FATIMA MEW GERALD LE GRAND
ESTUDOS
BIOMf:TRICOS
EM
Syiuia atricapillaE
Erithacus rubecuiaNOS
A<;:ORES
UNIVERSIDADE DOS A~ORES PONTA DELGADA . 1984
ESTUDO
S
BIOM
!l.
TRICOS
EM
Sylvia
at
ricapilla
E
Erithacus
rubecula
N
OS A
<;:
ORES
ABSTRACT PO' FATIMA MELO•
Gt:RALO LE GRANDMorpho1ogical parameters for sexual dimorphism and inter and intra Island variation on Sylvia
atri-capiUa and Erithacus rubecula (Azorean bird species) of two Islands, were Quantified.
iNDICE
1. Introdu~o
2. Material e Melodos
3. Tratamento estaUstico de todas as medidas ~eduadas 3.1. &specie Sylvia alricopillo
3.1.1. M.edidas do tarso, da asa. da cauda e do bico
(com-primentll, largura e espes.c;ura) 3.1.2. Forma da asa (primanas)
3.1.3. Emargina~o 3.1.4. POllia da &sa
3.1.5. Jndice volumetrioo do bico
FATIMA MI!:LO e G-1:RALD LI!: GRAND
3.2. Es~cies Sylvia atricapiUa e Erithacus rubecula
3.2.1. Medidas do taroo, da asa, da causa e do bieo (com· primento. iari\ll"a e espessura)
3.2.2. Forma cia asa 3.2..3. Emargina~ao
3.2.4. Ponta da asa
3.2.5. Indiee volumHrico do bieo 4. Conclusoes
4.1. Sylvia atricapilla 4.2. Erithacus Tubecula
4.3. Sylvia atricapilla e Erithacus rubecula 4.4. Discussao
TABELAS
QUADROS BIiBLIOGRAFlA
1. . INTRODUCAO
o
objectiv~ deste trabalhoe
estudar a biometria de avesa~oreanas.
As hip6teses de trabalho' foram :
1. verificar a existencia ou nao de dimorfismo sexua·l no interior de uma espeeie;
2. verificar ou nao difereD!;as intraespecificas em ilhas diferentes ;
3. quanlificar diferencas morfo16gicas eritre duas especies diferentes numa mesma ilha.
A especie Sylvia atricapilla (S.a.), escolhida . arbitraria-mente, foi 0 objeoto das duas primeiras hlp6teses. Pertence
a duas pO'pula~6es, uma que habita a ilha de sao Miguel e outra que habita a ilha de Santa Mania.
ESTUDOS BIOllU:TRICOS EM B)I/"'o OIN:opillo E BfllhGcu, ",b(culo
Para corroborar a terceira hipotese comparou~se a especie
S.a. de sao Miguel com a especie Eritha.cus rubecula (E.<r.),
da mesma ilha. Tambem se compararam morfologIcamente as popula~5es de E.r, de Sao Miguel e de Santa Maria. Esco-lheu-se esta ultima especie porque vive nos mesmos meios flores.tais de S.a. (Sao Miguel) e por possuir em oomum com esta, hflhitos insectivoros.
2 .. MATERIAL E METODOS
Mediram-se 151 especimes adultos de S.a. (Sao
Migue'l-43 fe-meas e 39 machos; Santa Maria - 34 femeas e 35 machos)
e 82 especimes adultos de E.r, (sao Miguel-70; Santa Maria
-12). Todos os especimes foram capturados em redes japonesas (Spencer, R. -1972 «The ringer's manual.» B.T.O.). Enquanoo os de Sao MigUel foram capturados em 2 anos, os de Santa Ma-ria foram capturados durante 2 visitas. Os especimes de
sao Miguel foram medidos vivos, ao passo que os de Santa
Ma-ria foram-no congelados. Os metodos utilizados para as men-sura~aes foram:
TARSO ~ distAncia entre a parte posterior da articulacao tibio --lArsica e a erlremidade da llltima e~AmA completa do tarso. situada anteriormente a divergencia dos dedos.
COMPRIMENTD DA ASA - distancia compreendida entre a jW1caO carpal e a ext.remidade da primflria mais longa, medida com a asa fechada. Madiu-se 0 c'omprimento maximo (Svenson.
1975) .
OAUDA - distAncia compreendlda entre a base do par central de
rectrizes e a ertremidade da rectriz mais longa.
COMPRIMENTO DO rueD - dista.ncia que vai desde a panta do bieo atl ao ponto de (X)ntacto deste com 0 crAnio.
FATIMA MELO e G~ALD LE GRAND
LARGURA DO BleD - leDdo coom re£erincia 0 limite anterior da abertura das narinas. esta medida e a disUncla entre 0 bordo direito e 0 bordo esquerdo do bico. a este nl've!.
ESPESSURA DO SICO - dlsUncia entre 0 Angulo da mandibula Inferior e 0 ponlo moos alto da mandfbula superior. ao nivel do limite anterior da abertura das nariDas.
3 . . 'l1RATAMENTO ESTATtSTICO DOS DADOS
3.1. Espede SlltVUl at1'icapiUa.
3.1.1. Tarso, asa, cauda e bieo (comprimento, largura e espessura).
Os valores dos parametl'os morCoiagicos (tarso, asa , cauda e bieo) de S.a. regislaram...se na tabela 1. Compararam·se estes
parametros com 0 auxilio do teste estatisLico do desvio
redu-zido (X).
(ver Fisher e Yates. Statistical tables Cor biolog.ica1 asricultural and medical
research).
A oomparaCao entre estes pa,rAmetros mo-rfo16gicos e sua
significancia estaUstica esta inserida na labela 2. A analise desta tabela perroite observar que:
- hfl wna tendencia para haver dimorfismo sexual nas duas ilbas. Enquanto que em Sao Miguel esta tendencia
se vermea para a largura do IDeo, em Santa Maria ela
~ hastante significattva para 0 comprimento do bieo.
ESTUDOS BIOM1!TIUCOS li:M 8111via atricavUIa E Erilllocu, nbecula
situa-se proximo do que se convenciona para a rejeicao da hip6tese nula (0.05).
- as diferencas morfol6gicas entre os machos de Sao Mi-guel e os machos da ilha de Santa Maria, sao estatisti-camente significativas para 0 tarso, a cauda, a largura e espessura do bieo. Na aoo. hi!. pouca diferenca
esta-,tistica significativa e no comprimento do bieo esta dife--renca
e
quase significativa.- as femeas de Sao Miguel e as femeas de Santa Maria direrem para todas as medidas em quesUio. A cauda
e
o parametro que menos dUere. Todos os outros parame·tros sao attamente significativos.
- a pOpulacao de Sao Miguel difere, estatisticamente bas
-tante, da popu\acao da ilha de Santa Maria, para todos as parametros considerados. A diferenca entre as me
-dias, pennite verificar que os especimes de sao Miguel sao majores do que as de Santa Maria, pam qualquer das medidas consideradas.
Note--se que a variancia de cada medida na ilha de Santa Maria
e
menor em retaCaoa
sua correspondente da ilha de Sao Miguel (tabela 1). Esta Menor variaCao, deve-se ao facto dos especimes da ilha de Santa Maria terem side capturados somente em 2 visitas e terem sido medidos por urn 56 obser-vador, enquanto os es~imes da ilha de Sao Miguel foram capturados durante 2 anos e medidos par mais de urn obser
-vador.
3.1.2. Forma da asa (primiuias)
Para deterrninar a forma da asa, mecliu-se a direrenca do comprimento (em milimetros) da primiuia mais ionga, em relacao as primari.as seguintes. Como a especie em estudo pertence
a
ordem dos Passeriformes, possui 10 penas primArias. 51FATIMA MEl:.O ,'" G1:RALD LE GRAND
Os valores. das medidas das primiuias de Sylvia atricapilla estao inseridos na tabela 3.
Ao comparar os machos e as femeas, nao se encontra diferen~as sexuais estatlisticamente signiiicativas, para esLa
esp€cie, na ilha de sao Miguel,
3.1.3. Emargina~ao
Ao analisar-se a emargina~ao. quantificou-se as penas emarginadas.
As percentagens de emargina~ao por cada pena em Sylvia
atricapiUa de Sao Miguel e de Santa Mar.ia, estiio inseridas
na tabela 4.
Nao se detectam diierencas sexuais significativas na ilha
de sao Miguel e na ilha de Santa Maria.
An comparar-se as 2 ilhas, nota-se Q:ue a pena n.O 6 tern
uma frequt'mcia superior (20 %) na ilha de Santa Maria, para
Qualquer dos sexos.
3.1.4. Ponta da asa
A ponta da asa corresponde
a
primaria mais longa. A tabela 5 contem percentagens da ponta da asa paramachos e femeas de S.n. de sao Miguel.
As percentagens da ponta da asa sao muito semelhantes
pa,ra os dois sexos.
A ponta da asa de S.3. cabe primordialmente
a
pena n.D 7(tabela 5-1). Em 50 % dos casos em que isso aCDntece, a panta
da asa
e
dupla e partiIhada entre as penas numeros 7 e 8 (tabeIa5
-m
.
Tanto nos machos como nas fe-meas havia uma situa~ao tripIa da ponta da asa. Para naD compl1car demasiado os
resul-tados, conside.rou-se estle caso como sendo duplo e situado nas penas nlimeros 7 e 8.
ESTUDOS BIOMttrRICOS EM 8i/11>'Ia IItricllpilZa E ErithGcu~ ",~ccul<l
3.1.5. tndice volumetrieo do bieo
o
indice volumetrdeo do bicQ (tabela 6) foi det.erminadQa partir do volume duma pirfimide rectangular (a area da base
ca1culoll·se a pa.rtir da Jargul'a e da espessura do bico; a altura fez.-se corresponder ao comprimenlo do bieo).
Este indice nao corres.ponde ao volume real do bic(), nem it sua forma. No entanto, se se US8T sempre a mesma metoda·
logia
e
possivel fazer estudos eompara.tivos entre especies eoologicamente pr6ximas.o
indice volumetrico do bic() das femeas de Sao Miguele
3.5 mms maior do que0 dos machos da mesma ilha. Em
Santa Maria passa-se 0 conlrario, os machos
e
que tern este indiee maior (2.8 mmJ) do que as femeas.
As diferen~as neste indice, entre as duas ilhas sao mais pronunciadas nas femeas, As femeas de Sio Miguel tkm mnis
11.5 mms do que as femeas de Santa Maria. Os machos de
Sao Miguel possuem mais 5.2 romS que OS de Santa Maria.
3.2. Espe-cies Syvia atricapiUa. e Erithacus rubecula.
Em S.a. a diferencia~ao dos sexos foi feita no campo a partir da eolor-a~ao das penas. Em E.r. essa diferencia~ao nao e tao evidente, e POI' i5So os machos e femeas foram inse-r,idos num mesmo conjunto.
3.2.1. Medidas do tarso, da 'asa, da cauda e de bieo (com·
primento, larg,ura e espessura). Os valores dos parametros merfol6gicos de E.r. registaram-se na tabela 1. Compararam·se as duas es~ies quante a estes parametros com 0 auxilio do
teste ~ (VeT 3.1.1.). l7ocedeu-se do mesmo modo com as
popuJa-~Oes de E..r. de sao :Miguel e de Santa Maria. A eompara~a()
entre estes parametros e a sua sigrrifieancia estatistiea esth 53
FATUlA MELD II G~RALD LE GRAND
inserida na tabela 7. A analise desta tabela permite verifi· car que:
- Existem diferem;as morfologieas estatisHcas muitissimo significativas, entre as duas especies, para qualquer dos parametros eonSiiderados. A diferent;a maior
e
ver.ifi -eada no tarso. 0 ba:rso de S.a. e 12 % menor que 0 tarsode Kr. Todas as outras medidas sao maiores em S.a.
do que em E .. r.
- A populat;ao de E.r. de Siio Miguel difere estatistiea-mente da populat;ao de E.r. de Santa Maria. 0 tarso, o eompr.imento, largura e espessura do bieo sao os para metros que mais diferem. A diferent;a entre as
me-dias, permite verifiear que OS especi:mes de
sao
Mig·uel sao menorcs do que as de Santa Maria, quanta ao tarso,a
asa e ao eomprimento do bieo.3.2.2. Forma da asa (primarias) em sao Miguel.
Os valores das medidas das prirnarias de E.r. foram inse· ridos Da tabela 3, Esta tabela mostra que as medidas das primfuias tern valores diferenles nas duas especies. As dife-rent;as sao evidenciadas na Ugura 1. Cada urna das curvas ill
representadas foi elaborada a partir dos vaJores das medias de eada primaria. 0 valor (0) da abcissa corresponde
a
ponta da asa. As penas localizadasa
direita de zero, deram-se 011-meros positivos. As pertaS localizadasa
esquerda de zero, de· ram-se nl1meros negativos.Estas curvas dao urna ideia da forma da asa. Ao anaIisar-se a figura 1 verifiea-se que:
- a forma das duas asas difere mais para as primarias situadas it direita da primaria n.O L Estas penas seguern, ern S.a., urn eontorno rnais rectilineo do que em E.r. Este eon,torno localiza-se mais proximo da panta da asa em S.a. do que em Kr.
ESTUDOS 8IOMtTRlCOS Ell[ 8,,11144 olricop(na Jj; Brifhocu .,.b~cu11J
- para as penas internas, ha uma semelhan~a das medias
e dos intervalos de va,riacao das duas especies. No en· tanto a curva de S.n. aproxima-se muito mais de uma recta do que a curva de E.r.
Conclui·se que a asa de S.a.
e
mais ponteaguda do que a asa de E.r.3.2.3. Emargina~ao
As percentagens de emarginacao par cada pcna em S.a. e E.r. de sao Miguel estao registadas na tabela B.
Ao analisar-se a tabela 8-I observa~e:
- .percentag~ns altas de ema!l'gina~ao para as penas em
Questao em S.a. c em E.r., excepto para a pena n.O 5 de S.a.
- .para as penas n." Ben." 7, as percentagens de emargi-nacao sao semelhantes nas duas especies. Para a pena n.O 6 esta percentagem
e
inferior em S.a. do Que em E.r. (a direren~a de percentageme
de 19.1). Na·pen-a
n.O 5 8 perCEfltagern de emarginacao l! muito inferior em 5.a. (n di!e:renca de percenlageme
de 73.7). A grande diI e-renca entre as duas espeeiese
portanto, observada nestaultima pena.
Se se tizer 0 mesmo tipo de comparacao, mas se se situar
a panta da asa (pena n." 0) de S.a. e E.r. na mesma coluna (tabela B-TI), nota-se:
- percentagens muito semelhantes nas duas especies Quanto a tres penas (.pena n." 1, pena.n." 0 e pena n." ·1).
- neste caso a grande diterenca observada verifiea·se na pena n. ·2. Em S.8. nao ha emargina~ao ne-sla pena,
enqua'nUl que em E.r. a percentagem de emarginaCao
e
de 93.4.FATIMA MELO e G£lU.LD LE GRAND
3.2.4. Ponta da asa.
Os valores relativos
a
analise da ponta da asa em S.a.e em E.r. de sao Miguel estiio reunidos na tabela 9 (ver
expli-ca~ao em 3.1.4.).
Na tabela 9 observa-se que:
- enquanto que em S.a. a ponta da asa
e
fonnadasoore-tudo pela pena n.G 7, em E.r.
c
fOI'lTlada mais frequen· temcnte pela pena n.G 6.- em S.a. a primeir'a primA.ria situada
a
direita da ponts da asa (pena n.G 8), possui urna percentagem menor do que a mesma pena em E.r. (pena n. G 7).Isto qucr direr que em S.a. esta pena estil mais afastada
da ponta da asa do que em E.r.
- 8.a. possui lUlla percentagem da poota da asa dupla, inferior
a
mesma percentagem de E.r.Concluiu·se que a panta da asa de Eo'a.
e
mais pont.eagudado que a ponta da asa de E.r. 3.2.5. fndice volumetrico do bico.
o
indice volumetrico do bieo de S.a. de sao Miguel e de37.42mm3
• Em E.r. de sao Miguel este indice C de 26.41 mm3• A diIerenca entre os dois indices e de 11.0] mms.
A especie E.r. de Sao Miguel aproxima-se assim, quanto a este lndice, das femeas de S.a. de Si:lnta Maria (ver. 3.1.5.).
ESTUDOS BIOM£TRICOS EM 8ylllia aMcGpilla E Brit1locu, ",1I~Ci<la
4 . . CONCLUSOES
4.1. Sylvia atricapiUa
Hi!. uma tendencia fraca para haver dimorfismo sexual tanto na ilha de
sao
Miguel (largura do bieo) como na ilha de Santa Mar-ia (comprimento do bieo). Esta tendenciae
mais acenruada na ilha de Santa Maria.m
diferem;as mOllfol6gicas entre a populacao da ilha de Sao Miguol e a populacao da ilha de Santa Maria. Isto veri-fica-se a nivel do tarrso, da as'a, da cauda, do bieo e da emarginal;ao.as espeocimes de Sao Miguel sao sempre maiores que os de Santa Maria. A.5 diferool;'as observadas sao rnais evidentes para as femeas.
4.2. Ehthacus robecu.la
A populal;ao de E.r. de Sao Miguel difere morfologica-mente da popula~ao de E.r. de Santa Maria. As diferenl;as
sao
estatistkamente signifieativas para 4 dos 6 parametros morfo16gicos analisados. Para alguns destes parametros osespecirnes de sao Miguel sao menores que 05 de Santa Maria.
4.3. Sylvia atricapi.lla e Erithacus rubecula
A especie S.a. tern uma estrutura de voo diferente da especie E.r. (3.2.2., 3.2.3. e 3.2.4.).
As diferenl;as morfol6gieas interspecificas em sao Miguel (tabela 7), sao estausticamente equivalentes as diferenl;as mor-iol6gicas intraspecificas entre as populal;ges de sao Miguel e
FATIMA MELO e Gil:RALO LE GRANO
de Santa Maria (ver tabelas 2 e 7. Na tabela 1 esta semelhanca
e
bern evidente, principalmente paraos
parametros da asae do bico_
Enquanto que em S.a. os especi.mes de Sao Miguel sao maiores do que os de Santa Maria, em E.r. passa-se 0 contrario.
4.4. Discussao
Em 4.1. viu-se que a especie Sylvia atricapil.la. de sao Mi-guel e mor:folog.icament.e diferente da mesma es,pecie de Santa
Maria. Erithacus tuaecula tambem se encontra em situa~ao
·identica (4.2.), Estas diferencas morfol6gicas, estarao prova-velmente relacionadas com difereneas ecol6gicas. Embora estas duas ilhas es.tejam distanciadas apenas 80 .km, as respectivas popuJacOes parecem esrer isoladas uma da outra. As trocas geneticas entre as ilhas devem ser minimas. 0 mar parece funcionar, assim, como barreira geografica. Esta cons· tataeao e oposta a uma conclusao que Williamsoo (1981) chega.
Este auter diz que a imigraeao nos Acores deve ser comum.
A aceitaeao de urn ou outro mecanismo de especiacao (Wil-liamson, 1981) e discutive1. Nao hA dades que permitam supor
quais os fen6menos que OCOITeram aquando da imigracao e posterior estabelecimento destas especies neste Arquipelago.
o
quee
certo,e
que, Sylvia atnropilm e Erithacus tubeculaperderam parte do poder de dispersao que lhes permiLiu ooe-gar ate estas ilhas. Sao Miguel e Santa Maria apresentam carac-ter-Isticas diferentes (ta:bela 10)' que porvootura terao
contri-buido para as duereneas moriol6g:icas, observadas adualmente. Albro das caracteristicas inseridas na' tabela 10,
e
intereSsante anotar que a densidade de Sylvia atricapilla em Santa Maria, pa.rece ser quatro vezes superior il de sao Miguel Vma elevada densidade parlera rer conduzido ao menor tamanho dos individuos.Para compreender melhor a varia~ao intraespeclfica nos
Acor'es
e
necessaria Ievar a cabo estudos mais aprofunda-dos em varias ilhas do ATquipelago_ De facto Le Grand (1984)ESTUDOS BIO!dJ!ITRICOS EM 9111tM ostricllPillos E ErilMcv.r ruloec.do
constatou que Sylvia atricapilla apresenta variacao morfol6gica
entre varias localidades de Sao Miguel (ver tabelas 11 e 12).
Esta variacao biornetrica, podera ser comparavel com a diCe· renca moIfo16gica encontrada entre as populacoes de S,a. de Sao Miguel e de Santa Maria, S.a, parece, J?Ortanto, estabelecer
p.opulacOes bastante sedentAxias em cada uma das localidades estudadas. Grant (1979) estA de acordo que nestas ilhas ocor
-ram fen6menos deste tipo. Verificou que as populacOes de
Fringilal coelebs que habitam os Acores. apresentam uma maior
variacao populacional do que as que residem nas Canarias.
Por tudo isto, e premcnte cstudar morfologicamente varias espe· cies de aves Acoreanas. Estudos geneticos e ecol6gicos dar· -nos·iam mais infoorma<;Oes acerca da sua situa<;ao nos ecosis· temas dos Acores, Um futuro programa de investigacao pcxieria
conter urn estudo morfologico de Sylvia otricapiUa e Erithacus
rubecula em varias ilhas. Nas F10res e nil Corvo nao existe E.!".
Seria interessante investigar se este facto tem como conse -quencia alguma diferenca morfol6gica nas populaCOes de S.D..
destas duas ilhas.
TABELA 1
VALORES DE PARAMETROS MORFOLOGlCOS
(em millrnetros) DE Sylvia atrica.pilla
E DE Erithacus robecula EM QUE:
N - numero de lndivfdlJos: i - mMia aritmeuca: S -desvio padrAo; S.Mi. _ S10 Mlsuel: S.Ma. - Santa Maria: compo - comprimento: lorQ.
-lorQura; eJpes. - espeSJura.
TARS) ASA
I
CAUDAl ' BlCO[ compo
~
espes. ' - 9- 9- - - ' -N- 431
-;-1
43I
43 43 43 1 21.7 72.3 62.1 12.6 4.9 38 S.a./S.Mi. S 1.18 1.83 3.02 0.69 0.04 0.29 dd N 39 39-I
:n'"
38 39•
21.7 72.'I
62.7 12.1 4.7 J.I S.a./S_\fi.•
1 J.O! tI 2.4 0.87 0.43 0.33 ~ 9 9 19.6 10.0~
11.0 4.3 3.5•
S.a·/S.Ma.•
0.88 J.W 1.98 0.50 0.23 0.23 dd N 3S 3S,.
3S 3S 3S•
19.8 70.4 60.8 H.9 4.3 3.' N,.
34,.
34 S.a·IS·Ma.•
0.87 1.53 J.72 0.' 0.33 0.'"I
-
1 QQ e && N 82 82.,
82 81 82•
21.7 72~ 82.' 12.4 4.8 J.8,
S.a./S.Mi.
•
JOOI.'"
2.8 0.81I
0.44 0.31 1-~
'
99. dd N 69"
69 69I
"
•
19.7 111.200
.
'
U .• ' .3 3.5,
S.a./S.Ma.•
0.87 1.61I
1.82 0.83 0.28 0.22 99 e dd N 10 10"
70 W 69•
" .6 70.9 57.1 )1.4 4.1 3.4 E.r./S.Mi.•
1.13 2.2 2.0 0.84D
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0.17 -QQ e && N 12~
~
12 12 12•
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12.1 3.0 J.O E.r·IS·Ma.•
J.<E J.83 1.76 0.51 O.IS 0.12ESTUDOS BIOYtTRICOS EM 8,11h.wr otrlcopillo E 8"t/w!~ .... buulo
TABELA. 2
COMPARAI,;AO ENTRE PARAMETROS MORFOLOGICOS
DE SyLvia atricapiUa E SUA SIGNIFlCANCIA
S.ML - sao Miguel S.Ma. - Santa Maria
as diferencas entre as medias (em miJimetros) estio apresentadas entre
parent!!Sis. Os restantes valores COl'Tespondem aos anguJos a. Para valores
de a. pertencentes ao intervalo [0.05, O.ot·[. a diferenca entre os par!·
metros
e
significativa e representada por •. Para valores de a.pertcn-eentes ao int.ervalo [0.01, 0.001(, a diferenca
e
muito signIficativ8 f'representac\a por ••. Para valores de a. perl.encentes 80 intervalo (0.001
00 [, a diferen~
e
muiUssimo significativa e representada por .uBICD TARSD ASA CAUDA ",",p. lug.
I
.."",.
I
S.Mi. (0) (- 0.1) ( -0.6) (0.5) (0.2) (0.1) ~I<! 1.0 0.87 0.306 0.205 •• 0.465I
-S.Ma. (- 0.2) (-0.4) (0.1) (- 0.4) (0.02) (- 0.1) ~/d 0.385 0.705 0.71•••
0.77 0.015 d (2) (2) (2) (0.3) (0.3) (0.2) S.Mi.,IS.Ma. •••
•
.
.
,
0.065.,
.
• ••,
9 (2) (2) (2) (2) (O.S) (0.4) I S.Mi./S.Ma.•••
••••
•••
•
••
.,
.
I
~
d. 9 (2) (2) 0.5) (1) (0.5) (0.3) S.Mi./S.Ma.•••
...
...
...
•
••
.
..
61TABELA 3
MEDIDAS DAS PRlMARLAS (em milimetros) DE Sylvia atricapilla E DE Erithacus rubecula
DA ILHA DE SAO MIGUEL, EM QUE:
S.a. ~ ~ S.a. () () S.a. ~ ~ e ()() E.r.
N - Diunero de individuos; it - media aritrnetica; Il - desvio padriio.
2
I
- -3 I 35I
38 1Q.l 10.8 N 26x
14.1 Il 2.0 1.62 3.5 .- -N 15 24 31x
14.9 12.9 10.8 Il 1.67 1.92 1,40.
_---N 41 59 69x
14.4 12,4 lOA Il 1.93 1.77 toW - - - . N 44 57 59 X. 12.5 11.2 9.2-I
4I
I 39 8.0 1.47 "- -31 8.5 1.31 70 8.2 1.41 60 6.3nUTnero das penas
I
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13~.
03 ~.42
I
3~
.
0 ~.l
1.32 1.09 I 0.12 0,47 I 147 3.72 \- -_ .- - I I 70 69 71 71 69 1 68 5.4 1.75 0.02. ' 0.44 6.9 1 38.2 1.52 0.98 0.1 0.48 1.22 3.1 61 1.36 61 0.03.
-
-
----1-
-
-
-61 59I
61 , II
I
Ii:STUDOS BIOMeTRlC03 EM SVlol6 aCncc.pillo E. E'ri1hacu8 ,.,.becula
TABELA 4
PERCENTAGENS DE EMARGINA1;AO POR PENA
EM SyLvia atricopi.lla N - olimero de individuos. N:im.ero
I
8 I 7I
6I
"'"
""""
I,
~~
femeas[
N =42 100 Sio MigueJ machos 98.5 N=33"'
.
,
"'
.
0
3.03 femeas 100 100 100 N=34 Santa MariaI
I
I
machosI
97.1 N = 35 100I
100 63,
FATIMA !o1ELO e G(;RALD LE GRAND
TABELA 5
PONTA DA ASA DE Sylvia atricarnUa EM SAO MIGUEL N - nWncro de indivlduos (vcr cxplica~lio no tcxto).
I . PERCENTAGEM DA PONT A DA ASA EM CADA PENA
Nume7'O I l!m.eas "'" l'<"'" N
I
machos N,
13.2 38 6.'15 31 7 97.5 40 93.5 31•
45.',
.
51.6 31II . PERCENTAGEM DA PONTA DA ASA EM SITUA(:AO DUPLA OU SIMPLES
@'
I-~ NI
machos N "'" l'<"'"-
-
----•
2.' 38 3.2 31..,
7.' 38•••
31 7 45.0 40'"
31,..
45.0 40 48.4 31,
•
•
•
40 3.2 31TABELA 6
lNDlCE VOLUMETRlCO DO BlCO DE Sylvia atricapilla
ever expUcacao no texto) r~meas N = 43 38.M mmJ
I
Sao Miguel machos 35.44 mm3 N = 3B r~meas N= 34 27.42 mm~ Santa MariaI
machos 30.22 mm3 N= 35 TABELA 7COMPARA<;AO ENTRE PARAMETROS MORFOLQGICOS DE Sylvia atricapilla E DE Erit.hacus rubecula
E SUA SIGNlFICANClA
(ver legenda da tabela 2)
I
CAUDA
I
BrCa
TARSO ASA
_ p o 1=,. espcs.
sao Miguel (- 3) (104) (5.2) (1) (O.7) (0.4)
,10 ~ S.a./E.r.
...
...
.. .
...
.. .
m E.r. (-1.5) (-0.6) (0.7) ( -0.7) 0.9)(O
~
d.~ S.Mi./S.Ma.•••
'.3'.2
...
..
.
...
6530
20
"
0
-,
E5TUOOS BIO¥tTRICOS EM BIII~ otricapl//a E Erit~ nobecil/a
1
---
----
--
--', -6
-
,
-.
-1-,
-,
0Fig. 1- Fonna da asa (ver explicaylo no texto) . . . . • . Sylvia otricapilla - - Erithacus rubecuia
/
.
, , , , , •.
;
,/
r
,,
,
i
, , , , , ,,
,
,
,
;
,,
, , ,,
:
,
,,
•
numero das penas I - Int.ervaJo x ± 2 8I
FATIMA ME1.0 II O£RALO 1.a: ORAND
TABELA 8
PERCEN'l'AGEM DE EMARGINACAO POR PENA
EM Sylvia atricapilla E Erithacus rubecula
(ver elCPlica~ao no texto)
N - nUmCl'O de irldividuos.
I - NUMERACAO OESCENDENTE DAS PENAS
Numero
I
;I
8 7 6 5 dao! peJUIS,
,
S.a. (d' e !() 99.3 99.3 78.7 I 2.0 N = 75I
I
Sao Miguel I --
, E.r. (d' e 9)I
I
N=S8 93.' 100 ".8I
75.7I
II - NUMERACAO OAS PENAS EM RELAGAO A PONTA DA ASA
I
NumeroI
- 2 das penas - II
0 I 2 S.a. (d' e !() 0.0 99.3 99.3 78.7 2.0 N= 75I
~
I:-Sao M.iguel E.r. (d' e!{) 93.'"
0.0 N=68I
I
67-ESTUDOS BIOMJ::TflICCS EM 1i''11lvia lIuicapilla E ErWltlCU8 ru!.>eculll
TABELA 9
PONTA DA ASA DE Sylvia atricapilla
E DE Erithacus Tubecula EM SAO MIGUEL
(ver explicaca,o no texto) N - nUtnero de indivfduos.
I • PERCENTAGEM DA PONTA DA ASA EM CADA PENA
I NutneTO
da" penas S.a. N E.r. N
,
1.64 61,
10.1 69 ,".7'1
7 95.' 71
'"
62,
47.9 71li _ PERCENTAGEM DA PONTA DA ASA EM SITUA<;AO
DUPLA OU SIMPLES Numero
'"""=
S.a. NI
E.r.I
N,
1.64 '150'
,
I
0.0 '1I
2.9 69 37.7 '1 '·7 4.35 69 59.0 61 7 45.1 71,.,
62 7·',
46.5 71 1.41 71,
FATIMA MELO e GJ!:RALD LE' GRAND
TABELA 10
ALGUMAS CARACTERtSTICAS QUE DIFERENCIAM
A
ILHA DE SAO MlGUEL DA DE SANTA MARIAI
Sew Miguel Santa Maria
superllcie (km1) 750.26 97.:14
I
eleva~o mixima
.1
1105
(pica da vara) 587 (pica alto)percentagem d. superfi· deO a 3OOm-52.7 de 0 a 3OOm- 86.4 de toW
•
varias alti- d~ ~ a OOOm-44.9 de 300 a 600 m - 13.6tud" acima de 800 m - 2.4
populacao humana
(nil-mero de habitantes/km1) . 140.5 i 1801 I 60.3 1960 225.3 1135.3 1981 176.5
I
655Ponta Dclgada Aeroporlo (alt. 100 m)
(alt. 35 ml
temperatura media (oC) I 17.4 17.5
entre os anos de 1951 e (14.2 - 22.0)
I
(14.0 - 22...0)
1960 (minimil ~ mWma) FEV AGO FEV AGO
hurnidade relativa ml!dia 76.0 73.0
mensal (%) as 15 haras,
I
(74 - SO) (69·78)entre os anas de 1951 e
I
JUL DEZ JUL DEZ1960 (minima e mWdrna)
,
,
,
AGO AGO JAN
p'recipita¢o media men- 79.8 62.6
sal em nun entre 1947 e (27.1 -120.4.) (15.8 - 101.0)
1969 (minima e mhima) JUL NOV JVL JAN
69
I
TABELA II
BIOMETRIA (em miUmetros) DA MORFOLOGIA EXTERNA
DE Sylvia atT1capilla EM V ARIAS LOCALIDADES
DE SAO MIGUEL, EM QUE:
N _ nCimero de iCldividuos.: x - media aritmetica; 8 - desvio padrao:
compo - compriment.o; larg. -largura: espes. - espessura.
I
TAJlSQI
,,5"I
C"1)DA _ BICO,I
I
(
ctlmp. larg. espes. ~-.---.--,
-I
~
J.S J
.7
I
IIt3 lL
:.1
1~
.
7
MACHOSt:
'
I
FurnasI
Vila Franca_
'_~~
I
~
I
0.75 0.75~
i
N'
1
6
5 6 8 6 'x
22.0 72.4I
62.0 112.2 4.8 3.9 8 0.66 1.02 1.27 1.09 0.40 0.25-
.-
-
-
- -
-N 9 9 9 1 ' , ,
x
20.6 72.2 62.9 12.6 4.2 3.5 8 0.74 2.8 }.53 0.45 0.67 0.l9.
_
_
.
_-
-
-N 26 123 25 26 21 21 Agua d'Alto x 22.2 : 74.] 63.3 13.3 3.8 3.4 N 13 13 13 13 13 13 Lombadas i 22.0 73.3 62.8 12.3 4.6 3.6_
'
_~
1.78 ~
~
~~
0.321
____
'_8_~ ~~1~ 0.56 ~ Ponta Delgada N 8 1 2 8 8 8 ) ,x
21.9 72.0 Sl.8 J2.4 4.4 3.8 _8_~.J~~~ 0.59 ~1-
--1
- -
--1
N 3 3 3 3 3 ) 3 FeMEASI
Nordom'
, Fum"
Vila Franca Agu a d'Alto Lom badas Ia Po" Del,.d.
•
8,
N•
8 N•
,
N•
8[
I
~
22.' 1.02-
-•
21.9 0.75-13 >l.7 0.72
-I.
21.7''''
-
-•
23.3 4.1•
>l .• " .7 S1.7 12.7•.
,
I
'.3 1-" '.5 0.26 0.55 0.52- -
-
-
-
-
--
-
-
,
• •
•
•
•
12,
.
.,
' 62.7 12.' 5.0 3.' 1.91 0.67 0.41 0.15-
-
-
-
---
-13 II 13 13 13 71.7 63.0 13.0
•••
3.6 J.S7'
.
2
0.58 0.66 0.22-
-
- - -
-;i")4
-1-' -14 13 72.1 62.' 130I
'.1 3.5 1.84 1.63 0.62 0.87 0.44-
-
-•
•
• 9 9"
.
•
50.
12.8 4.7 3.7 1.17 45 0.60 0.34 0..22-
-
-!O 9 • • 9 12.3 62.' 12.5 4.8 3.7
ESTUDOS BIOMf;TRICOS EM SVlv;tI tllrictlpilltl E Erilllacu" ",,!1ell'W/tI
TABELA 12
COMPARACAO MORFOLOGICA DE SyLvia atncapilla
EM V ARIAS LOCALIDADES DE SAO MIGUEL, EM QUE,
N- Nordeste; F-Furnas; VF-Vila Franca; AA-Agua d'Alto; L
-Lombadas; PS - Ponta Delgada; * - valores de a: pertencentes ao inter -valo (0.05, 0.01[: ** - valores de a: pertencenles ao [0.01, OJXl1[; * .. - va
-lores de a: pertencenres ao intervalo [0.001. 00 [; as diferen~as entre as
medias (em millmetros) sao apresentadas entre parenteses.
MACHOS FtMEAS
L
T"OO
M>VF•••
(1.69) N >VF•
(1.69) L >VF...
(l,45) AA>VF • (1.04)i
F >VF••
(1.41)I
PD>VF••
(I.3l)AA>PD ••• (2.09) AA>VF
•
U.43)As. AA> F
•
(1.68) AA> L • (1.03) VF > F...
(O.Bl) Comprimento VF>I'D.,
(0.51) do Bico AA> F•
(0,81) F >AA ••• (0.84) F > AA••
(0.82)Largura L >AA
•••
(0.81) PD>AA••
(0.66)do Rico I'D>M • (0.63) F >VF •• (0.5n L >AA
•
(0.59) F > AA ••• (0.47) F > VF•
••
(0.32) I'D>AA•
••
(0.4l) F> AA••
(0.44) Espessura F >VF•••
(0.40) F> I'D••
(0.23) do Bico I'D>VF••
(0.34) N>
AA•
(0.80) N >AA••
(0.27) N> VF•
(0.68) F > L•
(0.20) 71FATIMA MELD .. G1I.:RALD LE GRAND
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