• Nenhum resultado encontrado

Atividade moduladora do treinamento moderado perante a genotoxicidade induzida pela doxorrubicina em múltiplos órgãos de ratos Wistar

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Atividade moduladora do treinamento moderado perante a genotoxicidade induzida pela doxorrubicina em múltiplos órgãos de ratos Wistar"

Copied!
65
0
0

Texto

(1)

Atividade moduladora do treinamento moderado

perante a genotoxicidade induzida pela

doxorrubicina em múltiplos órgãos de ratos

Wistar

Dissertação apresentada à

Universidade Federal de São Paulo

Campus Baixada Santista,

para obtenção do título de

Mestre em Ciências

Santos

2012

(2)

a genotoxicidade induzida pela doxorrubicina em múltiplos órgãos de ratos Wistar.

Local: Santos - SP Ano: 2012

(3)

Atividade moduladora do treinamento moderado

perante a genotoxicidade induzida pela

doxorrubicina em múltiplos órgãos de ratos

Wistar

Dissertação apresentada à

Universidade Federal de São Paulo

Campus Baixada Santista,

para obtenção do título de

Mestre em Ciências

Santos

2012

(4)

ii

Atividade moduladora do treinamento moderado perante a genotoxicidade induzida pela doxorrubicina em múltiplos órgãos de ratos Wistar / Renato de Almeida Martins. --Santos, 2012. xii, 64f.

Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de São Paulo. Campus Baixada Santista. Programa de Pós-graduação em Interdisciplinar em Ciências da Saúde

Título em inglês: Physical training modulates genotoxicity induced by doxorubicin in multiple organs of rats.

1.Treinamento físico. 2.Teste do Cometa. 3.Doxorrubicina;. 4.Genotoxicidade. 5.Ratos.

(5)

Atividade moduladora do treinamento moderado

perante a genotoxicidade induzida pela

doxorrubicina em múltiplos órgãos de ratos

Wistar

Presidente da banca: Prof. Dr. Daniel Araki Ribeiro BANCA EXAMINADORA

Prof. Dr. Rogério Dedivitis Prof. Dr. Rogério Correa Peres

Profa. Dra. Alessandra Medeiros

Profa. Dra. Andrea Cristina Peripato

Aprovada em: 13/02/2012

(6)

DEPARTAMENTO DE BIOCIÊNCIAS

Chefe do Departamento de Biociências: Prof. Dr. Odair Aguiar Jr

Coordenador do Curso de Pós-graduação: Prof. Dr. Daniel Araki Ribeiro

(7)

Dedico esse trabalho a todos os envolvidos, diretamente ou indiretamente, que tornaram possível sua realização, pois a sua contribuição, mesmo que mínima, esse trabalho não seria possível ou necessitaria de mais tempo para ser concretizado.

(8)

Agradeço ao Prof. Dr. Daniel Araki Ribeiro orientador e amigo, pela sua paciência e principalmente por ter acreditado em mim. Sempre me lembrarei dos bons momentos dentro e fora do ambiente universitário e da oportunidade que me proporcionou. Obrigado.

Ao Prof. Dr. Ronaldo Vagner Thomatieli dos Santos, co-orientador desse trabalho, que possibilitou sua realização e por toda sua ajuda oferecida.

Ao ICB (Instituo de Ciências Biomédicas) da USP que permitiu nossa entrada e que realizássemos todo o treinamento e coleta em suas dependências.

Ao aluno André Araujo Minari parceiro e amigo querido, que me ensinou como realizar o treinamento com os animais e que apesar da sua teimosia me deu um grande apoio durante vários momentos do trabalho.

A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) pelo apoio financeiro, sem essa ajuda seria muito difícil a finalização do mestrado no mesmo intervalo de tempo.

Ao meu amigos do laboratório Carolina Foot , Gustavo Jesus, Juliana Carvalho, Kelly Fernandes, Renan Pozzi, Renata Luri, Victor Hugo, que colaboraram muito com os momentos sérios e de descontração dentro e fora do laboratório.

(9)

vi

SUMÁRIO

Dedicatória ...v

Agradecimentos ...vi

Sumário ...vii

Lista de abreviatura ...ix

Lista de figuras...x Resumo ...xi 1Revisão Bibliográfica...01 1.1Referências ...13 2 Objetivo...18 3 Artigo...19 3.1 Abstract...20 3.2 Introduction...21 3.3 Methods...22 3.3.1 Animals...22 3.3.2 Exercise protocol ...23

(10)

3.3.4 Single cell gel (comet) assay...24

3.3.5 Genotoxicity data analysis ...24

3.3.6 Statistical methods ...25 vii 3.3.7 Results………....………...25 3.3.8 Discussion………...28 3.3.9 Acknowledgements ………..30 3.3.10 Conflict of Interest………...30 3.3.11 References……....………...31 4 Anexo ...34 4.1 Comitê de Ética...35 4.2 Prova do Artigo ...37

(11)

Lista de Abreviaturas

ANTS Antraciclinas

DNA Ácido desoxirribonucléico DOXO Doxorrubicina

DPM Desvio padrão da média EROS Espécies reativas de oxigênio

HSP72 Proteínas de choque térmico HSP72

IARC Agência Internacional para Pesquisa em Câncer NADPH Fosfato de dinucleotídeo de nicotinamida e adenina NFKβ Fator nuclear kappa Beta

NO Óxido nítrico OHˉ Íon hidroxila

OMS Organização Mundial de Saúde SCGE Single cell gel electrophoresis SD Grupo Doxorrubicina sedentário SS Grupo salina sedentário

(12)

TS Grupo treinado salina

VO2máx Volume de Consumo Máximo de Oxigênio

ix

Lista de Figuras

Figura 1 - Imagens dos cometas após a execução do ensaio...11

Figure 1 - Danos ao DNA em células de coração de rato ... 26

Figure 2 - Danos ao DNA em células de fígado de rato ... 27

(13)

Resumo

A doxorrubicina (DOXO) é um agente quimioterápico utilizado no tratamento de alguns tipos de câncer, a qual promove diversos efeitos colaterais, afetando múltiplos órgãos. Dentre esses, destacam-se genotoxicidade, mielossupressão, náuseas, vômitos, arritmias e cardiopatia severa. Em contrapartida, o exercício físico realizado de forma regular e com intensidade moderada é uma importante ferramenta para manter o bom estado do organismo, enfatizando melhorias nos parâmetros cardiovasculares. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade moduladora do treinamento moderado sobre a genotoxicidade induzida pela DOXO em múltiplos órgãos de ratos Wistar. Foram utilizados 20 ratos Wistar machos, distribuídos em quatro grupos: G1 - Grupo salina sedentário (SS), G2 - Grupo treinado salina (TS), G3 - Grupo DOXO sedentário (SD), G4 - Grupo DOXO treinado (TD). Os animais foram submetidos a um protocolo de treinamento físico de natação, durante nove semanas, por 60 minutos, 5 dias por semana. Após as nove semanas de treinamento, os animais dos grupos tratados (SD e TD), tiveram 15 mg/kg de cloridrato de doxorrubicina injetados, intraperitonialmente. Os grupos controle (SS e TS) receberam 1mL de solução salina. Dois dias após da administração

(14)

de seus órgãos (coração, fígado e rim), para realização do teste do cometa. Os resultados revelaram que o treinamento físico foi capaz de evitar a genotoxicidade induzida pela DOXO em células do coração. Por outro lado, o

xi

treinamento físico não impediu a genotoxicidade induzida pela DOXO em células hepáticas e renais, ou seja, sem diferenças estatisticamente significativas (p>0,05) entre os grupos. Em suma nossos, resultados revelam que o treinamento físico pode contribuir para o efeito protetor contra genotoxicidade induzida pela doxorrubicina no tecido cardíaco.

Palavra chave: Treinamento físico; Teste do Cometa; Doxorrubicina;

(15)
(16)

1 INTRODUÇÃO E REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O recente aumento nos números de casos de câncer está relacionado ao crescimento e envelhecimento populacional e aos fatores ambientais (Almeida et al., 2005). Um levantamento da Globocan em 2008, divulgado pela Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC), agência vinculada a Organização Mundial de Saúde (OMS), mostra que a maioria dos 12,7 milhões de novos casos de cânceres e as 7,6 milhões de mortes caudadas pela doença em todo o mundo ocorreram principalmente em países com índices de desenvolvimento médio e baixo, sendo que, as regiões menos desenvolvidas são as mais afetadas, tanto em termos de incidência dos novos casos de câncer (56%), quanto de mortalidade (63%) (INCA, 2010).

Os tumores mais comumente diagnosticados em todo o mundo são pulmão (1,61 milhão de casos ou 12,7% do total), mama (1,38 milhão ou 10,9%) e colorretal (1,23 milhão ou 9,7%). O câncer de próstata, pulmão, estômago, cólon e reto são os tipos mais comuns em homens; já para mulheres, o câncer de mama, colo do útero, cólon e reto, estômago e pulmão são os mais freqüentes. Devido ao seu mau prognóstico, o câncer de pulmão foi a principal causa de morte (1,31 milhões), seguido pelo câncer de estômago (780 mil óbitos) e pelo câncer de fígado (699 mil óbitos) (World Cancer Report, 2008).

No Brasil, estimou-se que para os anos de 2010 e 2011 ocorreram, aproximadamente, 489.270 novos casos de câncer. Os tipos mais incidentes são, à exceção do câncer de pele do tipo não melanoma (114 mil casos novos), cânceres de próstata (52 mil) e de pulmão (28 mil) para o sexo masculino, e os

(17)

cânceres de mama (49 mil) e do colo do útero (18 mil) para o sexo feminino. A distribuição dos novos casos de câncer segundo localização apresenta-se heterogênea nas regiões Sul e Sudeste, onde se encontram as maiores taxas, enquanto que as regiões Norte e Nordeste estão as menores, e a região Centro-Oeste apresenta um padrão intermediário (INCA, 2010).

Com relação ao tratamento, existem três tipos principais: a cirurgia, radioterapia e quimioterapia e recentemente, normalmente por meio da terapia combinada, tem-se usado a terapia de fotorradiação com derivados hematoporfirínicos e a imunoterapia (Almeida et al., 2005).

O objetivo primário da quimioterapia é destruir células neoplásicas, porém, tais drogas causam alguns efeitos colaterais a citar: náuseas, alopecia e susceptibilidade maior às infecções, pois os quimioterápicos atuam de forma não-específica lesando tanto células malignas quanto normais, principalmente células gastrointestinais, capilares e as do sistema imunológico. Após o tratamento, o corpo recupera-se gradativamente destes inconvenientes, mas mesmo assim o uso dessas drogas exige atenção para seus efeitos colaterais, sendo as vantagens confrontadas com a toxicidade na procura do melhor custo benefício (Almeida et al., 2005).

Os tratamentos de quimioterapia são realizados em múltiplos ciclos. Geralmente, cada ciclo extingue a maioria das células tumorais. Contudo, em grandes tumores, mesmo com um agente antineoplásico eficiente, corre-se o risco de não serem eliminadas a maior parte das células tumorais. Por essa razão, a precocidade no diagnóstico do tumor é essencial para um tratamento eficaz. Muitos estudos, com a combinação de diversos agentes antineoplásicos

(18)

estão sendo realizados com o objetivo de aumentar a eficiência da quimioterapia, alcançando-se resultados promissores com índices de cura de 75 a 90% em diversos tipos de câncer (Almeida et al., 2005) .

Dentre os agentes quimioterápicos utilizados para tal finalidade, estão as antraciclinas (ANTS), cuja ação reside na combinação de diferentes mecanismos, o que explica a alta eficiência desta classe de fármacos (Gewirtz, 1999; Zhang et al., 2009; Šimùnek et al., 2009). Os mecanismos propostos são: intercalação em DNA ( Fornari et al., 1996); danos no DNA por meio da inibição da topoisomerase II (Ramachandran et al., 1993); ligação e alquilação de DNA (Cullinane et al.,1994); DNA cross-linking (Skladanowski & Konopaj, 1994 a, b); interferência com o relaxamento do DNA ou separação simples do DNA e atividade helicase (Tuteja et al., 1997; Bachur et al., 1998); formação de radicais livres (Bachur et al., 1978.; Sinha,1989) com consequente dano genético e/ou peroxidação lipídica com efeitos diretos nas biomembranas (Vichi

et al., 1989; Vichi & Tritton, 1992).

A doxorrubicina (DOXO) é um antibiótico com grande efeito antraciclino, que tem sido utilizada com sucesso no tratamento das seguintes neoplasias: leucemia linfoblástica aguda, leucemia mieloblástica aguda, tumor de Wilms, sarcoma de Ewing, neuroblastoma, sarcomas dos tecidos moles e de ossos, carcinoma de mama, carcinoma de ovário, carcinoma avançado do endométrio, carcinoma das células transicionais da bexiga, carcinoma da tireóide, linfomas do tipo Hodgkin e não Hodgkin, câncer testicular refratário, carcinomas de cabeça e pescoço, carcinoma gástrico e carcinoma broncogênico (Adriblastina® RD).

(19)

Apesar de sua grande eficácia e de ser considerada como um dos quimioterápicos mais importantes no tratamento contra o câncer, seu uso clínico é limitado devido aos efeitos colaterais causados pela sua utilização. Assim, são utilizadas estratégias de dosagem para diminuir tais efeitos decorrentes do uso da droga como, a administração máxima cumulativa na dose de 550 mg/m² da área da superfície corpórea (Šimùnek et al., 2009; Adriblastina® RD). A DOXO promove diversas alterações sistêmicas, sendo os principais efeitos colaterais a instabilidade genômica, mielossupressão, náuseas, vômitos e arritmias e cardiomiopatia congestiva com severa falha da bomba do músculo cardíaco diminuindo assim, a sobrevida dos pacientes (Singal et al., 2000; Lou et al., 2004).

O risco de cardiomiopatias aumenta em doses cumulativas maiores que 550 mg/m² da área da superfície corpórea. A administração da DOXO deve ser monitorizada por eletrocardiografia, ecocardiografia e curva do pulso da carótida. É recomendada a interrupção do tratamento caso haja uma redução na voltagem da onda QRS em cerca de 30% ou ocorrer um encurtamento da fração em 5% (Šimùnek et al., 2009; Adriblastina® RD).

A DOXO em concentrações clinicamente relevantes é capaz de se intercalar com o DNA, afetando suas funções como a síntese de DNA e RNA (Buschini et al., 2003). Ocorrem rupturas de filamentos únicos e duplos, bem como troca de cromátides irmãs. Acredita-se que a cisão do DNA seja mediada pela ligação do fármaco ao DNA e topoisomerase II, que é uma proteína pertencente a família de enzimas que catalisam as reações de desenrolamento

(20)

da dupla hélice para que possa ocorrer transcrição e replicação, ação que impede o reparo genômico (Ramachandran et al., 1993).

De um modo geral, as antraciclinas (ANTS), devido o seu grupo quinona, geram radicais livres, já na presença de fosfato de dinucleotídeo de nicotinamida e adenina (NADPH), reagem com o citocromo P450 redutase, para que a forma intermediária de radicais semiquinonas, possam reagir com o oxigênio para produzir radicais de ânion superóxido. Esses oxidam as bases nitrogenadas do DNA devido a formação de peróxido de hidrogênio e radicais hidroxila (OHˉ) (Bachur et al., 1978; Sinha, 1989). A interação da DOXO com o ferro, presente no organismo, intensifica a formação de radicais livres. Além disso, as reações de transferência de elétrons intramoleculares dos intermediários semiquinonais resultam da geração de peróxido lipídico, óxido nítrico e outros radicais destrutivos (Vichi et al., 1989; Vichi & Tritton, 1992).

Acredita-se que as defesas enzimáticas, como a superóxido dismutase e a catalase, desempenham um importante papel na proteção das células contra a toxidade das ANTS, podendo ser otimizadas por antioxidantes exógenos como o α - tocofenol ou por um quelante do ferro, o dexrazoxano (antigamente denominado ICRF-187) (Zhang et al., 1996), que protege contra a cardiotoxicidade. As ANTS também podem interagir com as membranas celulares, induzindo peroxidação lipídica e, por conseguinte, alterando suas funções, o que pode desempenhar um importante papel tanto nas ações antitumorais desses fármacos quanto na sua cardiotoxicidade (Vichi et al., 1989; Vichi & Tritton, 1992; Goodman & Gilman, 1996).

(21)

A exposição de células às ANTS resulta em apoptose. Os mediadores desse processo incluem o sensor de lesão do DNA, ativação da p53 e caspases (proteases), embora a ceramida, um produto de degradação dos lipídios, e o sistema de receptor fas- ligante também estão relacionados (Kastan et al., 1991).

Devido a administração da DOXO ser intravenosa, esta causa alterações sistêmicas no organismo. Os danos causados pelos radicais livres em cardiomiócitos são os mecanismos mais bem aceitos para tentar explicar a cardiotoxicidade causada pelas ANTS. Doroshow et al., 1985 propuseram que o tecido cardíaco tem atividade antioxidante fraca, uma vez que é desprovido de catalase, e que a DOXO diminui a concentração de glutationa peroxidase. Os cardiomiócitos, são ricos em mitocôndrias que representam até 50% da sua massa, quando expostos a altos níveis de peróxido de hidrogênio originam, assim, espécies reativas de oxigênio (EROS).

No final de 1970, a primeira retrospectiva de estudos clínicos foram publicados e mostraram, de forma convincente, que as perturbações cardíacas observadas podem ser diretamente atribuídas à administração de ANTS. Nesta mesma época, foram estabelecidas as doses acumulativas das ANTS e as perturbações classificadas em quatro tipos:

1 Cardiotoxicidade "aguda", ocorre durante a administração das ANTS ou imediatamente depois, envolve hipotensão, vasodilatação e transitórios distúrbios do ritmo cardíaco.

(22)

2 Sub-crônica, cardiotoxicidade extremamente incomum, manifesta-se como uma síndrome pericardite-miocardite dentro de 1-3 dias após o tratamento. 3 Crônica antecipada, desenvolve-se em semanas ou meses, após a conclusão da quimioterapia. É caracterizada por cardiomiopatia dilatada ou, menos frequentemente, restritivas, com o desenvolvimento subsequente de disfunção ventricular esquerda, disfunção contrátil e falha cardíaca congestiva.

4 O último tipo é cardiotoxicidade "atrasada", também chamada de "crônica de início tardio", pode se manifestar décadas após a conclusão do tratamento (Šimùnek et al., 2009).

Além da dose total acumulada da droga, outros principais fatores de risco para desenvolvimento de cardiotoxicidade incluem: idade, tratamento concomitante (ou anterior) com drogas cardiotóxicas e doença cardíaca (Barry

et al., 2007).

Devido a grande utilização da DOXO para o tratamento de muitos tipos de cânceres, diversas estratégias têm sido realizadas como o intuito de prevenir e atenuar os efeitos colaterais do uso da droga, como uso de infusões lentas de antioxidantes (Doroshow et al., 1979; Quiles et al., 2002) suplementação alimentar (Borek et al., 2001; Ferreira et al., 2007) e exercício físico (Di Meo & Venditti et al., 2001; Zaldivar et al., 2006; Wonders et al., 2008; Chicco et al., 2006).

Especificamente, os benefícios do treinamento físico aeróbio sobre o sistema cardiovascular já são bem estabelecidos, como a capacidade de reduzir o risco de doença cardíaca, controle da hipertensão, proteção contra

(23)

lesões causadas pelo estresse oxidativo, diminuição nos níveis de apoptose, melhora da sensibilidade à insulina, diminuição do peso corporal, e melhora do estado de humor (Wonders et al., 2008).

O exercício físico induz a expressão de várias proteínas citoprotetoras, como as proteínas de choque térmico 72 (HSP72), e enzimas antioxidantes como a CuZn - superóxido dismutase, e a Mn - superoxide dismutase, além de modular mudanças hormonais, metabólicas, e alterações no fluxo sanguíneo periférico, devido a liberação de óxido nítrico (NO) e angiogênese (Smuder et

al., 2011; Jones et al., 2005).

Dessa maneira, o exercício físico aumenta a capacidade antioxidante do coração em condições de estresse oxidativo. Brown et al. (2003) demonstraram que ratos treinados aumentaram a expressão de sistemas antioxidantes protegendo contra isquemia e reperfusão do miocárdio, uma condição mediada em grande parte, pela liberação de EROS.

Considerando que o estresse oxidativo é o principal meio pelo qual a apoptose é ativada, um aumento do estresse oxidativo, devido a administração da DOXO, pode resultar na estimulação da apoptose do cardiomiócitos. Entretanto, o treinamento físico poderia proteger os cardiomiócitos contra apoptose, após exposição à DOXO. Embora o mecanismo exato ainda não esteja claro, é possível que o treinamento físico altere a regulação das caspases, diminuindo os índices de apoptose, regulando o sistema pró e anti-apoptótico (Wonders et al., 2008).

(24)

Evidências indicaram que corações de ratos fisicamente ativos apresentam resistência contra disfunção cardíaca, peroxidação lipídica e apoptose induzida pela exposição aguda à DOXO (Chicco et al., 2006; Ascensão et al., 2005). Da mesma forma, estudos demonstraram que a prática do exercício físico realizado de 30 a 70 % do VO2máx, por 30 a 60 minutos estimula a expressão de NO em células musculares de roedores, pela via fator de transcrição NFKΒ (Silveira et al. 2007). Contudo, quando o exercício físico é praticado em intensidades elevadas (maior que 70 % do VO2máx) pode levar a um quadro de imunodepressão, principalmente pela elevação dos hormônios contra regulatórios (Silveira et al. 2007). Nesse sentido, foi proposto que o exercício físico apresenta uma relação em “U” invertido, ou seja, quando é praticado de forma moderada prepara o organismo a se defender de vários agentes estressores, e quando praticado em intensidades elevadas promove situações imussupressoras semelhantes ao indivíduo sedentário (Zaldivar et

al., 2006).

Estudos realizados em modelo animal apontaram que o exercício físico quando praticado de forma aguda, em diferentes intensidades ou quando realizado um programa de treinamento físico moderado (50 a 70% VO2máx de 30 a 60 minutos) previne os danos cardiotóxicos da DOXO em roedores (Chicco et al., 2006).

Dentre as diferentes técnicas utilizadas para detectar danos causados por substâncias genotóxicas, a eletroforese em gel de células individualizadas (em inglês single cell gel electrophoresis, ou SCGE), também denominada de

(25)

ensaio cometa (comet assay) vem sendo utilizada com sucesso em várias espécies de organismos, inclusive em humanos (Rojas et al., 1999).

O SCGE é um método de estudo genotoxicológico altamente sensível, que avalia danos ao DNA de células individuais e possibilita quantificar quebras da fita. Possui custo relativamente baixo, rapidez, precisão e reprodutibilidade. Qualquer tipo celular pode ser avaliado, bastando que as células a serem analisadas apresentem núcleo. Uma característica importante do ensaio do cometa é a necessidade de utilização de apenas pequena quantidade de células para sua realização. O desenvolvimento da técnica se deve principalmente aos trabalhos de Östling & Johanson et al. (1984), pela metodologia de eletroforese do DNA em micro-gel; e de Singh et al. (1988), que aumentaram a sensibilidade do teste por meio do uso de solução alcalina (Tice

et al., 2000).

As células submetidas ao ensaio cometa são inseridas em gel de agarose, de baixo ponto de fusão, e dispostas em fina camada sobre lâminas histológicas previamente embebidas com agarose de ponto de fusão normal. Por meio de solução contendo detergente e alta concentração de sais, as membranas da célula, núcleo e organelas são rompidas; os componentes citoplasmáticos e proteínas nucleares são retirados; o DNA permanece altamente enrolado na presença de proteínas não-histônicas, mas quando são colocadas em uma solução alcalina (pH>13), no chamado processo de desenrolamento, o DNA começa a relaxar. A partir do processo de eletroforese, fragmentos de DNA migram no sentido do ânodo, quanto mais intensa for a indução de danos ao DNA e consequentemente quebras, menores serão os

(26)

fragmentos e maior a extensão de migração. Após coloração, observam-se as lâminas, e o DNA danificado revela-se com forma similar a de um cometa, com a cauda correspondendo aos fragmentos que migraram (Figura 1). O dano pode ser quantificado em células individuais, permitindo avaliar o potencial genotóxico de amostras ou de condições ambientais consideradas suspeitas (Tice et al., 1995).

Figura 1. Aparência de cometas após a execução do ensaio. A - célula sem dano e B - célula com danos genéticos. X40, coloração brometo de etídio.

Tradicionalmente, a coloração do material é feita com brometo de etídio e analisada por microscopia de fluorescência, tendo intensidade proporcional à quantidade de DNA presente. No entanto, essa coloração apresenta alguns fatores negativos, como ação mutagênica do corante, necessidade de equipamentos específicos para análise e curta durabilidade da coloração (Reinhardt-Poulin et al., 2000)

O ensaio cometa detecta um amplo espectro de danos no DNA (quebras nas fitas simples e duplas, sítios sensíveis a álcalis, sítios com reparação tardia) e está sendo cada vez mais utilizado como um teste de genotoxicidade in vitro e in vivo em uma grande variedade de organismos.

Comparado com ensaios de genotoxicidade comumente utilizados, as vantagens da técnica incluem: (1) sensibilidade para detectar baixos níveis de

(27)

danos no DNA, (2) exigência de pequeno número de células por amostra, (3) baixo custo; (4) facilidade de aplicação; (5) capacidade de realizar estudos usando uma quantidade relativamente pequena de substância-teste e (6) período de tempo relativamente curto (alguns dias) necessário para execução do experimento (Tice et al., 1995).

1.1 REFERÊNCIAS

Adriblastina® RD: cloridrato de doxorrubicina. São Paulo: Eurofarma Laboratórios ltda,2009. Bula de remédio.

Almeida VL, Leitão A, Reina LCB, Montanari CA, Donnici CL, Lopes MTP. Cancer e agentes antineoplásicos específicos e ciclo-celular não específicos que interagem como DNA: uma introdução. Quimica Nova 2005;28:118-129.

(28)

Ascensao A, Magalhaes J, Soares J, Ferreira R, Neuparth M, Marques F, Oliveira J, Duarte J. Endurance training attenuates doxorubicin-induced cardiac oxidative damage in mice. Int J Cardiol 2005;100:451-460.

Bachur NR, Gordon SL, Gee MV. A general mechanism for microsomal activation of quinone anticancer agents. Cancer Res 1978; 38:1745-1750.

Bachur NR, Lun L, Sun PM, Trubey CM, Elliott EE, Egorin MJ, Malkas L, Hickey R. Anthracycline antibiotic blockade of SV40 T antigen helicase action. Biochem Pharmacol 1998;55:1025-1034.

Barry E, Alvarez JA, Scully RE, Miller TL, Lipshultz SE. Anthracycline-induced cardiotoxicity: course, pathophysiology, prevention and management. Expert Opin Pharmacother 2007;8:1039-1058.

Borek C. Antioxidant health effects of aged garlic extract. J Nutr 2001;131:1010S-1015S.

Brown DA, Jew KN, Sparagna GC, Musch TI, Moore RL. Exercise training preserves coronary Xow and reduces infarct size following ischemia-reperfusion in rat heart. J Appl Physiol 2003;25:2510-2518.

Buschini A, Poli P, Rossi C. Saccharomyces cerevisiae as an eukaryotic cell model to assess cytotoxicity and genotoxicity of three anticancer anthraquinones. Mutagenesis 2003;18:25-36.

Chicco AJ, Schneider CM, Hayward R. Exercise training attenuates acute doxorubicin-induced cardiac dysfunction. J Cardiovasc Pharmacol 2006;47: 182-189.

Cullinane C, Cutts SM, Van Rosmalen A, Phillips DR. Formation of adriamycin-DNA adducts in vitro. Nucleic Acids Res 1994;22:2296-2303.

Di Meo S, Venditti P. Mitochondria in exercise-induced oxidative stress. Biol Signals Recept 2001;10:125-40.

(29)

Doroshow JH, Locker GY, Baldinger J, Myers CE. The effect of doxorubicin on hepatic and cardiac glutathione. Res Commun Chem Pathol Pharmacol 1979; 26:285-295.

Doroshow JH, Tallent C, Schechter JE. Ultrastructural features of adriamycin-induced skeletal and cardiac muscle toxicity. Am J Pathol 1985;118:288-97. Ferreira ALA, Salvadori DMF, Nascimento MCMO, Rocha NS, Correia CR, Pereira EJ, Matsubara LS, Matsubara BB, Ladeira MSP. Tomato-oleoresin supplement prevents doxorubicin-induced cardiac myocite oxidative DNA damage in rats. Mutation Research 2007;631:26-35.

Fornari - Jr FA, Jarvis WD, Grant S, Orr MS, Randolph JK, White FKH, Gewirtz DA. Growth arrest and non-apoptotic cell death associated with the suppression of c-myc expression in MCF-7 breast tumor cells following acute exposure to doxorubicin. Biochem Pharmacol 1996;51:931-940.

Gewirtz DA. A critical evaluation of the mechanisms of action proposed for the antitumor effects of the anthracycline antibiotics adriamycin and daunorubicin. Biochem Pharmacol 1999;57:727-741.

Goodman & Gilman’s. As bases farmacológicas da terapêutica. McGraw-Hill, 10ª ed. 2006. p. 1069.

INCA, estimativa 2010, incidencia de cancer no brasil; Ministério da saúde,instituto nacional de câncer (inca) praça cruz vermelha, 23 - centro 20231-130 - rio de janeiro - rj; 2010.

Jones LW, Eves ND, Courneya KS, Chiu BK, Baracos VE, Hanson J, Johnson L, Mackey JR. Effects of exercise training on antitumor efficacy of doxorubicin in MDAMB-231 breast cancer xenografts. Cli Cancer Res 2005;11:6695-6698. Kastan MB, Onyekwere O Sidransky D, Vogelstein B, Craig RW. Participation of p53 in the cellular response to DNA damage. Cancer Res 1991;51:6304-6311. Lou H, Danelisen I, Singal PK. Cytokines are not upregulated in adriamycin-induced cardiomyopathy and heart failure. J Mol Cell Cardiol 2004;36:683-690.

(30)

Ostling O, Johanson KJ. Microelectrophoretic study of radiationinduced DNA damages in individual mammalian cells. Biochem Biophys Res Commun 1984; 123:291-298.

Quiles JL, Huertas JR, Battino M, Mataix J, Ramíreztortosa MC. Antioxidant nutrients and adriamycin toxicity. Toxicology 2002;180:79-95.

Ramachandran C, Samy TSA, Huang XL, Yuan ZK, Krishan A. Doxorubicin-induced DNA breaks, topoisomerase II activity and gene expression in human melanoma cells. Biochem Pharmacol 1993;45:1367-1371.

Reinhardt-Poulin P, McLean JR, Deslauriers Y, Gorman W, Cabat S, Rouabhia M. The use of silver-stained “comets” to visualize DNA damage and repair in normal and Xeroderma pigmentosum fibroblasts after exposure to simulated solar radiation. J Photochem Photobiol B Biol 2000;71:422-425.

Rojas E, Lopez MC, Valverde M. Single cell gel electrophoresis assay: methodology and applications. J Chromat B 1999;722:225-254.

Silveira EMS, Rodrigues MF, Krause MS, Vianna DR, Almeida BS, Rossato JS, Oliveira LP Jr, Curi R, Bittencourt PIH Jr. Acute exercise stimulates macrophage function: possible role of NF-kB pathways. Cell Biochem. Funct 2007;25:63–73.

Singal PK, Li T, Kumar D, Danelisen I, Lliskovic N. Adriamycin-induced heart failure: mechanism and modulation. Mol Cell Biochem 2000;207:77-86.

Singh NP, McCoy MT, Tice RR, Schneider EL. A simple technique for quantitation of low levels of DNA damage in individual cells. Exp Cell Res 1988;175:184-191.

Šimùnek T, Štìrba M, Popelová O, Adamcová M, Hrdina R, Geršl V. Anthracycline-induced cardiotoxicity: Overview of studies examining the roles of oxidative stress and free cellular iron. Pharmacol Rep 2009;61:154-171.

Sinha BK. Free radicals in anticancer drug pharmacology. Chem Biol Interact 1989;69:293-317.

(31)

Skladanowski A, Konopa J. Interstrand DNA crosslinking induced by anthracyclines in tumour cells. Biochem Pharmacol 1994;47:2269-2278a.

Skladanowski A, Konopa J. Relevance of interstrand DNA crosslinking induced by anthracyclines for their biologic activity. Biochem Pharmacol 1994;47:2279-2287b.

Smuder AJ, Kavazis AN, Min K. Powers SK. Exercise protects against doxorubicin-induced oxidative stress and proteolysis in skeletal muscle. J Appl Physiol 2011;110:935-942.

Tice RR. The single cell gel/comet assay: A microgel electrophoretic technique for the detection of DNA damage and repair in individual cells. In: Phillips DH, Venitt S, editors. Environmental mutagenesis.Oxford: Bios Scientific Publishers 1995;315-339.

Tice RR, Agurell E, Anderson D, Burlinson B, Hartmann A, Kobayashi H, Miyamae Y, Rojas E, Ryu JC, Sasaki YF. Single cell gel/comet assay: guidelines for in vitro and in vivo genetic toxicology testing. Environ Mol Mutagen 2000;35:206-221.

Tuteja N, Phan TN, Tuteja R, Ochem A, Falaschi A. Inhibition of DNA unwinding and ATPase activities of human DNA helicase II by chemotherapeutic agents. Biochem Biophys Res Commun 1997;236:636-640.

Vichi P, Tritton TR. Protection from cell death by removal of extracellular drug. Cancer Res 1992;52:4135-4138.

Vichi P, Robison S, Tritton TR. Temperature dependence of adriamycin-induced DNA damage in L1210 cells. Cancer Res 1989;49:5575-5580.

Wonders KY, Hydock DS, Schneider CM, Hayward R. Acute exercise protects against doxorubicin cardiotoxicity Integr Cancer Ther 2008;7:147-154.

WORLD HEALTH ORGANIZATION; Cancer control programme department of chronic diseases and health promotion (chp) avenue appia 20 ch - 1211 Geneva 27 Switzerland (2005).

(32)

Zaldivar F, Wang-Rodriguez J, Nemet D, Schwindt C, Galassetti p, Mills PJ, Wilson LD, Cooper DM. Constitutive pro and anti-imflamatory cytokine and growth factor response to exercise in leucocitys. J appl physiology 2006;100:1124-1133.

Zhang J, Clark - Jr JR, Herman EH, Ferrans VJ. Doxorubicin-induced apoptosis in spontaneously hypertensive rats: differential effects in heart, kidney and intestine, and inhibition by ICRF-187.J Mol Cell Cardiol 1996;28:1931-1943. Zhang YW, Shi J, Li YJ, Wei L. Cardiomyocyte death in doxorubicin-induced cardiotoxicity. Arch Immunol Ther Exp 2009;57:435-445.

2 OBJETIVO

Avaliar a atividade moduladora do treinamento físico de intensidade moderada perante a genotoxicidade induzida pela doxorrubicina em múltiplos

(33)

órgãos de ratos Wistar por meio do teste em células individualizadas em gel de agarose (teste do cometa).

3 ARTIGO

Exercise preconditioning modulates genotoxicity induced by doxorubicin in multiple organs of rats #

(34)

Renato Almeida Martins1, André Luis Minari1, Marcelo Donizetti Chaves1,

Ronaldo Wagner Thomatieli dos Santos1, Luis Fernando Barbisan2, Daniel Araki

Ribeiro1

1Department of Biosciences, Federal University of São Paulo, (UNIFESP),

Santos, SP, Brazil, 2Department of Morphology, Paulista State University, (UNESP), Botucatu, SP, Brazil

Running head: exercise and genotoxicity Corresponding author:

Daniel A. Ribeiro, DDS, PhD Departamento de Biociências

Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP Av. Ana Costa, 95

Vila Mathias Santos - SP Brazil Zip code: 11060-001 Phone: +55 13 32218058 Fax +55 13 32232592

e-mail: daribeiro@unifesp.br, daribeiro@pesquisador.cnpq.br

# Artigo aceito para a publicação na revista “Cell Biochemistry and Function”

(35)

The aim of this study was to investigate the effects of exercise in multiple organs of rats treated with doxorubicin. Male adult Wistar rats were distributed into the following groups: sedentary + NaCl; exercise + NaCl; sedentary + doxorubicin; exercise + doxorubicin. Animals were sacrifed 2 days following injections. Central fragments from heart, liver and kidney were collected and minced in 0.9% NaCl being cellular suspensions used for the single cell gel (comet) assay. The results showed that exercise was able to prevent genotoxicity induced by doxorubicin in heart cells. By contrast, exercise was not able to prevent genotoxicity induced by doxorubicin in liver cells. The same occurred to kidney cells, i.e. no statistically significant differences (p>0.05) were found when compared to groups non-exposed to doxorubicin. Taken together, our results support the idea that exercise could contribute to the protective effect against genotoxicity induced by doxorubicin in heart cells.

Key-words: exercise; single cell gel (comet) assay; doxorubicin; DNA damage;

(36)

3.2 Introduction

Doxorubicin (DOX), an anthracycline antibiotic, is an excellent anti-tumor drug in treating several types of solid cancer, leukemia and lymphomas. Several mechanisms are considered to be responsible for the anti-tumour effects of DOX, such as: DNA synthesis inhibition; DNA binding and alkylation; DNA cross-linking; interference with DNA strand separation and helicase activity; direct membrane effects; the initiation of DNA damage via the inhibition of topoisomerase I, and free radical formation and lipid peroxidation.1

Currently, the clinical efficacy of this anti-tumor drug is greatly limited because of severe side effects, the most serious being cardiotoxicity.2

Furthermore, renal injury has been reported to occur as part of the toxic syndrome induced by DOX.3

Although improvements in cancer treatment strategies have been addressed in recent decades, DOX toxicity remains a clinical dilemma. Nowadays, there is little information regarding whether regular exercise (EXC) above a certain intensity or duration could have beneficial effects. Accumulating evidence suggests that EXC enhances oxygen consumption, in an intensity dependent fashion, which is associated with augmented generation of immediate oxidative by-products: reactive oxygen species.4 EXC-induced

increases in oxygen radical species production stimulates enzymatic and nonenzymatic antioxidant responses, especially in cases of recurrent efforts.5 In

fact, some studies have postulated that EXC training can protect the heart against DOX toxicity.5,6 However, no studies have been conducted to determine

(37)

if, and to what extent, EXC preconditioning can protect against the toxicity of DOX in multiple organs of Wistar rats. This justifies this study and others as well.

One useful method for quantifying DNA damage is the alkaline comet assay (single-cell gel electrophoresis).6 The alkaline version of the single cell gel

(comet) assay used is sensitive for a wide variety of DNA lesions. Among them are single- and double strand breaks, alkali-labile sites including abasic and incomplete repair sites, and DNA-DNA/DNA-protein/DNA-drug cross-linking in any eukaryotic cell.7 Because of its simplicity and sensitivity, the comet assay

has gained fast acceptance as a genotoxicity assay.8 Our group has

consistently demonstrated that the single cell gel (comet) assay is a useful tool for detecting DNA breaks in multiple organs and under different paradigms, such as medium-term carcinogenesis assays, acute EXC, sleep deprivation, drug abuse or even following exposure to xenobiotics present in the environment in vivo.9-12

Thus, the primary purpose of this study was to determine whether EXC preconditioning results in protection against the genotoxicity induced by DOX in multiple organs of Wistar rats.

(38)

3.3.1 Animals

The study was performed using male Wistar rats (250-350g) that were bred in the animal facility of CEDEME (Development Center of Experimental Models for Medicine and Biology). The animals were maintained under controlled conditions of temperature (23±1ºC), light-dark periods of 12-12 h, with free access to commercial diet (Nuvilab) and water. All experimental procedures were conducted according to Ethical and Practical Principles of the use of Laboratory Animals guidelines and experimental protocol was approved by the Ethical Committee of the Federal University of Sao Paulo.

3.3.2 Exercise protocol

The EXC protocol was conducted according to Gobbato et al.13 In brief,

rats were trained to swim 60 min/day, 5 days a week, with an overload of 8% body wt. during 9 weeks, in the same device where the first series of experiments took place. EXC sessions lasted 10 min on the first day of the training period and were increased by 10 min each 7 days. At the end of the 7th day the animals swam continuously for 20 min and at the end of the 14th day, they swam for 40 min. Continuous EXC (60 min) was performed from the 21st day until the end of the training period. Sedentary rats placed in shallow water at 31±1°C, 30 min, 5 days/week, were used as controls.

(39)

Twenty-four hours following the completion of the EXC training or sedentary period, animals were randomized into four experimental groups: sedentary + NaCl; EXC + NaCl; sedentary + DOX; and EXC + DOX. Sedentary + DOX and EXC + DOX groups were administered a 15 mg/kg i.p. bolus injection of DOX-HCl (Eurofarma, Campinas, Brazil). Rats in the sedentary + NaCl and EXC + NaCl groups received 1 mL injections of 0.9% sterile NaCl in lieu of DOX . All animals were sacrifed 2 days following injections.

The sacrifice was performed in a rapid procedure by decapitation. This short procedure was adopted because DNA damage due to death can occur by one hour postmortem. Central fragments from heart (a total homogenate from all chambers), liver and kidney were collected and minced in 0.9% NaCl. Cellular suspensions (~10 µl) were used for the single cell gel (comet) assay.

3.3.4 Single cell gel (comet) assay

The protocol used for heart, liver and kidney cells followed the guidelines outlined by Tice et al.7 with some modifications. Briefly, a volume of 5 μl from

cellular suspensions from heart, liver or kidney were added to 120 μl 0.5% low-melting-point agarose at 37°C, layered onto a pre-coated slide with 1.5% regular agarose, and covered with a coverslip. Prior to electrophoresis, the slides were left in alkaline buffer (pH>13) for 20 min, and then electrophoresed for another 20 min at 0.7 V/cm, and 300 mA. After electrophoresis, the slides were neutralized in 0.4 M Tris-HCl (pH 7.5), fixed in absolute ethanol, and stored until analysis on a fluorescent microscope at 400× magnification.

(40)

3.3.5 Genotoxicity data analysis

A total of 50 randomly captured comets per animal (25 cells from each slide)14 were examined blindly by one expert observer at 400× magnification

using a fluorescent microscope (Olympus). The microscope was connected through a black and white camera to an image analysis system (Comet Assay II, Perceptive Instruments, Suffolk, Haverhill, UK) calibrated previously according to the manufacturer’s instructions. The computerized image analysis system acquires images, computes the integrated intensity profiles for each cell, estimates the comet cell components, and then evaluates the range of derived parameters. Undamaged cells have an intact nucleus without a tail, whereas damaged cells have the appearance of a comet. To measure DNA damage, two image analysis system parameters were considered: tail intensity (% migrated DNA) and tail moment (the product of the tail length and the fraction of DNA in the comet tail).16 Tail moment is a virtual measure calculated by the

computerized image analysis system considering both the length of DNA migration in the comet tail and the tail intensity. This parameter is one of the best indices of induced DNA damage among the various parameters calculated by this method. Since none of the groups showed significant differences between these parameters, we chose tail intensity for the presentation of the results.

(41)

3.3.6 Statistical methods

The results obtained in the single cell gel (comet) assay were evaluated statistically with the Kruskal-Wallis non-parametric test followed by the post-hoc Dunn’s test using Sigma Stat for Windows (Jadel Scientific, USA). Values are expressed as mean ± SD. The level of significance was set at p< 0.05.

3.3.7 Results

In this study, we were able to evaluate genetic damage induced by DOX in rats submitted to EXC preconditioning in vivo. Statistically significant differences (p<0.05) in DNA damage were found in heart cells of rats treated with DOX when compared to group non-exposed to anti-tumoral drug (figure 1). Nevertheless, EXC was able to prevent genotoxicity induced by DOX in heart cells. EXC alone did not induce genetic damage.

(42)

Figure 1. DNA damage expressed as the mean % tail DNA in rat heart cells

following exposure to DOX and EXC. G1 - sedentary + NaCl; G2 - EXC + NaCl; G3 - sedentary + DOX; G4 EXC + DOX. Values are expressed as Mean + S.D. *p<0.05 when compared to negative control; ** p<0.05 when compared to G3 ( positive control).

By contrast, EXC was not able to prevent genotoxicity induced by DOX in liver cells. The same occurred to kidney cells, i.e. no significant statistically differences (p>0.05) were found when compared to groups non-exposed to DOX. Such findings are shown in Figure 2 and Figure 3. Throughout this study, no animals died during the experiment.

Figure 2. DNA damage expressed as the mean % tail DNA in rat liver cells

following exposure to DOX and EXC. G1 - sedentary + NaCl; G2 - EXC + NaCl; G3 - sedentary + DOX; G4 EXC + DOX. Values are expressed as Mean + S.D. *p<0.05 when compared to negative control.

(43)

Figure 3. DNA damage expressed as the mean % tail DNA in rat kidney cells

following exposure to DOX and EXC. G1 - sedentary + NaCl; G2 - EXC + NaCl; G3 - sedentary + DOX; G4 EXC + DOX. Values are expressed as Mean + S.D. *p<0.05 when compared to negative control.

3.3.8 Discussion

The aim of this study was to evaluate protective effects of EXC preconditioning against genotoxicity induced by DOX over different target organs. The investigation was conducted using the single cell gel (comet) assay. To the best of our knowledge, the approach has not been addressed before.

On the basis of tail intensity data, the results of this study displayed that the alkaline single cell gel (comet) assay in the experimental conditions used, was able to detect the presence of DNA damage on heart cells in rats injected

(44)

with DOX. Several mechanisms are likely responsible for DOX induced cardiac dysfunction dysfunction including impaired calcium handling,15 alterations in

cardiac contractile proteins,16 impaired mitochondrial respiration5. A large body

of work has been completed indicating that DOX cardiotoxicity is initiated by oxidative stress.17

EXC was able to decrease DNA damage induced by genotoxin. Our results are fully in agreement with previous studies investigating the utility of EXC preconditioning in alleviating the cardiotoxicity of DOX.18,19 Probably,

attenuations in cardiac MDA and caspase activities support our hypothesis that EXC training protects against cardiac oxidative stress and the accompanying upregulation of apoptotic pathways. EXC training has been shown to protect the heart against oxidative stress by increasing glutathione and upregulating cardiac copper/zinc-superoxide dismutase, manganese-superoxide dismutase, catalase, and glutathione peroxidase activities, and protein expression.20 These

EXC-induced increases in the antioxidant status of the heart have been shown by others to be beneficial under conditions of oxidative stress as far as to prevent genetic damage on cardiomyocytes.

According to the in vivo single cell gel (comet) assay guidelines,7 it is

recommended to analyze cells from liver, since it is a main organ for metabolism. Our results demonstrated that EXC was not also able to prevent DNA breakage induced by DOX on liver cells. As these findings are novel and the underlying mechanisms are still unknown, it is difficult to satisfactorily explain these observations. Independent of a biological mechanism involved in this phenomenon, it seems that liver is a non-sensitive organ closely involved to

(45)

EXC. However, it is not clear how EXC is able to exert these biological actions in this metabolic organ since the development of tumours in target cells depends not only on the initial levels of induced DNA damage and its repair, but also on other contributing factors including the production of reactive metabolites, their distribution, and their effect on cell proliferation.21 In this

context, genotoxicity tests do not always reflect carcinogenicity. Furthermore, in vitro and in vivo genotoxicity tests detect compounds that induce genetic damage directly or indirectly by various mechanisms. Nevertheless, no single test is capable of detecting all genotoxic agents. Thus, for a more detailed judgment on the genotoxic potential of EXC and DOX on liver cells, a battery of tests is feasible.

To further elucidate the possible outcomes of acute EXC on kidney exposed to DOX, we were able to evaluate the genotoxicity in this organ as well. Our results revealed that this condition was not able to exert any protective effects in this experimental design. This is important to stress that the single cell gel (comet) assay does not necessarily predict the mutagenic potential of chemical; moreover, the genotoxicity of EXC can be modulated in combination with other DNA-damaging agents that are present in the cell. This could explain our results found.

In summary, our results suggest that EXC could contribute to the protective effect against genotoxicity induced by DOX in heart cells of rats. However, this suggestions should be verified by further investigation.

(46)

3.3.9 Acknowledgements

This study was supported by CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnologico, Grant number: 561357/2008-0) and CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). DAR is a recipient of fellowship from CNPq. RAM is a recipient of fellowship from CAPES.

3.3.10 Conflict of Interest

(47)

3.3.11 References

Gewirtz DA. A critical evaluation of the mechanisms of action proposed for the

antitumor effects of the anthracycline antibiotics adriamycin and daunorubicin. Biochem Pharmacol 1999;57:727-41.

Lefrak EA, Pitha J, Rosenhein S, Gottieb JA. A clinicopathologicanalysis of adriamycin cardiotoxicity. Cancer 1973;32:302-314.

Burke Jr, Lauciu JF, Brodvsky HS, Soriano RZ. Doxorubicin hydrochloride-associated renal failure. Arch InternMed 1977;137:385-389.

Davies KJ, Quintanilha AT, Brooks GA, Packer L. Free radicals and tissue damage produced by exercise. Biochem Biophy Res Commun 1982;107:1198-1205.

Ascensao A, Magalhaes J, Soares J, Ferreira R, Neuparth M, Marques F, Oliveira J, Duarte J. Endurance training attenuate doxorubicin-induced cardiac oxidative damage in mice. Int J Cardiol 2005;100:451-460.

Wonders KY, Hydock DS, Greufe S, Schneider CM, Hayward R. Endurance exercise training preserves cardiac function in rats receiving DOX and the HER-2 inhibitor GW2974. Cancer Chemother Pharmacol 2009;64:1105-1113.

Tice RR, Agurell E, Anderson D, et al. Single cell gel/comet assay: guidelines for in vitro and in vivo genetic toxicology testing. Environ Mol Mutagen 2000;35:206-221.

Kassie F, Parzefall W, Knasmuller S. Single cell gel electrophoresis assay: a new technique for human biomonitoring studies. Mutat Res 2000;463:13-31.

(48)

Alvarenga T, Andersen ML, Ribeiro DA, et al. Single exposure to cocaine or ecstasy induces DNA damage in brain and other organs of mice. Addict Biol 2010;15:96-99.

Andersen ML, Ribeiro DA, Bergamaschi CT, et al. Distinct effects of acute and chronic sleep loss on DNA damage in rats. Prog Neuropsychopharmacol Biol Psychiatry 2009;33:562-567.

Pozzi R, Rosa JC, Eguchi R, Oller do Nascimento CM, Oyama LM, Aguiar O Jr, Chaves MD, Ribeiro DA. Genetic damage in multiple organs of acutely

EXCd rats. Cell Biochem Funct 2010;28:632-6.

Fracalossi AC, Comparini L, Funabashi K, Godoy C, Iwamura ES, Nascimento FD, Nader HB, Oshima CT, Ribeiro DA. Ras gene mutation is not related

to tumour invasion during rat tongue carcinogenesis induced by 4-nitroquinoline 1-oxide. J Oral Pathol Med 2011;40:325-33.

Gobatto CA, de Mello MA, Sibuya CY, de Azevedo JR, dos Santos LA, Kokubun E. Maximal lactate steady state in rats submitted to swimming

exercise. Comp Biochem Physiol A Mol Integr Physiol 2001;130:21-7.

Hartmann A, Agurell E, Beevers C, et al. 4th International Comet Assay Workshop. Recommendations for conducting the in vivo alkaline Comet assay. Mutagenesis 2003;18:45-51.

Arai M, Tomaru K, Takizawa T, Sekiguchi K, Yokoyama T, Suzuki T, Nagai R. Sarcoplasmic reticulum genes are selectively down-regulated in cardiomyopathy produced by doxorubicin in rabbits. J Mol Cell Cardiol 1998;30:243-254.

(49)

de Beer EL, Bottone AE, van Rijk MC, van der Velden J, Voest EE. Dexrazoxane pre-treatment protects skinned rat cardiac trabeculae against delayed doxorubicin-induced impairment of crossbridge kinetics. Br J Pharmacol 2002;135:1707-1714.

Kobayashi N, Delano FA, Schmid-Schonbein GW. Oxidative stress promotes endothelial cell apoptosis and loss of microvessels in the spontaneously hypertensive rats. Arterioscler Thromb Vasc Biol 2005;25:2114-2121.

Chicco AJ, Schneider CM, Hayward R. Voluntary EXC protects against acute doxorubicin cardiotoxicity in the isolated perfused rat heart. Am J Physiol Regul Integr Comp Physiol 2005;289:R424-R431.

Hydock DS, Lien CY, Schneider CM, Hayward R. Exercise preconditioning protects against doxorubicin-induced cardiac dysfunction. Med Sci Sports Exerc 2008;40:808-817.

Powers SK, Criswell D, Lawler J, Martin D, Lieu FK, Ji LL, Herb RA. Rigorous exercise training increases superoxide dismutase activity in ventricular myocardium. Am J Physiol 1993;265:H2094-H2098.

Sasaki YF, Kawaguchi S, Kamaya A, Ohshita M, Kabasawa K, Iwama K. The comet assay with 8 mouse organs: results with 39 currently used food additives. Mutat Res 2002;519:103-119.

(50)

4 ANEXOS

(51)
(52)
(53)
(54)
(55)
(56)
(57)
(58)
(59)
(60)
(61)
(62)
(63)
(64)
(65)

Referências

Documentos relacionados

Este projeto apresentado como trabalho de conclusão do curso (TCC) e descreve o ensaio sobre a construção da Revista PITACO!!, que teve início em meados de 2011, pelos

Sendo assim, fui convidada(o) a participar da pesquisa, sendo registrada por meio de uma entrevista, aceitando a gravação audiovisual de alguns encontros e concordando com

Deve ser apresentada na seguinte seqüência: Corpo do texto com, no máximo oito páginas, seguindo as normas para Artigo Científico; apresentação inicial (Título, Resumo, Termos

73 Figura 49 - Comportamento do coeficiente de atrito em função do tempo do par Si3N4-Al2O3 lubrificado a água durante os primeiros 600 segundos de deslizamento para os ensaios

Ao mesmo tempo, pretende-se dar destaque às pesquisas que vêm sendo realizadas pelo projeto “Tradução de Letras de Canção da Música Popular Brasileira e da Música Popular

Este trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade do uso da casca do cacau como matéria-prima para a produção de bioetanol, por meio da determinação da

Estes dois períodos podem ser ilustrados com os homens primitivos inicialmente elaborando seus instrumentos e passando a comungar gregariamente suas invenções

A bacia hidrográfica do rio Paraguaçu foi escolhida, no ano de 2002, como área piloto para o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNMA II) no estado da Bahia, por