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Academic year: 2021

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TÍTULO: OBESIDADE INDUZIDA PELA DIETA HIPERLIPÍDICA AUMENTA COMPORTAMENTOS ANSIOSOS EM RATAS

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO

CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE

ÁREA:

SUBÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): JULIA DO NASCIMENTO PANIZZA

AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): MIRIAM OLIVEIRA RIBEIRO

ORIENTADOR(ES):

COLABORADOR(ES): FERNANDA BERALDO LORENA

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1. RESUMO

A obesidade é um distúrbio multifatorial que está diretamente relacionada à Síndrome Metabólica e pode levar ao desenvolvimento de desordens comportamentais, tais como depressão e ansiedade. O presente trabalho tem como objetivo avaliar se a obesidade leva ao desenvolvimento do comportamento ansioso e depressivo em ratas da linhagem Wistar. Para tanto, estudamos dois grupos animais: grupo controle tratado com dieta padrão e grupo experimental tratado com dieta hiperlipídica (40%) ao longo de 34 semanas. Durante esse período foram avaliados parâmetros metabólicos como ganhos de peso corporal, tolerância à glicose e níveis plasmáticos de colesterol e triglicérides. Posteriormente, os animais foram submetidos aos testes do campo aberto e reconhecimento de objetos, para avaliar o desenvolvimento de comportamento ansioso e/ou depressivo. Os animais do grupo experimental apresentaram maior tempo de imobilidade no campo aberto, enquanto que no reconhecimento de objetos eles apresentaram menor tempo de interação com os objetos, indicando desmotivação e desinteresse. Os nossos dados sugerem, portanto, que a obesidade pode levar ao desenvolvimento de quadros depressivos em ratas.

Palavras chave: ansiedade – obesidade – depressão

2. INTRODUÇÃO

A obesidade é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como acúmulo excessivo ou anormal de gordura, que pode resultar em danos à saúde do indivíduo, considerada um dos principais problemas de saúde pública da atualidade (SANDE-LEE, VELLOSO, 2012). Além de impor ao indivíduo um forte estigma social, é um fator de risco para doenças, como diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, doenças respiratórias, alguns tipos de câncer, impactando a qualidade de vida e a longevidade da população (SANDE-LEE, VELLOSO, 2012).

De acordo com o IBGE (2010), 13,9% dos adultos brasileiros são obesos, apresentam IMC maior ou igual a 30 kg/m². O aumento de casos de obesidade pode ser o resultado de mudanças nos hábitos alimentares, com o aumento da ingestão calórica e diminuição da prática de atividades físicas (GOULARTE, et al., 2012).

A síndrome metabólica (SM) representa um grupo de fatores de risco cardiometabólicos: obesidade abdominal, elevação da pressão arterial, glicemia de

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jejum e triglicerídeos, redução dos níveis de colesterol HDL, aumentado de eventos cardiovasculares e mortalidade (GUYTON, et al., 2006; MELO, 2011).

Além disso, uma dieta rica em gorduras saturadas e açúcares refinados pode exercer algum tipo de influência nas funções cognitivas do indivíduo (MOLTENI, 2002).

Estudos relacionaram dietas hipercalóricas com perda de memória cognitiva e espacial. Ratos tratados com dieta de cafeteria apresentaram pior desempenho no labirinto radial em comparação aos ratos tratados com dieta convencional. O desempenho dos animais tratados com dieta hipercalórica foi semelhante ao de ratos com danos cerebrais (WINOCUR, GREENWOOD, 2005).

Estudos sócios demográficos apresentam relações entre a obesidade e o desenvolvimento de distúrbios emocionais como depressão e ansiedade (SCOTT et al., 2008). Considerando a importância que tem se atribuído aos distúrbios alimentares e às comorbidades associadas, torna-se extremamente importante avaliar os aspectos fisiológicos envolvidos no desenvolvimento da obesidade e, em diferentes distúrbios associados à mesma.

Uma pesquisa realizada durante seis anos, com 176 pacientes europeus depressivos de uma mesma região, mostrou que 36% desses indivíduos foram diagnosticados com SM. No Brasil, pacientes psiquiátricos, internados em um hospital geral, entre esses depressivos e pacientes com transtorno bipolar, 48,1% foram também diagnosticados com SM (MARAZZITI et al., 2013).

3. OBJETIVOS

Avaliar o desenvolvimento do comportamento ansioso e depressivo em ratas obesas da linhagem Wistar.

4. METODOLOGIA

Foram utilizadas fêmeas da linhagem Wistar, N=12, com um mês de vida, separadas em dois grupos de seis mantidas em gaiolas de plástico (35 x 50 x 15 cm) temperatura controlada (22 ± 3°C), período de 12h de claro/escuro. Água e comida

ad libitum durante todo tratamento. Grupo controle exposto à dieta padrão (ração

comum), totalizando 1,8 Cal/g e grupo experimental dieta hiperlipídica 40%, totalizando 7,52 Cal/g.

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Estudo aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Processo CEUA/UPM N° 122/11/2014, em 18 de dezembro de 2014.

5. DESENVOLVIMENTO

O teste de tolerância à glicose foi realizado em animais submetidos a jejum de 12 horas e tratados com uma dose de glicose (2g/Kg) em solução salina (0,9% NaCl), intraperitonealmente. Os níveis glicêmicos foram avaliados por meio de glicosímetro (One touch Ultra, Johnson & Johnson, São Paulo, SP) nos tempos zero (basal), 30, 60, 90 e 120 minutos após a injeção de glicose (ASENSIO et al., 2005). As medidas de colesterol e triglicérides plasmáticos foram determinadas por colorimetria utilizando-se o equipamento NanoDrop e um kit comercial (Enzymatic Cholesterol Human GmbH, Germany), seguindo as instruções do fabricante.

Para a realização dos testes comportamentais, foi necessário determinar a fase do ciclo estral das ratas para obter um grupo mais homogêneo. Animais nas fases de metaestro e diestro foram considerados aptos para realizar os testes.

Para a realização do teste de campo aberto, cada fêmea foi colocada individualmente no centro da arena e gravada por 10 minutos.

Os parâmetros observados para a análise foram: frequência e tempo de locomoção, levantar, imobilidade, self grooming e defecação.

O teste de reconhecimento de objetos foi realizado na arena de campo aberto, divididos em treinamento, teste e reteste e com objetos diferentes (A, B, C e D).No treinamento cada animal foi apresentado aos objetos A e B por 10 minutos.No teste, após 3 horas, o animal foi colocado na arena com os objetos A e C por 3 min. No reteste, após 24 horas, a rata foi colocada na arena com os objetos A e D por 3 min. Os parâmetros analisados foram: frequência e tempo de exploração em cada objeto,

self grooming e defecação.

Para a análise dos resultados foi utilizando o programa estatístico GraphPad Prism 5.00® (GraphPad Software, Inc., San Diego, CA, USA), com o auxílio do teste T de student, ANOVA de Duas Vias seguida pelo teste de Bonferroni, considerando p<0,05 com média  erro padrão.

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6. RESULTADOS

No início do tratamento, todos os animais apresentavam peso corporal semelhante, mas ao longo do tempo há um acréscimo no peso corporal do grupo experimental (Fig.1). Peso Corporal 0 5 10 15 20 25 30 0 100 200 300 400 Grupo Controle Grupo Experimental Semanas * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * * P e s o c or pora l (g )

Figura 1. Determinação do peso corporal dos animais Grupo Controle e animais expostos Grupo Experimental, em gramas, ao longo das semanas de tratamento. São apresentadas as médias e os respectivos erros-padrão, N=6 animais nos grupos cotrole e experimental. ANOVA de Duas Vias, seguida pelo teste de Bonferroni (*p<0,0001, em relação ao grupo controle). Sendo *tratamento Df(1/330)=p<0,0001, *semanas Df(33/330)=p<0,0001, *interação Df(33/330)=p<0,0001.

Observa-se uma diferença com relação ao ganho de peso corporal no grupo experimental pela análise do delta (Fig.2).

Delta Peso Corporal

0 100 200 300 Grupo Experimental Grupo Controle *** P e s o Co rp o ra l (g )

Figura 2. Determinação do ganho de peso corporal, em gramas, ao final do tratamento, em animais do grupo controle e animais experimental. São apresentadas as médias e os respectivos erros-padrão, N=6 animais nos grupos cotrole e experimental. Teste T. Para grupo experimental *p=0,001 Df(11,8/5)=0,01.

Com relação ao consumo alimentar dos grupos, o controle consome uma quantidade de ração maior que o experimental. No entanto, temos um maior consumo calórico por meio dos animais do grupo experimental (Fig. 3).

O GTT apresentou glicemia de jejum similar, sendo que 30 minutos após a aplicação da glicose, o grupo experimental mostrou maior dificuldade em absorvê-la. No momento de 120 minutos os níveis se igualaram (Fig.4). A área sob a curva mostrou diferença mais expressiva nos níveis glicêmicos entre os grupos (Fig. 5).

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Por meio da medida do colesterol e dos triglicérides plasmáticos, foi possível observar aumento de triglicerídeos no grupo experimental, o que pode indicar alterações no metabolismo energético, e nos leva a hipótese de que esses animais possam apresentar algum comprometimento hepático (Fig.6).

0 20 40 60 80 100 * Grupo Controle Grupo Experimental Co n s u m o d e Ra ç ã o ( g ) 0 200 400 600 In g e s o c a ri c a ( C a l)

Figura 3. Determinação da média de consumo alimentar diário e média de ingestão calórica diária, em gramas, em animais do grupo controle, tratados com dieta padrão e animais experimental, tratados com dieta hiperlipídica. Os dados estão representados com média ± erro padrão. N= 6 animais no grupo controle e experimental.Teste T. Para consumo alimentar diário *p=0,01 Df(7,5/5)=0,04. Para ingestão calórica diária p=0,10 Df(2,3/5)=0,37. 0 30 60 90 120 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 Dieta Controle Dieta Hipercalórica Curva glicêmica * * * Tempo (minutos) Gl ic e m ia ( m g /d l)

Figura 4. Variação da glicemia em mg/dL, avaliados pelo Teste de Tolerância a glicose, em animais do grupo controle, tratados com dieta padrão e animais experimental, tratados com dieta hiperlipídica. Os dados estão representados com média ± erro padrão. N= 6 animais no grupo controle e experimental. Teste T. Para tempo de 0’ p=0,07 Df(1,97/5)=0,47. Para tempo de 30’ *p=0,0001 Df(1,17/5)=0,85. Para tempo de 60’ *p<0,0001 Df(4,13/5)=0,14. Para tempo de 90’ *p=0,0009 Df(4,09/5)=0,14. Para tempo de 120’ p=0,94 Df(5,68/5)=0,07.

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1 0 10000 20000 30000 40000 Grupo Experimental Grupo Controle *** Á re a ( u .a )

Figura 5. Determinação da área sob a curva do gráfico de GTT, de animais do grupo controle, tratados com dieta padrão e animais do grupo experimental, tratados com dieta hiperlipídica. Os dados estão representados com média ± erro padrão. N= 6 animais no grupo controle e experimental. Teste T. Sendo *p<0,0001 Df(3,07/5)=0,24.

Figura 6. Determinação dos níveis do colesterol e triglicérides plasmáticos, em mg/dL, de animais do grupo controle, tratados com dieta controle e animais do grupo experimental, tratados com dieta hiperlipídica. Os dados estão representados com média ± erro padrão. N= 6 animais no grupo controle e experimental. Teste T. Sendo p=0,05 Df(1,21/5)=0,83 para o teste de colesterol e este T, sendo *p=0,02 Df(1,10/5)=0,91 para o teste de triglicérides.

No campo aberto, o grupo experimental apresentou uma tendência menor a explorar a região central do aparato, sugerindo comportamento ansioso ao refugiar-se na periferia (Fig. 7). Os dados obtidos quanto a mobilidade e comportamento de

self grooming confirmam a hipótese de que além de ansiosos esses animais possam

estar deprimidos (Fig. 8 e 9).

Frequência na periferia 0 20 40 60 80 Controle Experimental F re q u ê n c ia Frequência no centro 0 2 4 6 8 F re q u ê n c ia

Figura 7. Frequência na periferia e no centro avaliadas em campo aberto. São apresentadas as médias e os respectivos erros-padrão, N=5 animais grupo no controle e N=6 animais no grupo experimental. Teste T. Para frequência na periferia p=0,17 Df(1,63/4)=0,65. Para frequência no centro p=0,59 Df(1,40/5)=0,70.

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O teste reconhecimento de objetos há diferença nos parâmetros frequência e tempo nos objetos com relação ao tratamento, mas não houve entre objetos, assim como não houve interação entre os fatores (Fig 10.)

No entanto, no re-teste, o grupo experimental apresentou menor interação com os objetos e uma tendência a permanecer menos tempo imóveis, indo ao encontro com os resultados obtidos no teste de campo aberto, considerando que em ambos os testes os animais apresentaram-se desmotivados e desinteressados, características comuns em quadros ansiosos e depressivos (Fig.11).

Frequencia de levantar 1 0 10 20 30 40 Grupo Controle Grupo Experimental F re q u ê n c ia Tempo de levantar 1 0 50 100 150 S e g u n d o s

Figura 8. Frequência e tempo de levantar avaliada em campo aberto, para ratas tratadas com dieta hiperlipídica ou dieta padrão. São apresentadas as médias e os respectivos erros-padrão, N=5 animais grupo no controle e N=6 animais no grupo experimental. Teste T. Para frequência p=0,13 Df (19,20/4)=0,13, para tempo p=0,10 Df (1,4/4)=0,1. Tempo de imobilidade 0 50 100 150 200 250 Controle Experimental Grupos S e g u n d o s Defecação 0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 Grupos F re q u ê n c ia Self grooming 0 5 10 15 * Grupos F re q u ê n c ia

Figura 9. Tempo de imobilidade, defecação, self grooming avaliados em campo aberto, para ratas tratadas com dieta hiperlipídica ou dieta padrão . São apresentadas as médias e os respectivos erros-padrão, N=5 animais grupo no controle e N=6 animais no grupo experimental. Teste T. Para imobilidade p=0,33 Df (1,6/4)=0,66, para defecação p=0,56 Df (5,2/5)=0,56 e para self grooming *p=0,01 Df (11,7/5)=0,01.

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Frequência nos objetos no Treinamento Obj eto A Obj eto B Obj eto A Obj eto B 0 5 10 Grupo Controle Grupo Experimental * F re q u ê n c ia

Frequência nos objetos 3 horas depois

Obj eto A Obj eto C Obj eto A Obj eto C 0 5 10 F re q u ê n c ia

Frequência nos objetos 24 horas depois

Obj eto A Obj eto D Obj eto A Obj eto D 0 5 10 * * F re q u ê n c ia

Figura 10. Frequência de reconhecimento de objetos em campo aberto, para ratas tratadas com dieta hiperlipídica ou dieta padrão . São apresentadas as médias e os respectivos erros-padrão, N=5 animais grupo no controle e N=6 animais no grupo experimental. ANOVA de duas vias seguida pelo teste de Bonferroni (*p<0,001, em relação ao grupo controle). Para o treinamento: *tratamento (F(1/18)=72,50, *p<0,0001), objetos (F(1/18)=2,30, p=0,35), interação (F(1/18)=0,10, p=0,84). Para 3 horas depois: tratamento (F(1/18)=0,18, p=0,83), *objetos (F(1/18)=27,78, *p=0,01), interação (F(1/18)=1,12, p=0,59). Para 24 horas depois: *tratamento (F(1/18)=72,50, *p<0,0001), objetos (F(1/18)=0,08, p=0,80), interação (F(1/18)=2,40, p=0,20).

Tempo nos objetos no Treinamento

Obj eto A Obj eto B Obj eto A Obj eto B 0 10 20 30 Grupo Controle Grupo Experimental S e g u n d o s

Tempo nos objetos 3 horas depois

Obj eto A Obj eto C Obj eto A Obj eto C 0 10 20 30 * * S e g u n d o s

Tempo nos objetos 24 horas depois

Obj eto A Obj eto D Obj eto A Obj eto D 0 10 20 30 * * S e g u n d o s

Figura 11. Tempo de reconhecimento de objetos em campo aberto, para ratas tratadas com dieta hiperlipídica ou dieta padrão. São apresentadas as médias e os respectivos erros-padrão, N=5 animais grupo no controle e N=6 animais no grupo experimental. ANOVA de duas vias seguida pelo teste de Bonferroni (*p<0,001, em relação ao grupo controle). Para o treinamento: *tratamento (F(1/18)=21,80 *p=0,01), objetos (F(1/18)=13,81, p=0,05), interação (F(1/18)=7,19, p=0,14). Para 3 horas depois: tratamento, *objetos (F(1/18)=51,51, *p<0,0001), *interação (F(1/18)=23,04, *p=0,0008). Para 24 horas depois: *tratamento (F(1/18)=70,78, *p<0,0001), *objetos (F(1/18)=14,30, p=0,0003), interação (F(1/18)=2,42, p=0,07).

De acordo com os resultados obtidos no treinamento, não houve diferenças entres os grupos, mas 3 horas depois, o grupo experimental mostrou uma tendência de explorar verticalmente o ambiente. Porém, 24 horas depois tal comportamento não se manteve (Fig. 12).

Podemos notar que ao longo dos dias, o grupo experimental diminuiu seu tempo de imobilidade gradualmente. Para a frequência de defecação houve diferença estatística significante com relação ao tratamento, mas não houve diferença estatística entre os dias. Para a frequência de self grooming, houve diferença estatística significante com relação ao tratamento, mas não houve diferença estatística entre os dias, assim como não houve interação entre os fatores (Fig.13).

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Frequência de levantar Treinamento 3 horas24 horas Treinamento 3 horas24 horas 0 5 10 15 20 25 Grupo Controle Grupo Experimental * Fr e q u ê n c ia Tempo de levantar Tre inam ent o 3 horas24 horas Tre inam ent o 3 horas24 horas 0 20 40 60 80 * * S e g u n d o s

Figura 12. Levantar avaliado em campo aberto, para ratas tratadas com dieta hiperlipídica ou dieta padrão . São apresentadas as médias e os respectivos erros-padrão, N=5 animais grupo no controle e N=6 animais no grupo experimental. ANOVA de duas vias seguida pelo teste de Bonferroni (*P<0,001, em relação ao grupo controle). Para frequência: tratamento (F(1/27)=5,43, *p=0,02), dias (F(2/27)=28,34, *p<0,0001), *interação (F(2/27)=39,83, *p<0,0001). Para tempo: tratamento (F(1/27)= 0,37, *dias (F(2/27)= 0,02, *interação (F(2/27)= 0,022.

Tempo de Imobilidade Trein amen to 3 hor as 24 h oras Trein amen to 3 hor as 24 h oras 0 20 40 60 80 100 Grupo Controle Grupo Experimental * * S e g u n d o s Defecação Trein am ento 3 h oras 24 h oras Trein am ento 3 h oras 24 h oras 0.0 0.5 1.0 1.5 2.0 F re q u ê n c ia Self grooming Trei nament o 3 hora s 24 ho ras Trei nament o 3 hora s 24 ho ras 0 1 2 3 4 F re q u ê n c ia

Figura 13. Imobilidade, defecação e Self grooming avaliados em campo aberto, para ratas tratadas com dieta hiperlipídica ou dieta padrão. São apresentadas as médias e os respectivos erros-padrão, N=5 animais grupo no controle e N=6 animais no grupo experimental. ANOVA de duas vias seguida pelo teste de Bonferroni (*p<0,001, em relação ao grupo controle). Para a imobilidade: *tratamento (F(1/27)=9,14 *p=0,004), *dias (F(2/27)=41,44, *p<0,0001), *interação (F(2/27)=24,27, *p=0,0001). Para defecação: *tratamento (F(1/27)=12,40, *p=0,04), dias (F(2/27)=4,93, p=0,43), interação (F(2/27)=4,93, p=0,43). Para Self grooming: *tratamento (F(1/27)=13,80, *p=0,04), dias (F(2/27)=3,48, p=0,56), interação (F(2/27)=1,17, p=0,82).

7. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Além das alterações metabólicas a obesidade está associada com estados cognitivos e emocionais adversos, sendo que no presente estudo, a realização do teste de campo aberto mostrou que os animais tratados com dieta hipercalórica apresentam maior tempo de imobilidade, aparentando ter menor interesse na exploração do ambiente, o que pode indicar, de modo geral, que esses animais tenham desenvolvido um quadro ansioso associado à obesidade.

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No entanto, não é possível concluir se ratas obesas são necessariamente ansiosas, pois apesar de possuírem comportamento ansioso em algumas situações, divergem tal comportamento em outros aspectos, como o exemplo clássico de defecação ser um indicativo de estresse e ansiedade.

Desse modo, considera-se necessário realizar mais testes comportamentais, assim como análise biomolecular e histológica, com o intuito de determinar com maior precisão as condições comportamentais e fisiológicas desses animais.

8. FONTES CONSULTADAS

ASENSIO, C.; JIMENEZ, M.; KUHNE, F.; ROHNER-JEANRENAUD, F.; MUZZIN, P. The lack of β-adrenoceptors results in enhanced insulin sensitivity in mice exhibiting increased adiposity and glucose intolerance. In: Diabetes, v. 54, n. 12, p. 3490-3495, 2005.

GOULARTE, F. J., FERREIRA, M. B. C., SANVITTO, G. L. Effects of food pattern change and physical exercise on cafeteria diet-induced obesity in female rats. British

Journal of Nutrition. nº108. p. 1511-1518. 2012.

GUYTON, A. C. & HALL, J. E. Metabolismo e Termorregulação. In: Tratado de

Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, p. 842-888, 2006.

MARAZZITI, D., RUTIGLIANO, G. R., BARONI, S., LANDIA, P., DELL’OSSO, L. Mestabolic syndrome and major depression. CSN Spectrum. p. 1-12. 2013.

MOLTENI, R. BERNARD, R. J., YING, Z., ROBERTS, C. K., GÓMEZ-PINILLA, F. A high-fat, refined sugar diet reduces hippocampal brain-derived neurotrophic factor, neuronal plasticity and learning. Neuroscience. Vol. 112. nº 4. p. 803-804. 2002. SANDE-LEE, S. VAN DE, VELLOSO, L. A. Disfunção hipotalâmica da obesidade.

Arquivos brasileiros de Endocrinologia e Metabologia. 56/6. p. 341-350. 2012.

SCOTT, K.M.; BRUFFAERTS, R.; SIMON, G.E.; ALONSO, J.; ANGERMEYER, M.; DE GIROLAMO, G.; DEMYTTENAERE, K.; GASQUET, I.; HARO, J.M.; KARAM, E.; KESSLER, R. C.; LEVINSON, D.; MORA, M. E. M. M.; BROWNE, O.; ORMEL, J. H.; VILLA, J. P.; UDA, H.; VON KORFF, M. Obesity and Mental Disorders in the General Population: Results from the World Mental Health Surveys. International Journal of

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WINOCUR, G., GREENWOOD, C. E. Studies of the effects of high fat diets on cognitive function in a rat model. Elsevier. 26S. p. S46-S49. 2005.

Referências

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