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Eficiência energética voltada aos projetos luminotécnicos – Aeroporto Internacional de Porto Alegre – Salgado Filho – RS

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Academic year: 2021

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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA APLICADA AOS PROCESSOS PRODUTIVOS. Patrícia Teixeira Angeli. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA VOLTADA AOS PROJETOS LUMINOTÉCNICOS – AEROPORTO INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE – SALGADO FILHO – RS. Novo Hamburgo, RS, Brasil 2017.

(2) 2. Patrícia Teixeira Angeli. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA VOLTADA AOS PROJETOS LUMINOTÉCNICOS – AEROPORTO INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE – SALGADO FILHO – RS. Monografia apresentada ao Curso de PósGraduação em Eficiência Energética Aplicada aos Processos Produtivos, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Eficiência Energética Aplicada aos Processos Produtivos.. Orientadora: Profª Drª. Ísis Portolan dos Santos. Novo Hamburgo, RS, Brasil 2017.

(3) 3. Patrícia Teixeira Angeli. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA VOLTADA AOS PROJETOS LUMINOTÉCNICOS – AEROPORTO INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE – SALGADO FILHO – RS. Monografia apresentada ao Curso de PósGraduação em Eficiência Energética Aplicada aos Processos Produtivos, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista em Eficiência Energética Aplicada aos Processos Produtivos.. Aprovado em 05 de agosto de 2017:. Ísis Portolan dos Santos, Dra. (UFSM) (Presidente/Orientadora). Ademar Michels, Dr. (UFSM). Carlos Roberto Cauduro, Dr. (UFSM). Novo Hamburgo, RS 2017.

(4) 4. RESUMO. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA VOLTADA AOS PROJETOS LUMINOTÉCNICOS – AEROPORTO INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE – SALGADO FILHO – RS. AUTORA: Patrícia Teixeira Angeli ORIENTADORA: Ísis Portolan dos Santos. Aeroportos requerem a construção de infraestruturas modernas, com sistemas específicos que implicam considerável demanda de energia elétrica para que estejam operacionais. Assim, buscando associar eficiência energética, bem-estar e conforto, este diagnóstico teve por objetivo a avaliação e proposição de melhorias com relação à iluminação e ao conforto visual na nova sala de embarque Terminal de Passageiros 2 do Aeroporto Internacional de Porto Alegre – Salgado Filho. Ao final, foram realizadas duas novas propostas com o emprego de lâmpadas LED de 25W e 19W, respectivamente. As propostas mantiveram as luminárias existentes, com dispositivo antiofuscamento, o que possibilitou menor gasto energético, com investimento inicial baixo e mais conforto para os usuários. Simulações computacionais foram geradas, tanto da situação atual, quanto das propostas, verificando o nível de iluminamento em relação às normativas brasileiras. Somente a proposta com lâmpadas de 25W esteve em conformidade neste quesito. Porém, a análise da viabilidade econômica resultou índices como tempo de retorno simples (payback), valor presente líquido (VPL) e taxa interna de retorno (TIR) positivos para as propostas, indicando a vantajosidade da implantação de ambos os novos sistemas para o gestor aeroportuário.. Palavras-chave: Iluminação. Eficiência Energética. Sala de Embarque. Aeroporto Salgado Filho. Conforto visual..

(5) 5. ABSTRACT. ENERGY EFFICIENCY RETURNED TO LUMINOTECHNICAL PROJECTS PORTO ALEGRE INTERNATIONAL AIRPORT - SALGADO FILHO - RS. AUTHOR: Patrícia Teixeira Angeli ADVISOR: Ísis Portolan dos Santos. Airports currently require the construction of special infrastructures, with specific systems that require considerable amount of electric energy to be operational. Therefore, because it is a place with high energy consumption, it is imperative that these systems have as an ally the issue of energy efficiency. So, seeking to associate well-being, comfort and energy efficiency, this diagnosis aims to evaluate and improve the lighting and visual comfort in the new departure lounge Passenger Terminal 2 of Salgado Filho International Airport, in Porto Alegre. The methodology verified the existing lighting system through the openings, internal coatings, room format, hours of operation, among others. At the end of the study, two new proposals were made using 25W and 19W LED bulbs, respectively. The proposals maintained the existing luminaires with anti-glare device, which allowed for less energy expenditure, with low initial investment and more comfort for users. In addition, computational simulations of both the current situation and the proposals were generated to verify the level of illumination of the environment in accordance with Brazilian regulations. The economic viability analysis resulted in positive indexes such as payback, net present value (NPV) and internal rate of return (IRR), indicating the advantage of the implementation of the new system for the airport manager.. Keywords: Salgado Filho International Airport. Energy Efficiency. Lighting. Departure Lounge. Visual Comfort..

(6) 6. SUMÁRIO 1 1.1. INTRODUÇÃO........................................................................................................ 7 OBJETIVOS .......................................................................................................... 9. 1.1.1. Objetivo Geral................................................................................................. 9. 1.1.2. Objetivos Específicos ..................................................................................... 9. 2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 10. 2.1. EVOLUÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL NO BRASIL .................................................... 10. 2.2. AEROPORTO INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE ..................................... 11. 2.3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES ................................................. 12. 2.4. ILUMINAÇÃO E CONFORTO VISUAL ................................................................ 14. 2.4.1. Conforto Visual ............................................................................................. 15. 2.4.2. Iluminação Natural ........................................................................................ 16. 2.4.3. Iluminação Artificial ....................................................................................... 16. 2.4.4. Grandezas Fotométricas .............................................................................. 18. 3 3.1. METODOLOGIA ................................................................................................... 20 LEVANTAMENTO DE DADOS DO LOCAL ......................................................... 21. 3.1.1. Características Físicas ................................................................................. 21. 3.1.2. Sistema de Iluminação Atual ........................................................................ 23. 3.2. ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS ............................................................. 25. 3.3. SIMULAÇÃO DA ILUMINAÇÃO DO AMBIENTE ................................................. 29. 3.4. ESTUDO DE ALTERNATIVAS ............................................................................ 29. 3.5. POTENCIAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA ............................. 31. 3.6. ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA .......................................................... 32. 3.6.1. Valor Presente Líquido – VPL ....................................................................... 32. 3.6.2. Taxa Interna de Retorno – TIR ..................................................................... 32. 3.6.3. Tempo de Retorno Simples ou Descontado (Payback) – TRS ou TRD......... 33. 4. RESULTADOS OBTIDOS .................................................................................... 34. 4.1. SITUAÇÃO ATUAL .............................................................................................. 34. 4.2. SITUAÇÃO PROPOSTA 1................................................................................... 36. 4.2.1 4.3 4.3.1 5. Análise de Viabilidade Econômica ................................................................ 36 SITUAÇÃO PROPOSTA 2................................................................................... 38 Análise de Viabilidade Econômica ................................................................ 38 CONCLUSÕES..................................................................................................... 41. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 44.

(7) 7. 1. INTRODUÇÃO Atualmente, com o dia-a-dia corrido das grandes e médias cidades, o tempo é. o bem mais precioso. Assim, a fim de encurtar distâncias, os aeroportos tem sido o meio de transporte mais utilizado para quem busca facilidade, conforto e rapidez para atingir o seu destino. Aliado a isto, a diminuição do valor das passagens aéreas fez com que houvesse um crescente incremento na quantidade dos voos comerciais em todo o Brasil. Este aumento no volume diário de passageiros fez com que infraestrutura aeroportuária acompanhasse o mesmo ritmo, provendo comodidades que auxiliassem os usuários de seus serviços a sentirem-se cada vez mais acolhidos e atendidos em suas necessidades. Cabe lembrar, que os passageiros, atualmente, por possuírem mais experiência, tanto de voos nacionais quanto internacionais, tornaram-se mais críticos e exigentes quanto ao que gostariam que fosse oferecido em termos de infraestrutura. Afinal, boa parte de seu tempo é gasto no interior de aeroportos. Os aeroportos, por sua vez, atendendo a esta demanda crescente, atuam de maneira proativa, adequando-se e construindo um sem número de novas facilidades. Como consequência, há o aumento considerável de uma demanda energética já intensa, devido à série de equipamentos e utilidades necessárias ao uso primeiro do aeródromo comercial. Assim, torna-se necessário e indispensável que os aeroportos tomem medidas no sentido de reduzir consumo energético dispensável, fazendo com que a eficiência energética seja uma meta a ser usufruída como primordial para todos os equipamentos e utilitários em uso neste local. Isto inclui o sistema de iluminação, que não só atende a sua finalidade inicial – iluminar – como também, possibilita trazer conforto e sensações de bem-estar aos usuários. E, por operar 24 horas por dia e 7 dias por semana, tem um percentual de uso importante quando se trata de consumo energético. Inerente ao uso fundamental destes Terminais, há a presença dos processadores (sucessão de atividades e ambientes por onde circulam os usuários até atingirem a aeronave e vice-versa). Dentre estes processadores, as salas de.

(8) 8. embarque são os locais de maior permanência dos passageiros dentre todo o sistema passageiro – infraestrutura – aeronave. Portanto, este diagnóstico trata da avaliação da eficiência energética do sistema de iluminação da nova sala de embarque do Terminal de Passageiros 2 do Aeroporto Internacional de Porto Alegre – Salgado Filho, o mais antigo terminal remanescente ainda em uso no sítio aeroportuário de Porto Alegre. Operado com exclusividade pela Azul Linhas Aéreas, o Terminal de Passageiros 2 possui a história da aviação sul rio-grandense retratada em suas paredes e infraestrutura. Atualmente, possui uma sala de embarque e outra de desembarque, ambas no pavimento térreo, condição que o classifica como um aeroporto de um nível operacional. O segundo pavimento conta com as atividades administrativas de apoio ao funcionamento do terminal e do próprio sítio aeroportuário. A pedido da Azul, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária INFRAERO - elaborou projeto da nova sala de embarque devido ao aumento da quantidade de usuários que esta companhia aérea vem recebendo, fazendo com que a única sala de embarque deste terminal esteja ficando precária ao atendimento destes passageiros..

(9) 9. 1.1. OBJETIVOS Este diagnóstico trata da avaliação da eficiência energética do sistema de. iluminação da nova sala de embarque do Terminal de Passageiros 2 do Aeroporto Internacional de Porto Alegre – Salgado Filho, o mais antigo terminal remanescente ainda em uso no sítio aeroportuário de Porto Alegre. Os objetivos deste estudo estão discriminados a seguir. 1.1.1 Objetivo Geral. Analisar o sistema de iluminação natural e artificial da nova sala de embarque do Terminal de Passageiros 2 do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, e propor melhorias visando a eficiência energética e o conforto visual dos usuários.. 1.1.2 Objetivos Específicos. Identificar dados de iluminação natural através da radiação solar direta (luz do sol), difusa (luz da abóbada celeste) e reflexões da luz em superfícies internas e externas dos ambientes em estudo (paredes, pisos e forros), através de esquadrias existentes com a finalidade de verificar as condições de iluminação atuais. Identificar dados de consumo energético do sistema de iluminação artificial, verificando tempo de utilização, padrões de luminárias, lâmpadas e reatores utilizados, bem como seus estados de conservação e manutenção com o objetivo de constatar o potencial de eficiência energética. Analisar o desempenho de ambos os sistemas em uso atualmente nos ambientes das edificações, através de simulações computacionais. Propor soluções para a melhoria dos sistemas de iluminação com ênfase da eficiência energética e no conforto visual dos usuários..

(10) 10. 2. 2.1. REFERENCIAL TEÓRICO. EVOLUÇÃO DA AVIAÇÃO CIVIL NO BRASIL A aviação iniciou-se no Brasil com um voo de Edmond Plauchut, a 22 de. outubro de 1911. Porém, somente em 1927, iniciou-se a aviação comercial brasileira. A primeira empresa a transportar passageiros foi a Condor Syndikat, no hidroavião "Atlântico”. Em junho de 1927, era fundada a Viação Aérea Rio-Grandense (VARIG). Em 1° de dezembro do mesmo ano, a Condor Syndikat era nacionalizada, com o nome de "Sindicato Condor Limitada", mas tomaria o nome de Serviços Aéreos Cruzeiro do Sul (absorvida nos anos 80 pela VARIG). (MIRANDA, 2014) O crescimento e a diversificação da economia brasileira entre 1920 e o início da década de 1960 resultaram na forte expansão da demanda pelo transporte aéreo. Após décadas de crescimento, o setor de transporte aéreo começou a sentir os efeitos da crise do início da década de 1960. O período que se estendeu de 1968 até o início da década de 1980 assistiu a um forte crescimento das empresas, estimuladas pelo aumento da demanda e protegidas por uma regulação de mercado destinada a garantir a rentabilidade das empresas. Em 1972, é criada a INFRAERO, vinculada ao Ministério da Aeronáutica, sendo uma instituição com a finalidade de implantar, administrar, operar e explorar industrial e comercialmente a infraestrutura aeroportuária. Na década de 1980, houve um grave desequilíbrio econômico-financeiro nas empresas do setor aéreo que perdurou até o final do século. A melhora das condições macroeconômicas permitiu a entrada de novas empresas no setor a partir de 2000, o que ampliou bastante a concorrência setorial gerando crescimento no setor. Este período de crescimento estendeu-se até 2015, que, com a crise político-econômica, fez com que 2016 fosse o primeiro ano, dentre os últimos, em que houve retração no setor, com o decréscimo do número de voos em todo o país. Depois de momentos de cortes, contenção de despesas e quedas nos indicativos, as previsões apontam para um cenário de recuperação do transporte aéreo no Brasil a partir de 2017. Para acelerar o processo e recuperar a demanda perdida com a situação econômica do país, as companhias têm pensado em formas.

(11) 11. de alcançar novos clientes, apostando em medidas para modernizar e reaquecer o mercado, o que permite que possamos fazer projeções de crescimento a curto prazo. (CARDOSO, 2016). 2.2. AEROPORTO INTERNACIONAL DE PORTO ALEGRE O local onde está situado o aeroporto tem a sua origem na antiga Sesmaria de. Jerônimo de Ornellas. Em 1923, havia uma pista 600 metros de extensão, situada na várzea do Rio Gravataí. Neste local, foram construídos galpões e oficinas que serviriam como hangares de aeronaves. Neste mesmo ano, terminava a construção do primeiro Aeroporto de Porto Alegre, que pertencia ao Serviço de Aviação da Brigada Militar, porém esta unidade aérea encerraria suas atividades em 1924, cedendo e arrendando os aviões e o aeródromo com pista e hangares a Orestes Dionísio Barroni, que tinha por objetivo instalar uma escola de aviação civil. Nesta época, o aeródromo passou a se chamar Aeródromo de São João. Em 1937, houve o princípio de expansão do sítio aeroportuário com o processo de desapropriação dos lotes lindeiros. O objetivo era a construção do novo Aeroporto de Porto Alegre, e também a construção do primeiro Terminal de Passageiros. As obras do aeroporto foram atribuídas à Secretaria de Obras Públicas e mais tarde ao Departamento Aeroviário do Estado, que seguiu a construção do referido terminal e pavimentação do primeiro trecho de 900 metros x 42 metros da pista. Com esta melhoria, aviões triciclos já tinham melhores condições de pouso no aeroporto. Em 12 de outubro de 1951, o Aeroporto de São João passou a ser designado Aeroporto Internacional Salgado Filho (SBPA). O novo trecho de pista e os 12 módulos do Terminal de Passageiros foram inaugurados em 19 de abril de 1953. Ainda neste ano, foram construídos mais 700 metros de pista de concreto em convênio com a União e o Estado. Em continuação ao trecho executado pelo Estado, foi construído o último trecho da pista (até o comprimento de 2.280 metros), bem como a execução das pistas de taxiamento e ampliação do pátio de estacionamento de aeronaves para atender aviões de grande porte..

(12) 12. Em 07 de janeiro de 1974, a INFRAERO assumiu a administração, operacionalidade e exploração comercial do aeroporto. Em 1982, novos recursos foram destinados à ampliação do terminal de passageiros, pois a demanda aeroportuária já alcançava índices elevados de movimento. Em 1987, o estacionamento em frente ao aeroporto foi ampliado de 280 para 750 vagas. Em 1993, foi realizada a modernização da marquise em frente ao aeroporto, a remodelação de uma das salas de embarque, a duplicação de outra sala de embarque e a ampliação do desembarque doméstico. Atualmente, os Terminais de Passageiros do SBPA apresentam-se conforme a Figura 1. Em outubro de 2001, foi inaugurado o novo terminal do aeroporto, com as obras sendo iniciadas em janeiro de 1997 e concluídas em setembro de 2001. Em dezembro de 2010 foi reinaugurado o antigo terminal de passageiros, atual Terminal de Passageiros 2. (INFRAERO, 2015) Em 16 de março de 2017, ocorre uma nova etapa do programa federal de concessão dos aeroportos à iniciativa privada, onde o Aeroporto Internacional de Porto Alegre – Salgado Filho esteve incluído, em conjunto com os aeroportos localizados em Salvador, Florianópolis e Fortaleza, todos, até então, de administração exclusiva a INFRAERO. O leilão teve como vencedor o grupo alemão FRAPORT, que ofereceu R$ 382 milhões para administrar o Aeroporto Internacional de Porto Alegre pelos próximos 20 anos. A ampliação da pista do aeroporto, aprovada em 2015 pela INFRAERO, é uma das obras mais esperadas. Com a ampliação, a pista aumentará 920 metros, de 2.280 metros para 3,2 mil metros. (INFRAERO, 2017). 2.3. EFICIÊNCIA ENERGÉTICA EM EDIFICAÇÕES. Para Lamberts et al (1997), os edifícios são responsáveis por pelo menos 40% da energia utilizada na maioria dos países, pois consomem energia para sua operação (circulação vertical, bombas de recalque de água para reservatórios, sistemas de alarme, por exemplo) e para proporcionar conforto para os usuários (iluminação artificial, condicionamento artificial do ar, aquecimento da água, entre outros). Assim, para que sejam mais eficientes energeticamente, os edifícios devem atender às Figura 1: Imagem de Satélite do Terminal de Passageiros 2 e respectivo Pátio de Aeronaves..

(13) 13. FONTE: Google Earth, 2017..

(14) 14. mesmas demandas com menor consumo de energia. Portanto, uma edificação é mais eficiente energeticamente que outra, quando proporciona as mesmas condições de bem-estar e conforto com menor consumo de energia. Este é um conceito de Eficiência Energética: quando há a obtenção de um dado serviço com baixo dispêndio de energia. Esta capacidade está diretamente ligada à concepção da edificação, ainda na fase de projeto, através da adoção de estratégias e de sistemas energeticamente mais favoráveis, ou que reduzam o consumo. Assim, o projeto arquitetônico toma suma importância, pois é capaz de melhorar o desempenho energético da edificação através de análises a respeito da questão térmica e luminosa do edifício, por exemplo. (LAMBERTS et al, 1997) O conceito de eficiência energética vem sendo desenvolvido no decorrer dos anos por várias entidades envolvidas e, no Brasil, houve duas importantes iniciativas nacionais para o incremento da eficiência energética em edificações do país: o Programa Brasileiro de Etiquetagem – PBE, coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - Inmetro, e a Lei 10.295/2001, também conhecida como Lei de Eficiência Energética, cuja implementação, através do Comitê Gestor de Indicadores de Eficiência Energética – CGIEE, de responsabilidade do MME. (PROCEL, 2013). 2.4. ILUMINAÇÃO E CONFORTO VISUAL Desde os primórdios, o ser humano busca o conforto nos ambientes em que. vive e usufrui: conforto visual, térmico, acústico, entre outros. Quando se trata de conforto visual, a iluminação dos locais torna-se imprescindível para as atividades cotidianas, desde as mais corriqueiras como as mais complexas. Para cada atividade, há certa quantidade de luz que deve ser regulada para que não haja baixa ou alta iluminação, ambas causando desconforto e muitas vezes impossibilitando que a atividade principal seja exercida. Mas quantidade de luz não é o único requisito necessário. Para essas atividades, a boa distribuição destes níveis pelo ambiente e a ausência de contrastes excessivos (como a incidência de sol direto no plano de trabalho e reflexos indesejáveis) também são fatores essenciais..

(15) 15. Concomitante ao conforto, há que seja aliado a essa equação o baixo consumo energético, melhores rendimentos e tecnologias mais recentes que possibilitam o desenvolvimento de cenários luminosos que culminam em um menor esforço do indivíduo para a adaptação visual, aumentando a sensação de conforto. (PROCEL, 2011) 2.4.1 Conforto Visual A ideia de conforto está intimamente relacionada ao bem-estar dos usuários. Em um primeiro momento, pode ser fruto somente de uma percepção ou resposta instintiva e automática às sensações oriundas do meio em que se está, ou seja, referindo-se à resposta fisiológica do usuário. Um determinado ambiente provido de luz natural e/ou artificial produz estímulos ambientais, ou seja, certo resultado em termos de quantidade, qualidade da luz e sua distribuição, contraste, entre outros. Todos esses estímulos ambientais são físicos, objetivos e quantificáveis. Porém, o usuário sentirá todas estas variáveis físicas do espaço por meio de seus sentidos e a elas responderá, num primeiro momento, através de sensações. Conforto é, portanto, a interpretação por meio de respostas fisiológicas e de sensações (inclusive com caráter subjetivo, de difícil avaliação), de estímulos físicos, objetivos e facilmente mensuráveis. A Figura 2 demonstra como o conceito de conforto é percebido pelo corpo humano. Figura 2: O conceito de conforto: resposta fisiológica a estímulos ambientais.. FONTE: (PROCEL, 2011, p.13).. Desta maneira, quando se fala em conforto visual, estamos falando em menor esforço de adaptação do indivíduo, o que resulta em maior conforto visual. Assim, do ponto de vista fisiológico, para desenvolvermos determinadas atividades visuais, o.

(16) 16. olho humano necessita de condições específicas e que dependem muito das atividades que o usuário realiza. (PROCEL, 2011) 2.4.2 Iluminação Natural O uso da luz natural em edificações usadas principalmente de dia pode, pela substituição ou combinação com a luz artificial, contribuir de forma significativa para a redução do consumo de energia elétrica, a melhoria do conforto visual e o bem-estar dos ocupantes. Aberturas, em geral, proporcionam aos ocupantes de uma edificação o contato visual com o mundo exterior, permitindo também o relaxamento do sistema visual pela mudança das distâncias focais. A presença da luz natural pode garantir uma sensação de bem-estar e um relacionamento com o ambiente maior no qual estamos inseridos. (CEPEL, 2014) 2.4.3 Iluminação Artificial O primeiro objetivo da iluminação é a obtenção de boas condições de visão associadas à visibilidade, segurança e orientação dentro de um determinado ambiente. Este objetivo está intimamente associado às atividades laborativas e produtivas (escritórios, escolas, bibliotecas, bancos, indústrias, entre outros). Para este objetivo, os sistemas de iluminação podem ser classificados quanto à forma como as luminárias são distribuídas no ambiente e quanto à forma pela qual o fluxo luminoso é emitido para cima e para baixo do plano horizontal da luminária ou lâmpada. O segundo objetivo da iluminação é a utilização da luz como principal instrumento de ambientação do espaço - na criação de efeitos especiais com a própria luz - ou no destaque de objetos e superfícies ou do próprio espaço. Este objetivo está intimamente associado às atividades não laborativas e não produtivas (restaurantes, museus e galerias, residências, entre outros). Para este objetivo, os sistemas de iluminação podem ser classificados quanto à forma de luz de ambientação adequada ao espaço e podem operar, secundariamente, com os sistemas associados às atividades laborativas e produtivas. (CEPEL, 2014) Portanto, podem ser definidos como principais (iluminação geral, iluminação localizada e iluminação local ou de tarefa) e secundários (luz de destaque, luz de efeito, luz decorativa, modulação de intensidade e luz arquitetônica)..

(17) 17. Iluminação Geral é o sistema que se emprega mais frequentemente em grandes escritórios, oficinas, salas de aula, fábricas, supermercados, entre outros. Possui distribuição aproximadamente regular das luminárias pelo teto, iluminação horizontal de nível médio e uniformidade. Há maior flexibilidade na disposição interna do ambiente, porém, não atende às necessidades específicas de locais que requerem níveis de iluminância mais elevados, grande consumo de energia e, em algumas situações muito específicas, podem desfavorecer o controle do ofuscamento pela visão direta da fonte. (PROCEL, 2011) Quanto à Iluminação Localizada, as luminárias devem ser instaladas suficientemente altas para cobrir as superfícies adjacentes, possibilitando altos níveis de iluminância sobre o plano de trabalho, ao mesmo tempo em que asseguram uma iluminação geral suficiente para eliminar fortes contrastes, concentrando-se a luminária em locais de principal interesse. Possui maior economia de energia, e podem ser posicionadas de tal forma a evitar ofuscamentos, sombras indesejáveis e reflexões, além de considerar as necessidades individuais, porém, em caso de mudança de layout, as luminárias devem ser reposicionadas. Para atividades laborativas, necessitam de complementação através do sistema geral de controle de uniformidade de luz do local. Para outras situações, não necessariamente. (PROCEL, 2011) Na Iluminação de Tarefa, as luminárias estão dispostas nas proximidades da tarefa visual e do plano de trabalho iluminando uma área muito pequena. Possui maior economia de energia, maior controle dos efeitos luminotécnicos, porém, deve ser complementada por outro tipo de iluminação, e apresenta menor flexibilidade na alteração da disposição dos planos de trabalho. (PROCEL, 2011) A Luz de Destaque coloca-se ênfase em determinados aspectos do interior arquitetônico, como um objeto ou uma superfície, chamando a atenção do olhar. Geralmente, esse efeito é obtido com o uso de spots, criando-se uma diferença 3, 5 ou até 10 vezes maior em relação à luz geral ambiente. Este efeito pode ser obtido também posicionando a luz muito próxima à superfície a ser iluminada..

(18) 18. Na luz de efeito, o mais importante é a própria luz: jogos de fachos de luz nas paredes, contrastes de luz e sombra, entre outros, diferentemente da luz de destaque, onde o foco é um objeto, por exemplo. No caso da luz decorativa, não é o efeito de luz que importa, mas o objeto que produz a luz. Lustres antigos, arandelas coloniais e velas criam uma área de interesse no ambiente, destacando o objeto mais do que iluminando o próprio espaço. A Modulação de intensidade (dimerização) é a possibilidade de aumentar ou diminuir a intensidade das várias luminárias, modificando com isso a percepção ambiental. A Luz Arquitetônica é obtida quando posicionamos a luz dentro de elementos arquitetônicos do espaço, como cornijas, sancas, corrimãos, entre outros. Neste caso, estão apenas sendo escolhidos elementos arquitetônicos para servirem de suporte à luz. (PROCEL, 2011) 2.4.4 Grandezas Fotométricas Além dos conceitos de distribuição da iluminação, também são fundamentais, em um estudo luminotécnico, algumas grandezas físicas inerentes à luz ou aos sistemas de iluminação. CEPEL (2014) Fluxo luminoso é a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa em todas as direções do espaço. Unidade de medida: lúmen (equivale à luz irradiada através de uma abertura de 1m² em uma esfera de 1 metro de raio). Intensidade Luminosa é a quantidade de luz que uma fonte emite em uma determinada direção, usualmente não é a mesma em todas as direções. Unidade de medida: candela. Iluminância ou Nível de Iluminamento é a quantidade de luz que chega a um determinado ponto. É também expressa pela divisão do fluxo luminoso, em lúmens, pela área da superfície a ser iluminada, em m². Unidade de medida: lux. Pode ser medida através de um aparelho chamado luxímetro. (CEPEL, 2014) Luminância é a intensidade luminosa emanada de uma superfície (ou fonte), através de sua superfície aparente. Unidade de medida: candela/m²..

(19) 19. Eficiência Luminosa é a relação entre a quantidade de lúmens emitidos por uma lâmpada e a sua potência consumida. Unidade de medida: lúmen/Watt. Temperatura de Cor é a aparência da cor da luz. Cores com baixa temperatura de cor tendem a ser amareladas (chamadas de cores quentes, abaixo de 3000K, usadas para atividades de início e fim do dia pela sua relação com o nascer e o pôr do sol), enquanto que as com altas temperaturas de cor são mais azuladas e violetas (cores frias, acima de 6000K, usadas para atividades com maior produção por estarem relacionadas com a luz do meio-dia). Índice de Reprodução de Cor é a escala que relaciona a fidelidade das cores apresentadas por um objeto iluminado por uma fonte luminosa qualquer em relação à cor sob a luz natural. Os valores são apresentados em percentuais. Refletância é a relação entre a parcela do fluxo luminoso incidente sobre a superfície e o fluxo luminoso refletido pela mesma. (CEPEL, 2014).

(20) 20. 3. METODOLOGIA Este estudo utilizou a nova sala de embarque do Terminal de Passageiros 2 do. Aeroporto Internacional de Porto Alegre – Salgado Filho como base de análise de eficiência energética voltada a sistemas de iluminação, bem como o conforto visual dos usuários, sejam passageiros ou funcionários. A análise foi realizada utilizando valores de referência da NBR ISO/CIE 8995-1 – Iluminação de Ambientes de Trabalho – Parte 1: Interior para os níveis de iluminamento dos recintos. Dado o formato diferenciado do ambiente, com a iluminação natural precária em alguns pontos próximos ao acesso e ao longo da área de formação de fila, devido ao afastamento das esquadrias externas, fez com que o projeto luminotécnico ganhasse maior importância. Além disso, é possível verificar que a iluminação artificial tende a ser distribuída, porém corresponde a uma malha heterogênea quanto à locação das luminárias no espaço, bem como quanto aos tipos de luminárias utilizadas (com 1200 mm ou 600 mm de extensão, com ou sem aletas antiofuscamento, por exemplo). Estes fatores somados ao nível de iluminância diversificado pelos tipos de uso (Sala de Embarque - Sala de Espera - 200 lux e Canal de Inspeção - Áreas de Verificação de Segurança – 300 lux) conforme a NBR ISO 8995-1 para aeroportos – item 30 – tornaram este local atraente para a verificação da iluminância do mesmo. Para isto, foram verificados: . Levantamento de dados do local, forma do ambiente e horário de funcionamento, nível de iluminamento nos planos de trabalho, tarifa de energia; valores de refletâncias para paredes, pisos e forros e objetos de grande escala (como pórticos e esteiras de raios-x, presentes no canal de inspeção); contribuição da luz natural; foram contabilizadas luminárias e lâmpadas utilizadas, bem como seus níveis de limpeza e manutenção;. . Simulações computacionais para verificação dos níveis de iluminância do ambiente e possíveis pontos de melhoria no sistema de iluminação; software utilizado contou com a possibilidade de aplicação de materiais, cores e texturas, inserção das esquadrias e mobília, bem como a possibilidade da aplicação de luminárias e lâmpadas com efeito.

(21) 21. realístico; com medidas in loco utilizando o luxímetro para verificação e comprovação de dados; . Análise econômica da nova proposta, através de índices econômicos como Taxa de Retorno Simples (Payback), Valor Presente Líquido e Tempo Interno de Retorno para avaliar a viabilidade da nova proposta.. Assim, contou com técnicas e procedimentos sugeridos no Manual de Iluminação PROCEL (PROCEL, 2011), listados abaixo para um diagnóstico energético com foco em um sistema de iluminação:. 3.1. LEVANTAMENTO DE DADOS DO LOCAL Houve a verificação do sistema de iluminação existente no ambiente, tanto. natural quanto artificial, orientação solar das aberturas, disposição do mobiliário, cores empregadas nos revestimentos internos, formato da sala de embarque, sistema de iluminação artificial, disposição das luminárias, tipos de lâmpadas empregados e horário de funcionamento do local.. 3.1.1 Características Físicas A nova sala de embarque do Terminal de Passageiros 2 do Aeroporto Internacional de Porto Alegre – Salgado Filho possui aproximadamente 500m² e formato em “L”. Conta com canal de inspeção de passageiros constituído por dois conjuntos de esteiras de raios-x, para inspeção de bagagens de mão e pórtico de inspeção de passageiros. Possibilita a utilização de longarinas com pontos de elétrica e lógica acomodando aproximadamente 155 passageiros sentados. Disponibiliza dois conjuntos de sanitários separados por gênero e também um sanitário acessível. A Figura 3 corresponde à Planta Baixa do projeto atual da nova sala de embarque do Terminal de Passageiros 2 e a Figura 4 mostra a situação atual, datado de junho de 2017, em obras de preparação para a reforma do local..

(22) 22. Figura 3: Nova Sala de Embarque: Planta Baixa.. FONTE: Autor..

(23) 23. Figura 4: Nova Sala de Embarque: em obras.. FONTE: Autor.. 3.1.2 Sistema de Iluminação Atual O sistema de iluminação instalado possui distribuição heterogeneamente uniforme (iluminação geral), onde as luminárias são embutidas no forro mineral, possuem acabamento espelhado, algumas sem recurso contra ofuscamento ou vidro difusor, e as demais com aletas contra ofuscamento em sua maioria. No total, são 89 luminárias que comportam duas lâmpadas fluorescentes tubulares T8 cada. Há 67 luminárias com 1200 mm de extensão que utilizam duas lâmpadas de 32 W cada. Há, também, 22 luminárias com 600 mm de extensão que utilizam duas lâmpadas de 18 W cada. O tipo de acionamento das luminárias é manual (interruptor comum) e não há sistema de controle de intensidade. As esquadrias são em alumínio natural, com área de aproximadamente 50 m², vidros fixos, com exceção das portas que são de abrir para fora e levam ao pátio de aeronaves, voltadas para a fachada Sudeste. Não possui esquadrias zenitais. A Figura 5 retrata a posição atual das luminárias instaladas no local. A Figura 5 destaca o sistema de iluminação artificial presente na nova sala de embarque, bem como o posicionamento das luminárias..

(24) 24. Figura 5: Nova Sala de Embarque: Locação das Luminárias Existentes.. FONTE: Autor..

(25) 25. 3.2. ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS Para determinar o potencial de conservação de energia de um sistema de. iluminação, é essencial conhecer detalhadamente os aspectos funcionais, técnicos e normativos dos sistemas e equipamentos presentes no mesmo. Com as informações obtidas, foi possível determinar se existem pontos em desacordo com as normas vigentes e também analisar se os equipamentos estão bem dimensionados para a função desempenhada. Através do tratamento dos dados coletados nas medições diretas e nas simulações, foi possível encontrar a iluminância média e verificar se estão de acordo com os níveis de iluminância mínimos exigidos pela NBR ISO 8995-1 para aeroportos (item 30), utilizados neste estudo como os valores de referência para a atividade Sala de Embarque (Sala de Espera - 200 lux) e Canal de Inspeção (Áreas de Verificação de Segurança – 300 lux), conforme retrata o Quadro 1. Quadro 1: Planejamento dos Ambientes (Áreas), Tarefas e Atividades com a Especificação da Iluminância, Limitação de Ofuscamento e Qualidade de Cor para Item 30. Aeroportos.. FONTE: NBR ISO/CIE 8995-1 – Iluminação de Ambientes de Trabalho – Parte 1: Interior - p.23.. As medições luminotécnicas realizadas in loco utilizaram o luxímetro da marca Haegner, modelo EC1-X de fabricação sueca e propriedade da INFRAERO. As medidas aconteceram no dia 21 de junho de 2017 (solstício de inverno em Porto Alegre), entre às 11h e 12h da manhã, com as condições climáticas de um dia ensolarado. As aferições contaram com todas as lâmpadas do recinto ligadas e com as janelas totalmente abertas. As Figuras 6 e 7 denotam as medidas realizadas in loco para as iluminâncias do local e o luxímetro utilizado para a captura das medições, respectivamente. As Figuras 8, 9, 10 e 11 retratam as condições atuais das esquadrias e das luminárias e lâmpadas utilizadas no sistema de iluminação do local..

(26) 26. Figura 6: Medições in loco das iluminâncias do ambiente.. FONTE: Autor..

(27) 27. Figura 7: Luxímetro utilizado.. FONTE: Autor.. Figura 8: Exemplo das Esquadrias Existentes.. FONTE: Autor..

(28) 28. Figura 9: Nova Sala de Embarque: Modelo de Luminária Existente com proteção antiofuscamento.. FONTE: Autor.. Figura 10: Nova Sala de Embarque: Modelo de Luminária Existente sem proteção antiofuscamento.. FONTE: Autor.. Figura 11: Nova Sala de Embarque: Lâmpada atual.. FONTE: Autor..

(29) 29. 3.3. SIMULAÇÃO DA ILUMINAÇÃO DO AMBIENTE A metodologia utilizou o software DIALux evo 7 para verificação da iluminação. no ambiente em estudo. Realizou simulações computacionais em 3 (três) dimensões com cálculos, reflexões da luz nos objetos e superfícies internas. Além disso, houve simulações integradas entre sistema artificial de iluminação empregado atualmente na sala de embarque, análise das luminárias e tipos de lâmpadas utilizados. Este software foi selecionado pela facilidade de aquisição (freeware), além de possuir abrangência mundial e ser utilizado profissionalmente em projetos de iluminação. Foi possível também a comparação e incremento de informações com a utilização de instrumentos de captação de luz in loco, como o luxímetro, por exemplo, utilizado em alguns cenários específicos, como complemento à metodologia principal. (MAIOLI; ALVAREZ, 2016). 3.4. ESTUDO DE ALTERNATIVAS O diagnóstico em questão avaliou o projeto luminotécnico atual e realizou duas. propostas, ambas modificaram somente as lâmpadas utilizadas (tomando como premissa baixo custo do investimento inicial e facilidade de adequação): uma utilizou lâmpadas LED tubulares de 25 W e a outra, de 19 W. Todas as três possibilidades foram avaliadas conforme prerrogativas encontradas na norma brasileira NBR ISO/CIE 8995-1 – Iluminação de ambientes de trabalho – Parte 1: Interior e verificaram se o ambiente está adequado quanto à especificação de iluminância exigida para as atividades exercidas no local, inserindo melhorias tanto em condições de investimento inicial quanto rendimento energético dos projetos finais. Todas as sugestões foram avaliadas isoladamente segundo quesitos técnicos (atendimento à normativa de iluminação, por exemplo), potencial de conservação de energia elétrica (eficiência energética) e econômicos (investimento inicial necessário, análise da viabilidade econômica – Payback, TIR e VPL). Após a coleta dos resultados individuais de cada uma das propostas, foi realizada a comparação entre as situações e a verificação de qual é a mais atrativa ao gestor..

(30) 30. Além disso, alguns critérios de desempenho foram utilizados como premissa de projeto e possibilitaram avaliar se os objetivos do sistema de iluminação foram cumpridos (PROCEL, 2011): a) Nível mínimo de iluminância (lux) fixado pela norma NBR 8995-1: Deve-se uma quantidade de luz satisfatória para que seja possível desempenhar bem uma tarefa, do ponto de vista visual. b) Satisfatória distribuição dos níveis de iluminância no ambiente: Quanto menor a uniformidade nesta distribuição, maiores os esforços de adaptação do olho em função de pontos com maior ou menor iluminação. Estes esforços levam a um cansaço visual e uma queda consequente da produtividade do trabalho. A boa uniformidade adquire maior importância no caso de atividades laborativas e perde o significado no caso das não laborativas. c) Satisfatório Índice de Reprodução de Cores: Para qualquer tipo de atividade, a boa reprodução de cor é sempre desejável para não criar distorções de cores. d) Adequada Temperatura de Cor Correlata: Para atividades laborativas, as cores neutras e frias são as mais recomendadas. Para as atividades não laborativas, as quentes são mais acolhedoras e nos levam ao relaxamento e descanso, pois as aparências de cor quente, neutra e fria das lâmpadas interferem diretamente na ambientação e no estímulo das atividades humanas. e) Viabilidade Econômica da instalação: Tanto os custos iniciais quanto os custos de manutenção e operação devem ser economicamente viáveis, para justificar a instalação. Estes custos englobam os sistemas de iluminação completos compostos por luminárias, lâmpadas e equipamentos complementares proporcionam uma maior racionalidade a todo o projeto e instalação quando são corretamente selecionados e dimensionados. As Figuras 12 e 13 são perspectivas do local geradas através do software DIALux evo 7 e representam as simulações do sistema de iluminação utilizadas atualmente na nova sala de embarque do Terminal de Passageiros 2.. Figura 12: Nova Sala de Embarque: Projeto Luminotécnico atual..

(31) 31. FONTE: Autor – realizado com DIALux evo 7.. Figura 13: Nova Sala de Embarque: Projeto Luminotécnico atual.. FONTE: Autor – realizado com DIALux evo 7.. 3.5. POTENCIAL DE CONSERVAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA Uma vez selecionada a alternativa tecnicamente viável de ser implantada, para. realizar o retrofit, foi realizado o cálculo do potencial de conservação de energia elétrica individual de cada uma dessas medidas, comparando-se o consumo dos sistemas atuais com a estimativa do consumo de energia após a implantação das medidas tecnicamente viáveis. Deve-se lembrar de que existe uma série de vantagens que algumas medidas podem trazer aos sistemas de uma instalação que são muito difíceis de serem quantificadas em termos de custos e benefícios. Exemplo disso é o aumento da qualidade dos sistemas de iluminação, proporcionando condições de trabalho mais favoráveis aos funcionários..

(32) 32. 3.6. ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA Os métodos de análise de viabilidade econômica utilizados neste estudo,. aplicados como critérios para tomada de decisão, são: • Método do Valor Presente Líquido (VPL); • Método da Taxa Interna de Retorno; • Método do Tempo de Retorno Simples ou Descontado (Payback). 3.6.1 Valor Presente Líquido – VPL O método do Valor Presente Líquido (VPL) avalia um projeto transferindo para o momento presente todas as variações de caixa esperadas no período considerado para o estudo, descontadas a taxa mínima de atratividade. Em outras palavras, seria o transporte para a data zero, do fluxo de caixa, de todos os recebimentos e desembolsos esperados, descontados à taxa de juros considerada. Um VPL positivo significa que a alternativa de investimento é economicamente interessante a taxa mínima de atratividade considerada, tornando-se tanto mais atrativa quanto maior for o seu resultado. Um VPL negativo mostra que a alternativa de investimento é economicamente inviável a taxa mínima de atratividade considerada, não permitindo sequer a recuperação do capital empregado, uma vez que o somatório dos valores presentes dos recebimentos é menor que o somatório dos valores presentes dos desembolsos. Um VPL nulo significa que o retorno proporcionado pela alternativa de investimento a taxa mínima de atratividade considerada é igual ao capital investido, sendo, portanto, indiferente do ponto de vista econômico realizar-se ou não o investimento. (TAMIETTI, 2011) 3.6.2 Taxa Interna de Retorno – TIR É a taxa de juro para a qual as receitas de um projeto tornam-se iguais aos desembolsos ou ainda, tornando nulo o Valor Presente Líquido do estudo. A TIR também pode ser interpretada como sendo a taxa de remuneração do capital investido em um projeto. A TIR deve ser comparada com a taxa de atratividade para se decidir pela aceitação ou não de um projeto. Quando a TIR for superior à taxa de atratividade.

(33) 33. considerada, o empreendimento é atrativo, ou seja, quando a TIR for superior à taxa de juros considerada para o empreendimento, este é atrativo. Este é um critério que tem alcançado grande aceitação, principalmente quando se analisa um projeto por si mesmo, com seus custos e benefícios. Não se recomenda usar a TIR para a comparação de diferentes alternativas de empreendimento. (TAMIETTI, 2011) 3.6.3 Tempo de Retorno Simples ou Descontado (Payback) – TRS ou TRD É definido como o número de períodos de tempo necessários para se recuperar o capital investido, ou seja, o espaço de tempo suficiente para que o somatório dos recebimentos se iguale ao investimento inicial ou aos desembolsos. Pode ser simples ou descontado, em função da consideração do valor do dinheiro no tempo (os juros) ou não, bem como o risco. Indica para o empreendedor quanto tempo levará para retornar o capital investido. (TAMIETTI, 2011) O estudo da viabilidade econômica analisou se os possíveis benefícios alcançados pela implantação do sistema são vantajosos ou não economicamente. Portanto, uma análise de viabilidade econômica de um empreendimento consiste em, utilizando métodos adequados, determinar um conjunto de parâmetros, chamados parâmetros de viabilidade, e compará-los com padrões estabelecidos. Em alguns casos trata-se de compará-los com parâmetros de atratividade. Em outros, trata-se de saber se são iguais ou superiores a zero ou à unidade. Para isso foram utilizados, em cada uma das situações propostas, os índices Tempo de Retorno (Payback) simples, Valor Presente Líquido e Taxa de Interna de Retorno, assim, foi possível avaliar a vantajosidade de cada sistema em tempo presente..

(34) 34. 4. RESULTADOS OBTIDOS A sala de embarque situada no Terminal de Passageiros 2 possui situação atual. que, de maneira geral, atende à NBR ISO 8995-1 quanto aos níveis de iluminamento. Todas as simulações computacionais utilizaram o software DIALux evo 7, bem como os valores desta normativa supracitada como referência para a iluminância interna do recinto. Além disso, as simulações a seguir consideraram a pior situação, em prol da segurança, quanto à iluminação correspondendo somente à iluminação artificial, ou seja, a iluminação natural não foi computada para estas simulações dada a carga horária de utilização local ter sido considerada 24h por dia e 7 dias por semana. 4.1. SITUAÇÃO ATUAL Está localizada em fachada sudeste, sem qualquer proteção nas esquadrias. externas quanto à insolação no período da manhã e contam com equipamentos anteriormente instalados e possivelmente obsoletos em comparação com o terminal mais recentemente construído. Quanto à iluminação artificial, as luminárias deste terminal estão um tanto ultrapassadas, devido a sua tecnologia de materiais empregados quando da sua instalação e construção da edificação. A distribuição é geral no ambiente, porém não conforma uma malha organizada de locação, não levando em consideração as atividades exercidas. A altura das luminárias é compatível com a altura do forro, sugerindo uma despreocupação com a iluminação de tarefa ou com a iluminação localizada. As lâmpadas utilizadas são fluorescentes tubulares T8 da marca Osram modelo Lumilux Cool White FO32W/840 com 32W de potência, 2700 lumens de fluxo luminoso. A simulação computacional resultou um nível de iluminância médio de 286 lux ao nível do piso e 355 lux ao nível do plano de trabalho de 0,80 m de afastamento do piso, conforme demonstra a Figura 14..

(35) 35. Figura 14: Nova Sala de Embarque: Simulação – Situação Atual.. Legenda Lux FONTE: Autor – realizado com DIALux evo 7..

(36) 36. 4.2. SITUAÇÃO PROPOSTA 1 A Situação Proposta 1 manteve as luminárias existentes, inclusive quanto a sua. altura, utilizando somente aquelas com aletas antiofuscamento, porém sugeriu a relocação das mesmas para que obtivesse uma distribuição uniforme e em malha. Apenas substituiu as lâmpadas fluorescentes tubulares T8 existentes de 32 W cada por lâmpadas LED tubulares T8 de 25 W cada, com fluxo luminoso de 2780 lumens, ângulo de abertura de 130°, IRC 80, fator de potência de 0,92, mantendo 1,20 m de extensão. A simulação computacional resultou um nível de iluminância médio de 294 lux ao nível do piso e 366 lux ao nível do plano de trabalho de 0,80 m de afastamento do piso, conforme retrata a Figura 15. 4.2.1 Análise de Viabilidade Econômica A análise da viabilidade econômica utilizou índices como Payback, VPL e TIR além de comparar o consumo energético e o gasto mensal e anual entre a Situação Atual com a Situação Proposta 1. O Quadro 2 apresenta os dados que foram utilizados para os cálculos dos índices de análise de viabilidade econômica e a Tabela 1 indica os valores monetários envolvendo a Situação Atual e a Proposta 1. Quadro 2: Dados estimados para base de cálculo. Investimento inicial Valor Residual do sistema existente Vida útil Taxa de juros. R$ 6.550,74 5% do investimento inicial ~6 anos (5,71 anos) 12% ao ano. FONTE: Autor.. Tabela 1: Comparação Custos entre Situação Atual e Proposta 1. Situação Atual. Proposta 1. Consumo. 3.605,76 kWh/mês. Custo Mensal. R$ 2.343,74/mês. R$ 1.474,20/mês. Custo Anual. R$ 28.124,93/ano. R$ 17.690,40/ano. 2.268 kWh/mês. Custo Aquisição Lâmpadas. R$ 6.550,74. Cotação Dólar em 11/8/2017. R$ 3,17. Custo kWh. R$ 0,65. Economia Anual FONTE: Autor.. R$ 10.434,53.

(37) 37. Figura 15: Nova Sala de Embarque: Simulação – Situação Proposta 1.. Legenda Lux FONTE: Autor – realizado com DIALux evo 7..

(38) 38. Caso a Situação Proposta 1 seja implantada, haverá uma economia anual de R$ 10.434,53. O custo do investimento inicial será de R$ 6.550,74. Descontando-se 5% correspondente ao valor do sistema atual (R$ 327,54), resultará um investimento inicial de R$ 6.223,20. Para o cálculo da Taxa de Retorno Simples (Payback), utilizase o valor do investimento inicial (R$ 6.223,20) divido pelo retorno do investimento ao ano (R$ 10.434,53). Assim, o Payback dar-se-á em menos de 1 ano (0,60 ano), ou seja, em 7 meses e 6 dias aproximadamente. O Valor Presente Líquido (VPL) atingiu a cifra de R$ 36.662,72, utilizando-se uma taxa de juros de 12% ao ano e uma vida útil de 6 anos (considerando o cálculo da vida útil das lâmpadas que possuem 50000 h e 8760 h/ano = aproximadamente 6 anos). A Taxa Interna de Retorno (TIR) chegou aos 167,67%. 4.3. SITUAÇÃO PROPOSTA 2 O objetivo da proposta 2 foi de manter as modificações sugeridas pela Situação. Proposta 1, porém verificando se haveria a possibilidade de utilizar uma lâmpada LED de menor potência que a utilizada na Situação Proposta 1, mantendo os níveis de iluminamento mínimos exigidos pela NBR ISO 8995-1, visto que a a mesma atingiu valores de iluminância um pouco além dos necessários. Portanto, a Situação Proposta 2 manteve as luminárias existentes e substituiu as lâmpadas fluorescentes tubulares T8 de 32 W cada por lâmpadas LED tubulares T8 de 19 W cada, com fluxo luminoso de 1900 lumens, ângulo de abertura de 130°, IRC 80, fator de potência de 0,92 e 1,20 m de extensão. A simulação computacional resultou um nível de iluminância médio de 201 lux ao nível do piso e 250 lux ao nível do plano de trabalho de 0,80 m de afastamento do piso, conforme demonstra a Figura 16. 4.3.1 Análise de Viabilidade Econômica A análise da viabilidade econômica utilizou índices como Payback, VPL e TIR além de comparar o consumo energético e o gasto mensal e anual entre a Situação Atual com a Situação Proposta 2. O Quadro 3 apresenta os dados que foram utilizados para os cálculos dos índices de análise de viabilidade econômica e a Tabela 2 indica os valores monetários envolvendo a Situação Atual e a Proposta 2..

(39) 39. Quadro 3: Dados estimados para base de cálculo. Investimento inicial Valor Residual do sistema existente Vida útil Taxa de juros. R$ 4.141,62 5% do investimento inicial ~6 anos (5,71 anos) 12% ao ano. FONTE: Autor.. Tabela 2: Comparação Custos entre Situação Atual e Proposta 2. Situação Atual. Proposta 2. Consumo. 3.605,76 kWh/mês. Custo Mensal. R$ 2.343,74/mês. R$ 1.120,39/mês. Custo Anual. R$ 28.124,93/ano. R$ 13.444,70/ano. 1.723,68 kWh/mês. Custo Aquisição Lâmpadas. R$ 4.141,62. Cotação Dólar em Ago/2017. R$ 3,17. Custo kWh. R$ 0,65. Economia Anual. R$ 14.680,23. FONTE: Autor.. Caso a Situação Proposta 2 seja implantada, haverá uma economia anual de R$ 14.680,23. O custo do investimento inicial será de R$ 4.141,62. Descontando-se 5% correspondente ao valor do sistema atual (R$ 207,08), resultará um investimento inicial de R$ 3.934,54. Para o cálculo da Taxa de Retorno Simples (Payback), utilizase o valor do investimento inicial (R$ 3.934,54) divido pelo retorno do investimento ao ano (R$ 14.680,23). Assim, o Payback dar-se-á em menos de 1 ano (0,27 ano), ou seja, em 3 meses e 7 dias aproximadamente. O Valor Presente Líquido (VPL) atingiu a cifra de R$ 56.401,20, utilizando-se uma taxa de juros de 12% ao ano e uma vida útil de 6 anos (considerando o cálculo da vida útil das lâmpadas que possuem 50000 h e 8760 h/ano = aproximadamente 6 anos). A Taxa Interna de Retorno (TIR) chegou aos 373,11%..

(40) 40. Figura 16: Nova Sala de Embarque: Simulação – Situação Proposta 2.. Legenda Lux FONTE: Autor – realizado com DIALux evo 7..

(41) 41. 5. CONCLUSÕES. De acordo com as simulações realizadas para ambas as propostas, foi possível verificar que os índices de iluminamento mínimos foram atingidos, em conformidade com a NBR ISO 8995-1, quando se trata dos tipos de uso Sala de Embarque - Sala de Espera de Aeroportos - para ambas as propostas, pois o valor mínimo para a iluminância é de 200 lux. Porém, quando se trata do Canal de Inspeção - Áreas de Verificação de Segurança – o valor mínimo é de 300 lux. Neste quesito, somente a Situação Proposta 1 obteve êxito. Isto ficou demonstrado através das simulações, onde as iluminâncias médias inferidas chegaram a 366 lux e 250 lux para as Situações Propostas 1 e 2, respectivamente. Uma possível correção para esta questão junto à Situação Proposta 2 seria aplicar o conceito de iluminação de tarefa ou até mesmo o conceito de iluminação localizada para a área de inspeção de bagagens e passageiros, visto que haveria um incremento no nível de iluminamento neste setor, pontualmente. O Quadro 4 relaciona os valores exigidos em norma com os níveis de iluminância médios medidos in loco, bem como com os valores de iluminância médios gerados pelas simulações para as Propostas 1 e 2. Quadro 4: Resultados médios das Simulações em comparação com a NBR 8995-1 para os níveis de iluminância. Local. Altura. Sala de Embarque. 0,00m 0,80m 0,00m 0,80m. Canal de Inspeção. NBR 8995-1 200 lux 300 lux. Situação Atual 286 lux 355 lux 286 lux 355 lux. Proposta 1. Proposta 2. 294 lux 366 lux 294 lux 366 lux. 201 lux 250 lux 201 lux 250 lux. FONTE: Autor.. Além disso, outras questões mencionadas na normativa supracitada, como Índice de Reprodução de Cores (IRC) e Limitação de Ofuscamento foram atendidas em ambas as propostas, através das lâmpadas utilizadas (todas possuem IRC 80), bem como a proteção antiofuscamento presente nas luminárias selecionadas. Conforme os resultados obtidos nos cálculos manuais, a análise econômica permitiu verificar que o investimento em ambas as novas propostas de iluminação da sala de embarque são atrativos, pois possuem VPL positivo, TIR acima da taxa de.

(42) 42. atratividade e Payback extremamente baixo (menor de 1 ano em ambos), conforme representado na Tabela 3. Tabela 3: Análise Viabilidade Econômica entre Situação Propostas 1 e 2. Proposta 1. Proposta 2. 7 meses e 6 dias. 3 meses e 7 dias. VPL. R$ 36.662,72. R$ 56.401,20. TIR. 167,67%. 373,11%. Payback. FONTE: Autor.. Desta maneira, caso sejam concretizadas, as propostas trarão uma economia de R$869,54 ao mês, totalizando R$10.434,53 ao ano para a Situação Proposta 1 e R$1.223,35 ao mês, totalizando R$14.680,23 ao ano para a Situação Proposta 2. Haverá ainda uma redução na potência instalada de 1.858W e 2.614W, gerando economia de 1.337,76kWh ao mês e 1.882,08kWh ao mês para a Situação Proposta 1 e Situação Proposta 2, respectivamente, conforme demonstra a Tabela 4. Tabela 4: Comparação Custos entre Situação Atual e Propostas 1 e 2. Situação Atual. Proposta 1. Proposta 2. 2.268 kWh/mês. 1.723,68 kWh/mês. Consumo. 3.605,76 kWh/mês. Custo Mensal. R$ 2.343,74/mês. R$ 1.474,20/mês. R$ 1.120,39/mês. Custo Anual. R$ 28.124,93/ano. R$ 17.690,40/ano. R$ 13.444,70/ano. Custo Aquisição Lâmpadas. R$ 6.550,74. R$ 4.141,62. Economia Anual. R$ 10.434,53. R$ 14.680,23. FONTE: Autor.. Além do exposto previamente, esta questão possui outros indicativos de se tornar de suma importância ao gestor do aeroporto pela questão do potencial de conservação. de. energia. elétrica.. Atualmente,. o. SBPA. (sigla. utilizada. internacionalmente para designar o Aeroporto Internacional de Porto Alegre – Salgado Filho) possui limitação de demanda energética por parte da concessionária de energia, pois esta liberação está vinculada a um termo de cooperação entre concessionária e gestão aeroportuária para a construção de uma Subestação de 69KVA dentro dos limites do sítio aeroportuário que atenderá não somente ao aeroporto, como também à região onde está situado. Esta tratativa esteve aguardando o cenário político nacional, bem como o resultado dos processos de concessão dos aeroportos durante algum tempo. Acredita-se que, com o novo gestor, FRAPORT AG.

(43) 43. - Frankfurt Airport Services Worldwide, a partir dos próximos períodos de tempo, esta questão esteja criando maior espaço de resolução. Assim, pode-se concluir que os objetivos geral e específicos deste estudo foram alcançados ao verificar que há a possibilidade de alteração de equipamentos, atendendo aos quesitos presentes na norma e visando a eficiência energética e conforto visual, com relativo baixo custo de investimento inicial e altos índices de vantajosidade para ambos os sistemas propostos..

(44) 44. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR ISO 8995-1: iluminação de Ambientes de Trabalho - Parte 1: Interior. Rio de Janeiro, 2013; Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 15.220-3: desempenho térmico de edificações – Parte 3: zoneamento bioclimático brasileiro e diretrizes construtivas para habitações unifamiliares de interesse social. Rio de Janeiro, 2005; BETTER ARCHITECTURE THROUGH LIGHT AND AUTOMATION – DIAL. DIALux Download.. Lüdenscheid,. Alemanha,. 2017.. Disponível. em. <https://www.dial.de/en/dialux/download/>. Acesso em: 06 mar. 2017; BIELSCHOWSKY, P.; CUSTÓDIO, M. C. A Evolução do Setor de Transporte Aéreo Brasileiro. Revista Eletrônica Novo Enfoque: Vol. 13, N°.13, 72-93, nov. 2011. Disponível. em:. <http://www.castelobranco.br/sistema/novoenfoque/files/13/. artigos/7_Prof_Pablo_Marcos_Art4_VF.pdf >. Acesso em: 21 abr. 2017; BRASIL. Lei nº 10.295, de 17 de outubro de 2001. Dispõe sobre a Política Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia. Brasília, DF, 2001; BRASIL. Ministério das Minas e Energia. Implementação da Lei de Eficiência Energética: relatório de atividades. Brasília, DF, 2002; CARDOSO, S. O Mercado da Aviação em 2017. Blog de Aviação do CEAB. Disponível. em:. <https://ceabbrasil.com.br/blog/o-mercado-da-aviacao-em-2017/>.. Acesso em: 22 abr. 2017; CEILUX – CENTRO DE EXCELÊNCIA EM ILUMINAÇÃO. Cursos. Nova Lima, 2017. Disponível em <http://ceilux.com.br/cursos/>. Acesso em: 16 abr. 2017; CEPEL - Centro de Pesquisas de Energia Elétrica. Guia para eficientização energética nas edificações públicas. Versão 1.0. Outubro 2014 Ministério de Minas e Energia - MME ― Rio de Janeiro: CEPEL, 2014. DAUDT, I.M. Diagnóstico Energético SBPA. Coordenação de Meio Ambiente – SRSU. INFRAERO. Porto Alegre, 2012;.

(45) 45. EMPRESA BRASILEIRA DE INFRA-ESTRUTURA AEROPORTUARIA (INFRAERO). Relatório Anual 2002. Brasília, DF, 2003. FEDRIGO, N.; GONÇALVES, G.; LUCAS, P. F. Usos Finais de Energia Elétrica no Setor Residencial. Relatório de Iniciação Científica. LEEE/DEC, UFSC, 2009. INTERNATIONAL AIR TRANSPORT ASSOCIATION (IATA). Airport Development Reference Manual. Geneva, 1991; LAMBERTS, R.; DUTRA, L.; PEREIRA, F. O. R. Eficiência energética na arquitetura. São Paulo: PW, 1997. Disponível em <http://www.labeee.ufsc.br/ publicacoes/livros>. Acesso em: 26 mai. 2015; LED Planet - LED Planet Importadora e Comércio de Materiais Elétricos LTDA. Loja Online. Rio Claro, 2016. Disponível em <http://www.ledplanet.com.br/>. Acesso em: 21 mai. 2017; MAIOLI, R. N.; ALVAREZ, C. E. Análise da utilização de prateleiras de luz em Vitória - ES (Brasil). Revista Hábitat Sustentable: Vol. 3, N°.1, 37-46, jun. 2013. Disponível em: <http://revistas.ubiobio.cl/index.php/RHS/issue/view/69>. Acesso em: 13 dez. 2016; MALAGUTTI, A. O. Evolução da Aviação Civil no Brasil. Brasília: Câmara dos Deputados, 2001; MIRANDA, M. B. Aspectos históricos da aviação brasileira. Revista Virtual Direito Brasil: Vol. 8, N°.2, jul./dez. 2014. Disponível em: <http://www.direitobrasil.adv.br/ arquivospdf/revista/revistav82/artigos/be.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2017; MONTEOLIVA, J. M.; VILLALBA, A.; ACEÑA, A.; PATTINI, A. Modelo simplificado para el cálculo de iluminancia por luz natural útil (UDI) en espacios individuales perimetrales de cielosclaros. Caso de estudio: Mendoza, Argentina. Revista Hábitat Sustentable: Vol. 6, N°. 1, 50-59, jun. 2016. Disponível em: <http://revistas.ubiobio.cl /index.php/RHS/issue/view/233>. Acesso em: 13 dez. 2016; PEREIRA, F. R.; Souza, M. B. Iluminação: apostila da disciplina de conforto ambiental – iluminação. Florianópolis: UFSC, 2000;.

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