U N I V E R S I D A D E F E D E R A L D A P A R A Í B A C E N T R O D E C I Ê N C I A S E T E C N O L O G I A
C U R S O D E M E S T R A D O EM E N G E N H A R I A C I V I L
EFEITOS DE LAMINAS DE AGUA E DE F E R T I L I D A D E NA CULTURA DO T O M A T E INDUSTRIAL
R A M I R O B E Z E R R A N E T O ( E n g ? A g r ô n o m o )
C A M P I N A G R A N D E - P A R A Í B A M A I O - 198^1
RAMIRO BEZERRA NETO
EFEITOS DE LÂMINAS DE A G U A E DE FERTILIDADE NA CULTURA D O TOMATE INDUSTRIAL
Dissertação apresentada ao Curso de MESTRMXD EM ENGENHARIA CIVIL da Universidade Federal da Paraíba, em cumprimento as exigências para obtenção do Grau de Mestre.
AREA DE CONCENTRAÇÃO: RECURSOS HÍDRICOS. SUB-AREA: IRRIGAÇÃO
ARESQUE M A C H A D O DE A L M E I D A • Orientador
HANS RAJ GHEYI Co-Orientador
f
C A M P I N A GRANDE MAIO -1984
EFEITOS DE LAMINAS DE AGUA E DE FERTILIDADE
NA CULTURA DO TOMATE INDUSTRIAL
RAMIRO BEZERRA'-NETO
DISSERTAÇÃO APROVADA EM 1 7 / 04/S4
A I E S Q U E / M A C H A D O D E ' A L M E / D A , M . Se • " O r i e n t a d o r
(pt'-"Y-;/
HANS KAJ GHEY1, D o u t o r C o - O r i e n t a d o r
NORMA feESAR D E AZEVEDO, M.Sc
CAMPINA GRANDE MAIO -1984
i V
AGRADECIMENTOS
1 A Deus por tuâo que me tem dado, pela coragem, saú
de, persistência, humildade es principalmente amor ã vida.
 Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Rio Grande do Norte ÍEMATER-RN), pela oportunidade cones dida para realização do Curso de Mestrado e pelo apoio ne cessaria para execução deste trabalho.
Ao Centro de Ciências e Tecnologia da Universidade Federal da Paraíba - Campus I I , Departamento de Engenharia C i v i l , pelo acolhimento e apoio para realização do Curso.
Ao Dr. Âresque Machado de Almeida, do Departamento de Solos e Engenharia Rural, do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, pelo estímulo, dedica ção, paciência e segura orientação ães.ãe a e laboração do projeto de pesquisa ate a revisão f i n a l deste trabalho.
Ao profeassor Rans Raj Gheyi3 pela ao-orientação
consideração prestada.
V
(DNOCS), pela permissão para realização do trabalho dc per quisa fosse realizado no Perímetro Irrigado Itans/Sabugi
-Caiaó ~ RN3 especialmente ao colono José Quirino da S i l v a ,
pela permissão do l o t e e auxílio prestado nos trabalhos de campo.
Ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq)3 na pessoa
da Dra. Glória de Lourdes V. Lemos , pelos trabalhos de l a boratório.
' A Dra. Ana Maria Vilar Campos Catão e ao professor
Raimundo Sérgio Santos Gois do CCT/VFPB, Campina Grande 3
pelo estímulo e amizade durante a realização do curso.
Ao Prof. Arturo Carlos Rene Carvajal Garri, Asses_ sor do IICA/EMEPA-PB, pela orientação, estímulo e amizade durante a realização do curso e deste trabalho.
Aos Drs. Clóvis Barbosa Pires, do IPÂ, e Elson Soa res dos Santos, da EMEPA-PB, pela valiosa colaboração na analise e interpretação dos resultados.
Aos professores do Curso, pelos valiosos ensinamen tos e aos colegas pelos incentivos recebidos.
Ao Sr. Boanerges Josinery Alves Gomes, pelos labq_ riosos trabalhos de datilografia.
Finalmente, a todos aqueles que de alguma forma procuraram contribuir para o êxito desta pesquisa.
À memória do meu pai. e amigo, pelo inovidável testemunho de nossa pvofun da amizade.
A minha mãe e irmães^ pelo sin_ cero e -inesgotável apoio.
e
A minha esposa e aos meus queridos fi_ lhos Po liana, Inácio, Taciana, Daniel e Tâmara, pelo indispensável incentiva
V l l
LISTA DE TABELAS
Pãgí na s
TABELA 1 . Características físicas do s o l o ... .... 24
TABELA 2, Características químicas do s o l o 24
TABELA 3, Lamina de agua t ost a l a p l i c a d a e numero de
irrigações r e a l i z a d a s d u r a n t e o c i c l o da
cul t u r a ,, 36
TABELA 4. Evapotranspiração (ETP) acumulada e p o r
período , .. 40
TABELA 5. p r o d u t i v i d a d e s médias de tomate e número de f r u t o s / h a , para as d i f e r e n t e s lâminas
t o t a i s de água a p l i c a d a s ã c u l t u r a 43
TABELA 6. Medias de p r o d u t i v i d a d e e numero de f r u t o s de t o m a t e p o r h e c t a r e para os d i f e r e n t e s
níveis de n i t r i g e n i o e de fósforo 47
TABELA 7. P r o d u t i v i d a d e s medias de toma t e ( t / h a ) e número de f r u t o s / h a , em função dos n T v e i s de
f e r t i l i z a n t e s 52
TABELA 8. Produção, c u s t o e l u c r o l i q u i d o com a a p l j . cação de N, em tomate i n d u s t r i a l c u l t i v a r
IPA-Z ' 56
TABELA 9. Produção, c u s t o e l u c r o l i q u i d o com a apl_i cação de P, em tomate i n d u s t r i a l c u l t i v a r
v i i i
Pãgi na s
TABELA 10. Produção, c u s t o e l u c r o líquido com a aplicação de NPK, em t o m a t e i n d u s t r i a l
c u l t i v a r IPA-2 58 TABELA A - l . Resumo da a n a l i s e de variância r e 1 a t j _
va ã produção de t o m a t e ( t / h a ) e nume r o de f r u t o s / h a em função da l a m i n a t o t a l de agua a p l i c a d a e dos n T v e i s
LISTA DE FIGURAS
Página s
•FIGURA 1 , Diagrama esquemático de um b l o c o ... 26
FIGURA 2. Esquema de s u b p a r c e l a 28
FIGURA 3. Modelo do c o p i n h o que f o i usado para p l a n
-t i o do -toma-te ... 30
FIGURA 4. Lamina d'água a p l i c a d a p o r irrigação dura_n t e o c i c l o da c u l t u r a do t o m a t e para os di_
f e r e n t e s t r a t a m e n t o s 3?
FIGURA 5. Lamina t o t a l a p l i c a d a nos d i f e r e n t e s t r a t a
mentos d u r a n t e o c i c l o da c u l t u r a 39
FIGURA 6. Evapotranspiração acumulada em função do
tempo 41 FIGURA 7. Produção de t o m a t e ( t / h a ) em função das l a
minas de ãgua a p l i c a d a s 44
FIGURA 8. Numero médio de f r u t o s de t o m a t e p o r h e c t a r e , em função das lâminas de agua a p l i c a
das 46
FIGURA 9. Produção de tomate ( t / h a ) , em função dos
níveis de nitrogênio.. — .. .• 49
FIGURA 10. Produção de t o m a t e ( t / h a ) , em função dos níveis de fósforo.. — .. 49
FIGURA 1 1 . Numero médio de f r u t o s de t o m a t e p o r hec t a r e , em função dos níveis de nitrogênio. 51
X
Paginas
FIGURA 12, Numero médio de f r u t o s de t o m a t e p o r hec
t a r e , em função dos níveis de fósforo... 51
FIGURA 13. Representação da dose económica de n i t r o
gênio em t o m a t e 57
FIGURA 14. Representação da dose econômica de NPK ,
RESUMO
T r a b a l h o r e a l i z a d o d u r a n t e o período de a g o s t o de 1980 a j a n e i r o de 1 9 8 1 , no Perímetro I r r i g a d o de Itans/Sa_ b u g i , p e r t e n c e n t e ao D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de Obras C o n t r a as Secas, no município de CaicÕ, Rio Grande do N o r t e , v j _ sando e s t u d a r os e f e i t o s de q u a t r o l a m i n a s de irrigação , três níveis de nitrogênio e três níveis de fósforo, s o b r e
a p r o d u t i v i d a d e e número de f r u t o s p o r h e c t a r e de t o m a t e , c u l t i v a r IPA-2, u t i l i z a n d o o s i s t e m a de irrigação p o r "as_ persão em l i n h a " , 0 e n s a i o f o i c o n d u z i d o em s o l o a l u v i a l e u t r o f i c o , em d e i i n e a m e n t o de b l o c o s c a s u a l i z a d o s com q u £ t r o repetições, com os t r a t a m e n t o s em f a i x a s e os s u b t r a t a m e n t o s em a r r a n j o f a t o r i a l 3 x 3. As lâminas t o t a i s de ãgua a p l i c a d a f o r a m 1.032 ; 923 ; 796 e- 584 mm , p r o d u z i d a s p e l a d i f e r e n t e distribuição de ãgua a p a r t i r do e i x o do a s p e r s o r . Para as medições das lâminas foram i n s t a
Tados r e c i p i e n t e s no c e n t r o de cada p a r c e l a e x p e r i m e n t a l . Os níveis de nitrogênio a p l i c a d o s foram 0, 60 e 120 kg/ha de N, t e n d o como f o n t e o s u l f a t o de amónio. Os níveis de fósforo a p l i c a d o s foram 0, 75 e 150 ka/ha de P?0S, t e n d o
X 1 1
como f o n t e o s u p e r f o s f a t o s i m p l e s . 0 potássio f o i a p l i c a d o u n i f o r m e m e n t e na dose de 70 kg/ha de K^O, na forma de s u l f a t o de potássio. Para d e t e r m i n a r a evapotranspiração da c u l t u r a , r e a l i z o u - s e um c o n t r o l e de irrigação e das mudan_ Ças do conteúdo de ãqua no p e r f i l do s o l o , através de medj_ ções f e i t a s d i a r i a m e n t e . A evapotranspiração f o i e s t i m a d a p e l a equação de balanço hídrico. V e r i f i c o u - s e que as lâaii-nas de irrigação 796 e 923 mm f o r a m e s t a t i s t i c a m e n t e i g u a i s e r e s p o n d e r a m m e l h o r ao aumento de p r o d u t i v i d a d e e do nume ro de f r u t o s / h a , no período e s t u d a d o , i n d i c a n d o que se pode d i m i n u i r o uso da lâmina d'aqua p a r a 796 mm sem prejuízo na p r o d u t i v i d a d e . A aplicação de água aumentou s i g n i f i c a t j _ vãmente a p r o d u t i v i d a d e numa relação quadrática a t e o n_í v e l de 923 mm, com l i g e i r o decréscimo na f a i x a de 1.032mm, o b t e n d o - s e uma p r o d u t i v i d a d e máxima de 71,5 t / h a com o ní_ vel de 864 mm de ãgua. 0 numero de f r u t o s / h a aumentou numa relação quadrática com o aumento da q u a n t i d a d e de ãgua a p l i c a d a ã c u l t u r a , a t i n g i n d o o máximo de 1.771.500 f r u t o s / ha com a f a i x a de irrigação de 923 mm. A p r o d u t i v i d a d e e nume ro de f r u t o s / h a aumentaram l i n e a r m e n t e com os níveis c r e s c e n t e s de nitrogênio e fósforo, demonstrando que a cul_ t u r a r e s p o n d e r i a a doses m a i o r e s desses f e r t i 1 i z a n t e s . M a i o r l u c r o líquido f o i alcançado com a dose de 120 kg/ha de H a s s o c i a d o a 150 kg/ha de P205 , usando-70 kg/ha de Kg0 como
ABSTRACT
T h i s work c a r r i e d o u t d u r i n g t h e p e r i o d f o r m A u g u s t 1980 t o J a n u a r y 1981, i n t h e I r r i g a t i o n D i s t r i c t o f I t a n s / S a b u g i , o f " D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de Obras C o n t r a as Se ca (DNOCS)", i n C a i c o , R i b Grande do N o r t e , B r a s i l w i t h t h e o b j e c t i v e t o s t u d y t h e e f f e c t s o f f o u r i r r i g a t i o n d e p t h s , t h r e e n i t r o g e n l e v e l s and t h r e e p h o s p h o r u s l e v e l s on p r o d u c t i o n and t h e number o f f r u i t s p e r h e c t a r e o f t o m a t o , c u l t i v a r I P A - 2 , u s i n g t h e l i n e - s o u r c e s p r i n k l e r i r r i g a t i o n method. The t r i a l was c a r r i e d o u t i n an a l l u v i a l s o i l u t i l i z i n g r a n d o m i z e d b l o c k d e s i g n w i t h f o u r r e p l i c a t i o n s t h e t r e a t m e n t e s i n s t r i p s and s u b - t r e a t m e n t s 3 x 3 f a c t o r i a l . The w a t e r l e v e l s a p p l i e d w e r e 1,032; 923; 796 and 584mm, p r o d u c e d by d i f f e r e n t w a t e r a p p l i c a t i o n d e p t h s f r o m s p r i n k l e r a x l e . F o r t h e measurement o f w a t e r l e v e l s , p l u v i o m e t e r s were i n s t a l l e d i n t h e c e n t e r o f e a c h p l o t . The n i t r o g e n l e v e l s were 0;60 and 120 kg/ha o f N a p p l i e d i n t h e f o r m o f ammonium s u l p h a t e and t h e t h r e e p h o s p h o r u s l e v e l s were 0;75 and 150/kg/ha o f ^2^5 u s^ -n9 s i n g l e s u p e r p h o s p h a t e as f e r t i l i z e r . The p o t a s s i u mwas a p p l i e d u n i f o r m l y b y e q u i v a l e n t t o 70 kg/ha o f K20 s u p p l i e d
x i v
évapotranspiration,changes i n t h e s o i l w a t e r c o n t e n t were measured on a d a i l y b a s i s , a n d a c o n t r o l o f i r r i g a t i o n s was
e f f e c t e d . The évapotranspiration was e s t i m a t e d b y e q u a t i o n o f w a t e r b a l a n c e . I t was o b s e r v e d t h a t m o i s t u r e l e v e l s 796 a n d 923mm were s t a t i s t i c a l l y e q u a l a n d showed b e t t e r r e s p o n s e s t o t h e i n c r e a s e o f p r o d u c t i v i t y and t o t h e number o f f r u i t s / h a . The p r e s e n t s t u d y e v i d e n c e d t h a t t h e l e v e l s may be r e d u c e d t o - 796mm w i t h o u t d e c r e a s e i n p r o d u c t i v i t y . The a p p l i c a t i o n o f w a t e r i n c r e a s e d s i g n i f i c a n t l y t h e p r o d u t i v i t y u n t i l 923mm, s h o w i n g a s l i g h t d e c r e a s e a t 1,032mm, As p e r q u a d r a t i c e q u a t i o n , maximum p r o d u c t i v i t y w o u l d b e 71,5 t / h a w i t h 864mm o f w a t e r . The number o f f r u i t s p e r h e c t a r e a l s o i n c r e a s e d w i t h i n c r e a s i n g w a t e r q u a n t i t y a p p l i e d t o t h e c r o p . A l s o , a s p e r q u a d r a t i c e q u a t i o n , maximum o f 1,771,500 f r u i t s / h a w o u l d b e o b t a i n e d w i t h a n i r r i g a t i o n l e v e l o f 923mm,
The p r o d u c t i o n and t h e number o f f r u i t s p e r h e c t a r e i n c r e a s e d l i n e a r l y w i t h t h e i n c r e a s e o f n i t r o g e n a n d p h o s p h o r u s l e v e l s , s h o w i n g t h a t t h e tcmato^-crop shows good r e s p o n s e t o h i g h e r l e v e l s o f t h e s e f e r t i l i z e r s . The maximum n e t p r o f i t was o b t a i n e d w i t h 120 kg/ha o f N a s s o c i a t e d t o
SUHÂRIG Paginas LISTA DE TABELAS v i i LISTA DE FIGURAS i x RESUMO x i " ABSTRACT , x i i i 1 . INTRODUÇÃO 1 2. REVISÃO DE LITERATURA 4
2.1. Influência da Umidade do S o l o na Produção
dos C u l t i v o s 4 2.2. I n f l u e n c i a da F e r t i l i d a d e na Produção de Tomate. 8 2.3. I n f l u e n c i a da Interação Umidade x F e r t i 1 i _ dade em d i f e r e n t e s c u l t i v o s 11 2.4. Evapotranspiração. 18 3. MATERIAL E MÉTODOS 23 3.1. Localização do E x p e r i m e n t o 23 3.2. Características do S o l o . . . . 23
Paginas 3.3. Cl ima 24 3.4. Vegetação N a t i v a . . . 25 3.5. D e l i n e a m e n t o E x p e r i m e n t a l . 25 3.6. Práticas C u l t u r a i s . . 29 3.6.1. P r e p a r o do S o l o e P l a n t i o 29 3.6.2. Adubação 31 3.6.3. T r a t o s Fitossanitários... 31 3.6.4. C o l h e i t a : 31 3.7. Irrigação...' 32 3.8. Métodos Estatísticos .' 34 4 . RESULTADOS E DISCUSSÃO 36 4 . 1 . Manejo da Irrigação... 36 4.2. Evapotranspiração 38 4.3. E f e i t o das F a i x a s s e Umidade. 42 4.4. E f e i t o s das Doses de N e P. 45 4.5. E f e i t o s ' da Interação Umidade x f e r t i l i z a r ^
4.6. Correlação e n t r e Numero de F r u t o s e Peso
do Tomate. 53 4.7. A n a l i s e Económica 53
5 . CONCLUSÕES 60 6 . LITERATURA CITADA .. 62
1 . INTRODUÇÃO
O t o m a t e i r o ( L y c o p e r s t c u m e s c u l e n t u m M i l l } é uma p l a n t a c o n h e c i d a e c u l t i v a d a em t o d o o mundo. Nas Américas e na E u r o p a , a s s i m como, em m u i t o s países da A s i a e fifrica e em p a r t e s da Austrália ê* c o n s i d e r a d a a hortaliça de m a i o r expressão econômica. 0 seu f r u t o p o s s u i e l e v a d o v a l o r comer c i a i , podendo s e r consumido t a n t o " i n n a t u r a " como indus_ t r i a l i z a d o .
F i g u r a em p r i m e i r o l u g a r , d e n t r e as q u i z e h o r t a l i _ ças l i s t a d a s p e l a F.A.O. (1975];, ocupando uma área de 1,68 milhões de h e c t a r e s , produção de 36,2 milhões de t o n e l a d a s e r e n d i m e n t o médio da ordem de 21,5 t / h a .
Os países m a i o r e s p r o d u t o r e s são p o r ordem d e c r e s c e n t e Estados U n i d o s , Itália, Espanha e T u r q u i a . 0 B r a s i l ocupa o 109 l u g a r na e s c a l a c o m e r c i a l , com uma área de 52.000 ha e uma produção de 1.300,000 t .
2
No B r a s i l , c o n s t i t u i uma das hortaliças de m a i o r importância econômica, ocupando o 29 l u g a r d e n t r e as h o r t a liças c u l t i v a d a s d e p o i s da b a t a t i n h a . Os E s t a d o s de São Pau l o , Pernambuco, R i o de J a n e i r o , B a h i a e R i o Grande do Sul são os m a i o r e s p r o d u t o r e s do País.
Embora o t o m a t e s e j a uma p l a n t a c o n s t a n t e m e n t e es_ tudada no B r a s i l , pouco tem s i d o f e i t o a r e s p e i t o do uso >a_ Q i o n a l da água e m u i t o menos no t o c a n t e a fertilização.
i
Logo, será de g r a n d e importância a obtenção de dados r e l a c i o n a d o s com o emprego de irrigação e f e r t i l i d a de, c o n s t i t u i n d o em g r a n d e subsídio capaz de c o n t r i b u i r para os p r o j e t o s i r r i g a d o s . Desta m a n e i r a , e s t e s conhecimen t o s irão p r o p o r c i o n a r e l e m e n t o s que poderão a u x i l i a r na so lução de m u i t o s p r o b l e m a s que a p r a t i c a a c a r r e t a aos produ t o r e s ,
Os e s t u d o s s o b r e o c o n t r o l e da umidade e dos e f e i _ t o s da f e r t i l i d a d e no c u l t i v o do t o m a t e , poderão o f e r e c e r c o n h e c i m e n t o s para m a i o r e s s u c e s s o s no p l a n e j a m e n t o nas áreas i r r i g a d a s .
Tornam-se de g r a n d e relevância d e f i n i r lâminas de água e níveis de f e r t i l i d a d e adequados as condições de ope ração do p r o d u t o r para que e s t e p o s s a , d e n t r o de suas 1 irnj_ tações de m a n e j o , o b t e r os máximos r e n d i m e n t o s em suas cu_[ t u r a s .
comportamento do t o m a t e , s u b m e t i d o a um manejo mais rácio n a l e e f i c i e n t e , em função de lâminas de água a p l i c a d a s , da f e r t i l i d a d e do s o l o com a f i n a l i d a d e de o f e r e c e r aos a 9 r i
c u l t o r e s m a i o r e s informações s o b r e esses f a t o r e s para o cuj_ t i v o do tomate i n d u s t r i a l i r r i g a d o .
2. REVISÃO DE LITERATURA
2 . 1 . I n f l u e n c i a da Umidade do S o l o na Produção dos C u l t i v o s
D i v e r s o s a u t o r e s e s t u d a r a m os e f e i t o s g e r a i s de ca r e n c i a ou excesso de umidade do s o l o , no d e s e n v o l v i m e n t o das p l a n t a s . E x i s t e , p o r t a n t o , um i n t e r v a l o no t e o r de umi dade do s o l o que p r o p o r c i o n a m e l h o r e s condições de d i s p o n j _ b i l i d a d e de água as p l a n t a s que atuam d i r e t a m e n t e s o b r e o c r e s c i m e n t o e produção.
Os e f e i t o s g e r a i s de carência ou e x c e s s o de umida_ de do s o l o no c r e s c i m e n t o das p l a n t a s são b a s t a n t e estudja dos, onde se v e r i f i c a as condições de interferência de f a t o res de s o l o , de c l i m a e da própria p l a n t a , i n t e r a g i n d o nos d i v e r s o s c a r a c t e r e s v e g e t a i s .
P e s q u i s a s com d i v e r s a s c u l t u r a s , de a c o r d o com BUCKMAN & BRADY ( 1 9 7 6 ) , m o s t r a r a m que doses s u p l e m e n t a r e s de ãgua devem s e r a p l i c a d a s quando a p l a n t a a t i n g e um consii mo de 50 a 85« de ãgua disponível no s o l o . Para esses a u t o
r e s , c e r t o s f a t o r e s v e g e t a t i v o s e climáticos exercem i n f l u e n c i a m a r c a n t e s o b r e a q u a n t i d a d e de agua que as p l a n t a s po dem a b s o r v e r , com eficiência de um d e t e r m i n a d o s o l o .
ZERBI & MURTAS ( 1 9 7 4 ) , e s t u d a n d o o e f e i t o da f r e quência da irrigação do tomate s o b r e as características q u a n t i t a t i v a s e q u a l i t a t i v a s p a r a industrialização, v e r i f i _ caram que a produção f o i m a i o r quando a c u l t u r a f o i i r r i g a ^ da d u r a n t e 8 a 12 d i a s . Houve uma correlação com o i n t e r v a l o de 2 a 20 d i a s , com a q u a n t i d a d e de matéria seca e desço loração do f r u t o .
SILVA ( 1 9 7 2 ) , e s t u d o u a i n f l u e n c i a da irrigação no c r e s c i m e n t o e produção do t o m a t e i r o , em um L a t o s s o l o Verme l h o Escuro O r t o de P i r a c i c a b a - S P . E l e v e r i f i c o u que a manu_ tenção de t e o r e s de umidade do s o l o e n t r e os níveis de 30, 75 e 100 por c e n t o de ãgua disponível, p r o p o r c i o n o u c o n s i d e rãvel aumento no c r e s c i m e n t o das p l a n t a s , c o n c l u i n d o que a manutenção da umidade do s o l o acima de 50% de á g u a , a p r e s e n
t a - s e como a forma i d e a l para economia de agua que p r o p i c i a a irrigação. Comprovou, também, que a manutenção de t e o r e s de umidade do s o l o , próximos ao p o n t o de murcha p e r m a n e n t e , c o n t r i b u i u para o a m a d u r e c i m e n t o p r e c o c e dos f r u t o s e a p r e s e n t o u m a i o r número de f r u t o s rachados,, em comparação com t e o r e s de umidade e l e v a d a .
SILVA & SIMfiO ( 1 9 7 3 ) , v e r i f i c a n d o o comportamento da c u l t u r a do t o m a t e i r o em L a t o s s o l o Vermelho e L a t o s s o l o Vermelho Orto de P i r a r i c a b a - S P , em função da ãgua disponí
v e l , concluíram que o t r a t a m e n t o que m a n t i n h a 50% de, agua disponível f o i s u p e r i o r aos demais em economia de água, con t r i b u i n d o para o aumento da produção e q u a l i d a d e do f r u t o . Mencionaram, a i n d a , que a e v a p o t r a n s p i ração r e a l da c u l t u r a f o i , em media, d u r a n t e o c i c l o v e g e t a t i v o , 2,9 mm p o r d i a , de água, a p r e s e n t a n d o c o e f i c i e n t e de p r o p o r c i o n a l i d a d e c o r r e s p o n d e n t e ao 29 e s t a g i o da c u l t u r a i g u a l a ER = 0,73 Eo.
CHOUDHURY e t a 1 i i • £ 1 9 7 7 ) , v e r i f i c a r a m o e f e i t o de d i f e r e n t e s níveis de irrigação em tomate i n d u s t r i a l , v a r i e dade Rossol V.F.N., em um O x i s s o l p r o f u n d o , Amarelo /\verme
l h a d o , com t e x t u r a v a r i a n d o de a r e n o s a a b . a r r o - a r g i 1 o-areno so na Estação E x p e r i m e n t a l de Bebedouro - P e t r o l i n a - PE. E l e s c o n s t a t a r a m que a irrigação p o d e r i a s e r manejada den t r o de 0,3 har a 2 b a r e s , p o s s i b i l i t a n d o um m a i o r i n t e r v a l o de irrigação, sem que o c o r r a redução s i g n i f i c a t i v a na produ ção.
CHOUDHURY & MILLAR ( 1 9 7 8 ) , o b s e r v a n d o o e f e i t o do déficit fenolõgico de água s o b r e a produção e característi_ cas do tomate i n d u s t r i a l em ura O x i s s o l de Bebedouro - R e t r o l i n a - PE, v e r i f i c a r a m que os períodos mais sensíveis ao de f i c i t de agua na produção e o u t r a s características i n d u s
t r i a i s do toma t e , f o r a m no início da f r u t i f i cação e desen v o l v i m e n t o dos p r i m e i r o s f r u t o s , p r o v o c a n d o reduções nos r e n d i m e n t o s de 61,9 e 56,9%, r e s p e c t i v a m e n t e . Concluíram que a produção c o m e r c i a l de tomate a p r e s e n t o u diferença s i g n i f i c a t i v a e n t r e os t r a t a m e n t o s de déficit de agua, ao I o n go do c i c l o fenolõgico da c u l t u r a .
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GALEVA e t a l i i ( 1976 ) , observaram que, dentro. de um i n t e r v a l o de p o t e n c i a l de umidade do s o l o , a produção do tomate aumentou com a elevação do p o t e n c i a l de umidade an t e s da irrigação, e n q u a n t o os t e o r e s de açúcar, v i t a m i n a C e c a r o t e n o f o r a m m a i o r e s quando a irrigação e r a a p l i c a d a mo d e r a d a m e n t e .
GARCIA ( 1 973 ) , o b s e r v a n d o o c o n t r o l e da agua de i r _ rigação através do t e o r r e l a t i v o de agua e do índice r e f r a tométrico em um L a t o s s o l o de Botuc-atü-SP, c o n s t a t o u que a manutenção do p o t e n c i a l de umidade s u p e r i o r a 3,0 atm p r o p o r c i o n o u m a i o r e s produções ã c u l t u r a do t o m a t e i r o . Consta t o u a i n d a que os índices r e f r a t o m e t r i c o s c o r r e 1 a c i o n a d o s com os p o t e n c i a i s de agua do s o l o não o f e r e c e r a m e s t i m a t i v a s c o n s i s t e n t e s para o c o n t r o l e de água de irrigação na c u l t u r a do t o m a t e i r o , Embora e s t e índice t e n h a r e v e l a d o s e r de grande u t i l i d a d e para e s t i m a r a umidade do s o l o a b a i x o s po t e n c i a i s deve-se r e s s a l t a r que a c u l t u r a do t o m a t e i r o sÕ ê" economicamente viável quando a umidade do s o l o ê m a n t i d a a nível e l e v a d o . V e r i f i c o u também que,o consumo t o t a l de água para o p r i m e i r o e n s a i o f o i de 657,90; 623,20 e 572,30 mm e para o segundo e n s a i o de 644,50; 616,50 e 534,60 mm nos t r a t a m e n t o s em que os p o t e n c i a i s máximos de umidade do s o l o a t i n g i r a m v a l o r e s próximos a 0,7; 3,0 e 15,0 atm, r e s p e c t j _ vãmente.
Segundo HARGREAVES ( 1 9 7 6 ) , a d i s p o n i b i l i d a d e de umidade para as c u l t u r a s depende da q u a n t i d a d e e da f r e q u e r i c i a de chuva ou de irrigação, da c a p a c i d a d e de retenção de
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agua no s o l o , do p o t e n c i a l osmÕtico e da p r o f u n d i d a d e das raízes da c u l t u r a . E l e recomendou que se deve v o l t a r a i r H gar a c u l t u r a do t o m a t e i r o quando de 30 a 40S da água d i s p o nível dc s o l o t i v e r s i d o consumida. C o n c l u i u que o período crítico para deficiência de umidade do s o l o ou período de m a i o r exigência da c u l t u r a do t o m a t e i r o , è* na formação dos f r u t o s , quando e l e s crescem r a p i d a m e n t e .
2.2. I n f l u e n c i a da F e r t i l i d a d e na Produção de Tomate
Há g r a n d e divergência e n t r e as q u a n t i d a d e s de nj_ trogênio, fósforo e potássio r e t i r a d a s do s o l o p e l o tomatei_ r o e as q u a n t i d a d e s necessárias para uma boa produção. Para se o b t e r sucesso com a c u l t u r a do t o m a t e i r o , t o r n a - s e i n d i s pensSvel um bom equilíbrio nas adubações. Alem dos n u t r i e j i t e s NPK.» também são de grande importância o cálcio e o m a £ n e s i o . As recomendações para adubação em t o m a t e i r o v a r i a m de região para região, o que nos l e v a a d i z e r que somente r e s u l t a d o s e x p e r i m e n t a i s poderão i n f o r m a r com segurança a m e l h o r forma a u s a r .
GARGANTINI & BLANCO ( 1 9 6 3 ) , o b s e r v a r a m que as maio r e s produções de t o m a t e , no B r a s i l , são o b t i d a s quando se aduba com m u i t o fósforo e menos nitrogênio e potássio. Men c i o n a r a m como necessário p o r h e c t a r e 94 kg de nitrogênio ,
221 kg de fósforo e 185 kg de potássio. Destas q u a n t i d a d e s ,
1S% de nitrogênio, 86% do fósforo e 70% do potássio são ab
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Segundo HAKISHIHA ( 1 9 6 3 ) , o t o m a t e i r o é uma p l a n t a que responde p r o n t a m e n t e 5 aplicação de f e r t i l i z a n t e s . Além do NPK, o Ca e Mg são os n u t r i e n t e s de g r a n d e importância para a obtenção de f r u t o s de boa q u a l i d a d e e a l t a p r o d u t i v a dade.
SOBRINHO e t a l i i ( 1 9 6 8 ) , e s t u d a n d o o e f e i t o do n i trogênio, fósforo e potássio na produção do tomate Santa Cruz em c u l t u r a r a s t e i r a , concluíram que a dose média de fósforo e potássio f o i a l t a m e n t e s i g n i f i c a t i v a no aumento da produção do t o m a t e i r o , usando 1 3 2 kg de P^G^/ha e 7 2 kg de KjO/ha. E n t r e t a n t o , não houve aumento s i g n i f i c a t i v o pa ra doses de nitrogênio, u t i l i z a n d o a t e 1 7 2 kg de N/ha.
ALMEIDA e t a l i i ( 1 9 7 2 ) , e s t u d a n d o o e f e i t o da adu bação m i n e r a l , fósforo e potássio, no t o m a t e i r o , em ium Latos s o l o v e r m e l h o a m a r e l o no Estado do R i o , v e r i f i c a r a m que hò_u ve uma r e s p o s t a l i n e a r s i g n i f i c a t i v a na c u l t u r a do t o m a t e i -ro ã aplicação de f ó s f o r o , o mesmo não o c o r r e n d o com relação a.o potássio, quando se u t i l i z o u doses a t e 2 4 0 kg de K^O/ha. C o n c l u i r a m que a m a i o r p r o d u t i v i d a d e em comparação com a tes temuh.hs f o i de 6 3 % no t r a t a m e n t o P2 KQ> c o m aplicação de 2 4 0
kg de PgO^/ha, o t e n d o n e s t e t r a t a m e n t o o m a i o r l u c r o em f u n ção da adição de f e r t i l i z a n t e .
BENEVIDES ( 1 9 7 3 ) , v e r i f i c a n d o o e f e i t o dos n u t r i e n t e s N,P e K na c u l t u r a do t o m a t e i r o , c o n s t a t o u que a a p l i c a ção dos n u t r i e n t e s P e K, p r o v o c o u um aumento na p r o d u t i v i
-dade p r i n c i p a l m e n t e na interação N x P. Fato c o n t r a r i o f o i o b s e r v a d o com o n u t r i e n t e potássio t a n t o i s o l a d a m e n t e
lO-ccm o nas interações N x K e P x K.
CAMPOS e t a l i i ( 1 9 7 3 ) , em t r a b a l h o s s o b r e adubação NPK na c u l t u r a do t o m a t e r a s t e i r o , em um s o l o Podzõlico Ver raelho-Amarelo, em T i e t e - S P , v e r i f i c a r a m um e f e i t o a l t a m e n t e s i g n i f i c a t i v o do n u t r i e n t e fósforo*. Concluíram que,para as condições do e x p e r i m e n t o , a dose recomendada ê de 90g de su_ p e r f o s f a t o s i m p l e s p o r m e t r o l i n e a r . Mencionaram que a maior exigência do t o m a t e i r o ao n u t r i e n t e fósforo se v e r i f i c a no período de d e s e n v o l v i m e n t o dos f r u t o s .
SILVA ( 1 9 7 7 ) , e s t u d a n d o d i f e r e n t e s níveis de aduba ção N, P e K na produção de t o m a t e i r o s , em condições de i r rigação, o b s e r v o u que o t r a t a m e n t o 100-100-50 aumentou em 41£ a produção de tomate quando comparado com a t e s t e m u n h a , no Perímetro I r r i g a d o de São Gonçalo e, no Perímetro Eng9 A r c o v e r d e , o t r a t a m e n t o 120-120-50 p r o d u z i u 137% mais que a t e s t e m u n h a .
ASO e t a l i i ( 1 9 6 5 ) , em um t r a b a l h o s o b r e f e r t i l i z a ção em tomate do t i p o p l a t e n s e , em Tucuman - A r g e n t i n a , ve r i f i c a r a m que o uso de 100 kg/ha de nitrogênio a p l i c a n d o 50 kg/ha, no início da formação dos f r u t o s , p r o p o r c i o n o u um aumento s i g n i f i c a t i v o na p r o d u t i v i d a d e do c u l t i v o . Observa ram, a i n d a , que o p r i n c i p a l e f e i t o do nitrogênio f o i s o b r e o número de tomates comerciáveis e com e f e i t o menor s o b r e o tamanho do f r u t o .
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trogênio e fósforo na produção do t o m a t e i r o , na região h o £ tícula de Jaguaquara-BA, o b s e r v a r a m que os m e l h o r e s níveis de nitrogênio e fósforo f o r a m , r e s p e c t i v a m e n t e , 100 kg/ha de K e 150 kg/ha de P20g. 0 potássio ( 4 0 kg/ha de K20 } que
f o i e s t u d a d o p o r adição a um dos t r a t a m e n t o s , não apreseri t o u e f e i t o s i g n i f i c a t i v o , o mesmo a c o n t e c e n d o com a i n t e r a ção N x P.
CHURATA-MASCA ( 1 9 7 5 ) , em e x p e r i m e n t o r e a l i z a d o em J a b o t i c a b a l - S P , v a r i a n d o os níveis de nitrogênio e de fõsfo r o , c o n c l u i u que 500 kg de s u l f a t o de amónio p o r h e c t a r e e 1.000 a 1.500 kg/ha de s u p e r f o s f a t o , a s s o c i a d o s a 200 kg/ha de c l o r e t o de potássio p r o p o r c i o n a m a l t a s p r o d u t i v i d a d e s na c u l t u r a do t o m a t e i r o . O b s e r v o u , a i n d a , que excesso de n i t r o gênio na aduhação pode c a u s a r aumento de n i t r a t o s nos f r u t o s e p r o v o c a r corrosão nas embalagens ( l a t a ) no tomate p r o cessado.
2.3. Influência da Interação Umidade x F e r t i l i d a d e era d í % r e n t e s c u l t i v o s
0 d e s e n v o l v i m e n t o não sÕ do tomate como de todas as p l a n t a s e a p r o d u t i v i d a d e dessas c u l t u r a s são i n f l u e n c i a dos i n t e n s a m e n t e p e l a s condições de umidade e f e r t i l i d a d e do s o l o . Os e s t u d o s para avaliação das- variações nos níveis de umidade e f e r t i l i d a d e do s o l o têm s i d o c o n d u z i d o s para condições específicas de s o l o , c l i m a e c u l t u r a .
Em condições adequadas de umidade no s o l o , a a p l j ^ cação de f e r t i l i z a n t e s pode aumentar o r e n d i m e n t o da c u l t u
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r a , aumentando a eficiência de uso d'5gua. E n t r e t a n t o , ha vendo limitações no f o r n e c i m e n t o de agua, a q u a n t i d a d e ap1j_ cada de f e r t i l i z a n t e s poderá aumentar a utilização de água, p e l o m a i o r d e s e n v o l v i m e n t o v e g e t a t i v o das p l a n t a s . Então , p a r a cada r e g i m e hídrico p r o p o r c i o n a d o as c u l t u r a s , haverá uma q u a n t i d a d e c o r r e s p o n d e n t e de f e r t i l i z a n t e que condici£ na o máximo r e n d i m e n t o .
GECZI ( 1 9 7 3 ) , e s t u d a n d o a fertilização potássica em t o m a t e , o b s e r v o u que com a aplicação de 170-200 kg/ha de K^O sem irrigação, houve um aumento na produção e que ní v e i s mais e l e v a d o s causaram um decréscimo no r e n d i m e n t o .
Quando i r r i g a d o , r e s p o s t a s p o s i t i v a s f o r a m o b t i d a s com uma l a m i n a de 105 mm e aplicação de 300 a 350 kg/ha de KgO .Cori c l u i u que no potássio f o r t e m e n t e a d e r i d o ao s o l o , sua i n t e ração d e p e n d e r a do t e o r de umidade do s o l o .
SOARES & FARIA ( 1 9 7 1 ) , e s t u d a n d o a influência de métodos de irrigação e s i s t e m a de adubação na c u l t u r a do t o mate i n d u s t r i a l , em O x i s s o l de t e x t u r a a r e n o s a de P e t r o l i _ na-PE, concluíram que o método de irrigação p o r aspersão p o s s i b i l i t a o c u l t i v o do t o m a t e i n d u s t r i a l nos meses mais secos e q u e n t e s do ano ( a g o s t o / j a n e i r o } p e r m i t i n d o , assim , o e s c a l o n a m e n t o da produção, v i s a n d o o. a t e n d i m e n t o as indüs
t r i a s de p r o c e s s a m e n t o i n s t a l a d a s na região.
COSTA FILHO ( 1 9 7 8 ) , e s t u d a n d o o e f e i t o do conteúdo de água no s o l o , d e n s i d a d e de p l a n t i o e fertilização n i t r o genada na produção da c e b o l a em um s o l o de aluvião, l o c a l _ |
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zado em P e t r o 1 i n a - P E , v e r i f i c o u que os r e n d i m e n t o s médios o b t i d o s aumentaram com o conteúdo de agua no s o l o , densída de de p l a n t i o e, em g e r a l , com as doses de nitrogênio. As variáveis irrigação, população e fertilização n i t r o g e n a d a , assim como, as interações irrigação x fertilização e i r r i g a çao x população x fertilização f o r a m a l t a m e n t e s i g n i f i c a t i _ vas. Menciona a i n d a que o regime de irrigação, que propo_r c i o n o u ãs p l a n t a s menor q u a n t i d a d e de agua disponível, não m o s t r o u diferença nos r e n d i m e n t o s com relação a t o d a s as do
ses de N a p l i c a d a s .
SILVA & MILLAR ( 1 9 8 1 ) , es*tudaram a i n f l u e n c i a do t e o r de umidade do s o l o e da adubação n i t r o g e n a d a no rendj_ mento de grãos de feijão, no Campo E x p e r i m e n t a l de Bebedojj
r o , u t i l i z a n d o irrigação p o r aspersão em l i n h a " L i n e Source S p r i n k l e r I r r i g a t i o n " . V e r i f i c a r a m que o t e o r de umidade do s o l o aumentou o r e n d i m e n t o . d e grãos de feijão numa relação quadrática e n t r e as variáveis, para os níveis de nitrogÕ n t o . Quanto ao p o t e n c i a l m a t r i c i a l de água no s o l o , obse_r vou-se. um decréscimo l i n e a r na produção de grãos d e n t r o dos níveis de 80 e 120 kg/ha de nitrogênio. Para o número médio de vagens p o r p l a n t a , houve e f e i t o quadrático e n t r e os ní_ v e i s de nitrogênio e t e o r de umidade no s o l o e as produções
de vagens por planta, atingiram um máximo, p a r a 82,5 kg/ha de nitrogênio e 5,5% de umidade peso seco. V e r i f i c a r a m uma va riaçao l i n e a r na produção de número médio de vagens p o r p l a n t a , quando o p o t e n c i a l m a t r i c i a l de agua no s o l o , va r i o u de -0,3 a -4,6 b a r . Para o número médio de grãos p o r vagens e peso médio de 100 g r ã o s , não se v e r i f i c a r a m d i f e
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renças s i g n i f i c a t i v a s e n t r e variáveis nem interação e n t r e os f a t o r e s .
Em idêntica situação, SILVA e t a l i i ( 1 9 8 1 ) , v e r i f i caram que a aplicação de água e de nitrogênio aumentaram l j _ nearmente a produção de grãos de m i l h o e n t r e os l i m i t e s 267 e 1233 mm. Observaram que a eficiência de uso de agua
3
-v a r i o u de 0,339 a 0,865 kg/m de agua, sendo m a i o r quando se a p l i c o u 561,0 mm de agua e 90 k g / h a , v e r i f i c a n d o - s e que nesse t r a t a m e n t o a eficiência f o i s u p e r i o r a 44,25% e 14Í ,
f
com relação aos t r a t a m e n t o s 0, 30 e 60 kg/ha de nitrogênio, r e s p e c t i v a m e n t e .
SILVA e t a l i i ( 1 9 8 1 ) , a v a l i a r a m o e f e i t o do r e g i m e de irrigação e adubação n i t r o g e n a d a na produção de grãos de m i l h e t o . Concluíram que o r e g i m e de irrigação c a r a c t e r i z a d o em termos de aplicação de agua, t e o r de umidade de s o l o , água disponível no s o l o e p o t e n c i a l m a t r i c i a l de água no s o l o aumentou a produção de grãos, de a c o r d o com a relação quadrática e n t r e as variáveis com a produção, a t i n g i n d o um máximo para 503,3 mm de agua a p l i c a d a , 4,62% de umidade peso s e c o , 37% de água disponível no s o l o e — 7,48 b a r de p o t e n c i a i m a t r i c i a l . V e r i f i c a r a m a i n d a que para os d i f e r e n t e s r e aimes de irrigação e aplicação de nitrogênio, a eficiência de uso de água v a r i o u de 0,231 a 0,770 kg/m3. Observaram
que a eficiência f o i m a i o r no t r a t a m e n t o onde se a p l l cou 120 kg/ha de nitrogênio e 330 mm de agua e que o
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mesmo f o i s u p e r i o r a 4 0 % , 13% e Q% a dos t r a t a m e n t o s com aplicação de 0, 40 e 80 kg/ha de Nitrogênio,
HORNER & MOJTEHEDI ( 1 9 7 0 ) , em t r a b a l h o s com a c u l t u r a do feijão, e s t u d a r a m a influência de r e g i m e s de i r r i g a ção e f e r t i l i d a d e de s o l o s s o b r e a-produção de grãos e cons_ t a t a r a m que condições de a l t o déficit de água i m p o s t o a cul_ t u r a reduzem a produção de grãos em c e r c a de 18 a 26%. 0b s e r v a r a m que a diminuição do r e n d i m e n t o f o i mais a c e n t u a d a quando a f a l t a de água o c o r r e u d u r a n t e o f l o r e s c i m e n t o e co meço da maturação.
CAR0LUS & SCHLEUSE.NE.R ( 1 9 7 0 ) , com feijão, v e r i f i c a ram que houve tendência de decréscimo de produção com aume_n t o da irrigação e b a i x o nível de aduhação, e tendência de aumento de produção com aumento da irrigação e a l t o nível de adubação.
KUSZELHSKI & LABET0WICZ ( 1 9 7 4 )s DESRECZENÍ £1974),
em v a r i a s c u l t u r a s ( b a t a t a , t r i g o , b e t e r r a b a , cevada e mi_ l h o ) , o b s e r v a r a m que com irrigação e aplicação de N.P.K., a produção f o i aumentada comparada com aplicação de N.P.K. , i s o l a d o s . Concluíram que há uma relação e n t r e fertilização e irrigação, e n t r e produção e absorção de n u t r i e n t e s .
DELI8ALT0V & ZACHARIEV (1 9 7 6 ) , v e r i f i c a n d o a e f j [ ciência da irrigação e da fertilização com as c u l t u r a s t r i _ go, m i l h o e b e t e r r a b a açucareira, o b s e r v a r a m a existência de uma correlação p o s i t i v a e n t r e a irrigação e os níveis de
6
f e r t i l i z a n t e s em função da produção.
2.4. Evapotranspiração
D e n t r e os vários p r o b l e m a s r e f e r e n t e s a p r a t i c a da irrigação, o c o n t r o l e do f o r n e c i m e n t o da agua é sem d u v i d a um dos p r i n c i p a i s .
Embora a irrigação assuma um caráter eminentemente s u p l e m e n t a r nas nossas condições , *algumas c u l t u r a s p e l a s suas c a r a c t e r T s t i c a s . p e c u l i a r e s , exigem irrigações s i s t e m a t i c a s e r a c i o n a i s .
As p l a n t a s são os m e l h o r e s i n d i c a d o r e s da necessi_ dade de irrigação e as variáveis mais adequadas a mensura ção são o decréscimo do t e o r de água e o acréscimo do p o t e n c i a i de água dos t e c i d o s .
A perda de agua do s o l o p o r evaporação através de sua superfície ou por transpiração através das p l a n t a s , e um parâmetro i m p o r t a n t e no c i c l o hidrológico, e s p e c i a l m e n t e em áreas c u l t i v a d a s . Para cada grama de n u t r i e n t e s absorvi_ dos do s o l o p e l a p l a n t a , c e n t e n a s de gramas de agua precj_ sam s e r a b s o r v i d a s . Por e s t a razão, a -transpiração e f r e _ quentemente chamada de evaporação p r o d u t i v a , a f i m de con trastã-la da evaporação no s o l o , então chamada de evapora^ ção não p r o d u t i v a . Esta evaporação da água na superfície do s o l o pode s e r do p o n t o de v i s t a q u a n t i t a t i v o , de g r a n d e im portância.
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Normalmente, no manejo da agua de irrigação, as no c e s s i d a d e s de agua das c u l t u r a s são d e f i n i d a s por meio de dados de evaporação do tanque c l a s s e "A" e do f a t o r de cu]_ t u r a Kc, o b t i d o p e l a razão e n t r e a evaporação t o t a l da cu2 t u r a e a evaporação do tanque. Para HARGREAVES (1 974)
D00REMB0S & PRÜITT ( 1 9 7 5 ) , os dados de Kc são i g u a i s a 1,05 e 0,90, r e s p e c t i v a m e n t e , para e s t i m a r as n e c e s s i d a d e s t o t a i s , d u r a n t e o c i c l o do t o m a t e . Embora m u i t a s equações em píricas de evapotranspiração tenham s i d o d e s e n v o l v i d a s e u t i l i z a d a s , poucas têm uma aplicação ampla para áreas de c l i m a s d i f e r e n t e s d a q u e l e s onde e s t a s equações f o r a m desein v o l v i d a s . I s t o d e v e - s e , p r i n c i p a l m e n t e , ao número l i m i t a d o de f a t o r e s climáticos e n v o l v i d o s e ãs interações complexas de c l i m a e n c o n t r a d a s em vários l o c a i s .
A e s c o l h a do método de determinação depende da f i _ n a l i d a d e e dos r e c u r s o s disponíveis. Assim, c e r t o s métodos ma i s s i m p l e s e f i s i c a m e n t e i m p e r f e i t o s podem a t i n g i r os ob_ j e t i v o s , em contraposição a o u t r o s , embora mais p e r f e i t o s , porém onerosos ou t r a b a l h o s o s . E n t r e a q u e l e s , s e n t i r a m c e r t a s relações climatológicas empíricas onde numerosos a u t o res se u t i l i z a r a m de a j u s t e s estatísticos, l e i s físicas e dados climatológicos f a c i l m e n t e acessíveis.
As fórmulas empíricas têm s i d o m u i t o u t i l i z a d a s , por serem baseadas em informações s i m p l e s e normalmente dis^ poníveis em p o s t o s meteorológicos. A utilização de uma ou o u t r a num d e t e r m i n a d o l o c a l , depende, e n t r e o u t r o s f a t o r e s , das condições mesolõgicas em que f o r a m d e s e n v o l v i d a s .
11 o lj
Vários são os métodos a p r o p r i a d o s para d e t e r m i n a r a evapotranspiração das c u l t u r a s :
a ) Salanço de e n e r g i a (TANNER, 1960 e 1 9 6 8 ) ;
b) Balanço c o m p l e t o de água (VAN BAVEL e t a l i i , 1968 e BLACK e t a l i i , 1 9 7 0 ) ;
c } Uso de lisímetros (PELTON, 1 9 6 1 ; TANNER, 1968 e BLACK e t a l i i , 1 9 7 0 ) ;
d) Aproximações micrometeorológicas (TANNER, 1968 e HILLAR e t a i i i , 1 9 7 8 ) ;
e ) Formulações empíricas (TANNER, 1968 e LEGARDA & FORSYTHE, 1 9 7 2 ) .
0e t o d o s os m é t o d o s , o m a i s empregado ê o Balanço Completo de A*gua, e x p r e s s o p e l a equação hidrológica (SILVA & HILLAR, 1981) P + I = E t + AO - 0 onde:
P = e a q u a n t i d a d e de água r e c e b i d a era mm (chuva ou i r r i _ gação)
I = e o escoamento s u p e r f i c i a l em mm, c o n s i d e r a d o em su perfícies p l a n a s e em condições de b a i x a p l u v i o m e t r i a . Et = ê a evapotranspiração em mm.
D = e a drenagem a b a i x o da zona r a d i c u l a r ou f l u x o capi_ l a r p o r contribuição do lençol freático.
A © = e a variação na l a m i n a de agua armazenada na zona r a d i c u l a r em mm.
A evapotranspiração de um c u l t i v o , v a r i a de a c o r d o com o estágio de c r e s c i m e n t o da c u l t u r a e as condições de s o l o e c l i m a . Desse modo, para um caso e s p e c i f i c o , ha neces^
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s i d a d e de se conhecer a ET das c u l t u r a s , t a n t o para o p l a n e j a m e n t o adequado de o b r a s de irrigação como para a operação adequada de g r a n d e s p r o j e t o s , o b j e t i v a n d o aumentar a e f i c i ência de aplicação de ãgua a nível de p a r c e l a .
PETERS ( 1 9 6 0 ) , v e r i f i c o u - q u e a perda de agua p o r evaporação no s o l o pode alcançar a 50% da evapotranspiração, d u r a n t e um c i c l o v e g e t a t i v o n o r m a l . Desta f o r m a , o conhecj_ mento dos f a t o r e s que d e t e r m i n a m a evaporação da agua de um s o l o , p o d e r i a l e v a r a adoção de técnicas com o o b j e t i v o de controlã-la, p o s s i b i l i t a n d o a conservação de m a i o r q u a n t i d a de de água no s o l o , para uso das p l a n t a s .
ERÍE e t a l i i ( 1 9 6 5 ) , separam os f a t o r e s que i n f l u _ em na evapotranspiração, em n a t u r a i s e controláveis p e l o ho mem. E n t r e os p r i m e i r o s i n c l u i o c l i m a , o s o l o e a t o p o g r a f i a . Os últimos são a época de p l a n t i o , a espécie e a v a r i e dade do c u l t i v o , a f e r t i l i d a d e do s o l o , o s u p r i m e n t o , a q u a n t i d a d e e o manejo da agua.
RITCHIE & BURNETT ( 1 9 7 2 ) , e s t u d a r a m a i n f l u e n c i a da umidade d o , s o l o na evaporação e concluíram que a t a x a de evaporação e r a d e p e n d e n t e da umidade do s o l o a t e c e r t o va l o r , que sÕ d e p e n d i a da distrib-uição do s i s t e m a r a d i c u l a r e do movimento de ãgua acima d e l e .
0 f l u x o de evaporação e r a i n f l u e n c i a d o p o r f a t o r e s raicrometeorolÕgicos (demanda atmosférica) e p o r f a t o r e s da p l a n t a (RITCHIE, 1 9 7 1 ; RITCHIE & BURNETT, 1972) a f i r m a r a m
que, quando a q u a n t i d a d e de agua disponível no s o l o e s a t i s fatõria, os e s t u d o s fisiológicos de c r e s c i m e n t o i n f l u e m na t a x a de evaporação e na e n e r g i a empregada para produzí-la.
RICHARDSON & RITCHIE ( 1 9 7 3 ) , e s t a b e l e c e r a m que a evapotranspiração depende da demanda atmosférica e e l i m i t a da p e l a s características do s o l o , das p l a n t a s e p e l o conteú do de agua do s o l o . Ja WILCOX [ 1 9 6 7 ) d e f i n i u com uso consu_n
t i v o , a utilização de agua e x i s t e n t e no s o l o p e l a s p l a n t a s , j u n t a m e n t e com a evaporação do s o l o , não i n c l u i n d o as per_ das p o r drenagem.
MILLAR e t a l i i ( 1 9 7 8 ) , d e t e r m i nando< a evapotranspJ_ ração em tomate i n d u s t r i a l através do balanço c o m p l e t o de agua sob d i f e r e n t e s r e g i m e s de irrigação, num O x i s s o l no Campo E x p e r i m e n t a l do C e n t r o de P e s q u i s a Agropecuária do Trópico Semi~A"rido (EHBRAPA) P e t r o l i n a - P E , v e r i f i c a r a m que a evapotranspiração acumulada no c i c l o do t o m a t e , d i m i n u i u de 626 p a r a 451 mm â medida que d e c r e s c e u o p o t e n c i a l matri_ c i a i de ~ 0,3 a - 0,5 b a r na camada do s o l o da p r o f u n d i d a d e e f e t i v a do s i s t e m a r a d i c u l a r . A evapotranspiração media do c i c l o v a r i o u de 5,22 para 3,76 mm d i a para os mesmos níveis de manejo da irrigação. M o s t r a r a m haver uma correlação a l t a mente s i g n i f i c a t i v a e n t r e a evapotranspiração acumulada du r a n t e o c i c l o do tomate no r e g i m e manejado a - 0,3 b a r de p o t e n c i a l m a t r i c i a l no s o l o e a evaporação acumulada do ta_n que c l a s s e "A". Concluíram que p a r a p r o d u z i r 90 a BQ% da produção p o t e n c i a l , a c u l t u r a de tomate consome 570 a 510 mm r e s p e c t i vãmente.
1]
SILVA e t a l i i ( 1 9 7 8 ) , p r o c u r a n d o e s t a b e l e r uma m e t o l o g i a para d e t e r m i n a r as n e c e s s i d a d e s de agua para c u l t u r a s i r r i g a d a s baseados em dados de c l i m a (evaporação do tanque USiniü, c l a s s e A ) , de s o l o (características físico-hídricas), da c u l t u r a (período de d e s e n v o l v i m e n t o e p r o f u n d i d a d e p o t e n c i a i do s i s t e m a r a d i c u l a r ) , e s t a b e l e c e r a m que a l a m i n a me d i a de agua a a p l i c a r e a frequência de irrigação em um p r o j e t o de irrigação em operação pode s e r f i x a e c o n s t a n t e .
Concluíram que para p r o j e t o s de irrigação em implantação , •forna-se necessário a determinação" dos s e g u i n t e s parame t r o s : a ) Características físico-hídricas do s o l o ; b ) P r o f u n d i d a d e de e n r a i z a m e n t o p o t e n c i a l da c u l t u r a ; e c ) A relação e n t r e a ET grama/E tanque USHB.
SILVA & MILLAR C1981)* e r a s e u t r a b a l h o E v a p o t r a n ^
piração do Feijão, concluíram que os c o e f i c i e n t e s de cult_í_ vo o b t i d o s p o r D00REMB0S & -PRUITT ( 1 9 7 5 ) , e HARGREAVES (1975) não podem s e r u t i l i z a d o s d i r e t a m e n t e no manejo da i r r i g a _ çao, quando se usa a evaporação do t a n q u e USWB, para d e f i n j _ ção das n e c e s s i d a d e s de água para as c u l t u r a s .
SIMOES ( 1 9 7 3 ) , f a z e n d o um e s t u d o da e v a p o t r a n s p i r a çao p o t e n c i a l e n e c e s s i d a d e de água de irrigação para o p r o j e t o P i l o t o do Mandacaru ( J u a z e i r o - B A ) , c o n c l u i u que a eva potranspiração p o t e n c i a l das c u l t u r a s como sendo 80% da eva poração do t a n q u e . A evapotranspiração r e a l das c u l t u r a s f o ram o b t i d a s m u l t i p l i c a n d o a evapotranspiraçao p o t e n c i a l p o r um c o e f i c i e n t e K que depende da c u l t u r a e de sua f a s e de
c r e s c i m e n t o . Os v a l o r e s de K v a r i a m para d i f e r e n t e s ras em d i f e r e n t e s e t a p a s de seu c r e s c i m e n t o .
3. MATERIAL E MÉTODOS
3.1. Localização do E x p e r i m e n t o
0 p r e s e n t e t r a b a l h o f o i r e a l i z a d o d u r a n t e o perío do de a g o s t o de 1980 a j a n e i r o de 1 9 8 1 , no Perímetro I r r i g a do de I t a n s / S a b u g i , p e r t e n c e n t e ao D e p a r t a m e n t o N a c i o n a l de Obras C o n t r a as Secas (DNOCS), no município de CaicÕ-RN, a 69 28' de l a t i t u d e S u l , 379 06' de l o n g i t u d e Oeste de Greenwich e a l t i t u d e de 131,39 m.
3.2. Características do S o l o
0 s o l o onde o e n s a i o f o i c o n d u z i d o e c l a s s i f i c a d o como a l u v i a l eutrÕfico, pouco evoluído, f r a n c o a r e n o s o cla_ r o , l e v e e p r o f u n d o , bem d r e n a d o , p e r m e a b i l i d a d e média e a2 t a (BRASIL/DNOCS, 1 9 7 2 ) .
As a n a l i s e s físicas e químicas do s o l o f o r a m f e j _ t a s no laboratório do D e p a r t a m e n t o de Solos e E n g e n h a r i a Ru_ r a l do C e n t r o de Ciências Agrícolas da UFPB, c u j o s r e s u l t a
2 4
dos sao a p r e s e n t a d o s nas T a b e l a s 1 e 2.
TABELA 1 , Características físicas do sol 0
Determinações F T s i c a s Uni dades V a l o r e s
Capacidade de campo % 10,13 Ponto de Murcha % 3,24 Densidade A p a r e n t e g/cm3 1 ,45 Densidade Real 1 g/cm3 2,67 A r e i a % 70,85 Limo <x ja 20,80 Arg i 1 a % 8,35
T e x t u r a (USDA)
-
Franco arenosoTABELA 2. Características químicas do s o l o
De t e r m i nações quími cas Unidades Va1 o r e s
pH em agua - s o l o ( 1 : 1 ) _ 7,42 Fósforo ppm 18,87 P o t a s s i 0 ppm 143,00 C a ++ + M g+ + me/10Ög s o l o 5,76 Matéri a Orgãn i ca % 0,62 3.3. C l i m a
25
climático do Município de CaicÕ-RN ê d e f i n i d o como Bsh, se m i - á H d o , m u i t o q u e n t e e s e c o , com precipitação p l u v i a l me d i a o s c i l a n d o e n t r e 532 a 532 mm/anuais, com o período chu. voso nos meses de j a n e i r o a m a i o , o c o r r e n d o 85% das chuvas em março e a b r i l . D u r a n t e o ano, a t e m p e r a t u r a v a r i a da ma xima de 33,69C S mínima de 22,690,"com media a n u a l de 27,79C. A duração media da radiação solar (insolação) e de 3.072,3 h/ano, sendo a evaporação anual de 1.276 mm. A umidade r e l a t i v a do a r é de 61,7% (8RASIL/DN0CS, 1 9 7 2 ) .
3 . 4 . Vegetação N a t i v a
A vegetação n a t i v a e constituída de c a a t i n g a hiper_ xerÕfila com predominância de p e r e i r o , c a t i n g u e i r a , pinhão, j u r e m a e f a v e l e i r a , i n c o r p o r a d o s com gramíneas, p r i n c i p a l ^ mente capim panasco (BRASIL/DNOCS, 1972)
3 . 5 . Delineamento E x p e r i m e n t a l
0 d e l i n e a m e n t o e x p e r i m e n t a l f o i em b l o c o s casual|_ zados com q u a t r o repetições, com os t r a t a m e n t o s em f a i x a s e os s u b - t r a t a m e n t o s em a r r a n j o f a t o r i a l 3 x 3 . Nas p a r c e l a s foram e s t a b e l e c i d a s as q u a t r o lâminas de água (1.032,08 ; 923,09 ; 795,62 e 583,74 mm) p r o d u z i d o s - p e l a d i f e r e n t e d i s tribuição de água a p a r t i r do e i x o dos a s p e r s o r e s e n q u a n t o que as s u b - p a r c e l a s c o n s i s t i r a m da combinação de três ní v e i s de adubação n i t r o g e n a d a (0,60 e 120 kg/ha de N) e três níveis de adubação f o s f o r a d a ( 0 , 75 e 150 kg/ha de PgOg). A F i g . 1 m o s t r a um diagrama esquemático de um b l o c o e a forma
@ A S P E R S O R E S O Recipientes» metálicos
de 1 l i t r o .
como f u n c i o n o u a l i n h a de aspersão.
Para a aplicação das l a m i n a s de agua, u t i l i z o u - s e o s i s t e m a de irrigação p o r aspersão em l i n h a ( L i n e Source S p r i n k l e r I r r i g a t i o n ) , o q u a l c o n s i s t e em c o l o c a r uma l i n h a c e n t r a l de a s p e r s o r e s , i n t r o d u z i n d o ~ s e a variável f e r t i l i d a de no s e n t i d o das l i n h a s . d e a s p e r s o r e s ; a variável lâmina de agua a p a r t i r da l i n h a dos a s p e r s o r e s . A c u l t u r a f o i ma n e j a d a c o n t i n u a m e n t e , sem separação e n t r e p a r c e l a s . 0 espa çamento e n t r e os a s p e r s o r e s f o i de' 6m. 0 tamanho da p a r c e l a f o i de 9,6m x 9m e a súb-parcela de 3m x 3,2m, sendo a área útil de 3m x 2,4m,estabelecidos em função do diâmetro molha do do a s p e r s o r . A F i g . 2 m o s t r a um esquema da p a r c e l a .
0 e q u i p a m e n t o de irrigação usado f a z p a r t e do s i s tema g e r a l do Perímetro I r r i g a d o I t a n s / S a b u g i , u t i l i z a d o s p e l o s c o l o n o s . Consta de tubulações em aço g a l v a n i z a d o de 3", com engates rápidos. Os a s p e r s o r e s f o r a m do t i p o ZED ,
7 3
operando a pressão de 2,5 kg / c n r ( a t m ) e vazão de 2,70m / h o r a , f o r n e c e n d o um diâmetro molhado de aproximadamente 34,6m.
o
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E ••Oo
0
1,50 Hl 3,00 m F i g u r a 2 Esquema da S u b - P a r c e l aJ9 3.6. P r a t i c a s Cu1 t u r a i s ~ 3.6.1. P r e p a r o do Solo e P l a n t i o 0 s o l o f o i i n i c i a l m e n t e arado a uma p r o f u n d i d a d e a p r o x i m a d a de 30cm e g r a d e a d o em d o i s s e n t i d o s . A c u l t i v a r u t i l i z a d a f o i a IPA-2, f o r n e c i d a pela Empresa de P e s q u i s a Agropecuária de Pernambuco £IPA). As se_ mentes f o r a m t r a t a d a s com Benomil . ( B e n l a t e ) na proporção de 500 mg/lOOg de s e m e n t e s .
0 p l a n t i o f o i r e a l i z a d o no d i a 04.09 .1980 , em copi_ nho de j o r n a l , lOcm de a l t u r a e 6cm de diâmetro. Para enchi_ mento dos c o p i n h o s u t i l i z o u - s e o mesmo s o l o do l o c a l do ex p e r i m e n t o , t r a t a d o com Brometo de M e t i l a para c o m b a t e r p r a gas, doenças e e r v a s d a n i n h a s . (FILGUEIRA, 1 9 7 2 ) . 0 espaça mento u t i l i z a d o f o i de 1,5m e n t r e f i l e i r a s e 0,40m e n t r e c o v a s , d e i x a n d o - s e três p l a n t a s p o r c o v a , dando uma popu1a_ çao de 50.000 p l a n t a s p o r h e c t a r e . A F i g . 3 a p r e s e n t a um mo d e l o do c o p i n h o usado p a r a o p l a n t i o do t o m a t e .
1 cm
6 cm i j
3.6.2. Adubaçõo
A adubação f o i f e i t a na cova p o r ocasião do t r a n s p l a n t i o para o l o c a l d e f i n i t i v o . Constou de NPK, sendo N f r a c i o n a d o em três aplicações» 40% no p l a n t i o d e f i n i t i v o , 30% aos t r i n t a d i a s e 3Q5S d e p o i s de 60 d i a s , apôs o trans_ p l a n t i o , r e s p e c t i v a m e n t e . Todo o fósforo e potássio f o r a m a p l i c a d o s na época do p l a n t i o . Usou-se um nível c o n s t a n t e de K para todos os t r a t a m e n t o s , 70 kg/ha de K^O, conforme r e c o mendações de SILVA ( 1 9 7 7 ) .
3.6.3. T r a t o s Fitossanitários
Os t r a t o s fitossanitários f o r a m r e a l i z a d o s de acor do com as normas empregadas na região, com c a p i n a s e a^on t o a s . Foram e f e t u a d a s pulverizações c o n t r a doenças e pragas com F o l i m a t 1.000, C u p r a v i t Azul e N e o r o n , nas dosagens re_ comendadas p e l o s p r o d u t o s , r e s p e c t i v a m e n t e .
3.6.4. C o l h e i t a
Na época da c o l h e i t a , p r o c e d e u - s e a contagem e pe sagem dos f r u t o s e x i s t e n t e s em cada u n i d a d e e x p e r i m e n t a l . Os f r u t o s f o r a m c o l h i d o s no i n i c i o da maturação, f a z e n d o - s e uma c o l h e i t a p o r semana, num t o t a l de o i t o c o l h e i t a s . Deter minaram a produção (peso dos f r u t o s ) e o número de f r u t o s ,
3.7. Irrigação
Nos p r i m e i r o s q u i n z e d i a s apÕs o t r a n s p l a n t i o das mudas, t o d a s as p a r c e l a s receberam i g u a i s q u a n t i d a d e s de água, para a s s e g u r a r m a i o r eficiência na p e r f o r m a n c e das plântulas. P o s t e r i o r m e n t e , i n i c i o u - s e a diferenciação das l a m i n a s de agua a p l i c a d a s nas p a r c e l a s . Para e v i t a r a passa gem de agua de uma s u b - p a r c e l a a o u t r a , c o n s t r u i u - s e t a i p a s ou marachas.
as frequências de irrigação e as lâminas líquida e b r u t a a a p l i c a r , em cada t r a t a m e n t o r e s p e c t i v a m e n t e , f o r a m c a l c u l a _ das a p a r t i r das características físico-hídricas do s o l o , da exigência da c u l t u r a e das condições climáticas do ambí_ e n t e , com base nas s e g u i n t e s f o r m u l a s :
Segundo recomendações de CHOUDHURY & MÎLLAR £1979},
L 1 " CC PH x Da x Pr x Ci 100
ETA
LI = Lamina líquida de reposição ( c m ) ; Lj^ = Lamina b r u t a a a p l i c a r ( c m ) ; Fr = Frequência de irrigação ( d i a s ) ; CC = Capacidade de campo (:í); PM = Ponto de murcha ( % ) ; 3 Da ~ Densidade a p a r e n t e do s o l o (g/cm } ; Pr ~ P r o f u n d i d a d e e f e t i v a do s i s t e m a r a d i c u l a r ( c m ) ; Ea = Eficiência de aplicação { % } ;
ETA = Evapotranspiração a t u a l ou r e a l da c u l t u r a (mm/dia). Ci = Critério de irrigação ( u t i l i z o u - s e 0,5 ou 509S da água consu
mida).
A n e c e s s i d a d e de agua p a r a o manejo da irrigação f o i d e f i n i d a em função dos dados de evapotranspiração p o t e n c i a i (ETP) e do c o e f i c i e n t e da c u l t u r a £Kc), segundo DQOREN BOS & PRUITT ( 1 9 7 5 ) , c o n f o r m e a equação s e g u i n t e :
Kc - m ETP
K = 0,90 (HARGREAVES, 1 9 7 4 )
ETA = Evapotranspiração a t u a ! ou r e a l da c u l t u r a
ETP = Evapotranspiração p o t e n c i a l e s t i m a d a a p a r t i r dos da dos climáticos (HARGREAVES, 1976).
Para medição das lâminas de agua f o r a m u t i l i z a d o s d i v e r s o s depósitos i g u a i s com a c a p a c i d a d e de 1 l i t r o , c o l o cados no mesmo nível do s o l o , i n s t a l a n d o duas em cada sub-pa r c e l a .
3 '
do-os para milímetros e, em s e g u i d a , s u b m e t i d o s na fórmula p a r a determinação do C o e f i c i e n t e de U n i f o r m i d a d e ( C n ) , se gundo CHRI ST IANSEN (1 924 ) .
Cn = 100 x (1 - € L L ) Mn onde:
Y = Diferença e n t r e p l u v i o m e t r i a c o i b i d a em cada um dos de pÓsitos c o l o c a d o s em superfície
Mn = P l u v i o m e t r i a media o b s e r v a d a , m u l t i p l i c a d a p e l o número de pontos de observação.
3.8, Métodos Estatísticos
As características e s t u d a d a s f o r a m p r o d u t i v i d a d e de f r u t o s ( t / h a ) e número de f r u t o s por h e c t a r e . Os dados
f o r a m s u b m e t i d o s S a n a l i s e de variância p e l o t e s t e F; a com paração e n t r e as medias r e a l i z o u - s e através do t e s t e de Tu k e y , ao nível de 5% de p r o b a b i l i d a d e . C o r r e l a c i o n o u - s e o nfj mero de f r u t o s e peso do t o m a t e , sendo a significância des_ t e c o e f i c i e n t e de correlação s i m p l e s v e r i f i c a d a p e l o t e s t e " t " , ao nível de 1% de p r o b a b i l i d a d e (GOMES , 1 9 7 8 ) .
As a n a l i s e s de variância f o r a m f e i t a s com base no s e g u i n t e modelo matemático:
Y..k = u + B i + W. + (B.W).., + Tk + ( B . T )i k + ( H . T )j k + {B.W.T)i j k
35
B.j = E f e i t o do i-ésimo b l o c o , i = 1,2, , 4.
W - = E f e i t o do j-és imo nível de umidade, j = 1,2, , 4. Tk = E f e i t o do k-ésimo t r a t a m e n t o f a t o r i a l (combinação
de H e P) , k = 1,2, 8.
( N . T ) j ^ = E f e i t o da interação nível de umidade x nível de adubação.
( B . W ) ^ + ( B . T )i k + ( B . W . T )i j k « Ei ; j k = E r r o e x p e r i m e n t a l
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
4.1. Manejo da Irrigação
0 c o e f i c i e n t e de u n i f o r m i d a d e para correção das l a m i n a s de água a p l i c a d a s ã c u l t u r a , o b t i d a s a cada i r r i g a ção f o i , em m e d i a , de 9Q%.
Na T a b e l a 3 são a p r e s e n t a d o s os dados de l a m i n a de agua t o t a l a p l i c a d a e o número de irrigações p a r a os d i f e _ r e n t e s t r a t a m e n t o s e s t u d a d o s .
TABELA 3. Lamina de agua t o t a l a p l i c a d a e numero de i r r i g a _ çÕes r e a l i z a d a s d u r a n t e o c i c l o da c u l t u r a .
Tratamen t o s Lami na de agua t o t a t a p l i cada (mm) Numero de i r r i gacÕes
W
1
1 .032,08
54
• H
923,09
54
W
3
795,62
54
w
4583,74
54
Na F i g . 4, tem-se, em forma e s q u e m á t i c a , o manejo da irrigação da área e x p e r i m e n t a l em função do tempo. Desde o t r a n s p l a n t i o a t e 15 d i a s d e p o i s , a área f o i i r r i g a d a
032,03 mm 92 3,09 mi? 795 ,62 mm 583,74 mm t o s ' t r a t a m e n t o s . 25
•
«1 = = 1 o W2 = X W3 . & W43 o
u n i f o r m e m e n t e u t i l i z a n d o r e q a d o r manual. P o s t e r i o r m e n t e , a irrigação f o i f e i t a p o r meio de l i n h a de a s p e r s o s r e s , para que f o s s e a p l i c a d o l a m i n a s d i f e r e n t e s a p a r t i r do e i x o do
a s p e r s o r . As l a m i n a s de agua no t r a t a m e n t o v a r i a r a m de 8,30 a 14,68 mm/dia, no t r a t a m e n t o de 6,44 a 12,82 mm/ d i a , no t r a t a m e n t o W3 de 5,84 a 10,85 mm/dia e no tratamen_
t o de 3,29 a 7,54 mm/dia, em função dos v a l o r e s da e va_ poração do t a n q u e c l a s s e "A". O comportamento des_ sas lâminas d'ãoua a o l i c a d a s o o r i r r i cracão d u r a n t e o c i c l o da c u l t u r a nos d i f e r e n t e s t r a t a m e n t o s , e o b s e r v a d o n a F i g . 4.
A l a m i n a t o t a l a p l i c a d a p a r a cada t r a t a m e n t o , e n c o n t r a - s e e s q u e m a t i z a d a na F i g . 5. v a r i a n d o de 1 .032 ,08
a 593,74 mm, p a r a as f a i x a s mais úmidas e mais s e c a s , r e j ; p e c t i v a m e n t e . V e r i f i c o u - s e uma a m p l i t u d e de umidade de 448,34 mm, a p r o x i m a d a m e n t e , duas vezes m a i o r do que a o b t i _ da por SILVA ( 1 9 7 8 ) t r a b a l h a n d o com Vigna s i n e n s i s . Este f a t o se e x p l i c a p e l a exigência da c u l t u r a i m p l a n t a d a .
4.2. Evapotranspiração
A evapotranspiração (ETP) f o i d e t e r m i n a d a através de um balanço c o m p l e t o de agua. Os dados de e v a p o t r a n s p i r _ a ção c o r r e s p o n d e r a m a v a l o r e s diários a p a r t i r do 159 d i a após o t r a n s p l a n t i o , período em que se i n i c i o u o c o n t r o l e c o m p l e t o dos componentes da equação hidrológica. D u r a n t e o período de 107 d i a s do balanço hídrico, a ETP f o i , em m § d i a , 9,89 mm/dia. Esses dados de ETP foram m a i o r e s do que
1100 1.032,08 923,09 E EE 900 a o \—* O. 795,62 O 700 I 1 583.74 500 W. F i o . 5. Lamina t o t a l a p l i c a d a nos d i f e r e n t e s t r a t a m e n t o s d u r a n t e o c i c l o da c u l t u r a . to