505
~
UNIVERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARINA
DEPARTAMENTC
CLÍNCA
MEDICA
~INTERNATC HosPITALAR
EM
CLINÍCA
MÉDICA
"FATof<E5
KELAc|oNAoos
Ao
mõuceâso
DA
c/\RD|ovERsÃo ELÉTRICA
DA
FIBRILAÇÃO E
FLUTTER
ATf<|/us"
AUTOR:
SérgioRicardo
dos
SantosORIENTADOR:
Prof. Dr.Roberto
Heinish.AGDADIÍCIMIÍNTOS
Agradecemos
a colaboraçãodos
Enfermeiros, Funcionários eMédicos da Unidade
Coronaria
do
Institutode
Cardiologiada
SecretariaEstudual de Saúde de
Santa Catarina.Em
especial, a colaboração e orientaçãodo
Professor dasdisciplinas
de
Exame
Clínico e Cardiologiada Universidade
Federalde
SantasuMÁ|2|O
RESUMO
... ..04
ABSTRACT
... _.os
INTRODUÇÃO
... ..oó
MATBRIALBMETODOS
... ..os
RESULTADOS
... .. IoDISCUSSÃO
... _. IsCONCLUSÃO
... ..22
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
... ..24
ANEXO
... ..27
DIÊSUMO
Estudos
préviostêm
sugeridoque o
sucessoda Cardioversão
Elétricada
Fibrilação e
F
lütter Alriaispode
ser previstapor
características clínicascomo
a idade, tipode doença de
base, duração préviada
airitmia, classe funcional(NYHA),
etamanho
atrialesquerdo.
Para determinarmos
quais desses fatores são associadoscom
amanutenção do
ritmo sinusal
após
a Cardioversão,30
pacientescom
Fibrilaçãoou
Flütter Atriaisforam
submetidos
àCardioveisão
Elétrica,onde
82,4%
dos
pacientescom
Fibrilação Atrialforam
bem
sucedidos e76,9%
dos
pacientescom
Flütter Atrial tiveram amesma
respostaÁIBSTDACT
Previos studies
have
suggest that sucessof
direct-current cardioversion forAtrial Fibrillation
and
Atrial Flüttercan be
predictedfrom
clinical features like age, typeof
underlying heart disease, duration
of
airhythmia, funcional class(NYHA)
and
left atrialsize.
To
determineWhich
of
these factors are associatedwith
naintenanceof
sinusrhythm
after cardioveision,20
patients With Atrial Fibrilation or Atrial FlütterWere
undergoing
electrical cardioversion,82,4%
of
the patientsWith
Atrial FibrilationWere
successfuly
and
76,9%
of
the patients With AtrialF
lütterhad
thesame
therapeutics results.|NrnoDuçÃo
A
fibrilação atrial éum
problema
clínico relativamentecomum,
com
incidênciaaumentada
em
pacientesacima de
70
anos;que
confere significativoaumento
da
morbidade
e mortalidade, atingindo pacientes
com
patologias cadíacas prévias,doenças
sistêmicasou
indivíduos
previamente
hígidosó.A
resolução desteproblema
se faz pela cadioversão.A
cardioversão
tem
como
objetivos: restabelecero rendimento
cardíaco e reduzir0
riscode
acidentes
troboembólicos
sistêmicos.Também
o
restabelecimentodo
ritmo sinusalpode
aliviar
sintomas
tipo angina epromover
tolerância à exercícios físicosnos
pacientes9›15.Uma
das estratégias terapêuticasempregadas
para reversãoda
F
ibrilação Atrialao ritmo sinusal
tem
sido atravésdo uso de
quinidina4 apresentando taxasde
sucessovariadas (entre ll e
87%)
com
esta modalidadez.Os
efeitosdo
eletrochoqueno
coração já sãoexperimentados
há
mais de
doissécu1os4.
Lbwn em
1962 demonstrou
a eficácia esegurança
no
tratamentode
urnavariedade
de
a1ritrnias5›14›15›13.Vários
são
os fatoresde
insucessoda
cardioversão elétrica,nos
pacientes9,como
por exemplo,
adoença
arterial coronariana,doença
cardíaca reumática, hipertensão7
funcional
(NYHA),
indice cardiotonícico,tamanho
atrialesquerdo5
que
merecerão
abordagem
específicana
avaliação econduta
decada
pacienteque chega
â cardjoversãoelétrica
ou
que
dela saiusem
resultado satisfatório.E
da
necessidadede
se estabelecer quaisdesses fatores são os
mais
importantesna
coexistênciada
Fibrilação Atrialem
nosso meio,
surgiu
o
interessede
efetuar este trabalho.Os
objetivos deste trabalho são: descrevero
perfil clínicodos
pacientescom
Fibrilação Atrial e Flütter atendidos para cardioversão elétrica
na
unidade
coronarianado
Instituto
de
Cardiologia; determinar a taxade
sucessono
procedimento
citado; verificara
incidência
de complicação
e correlacionar osdados de
exames
complementares
e osdados
MATEDIAL
E
Míiíono
Trata-se
de
uma
série, prospectiva,de
pacientes admitidosna
unidade
coronariana
do
Institutode
Cardiologiada
Secretaria Estadualde
Saúde
de Santa
Catarinano
período entrenovembro
de 1993
e abrilde
1994 onde 30
pacientescom
Fibrilação Atrialou
F
lütterforam encaminhados
para cardioversão elétrica.Foi considerado
bem
sucedidoo
pacienteque
permaneceu
em
ritmo sinusal atéa alta hospitalar.
O
tipo dedoença
cardíacade
base foideterminada
pela história,exame
fisicoe/ou ecocardiograma.
Os
digitaisnão
foram
retirados antesda
cardioversão,bem
como
os
antagonistas
de
canal de cálcio,permanecendo
portantoem
uso de
todamedicação
atéo
procedimento.
Para
cardioversãoforam
utilizados os seguintesequipamentos:
=>
FUNBEC
Monitor 4-10
TC/F
C
Desfibrilador
DF-200
=$
ECAFIX
DesfibriladorDF
-200
9
A
ecocardiografia foi realizadano
diade
cardioversãovisando
obterdimensões
atriaís esquerda,
bem
como
ventricular,doença
valvular e miocardiopatias _Durante o
período deobservação
foram
utilizadas as seguintes drogasprofilaticas: quinidina, amiodarona,
procainamida
e propanolol.Para
a coleta dosdados
foi utilizadauma
ficha elaborada para este fim,que
contém
os seguintescampos (em
anexo):I - Identificação;
II -
Dados
Pré-CardioversãoIII -
Dados
Trans-CardioversãoIV
-Dados
Pós-Cardioversão
V
-Complicações
Os
dados foram
preenchidos pelo autor deste trabalho,sendo
validados peloorientador.
Posteriormente os
dados foram armazenados
rioBanco
de Dados:
dBase
IllPlus,
em
um
arquivo criado pelo autor, intituladoFA.DBF.
A
análisedos dados
foiefetuada
no programa EPI
Info versão 5.0,no computador do
Centro
de Estudos
do
Hospital Universitário
da
UFSC. As
variáveis categóricasforam comparadas
nos grupos
(sucesso e insucesso) através
do
qui~quadrado.As
variáveis contínuas atravésdoa
Estatística Descritiva e
do
testeT
Student.O
"p" foi considerado significativoquando
<
0,05.Os
gráficosforam
construídosno programa
EXCEL
versão 4.0,após
importarDIÍSIJLTADDS
Foram
admitidos entrenovembro
de 1993
e abrilde
1994,30
pacientes,com
idade
média
de 57
i
14
anos (idademinima
33 anos; idademáxima
'82 anos)sendo
12do
sexo masculino
(40%)
e 18do
sexo
feminino(60%).
As
característicasdos
doentes estãoapresentadas
na
tabela 1.Doença
de base estava presenteem
28 (93,3%)
e ausenteem
apenas 2 (6,7%)
dos
pacientes.A
doença
ArterialCoronariana
foi notificadaem
9
pacientes,sendo
cardiovertidos
ao
ritmo sinusal 8 pacientes,não havendo
diferença significativa entre osgrupos.
Considerando
os 13 portadoresde
Hipertensão Arterial Sistêmica, 10foram
cardiovertidos ao ritmo sinusal,
não
havendo
diferença significativano
resultado.Quando
da
avaliaçãoda
Miocardiopatia Dilatada, 5 pacientescom
esta entidade,4 foram
cardiovertidos ao ritmo sinusal,
não
havendo
diferença significativa.A
Doença
CardíacaReumática
se fez presenteem
7
pacientes,dos
quais6
foram
cardiovertidosao
ritmosinusal,
não sendo novamente
possíveldemonstrar
diferença significativano
resultado(anexo
gráfico 6; tabelas Il e IV).Com
relação aduração
préviada
Arritmia,em
l5(50%)
dos
pacientesnão
foipossivel determinar
o
tempo
préviode
arritmia.Todos
os sete pacientescom
duração da
ll
Arritmia
com
duração
prévia de arritmia entre24
horas eum
mês, 6
foram
cardiovertidos.Apenas
1 pacientecom
duração préviade
arritmiade
1 ano,obteve
insucessono
procedimento
(gráfico 5).Dentre
os30
pacientes,20(66,7%) tinham
idadeacima
de 50
anos; desses, 17obtiveram
sucesso e 3 insucesso.Dos
10 pacientescom
idade inferior a50
anos, 7obtiveram
sucesso e 3 pacientesnão obtiveram
sucesso(anexo gráfico
7).Ecocardiograma
foi realizadoem
18(60%)
dos
30
pacientes emostrou
diâmetroatrial
esquerdo
aumentado
(definidocomo
maior de 45
mm)
em
6
pacientes,mdos
quais 5foram
bem
sucedidos (83,4°/‹›) (gráficos 1, 2, 3 e 4).Na
classe funcional I e IIestavam
incluidos23(76,6%)
dos
pacientes,sendo
bem
sucedida cardioversãoem
19(82%)
dos
pacientes.Na
classe funcional III eIV
estavam
incluídos
7(33,4%) dos
pacientes,sendo
bem
sucedido
cardioversãoem
5(7l,4%) dos
casos(gráfico
8).Ao
todoforam
analisados30
pacientes,sendo 17
portadores de FibrilaçãoAtrial e 13 Flütter Atrial.
Os
resultados alcançadosnos
pacientesem
F
ibrilação Atrialforam
14(82,4%) dos
pacientesbem
sucedidos e3(17,6%) dos
pacientescom
insucessono
procedimento.
Dentre
os pacientesem
Flütter Atrial10(76,9%) dos
pacientesalcançaram
sucesso
enquanto 3(23,1%) foram
mal
sucedidos (Tabela III).As
complicações mais
freqüentes _foram extra sístoles ventricularesem
quatrocasos; ritmo juncional, hipotensão, bradicardia sinusal, extra sístoles supraventriculares,
12
TABELA
I - Caracteristicas Clínicas eEpidemiológicas dos
Pacientessubmetidos
aCardioversão
Elétricano
Institutode
Cardiologiano
períodode
novembro
de el993
e abrilde
1994.Cardioversão Cardjoversão
TOTAL
Bem
Sucedida
Mal
Sucedida
Idade
Média
57.5 57.83 57.57Sexo Masculino/Feminino
3/5 1/1 2/3Cor Branca
24
6
30
Fibrilação Atrial
14
317
Fumar
Ama:
10
D 3 A 13Fonte:
Bando
deDados
do TrabalhoTABELA
II -Doenças
de
Base
nos
Pacientessubmetidos a Cardioversão
Elétricano
Institutode
Cardiologiano
períodode
novembro
de
1993
a abril de 1994.N” de
%
TOTAL
de
DOENÇAS
DE
BASE
DIAGNÓSTICOS DIAGNÓSTICOS
Hipertensao
ArterialCoronariana
13 43.3Doença
ArterialCoronariana
9
30.0Doença
Cardíaca
Reumática
7
23.3Cardiomiopatia
Dilatada
5 16.7Doença
Valvar
não
Retunâtica
4
13.3Arritmia
Isolada
2
6.713
TABELA
III - Arritmia Prévianos
Pacientessubmetidos
âCardioversão
Elétrica e
Resultado
do
Procedimento
no
Institutode
Cardiologia
no
períodode
novembro
de 1993
a abrilde
1994.FLÚTTER
N°
%
N°
%
Sucesso
14
82.4
10
76.9Insucesso
3 17.6 323
.1TOTAL
1 17 100.0 13 100.0Fonte:
Banco
deDados
do TrabalhoTABELA
IV
-Doenças
de
Base
nos
Pacientessubmetidos
à Cardioversão Elétrica e aResposta ao Procedimento
no
Institutode
Cardiologia
no
períodode
novembro
de 1993 a
abrilde
1994.l
DOENÇA
DE
BASE
TOTAL
N”
DIAG.
N°
DIAG.
P
COM
COM
._ 1
sUcEsso
.INSUCESSQ
1 1
'
Hipertensão
ArterialSistêmica
Doença
ArterialCoronariana
Doença
Cardíaca Coronariana
Miocardiopatia
Dilatadai 139
7 510
3 0.53NS
8 l 0.39NS
6
1 0.56NS
4
1 0.74NS
Obs.:
NS
= Não
Significativo83%
67%
GRÁFICO
2
245
mm
GRÁFICO
1Tamanho
do
ÁtrioEsquerdo
ID>45mm
I<45mmI
El IRESULTADOS
17% I Dsucesso IlnsucessoI
=
I 75%Resultado
GRÁFICO
3
<45
mm
33% Dsucesso -insucesso_
I =' I 25%0 NUMERO DE CASOS « 12 10 Q O -h 2..
GRÁF1co
4
Tamanho
AtrialEsquerdo
os
9/
_
8 7 NUMERO DE CASOS N w à uz m ' 05 1-RESULTADO
D>
= 45mm
I<
45mm
0 V im-¬‹›‹ .^‹¬-‹^››:.‹›§L^:*j=;¡¡n'¿';v,\'›;`?›¬-.â-'‹‹- :¬:,;-fz;-‹gf›_z Sucesso insucessoGRÁFICO
5
-/11
O
Indeterminedo < 1 de 1 a 30 >= 365TEMPO
(dias)RESULTADO
DSUCESSO
IINSUCESSO
01GRÁFICO
ó
O-l|\76J-hU'I0)\IW<O
NUMERO
DE
CASOS
Obsuvagão
HAS
Hipextzrzsão A1tem1S1st.êrmcaDR
Doenga ReumânczDC
Doem;aCo:onar1anaCDM
Caxd\om1opauaD11mdz 08HAS
DR
DC
CDM
GRÁFICO
7 NÚMERQ DE cAsos _›_¡_A CN)-ãRESULTADO
RESULTADO
DSUCESSO
IINSUCESSO
|DADE
(anos)D<
50 anusI>=
50 anos '\-Y b wwvøuvm ›\\›\. lê. fi'r2\ f- mz ס¡-mäši 2 asa ÊF2: =~
Sucesso InsucessoNÚMERO DE cAsos 20 18 -L-4 #05 12 10 8 6 4 2.. O _/
GRÁFICO
s
19 3 ;§¿.. _,,. I. . ,_ V 2 êéif;-‹~1SUCESSO
INSUCESSO
RESULTADO
NYHA
Die"
IHIGIV
"-.‹'¡:.¿››~2-1;;.:§_›‹¿1$,;g'§¿\:¡3§;¿-¢-ê-fi.Fí;¿fl›z.zw ;<~.r-_-',/
|>|scussÃo
A
Fibrilação Atrial está associada aum
aumento
da
taxade
mortalidadena
população
geralz-Em
pacientescom
esta arritmia a incidênciade
acidente vascular cerebralé
bem
maior3›3que na população
geral.Além
disto, pelo fato a conttatilidade atrialparticipar
no
índice de débito cardíaco, durante a instalaçãodo
ritmode
Fibrilação Atiialhá
uma
diminuiçãodo
débito cardíacopor
queda
do
enchimento
ventricu;lar12›13=17.As
estratégias atuais para reversão ao ritmo sinusal são realizadasquimicamente
com
ouso de
drogas antiairitmicas, classificadasde acordo
com
o seu
mecanismo
de ação.Grupo
IA
(Quinidinaf),IC
(Propafenona) e III(Amiodarona), o grupo
I são osbloqueadores
de
canal de cálcioenquanto
III prolonga a repolarização.Outra
estratégia é a cardioversãoelétrica, por
meio
deuma
descarga diretade
corrente elétrica,além da
cirurgiaem
casosrefratáriosnffl.
A
cardioversão elétricada
Fibrilação Atrial ébem
sucedidaem 89%
dastentativas, e
muitos dos
pacientestinham
sido assistentes à quinidina17.Outros
autoresdescrevem
indicesde
sucesso entre80-90%13.
Na
nossa amostra
a taxade
sucesso foide
82,4%.
Já a cardioversãodo
Flütter Atrial alcança indices ainda maiores,97%4
enquanto
em
nosso
estudoo
índice de sucesso foide 76,9%,
porém
não
houve
diferença significativano
resultado (teste exatode
Fisher p=0,53).19
Desde
a introduçãoda Cardioversão
Elétricana
prática clínica,o
estudodos
fatores relacionados
ao
insucessoda
cardioversãotêm
sido relacionadosem
diversas publicações5›6›7.A
Cardioversão Elétricapode
ser realizada eletivamenteou
em
situaçãode
emergência,
sendo
em
comparação
com
a cardioversão farmacológica,um
método
mais
direto e imediato
com
menos
efeitos adversos,porém
há
riscosde complicações
anestésicas, precipitaçãode
fibrilação ventricular eum
pequeno
riscode
embolização5.De
acordocom
a etiologia existe diferençana manutenção do
ritmo sinusal.Podemos
citar, porexemplo,
artigosque
mostram
a relação entreo
tempo
livreda
arritmiacom
adoença
de base15›13,bem
como
relacionando adoença
debase
ao percentil desucesso
da
cardioversãoó.Embora
haja opiniões divergentesõafrrmando que
a etiologia sódevera ser relacionada ao insucesso a
longo
prazo.Nesse
estudoforam
aualizados as seguintesdoenças
de base:Doença
ArterialCoronariana,
Doença
Cardíaca Reumática, Hipertensão Arterial Sistêmica e CardiomiopatiaDilatada,
não sendo
nenhuma
signiticativamente relacionada ao resultadoda
cardioversão.Segundo
James
J. Morris, 1966, pacientescom
Estenose
Mitral, MiocardiopatiaHipertrófica
Idiopática,Doença
Cardíaca Congênita,F
ibrilação Atrial Isolada, Miocardite,Wolff
Parkison White,Sindrome de
Marfan
eDoença
Pulmonar mostram
altapercentagem
de
manutenção
do
ritmo sinusal. Já aDoença
Cardíaca
Hipertensiva eIsquemica
mostraram
baixa
percentagem de manutenção
do
ritmo sinusialapós
cardioversão.Quanto
a duração préviada
arritmia antesdo
cardioversãoao
ritrno sinusal, vários autores relatam sua experiênciaem
sendo
esteo
fatormais
importantecomo
20
prognóstico
no
resultadodo
procedimento3› outros relatam serde
importância aduração
abaixo
de 6
meses
e abaixo deum
mês
da
fibrilação atrial7,uns
consideram
aduração
menor
de
12 meses2›9›13.Já Isabelle
V.
Gelder, 1989,não encontrou
evidênciade que
um
tempo
préviode
arritmia estava relacionado ao insucessoda
cardioveisão.O
tempo
limitede
duraçãoprévia
de
arritmia nestes trabalhos foide
1 ano2›9›13.Na
nossa amostra encontramos apenas
um
caso nesta situação,o
que
sedeveu ao
perfildos
pacientes atendidosna Unidade
Coronariana,
que
sãoem
geral pacientesagudamente
enfermos.Outra
variavel tratada foio
tamanho
atrial esquerdo.Segundo
John A.
Cairns,1991, alguns investigadores
têm
relatadoque
oaumente
atrialesquerdo
prediz a longoprazo a
manutenção
do
ritlno sinusal,assim
como
Michael
M.
Garret, 1990.Porém
outrostrabalhos
contestam
este dado5›319.Na
nossa amostra
não
demonstramos
diferença significativana
taxade
sucessoda
cardioversão relacionadaao
tamanho
atrialesquerdo
(gráficos 1, 2, 3 e 4),
que
vaiao
encontrodos dados
publicadospor
Gavin
W.
N.
Dalzell.Enquanto Michael A. Brodsky,
1989, sugereque
moderado aumento
atrialesquerdo
(4-6cm) pode
sermantido
ritmo sinusal.Em
pacientescom
dilataçãomaior que 6
cm
éimprovável
amanutenção do
ritmo sinusal.Frequentemente
é relacionado a variável idadeacima dos 50 anos ao
insucessoda
cardioveisão19.Segundo
John A. Caims, o
aumento
da
prevalênciada
Fibrilação Atrialcom
a idade é associadacom
aumento da
prevalênciade
doença
cardíaca preexistente, econclui
mais
adianteque
fatorescomo
a idadenão têm
sido significativos alongo
prazocomo
preditoresda manutenção
do
ritmo sinusal, fato esteapoiado por
outros autores7›1°,21
A
respeitoda
classe funcional, autores acreditamque
NYHA
para tolerância à exerciciospode
ser significativo fator influenciandoo
número
de
dias livresde
airitmialo.Outros vão
além,dizendo que
a classe funcionalsó
pode
ser considerada alongo
prazos.J.J. Moris, 1966,
notou
diferença significativa entreo
grupo de
pacientesem
classefuncional I e [l daqueles
em
classe funcional III eIV
osnossos
resultadoscontestam
esse‹:oN‹:wsÃo
Após
6
meses
de
coletade dados
no
Institutode
Cardiologiada
Fundação
Hospitalar
de
Santa Catarina verificamosque
a Fibrilação e Flütter Atriaisforam mais
frequentemente encontrados nas
mulheres que nos
homens
numa
relaçãode
3:2.A
idademédia
desses pacientes foi de 57,57
anos, eem
sua
totalidadeo grupo
eiacomposto
de
indivíduos brancos.As
doenças mais
frequentemente relacionadas à Fibrilação e Flütter Atriaisforam
a Hipertensão Arterial Sistêmica,Doença
Arterial Coronariana,Doença
CardíacaReumática,
Miocardiopatia Dilatada eDoença
Valvular
Não-Reumática
enenhuma
obtevesignificância estatística
no
resultadodo procedimento
(p<
0,05).Os
indices de sucessomais
altosforam
encontrados naqueles individuosportadores
de
Fibrilação Atrial (82,4%),enquanto
os indivíduoscom
Flütterobtiveram
indices
menos
expressivos (76,9%), ao
contráriodos
dados de
literatura.O
tamanho
atrial esquerdo,mais que 45
mm,
idadeacima de
50
anos,duração
prévia
de
anitlnia,bem
como
ClasseFuncional
(NY HA)
não
obteve significância estatística23
Entre as
complicações mais
comuns
estaam
as extra sístoles ventriculares, ritmojuncionahhipotensão,
bradicardia sinusal extra sístoles supiaventriculares, batimentosde
fusão, vômitos, sonolência e cefaléia.
z
Devemos também
mencionar que
este, tiata-sede
um
estudo descritivo, pois.
/
. .não
foi alcançadonúmero
suficiente `de candidatosao
procedimento
para se obter1 2. 3
4
5lztrlilzíiwcms
|3||3uoe|2Áfl‹:As
BONCHEK,
L.I.,BURLINGAME,
M.W.,
WORLEY,
S.J., et al.Cox/Maze
procedure
for atrial septal defect
with
atrial fibrillation:Management
Strategies.ANN
Thorac
Surg; 551607-610, 1993.BRODSKY,
M.A.,
BYRON,
J.A.,CAPPARELLI,
E.V., et al.Factors determining
maintenance
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desfibrillation atlasof
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101117-124.CRIJNSE,
Harry
J. Predictionof uneventful cardioversion
and
maintenance
of
sinus
rhytm from
directcurrent
eletrica!cardioversion
ofchronic
atrial25
6.
DALZELL,
G.W.N.,
ANDERSON,
J.,ADGY,
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ANEXO
FATORES RELACIONADOS
AO
INSUCESSO
DA
CARDIOVERSAO
~ELETRICA
zDA
FIBRILAÇAO/FLUTTER ATRIAIS
~PROTOCOLO
PARA
COLETA
DE
DADOS
1.
DADOS
DE
IDENTIFICAÇÃO:
01. N°:
O2.
REGISTRO:
03
SOBRENOME:
O4.NOME:
05.
IDADE:
SEXO:
[ ] 1.Masculino/
2.Feminio
RAÇA:[
]1.B.
/2.N./3.
A.
06
O7
II -DADOS
DE
PRÉ-CARDIOVERSÃO
DOENÇAS
DE
BASE:
O8
09
10 ll 12 1314
1516
17 1820
2122
19. ._ ¿ - J.Duração
préviada
arritmia: ... .. dias ... .. horas .mdeterminada
doença
arterial eoronaria 1.Sim
/ 2.Não
doença
cardíaca reumática 1.Sim/
2.Não
hipertensão arterial sistêmica 1.
Sim/
2.Não
doença
cardíaca congênita 1.Sim/
2.Não
cardiomiopatia dilatada 1.
Sim/
2.Não
cardiomiopatja hipeitrófica 1.
Sim/
2.Não
cardiomiopatia restritiva 1. Sirn / 2.
Não
doença
valvular não-retunática 1.Sim/
2.Não
Hipeitiroidismo 1.
Sim/
2.Não
arritmia isolada 1.
Sim/
2.Não
miocardite 1.
Siin/
2.Não
alcoolismo 1.
Sim/
2.Não
adido
em
drogas 1.Sim
/ 2.Não
23. Episódios prévios
de
fibrilação [ ] 1.Sim
/ 2.Não
24.
Há
quanto tempo:
... ..meses
.25.
Freqüência
do
último ano: ... .. vezes.26
Episódios
préviosde
flütter [ ] 1.Sim
/ 2.Não
27.
Há
quanto tempo:
... ..meses
28.
Freqüência
do
último ano: ... .. vezes29. Classe funcional
(NYHA):
1.CF
I e II / 2.CF
III eIV
30. Índice cardiotorácico: ... ..%
31.
Tamanho
atrial esquerdo: ... _.cm.
32.
Tamanho
atrial direito: ... ..cm.
33.
Diâmetro
do
ventrículoesquerdo
34. Final diástole: ... ..
cm.
35. Final sístole: ... ..
cm.
36.
Amplitude
máxima
dasondas
fem
VI: ... ..mm.
37.
Concentmção
plasmáticade
K+:
... ..mEq/1.
38. Tratados comdiuréticos [ ] 1.
Sim/
2.Não
39.
Tratadoscom
inibidoresda
ECA
[ ] 1.Sim/
2
Não
40.
Em
uso
do
digital [ ] 1.Sim/
2.Não
41. Retirado
do
digital [ p] 1.Sim
/ 2.Não
42.
Em
uso
do
Ve.rapamil[ ] 1.Sim/
2.Não
43. Retirado
do
Verapamil
[ ] 1.Sim/
2.Não
III -
DADOS
DE
TRANS-CARDIOVERSÃO
44.
Carga
máxima
utilizada para cardioversão: ... ._ Joules45.
Número
de
vezes:46.
Carga
Total: ... .. Joules47.
Resultado
[ ] 1.Sucesso
/ 2. lnsucessoIV
-DADOS
DE
PÓS-CARDIOVERSÃO
48.
Tempo
de
permanência na
Unidade
Coronariana: ... ..h
49.
Recidiva
da
fibrilação/flütter [ ]1.
Sim
(dentrodo
tempo
de permanência na
coronária)50.
Drogas
de
manutenção
[ ] 1.Quinidína
2.Amiodarona
3.Procainamida
4.Disopiramida
5. Propanolol 6. Outras: ... ..V
-COMPLICAÇÕES
DO
PROCEDIMENTO
51. [ 52. 53. [ 54. [ 55. 56. 57. 58. 59. 60. 61. 62.Co
63. 64. 65. 66. 67. 68.[ ]
Edema
pulmonar
1.Sim
/2.Não
]Embolia
Sistêmica 1.Sim/
2.Não
]
Bloqueio
átrio-ventricular1. l°
Grau
2. 11°
Grau
(tipo I) 3. Il°Grau
(tipo II) 4. Total5.
Não
Í Í
Ritmo
nodal 1.Sim
/ 2.Não
Ç 1 Extrzisístoles ventriculares 1.
Sim/
2.Não
l fEx1Iasístoles supraventn`cuIares 1.
Sim
/ 2.Não
[ l Assitolia 1.
Sim
/ 2.Não
Í i Taquicardia ventricular 1.
Sim/
2.Não
Q ll
Elevação de
transaminases 1.Sim
/ 2.Não
: 1
Elevação
enzimáticaCK,
CK~MB
1.Sim/
2.Não
mplicações
Anestésicas:; l
Depressão
respiratória 1.Sim/
2.Não
Í 1
Broncoespasmo
l.Sim/
2.Não
Ç L Crise
hipenensiva
1.Sim/
2.Não
Í `_
Agitação psicomotora
1.Sim/
2.Não
I L
Complicações não
descritas 1.Sim/
2.Não
: l Orientações
de
Alta1.
Ambuizióúo
2.Enfezmzúz
3.Óbito
]
Queimadlua
1° grauou
eritemano
sitiodo
eletrodo 1Sun
/2
Nao
TCC
UFSC
CM
0305
Ex.l N-Ch=1m-TCC
UFSC
CM
0305~Autor: Santos, Sérgio Ric
Título: Fatores relacionados ao insucess
972801814 Ac. 253469