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A expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH em direção ao Vetor Norte Central, nos períodos 1986-1991 e 1995-2000∗

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A expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH em direção ao Vetor

Norte Central, nos períodos 1986-1991 e 1995-2000

Joseane de Souza1 Fausto Reynaldo Alves de Brito∗∗∗

Palavras-chave: Expansão urbana, periferização, migração intrametropolitana, movimento pendular.

Resumo: Esse artigo tem com objetivo analisar o processo de expansão urbana de Belo Horizonte e da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) em direção ao vetor Norte Central, o mais pobre dentre todos os vetores de expansão daquela região metropolitana. Mesmo nessas condições, o “Norte Central” se destacou, na última década, como o principal vetor de expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH, posição historicamente ocupada pelo vetor Oeste, área de considerável concentração industrial.

Nessa análise, será dada ênfase ao processo de expansão urbana metropolitana em direção ao município de Ribeirão das Neves: um município pobre que tem atraído, anualmente, considerável número de migrantes intrametropolitanos, principalmente aqueles expulsos da Capital pelos seus perversos mecanismos de seletividade populacional. A atração exercida por Ribeirão das Neves relaciona-se às características de seu mercado imobiliário, que vem, já há algumas décadas, se especializando em loteamentos para a população de baixa renda.

Nesse artigo será analisada, ainda, a mobilidade pendular entre Ribeirão das Neves e Belo Horizonte, em 1992 e 2002, uma vez que essa discussão é imprescindível para tornar claro o papel exercido por aquele município no complexo processo de expansão urbana metropolitana.

Trabalho apresentado ao XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu – MG, Brasil, de 29 de Setembro a 03 de Outubro de 2008.

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Doutora em Demografia, pelo CEDEPLAR/UFMG

∗∗∗

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A expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH em direção ao Vetor

Norte Central, nos períodos 1986-1991 e 1995-2000

Joseane de Souza** Fausto Reynaldo Alves de Brito∗∗∗

I - Introdução:

A dinâmica demográfica das regiões metropolitanas brasileiras vêm despertando, já há algum tempo, o interesse de pesquisadores de várias áreas do conhecimento. O interesse particular da demografia se justifica pelo intenso ritmo de crescimento populacional apresentado por essas áreas, sendo esse cada vez mais circunscrito ao âmbito das migrações internas, tendo em vista os declínios da mortalidade e da fecundidade observados em praticamente todas as classes sociais, de todo o país.

Além disso, esse interesse se relaciona ao arrefecimento das migrações rurais-urbanas, ao processo de metropolização e ao aumento das migrações intrametropolitanas do tipo urbana-urbana e urbana-rural.

Nesse artigo, será analisado o processo de expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH em direção ao vetor de expansão metropolitana Norte Central. Esse vetor é formado pelos municípios de Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Vespasiano e São José da Lapa e é o mais pobre de toda a RMBH.

Mesmo nessas condições, o vetor Norte Central se destacou, na última década, como o principal vetor de expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH, posição historicamente ocupada pelo vetor Oeste, onde se localizam os municípios de Contagem, Betim e Ibirité, onde se verifica considerável concentração industrial.

Como o processo de expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH está intrinsecamente relacionado à migração intrametropolitana, a emigração de Belo Horizonte em direção a Neves será quantificada e qualificada e, nesse sentido, serão utilizados alguns indicadores sócio-econômicos. Será analisada, também, a mobilidade pendular entre os dois municípios, uma vez que essa discussão é considerada imprescindível para tornar claro o papel exercido por Ribeirão das Neves no complexo processo de expansão urbana metropolitana.

Como fonte de dados serão utilizados os censos demográficos de 1991 e 2000 e as pesquisas origem-destino de 1992 e 2002.

II – Características da dinâmica demográfica da RMBH e as migrações intrametropolitanas no período 1986-1991 e 1995-2000

A RMBH, atualmente composta por 34 municípios, incluindo o município de Belo Horizonte, o seu núcleo. Para efeitos analíticos considerou-se, nesse trabalho, a divisão espacial do MAPA Nº1.

Trabalho apresentado ao XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, ABEP, realizado em Caxambu – MG, Brasil, de 29 de Setembro a 03 de Outubro de 2008.

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Doutora em Demografia pelo CEDEPLAR/UFMG

∗∗∗

Doutor em Demografia, Professor e Pesquisador do CEDEPLAR e do Departamento de Demografia da UFMG.

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MAPA Nº1:

RMBH – DIVISÃO ESPACIAL, SEGUNDO OS VETORES DE EXPANSÃO METROPOLITANA

Fonte: SOUZA, Joseane (2008)

Sua população, de 4.358.288 habitantes, em 2000, é resultante de um incremento de aproximadamente 153%, em apenas 30 anos, o qual vem ocorrendo em ritmo cada vez menor e de forma bastante diferenciada entre seus vários municípios. O ritmo de crescimento de Belo Horizonte manteve-se alto e crescente até os anos 50, apresentando-se em declínio a partir dos anos 60. Naquele mesmo período teve início, na RMBH, o processo de inversão demográfica, passando a periferia a crescer mais rapidamente que o centro. Dos anos 70 em diante o ritmo de crescimento populacional da periferia também arrefeceu, mas ainda hoje permanece mais acelerado que o ritmo de crescimento do município central (GRÁFICO Nº1).

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GRÁFICO Nº1

BH, RRMBH e RMBH – TAXA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO (1940-2000)

0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 1940/50 1950/60 1960/70 1970/80 1980/91 1991/00 Período T x . Cr es c im ent o P o pulac ion al BH RRMBH RMBH

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1940 a 2000

Entre 1991-2000, a população de Belo Horizonte cresceu a um ritmo médio anual de 1,17%, o menor ritmo de crescimento de toda a RMBH. Como conseqüência desse comportamento, a participação relativa do crescimento populacional de Belo Horizonte para o incremento absoluto da população da RMBH diminuiu de praticamente 92%, nos anos 40, para pouco mais de 26%, em 2000.

Os ritmos mais elevados de crescimento populacional foram observados, naquele período, nos Vetores Sudoeste, Norte Central e Oeste, respectivamente. No entanto, como no Vetor Sudoeste residiam apenas 3,13% da população metropolitana, em 2000, sua contribuição para o incremento absoluto da mesma foi ínfima (6,28%). Significa dizer que o crescimento populacional dos municípios localizados nos Vetores de Expansão Oeste e Norte Central, é o que, de fato, contribui para o incremento da população metropolitana. Entre 1991 e 2000, a participação relativa desses dois vetores no incremento populacional da RMBH foi superior a 57%.

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TABELA Nº1:

BH E VETORES DE EXPANSÃO METROPOLITANA: POPULAÇÃO, TAXA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO E PARTICIPAÇÃO RELATIVA NO INCREMENTO ABSOLUTO (1991 – 2000)

1991 2000 BH e vetores Absoluto (%) Absoluto (%) Taxa de crescimento Participação no incremento BH 2.020.161 57,34 2.238.526 51,36 1,17 26,14 Oeste 713.197 20,24 1.005.736 23,08 3,97 35,02 Norte Central 336.546 9,55 523.171 12,00 5,12 22,34 Norte 130.715 3,71 165.414 3,80 2,70 4,15 Leste 122.991 3,49 151.651 3,48 2,40 3,43 Sul 115.514 3,28 137.413 3,15 1,98 2,62 Sudoeste 83.784 2,38 136.260 3,13 5,66 6,28 Total 3.522.908 100,00 4.358.171 100,00 2,44 100,00 Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1991 e 2000

O processo de inversão demográfica está intrinsecamente relacionado às migrações internas: se por um lado o processo de metropolização é alimentada pelas migrações interestaduais e intraestaduais, a periferização e, portanto, a expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH relaciona-se basicamente às migrações intrametropolitanas. Essas estão, por sua vez, associadas: ao preço da terra, uma vez que o espaço metropolitano se caracteriza por ser heterogêneo, em sua formação; ao acesso da população aos serviços de infra-estrutura urbana e às condições econômicas dos indivíduos. Refletem o processo de segregação sócio-espacial da população, além de alterarem a distribuição espacial da população no espaço metropolitano e influenciarem nos ritmos de crescimento de cada um de seus municípios.

Os dados censitários revelaram que a migração intrametropolitana na RMBH é, além de intensa, crescente, sendo o município de Belo Horizonte a principal região de origem da mesma. Belo Horizonte apresentou saldo migratório negativo elevado e crescente, ao longo do período, tendo as migrações intrametropolitanas contribuído, juntamente com o comportamento declinante da fecundidade, para arrefecimento do seu ritmo de crescimento populacional. Os dados de cada Censo indicam que a população belo-horizontina seria, em cada um dos períodos em questão, aproximadamente 5,5% maior, caso não tivesse ocorrido trocas populacionais entre a Capital e a RRMBH.

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TABELA Nº2:

BH e VETORES DE EXPANSÃO METROPOLITANA – INDICADORES DA MIGRAÇÃO INTRAMETROPOLITANA (1986-1991 e 1995-2000)

1986-1991 1995-200 BH e Vetores

de expansão I E SM TLM I/E I E SM TLM I/E

BH 8.832 120.920 -112.088 -5,55 0,07 17.228 141.138 -123.910 -5,54 0,12 Oeste 79.871 26.418 53.453 7,49 3,02 89.339 49.855 39.484 3,93 1,79 Norte Central 55.209 7.302 47.907 14,23 7,56 66.600 14.807 51.793 9,90 4,50 Norte 6.721 4.926 1.795 1,37 1,36 11.574 5.469 6.105 3,69 2,12 Leste 6.770 3.255 3.515 2,86 2,08 9.667 4.970 4.697 3,10 1,95 Sul 4.533 4.100 433 0,37 1,11 8.217 4.942 3.275 2,38 1,66 Sudoeste 8.637 3.652 4.985 5,95 2,37 22.662 4.106 18.556 13,62 5,52 RMBH 170.573 170.573 0 225.287 225.287 0

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1991 e 2000

Com exceção de Belo Horizonte, em todos os vetores de expansão, o impacto dos movimentos migratórios intrametropolitanos foi positivo, ou seja, contribui para a elevação do ritmo de crescimento, ou pelo menos amenizou o efeito da queda da fecundidade sobre o mesmo. Os casos mais notáveis são aqueles dos vetores Oeste e Norte Central, principais destinos dos emigrantes intrametropolitanos belo-horizontinos, naqueles períodos.

No entanto, o elevado saldo migratório, a TLM e o Índice de Reposição relativos ao vetor Norte Central, no período 1995-2000, nos permitem afirmar que ele é, na atualidade, o principal vetor de expansão urbana da RMBH, passando, naquele período, a ocupar o lugar historicamente pertencente ao vetor Oeste.

III – A expansão urbana de BH e da RMBH em direção ao vetor Norte Central:

Formado pelos municípios de Ribeirão das Neves, Santa Luzia, Vespasiano e São José da Lapa, o vetor Norte Central se afirma como importante Vetor de expansão de Belo Horizonte e da RMBH a partir dos anos 60.

O elevado ritmo de crescimento populacional por ele exibido, a partir dos anos 60, fez com que sua população aumentasse de 18.960 habitantes (2,05% da população total da RMBH) para 523.180 habitantes (12% da população da RMBH), em 2000, transformando-se, em um espaço de tempo relativamente curto, no segundo mais populoso vetor de expansão da RMBH.

Entre 1960 e 1970, sua população cresceu a um ritmo médio anual 9,6%. Naquela ocasião a população da RMBH crescia a uma taxa elevada, porém inferior àquela exibida pelo Vetor Norte Central. Aliás, desde aquele período a população do vetor norte central vem crescendo mais aceleradamente que a população da RMBH, embora em ambos o ritmo de crescimento tenha arrefecido, ao longo do tempo (GRÁFICO Nº2).

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GRÁFICO Nº2:

RMBH e VETOR NORTE CENTRAL - TAXA DE CRESCIMENTO POPULACIONAL (1940-2000) 0 2 4 6 8 10 12 14 1950-1960 1960-1970 1970-1980 1980-1991 1991-2000 Período T a x a de C res c ime nt o N Central RMBH

Fonte: IBGE – Censos Demográficos 1940 a 2000

Nos anos 70 o vetor Norte Central experimentou a sua mais elevada taxa de crescimento populacional (12,36% ao ano), em função do espetacular crescimento de Ribeirão das Neves, que naquele período apresentou um incremento populacional médio anual de 21,36% (TABELA Nº3).

TABELA Nº3:

MUNICÍPIOS DO VETOR NORTE CENTRAL - TAXA GEOMÉTRICA DE CRESCIMENTO E PARTICIPAÇÃO RELATIVA NO INCREMENTO ABSOLUTO DA POPULAÇÃO DO VETOR

(1940 – 2000)

Taxa de Crescimento Participação Relativa Período

Neves S.Luzia Vesp+S.J.L Total Neves S.Luzia Vesp+S.J.L Total 1960/70 4,27 7,24 - 9,60 11,66 44,70 43,65 100,00 1970/80 21,36 9,00 7,26 12,36 54,93 33,02 12,05 100,00 1980/91 7,16 7,87 7,39 7,48 41,55 42,28 16,18 100,00 1991/00 6,30 3,38 5,95 5,12 55,18 25,22 19,59 100,00

Fonte: FIBGE – Censos Demográficos de Minas Gerais (1940 a 2000)

De modo geral, as taxas de crescimento exibidas por Neves vêm se destacando em relação à dos demais municípios daquele vetor, fato esse que se relaciona à dinâmica de seu mercado imobiliário. Embora a prática do parcelamento da terra tenha se iniciado nos anos 40, até a década de 70 Ribeirão das Neves era um espaço constituído por grandes vazios demográficos, pois apesar do elevado número de lotes lançados anualmente, sua efetiva ocupação era relativamente lenta em função da morosidade no processo de venda e da incapacidade financeira do adquirente em pagar a prestação e construir a edificação simultaneamente.

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Na década de 70 se observou uma verdadeira explosão do mercado imobiliário daquele município, com o lançamento de 35.551 novos lotes populares - caracterizados pela carência de infra-estrutura urbana e pela carência de áreas destinadas ao uso institucional e coletivo - no mercado. E, apesar do arrefecimento da prática do parcelamento das terras, observada a partir dos anos 80, pode-se dizer que ela continua bastante intensa em Ribeirão das Neves, contribuindo, juntamente com a ocupação de loteamentos lançados em períodos anteriores, para a sustentação de suas taxas de crescimento populacional, em altos patamares.

Apesar de Ribeirão das Neves ser um dos municípios mais pobres de toda a RMBH, o município vem atraindo um grande número de indivíduos expulsos de outros municípios da RMBH, principalmente da capital, onde a terra é praticamente inacessível à população de baixa renda.

Nesse contexto, pode-se dizer que não é Neves que atrai população, mas Belo Horizonte que a expulsa e que a atração exercida por Neves é, na verdade, o reflexo do grande poder de retenção exercido por Belo Horizonte e pela RMBH, dada a concentração da atividade econômica, nesse espaço. Residir em Neves representa para muitos uma oportunidade, senão a única, de adquirir moradia própria, de continuar residindo nas proximidades da capital e de estar inserido no mercado de trabalho metropolitano.

IV - Quem são os imigrantes intrametropolitanos de Ribeirão das Neves

Entre 1986-1991 Ribeirão das Neves recebeu um total de 29.549 imigrantes intrametropolitanos, sendo a grande maioria (84%) proveniente de Belo Horizonte. Daquele período para o qüinqüênio 1995-2000 o número de imigrantes intrametropolitanos em Ribeirão das Neves aumentou para 37.471 indivíduos, dentre os quais 29.445 (78,58%) declararam a Capital como município de residência anterior.

TABELA Nº4:

RIBEIRÃO DAS NEVES - IMIGRANTES INTRAMETROPOLITANOS, SEGUNDO O VETOR DE ORIGEM (1986-1991 e 1995-2000) Vetor de expansão 1986-1991 (%) 1995-2000 (%) Belo Horizonte 24.872 84,17 29.445 78,58 Oeste 2.845 9,63 4.921 13,13 Norte Central 924 3,13 1.872 4,99 Norte 179 0,60 262 0,70 Leste 259 0,88 523 1,40 Sul 234 0,79 193 0,52 Sudoeste 235 0,79 254 0,68 Total 29.549 100,00 37.471 100,00

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1991 e 2000

Além da Capital, Neves recebeu, nos dois qüinqüênios, indivíduos provenientes do vetor Oeste e de outros municípios do próprio Norte Central. Mas como a emigração de Belo Horizonte em direção àquele município é a mais significativa do ponto de vista do processo de expansão urbana da RMBH, apenas esse fluxo será analisado.

Os imigrantes intrametropolitanos de Ribeirão das Neves são, em geral, jovens, identificando-se apenas um ligeiro predomínio de mulheres em relação aos homens, em cada qüinqüênio. As idades média e mediana estimadas para os emigrantes do período 1986-1991 foram iguais a 25,76 e 24,16 anos, respectivamente. E embora a estrutura etária dos

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emigrantes do período 1995-2000 apresente-se mais envelhecida, comparativamente àquele do período 1986-1991, pode-se dizer que permanece bastante jovem, com idades médias e medianas de 27,8 e 26,5 anos, respectivamente.

GRÁFICO Nº3:

RIBEIRÃO DAS NEVES – ESTRUTURA ETÁRIA DOS IMIGRANTES

INTRAMETROPOLITANOS, PROVENIENTES DE BELO HORIZONTE (1986-1991 e 1995-2000)

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1991 e 2000

Dentre os emigrantes do período 1986-1991 o grau de analfabetismo apresentou-se relativamente elevado, e igual a 12,8%, porém apresentou-se significativamente mais alto entre as mulheres, uma vez que mais de 16% das mulheres daquele fluxo não sabiam ler nem escrever um simples bilhete (IBGE, 2000). Esse resultado, associado a outras observações pertinentes à dinâmica demográfica metropolitana, nos leva a inferir sobre a elevada participação de mulheres chefes de domicílio nesse fluxo. Sendo assim, muitas mulheres estão utilizando a migração intrametropolitana como uma estratégia de sobrevivência familiar, comportamento anteriormente atribuído à migração masculina, uma vez que se admitia que a migração feminina se relacionava eminentemente a fatores não-econômicos. O grau de analfabetismo caiu muito, se considerarmos os imigrantes nevenses, no período 1995-2000: não chegava a 7% o número de analfabetos, sendo importante ressaltar que, em termos relativos, o analfabetismo permaneceu mais intenso entre as mulheres migrantes.

Os indivíduos que se mudaram de Belo Horizonte para Neves no período 1986-1991 apresentaram níveis de escolaridade extremamente baixos. Naquele fluxo era relativamente alto o número de analfabetos funcionais (60%) e muito baixas – e iguais a 4,65 e 3,62 anos de estudo, respectivamente - as escolaridades média e mediana. O emigrante do período 1995-2000 apresentou um nível de escolaridade mais alto, mas os valores médio (5,74 anos) e mediano (4,61) confirmaram que Neves continua recebendo indivíduos com baixos níveis de instrução formal. 1986-1991 10 5 0 5 10 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 + G rupos etár io s (%) Mulher Homem 1995-2000 10 5 0 5 10 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 a 69 70 a 74 75 a 79 80 + G rupo s etár io s (%) Mulher Homem

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GRÁFICO Nº4:

RIBEIRÃO DAS NEVES –IMIGRANTES INTRAMETROPOLITANOS, PROVENIENTES DE BELO HORIZONTE, COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 20 ANOS, SEGUNDO O GRAU DE

ESCOLARIDADE (1986-1991 e 1995-2000) 0,00 10,00 20,00 30,00 40,00 50,00 60,00 70,00 0 a 4 5 a 8 9 a 11 12 a 16 17+ Anos de Es tudo (%) 1986-1991 1995-200

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1991 e 2000

Detectou-se, através dos Censos de 1991 e 2000, que entre os emigrantes de Belo Horizonte para Neves as taxas de atividade são, em geral, baixas. Dentre os emigrantes do período 1986-1991, com 10 anos ou mais de idade, 48,9% declararam terem trabalhado nos 12 meses – ou pelo menos em parte deles – anteriores à data de referência. Para a RMBH a taxa estimada para o mesmo período era de 52,21%2.

A taxa de atividade estimada pelo CEDEPLAR (2004), para a RMBH, para o período 1991-2000 apresentou-se inferior àquela referente à década de 80, indicando o aumento do nível de desemprego na RMBH, durante os anos 90. Curiosamente, ao estimarmos as taxas de atividade entre aqueles que emigraram de BH para Neves no qüinqüênio 1995-2000, encontramos um valor superior àquele referente aos emigrantes do período 1986-1991.

Esse recrudescimento se explica pelo aumento da atividade feminina, tendo sido detectada, inclusive, uma redução das taxas de atividades masculinas, entre os homens daquela coorte comparativamente à coorte migratória do qüinqüênio 1986-1991. Essa observação fortalece a hipótese referente à presença de um grande número de mulheres chefes de domicílio nesses fluxos, assim como o fato de que migração intrametropolitana se relaciona a um processo de seletividade excludente, extremamente rigoroso, na capital mineira, principalmente.

Além disso, é importante salientar que a alta participação de trabalhadores autônomos e conta-própria nos fluxos emigratórios dos períodos 1986-1991 e 1995-2000 nos levam a crer que é alta a participação de trabalhadores informais nos mesmos. Para os dois períodos, destacaram-se como importantes setores de absorção dessa mão de obra no mercado de trabalho, as ocupações da indústria da transformação e da construção civil e a prestação de serviços.

No mercado de trabalho as mulheres atuavam principalmente como empregadas domésticas não especializadas, faxineiras, cozinheiras em bares e restaurantes e como serventes; os homens como pedreiros e serventes de pedreiro, pintores, caiadores e mestres de

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obra, comerciantes empregados e por conta própria e vendedores. Mas é preciso considerar que a

“presença de (poucos) indivíduos com nível de escolaridade relativamente alto, inseridos em segmentos do mercado de trabalho onde as exigências em relação á qualificação do trabalhador são maiores, confirma a observação de SMOLKA (2003), quando afirma que a informalidade não está restrita aos pobres, embora seja mais intensa entre eles.

Verificou-se, em ambas as coortes migratórias, o predomínio de indivíduos de baixo nível de renda. Essa constatação não gerou qualquer espanto, uma vez que os rendimentos relacionam-se à produtividade dos trabalhadores e essa se relaciona, por sua vez, ao nível de escolaridade dos mesmos.

Mais de 70% dos emigrantes de BH para Neves, no período 1986-1991 declararam um rendimento máximo de 2 salários mínimos, sendo as rendas médias e medianas daquela coorte migratória iguais a 2,12 e 1,32 salários mínimos, respectivamente.

GRÁFICO Nº5:

RIBEIRÃO DAS NEVES - IMIGRANTES INTRAMETROPOLITANOS, PROVENIENTES DE BELO HORIZONTE, COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 20 ANOS, SEGUNDO O NÍVEL DE

RENDIMENTO (1986-1991 e 1995-2000) 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 0 a 1 d e 1 a 2 d e 2 a 3 d e 3 a 5 de 5 a 10 de 10 a 1 5 de 15 a 2 0 20 o u + Faixas de rendimento (%) 1986-1991 1995-2000

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1991 e 2000

A exemplo do que ocorreu com o nível de escolaridade , observou-se uma melhoria do nível de rendimento daqueles que emigraram de Belo Horizonte para Neves. No entanto, dada a ínfima magnitude dessa variação os resultados reforçam o papel exercido por aquele município no complexo processo de expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH: “Ribeirão das Neves vem se tornando o lugar de residência dos indivíduos mais pobres da RMBH” (SOUZA, 2008: 165).

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É importante salientar, também, que em ambas as coortes migratórias, a situação de pobreza apresentou-se mais aguda entre as mulheres, refletindo em parte a discriminação sexual existente no mercado de trabalho, mas também o fato de que elas se empregam em setores onde as condições de trabalho são piores e onde a informalidade é mais alta.

TABELA Nº5:

RIBEIRÃO DAS NEVES – IMIGRANTES INTRAMETROPOLITANOS, PROVENIENTES DE BELO HORIZONTE, COM IDADE IGUAL OU SUPERIOR A 20 ANOS, SEGUNDO O SEXO E A

FAIXA DE RENDIMENTO (1986-1991 e 1995-2000)

1986-1991 1995-2000 Faixa de rendimento

(em SM) Homem Mulher Total Homem Mulher Total Até 1 29,79 59,08 39,21 15,39 28,17 20,30 De 1 a 2 34,95 28,37 32,83 34,51 46,71 39,20 De 2 a 3 17,99 8,29 14,87 18,60 13,26 16,55 De 3 a 5 12,50 3,70 9,67 19,89 7,91 15,29 De 5 a 10 3,90 0,56 2,83 9,78 3,17 7,24 De 10 a 15 0,34 0,00 0,23 0,90 0,52 0,76 De 15 a 20 0,29 0,00 0,20 0,58 0,08 0,39 20 ou + 0,23 0,00 0,16 0,35 0,18 0,29 Total 6.838 3.243 10.081 7.994 4.984 12.978 Média 2,39 1,55 2,12 2,89 1,92 2,52 Mediana 1,57 0,84 1,32 2,04 1,50 1,91

Fonte: IBGE – Censos Demográficos de 1991 e 2000

A experiência de Ribeirão das Neves tem explicitado a dissociação entre o local de residência e o local de trabalho, na medida em que vem se fortalecendo como uma “cidade

dormitório”3, não sendo usada sequer para a realização do consumo e do lazer. Sua

experiência tem contribuído também para recrudescer a pobreza no espaço metropolitano, na medida em que contribui para a sua reprodução e na medida em que retém na RMBH um grande número de indivíduos que dela seriam expulsos na ausência de um espaço

“reservado” para habitar os indivíduos mais pobres. Por outro lado, é preciso considerar que

as camadas sociais mais altas dependem direta ou indiretamente dessa mão-de-obra, para a prestação de serviços.

Isso leva a uma mobilidade pendular significativa entre Ribeirão das Neves e Belo Horizonte.

V - A mobilidade pendular entre Neves e BH

A mobilidade pendular é definida como sendo aquela “correspondente ao conjunto

de deslocamentos que o indivíduo efetua para executar os atos de sua vida cotidiana (trabalho, compras, lazer)” (MOURA, 2005:122), os quais não envolvem mudanças de

residência entre a origem e o destino. Essa mobilidade está intrinsecamente relacionada ao processo de expansão urbana da região metropolitana, uma vez que o mesmo não é

3

“Espaços habitados por indivíduos que saem bem cedo de casa, principalmente pelo motivo trabalho, e regressam apenas à noite, seja pela distância entre o local de residência e o local de trabalho, seja pelo custo que esse deslocamento representa para o indivíduo” (SOUZA, 2008: 166)

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acompanhado pela descentralização da atividade econômica. Além disso, é preciso considerar que, na RMBH, a tendência é que os trajetos percorridos diariamente por um grande número de indivíduos se tornem cada vez mais longos, em resposta à sua expansão horizontal4.

A pendularidade ocorre em função de vários motivos: trabalho, estudo, lazer, consumo, dentre outros. No entanto, a grande maioria dos movimentos pendulares se relaciona ao motivo emprego. Em 1992, um total de 184.598 indivíduos trabalhavam em município diferente do município de residência, tendo esse número se elevado para 346.116 pessoas, em 2000. E, se no contexto das migrações intrametropolitanas, Belo Horizonte revela-se um expulsor líquido de população, no contexto dos movimentos pendulares foi o município que registrou o maior número de entradas diárias de trabalhadores, tanto em 1992 quanto em 2002, fato esse que se explica pela amplitude do seu mercado de trabalho.

Depois da Capital registraram significativas entradas diárias de trabalhadores os municípios de Contagem e Betim, em função da concentração industrial verificada nos mesmos. Porém, é interessante observar que mesmo registrando um elevado número de entradas diárias, o saldo pendular do vetor Oeste, ao qual pertencem os referidos municípios, apresentou-se negativo, nos dois períodos, tendo em vista o volume de trabalhadores que dele saiu diariamente, principalmente em direção a Belo Horizonte.

TABELA Nº6:

RMBH - MOBILIDADE PENDULAR (1992 e 2002)

1.992 2.002 Municípios

entrada saída saldo entrada saída saldo Belo Horizonte 109.984 45.174 64.810 209.880 75.956 133.924 Oeste 60.074 75.877 -15.803 99.978 131.716 -31.738 Norte Central 6.108 41.878 -35.770 14.941 93.632 -78.691 Norte 2.519 2.138 381 4.699 4.511 188 Leste 1.967 12.655 -10.688 3.564 23.038 -19.474 Sul 2.722 4.777 -2.055 9.821 9.987 -166 Sudoeste 1.225 2.100 -875 3.233 7.276 -4.043 Total 184.598 184.598 0 346.116 346.116 0

Fonte: Pesquisa Origem-Destino, 1992 e 2002.

O vetor Norte Central também se sobressaiu como importante origem dos movimentos pendulares, apresentando, nos dois períodos estudados, os mais elevados saldos negativos de toda a RMBH.

4

No processo de expansão urbana de Belo Horizonte e da RMBH foram observados dois fenômenos: a verticalização, que se caracteriza pelo confinamento da população em prédios residenciais, e a expansão horizontal, caracterizada pela ocupação de áreas ociosas dentro de municípios já pertencentes à RMBH e pela incorporação de novos municípios, que passaram a sofrer influência direta de Belo Horizonte e de outros

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MAPA Nº2:

BELO HORIZONTE E VETORES DE EXPANSÃO URBANA METROPOLITANA – SALDOS PENDULARES (1992 e 2002)

Fonte: Pesquisa origem-destino, 1992 e 2002.

As saídas diárias registradas por Neves foram de 22.186 trabalhadores, em 1992 e de 46.946 trabalhadores, em 2002. Porém, esses valores dão melhor dimensão da importância da pendularidade para aquele município quando contrastados com parcela da população economicamente ativa que estava trabalhando em cada período. Infelizmente só se dispõe dessa informação para 2002, onde se constatou que mais de 51% da população ocupada do município, naquele período, trabalhava em outro município da RMBH, principalmente em Belo Horizonte.

TABELA Nº7:

RIBEIRÃO DAS NEVES – MOBILIDADE PENDULAR, POR MOTIVO EMPREGO, SEGUNDO O LUGAR DE DESTINO (1992 e 2002) 1992 2002 Município de Destino Absoluto (%) Absoluto (%) Belo Horizonte 19.980 90,06 40.330 85,90 Outros da RMBH 2.206 9,94 6.618 14,10 Total 22.186 100,00 46.948 100,00

Fonte: FJP: Pesquisa Origem-Destino, versões 1992 e 2002

Entre os pendulares predominaram homens trabalhadores, o que era esperado tendo em vista a discrepância entre as taxas de atividade masculinas e femininas. A predominância de pessoas jovens também era esperada, tendo em vista que se trata de uma mobilidade em função do motivo emprego (GRÁFICO Nº6). É interessante salientar, ainda, que mais de 70% desses trabalhadores declararam, na pesquisa OD (2002), Belo Horizonte como município de residência anterior.

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GRÁFICO Nº6:

RIBEIRÃO DAS NEVES – ESTRUTURA ETÁRIA DOS PENDULARES COM DESTINO A BELO HORIZONTE (1997-2002) 16 14 12 10 8 6 4 2 0 2 4 6 8 10 12 14 16 0 a 4 5 a 9 10 a 14 15 a 19 20 a 24 25 a 29 30 a 34 35 a 39 40 a 44 45 a 49 50 a 54 55 a 59 60 a 64 65 e mais G ru pos et ár io s (%) Mulher Homem

Fonte: FJP: Pesquisa Origem-Destino,2002

Os dados indicaram haver forte interação entre as vias de acesso e o local de trabalho desses indivíduos, em Belo Horizonte. A área central (por onde passam praticamente todas as linhas de ônibus intermunicipais), e as regiões Nordeste, Pampulha e Venda Nova (cortadas pela BR-040, avenidas Antônio Carlos e Cristiano Machado, respectivamente) destacam-se como importantes áreas de destino.

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MAPA Nº3

RIBEIRÃO DAS NEVES – LOCAL DE TRABALHO DOS PENDULARES EM BELO HORIZONTE (1992 e 2002)

1992 2002

Fonte: FJP: Pesquisa Origem-Destino,1992 e 2002

Seguindo as características da população de Ribeirão das Neves, são indivíduos com atributos sócio-econômicos ruins: baixos níveis de escolaridade e rendimento, inseridos no mercado de trabalho belo-horizontino principalmente nos setores de serviços, comércio e construção civil. Do total de trabalhadores nevenses em Belo Horizonte, em 2002, aproximadamente 84% estavam inseridos nesses setores de atividade. Sendo importante explicitar que os diferenciais por sexo são significativos: as mulheres se empregavam principalmente no setor de serviços, enquanto parcela significativa de homens trabalhadores estava inserida no setor de serviços, comércio, construção civil e setor de transportes. Pode-se dizer, ainda, que as condições de trabalho dessa população são, em geral, bastante precárias: em torno de 30% não tinham vínculo empregatício, ou seja, eram trabalhadores informais no mercado de trabalho belo-horizontino.

VI – conclusão

Os resultados apresentados indicam que a expansão urbana de BH e da RMBH em direção a Neves não se relaciona ao dinamismo econômico daquele município, mas a um processo de seletividade populacional excludente, na Capital. E, se por um lado BH expulsa grande número de indivíduos, Neves os atrai, principalmente através da dinâmica de seu mercado imobiliário, caracterizado por alto grau de informalidade. Essa conclusão é reafirmada quando se constata ausência de investimentos públicos e privados volumosos na região, nas últimas décadas.

Apenas a partir de 2005, tem se verificado o aumento dos investimentos na região, com a construção da “linha verde”. No entanto, acredita-se que os impactos dos mesmos sobre os municípios do vetor Norte Central serão pouco significativos, salvo sobre a mobilidade pendular. Essa, com certeza, será viabilizada por tal empreendimento, uma vez que, por se tratar de via de trânsito rápido, deverá reduzir o tempo necessário ao deslocamento de um número significativo de trabalhadores, diariamente.

(17)

Na verdade, a experiência de Neves nos revela que regiões pobres e de baixo dinamismo econômico podem atrair população, mas quando o fazem atraem indivíduos mais pobres de outras regiões. Seria então uma seleção populacional “negativa”.

Reflete, também, o poder atração e retenção populacional de Belo Horizonte, na medida em que muitos indivíduos, atraídos para a Capital, pela concentração espacial da atividade econômica, acabam expulsos para outros municípios da RMBH, principalmente para aqueles onde as terras são mais baratas e, portanto, mais acessíveis à população de nível de renda mais baixo.

Nesse processo, Neves tem se especializado como o lugar de residência dos mais pobres, cuja presença é imprescindível ao processo de reprodução do capital. Como afirmou SOUZA (2008: 214) Neves é “um município pobre, um dos mais pobres de toda a RMBH,

que vem se transformando na principal frente de expansão metropolitana, cuja tendência é reproduzir continuamente a pobreza na RMBH”

VII – Referências bibliográficas

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intrametropolitanas e da mobilidade pendular na reprodução da pobreza. In: São Paulo em Perspectiva, Vol.

19/Nº 4/Outubro-Dezembro 2005. Revista da Fundação SEADE. P. 48-63. Disponível na Internet <http://www.scielo.br>.

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SOUZA, Joseane. A Expansão Urbana de Belo Horizonte e da Região Metropolitana de Belo Horizonte: O Caso Específico do município de Ribeirão das Neves. Tese de doutorado, defendida em 27-02-2008. Cedeplar/UFMG.

Referências

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