa citada para integrar o polo passivo d a e x e c u g a o nao ser parte legitima para figurar na relagao processual, inexiste, a s s i m , qualquer razao para prosperar a agao executiva, pois manifesta e a ilegitimidade de parte, p o d e n d o ser arguida a q u a l q u e r t e m p o . Interessante se faz observar, a i n d a , a q u e s t a o da execugao por credito trabalhista proposta e m vara c i v e l , o n d e t e r e m o s e v i d e n t e m e n t e o caso de i n c o m p e t e n c i a absoluta e m razao d a materia. Entretanto, m e s m o s e m possibilidade de d e s e n v o l v i m e n t o da relagao j u r i d i c o p r o c e s s u a l , o processo nao d e v e ser extinto, basta efetuar a aplicagao do art. 113, § 2°, j u n t a m e n t e c o m art. 7 4 1 , V I I I , c/c art. 598, todos do C P C , o que proporciona seja o processo remetido para o j u i z o c o m p e t e n t e , c o m a p r o v e i t a m e n t o d o s atos nao decisorios. A s s i m , o p r o c e s s o nao sera extinto pelo juiz c o m u m , m a s d e v i d a m e n t e remetido a c o m p e t e n t e V a r a trabalhista.

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Ja no q u e t a n g e as q u e s t o e s de merito - c a u s a s extintivas, modificativas ou impeditivas do direito do e x e q u e n t e - c o m o p a g a m e n t o , c o m p e n s a c a o , remissao, anistia de d i v i d a s tributarias, d e c a d e n c i a e prescricao, t a m b e m e cabivel a a r g u i c a o atraves de objegao, q u e por nao s e r e m materias de o r d e m publica, o juiz nao d e v e conhece-las ex officio, c o m p e t i n d o ao d e v e d o r argui-las nos proprios a u t o s da e x e c u g a o , d e s d e que d e s n e c e s s a r i a a dilagao probatoria, e u m a vez r e s t a n d o d e m o n s t r a d a a veracidade d a s alegagoes, implica a necessaria extingao d a e x e c u g a o que nao deve prosseguir d e s n e c e s s a r i a m e n t e .

I m p o r t a n d o m e n c i o n a r ainda, que diante d a reforma efetivada no C P C pela Lei n° 1 1 . 2 8 0 / 2 0 0 6 , a qual modificou o § 5° d o art. 2 1 9 , d e t e r m i n a n d o que o juiz deve r e c o n h e c e r de oficio a prescrigao, e n t e n d e Nery J u n i o r (2006), t a m b e m , ser mais u m a materia a ser arguida pela objegao, pois p a s s a a ser de o r d e m publica o seu p r o n u n c i a m e n t o , e q u e , a s s i m , pode ser a l e g a d a e m q u a l q u e r t e m p o e grau d e jurisdigao, d e v e n d o , destarte, ser arguivel na objegao de pre-executividade s e m a n e c e s s i d a d e de seguranga do juizo.

S h i m u r a (apud Knijnik, 2 0 0 1 , p. 151) e x p o e :

Apos considerar que "embora a lei so preveja a via de embargos como forma de o devedor deduzir suas defesas (arts. 741 e 745 do CPC), em nossa sistematica processual e perfeitamente viavel o reconhecimento ou o oferecimento de defesas antes da realizagao da penhora". Para o tratadista, tres seriam as materias oponiveis a execugao, sendo a ultima propria de embargos: a) materias que podem e devem ser conhecidas de oficio pelo juiz, isto e, materias de ordem publica (pressupostos processuais e condigoes da agao); b) materias que devem ser objeto de alegagao da parte, sendo, porem, desnecessaria dilagao probatoria para sua demonstragao; c) materias que devem ser alegadas pela parte, cuja comprovagao exige dilagao probatoria; nesse caso, mister se faz a oposigao dos respectivos embargos do devedor. A hipotese "b", no dizer de SHIMURA, versa sobre "materias que devem ser objeto de arguigao da parte, mas que nao demandam qualquer dilagao probatoria para sua demonstragao, ou seja, desde que demonstradas de pronto e de modo inequivoco, sem necessidade de produgao de provas. Sao

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seus estes exemplos: prescrigao, pagamento, compensacao, novacao etc. que, se estiverem provadas de forma limpida, irretorquivel, constatavel prima facie, sendo de todo prescindivel qualquer incidente probatorio (prova pericial, testemunhas, depoimento pessoal), ai entao se mostra fertil o terreno para o oferecimento da excegao de pre-executividade. (grifo do autor).

A J u r i s p r u d e n c i a d o s tribunals t e m se inclinado de f o r m a categorica no sentido de admitir a e x c e g a o de pre-executividade, tanto nas q u e s t o e s de o r d e m publica c o m o e m a l g u m a s materias de merito que nao n e c e s s i t a m de dilagao probatoria, c o n f o r m e p r e c e d e n t e s a seguir transcritos:

PROCESSO CIVIL. EXECUCAO FISCAL. EXCEQAO DE PR£-EXECUTIVIDADE. CONCEITO. REQUISITOS. GARANTIA DO JUIZO. DEVIDO PROCESSO LEGAL.

1. A excegao de pre-executividade e uma especie excepcional de defesa especifica do processo de execugao, ou seja, independentemente de embargos do devedor, que e agao de conhecimento incidental a execugao, o executado pode promover sua defesa pedindo a extingao do processo, por falta de preenchimento dos requisitos legais. E uma mitigagao ao principio da concentragao da defesa, que rege os embargos do devedor. 2. Predomina na doutrina o entendimento no sentido da impossibilidade da materia de ordem publica (objegoes processuais e substanciais), reconhecivel, inclusive, de oficio pelo proprio magistrado, a qualquer tempo e grau de jurisdigao, ser objeto da excegao de pre-executividade (na verdade objegao de pre-executividade, segundo alguns autores que apontam a impropriedade do termo), ate porque ha interesse de que a atuagao jurisdicional, com o dispendio de recursos materiais e humanos que Ihe sao necessarios, nao seja exercida por inexistencia da propria agao - por ser ilegitima a parte, nao haver interesse processual e possibilidade juridica do pedido, por inexistentes os pressupostos processuais da existencia e validade da relagao juridica-processual e, ainda, por se mostrar a autoridade judiciaria absolutamente incompetente.

3. Ha possibilidade de serem argiiidas tambem causas modificativas, extintivas ou impeditivas do direito do exequente (v.g. pagamento, decadencia, prescrigao, remissao, anistia etc) desde que desnecessaria qualquer dilagao probatoria, ou seja, desde que seja de piano, por prova documental inequivoca, comprovada a inviabilidade da execugao.

4. Isso nao significa estar correta a alegagao, de certa forma frequente principalmente em execugoes, de que, com a promulgagao da atual Constituigao Federal, a obrigatoriedade da garantia do Juizo para o oferecimento de embargos mostrar-se-ia inconstitucional, tendo em vista a impossibilidade de privagao de

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bens sem o devido processo legal, e certo que o devido legal e a possibilidade efetiva da parte ter acesso ao poder judiciario, deduzindo pretensao e podendo se defender com a maior amplitude possivel, conforme o processo descrito na lei. O que o principio busca impedir e que de modo arbitrario, ou seja, sem qualquer respaldo legal, haja o desapossamento de bens e da liberdade da pessoa. Havendo um processo descrito na lei, este devera ser seguido de forma a resguardar tanto os interesses do autor, como os interesses do reu, de forma igualitaria, sob pena de ferimento de outro principio constitucional, qual seja, da isonomia, que tambem rege a relagao processual.

5. Agravo a que se nega provimento.

(TRF-3aR, AG n° 03064349-1-SP, Turma 04, Rel. Juiz Manoel Alvares, data 10-02-98, DJ, p. 280).

PROCESSUAL CIVIL. EXECUQAO FISCAL. 'EXCEQAO DE PRE-EXECUTIVIDADE OU OPOSIQAO PRE-PROCESSUAL" CABIMENTO.

1. A "excegao de pre-executividade", ou "oposigao pre-processual" tem sido admitida, excepcionalmente, pela doutrina e jurisprudencia, em casos de vicios do titulo cuja evidencia observa-se de piano, e sem exigir dilagao probatoria ou maiores reflexoes sobre o questionamento juridico da materia. Trata-se de iniciativa que visa proteger o executado de situagao a qual nao se submeteria se o vicio do titulo nao se observasse.

2. A discussao em torno do tema se e devida ou nao a TR/TRD na composigao do direito exigido, importa em analise juridica aprofundada, implicando na propria definigao do montante devido, a qual, alias, encontra expressa previsao como uma das questoes a viabilizarem a oposigao de embargos, consoante previsto no art. 574, V, c/c o art. 745, ambos do CPC

3. Improvimento do agravo, decisao confirmada.

(TRF-1aR, AG n° 100448-1-GO, Turma 04, Rel Juiz Alexandre Vidigal, DJ 09-04-99, p. 365).

T a m b e m , s e g u e nessa linha de e n t e n d i m e n t o o Superior Tribunal de Justiga, o qual j a pacificou seu repertorio jurisprudencial n e s s e m e s m o sentido, c o n s o a n t e se o b s e r v a no seguinte verbete:

PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AUSENCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SUMULA 211/STJ. EXCEQAO DE PRE-EXECUTIVIDADE. ADMISSAO. REEXAME FATICO-PROBATORIO. SUMULA 07/STJ.

1. "Inadmissivel recurso especial quanto a questao que, a despeito da oposigao de embargos d e c l a r a t o r s , nao foi apreciada pelo tribunal a quo" (Sumula 211/STJ).

2. As materias passiveis de serem alegadas em excegao de pre-executividade nao sao somente as de ordem publica, mas

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tambem todos os fatos modificativos ou extintivos do direito do exequente, desde que comprovados de piano, sem necessidade de dilagao probatoria. Precedentes.

3. "A pretensao de simples reexame de prova nao enseja recurso especial" (Sumula 07/STJ).

4. Agravo regimental improvido. Aguardando analise. 25/09/2006 (STJ - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIQA. AGA - AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO - 769590. Processo: 200600929338-RS, Turma 02, Relatores: Humberto Martins, Herman Benjamin e Joao Otavio de Noronha, Data da decisao: 12/09/2006 Documento: STJ000708897. DJ DATA: 25/09/2006, Pagina:253.).

PROCESSO CIVIL - RECURSO ESPECIAL EM AUTOS DE AGRAVO DE INSTRUMENTO RETENQAO LEGAL -AFASTAMENTO - PROCESSO EXECUTIVO - EXCEQAO DE PRE-EXECUTIVIDADE - CABIMENTO - MATERIA CONHECIVEL DE OFiCIO PELO JUIZ E DISPENSAVEL DILAQAO PROBATORIA TJTULO EXTRAJUDICIAL INEXIGlVEL NULIDADE DA EXECUQAO EXTINQAO MEDIDA CAUTELAR -EFEITO SUSPENSIVO A RECURSO ESPECIAL - JULGAMENTO DESTE PERDA DE OBJETO PREJUDICIALIDADE -EXTINQAO DO PROCESSO SEM EXAME DO MERITO.

1 - Tratando-se de recurso especial proveniente de decisao interlocutoria proferida no curso de execugao de titulo extrajudicial, configura-se indevida a respectiva retengao, porquanto nao caracterizadas as hipoteses taxativas do art. 542, § 3°, do CPC. Precedentes (REsp n° 598.111/AM e MC n° 4.807/SP).

2 - A doutrina e jurisprudencia tem admitido a apresentagao da excegao de pre-executividade para arguigao de vicios em agao de execugao, cuja analise possa ser realizada de oficio pelo juiz e prescinda de dilagao probatoria. E cabivel, assim, a excegao de pre-executividade apresentada para alegar a nulidade de execugao, por falta de exigibilidade do titulo executivo extrajudicial, materia conhecivel ex officio pelo juiz e que dispensa a produgao de provas. Precedentes (REsp n°s 419.376/MS e 442.448/SP).

3 - Com o alongamento do lapso temporal para o pagamento da divida rural, na forma da Lei n° 9.138/95 c/c Res. n° 2.471/98-BACEN, o titulo executivo (instrumento publico de confissao de divida, com garantia hipotecaria) tornou-se inexigivel, sendo nula a execugao, nos termos do art. 618, I, do CPC. Precedentes (REsp n°s 252.891/SP, 329.937/SP e AgRg no Ag n° 476.337/RS).

4 - Recurso conhecido e provido para, reconhecendo o cabimento da excegao de pre-executividade apresentada, extinguir a execugao, por inexigibilidade do titulo executivo. Custas e honorarios advocaticios fixados em R$ 10.000,00 (dez mil reais) pelo vencido.

5 - Tendo sido julgado, nesta oportunidade, o presente recurso especial, a Medida Cautelar n° 9.279/DF perdeu o seu objeto, porquanto foi ajuizada, exclusivamente, para conferir-lhe efeito suspensivo.

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6 - Prejudicada a Medida Cautelar n° 9.279/DF, por perda de objeto, restando extinta, sem exame do merito, nos termos do art. 808, III, c/c o art. 267, IV, ambos do CPC. Este acordao deve ser trasladado aqueles autos.

(STJ - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIQA. RESP - RECURSO ESPECIAL - 663874 Processo: 200400765738 - DF, 6rgao Julgador: Turma 04, Relator(a): JORGE SCARTEZZINI, Data da decisao: 02/08/2005 Documento: STJ000630837 DJ Data: 22/08/2005 Pagina:295

D e p o i s d e s s a s breves consideragoes, p o d e - s e r e c o n h e c e r a injustiga q u e seria c o m e t i d a perante o e x e c u t a d o ao se exigir s e g u r a n g a do j u i z o para apresentagao d e d e f e s a e m e x e c u g a o . E m i n e n t e e a falha do o r d e n a m e n t o processual civil. Exigir que o e x e c u t a d o v e n h a a ser prejudicado de f o r m a tal e algo i n a d m i s s i v e l . E e x a t a m e n t e nesse contexto q u e a objegao de

pre-executividade procura atuar, pois o n d e houver direito incontestavel necessario se

faz o a c a t a m e n t o de d e f e s a i n d e p e n d e n t e de garantia do j u i z o , possibilitando ao e x e c u t a d o oferecer resistencia s e m o g r a v a m e d a p e n h o r a .

D e s s a feita, a objegao de pre-executividade a p r e s e n t a c o m o caracteristica basica a possibilidade d o juiz c o n h e c e r de imediato a materia a l e g a d a quer q u a n t o a u m j u i z o de admissibilidade quer quanto ao de merito. N a q u e l e bastaria u m e x a m e atento do m a g i s t r a d o que, d e t e c t a n d o a falha da execugao ou dos d o c u m e n t o s instrutorios, extinguiria o feito. Q u a n t o a o merito d a e x e c u g a o , a prova trazida a o s autos pelo e x e c u t a d o d e v e possibilitar ao juiz cognigao exauriente a c e r c a da questao suscitada, o f e r e c e n d o , d e imediato, o r e c o n h e c i m e n t o do direito do executado. Portanto, p o d e m o s concluir que o importante na objegao pre-executiva e a f o r m a d e cognigao, d e v e n d o ela apresentar e m s e u c o n t e u d o materia de defesa q u e p o s s a ser provada de piano -cognigao e x a u r i e n t e - independente de ser q u e s t a o atinente ao j u i z o de admissibilidade ou ao j u i z o de merito da e x e c u g a o .

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N e s s a esteira de a r g u m e n t a g a o , e n t e n d e m o s , a i n d a , q u e m e s m o c o m a reforma realizada no p r o c e s s o de execugao de titulo judicial (Lei n° 11.232/2005), que substituiu a agao d e e m b a r g o s pelo incidente de i m p u g n a g a o d a sentenga, continua p e r f e i t a m e n t e o p o n i v e l a objegao de p r e - e x e c u t i v i d a d e , inclusive, esta se a s s e m e l h a n d o a q u e l e no q u e tange ao procedimento.

N e s s e m e s m o sentido, afirma Nery Junior (2006, p. 6 4 3 ) :

Mesmo com a reforma da L 11232/05, subsistem situagoes que nao se conformam as hipoteses de impugnagao ao cumprimento da sentenga , razao pela qual essas outras defesas do executado

(v.g. objegao e excegao de executividade) ainda tem razao de ser

no sistema da execugao de sentenga.

M o n t e n e g r o Filho (2006, p. 90) e m analise do instituto da i m p u g n a g a o de sentenga instituido pelo Lei n° 11.232/2005, a s s i m e x p o e :

[...] Na nossa compreensao, a apresentagao da excegao de pre-exetutividade nao esta afastada, remanescendo interesse juridico na sua formulagao, nao como substitutive da impugnagao, mas como defesa com vida propria, perseguindo o alcance de objetivos bem especificos. (grifos do autor).

E ainda afirma:

Em primeiro lugar, perceba-se que a impugnagao continua a exigir a previa formalizagao da penhora judicial como condigao para o seu recebimento, com natural constrangimento causado ao devedor. Desse modo, se aquele que foi declarado vencido sentenga judicial pretende evitar a consumagao da penhoram, pode articular a excegao de pre-executividade, tao logo intimado para adimplir a obrigagao no prazo de quinze dias, sob pena da incidencia da multa prevista no art. 475-J.

(37)

P o r q u a n t o e se f a z e n d o a necessaria m e n g a o , q u e a i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o da s e n t e n g a , diferentemente, dos e m b a r g o s , nao t e m c o m o regra o efeito s u s p e n s i v o d a e x e c u g a o , fato q u e o a p r o x i m a , m a i s ainda, dos institutos doutrinarios da e x c e g a o e objegao de pre-executividade. Scarpinella B u e n o , e m c o m e n t o a nova lei q u e reformulou a execugao de titulo judicial, c h e g a r a expressar o e n t e n d i m e n t o de que a substituigao d o s e m b a r g o s pela impugnagao ao c u m p r i m e n t o d a sentenga e c o m o se fosse u m primeiro passo para normatizar os institutos da e x c e g a o e objegao, tendo-os c o m o m o d e l o de i m p u g n a g a o do e x e c u t a d o nas agoes de e x e c u g o e s contra ele m o v i d a s .

2.3 O p o r t u n i d a d e

O m o m e n t o o p o r t u n o para apresentar a objegao de pre-executividade pode variar de a c o r d o c o m o tipo de materia a ser arguida. C o m relagao as condigoes d a agao, p r e s s u p o s t o s processuais e incompetencia a b s o l u t a , por s e r e m materias de o r d e m publica, q u e nao estao sujeitas aos efeitos d a preclusao, p o d e m ser a l e g a d a s a q u a l q u e r t e m p o , a vista do teor do art. 2 6 7 , C P C .

N e s s e sentido manifesta-se Feu Rosa (1999, p.46):

[...] as materias atinentes aos requisitos da execugao nao estao sujeitas aos efeitos da preclusao, razao pela qual nao e possivel fixar-se oportunidade para a arguigao da ausencias dos mesmos.

No entanto, se o d e v e d o r regularmente citado, a p o s garantir a execugao, opoe e m b a r g o s , agora i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o d e sentenga, c o n f o r m e o novo p r o c e d i m e n t o d a execugao de titulo judicial instaurado pela Lei n° 11.232/2005, e nao alega a a u s e n c i a d o s requisitos da e x e c u g a o , q u e , de acordo

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c o m as regras do C P C , e a primeira oportunidade para se pronunciar nos autos, d e i x a n d o para faze-lo na e x e c u g a o , apos a d e c i s a o no incidente de i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o d a sentenga, d e v e responder pelas c u s t a s do retardamento (art. 2 6 7 , §3°, parte final). Exceto se os requisitos v e r s a r e m s o b r e fatos posteriores ao incidente de i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o de sentenga.

E m materia relativa ao merito da e x e c u g a o , as objegoes pre-executivas so p o d e m ser ofertadas antes da penhora, porque u m a vez esta efetivada podera o e x e c u t a d o utilizar-se do incidente de i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o de sentenga, e x e r c e n d o c o m mais amplitude seu direito de d e f e s a .

D e s s a f o r m a , conclui-se que nao ha fixagao de prazo para apresentagao da objegao de p r e - e x e c u t i v i d a d e , p o d e n d o ser oferecida d e s d e o ajuizamento d a agao executiva ate a perfectibilizagao d a expropriagao, r e s s a l v a d a s as materias que d i z e m respeito as c a u s a s modificativas, extintivas ou impeditivas do direito do e x e q u e n t e , q u e p r e c l u e m se nao f o r e m arguidas na o p o r t u n i d a d e do oferecimento do incidente de i m p u g n a g a o ao c u m p r i m e n t o de s e n t e n g a . Neste c a s o , a objegao de pre-executividade so pode ser a p r e s e n t a d a ate o t e r m i n o do prazo para a oferta do referido incidente p r o c e s s u a l .

2.4 Legitimidade

E m regra, o d e v e d o r e quern t e m legitimidade para arguir a objegao de pre-executividade, e s p e c i a l m e n t e , e m se tratando de c a u s a s modificativas, extintivas ou impeditivas do direito do e x e q u e n t e , s e m n e c e s s i d a d e de dilagao probatoria. Todavia, pode a c o n t e c e r q u e a pessoa citada nao seja parte legitima para integrar o polo passivo d a e x e c u g a o , seja por e q u i v o c o do credor ou p o r q u e o socio diretor nao m a i s integra o quadro societario d a e m p r e s a e x e c u t a d a - divida

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tributaria, art. 135 do C T N - , surgindo, indiscutivelmente, para o pretenso e x e c u t a d o , a possibilidade de opor-se a e x e c u g a o atraves d a objegao, pleiteando a extingao do p r o c e s s o ou a sua exclusao do polo p a s s i v e

Por outro lado, se o autor da objegao de pre-executividade nao tiver legitimidade para deduzir a materia, o juiz d e v e rejeitar o pedido, no entanto, se se tratar de q u e s t o e s d e o r d e m publica, o juiz ex officio d e v e r a e x a m i n a r ou reexaminar os requisitos da execugao, i n d e p e n d e n t e m e n t e de quern apresentou o requerimento. A s s i m , manifesta-se Feu Rosa (1999, p.49):

Nao importa, portanto, quern deu conhecimento ao juiz da ausencia dos requisitos da execugao, se pessoa legitima ou nao. O que interessa e o fato de o juiz ser alertado, e o exame, ou reexame, das questoes pendentes, o que, vale ressaltar, deveria ter sido feito de oficio.

T e r c e i r o s , t a m b e m , d e s d e que atingidos pela e x e c u g a o teriam legitimidade para opor-se atraves d a indigitada objegao, v i s a n d o a liberagao do b e m p e n h o r a d o ; se e d e s n e c e s s a r i a a exigencia de p e n h o r a para q u e o citado possa arguir os requisitos d a e x e c u g a o , seria t a m b e m d e s n e c e s s a r i o o ajuizamento de e m b a r g o s de terceiro para arguigao de materia s u f i c i e n t e m e n t e c o m p r o v a d a por prova d o c u m e n t a l por a q u e l e que nao integra a relagao p r o c e s s u a l , m a s q u e foi atingido por atos constritivos.

2.5 Forma

A arguigao da objegao de pre-executividade d e v e ser efetuada por intermedio de simples requerimento, sem n e c e s s i d a d e de observancia aos requisitos i m p o s t o s a petigao inicial, d i s p e n s a n d o - s e , portanto, o p r e e n c h i m e n t o

Referências

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