HERNIORRAFIA
INGUINAL
BILATERAL
VIDEOLAPAROSCÓPICA
\
I
Trabalho
apresentado
à Universidade
Federal
de Santa
Catarina,para a
conclusão
do
Curso
de
Graduação
em
Medicina.
/
X Florianópolis
Universidade Federal
de Santa Catalina
HERNIORRAF
Trabalho
apresentado à Universidade
Federal de
Santa
Catarina,para
a
conclusão
do Curso
de
Graduação
em
Medicina.
Presidente
do
Colegiado: Prof. Dr.Edson
José
Cardoso
Orientador:
Prof.Dr.
Ricardo
BaratieriFlorianópolis
Universidade Federal de Santa Catarina
2004
IA
INGUINAL
BILATERAL VIDEOLAPAROSCÓPICA
D
DDDD
as
DDDDD
D
Da
Dr
D
C
DD
DD
03750501 Í la É Í lí Í Í I 1 Í Í { Í )Schinko, Femando Bonetto. -
Herniorrafia ínguinal bilaterl videolaparoscópica/Femando Bonetto Schinko - Florianópolis, 2004. ` `
36p.
Monografia (Trabalho de Conclusão de Curso) - Universidade Federal de
Santa Catarina - Curso de Graduação
em
Medicina.Aos meus
pais,Hamilton
Bonetto Schinko e Soniza Tereza Bonetto Schinko,pelo amor, apoio, dedicação e
confiança
depositados nesses anosde
convivência.A
Raquel
Grasel, pelocompanheirismo
e cumplicidadenos
momentos
que mais
necessitei.
A
Ao meu
avô,Waldemar
Schlichting, peloexemplo de
vida.Ao
Dr. Ricardo Baratieri,meu
orientador,que
tanto ajudouem
minha
formação
profissional ao longo dos anos
do
curso.Ao
Dr.Tiago
Onzi,que além de
tudo, semostrou
amigo,me
ajudandona
confecção deste trabalho.
Aos meus
amigos,que
deram
suportea
mais essa conquista (Cleyton, Rodrigo,Cristiano).
A
toda atunna
MED
982, vocês são especiais.2
SUMARY
3
INTRODUÇÃO
3.1 3.2 3.3 3.4 3.5 3.6 3.7 3.8 3.(VIDEOLAPAROSCÓPICA)
DEFINIÇÕES
LOCAIS
DE
HERNIAÇÃO
sINAIs
E
sINTO1vIAs
EPIDEMIOLOGIA
ETIOLOGIA
HISTÓRICO
DO TRATAMENTO
DAS HÉRNIAS
CLASSIFICAÇÃO
DE
NYIIUS
TÉCNICA
'
8.1
ANATOMIA
POSTERIOR
DA
REGIÃO
INGUINAL
3.8.2
TÉCNICA
TAPP
4
5
6
7
8
9
10
OBJETIVO
MÉTODO
RESULTADOS
DISCUSSAO
CONCLUSÃO
NORIWAS
ADOTADAS
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1
RESUMO
Objetivo: analisar a técnica Trans
Abdominal
Pré-peritonieal(TAPP)
paraa
correçãode
hérnias inguinais bilateraiscom
basena
literatura disponível.Método: 36
pacientescom
hérnias inguinais bilateraisforam submetidos à
técnicaTAPP
no
períodode
2000 -
2003. Seus resultadosforam
analisados quantoao
sexo, idade, faixa etária, pré-operatório, intercorrências cirúrgicas, associação a outros procedimentos,tempo
de
intemação e sua relaçãocom
a idade eacompanhamento
pós-operatório.Resultados: a amostra consiste
de 36
pacientesdo
sexo masculino(100%)
com
média
de
idadede
53,6 anos (24-7 8),23
(64%)
seencontravam
na
faixade
20 - 60
anos e 13(36%)
tinham
mais de
60
anos. 10(28%)
pacientes apresentavam-seno
pré-operatóriocom
algum
tipo de patologia
(HAS,
comprometimento
cardíaco,2
ou
mais,TB,
HIV). 12(33%)
cirurgiastiveram associação
com
outro procedimento (hérnia umbilical, varizes,2
ou
mais, vasectomia,RTU,
hemorroidectomia). 5(14%)
pacientesreceberam
alta hospitalarem
menos
de
24h.26
(72%)
pacientes tiveram alta entre24
e48h
e 5(14%)
tiveram alta após48
h, destes,em
4
(80%) o motivo
do
maior
períodode
intemação foi o pós-operatóriodo
outroprocedimento
feito
em
associação a herniorrafia inguinal. gO* período
de
intemação foi diretamente proporcional àmédia de
idade dos grupos.O
acompanhamentopós-operatório
foide
29,7 diasem
média.O
índicede
recorrênciafoi
de
1,35%
(1 recidivaem
72
hérnias).Conclusão:
a
técnicaTAPP
se apresenta efetivano
estudode
curto prazo parao
2
SUMMARY
Objectives: to analyse the Trans
Abdominal
Pré Peritoneal(TAPP)
technique forbilateral inguinal herniorraphy, based
on
the available literature data.Methods: 36
patients with bilateralhemias underwent
theTAPP
techfrom
2000
to2003.
The
resultswere
analysed for sex, age, preoperative time, associated procedures,hospital stay and its relation vvith age
and
postoperative course.Results: the
group
consisted in36 male
(100%)
patients with an average ageof
53,6years (range 24-78), twenty-three
(64%) were between
20
to60
years and 13(36%)
had
more
then
60
years.Ten (28%)
had
some
kindof
preoperative_disease.Twelve (33%)
procedureswere
associated with another operations. Five(14%)
went
home
last than 24h.Twenty-sex
(72%)
lefl the hospitalbetween
24h
to48h
and
5(14%)
stayed in the hospital formore
than48h. In this group,
4
(80%)
the reason for the bigger time in the hospitalwas
the associated procedure.Hospital staying
was
proportional to the average age in the groups.The
average follow-upwas
29,7 days. In seventy-two hemias, 14(19%)
presentedpostoperative complications.
The
recurrence ratewas
1,35%
(1 recurrence in72
hemias). Conclusion:TAPP
technique is effective in short-term study to treat inguinal bilateral3
INTRODUÇÃO
3.1
DEFINIÇÕES
Hérnia é
definida
como
a protrusãode
uma
víscera atravésde
aberturana
parededa
cavidade
em
que
ela está contidal.Ao
nível anatômico, os pontos importantesde
uma
hemiação
são o oriflcio herniário eo saco herniáiio.
O
orificio é o defeitona
camada
aponeuróticamais
intemado
abdome
e osaco herniário é a
formação de
uma
bolsa a partirdo
peritônio.O
tamanho
da
hérnia édeterminado pela
dimensão
do
colo e pelovolume
do
saco distendidol.A
hérnia é redutívelquando a
víscera protrusapode
ser recolocadano
abdome,
eirredutivel
quando
issonão
pode
ser feito.A
palavra encarceramento é freqüentementeempregada
em
ralação à hérniaA
hérnia encarceradanada mais
éque
uma
hémia
irredutívell.
Uma
hérnia estrangulada 'é aquelaem
que a
vascularizaçãoda
víscera protrusa estácomprometida,
usualmenteno
colo.O
estrangulamento ocorremais
provavelmenteem
hérnias
que
têm
pequenos
orificios e sacos relativamente volumosos.O
estrangulamentosempre
é grave, até fatal, sendoa
principal razão parao
reparoda
hérnial.A
manipulação manual, necessária para reduzir as vísceras contidasem
um
sacohemiário é conhecida
como
taxel.A
região inguinal éum
triângulo, limitadomedialmente
pelaborda extema do
músculo
reto abdominal, abaixo pela prega inguinal(uma
linhaque
vaida
espinha ilíacaântero-superior até o púbis) e
acima por
uma
linhaque une
as duas espinhas ilíacas ântero-superiores.
As
hérnias aí contidas sãochamadas hémias
inguinaisz.As
hémias
inguinaispodem
ser diretasou
indiretas.O
sacode
uma
hérnia inguinalindireta passa obliquamente
no
sentidodo
escrotol.O
sacode
uma
hémia
inguinal direta faz protrusão orientada para fora e para diantel.Muitas vezes é impossível distinguir, clinicamente, a hérnia inguinal direta
da
indireta.A
diferenciaçãodepende da
relaçãodo
defeito herniáriocom
a
artéria epigástrica profunda.Nas
hémias
indiretas 7o
defeito é lateral a esta, e nashémias
diretas 7 o defeito se encontra3.2
LOCAIS
DE
HERNIAÇÃO
As
hémias da
paredeabdominal somente ocorrem
em
áreasonde
aaponeurose
ea
fáscia estão desprovidas
do
suporte protetorda
musculatura estriada.Sem
uma
forçade
contraposição, as áreas aponeuróticas desnudas estão sujeitas as forças de pressão intra-
abdominal, proporcionando os sítios, caso elas se deteriorem
ou
contenham
anormalidadesanatômicasl. '
Os
sítioscomuns
de herniação são,por
conseguinte, a região inguinal, a cicatrizumbilical, a linha Alba, a linha semilunar
de
Spieghel,o
diafragma e as incisões cirúrgicasl.3.3
SINAIS
E
SINTOMAS
As
hérnias sintomáticasproduzem
uma
grande variedade de desconfortosinespecíficos, relacionados ao conteúdo
do
saco eà
pressãodo
saco sobre os tecidosadjacentes.
As
dores produzidas pela hérnia sãosempre mais
intensasno
finaldo
dia,sendo
aliviadasà
noite,quando o
paciente se deita e ahémia
sofre reduçãol.A
maioria das hérnias se desenvolvede
modo
insidioso,porém
algumas,em
especialaquela
em
pacientes nos quaisa
compensação
éuma
possibilidade, são precipitadaspor
um
único evento
muscular
vigorosol.As
hémias
sãode
fácil diagnóstico aoexame
fisico.De
maneira
típica,um
sacoherniário,
com
seu conteúdo,aumenta
e transmiteum
impulso palpávelquando o
paciente tosseou
faz força.Em
geral,o
pacientedeve permanecer
em
pé
durante oexame,
pois é impossivel palparcom
certezauma
hémia
inguinal reduzidaquando o
paciente estáem
posição supinal.
O
estrangulamentoproduz
dor intensa, rapidamente seguidapor
sensibilidade eobstrução intestinal,
além de
sinais e sintomas de sepse.Uma
hémia
estrangulada,em
contraste
com
a irredutível,não aumenta
nem
transmite rechaçoquando
o paciente tosse.A
taxe
de
uma
hérnia estrangulada está contra-indicadaquando
se acreditaque há
sepseou
que
o conteúdo
do
saco herniário está gangrenado.As
hémias
estranguladaspodem
produzir,nos
homens,
o estrangulamento concomitantedo
cordão espermático edo
testiculol.Em
geral, todas as hérniasdevem
ser reparadas,a
menos
que
as condições locaisou
3.4
EPIDEMIOLOGIA
A
virilha éuma
das áreasde
debilidade naturalna
parede abdominal, constituindono
sítio
mais
comum
de
herniaçãol.Anualmente
são realizadas cercade 500.000
cirurgias paraa
correçãode
hérniasinguinais nos
EUA4
e200.000
na
Alemanhas.A
prevalência estimada é de3%
da
população.A
distribuição por sexo encontraa
proporção de
25
homens
para l mulherl.Nos
homens,
ashémias
indiretascorrespondem
a68%,
enquantoque
as diretas representam32%. Nas
mulheres,poroutro
lado, as diretas sãouma
raridadez.Quanto
ao lado,aproximadamente
50%
se localizam à direita, cercade
30%
à
esquerda e
20%
são bilateraisz.Dividindo-se 'pela idade
do
diagnóstico temos,em
relação às indiretas,13,5%
abaixode
20
anos,69%
dos20
aos60
anos e17,5%
acima
dos60
anos.No
tocante às diretas,menos
de
1%
ocorrem
antes dos20
anos, sobrando praticamente70%
dos20
aos60
anos e30%
acima de 60
anosz.3.5
ETIOLOGIA
As
hérniaspodem
ser congênitasou
adquiridasl.O
fator etiológico mais importante é a congenicidade1”6.Os
testículos seformam
na
cavidadeabdominal
emigram
parao
escrotopassando
através
do
canal inguinal carregando junto o peritônio eo m.
transversodo abdome, que vão
formar
a túnicav@al2.
Essa comunicação
se fechanormalmente
no
1°. anode
vida.O
não fechamento
mantém
o
conduto aberto proporcionando o deslizamentode
vísceras,que
sob a açãode
forças específicas, vão
ocupar
o canal inguinal, e atéo
escroto, caracterizandoa
hérniaingmnzl
manera?
Nas
hérnias inguinais diretas,o
fator congênitotambém
é importante,na
implantaçãoe disposição dos
músculos
abdominais, criando Luna áreaque
impõe
uma
menor
resistênciaà
A
forçada
gravidadena
posição eretapromove
a
herniaçãopor
estirara
musculaturaexpondo
a virilhal.Outros fatores relevantes são o estresse fisico
da
pressão intra-abdominal, tabagismo,envelhecimento e as doenças
do
tecido conjuntivoque
acabam
por
favorecera
herniaçãodiminuindo
a
resistênciada
parede muscularl.3.6
HISTÓRICO
DOTRATAMENTO
DAS HÉRNIAS
Os
primeiros relatos sobrehémias
remontam
os primórdiosda
históriada
cirurgia.Assunto de
fascínio dos cirurgiões a evoluçãodo
tratamento cirúrgico das hérnias retratao
avanço
da
própria cirurgiacomo
ciência.Os
Egípcios já tinham conhecimentoda
suaexistência
em
1552
a.c.6. ~O
desenvolvimentodo
mundo
ocidental, baseadana
ciênciada
cultura grega fazcom
que o
conhecimentomédico
avançassea
passos largos. Hipócrates,o
paida
medicina, deixouvários estudos
com
descrições anatômicas aprofundadas e técnicas cirúrgicas elaboradasmas,
surpreendentemente, apenas citações sobre
hémias
foram
observadasem
seus textos,possivelmente devido a perda dos papéis originaisó.
Com
as conquistas subseqüentesde
Alexandre,O
Grande, o conhecimento se transferea
Alexandria e posteriormente paraRoma
no
Império.Médicos
Romanos
famosos
como
Galeno
e Celsusfazem
descrições detalhadasda
anatomia e das cirurgias para correção dashérniasõ.
Na
Idade Média, conhecidacomo
a
era negrada
ciência,a
medicinado
ocidente erabaseada no empirismo
ena
crençada
cura divina.A
cirurgia era exercidapor
barbeirosignorantes e iletrados e se
comparada
com
a eraGreco-Romana
era primitiva e retrograda,nessa
época
a rotinada
cirurgiade
hérnia era caracterizada pelo sacrificiodo
testículo ao sefechar o colo
da
hérniacom
nós apertados.A
primeiraobra
cirúrgica racional surgeno
séculoIX
d.c.do maior
cirurgiãomouro
da
época, Albucasis.As
fagulhasda
ciênciaestavam
despertando
de
seusono
eno
século XII acontecea
criaçãoda
primeira universidadeda
Europa
retomando
o ensinamento formalda
medicina.Aqui
temos
o primeiro autor,William
de
Solicet, desde Celsus a rejeitar a mutilação testicular para as cirurgiasda
hémia,vislumbramos
um
novo tempo
da Medicina retomando
às suas origens e seembasando no
Na
Renascença
(séculoXV
~
XVII) o
avançoda
cirurgia é notável ea
correçãoda
hérnia
ganha
papel de destaque nas publicaçõesde
Arnbroise Paréque
elevouo
statusda
profissão
de
uma
habilidademanual
sem
reputação auma
respeitável arte. Foi elequem
idealizou os cintos para contenção das hérniasó.
Também
é nesse períodoque
ashémias
são classificadasem
direta e indiretapor
Kaspar
Stromayr, eque
Pierre Franco descreve técnicas paraa
cirurgiada
hérniaestranguladañ. -
A
partirdo
séculoXVIII
podemos
observar os primeiros passosdo
método
modemo
para
a
correção das hérniascom
importantes contribuiçõesde
Antonio Scarpa, Astley PastonCooper,
o
primeiroa
descrevero
ligamentoque
levao
seunome
ea
fáscia transversalcom
0
total reconhecimento
do
seu papelna
patogênese das hérnias, eAugust
Gottlieb Richter, responsável por grandes publicações sobreo
temaó.A
evolução continua eno
séculoXIX
a
cirurgiada
hérnia sofre grandesmudanças
através das
mãos
de
cirurgiões hábeiscomo
Bassini,que
inova ao criaruma
técnicaque
consiste
em
ligar e ressecar o saco herniário seguidoda
reconstruçãodo
assoalhodo
canal inguinalusando o
tendão conjunto ea
fáscia transversalis.Sua
publicação chegaum
mês
a
frente
de
Halsted,um
dos maiores cirurgiõesde
sua época,que
havia criadouma
técnicamuito
semelhanteõ.Em
1887
e 1892, são publicadaspor
Marcy
as primeiras descriçõesdo
método
transperitoneal para a correção das hémiasõ.
Já
no
séculoXX,
McVay
introduz e difunde ouso do
ligamento deCooper
paraa
fixação
dos pontosem
sua técnica6.A
partir de então a correção cirúrgica das hérnias avança a passos largos.À
técnicade
Bassini são agregadas importantes
modificações
com
o
adventoda
anestesia.Na
década de
60
é apresentada a técnica canadense de Shouldice e
em
1989,com
Lichtenstein,o
reparo livrede
tensão (tension free)onde
uma
prótesede
polipropileno éusada
na
reconstruçãodo
assoalhodo
canal inguinal, obtendo excelentes resultados,tomando-se a
partirde
entãoo
método
de
escolha para o tratamento dashémias não
complicadasó.Apesar
do
sucesso dessas novas manobras, as situações mais complicadas careciamde
um
método
efetivo, através deste questionamento,Nyhus
propõe
que
sejatomada
a
via pré-peritoneal para essas correções dificeis, sendo sua técnica
usada
largamentepor
muitosParalelamente, a cirurgia sofria
uma
revoluçãocom
o adventoda
videolaparoscopia.Mouret,
em
1987, realizoua
primeira colecistectomia videolaparoscópica,obtendo
sucessoem
demonstrar vantagens significativas destemétodo
em
relação à cirurgia aberta,a
saber,diminuição
da
dor pós-operatória, reduçãono tempo
de pennanência
hospitalar,melhor
resultado estético e
retomo
precoce ao trabalho e às atividades habituais4.Sendo
a hérnia inguinala
patologia cirúrgicamais
comuml,
essanova
tecnologia foilogo incorporada ao arsenal de tratamentos disponíveis.
Ger
foio
pioneiroao
indicara
possibilidade
do
usoda
videolaparoscopia para o tratamento das hémias7 .Seu
experimentoem
cães descreveo
fechamentodo
colodo
saco hemiáriopor
clipsde
metal utilizando-sede
um
instrumento especialmente desenvolvido para essefim
(Hemiostat®).No
acompanhamento
dos casos,Ger percebeu que quando
osgrampos
eram
bem
colocados, se"escondiam"
sob o peritônio e desapareciamde
vista,porém
se colocados superficialmente,migravam
resultandoem
um
fechamento defeituoso.Nesse
estudonão houve
nenhuma
complicação pós- operatória4' 8 .
Através desta pesquisa
Ger
e colenumeraram
as potenciais vantagensdo
tratamentovideolaparoscópico para as hérnias: (1) ferimentos puntiformes ao invés das incisões
comuns,
(2) necessidade
de
menor
dissecação, (3)menor
risco de lesãodo
cordão espennático ede
orquite isquêmica, (4)
menor
riscode
lesãoda
bexiga, (5)menor
incidência de neuralgias, (6)_menor
desconforto pós-operatório, (7)menor tempo
de recuperação, (8) possibilidadede
reparo simultâneo ao diagnóstico trans-operatório, (9) possibilidade
de
procederao
tratamentode hémias
inguinais bilateraisem
mn
sótempo
cin'1rgico4” 8.Em
1989, Bogojavalensky apresentouuma
opção
de tratamento parahémias
inguinais.Preencher o saco herniário
com
um
tampão de
polipropileno seguidodo
fechamentodo
anelinguinal
profundo
com
sutura4.No
ano seguinte,Popp
relatao
usode
uma
peça de
dura-máter suturada ao peritôniocom
categute e presa atravésde
nós extracorpóreos.Ao
analisar a situação, considerouo
reparo laparoscópico
um
meio
possível,mas
expressou preocupação quanto aodesenvolvimento
de
aderências intra-abdominais, terminando por sugerirque o
reforçodeveria ser colocado pré-peritonia1mente4.
Em
1991, Schultz e col. publicaramum
estudocom
a
primeira sériede
pacientessubmetidos a
herniorrafia videolaparoscópica.Em
um
totalde 20
pacientes, o peritônio foipolipropileno neste e, posterionnente,
o
anel inguinalprofimdo
era recobertocom
tela atravésdo grampeamento da
mesma,
técnica conhecidacomo
"plugand
patch". Inicialmente estemétodo
rendeubons
resultados,mas
com
uma
taxa altade
recorrência tardia, seus autoresacabaram por
abandona-la4.A
videolaparoscopia representavaum
avançoenorme
no
campo
da
cirurgia,mas
seriaa hérnia
um
campo
onde
estemétodo
não
poderia ser utilizado?Seguindo
estequestionamento
Salemo,
Fitzgibbons e Filipi apresentaram os resultadosde
um
estudoque
seiniciara
em
1990, procurando encontrar amelhor
técnica videolaparoscópica parao
tratamento das hérnias inguinais. Utilizando porcos
como
modelo, colocaram
uma
telaretangular
de
polipropilenona
parede abdominal, cobrindocompletamente
o defeitono
anel inguinal intemo.A
tela foi, então, presa ao peritônio.A
essa técnicachamaram
"Intra PeritonealOnlay
Mesh
(IPOM)".
No
acompanhamento
de 6 semanas
parecia sruma
maneira
promissora
de
tratamento4' 9.Dessa
forma, acreditou-se ser omomento
de
tentar essa técnicaem
humanos,
mas
o
que
foi observado éque
ela resolvia apenas alguns casos equando
aplicadaem
hérnias diretasou
grandes hérnias indiretas a tela sofria migração, pois estavafixada
somente
no
peritônio.Analisando os resultados, postulou-se a
fixação da
telana
paredemuscular
eque
esta deveriaser através
de
uma
via extra-peritoneal.Assim
foi desenvolvida a técnica"Trans
Abdominal
Pré Peritoneal(TAPP)"
onde
se entrana
cavidade peritoneal e atravésde
Luna incisãono
peritônio
uma
tela éfixada
na
paredemuscular
eem
seguidao
peritônio é suturado,impedindo o
contato das víscerascom
a
tela diminuindoo
número
de
aderências4. '.
Mais
recente ié a descriçãoda
técnica "Totally Extra Peritoneal(TEP)", que
sediferencia
da
anterior apenasno
fato deque
nesta o acesso sedá
sem
a perfuraçãodo
peútôfúä.O
desenvolvimento dessas técnicas elevoua
videolaparoscopia à condiçãode
tratamento efetivo
na
correção das hérnias inguinais rivalizando as técnicas consagradas(abertas),
sendo
hojeuma
boa
opção
para o tratamento dashémias
bilaterais e recidivadas 5” 1°'3.7
CLASSIFICAÇÃO
DE
NYHUS
Várias técnicas cirúrgicas
foram
apresentadas ao longo dos tempos,mas
qual delas eraa mais indicada para
a
situaçãode cada
paciente? Este é o questionamentode
qualquercirurgião.
Tentando
responder a essa pergunta,Nyhus
idealizou essa classificaçãoque
levaem
consideração a etiologia,a complexidade
eo
graude
dificuldade para a sua correçãoõ.>
Tipo
I:comuns
em
criançasou
adultos jovens.São
decorrentesda permanência
da
comunicação
do
conduto
peritônio-vaginal.São
hérnias inguinais indiretasonde
o anel inguinalprofundo
eo
assoalhodo
canal inguinalnão sofrem
destruição.
>
Tipo
II: sãohémias
inguinais indiretasque
protnmdem
além
do
anel inguinalsuperficial
mas
não
chegam
ao escroto. Estão associadas auma
dilataçãodo
anel inguinalprofundo
sem, contudo, urna destruiçãodo
assoalhodo
canal.>
Tipo
III: estão subdivididas -em 3 situações,que
têm
em
comum
a destruiçãodo
assoalhodo
canal inguinal, são elas:IIIA: são hérnias inguinais diretas
onde
a protrusão das víscerasnão
ocorre através
do
canal inguinal,mas
sim
atravésde
uma
fraquezada
parede abdominal.T
IIIB: neste caso as hérnias são indiretas
com
uma
grande dilataçãodo
anel inguinal profundo, associada a destruição
do
assoalhodo
canalinguinal,
o
que
permite ao conteúdodo
saco hemiário atingiro
escroto. IIIC: consiste nas hérnias femorais.>
Tipo
IV: são todas as hérniasque
sofreram recidiva, possuindouma
maior
morbidade
e acarretandoum
maior
graude
dificuldade ao cirurgião.Nos
tiposIH
eIV
seencontram
as principais indicações paraa
correção vídeo- laparoscópicaõ.3.8
TÉCNICA
3.8.1
Anatomia
PosteriorDa
Região
Inguinal (Videolaparoscópica)Todas
as técnicas de hernioirafia laparoscópicasrequerem
um
profundo conhecimento
da
anatomia posteriordo
canal inguinalõ.Inicialmente
devem
ser identificados os ligamentos umbilicais ea
bexigaAs
pregasumbilicais são pontos
de
referência úteisna
orientaçãodo
cirurgião, elas -têmorigem nos
vasos ilíacos intemos e aponta para o
umbigo.
A
prega umbilical lateralcontém
os vasosepigástricos inferiores,
que
são referênciana
diferenciação trans-operatória entrehémias
diretas (medialmente) e indiretas (laterahnente)6.
›Depois
que
os ligamentos umbilicaisforam
identificados, o cirurgiãodeve
procurarpelo anel inguinal proftmdo,
um
orificio localizadono
ponto de encontro dos vasosespermáticos
com
o canal deferente.Os
vasos espermáticostêm
uma
disposição látero-mediale são visíveis através
do
peritônio.O
canal deferente cursamedialmente
sobre a pelve atéo
anel inguinal
profundo
onde
se junta aos vasos espermáticos para formaro
cordãoespermático, o conteúdo
do
canal inguinal noshomens
(nas mulheres é o ligamentoredondo
do
útero)6.Figura 1
-
Anatomia da parede abdomianal posterior”.A
regiãocompreendida
entre os vasos espermáticos eo
canal deferente é conhecidacomo
"Triângulode
DOOM"
econtém
os vasos ilíacos externos. Esta áreamerece
atençãoredobrada
do
cirurgião, pois suamanipulação
representa potencial riscode
complicações".Ao
dissecaro
peritônio, outras estruturas são expostas.O
tubéreulopúbico
estáescondido pela gordura pré-peritoneal,
mas pode
ser palpadocom
um
instrumentode
ponta
rornba e corresponde
ao ponto de
inserçãodo
trato íleopúbico eo
ligamentode Cooper,
importantes estruturas para
a fixação
da
tela".Os
nervos localizados nesta área sãoo
n. cutâneo femoral lateral e osramos
gaiitale
femoral
do
n. genitofemoral,numa
regiãode
perigo localizada lateralmente aos vasosespermáticos conhecida
como
"Trianguloda Dor" ou "Zona
de
perigo elétrico", devidoao
Figura2 -Representação do Triângulo de
Doom
e do Triângulo daDor1°.3.s.z
TÉCNICA TAPP
O
paciente é colocadoem
posiçãode
Trendelemburg, ea
seguir, ésubmetido
a
anestesia geral.
O
cirurgião se localizado
lado opostoao
da
hérniade maior volume,
que
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1
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â¿¿››f<lÍ1'°- sã) ;§×›zy*“'-“fz-,\~ °'i\fz.§~‹›,~z`.'Í2‹a2~‹- *¡~<2%.›z$>'”\*'›-ía-'é-L'-Z=zš§~ :f-â % fil ‹¿;\›Íl«,» =*;.;-;è=~›'^:ä-'<‹ . ._ *'š.1¢\zk%fl'“~%"-#“~4~ë$¬É¡¿§¬›<¡..'§f..›"'~¡.`#&1fi뛬ʡÊ%«g§?*l§;>§§E1* .ff › 5*\Y.¿›
;z us-I . l * › *ir 2 .fr - -x._:“››« _ --››1¬.1§,.-zw» ›› « vw»-:= z~‹ .^ ››;‹»'íf> fêz-.-;-~ ~<Í*‹f<-”~¬»1§f=§*-?1ã«~›¡»'.fi='!^z: ¢â‹ w g _» Vcšfz- u ~ . n. V* . ' . '- » z
.,, ,_ z z.,_1Ê›;:»›§z›ë¿¿§â‹à¡@à.¬à\1&z«'¡,z>_~ .¿_.z.»'m,.šÊ š-fue: :.fi,›,~‹›f:fl=-'=‹›1›z'z*.z~‹ ›~.%zznâz. «.¿Zf‹¬¡¢\«\‹z,>.,.›ëf¢¬=*:૬‹*›%1»»»*',¡›§,*afz›¿%,*¿'oÊ1~ ,.‹ê×,%.=í\:i5. ›.z âzfmšà fã* .1 fl* fil
'“‹'~.- = . ' .`â,^'-.*šf:z«=›=.¢‹-~« l H- 'Â-¬“=-ølz Yâš.-‹-fz!.'â.a<*“f-z‹ê*f-mâéz'-mz: «Q fr-“-*z-Sã*'>'-fflšáa.-#^'> l ' » *,$1z~.\~› ~~f^- _- .. =._Y'*>ëS§^**~ ~» ” f, `" *”* _ ~* š; .l 1 . _ * _ .~ ‹ H* “ J. ú *éáâ “Hi
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«z * .: ^°* âä* “ ' “ ' ' ' " “ "`.;‹ A-A › \ ff. . . ~`: 2.- ,zm > ' '“ $;‹', ;.:z _. ._ _ u .,-_::-.›_, *_ _;';~¬›\ V z.. ;» zw; “1- ×~ . ›* › -1-'‹.. _- -1. , 'P ?*;"~_ -._z . Az, ›'z_ _;='^_-«¿‹; _ -_ƒ‹.«' l ~¿,^__ --*_v=.›¬1,~z_.`¡.§\?_›_¡_ -H ‹-E -:3 '_." \ ‹ ._ _ __.‹w..~;`.‹._›___f‹'; z » ., - ~- ' "H ~ 1 __ _ nz :im ›. , U ‹ ._~= *¶>¿«««~\à ‹ ' 3-4, 57? wíš aii* 4; '~ ». \ il af M 1- H >-‹.~u- .\ âzfxêái ,Ê1 là __ .\_..h ,‹n_ ..; _. ‹., 3 E., , . _ V ,‹ ,_n_¿L'.-3' ¡.___ ~ .. íšfi ' *É .~.»‹'‹‹z M- gm ' . ~ í¬.
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zz. z ø Ê?? fiä É É / 3)-VFAtravés
de
umapequena
incisão -napele
da
refio
umbilicalé
introduzidauma
agulhade
Veress, induzindoum
pneumopcritôniocom
pressãode 14
mmHg
Utilizandoa
mesma
incisão,
após
o
estabelecimentodo
pneumoperitônio, é colocadoum
trocatapara
o
acessovisual através se
uma
câmera
com
óticade 30
°.Dois
trocateresde 12
mm
são, então,introduzidos
sob
controle visual,um
de cada
ladoda
cicaniz umbilicalna
mesma
linhaO
peritônioda
região inguinal é incisadocom
tesoura elélxica iniciandoacima
do
anel inguinal profundo, estendendomedialmente
atéo
ligamento umbilical mediale
lateralmenteaté
a
espinha iliaca Ântero-superiorõ.Figura 4
-
incisão no peritôniopma
acesso da cavidade pré-peritonialls.O
ligamento pectineo éidenfificado
e,em
casode
hémia
indireta,o
saco hemiárioé
dissecado e separado
dos
elementosdo
cordão, os quais são parietalizados. Issoimediatamente revela
o
tendão conjunto eo
aspecto posteriordo
músculo
retoabdominal
do
lado
da
hérnia,o
qualdeve
tera
gordura retiradasuavemente para
facilitara fixação
da
O
ligammto
inguinaltambém
é visualizadomas nenhum
grampo de
fixaçäo deve
ser inserido abaixo destepor
causada
presençados
vasos iliacos externosmedialmente
edos
nervos genitofemoral e cutâneo lateral
da
coxa
lateralmente. Pelamesma
razão,não deve
serusada
tesoura elétrica nesta região.Com
uma
hérnia direta,o
peritônio ésimplesmente
dissecado
dos
elementosdo
cordão eda
fáscia transversalõ.Figura7-Posiçãofinaldaprótesenoespaçopré-peritonealmornatençãodadaasáreasderiscolfi.
O
orificio músculo-pectineo é então coberto pela próteseo
qualdeve
ser preferencialmentede
polipropilmo. Este materialtem
a vantagem de
semanter
em
posiçãoalém de
pemúúf
e
visualização, atreve; dele,de
pzzzeúeà
quel sezàfixzúe
e
ie1e°.O
tamanho
é importante,uma
prótesemuito
pequena
tem
um
riscomaior
de
recorrência.
É
recomendada
urna telade 10-12
cm
X
10-12
cm
A
próteseé
fixada no
ligamento pectineo,
na borda
posteriordo
músculo
retoabdominal
eno
tendão conjunto,normalmente
atravésde
grampos,mas
ocasionalmentepode
ser feita atravésde
sutura infia-abdominal. Ela
pode
ser colocada atrásdo
cordão espermáticoou
incisada para permitira sua
orificios inguino-femorais, incluindo
o
anel inguinalprofimdo,
a
fossa inguinalmédia
eo
zznzú fzm‹›za1°.
0
peritônio é então fechado objelivando isolara
prótese,podendo
ser feitocom
grampos
ou
mesmo oom
sutura. Estefechamento
é auxiliado pela reduçãoda
pressãodo
pneumoperitônio para
9 nm1Hg°.
Terminado o
fechamentodo
peritônio, repete-seo
mesmo
procedimento
do
ladooposto,
a
partirda
aberturado
peritônio até seu fechamento, contendoa
colocaçãoda
prótesede
polipropileno.O
pneumoperitônio é, então, evacuado, e os oriflcios são suturadosõ.4
OBJETIVOS
Este trabalho
tem
como
objetivo analisar o usoda
técnicaTAPP
como
um
método
efetivo para a correção das hérnias inguinais bilaterais
no
curto prazoem
cirurgiasvideolaparoscópicas ao
comparar
os resultados obtidosem
nossomeio
com
a
literatura disponível.s
MÉTODOS
Este trabalho consiste
em um
estudo retrospectivo, baseadono
prontuáriodos
pacientes
que foram
submetidosa hemiorrafia
inguinal bilateral videolaparoscópica, pela técnica"Trans Abdominal
Pré Peritoneal(TAPP)"
entre o ano de2000
e2003 operados por
um
único cirurgião.Durante 0 período
2000-2002
os pacientesforam
operadosno
Hospitalde
Caridade ea
partir de agosto de
2002
todosforam
operadosna
Clínica Ultralitho.O
acompanhamento
dos casos foide
29
diasem
média Foram
analisadospor
sexo,idade, faixas etárias dos pacientes, quanto ao pré-operatório, intercorrências cirúrgicas,
associação a outros procedimentos,
tempo
de
intemação e sua relaçãocom
a
idade eacompanhamento
pós-operatório.Os
dados
colhidosforam
analisados tendocomo
basea
literatura e expostosem
6
RESULTADOS
Foram
analisados os resultadosde 36
hemiorrafias inguinais bilaterais pela técnicaTAPP
realizadas pelomesmo
cirurgião.A
amostragem
consiste inteiramentepor homens,
com
idade variandode
24
a78
anosno
momento
da
cirurgia.TABELA
I- Dados
demográficos
relativos aos pacientes.Dados
demográficos
N
Sexo
Masculino
36
(100%)
IdadeMédia
5 3,6 anos Variação24 -
78
anosFonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.
Ao
considerara
faixa etáriaem
que
os pacientesestavam
inseridos, foi constatadoque
23
se localizavamna
faixa dos20
aos60
anos,o
restante, 13,possuíam
61 anosou
mais.GRÁFICO
I-
Distribuiçãodos
pacientes pela faixa etária36%
64%
|l20
a
60
anos
Imais
de
60anos
I
No
pré-operatório,26
pacientesnão
apresentaram qualquer anonnalidade.10
pacientes
sofiiam
de
doenças crônicas,a
sua distribuição é apresentadana
Tabela II.GRÁFICO
II-
Distribuição dos pacientessegundo
o
pré-operatório28%
72%
'I Pre-operatorlo normal
I
Comprometimento pre-operatorloI
Fonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.
TABELA
II-
Distribuição das anormalidades encontradasno
pré-operatório.Comprometimento
N
Porcentagem
(%)
Coração
2
5,5HAS
2
5,52
ou +
4
11TB
1 2,7HIV
1 2,7Fonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.
Nenhuma
intercorrência cirúrgica foi assinalada, aliás,não
foiincomum
a
associaçãocom
outros procedimentos.Em
12momentos
houve a
concomitânciacom
outras cirurgias.24
GRÁFICO
111-
Distribuiçãodos
pacientes quantoa
associaçãode
procedimentosIlsem
associaçao
Icom
assoclaçao
|
Fonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.
TABELA
111-
Procedimentos associados às cirurgias videolaparoscópicas.Tipo de
procedimento
N
Porcentagem
(%)
Hérnia Umbilical
4
11 Varizes 1 2,72
ou
mais2
5,5Vasectomia
1 2,7RTU
3 8,3Hemorriodectomia
l 2,7Fonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.
O
tempo
de
internação dos pacientes foi divididoem
3 grupos, sendoobservado
que
5pacientes obtiveram alta hospitalar
em
mmos
de
24
h,26
receberam
alta entre24
e48 h
eGRÁFICO
IV -
Distribuição dos pacientes quanto aotempo
de
internação|nmemsae24n
¡24z4a|¬
mâ¡âae4ah|
Fonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.
TABELA
IV
- Relação entre idade etempo
de
intemação.Tempo
de
intemação
Idade
Média
Variaeão
_
Menos
de 24
h
47,6a
37
-
60
a24
a48
h
52,6a
24
-
74
aMais de
48 h
64,6a
50
-
78
aF
onte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.Nos
pacientesque receberam
altaem
menos
de
24
h, todos seencontravam
na
faixado
20
a
60
anos.Nos
5que permaneceram no
hospitalpor
maisde 48
h,somente
I delesnão
seencontrava
acima dos 60
anos.Em
4
deleso
tempo
de
intemação foi prolongado devido aoGRÁFICO
V
-
Motivo do
período prolongadode
internação.`z‹m
lidade Ioutro procedimento
Fonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Uliralitho Centro Médico.
O
acompanhamento
pós-operatório foi iniciado imediatamente apósa
cirurgia,durandoumamédia
de
29,7 dias, variandode0
a7
meses (210
dias).11 pacientes
não
retornaram à consultade
controle e llnão
apresentaram complicações.Em
14 pacientesforam
observadas complicações pós-operatórias, divididasconforme
a
TABELA
VI.TABELA
V
-
Tempo
de
acompanhamento
pós-operatório.Tempo
de
acompanhamento
pós-operatórioMédia
Variação29,7 dias
0
~
7meses (210
dias)Fonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.
Isem
complicaçoes31% 31%
Ioom
complicacoesInão retomaram
38%
Fonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.
TABELA
VI -
Complicações
pós-operatórias apresentadas pelos pacientes.Tipo
de
complicação
N
Porcentagem
(%)
Dor
+
Edema
Inguinal4
1 1Dor
Testicular 3 8,3TVP
1 2,7Seroma
5 13,9Recidiva 1 2,7
Hematoma
l 2,7Fonte: Arquivo Médico do Hospital de Caridade. Arquivo Médico da Ultralitho Centro Médico.
* obs:
Um
paciente apresentouDor +
Edema
Inguinal eSeroma,
sendo consideradas7
DiscUssÃo
No
início dos anos 90,a
introduçãoda
cirurgia endoscópica levou o tratamentocirúrgico das hérnias a ser reconsideradon.
Esta
nova
tecnologia proporcionou grandes beneficios aos seus pacientes,sendo
osmais significativos,
no
tocante às hémias,menor
dor pós-operatória,retomo
precoce àsatividades,
mínimo
trauma
tecidual,melhor
resultado estético e possibilidadede
tratamento deehémme
mgmmúe
biizúemieem
um
úmee
tempo
emifgiee”= “ÍOutro
potencial beneficio neste sentido éo
fato apontadopor
McCloud
e col. 19que
22
%
dos pacientescom
diagnóstico pré-operatóriode
hérnia inguinal unilateral apresentamum
defeito
na
parede contralateral..
Mesmo
assim,a
maioria,77,9%,
dos diretores dos hospitais europeustêm
receioquanto ao uso
da
cirurgia endoscópica,uma
vez'que o
método
"gold standard" parao
tratamento das
hémias
via aberta éum
método
confiável ecom
baixo índicede
complicações”.O
principalargumento
contrário à cirurgia videolaparoscópica das hérnias inguinais éque
ao se induzir o paciente auma
anestesia geral se transformauma
pequena
cirurgiaem
uma
grande operação, associa-se, ainda,a
possibilidadede
injúrias intra-abdominaisde
vísceras e vasos,
o que
setoma
muito
mais dificilde
ocorrerem uma
cirurgia aberta, o seumaior
custo e a necessidadede
um
períodomaior de
treinamenton' 12' 2°” 21'A
cirurgia de correção das hérnias éum
dos procedimentos maiscomuns
no
mtmdo,
eencontra
uma
prevalênciade
3%
da
populaçãomundial acometendo
pessoas principalmenteem
seu períodomais
produtivo, oque
representaum
importante fator sócio-econômico.Sendo
assim, o custo deste procedimento
deve
sercuidadosamente
avaliadol' 2' 5.Ao
considerarmosos gastos
com
anestesia, material e a curva de aprendizado,o
'procedimentovideolaparoscópico excede
em
muito
às técnicas abertas,mas
em
se analisandoo
períodomais
curtode permanência no
hospital,menor
períodode
convalescença,menor tempo
de
afastamento
do
traballio emenor
índicede
recidivas, essa diferença diminui bastanteu' 13' 18.As
hérnias inguinais bilateraistêm
uma
tendência aaumentar
a sua freqüênciacom
o
. . . . , .
avançar
da
idade, ocorrendoem
suaimensa
maioriaem
homens
.A
nossa casiusticaencontrou
uma
média de
idade e distribuiçãopor
sexo semelhante àda
literaturaA
faixa etáriaem
que
o paciente se encontra foi divididaem
dois grupos, até os60
um
achado de
64%
dentro destemeio
estáde
acordocom
as análises estatísticasde
epidemiologia já apresentadas neste estudo, e outro,
com
pacientesacima
dos60
anos.Através dessa colocação
pudemos
evidenciar a importância sócio-econômicado problema
em
questão,
uma
vezque
issopode
ser traduzidoem
afastamentodo emprego
emaior
períodode
intemação.
As
vantagensdo
método
videolaparoscópicovêm
de encontro a essasnecessidades
uma
vezque
proporciona,como
já citado,um
menor
períodode
convalescença,um
menor
períodode
intemação hospitalar eretomo
precoce às atividades profissionais.O
pré-operatório dos pacientes representaum
potencial riscoà
sua integridade durantea
cirurgia.A
necessidadede
anestesia geral seacompanha
de possíveis complicaçõesinerentes ao procedimento, e
a
análise pré-operatóriatem
a
finalidadede
quantifica:o
risco aoque
o paciente sesubmete
durante a indução anestésica.A
literatura classificao procedimento
videolaparoscópico
como
seguro, sendobem
toleradoem
um
cenáriode
hospital-dia,que
encontra sua limitação
no
índicede
ASA,
uma
escalaque
quantificao
risco anestésicode
um
paciente”.
p
Em
nosso estudo28%
dos pacientes apresentaramalgum comprometimento
pré-operatório dos mais variados, apresentados
na Tabela
II,o
que não
contra indicou a cirurgia,bem
como
não
foram
evidenciadas complicações intra-operatórias, e até outros procedimentosforam
efetuados, videTabela
III,em
concomitânciacom
a hemiorrafia
videolaparoscópicaem
33
%
dos casos, vindo a corroborar aboa
tolerabilidadedo
procedimento.Diversas são as complicações trans-operatórias citadas
na
literatura,compreendendo
lesão
de
vasos e vísceras. Estas são observadascom
mais freqüência nas primeiras cirurgiasempregadas,
dado
à curvade
aprendizadoque
requerum
período prolongado parao domínio
da
técnica.Os
trabalhos presentesna
literatura apresentamuma
queda
expressivana
quantidade
de
complicações àmedida que o
cirurgiãoganha
experiênciano
procedimento,totalizando
em
porcentagem de
menos
de1%
das correções associadasa
alguma
intercorrência cirúrgicau” 14” 18' 22.
Em
nosso trabalho,não
houve
intercorrência intra-operatória, provavelmente por
que
o "n
"
em
questão representauma
fração pequena, eque
ao se considerar runmaior
número
de
pacientesna
pesquisa a tendência é de se encontrar valores semelhantes aosda
literaturaSendo a
cirurgia videolaparoscópicabem
tolerada inclusivepor
pacientesem
idadeavançada, tratar este procedimento
como
cirurgia ambulatorialem
regime de hospital-dia oferece o confortoda
alta precoce ao paciente,além
de baratear o custoda
cirurgia.Outro
ponto
a ser considerado, ao se analisar a alta hospitalar precoce, éque
a recuperação pós-operatória
do
paciente éextremamente
favorável,uma
vezque o
períodode
intemaçãopor
menos
de 48
h
é apresentado por diversos autoresm” 11' 12” 19” 2°* 21.Nossa
pesquisa apresenta86
%
dos pacientescom
alta hospitalarem
até48
h, indode
encontro aos resultados apresentados
na
literatura.Observamos,
ainda,um
aumento da
média
de
idade diretamente relacionadoa
um
maior
períodode
intemação. Acreditamos, ao analisaro
gráfico
V,que
isso sedeveu
ao desenvolvimentode comorbidades
pelo indivíduo idosoque
requerem
também
tratamento cirúrgico,como
a idade, por si só,não
tem
valor prognóstico”,é este outro procedimento o responsável pelo período prolongado
de
intemação.No
acompanhamento
pós-operatórioque
realizamos, obtivemosuma
média
de
29,7dias
(aproximadamente
1 mês),o que
representauma
pesquisa de curto prazo,que
como
Tschudi e col.
U
secompara
aos primeiros trabalhos escritos,confirmando
que a
terapiavideolaparoscópica está associada
com
menor
dor pós-operatóiia e recuperação precoce.O
estudo
de
longo prazo nos pacientesnão
foi efetuado,mas
setoma
uma
importante área parapesquisas futuras,
uma
vezque
diversas complicações inerentes ao processoTAPP
continuam
a surgirmesmo
após2
anosde acompanhamentos”
1°' U” 12' 18' 2°.Nenhum
procedimento cirúrgico é isentode
riscos, cabe ao cirurgiãonão poupar
esforços para toma-los
cada
vezmenos
freqüenteszlsA
herniorrafia inguinalvideolaparoscópica consiste
em
um
método
que
demanda
uma
curva de aprendizado superiora
50
procedimentosu' 22. Diversos trabalhos apresentam índicesde
complicações pós-operatórias entre 5 e
28%, mas
todosconcordam que
os primeiros procedimentoscomportam
os maiores índices
de
nesse quesito eque
àmedida
que o
cirurgiãoganha
experiência estesíndices
aizmnuemll
“› “*› 2* 23.Em
nosso trabalho encontramos38%
de
complicações pós-operatórias, oque
representa
uma
quantidademuito
superior aodemonstrado na
literatura,mas
isso sedeve à
maneira de
efetuaro
cálculo,uma
vezque
nos ativemos aonúmero
de pacientes enão
aonúmero
de
hérnias.Dessa
fonna, ao considerarmoso
número
de
hérniasque
éo
dobro
do
n,temos
um
resultado de19%, ficando
dentroda
faixa estipulada pelos trabalhos.Mesmo
assim,nossos índices ainda se