Parâmetros
Laboratoriais
para
Monitoramento
da
Terapia
Anti-
Retroviral
e Avaliação
da
Eficácia
do
Regime
Terapêutico
com
Inibidores
da
Transcriptase
Reversa
Florianópolis
2001
Parâmetros
Laboratorias
para
Monitoramento
da
Terapia
Anti-
Retroviral
e Avaliação
da
Eficácia
do
Regime
Terapêutico
com
Inibidores
da
Transcriptase
Reversa
Dissertação
apresentada
ao
Programa de Pós-Graduação
em
Farmácia
da
Universidade Federalde Santa
Catarina para aobtenção do
graude
Mestreem
Farmácia.
Orientador: Prof. Dr. Celso
Spada
Florianópolis
2001
Terapêutico
com
Inibidores
da
Transcriptase
Reversa
POR
'
IONE
DILMA
DE
OLIVEIRA
GILDissertação julgada e aprovada
em
sua forma final pelo Orientador emembros
daBanca
Examinadora,composta
pelos Professores Doutores:I .
3 .
Xam
l'âIA
ça
e.
z
Spada
(ACL/CCS/UFSC
- Orientador)~V
4/[
QCarlos Roberto
Z
tti(MIP/CCB/UFSC -
Membro
Titular)Teresinha
de
Jesus rvalho Neiva(ACL/CCS/UFSC -
Membro
Titular)P
ofa. Dra. Taniããeatriz CreczynskiPasa
Coordenador do Programa de
Pós-Graduação
em
Farmácia daUFSC
Ac
A9
AIDS
ARV
bDNA
B2M
CCR-5
cDNA
CD3
CD4
CMV
CTL
Anticorpo AntígenoSíndrome da Imunodeficiência Adquirida
Anti-retroviral
Branched
DNA
Beta-2 MicroglobulinaReceptor de Quimiocina de Monócitos/Macrófagos Ácido Disoxirribonucleico Complementar
Grupamento
de Diferenciação (Cluster of Differencetion)Grupamento
de`Diferenciação (Cluster of Differencetion) CitomegalovírusLinfócito
T
CitotóxicoCXCR-4
Receptor de Quimiocinas de CélulasT
ddC
ddlDNA
DST
DTH
D4T
EBV
ELISA
EPO
FDA
FE”
Zaucitabina Didanosina Ácido DesoxirribonucléicoDoença
Sexualmente Transmissível Hipersensibilidade do Tipo Tardia EstavudinaEpstein Barr Vírus Enzima Imunoensaio Eritropoetina
Food and Drug Administration
gp12O
gp16O
HBV
HIV HIV-1 HIV-2HSV
HTLV-III IFI IgA IgD IgE IgG IgM IL-1 IL-2 IL-2R INF-yKD
LAV
LB
LT
LTCD4
LTCD8
IšauramuetroisiHÍaIo'o'rato'riasWpara Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficacia do
Glicoproteína 120 Glicoproteína 160 Vírus da Hepatite B
Vírus da Imunodeficiência
Humana
Virus da ImunodeficiênciaHumana
Tipo 1Vírus da Imunodeficiência
Humana
Tipo 2 Virus do Herpes SimplesVirus Linfotrópico
Humano
Tipo -IIIImunofluorescência Indireta Imunoglobulina
A
ImunoglobulinaD
Imunoglobulina E ImunoglobulinaG
ImunoglobulinaM
Interleucina 1 Interleucina 2 Receptor de Interleucina 2 Interferon -y KilodaltonVírus Associado a Linfoadenopatia Linfócito
B
Linfócito
T
Linfócito
TCD4
LinfócitoLTCD8
MHC
mL
mms
Complexo
de Histocompatilidade MaiorMililitros
Mílímetro Cúbico
mRNA
RNA
mensageiroNF-kB
Fator de Transcrição Nuclear - kBNK
nm
p7 p9 p17 p24PCR
RER
RH
RNA
Natural Killer Nanômetro Proteína 7 Proteína 9 Proteína 17 Proteína 24Reação
em
Cadeia da Polimerase Retículo EndoplasmáticoRugoso
RibonucleaseH
Ácido Ribonucieico
SSRNA
Ácido RibonucieizoGenômizo
TARV
Terapia Anti-retroviralTCR
Receptor de CélulasT
TNF-oi Fator de Necrose Tumoral - oiTNF
-R Receptor para Fator de Necrose TumoralTR
VCM
ZDV
3TC
Transcriptase Reversa
Volume
Corpuscular Médio ZidovudinaRESUMO
A
síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS) éuma
manifestaçãoclinica
avançada
da
infecção pelo vírusda
imunodeficiênciahumana
(HIV-1 e HIV-2).
A
AIDS,
foi descrita pela primeira vezem
1981nos Estados
Unidos,em
LosAngeles,
Nova
York
eSan
Franciscoem
um
grupode
pacientesque
apresentavam
patologiasnão
usuaisque
incluíam,pneumonia
porPneumocystis
carinii(comum
em
pessoas
imunodeprimidas),Sarkoma de
Kaposi (tumor rarode
pele) e outras infecções oportunistas.Uma
avaliaçãomais completa
destes pacientes mostrouque
eles tinhamem comum
uma
significante diminuiçãoda
resposta imunocelular e diminuiçãodas
célulasT
helper (TCD4) e estes pacienteseram
na
sua
maioriahomossexuais
masculinos.A
distribuição geográficada
AIDS
mostra anão
existênciade
fronteiras àsua
dispersão, atingindo todos os continentes.O
maiornúmero
de casos
relatados ocorrena
África, seguido pela Ásiae
América do
Sul.Desde
asua
descobertaem
1981, aAIDS
aumentou
em
proporçõesepidêmicas
em
todomundo, embora
a morte pelaAIDS
tem mostrado redução nos
últimosanos
graçasao
tratamentocom
anti-retrovirais,bem
como
porcampanhas
de prevenção
realizadas pelos Órgãos Institucionais.No
Brasil onúmero
de casos
diagnosticadosde
AIDS
atémarço
de 2001
erade 203.353
segundo
o Ministérioda Saúde.
No
estado
Santa
Catarina osdados
atuaisapontam
18.63casos
diagnosticados/100.000 habitantes (dados aindaem
aberto),sendo
que
a cidadede
Florianópolis
-
SC
é a vigésima cidadeno
Brasilem
número de
casos, e, adécima
terceira
com
maior incidência por 100.000 habitantes.As
formas mais
comuns
de
transmissãodo
HIV
são: transmissão sexual (relaçõeshomossexuais,
bissexuais e heterossexuais); transmissão vertical;uso
de
drogas
injetáveise
transfusõesde
sangue
ehemoderivados
que
não
foram testados para apresença
do
Ac
ou
Ag
do
HIV.O
agente etiológicoda AIDS,
foi identificadoem
1983
porLuc
Montagner
e col.e foi
denominado
virusda
Imunodeficiênciahumana -
HIV.O
HIV
éum
retrovirusda
família Retroviridae, caracterizado por teruma
replicaçãodependente de
um
DNA
complementar.
O
HIV
possui tropismo por célulasque expressam
em
suas
Parâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficácia do Regime Terapêutico
com
Inibidores da Transcriptase.membranas
receptoresCD4,
principalmente os linfócitosT
he/per.A
infecção crônica destas células resultaem
redução
quantitativa e qualitativade suas
funções,gerando
uma
severaimunossupressão que
culminano
surgimentode
infecções oportunistas, muitasvezes não
usuais.Em
pacientesHIV
positivos, oaumento
na susceptibilidadeda
morte porapoptose
éobservado
em
célulasCD4
eCD8
e está correlacionadocom
o estado geralde
ativaçãodo
sistema imune.Com
a terapia anti-retrovial eficiente, observa-se diminuiçãona
susceptibilidade paraapoptose
bem
como
diminuiçãona
ativaçãodo
sistemaimune
resultandoem
aumento
da
proliferação e redistribuição
dos
linfócitos para osangue
periférico.O
objetivo deste trabalho foi avaliar, o efeitoem
pacientesHIV
soropositivosda
terapia anti-retroviralsobre alguns parâmetros imunológicos
que
envolvem
ativaçãoe
resposta imune,parâmetros
hematológicose
viabilidade celular.Neste
estudo 10 pacientesHIV
soropositivos, assintomãticose que
aindanão haviam
utilizadonenhum
tratamentoanti-retroviral,
foram
avaliadosnum
períodode
180
dias.O
regime terapêutico instituído foiconforme
oconsenso
terapêutico utilizado pormédicos do
HospitalNereu
Ramos
e
do
Postode
Saúde
ll,que
consisteem
dois inibidoresda
transcriptase reversa.
De
acordocom
os resultados obtidos acontagem
de
célulasCD4,
CD8
e carga viral,monstraram-se bons marcadores
paramonitoramento da
evolução
da
infecção independentesda
eficáciada
terapia anti-retroviral.Os
parâmetros imunológicos
como
[3-2 microglobilina, TNF-ot, imunoglobulinas e a avaliaçãoda
viabilidade celular,podem
ser utilizadoscomo
marcadores da
recuperação
do
sistemaimune após
o tratamento.Com
relação ã eficáciado
regime terapêutico utilizado pornossos
pacientes,90%
apresentaram
uma
resposta positiva,com
redução da
carga viral,aumento
nacontagem
de
CD4, manutenção
naABSTRAT
The
AcquiredImmune
DeficiencySyndrome
(AIDS) isan advanced
clinicalmanifestation of the infection
by
theHuman
Immune
Deficiency Virus (HIV-1and
HIV-2).AIDS was
first described in 1981 in the United States, inLos
Angeles,New
York and
San
Francisco, in groups of patientswho
presented unusual pathologieswhich included
pneumonia
by “Pneumocystis carini"(common
inimmune
depressed
people),
“Sarkoma
de
Koposi” (A rare skin tumour)and
other opportunist infections.A
more
detailed evaluation of those patientsshow
that they allhad
a significantdecrease
in theimmune
cellularresponse
and
also adecrease
in thenumber
of “THelper” cells (TDC4).
Most
of those patientswere male homosexuals.
The
geographic distribution ofAIDS
shows
that there areno
boundaries for its dispersion,reaching all the continents.
The
biggestnumber
of reportedcases
occur in Africa,followed by Asia
and South
America.AIDS
has
increased worldwide in epidemicproportions since its discovery in 1981.
Though,
deathdue
toAIDS
has decreased
inthe last years
because
of the treatment with anti-retrovirals. In Brazil, thenumber
ofdiagnosed cases up
tomarch
of2001
was
203.353, according to the Ministry of Health. ln the state ofSanta
Catarina, the latestnumbers
indicate 18.63diagnosed
cases
to every 100.000 citizens. Florianópolis, the capital ofSanta
Catarina is thetwentieth city in Brazil, concerning the
number
of reportedcases
ofAIDS, and
it is thecity with the thirteenth biggest incidence.
The
most
common
ways
of transmitting theHIV
are: sexual transmission (throughhomosexual,
bisexualand
heterosexualrelations); vertical transmission;
use
of injectable drugs,and
transfusion of bloodand
hemoderived substances
witch haven'tbeen
tested previously.The
etiological agentof
AIDS was
identified in1983
byLuc Montagner
e Coland
was named
Human
Immune
Deficiency Virus-
HIV.The
HIV
is a retro-virus from the retroviridiae family,characterized by a
dependant
replication of acomplementary
DNA. The HIV
has tropism through cells which express in theirmembranes
CD4
receptors, mainlyT
helper Iymphocytes.The
chronic infection of those cells results in a qualitativeand
quantitative reduction of their functions, causing a severeimmune
suppression which culminates in the aappearence
of opportunist infections, often unusual.The
increaseParâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficácia do
in the
proneness
to death from apoptosis inHIV
positives isobsen/ed
inCD4
and
CD8
cellsand
it is co-related to the general state of theimmune-system
activation.With
an
effective anti-retroviral therapy, adecrease
in theproneness
to apoptosis isobserved, as well as a
decrease
in theimmune-system
activation, which propitiatesan
increment in the proliferationand
redistribution of lymphocytes in the pehpheralblood.
The
objective of this studywas
to evaluate the effects of anti-retroviral therapyon
some
immunologic
parameters which involve activationand
immune -
response,hematologic
parameters
and
cellular viability. ln this study, 10HIV
positives,asymptomatics and
who
stillhad
notused any
anti-retroviral treatmentwere
evaluated during
180
days.The
therapeutic regime institutedwas
according to the therapeuticconsensus used by
doctors from hospitalNereu
Ramos
and
from Postode
Saúde
Il,and
consists intwo
inhibitors of the reverse transcriptase. According tothe obtained results, the counting
and
the viral load of theCD-4
and
CD-4
and
CD-8
cells
were
consideredgood
independant indicators of anti-retroviral therapy effectiveness.The
immunologic
parameterssuch
as B-2 microglobin,TNF,
immunoglobulinand
the evaluation of the cellular viabilitycan be used
as indicators ofimmune-
system
recuperation, after the treatment. ln terms of effectiveness of the therapeutic regimeused
by our patients,90%
show
positiveresponse
with reduction of the viral load, increase in theCD4
counting,maintenance
in theCD8
counting, reduction of apoptosisand
reduction ofimmune
activation.LISTA
DE ABREVIATURAS
...RESUMO
... ..ABSTRAT
... ..1.
INTRODUÇÃO
... _.1.1
Síndrome
da Imunodeficiência
Adquirida
- AIDS
... ..1.2
O
VírusHIV
... ..1.3 Estrutura
do
HIV
... ..1.4
O
Ciclode
Vida
do
HIV
... ..1.5 Infecção
das
Células Alvo,Ativação
do
Provírus e Latência Viral 1.6 Efeito Citopáticodo
HIV
... ..1.7
Transmissão
... ..1.8
Manifestações
da
Doença
peloHIV
... ..1.9
Alterações Imunológicas
Associadas
com
a InfecçãoPelo
HIV... 1.10Diagnóstico
de
AIDS
... ..1.11
Diagnóstico
Laboratorial ... ..1.12
Apoptose
... ._1.13
Apoptose
eHIV
... ._1.14
Anemia
eMetabolismo
do
Ferro ... ._1.15
Plaquetas
... _.1.16
Leucócitos
... ..1.18.1
Fármacos
Anti-RetroviraisPara
Tratamento da
InfecçãoPelo
HIV
...43 1.18.1.1Zidovudina
... ..45 1.18.1.2Uso
Clínico ... ..45 1.18.1.3 Efeitos Colaterais ... ..46 1.18.1.4 Resistênciado
HIV
aZDV
... ..47 1.18.2Didanosina
... ..48 1.18.2.1Uso
Clínico ... ..48 1.18.2.2 Efeitos Colaterais ... ..491.18.2.3 Resistência
do
HIV
aDidanosina
... ..491.18.3 Zalcitabina
(DdC)
... ..50 1.19 Inibidoresda
Protease
... ..50 1.20 TerapiaCombinada
... ..51 2.OBJETIVOS
... ..54 2.1 ObjetivoGeral
... ..54 2.2 ObjetivosEspecíficos
... ..54 3.PACIENTES
E
MÉTODOS
... ..56 3.1Aspectos
éticos ... ..56 3.2Pacientes
... ..57 3.3Fracionamento
do
Sangue
... ..583.4
Hemograma
... ..593.5 Níveis
Séricos
de
Ferritina ... ..593.6 Níveis
de
Ferro Sérico ... ..603.7
Determinação dos
Níveisdas
Imunoglobulinas
A,G
e M. ... ..613.8
Dosagem
de
TNF-oze
[3-2-Microglobulina ... ..613.9 Viabilidade Celular ... ..62
3.10
Contagem
diferencialde
LinfócitosCD4
eCD8
... ..643.11
Determinação da Carga
Viral ... ..653.12
Análise
Estatística ... ..674.
RESULTADOS
E
DISCUSSÃO
... ..684.1 Efeito
da
terapia anti-retroviralsobre
acontagem
de
linfócitos TCD4...684.2 Efeito
da
TARV
sobre
acontagem
de
célulasCD8
... ..7O 4.3 Efeitoda
Terapia Anti-retroviralsobre
aCarga
Viral ... ..754.4 Efeito
da
TARV
sobre
a Viabilidadedas
CélulasMononucleares
do
Sangue
Periférico ... ..784.5 Efeito
da
Terapia
Anti-retroviralsobre
acontagem
de
Leucócitos
totais e Linfócitos totais ... ..834.6 Efeito
da
Terapia
Anti-retroviralsobre
os
Marcadores
Séricos
de
Anemia87
4.7Avaliação
da
terapia anti-retroviralsobre os
marcadores hematológicos de
anemia
... ..914.8 Efeito
da
terapia anti-retroviralsobre
acontagem
de
Plaquetas
... ..96Parâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficácia do Regime Terapêutico
com
Inibidores da Transcriptase.4.9 Efeito
da
Terapia
Anti-retroviralsobre os
valoresde
VCM
... ..984.10 Efeito
da
Terapia
Anti-retroviralsobre
as Imunoglobulinas
... ..1004.11
Avaliação
da
terapia anti-retroviralsobre os
níveisde
TNF-oz ... ..1064.12 Efeito
da
terapia anti-retroviralsobre
adosagem
de
B-2microgIobuIína108
5-
CONCLUSÕES
... ..1126
-
REFERÊNCIAS
... ..1147
-
ANEXOS
... ..130LISTA
DE
FIGURAS
z Figura 01-
VirusHIV
... ..03Figura
02
-
Genoma
do
VirusHIV
... ..05Figura
03
-
Etapas
da
Infecçãoda
célulahosdepedeira
peloHIV
... ..11Figura
04
-
Evolução
típicada
infecção peloHIV
... ..17Figuta
05
-Fluxograma
do
Ministérioda
Saúde
parao
Diagnóstico
do
HlV..23Figura
06
-Determinação
diferencialde
LinfócitosTCD4
em
UImm3, nos
tempos
estudados.
... ..69Figura
07
-Determinação
diferencialde
LinfócitosTCD4
em
Ulmma, nos
tempos
estudados.
... ..72Figura
08
-Determinação da Carga
Viral,em
número
de
cópiaslml,nos
tempos
estudados.
... ..76Figura
09
-Número
de
células viáveis,em
porcentagem, nos
tempos
estudados.
... ..79Figura 10 -
Número
de
células apóptícas,em
porcentagem nos
tempos
estudados
... ..80Figura 11 -
Número
de
células inviáveis,em
porcentagem, nos
tempos
estudados.
... ..81Figura
12
-Enumeração
de
Leucócitos
totais,em
célulaspor
milímetroscúbicos,
nos
tempos
estudados.
... ..84Figura 13 -
Enumeração
dos
Linfócitos Totais,em
porcentagem, nos
tempos
estudados.
... ..86Figura
14
-Determinação de
Ferro Sérico,em
|.igIdL,nos
tempos
estudados.88
Figura
15
-Determinação da
Ferritina Sérica, ng/dL,nos
tempos
estudados.90
Figura 16-
Enumeração
de
eritrócitosem
milhões por milímetros
cúbicos,nos
pacientes
estudados
... ..92Figura 17 -
Determinação do
valordo
hematócrito
sangüíneo,
em
porcentagem,
nos
tempos
estudados.
... ..93Figura 18 - Níveis
de
Hemoglobina
sangüínea,
em
gldL,nos
tempos
'estudados.
... ..94
Figura 19 -
Enumeração
de
plaquetas
sangüíneas,
em
milhares
por
mms,
nos
tempos
estudados
... ..98Figura
20
-Volume
Corpuscular
Médio (VCM) dos
eritrócitossangüíneos,
em
fl,nos
tempos
estudados
... ..100Figura 21 -
Imunoglobulina
A,em
mgIdL,
nos
tempos
estudados
... ..102Figura
22
-Imunoglobulina
G,em
mg/dL,
nos
tempos
estudados
... ..103Parâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliaçao da Eficácia do Regime Terapêutico
com
Inibidores da Transcriptase.Figura
23
-Imunoglobulina
M,em
mg/dL,
nos
tempos
estudados
... ..104Figura
24
- Fatorde Necrose
Tumoral,
em
pg/ml,nos
tempos
estudados
..107Figura
25
-Determinação dos
níveisde
Beta2
Microglobulina,em
nglml,nos
tempos
estudados
... ..109LISTA
DE
TABELAS
Tabela
01 -Determinação
diferencialde
LinfócitosTCD4
em
UImm3, nos
tempos
estudados.
... ..68Tabela
02
-Determinação
diferencialde
LinfócitosCD8
em
U/mms, nos
tempos
estudados.
... ..71Tabela
3 -Determinação da Carga
Viral,em
número
de
cópiaslml,nos
tempos
estudados.
... ..75Tabela
04
-Número
de
células viáveis,em
porcentagem, nos
tempos
estudados.
... ..78Tabela
05
-Número
de
células apópticas,em
porcentagem nos
tempos
estudados.
... ..79Tabela 06
-Número
de
células inviáveis,em
porcentagem, nos
tempos
estudados.
... ..80Tabela
07
-Enumeração
de
Leucócitos
totais,em
célulaspor
milímetroscúbicos,
nos
tempos
estudados.
... ..84Tabela 08
-Enumeração
dos
Linfócitos totais,em
porcentagem,
nos
tempos
estudados.
... ..85Tabela 10
-Concentração da
Ferritina Sérica, ng/dL,nos
tempos
estudados.89
Tabela
11 -Enumeração
de
eritrócitosem
milhões por
milímetros cúbicos,nos
pacientes estudados.
... ..91Tabela 12
-Determinação
do
valordo
hematócrito
sangüíneo,
em
porcentagem, nos
tempos
estudados.
... ..93Tabela
13 - Níveisde Hemoglobina
sangüínea,
em
gIdL,nos
tempos
estudados
... ..94Tabela 14
-Enumeração
de
plaquetas
sangüíneas,
em
milhares
por
mms,
nos
tempos
estudados
... ..97Tabela 15
-
Volume
Corpuscular
Médio
dos
eritrócitossangüíneos,
em
fl,nos
tempos
estudados
... ..99Tabeia
16 -lmunoglobulina
A,em
mg/dL,
nos
tempos
estudados
... ..102Tabela
17 -lmunoglobulina
G,em
mgIdL,
nos
tempos
estudados
... ..103Tabela 18
-lmunoglobulina
M,em
mgIdL,
nos
tempos
estudados
... ..104Tabe
a 19-
Fatorde Necrose
Tumoral,
em
pg/ml,nos
tempos
estudados
.106 Tabelia20
-Determinação
dos
níveisde
B-2Microglobulina
Microglobulina,em
pglm
L
,nos
tempos
estudados
... ..109Parâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficácia do Regime Terapêutico
com
Inibidores da Transcriptase.1.1
Síndrome
da
Imunodeficiência Adquirida
-AIDS
A
sindrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS)é
uma
manifestaçãoclínica
avançada
da
infecção pelo vírusda
imunodeficiênciahumana
(HIV-1 e HIV-2).
A
AIDS,
foi descrita pela primeiravez
em
1981nos Estados
Unidos,em
Los Angeles,Nova
York
eSan
Franciscoem um
grupode
pacientesque
apresentavam
patologiasnão
usuaisque
incluíam,pneumonia
porPneumocystis
carinii(comum
em
pessoas
imunodeprimidas),Sarkoma de
Kaposi (tumor rarode
pele)e
outras infecções oportunistas.Uma
avaliaçãomais
completa destes pacientesmostrou
que
eles tinhamem comum
uma
significante diminuiçãoda
respostaimune
celular e diminuiçãodas
célulasT
he/per(TCD4)
e
estes pacienteseram
na
sua
maioriahomossexuais
masculinos(MMWR,
1981).Uma
das
principais característicasda
infecção peloHIV
é a depleção seletivados
linfócitosTCD4,
fundamentaisna
resposta imune.A
patogenia viralda
AIDS
é caracterizada poruma
sériede
eventosordenados e
seqüênciais,posteriores à infecção
do
hospedeiro. Estes eventos estãobaseados em:
replicaçãoviral
nas
células apresentadorasde
antígenosque expressam
receptoresCD4,
como
monócitos e linfócitos
TCD4 em
tecidos linfóides e outros sítios; respostaimune
celular e
humoral
que
resultaem
contenção
parcialdo
vírus; reativaçãoda
replicaçãocom
aumento
da
viremiae
diminuiçãoda
contagem
de
A
replicação viral ativa ocorreem
todos os estágiosda
doença
(HO
1989;Embreston
1993).Os
tecidos Iinfóidesfuncionam
como
sítio primáriode
replicaçãodo
HIV, e todos os individuos infectados pelo HIV, a despeitodo
estágio clínicoda
doença,
apresentam
viremia plasmática (\NEl, 1995;HO,
1995).A
distribuição geográficada
AIDS
mostra anão
existênciade
fronteiras àsua
dispersão, atingindo todos os continentes.O
maiornúmero
de casos
relatados ocorrena
África, seguido pela Ásiae América do
Sul (Bol. Epidemiol. 2001).Desde
asua
descobertaem
1981, aAIDS
aumentou
em
proporções epidêmicasem
todomundo, embora
a morte pelaAIDS
tem
mostrado redução nos
últimosanos
graçasao
tratamentocom
anti-retrovirais.No
Brasil, onúmero
de casos
diagnosticadosde
AIDS
atémarço
de 2001
erade
203.353,segundo
o Ministérioda Saúde.
No
estadoSanta
Catarina, osdados
atuais
apontam
18.63casos
diagnosticados/100.000 habitantes (dados aindaem
aberto),sendo
que
a cidadede
Florianópolis,Santa
Catarina, é a vigésima cidadeno
Brasilem
número de
casos, e, adécima
terceiracom
maior incidência por100.000 habitantes (BOL.
EPIDEMIOL.
2001).Parâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficácia do Regime Terapêutico
com
Inibidores da Transcriptase.1.2
O
VírusHIV
gp120
gp41
\
Ê
\ tz ,;‹~.z.. z . 7p32
integrase VSSRNA
Q,P24
K
5 É .Í-.í°f~._ _; 0 áRš.‹ A jp ~ ~ ,M
mk
Proteasep10
äfl
TranscfiptaseReversa
(p64) M? 'WE °0¢¢o00 ç*°eoeFigura 01
-
Virus HIV.Fonte:
Kuby
Immunology 2000.Em
1983,em
Paris, Barré-Sinoussi e col. isolaramum
retrovírusde
um
pacientecom
Iinfoadenopatiae
odenominaram Lymphoadenopaty
Associated Vírus (LAV).Em
1984, Galloe
col.,nos
Estados Unidos, isolaramum
retrovíruse o
denominaram
Human
T
Cell Lymphotropic VírusType
Ill(HTLV
Ill)de
algunspacientes
com
AIDS.Estudos
posteriores permitiram concluirque
se tratavado
mesmo
virus. Vários pesquisadoresusaram
denominações
diferentescomo,
Immunodeficiency-Associted
Vírus (IDAV),AIDS-Associated
Retrovírus(ARV)
e outros, parao
mesmo
vírus.Em
1986, oComitê de
Taxonomia de
Víruspropôs
um
nome
único parao
retrovírusrecentemente
isolado, e, confirmadocomo
sendo
oagente causador
da
AIDS.O
retrovíruspassou
então a ser oficialmentedesignado
O
HIV
êum
membro
da
família retroviridae,da
subfamíliados
Ientivirus(BARRE-SINOUSSI,
1983 e
GALLO
1984).Os
retrovírus caracterizam-se por terem replicaçãodependente de
um
DNA
intermediário(cDNA)
integradoao
genoma
da
célula hospedeira.
O
que
destingue os Ientivirusde
outros retrovírus é acomplexidade
do
genoma
viral. Muitos retrovírusque
são capazes de
replicarcontêm
apenas
três genes:gag
(codifica as proteínasdo
capsídeo); pol (codifica asenzimas
transcriptase reversa, protease e integrase) eenv
(codifica as glicoproteinasdo
envelope
gp120
e
gp41)(BARRE-SINOUSSI,
1983).O
genoma
do
HIV
além
destesgenes
essenciais, possuitambém
seisgenes
adicionaisque
codificam proteínasque
regulam o ciclode
vida. Três destesgenes
tat, rev e nefcodificam proteinas essenciais para replicação,
enquanto os
genes
vif,vpu
e vprcodificam proteinas
que
participamna
organização ena capacidade de produção de
novas
particulas virais.O
gene
vif codifica proteínaque
facilita a liberação eaumenta
a infectividadedo
vírus(GARRETT,
1991).Na
sua
ausência as partículas virais liberadassão pouco
infecciosas(SODROSKI,
1986; Fischer, 1986; Strebel, 1987).O
gene
vpu
facilita o transportedas
proteínas viraisrecém
sintetizadasda
cêlula para a partícula viral(STREBEL,
1987;KLIMKAIT,
1990).Na
ausênciade vpu
ocorreo
acúmulo de
proteinas virais dentroda
célulaou
ligadas àcamada
internada
membrana
celular. Ela possuitambém
papel importante napatogênese
etransmissão
do
HIV de
célula para célula ede pessoa
parapessoa
(HASELTINE,
1991).
A
proteina vpraumenta
a velocidadede
replicaçãodo
virus.A
presença
desta proteína
na
partícula viral sugereque
sua ação ê
anterior à transcriçãodo
DNA
proviral(COHEN,
1990).A
proteinamais
precocena
replicaçãodo HIV
é a proteina nef,sua
função ê inibir a atividadeda
Repetição TerminalLonga
-LTR
do
Parâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retrovirai e Avaliação da Eficácia do Regime Terapêutico
com
Inibidores da Transcriptase.HIV
e retardarsua
replicação,o
que
favoreceo
estabelecimentode
infecções Iatentes(HASELTINE,
1991). 1.3 - Estruturado
HIV
GeneWf
í vp* 'I '*íí, i, . .-tar*-= ,.__..._..__.. ~f“Ê V. _.. .z--› J šnèf;Wu
É o 1 2 3 4 5 ó 7 s 9 848 Vfi “P” P0! l:lmv
5'LTR llYLTR
Produto da Proteína 53-kDa precursor p17 p24 p9 p7 160-kDa precursor gp41 gp l 20 Precuisor i gp64 gp5l gp 1O gp32 p23 p15 p14 p19 p27 p16 EI] vpr|--
revA
na neƒFunáo
da Proteína Codificada Proteínas do NucleocapsídeoForma a proteína da camada externa do core
Forma a proteina da camada interna do core
Componente do núcleo Liga
RNA
Genômico Envelope de GlicoproteínasProteína Transmembranosa associada com gp120
e é requerida para fusão Produto do envelope liga
CD4
Enzimas
Transcriptase reversa Transcriptase reversa
Protease que oliva precursor gag
Integrase
Promove a infectívidade da partícula viral
Promove a transcrição do
DNA
proviralAtiva a transcrição
DNA
proviralTransporta o
RNA
mensageiro do núcleo Aumenta a replicação viral; dimimui a expressãode Cd4 na célula hospedeíra
É requerida para formação da partícula virale
brotamento partícula viral
Figura 02
-
Genoma
do Virus HIV Fonte:Kuby
Immunology 2000.A
microscopia eletrônicade
alta resolução permitiu revelarque
oHIV
apresentaformas
esféricas, tendoaproximadamente
100nm
de
diâmetro,possuem
aderidoao
seu
envoltório, lipoprotéico, estruturasna forma de
espículas. Estas espiculassão formadas
porduas
proteinasdo envelope
viral, agp120
egp41
(GELDERBLOM,
1987).O
coredo HIV contém
quatro proteínasque
resultaramda
clivagem proteoliticade sua
precursora (53KD
codificada pelo gag) pela proteaseviral. Estas proteinas são: p24, p17,
p9
e p7.A
proteinap24
é o principalcomponente
da
camada
internado
nucleocapsideo, ap17 é
responsável pela estabilidadedos
componentes
internos e externosdo
vírus.A
p7
juntocom
a p9, ligam atravésde
uma
pontede
zinco oRNA
genômico
formando
o core e associadoao
RNA,
há
ainda as proteínas transcriptase reversa, integrase e protease(GREENE,
1991).1.4
O
Ciclode
Vida
do
HIV
Os
linfócitosTCD4
e célulasda
linhagemdos monócitos como,
macrófagos, células dendriticas, células microgliais e fibroblastos,são
as principais células alvoda
infecção peloHIV
in vivo (Fauci, 1988).O
HIV
infecta estas células, pois elasexpressam
em
suas
membranas
a moléculaCD4, que
funcionacomo
receptorde
alta afinidade para a glicoproteina
gp120
do envelope
viral(DALGLEISH,
1984;KLASTMANN,
1984).Parâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficácia do Regime Terapêutico
com
Inibidores da Transcriptase.A
proteínaCD4
está presenteem
altas concentraçõesna
superficiede
linfócitosTCD4
imaturobem
como
nos
LTCD4
circulantese
em
baixasconcentrações
em
monócitos.A
ligação entre as glicoproteínas e a moléculade
CD4
não
é suficiente para entradado
virusna
célula.A
expressão de
um
co-receptorCXCR4
na
superfíciedas
célulasT
eCCR5 em
monócitosé
requerida para infecção peloHIV (DRAGIC,
1996; RUIZ, 1998).O
CXCR4
e oCCR5
são
receptoresde
quimiocinas acoplados a proteínastransmembranosas
que
definemmais
especificamente o tipode
célula alvodo
HIV.A
descobertaque
oCXCR4
eCCR5
servem
como
co-receptores para oHIV
em
célulasT
e
monócitos respectivamente, explicaporque
algumas cepas de HIV
infectam preferencialmente células T,enquanto
outrascepas
possuem
maior tropismo pormonócitos
(RUIZ, 1998).Outro papel importante destes receptores
de
quimiocinas éna
replicaçãoviral.
Estudos
in vitromostraram
que algumas
quimiocinasapresentam
efeito negativo sobre a replicaçãodo
HIV, porcompetirem
pelomesmo
receptor,enquanto
certas citocinas pró-inflamatóriastem
efeito positivo poraumentar
aexpressão de
receptoresde
quimiocinas(KUBY
IMMUNOLOGY,
2000).As
cepas HIV
R5
monocitotrópicas
são predominantemente
transmitidasde pessoa
parapessoa
e adensidade
de
CCR5
na
superfícieda
célulaé
determinantena
progressão paraAIDS.
Em
indivíduosque
apresentam
mutações
no
gene que
codifica para este receptor, a evolução paraAIDS
émais
lenta.As
cepas
T-trópicasX4
são formadoras
de
sincícios esão mais
comumente
isoladasde
pacientesem
estágio tardioda
Depois
que
o vírus entrana
célula oRNA
viral é convertido acDNA
(provirus) por
ação da
transcriptase reversa (TR)e
uma
ribonucleaseH
(RH) vírus especifica.A
primeira fitade
DNA
é sintetizada pelaTR
enquanto
asegunda
fita ésintetizada pela
RH,
que
também
tem
como
função adegradação
do
RNA
genômico
primitivo.
O
produto finalda
transcriptase reversa (TR)é
um
DNA
de
dupla fitaque
contém
uma
seqüência
conhecidacomo
repetição terminal longa (LTR)(GREENE,
1991).O
cDNA
é integradoao
genoma
da
célula hospedeira poração da
integrase.Uma
vez
integrado, oDNA
viralpermanece
associadoao
material genéticodo
hospedeiro por longo tempo, até
que
haja ativaçãoda
replicação(HASELTINE,
1991).O DNA
viral é transcritocomo
gene
celular pelaRNA
polimerasedo
hospedeiro.A
transcriçãodo
genoma
produzum
RNA
completo
que
éprocessado
para produzir váriosRNA
mensangeiros
(mRNA)
contendo
asseqüências
gênicas gag,pole
env.O
sítiode
iniciaçãoda
transcrição está localizado na seqüênciado
cDNA,
osLTRs
(DALGLEISH,
1984).A
velocidadede
iniciaçãoda
transcrição é controlada pelas proteinas regulatórias celularesdo
hospedeiro que, afetam a velocidadede
transcriçãodo
seu
genoma.
Muitos vírus, incluindo o HIV,não
se replicamenquanto
as célulasnão
estão se dividindo, provavelmenteporque
os fatoresde
ativação celular estão ausentes(CULLEN,
1989).Duas
proteinassão
fundamentais nesta etapada
replicação viral: a proteínatat e rev.
A
proteina tatreconhece
a seqüênciaLTR
5'do
DNA.
A
interaçãoda
tatParâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficácia do Regime Terapêutico
com
Inibidores da Transcriptase.com
oDNA
aumenta
a estabilidadeda
polimeraseque
está transcrevendo ogene
viral, permitindo
que
haja a transcrição completa desteRNA.
A
tattambém
aumenta
a freqüência
de
iniciaçãodo
RNA.
Já a proteína rev regula aexpressão
do
vírus, ela é responsável pelo transportedos
mRNA
do
núcleo para o citoplasma,onde
as proteínas regulatórias edo
capsideo serão sintetizadas(HASELTINE,
1991).Os
mRNAs
são
ligados àribossomas
livresno
citoplasmaonde
são
sintetizadas as proteínas precursoras.As
proteínas precursorasdo
capsideo seagrupam
na
superfície internada
membrana
celular ligadasao
ácido graxo mirístico(VERONESE,
1988).O
complexo
proteínas precursoras-
enzimas
replicativas-
ssRNA
seagrupam
eformam
uma
partículafechada
que
“brota” atravésda
membrana
da
célula hospedeira,que
fornece abicamada
Iipidica(GELDERBLOM,
1987)
As
proteinas precursorasdas
glicoproteínasdo
envelope
são
sintetizadas apartir
de
um
filamentode
mRNA
nos
ribossomasdo
retículo endoplasmático rugoso (RER).Após
a síntese elasse
agrupam
dentrodo
RER
onde
os carboidratossão
adicionados(KOZARSKY,
1989).O
complexo
precursordas
glicoproteínasdo
envelope
entrano complexo
de
Golgi,onde
é
clivadoem
duas
subunidades.O
grupamento
amino
terminalé
denominado
gp120
(mais externo),enquanto
ogrupamento
carboxilé
denominado
agp41
(integradaao
envelope).Os
carboidratostambém
são
modificadosno complexo de
Golgi.As
glicoproteínas seconcentram
naO
processo
de
maturação
iniciacom
a ativaçãoda
proteaseque
cliva as proteínasdo
capsídeo e os precursoresdas enzimas
replicativas(OROSZLAN,
1990). Outropasso
paramaturação do HIV
é a organizaçãodas
glicoproteínasdo
envelope
e a liberaçãoda
partícula viral infecciosaque
estava ligada à superfícieda
membrana
celular(GOTTILINGER,
1991).1.5 Infecção
das
Células Alvo,Ativação
do
Provírus e Latência ViralOs
passos
iniciais para patogeniado HIV
incluem: 1) ligaçãoda gp 120 aos
receptoresCD4
das
células-alvo; 2) fusãocom
a célulamediada
pelo domíniofusogênico
gp41
e o co-receptorCXCR4;
3) entradado
nucleocapsídeocontendo
ogenoma
e asenzimas na
célula; 4) liberaçãodas enzimas
e ogenoma
viral; 5)síntese
da
primeira fitaDNA
proviral pelaação da
transcriptase reversa; 6)degradação do
RNA
viral, seguidada formação da
segunda
fitade
DNA;
7)penetração
do
provírusno
núcleoda
célula-alvo e integraçãoao
genoma
do
hospedeiro. Taispassos
tantopodem
guiar parauma
infecção ativa,com
replicação ativado
vírus e propagação, quanto para a latênciacom
expressão
limitadade
partículas virais,na
ausênciade
ativação celular.Os
principaispassos
para ativaçãodo
provirus são: 1) ativaçãodos
fatoresde
transcriçãocom
formação dos
RNAs
genômico (sRNAs) e
RNAs
mensageiros
(mRNAs);
2) transportedos
RNAs
para o citoplasma: 3a) sintesenos
ribossomosdos
precursoresdas
proteinas virais; 3b) clivagemdos
precursoresnas
respectivas`""l5ÊFâííé&5š'ÍaES`FšESFíÚ"'EalFal"MÉS'Eí{5}a`F5ëEí§š1Êf1:ë?aÍ›Ta Anti-Retr‹5v¡'ra| e Avaliação da Eficâcia do
proteinas virais; 4)
Os
sRNAs
e as proteínas seagrupam
juntoà
membrana
celular,onde
a
partícula viralé formada e as
glicoproteínassão
inseridas; 5) liberaçãoda
partícula virale
clivagemdas
proteínas virais pela proteaseque
resultana
maturação do
vírus.a) Infecção da Célula Alvo b) Ativação do Provirus
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.. z . « z Transcnptase .. z ë " - _ ff %-““'~*.° ' z_1zz:â~àrziiàf›‹”i.,_. ‹- « Reversa ~ *~ 7 P . :I ,‹_»^z;<›'-,@›~,'z%,fz›¡,_:z)<=. _ W- \<=!_¿Ê-›.,:¬*»;_~‹.T,t. `- > i › . ~ . - .--_,- ^'‹«¿<-^'_¿l=_ff..›Rã.s>5L'=fàs.?!.'f.~%:-zi-_.” " _- __;zmfzzàzâ-.tgéffä;zë.gà¿í._ 1 \ › ~- *«-è~«la.1>z\¿i~›zvz.=z'z‹f›zz . › . .z if _-ff L- ' . ' ~- _» J ' ~ - z ' _ -â.@⧢›:~‹1f,:zm?‹,'*;ê¿;_=r‹z-:aê - ~ - . 1. › _» . V _f'_: ç _¿'g,¡';;t,-._t¿Í‹`.¡i",¡^.ô§'f`›f"*'~'^*" 4 ~ .- i . _ A _,__ ;_‹, '‹ __ V' z, ¿› , - ” A ,_ _ ` › _- ~ . »_ '_¿,-'§.'T gy, - . _ Í ` l " _ I Hjbndo › ^-- -ssRN ,T\,:'1 '¢"'_-{,;l'§. 'š'_*"".”'¬'f›.`_ _ ~' 'U _ -. z :Í›`1t'~=z,~s§5 *_~.*Nl.5;..€'«,§;?'°¬:«§§%í2\:Ê.§Êz,z“- z.,¬. _ ¬‹w_¿'i), ~ ,~ W ~ ' -Í , z¿.¡;,i!;«_r»,»<- Y-.-_-,.zw,z,¡_»¿.,`«›_¡.'šÊ}§,_._›¡@«¡f@.¿çíšl»¿z» ._ . . - * -W - _. z -~ . €fCl1ISO.1`¢S._~. .F0 ~z - = HIV dSDNA “ .~ t _' I . ._ _ .,z,_,,¿;v`_¿;¿_g~.¿¡l,£›.;,¿,;¿¿,.§É¡_ _.~. _ .z . _H
.. _ . ._ ~‹->z,_z-,\à5z-=‹;.,«.§;z~ - .r.,,~
`
g - ' ' _ '¡,¢na
- ' 'Í':í@_a _.\\`\@ › _ › z_›. ._ -:‹^. . __- ` __ . `_ ‹ A i . _@
, * 1 . ~. ,-Q OFigura
03
-
Etapas da Infecção da célula hosdepedeira peloHIV
Fonte:
Kuby
lmmunology 2000.O
Principal determinantena
patogenia edoença
causada
peloHIV
éo
tropismo viral pelas célulasque expressam
receptoresCD4,
principalmente linfócitosTCD4
(DALGLEISH,
1984).A
depleção dos
LTCD4
induzida peloHIV
resultaem
disfunçãoimune
severa,com
comprometimento da
funçãoT
auxiliare
de
hipersensibilidadedo
tipo tardia (DTH).A
incapacitaçäodo
sistemaimune
levaao
aparecimentode
infecçõescausadas
porpatógenos
oportunistas, caracterizando aAlém
dos
distúrbios imunológicos oHIV
também
pode promover
anormalidades
neurológicas,uma
vez
que
osmacrófagos e as
células microgliais infectadaspodem
liberar substâncias neurotóxicasou
fatores quimiotáticospromovendo
resposta inflamatóriano
cérebro(GELEZIUNAS,
1992).A
respostaimune ao HIV
limita a infecção viral,mas
também
contribui para o desenvolvimentoda
patogenia. Por exemplo,são
produzidos anticorpos neutralizantes contra agp120
do
envelope, para impedirque
haja ligaçãodo
víruscom
seu
receptorna
célula,no
entanto,quando
uma
patícula viral é recobertacom
anticorpos, a fagocitose por monócitos/macrófagos
é
facilitada.Os
monócitossão
célulasque
apresentam
resistência à atividade citoliticado
HlV
e tornam-se entãoreservatório e
meio
de
transporte para o virus.O
províruspode
permanecer
latente portempo
indeterminado.A
transcrição pelaRNA
polimesase
llnão
ocorrequando
a célula estáem
repouso
(Cullen, 1989).A
ativaçãoda
célulapode
ocorrer por mitógenos, citocinas (TNF-oiou
IL1), víruscomo
o herpes simples (HSV), Epstein-Barr (EBV), citomegalovirus(CMV)
ou
vírusda
hepatiteB
(HBV)
(ROSENBERG,
1990). Muitos destesagentes
estimulam aexpressão de
fatoresde
transcrição nuclearcomo
oNF-kB
(ROSENBERG,
1990),que
normalmente
está presenteno
citoplasma ligado àsua
proteína inibitória.Com
aativação
da
célula, ocorre a clivagemdo complexo
proteína-inibidore
amigração da
proteina para o núcleo.A
ativaçãodas
célulasT
induzidas por antígenos oumitógenos
está associada à transcriçãode
genes
que
codificam a lL-2 e seu receptor IL-2R.A
nível molecular, estefenômeno
ocorreem
parte pela induçãodo
NF-kB
no
interiordas
regiões promotorasdos
genes
IL-2e
IL-2R.A
função desteParâmetros Laboratories para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficácia do Regime Terapêutico
com
Inibidores da Transcriptase.fator
de
transcriçãoao
ligar-seao
DNA
da
célula é controlar aexpressão de genes
envolvidosno
crescimento celularbem
como
a IL-2 eseu
receptor lL-2R(BOHNLEIN,
1988).1.6 Efeito Citopático
do
HIV
A
morteda
célulana
infecção peloHIV
pode
ocorrerquando:
uma
célula produzindogrande
quantidadede
virus expressa altas concentraçõesde
receptoresCD4
em
sua
membrana,
ocorrendo então a fusãodas
partículas viraisque
estãosendo
produzidascom
os receptoresCD4.
Esta reaçãode
fusãocompromete
a integridadeda
membrana
celular e a célulamorre
(POPOVIC,
1984).A
morteda
célula infectada está diretamente relacionada
com
a concentraçãode
receptores para oHIV
em
sua
superfície,uma
vezque
as célulasque
apresentam
baixas concentrações destes receptorespodem
serpoupadas
do
efeito citoliticodo
HIV.Além
disso:a) Indivíduos infectados por virus
mutante
que
nao expressam
a proteína nef,que
regula aexpressão de
receptoresCD4, possuem
uma
sobrevida maior;b)
Quando
ocorrerum
acúmulo de
cópiasde
cDNA
não
integradoao
genoma
no
citoplasma,que
resultano
aumento
da
permeabilizaçãoc)
Por
ativaçãoda apoptose
que
pode
serobservada
em
vários estágiosda doença
e é responsável peladepleção dos
LTCD4
(MEYAARD,
1992;GOUGEON,
1996);d) Pelo efeito citotóxico direto
das
célulasTCD8
para reduzir as células infectadas;e)
Uma
célula produzindo viruspode
ligar-se a várias célulasnão
infectadas viaenvelope de
glicoproteinas, resultandona formação
de
sincício (célula gigante multinucleada),com
meia
vida curta(SODROSKI
1986;LIFSON
1986).1.7
Transmissão
As
formas mais
comuns
de
transmissãodo HIV
são: transmissão sexual (relaçõeshomossexuais,
bissexuaise
heterossexuais); transmissão vertical;uso de
drogas
injetáveis, transfusõesde
sangue
ede hemoderivados não
testados.As
práticas sexuais foram identificadascomo
importantes viasde
transmissãodo HIV desde
as primeiras investigações sobre adoença
eseu
agenteetiológico,
sendo
responsável por75%
das
infecções ocorridasno
mundo.
Estábem
estabelecidoque
qualquerforma de
intercurso sexual desprotegidono
qual ocorra trocade
fluídos biológicos entre os parceiros representa riscode
transmissão.A
presença
de
doenças sexualmente
transmissível(DST)
parece serum
cofatorParâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti‹RetroviraI e Avaliação da Eficácia do
importante para transmissão
do
HIV, especialmentequando
elas seapresentam
na formade
ulceraçõesnas
regiões genital e perianal.Além
disso, asDST
levam
aum
estímulo constantedo
sistemaimune
favorecendo a replicação viral(KUBY
IMMUNOLOGY,
2000).O
primeirocaso
de AIDS,
em
mulher, registrado no Brasil ocorreuem
1983,em
São
Paulo.Em
1985
foi registrado o primeirocaso
de
transmissão verticaldo
HIV,
quando
amãe
infectada transmite o virus parao seu
filho(COSTA,
1994).A
mãe
infectadapode
passaro
vírus para o fetoou
recém
nascidodas
seguintes maneiras:a)
No
periodo pré-natal por via placentária;b) Durante o parto,
quando
pode
ocorrer contatodo
sangue
ou
secreção
vaginalda
mãe
com
osangue
do
recém-nascido;c)
No
pós-parto, atravésdo
aleitamentomaterno
(KRÃUCHI,
1994;LIFSON,
1992;WHO,
1994).Alguns
estudossugerem
que
a maioriados casos de
transmissão perinatal ocorreram durante o parto, por esta razão a práticada
cesarianaapesar
de
diminuir,mas
não
isentardos
riscos tanto amãe
quanto o bebê, é amais
indicada(WHO,
1994).
As
mães
portadorasdo
HIV
ou
com AIDS
são
tratadascom
anti-retroviraisantes
do nascimento do
bebê. Estudos realizadosnos Estados
Unidosem
colaboraçãocom
pesquisadores francesescom
gestantesque
utilizaram Zidovudina(ZDV)
antesdo
parto, revelaramuma
redução
de
até67,5%
nas
taxasde
infecção por transmissão perinatal(MMWR,
1994).Os
primeiroscasos
de
pacientescom
AIDS, contaminados
atravésde
transfusões sangüíneas,foram
relatados logono
inicioda
epidemia, antesda
existênciade
testes para identificaçãode
doadores
infectados(COHEN,
1994).A
transmissãodo
HIV
pelosangue
é a viamais
eficiente. Isso sedeve
a carga viralpresente
no
sangue,que
é significativamente maiorque
em
outros fluídose
porque o virus é inocuiado diretamentena
corrente sangüínea.Em
1985, antesdos
testesde
triagemem
bancos de
sangue, a transmissãosangüínea
foi responsável pormuitos
casos
de
AIDS,
principalmenteem
hemofilicos(HILGARTNER,
1988).Hoje
com
a disponibilidadede
testes eficazes paradetecção de
anticorpos contra oHIV
e paradetecção de
proteinas virais, o riscode contaminação
embora
não
tenha sido eliminado, foi reduzido consideravelmente,podendo
chegar
bem
próximo
de
zero.No
Brasil é obrigatória a triagemdo sangue
com
teste anti-HIVdesde
1986.A
transmissão pelouso
de
drogas injetáveis ocorre pelo compartilhamentode
seringas entre os usuários. Esta prática ê tidacomo
um
ritual para fortalecer os laços grupais, achamada
“rodade
pico”.A
droga é injetadana
veia e depoisuma
pequena
quantidadede
sangue
é aspirada para dentroda
seringa, paranão
deixar resquíciosde
droga na parede da
seringa.O
mesmo
equipamento de
injeção éutilizado por várias
pessoas e
ocorre verdadeiras microtransfusõesde sangue
entreos
membros
do
grupo
(VERONESI,
1988).Em
todos oscasos
relatadosde
HIV, os pacientes tiveram contatocom
sangue,sêmen,
leiteou
secreção vaginalde
outros individuos infectados.Parâmetros Laboratorias para Monitoramento da Terapia Anti-Retroviral e Avaliação da Eficácia do
Os
riscosde
transmissãodo
HIV
podem
ser minimizadoscom
medidas
cautelares simples,como
utilizaçãode
preservativosem
relações sexuais, evitar a troca constantede
parceiros sexuais, cuidadoscom
amamentação,
utilizaçãode
testesde
triagemem
bancos de
sangue
e
respeito asnormas de
Biossegurança ao
manipular material biológico.Um
fatorque
contribui para adisseminação do
HIV é o
longotempo
entre o contágioe o
aparecimentodos
primeiros sinaisda
infecção.Neste
intervalo o indivíduo éaparentemente
saudável epode
infectar outras pessoas.1.8
Manifestações
da
Doença
peloHIV
Somconversão M0116 I I-_ Fase l Z Faâecrôzzièzz Í AIDS
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Figura 04