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Lista2-EletroI-2017-2

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LISTA - ELETROMAGNETISMO I

Instituto de Física - UFRJ - Prof. C. Farina - 2017-2

Problemas obrigatórios: 3, 4, 5, 8, 10 e 13

Data de entrega: 29 de agosto de 2017

1. Demonstre as seguintes identidades:

(a) ∫R[f∇2g +∇f · ∇g]dV =HR(f∇g) · ˆn dA

(sugestão: utilize o teorema de Gauss com o campo vetorial F = f∇g). (b) ∫R[f∇2g− g∇2f]dV =H

∂R(f∇g − g∇f) · ˆn dA

(sugestão: utilize o resultado encontrado no item anterior). 2. Teorema de Helmholtz.

Pode-se mostrar que todo campo vetorial F em três dimensões que para r → ∞ caia mais rapidamente do que 1/r pode ser escrito como a soma de uma parte transversa (sem divergência) com uma parte longitudinal (de rotacional nulo) da seguinte forma:

F(r) =−∇U(r) + ∇ × A(r) , (1) onde U (r) = 1 d3r D(r ) |r − r|; (2) A(r) = 1 d3r C(r ) |r − r| , (3) sendo ∇ · F(r) = D(r) e ∇ × F(r) = C(r) . (4) A partir das equações (1), (2) e (3) para o campo vetorial F, verifique explicitamente as equações (4).

3. Teorema de Helmholtz e unicidade.

Suponha que F1e F2 sejam soluções das equações

∇ · F1(r) = D(r) ; ∇ × F1(r) = C(r) (5)

∇ · F2(r) = D(r) ; ∇ × F2(r) = C(r) , (6)

onde D e C são funções conhecidas e tais que D(r) e C(r) caem mais rapidamente do que 1/r2

para r → ∞.

Mostre então que se F1(r) e F2(r) se anularem para r → ∞, obrigatoriamente teremos

F1(r) = F2(r). Em outras palavras, nessas condições, dados o rotacional e a divergência de

um campo vetorial em três dimensões esse campo fica univocamente determinado.

sugestão:defina a função diferença S = F1−F2e escreva as equações satisfeitas por S; mostre

que S pode ser escrita como∇ψ e escreva a equação satisfeita por ψ; utilizando adequadamente a identidade demonstrada no item 1(a), escolhendo nessa identidade f = g = ψ, conclua que

(2)

4. Teorema de Helmholtz via transformada de Fourier.

Considere um campo vetorial F de divergência e rotacional conhecidos e dados, respectiva-mente, por ∇ · F(r) = D(r) e ∇ × F(r) = C(r). Suponha, ainda, que |F(r)| caia mais rapidamente do que 1/r para r→ ∞.

(a) Definindo f (k), d(k) e c(k) como as respectivas transformadas de Fourier de F(r), D(r) e C(r), ou seja, F(r) =d3k (2π)3 f (k) e ik·r, D(r) =d3k (2π)3d(k) e ik·r e C(r) =d3k (2π)3 c(k) e ik·r, (7) mostre que ik· f(k) = d(k) e ik × f(k) = c(k) . (8) (b) Resolvendo as equações anteriores para f (k) (use o resultado do exercício 2 da 1a lista),

mostre então que

F(r) =−id3k (2π)3 1 k2 [ k d(k)− k × c(k)]eik·r, (9) onde k =|k|.

(c) Substituindo na equação anterior as expressões de d(k) e c(k) em termos de D(r) e C(r), dadas pelas transformadas inversas, mostre finalmente que

F(r) =−∇ 1 d3r D(r ) |r − r| + ∇ × 1 d3r C(r ) |r − r| . (10)

5. Delta transversa e delta longitudinal.

Assim como a delta de Dirac δ(r−r) tem a propriedade F(r) =d3rδ(r−r)F(r), é possível

definir as chamadas delta transversa, denotada por δ⊥ij(r− r), e delta longitudinal, denotada por δ||ij(r− r), de tal modo que

F⊥i(r) =d3r′δ⊥ij(r− r′)Fj(r) ; (11) F||i(r) =d3r′δ||ij(r− r′)Fj(r′) . (12)

Pode-se mostrar que

δ⊥ij(r− r) = ∫ d3k (2π)3 ( δij kikj k2 ) eik·r; (13) δ||ij(r− r) = ∫ d3k (2π)3 kikj k2 e ik·r. (14)

(a) Substituindo as equações (13) e (14) nas equações (11) e (12), verifique explicitamente que∇ · F(r) = 0 e∇ × F||(r) = 0.

(b) A partir das definições de δ⊥ij(r) e δ||ij(r), mostre que

δ⊥ij(r) = 2 3δijδ(r) 1 4πr3 ( δij 3xixj r2 ) , (15) δ||ij(r) = 1 3δijδ(r) + 1 4πr3 ( δij 3xixj r2 ) . (16) −δ

(3)

Sugestão: mostre, inicialmente, que δ||ij(r) = 1 ∂i∂j

(

1

r

)

. No entanto, como essa expressão não está bem definida em r = 0, faça uma ligeira modificação (ou seja, adote uma prescrição de regularização) e mostre que

1 4π∂i∂j 1 r2+ ϵ2 = 1 { 3xixj− δijr2 (r2+ ϵ2)5/2 δijϵ2 (r2+ ϵ2)5/2 } (17) Note que embora o segundo termo do lado direito da última equação vá a zero, para r̸= 0, quando ϵ→ 0, a integral desse termo em todo o espaço dá um valor finito que não depende de ϵ (verifique essa afirmativa!), de modo que ele dará origem ao termo de delta de Dirac presente em (16).

6. Considere a função real de uma variável

δϵ : 1R −→ 1R : x7−→ δϵ(x) , (18) onde δϵ(x) = a(ϵ) x2+ ϵ2 . (19)

Obtenha uma expressão para a(ϵ) de modo que δϵ pertença a uma sequência de delta de Dirac,

ou seja, para que

lim ϵ→0δϵ(x) = 0, se x̸= 0 , (20) lim ϵ→0 −∞δϵ(x) dx = 1 . (21)

Faça o gráfico de δϵ(x) versus x parra vários valores do parâmetro ϵ.

7. Considere a função real de uma variável

Θϵ : 1R −→ 1R : x7−→ Θϵ(x) , (22) onde Θϵ(x) = 1 2+ 1 πarctan (x ϵ ) , (23)

sendo ϵ um parâmetro real não negativo.

(a) Mostre que no limite em que ϵ→ 0, Θϵ(x) tende para a função degrau, isto é,

lim

ϵ→0Θϵ(x) = 1, se x > 0 ,

lim

ϵ→0Θϵ(x) = 0, se x < 0 . (24)

(b) Mostre que dΘϵ

dx (x) satisfaz às propriedades de uma sequência de delta escritas nas

equações (20) e (21), ou seja,

(4)

8. Representação de Fourier da delta de Dirac. Considere a função real de uma variável

δϵ : 1R −→ 1R : x7−→ δϵ(x) , (25) onde δϵ(x) =dk 2πe ikx−ϵ2k2/4 . (26)

Completando o quadrado no expoente do integrando, calcule essa integral e mostre que o re-sultado satisfaz às propriedades de uma sequência de delta escritas nas equações (20) e (21). Tomando, então, o limite em que ϵ → 0, obtenha a representação de Fourier da delta de Dirac, ou seja, δ(x) =dkeikx.

9. Cálculo de ζR(2) via Fourier.

Uma das funções mais importantes no estudo da teoria de números, em particular no estudo da densidade de números primos na reta real, é a função zeta de Riemann, ζR(2), definida por

ζR(z) = n=1 1 nz . (27)

O objetivo desse exercício é utilizar a série de Fourier para calcular ζR(2). Seja a função

f : 1R → 1R onde f(x) = x2, para−π < x ≤ π e periódica de período 2π. Pelo teorema de Fourier, temos para uma função periódica de período L

f (x) = a0 + n=1 { ancos (n2πx L ) + bnsen (n2πx L )} (28) onde an = 2 LL 2 −L 2 f (x) cos ( n2πx L ) dx , n = 0, 1, 2, ... (29) bn = 2 LL 2 −L 2 f (x) sen ( n2πx L ) dx , n = 1, 2, ... (30) (a) Calcule os coeficientes de Fourier an e bn e mostre que, para −π < x ≤ π, podemos

escrever x2 = π 2 3 + 4 n=1 1 n2 cos(nπ) cos(nx) . (31)

A partir desse resultado, mostre que ζR(2) = π

2 6 .

10. Cálculo de ζR(2) via método de Euler.

Uma vez que as raízes de senx = 0 são 0,±1, ±2, ..., somos sugeridos a escrever

senx = Ax(x− π)(x + π)(x − 2π)(x + 2π)... , (32) ou, ainda, na forma,

senx = Bx ( 1 x 2) ( 1 x 2 ) ( 1 x 2 ) .. , (33)

(5)

Em contrapartida, da expansão em série para senx, escrevemos senx = x− x 3 3! + x5 5! + ... . (34)

A partir das duas últimas expressões mostre que ζR(2) = π2/6 (compare os coeficientes de

mesma potência em x para as potências mais baixas). 11. Desafio 2.1

Utilize o método de Euler descrito no exercício anterior e mostre que ζR(4) = π4/90.

12. Demonstração via sequência de delta de2(1/r) =−4πδ(r).

Considere, inicialmente, a função

δϵ(r) =

1 4π∇

2 1

r2+ ϵ2 . (35)

(a) Por cáculo direto, mostre explicitamente que

δϵ(r) =

1

2

(r2+ ϵ2)5/2 . (36)

(b) Usando o teorema da divergência de Gauss em uma região esférica centrada na origem e ao final tomando o limite em que o raio da região vai a infinito, mostre que

δϵ(r) d3r = 1 . (37)

(c) Tomando o limite em que ϵ→ 0 em (37) e (36), mostre finalmente que lim ϵ→0δϵ(r) d3r = 1 e lim ϵ→0δϵ(r) = { 0 se r̸= 0, ∞ se r = 0. (38)

Dessa forma, podemos fazer a identificação limϵ→0δϵ(r) = δ(r). Então, usando a

defini-ção (35), obtemos δ(r) =−(4π)−1∇2(1/|r|). Finalmente, trocando nesse resultado r por

r− r, chegamos ao resultado

δ(r− r) = 1 4π∇

2 1

|r − r| . (39)

13. Demonstração via transformada de Fourier de2(1/r) =−4πδ(r).

(a) Mostre, inicialmente, que a transformada de Fourier de 1/r é 4π/k2, de modo que 1 r = ∫ d3k (2π)3 k2 e ik·r (40)

Sugestão: obtenha esse resultado calculando antes a transformada de Fourier de e−µr/r,

sendo µ uma constante positiva e depois tome o limite em que µ→ 0.

(b) Calcule, então, o laplaciano em ambos os membros da equação anterior e, após identificar a representação de Fourier da delta, obtenha o resultado desejado.

Referências

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