.›
UNIVERSIDADE
DE
SANTA
CATARINA
~
CENTRO
SÓCIO
ECONÔMICO
~DEPARTAMENTO
DE
CIÊNCIAS
CONTÁBEIS
TRABALHO DE CONCLUSÃO DE
CURSO
A
PARTICIPAÇÃO
DO
PROFISSIONAL
DE
CONTABILIDADE
NO
PROCESSO
DE
GESTÃO
E
AUDITORLA
AMBIENTAL
I.
Trabalho de conclusão de curso submetido ao
Departamento
de Ciências Contábeisda
Universidade Federal de Santa Catarina para obtenção
do
grau de Bacharelem
Ciências ContábeisAcadêmico
:THALES
FERNANDO
SCHMITT
RODRIGUES
GOULART
Orientador 1
LUIZ
ALBERTON
M.
Sc
UNWERSIDADE
FEDERAL DE
SANTA
CATARTNA
CENTRO
sÓc1O
ECONOMICO
DEPARTAMENTO
DE
CIENCIAS
CONTÁBEIS
PARTICIPAÇÃO
DO
PROFISSIONAL
DE
CONTABILIDADE
NO
PROCESSO DE
GESTÃO
E AUDITORIA
AMBIENTAL
'Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao
Departamento de
Ciências Contábeis,do
Centro SócioEconômico, da
Universidade Federal de Santa Catarina,como
requisito parcial para obtençãodo
grau de bacharelem
Ciências Contábeis.ACADÊMICO: THALES
FERNANDO
SCHMITT RODRIGUES
GOULART
ORIENTADOR:
LUIZ
ALBERTON
M.Sc
FLORIANÓPOLIS
- sc
2001A
PARTICIPAÇÃO
DO
PROFISSIONAL
DE
CONTABILIDADE
NO
PROCESSO
DE
GESTÃO
E
AUDITORIA
AMBIENTAL
THALES
FERNANDO
SCHMITT
RODRIGUES
GOULART
Esta
monografia
foi apresentadacomo
trabalho de conclusãono
curso de Ciências Contábeisda
Universidade Federal de Santa Catarina, obtendo a notamédia
deâfi...atribuída pela
banca
constituída pelos professores abaixo mencionados. -Florianópolis, jg..de ... _. ... ..de
. A l ‹ ` `z
A
l. Prof. Luiz e ;z e '- .`zafM.ScCoordenador
__os
ado
CCN
×Professores que
compuseram
a banca 1Prof.
L
`Alb
.ScOrientador
Prof Ale as o =1 a eiga
IVICITIO
.¢~›..
P/
f"'š'i1vi0'1m1<uh1Meyef
Membro
É
fácilganhar
dinheiro, se é dinheiro que você deseja.No
entanto,com
poucas exceções, o que as pessoas queremnão
édinheiro.
Querem
ofausto, queremamor
e admiração.
John
SteinbeckAGRADECUVIENT OS
A
minha
mãe
Eliana, peloamor
que
tem
pormim,
pelacompreensão
nosmomentos
dificeis e pelo incentivo para seguirem
frente.A
minha
noiva Lizandra,que
me
auxiliou durante o curso eme
ajudou nashoras
em
que
eu mais precisava.Ao
professor Luiz Alberton, pelotempo
dedicado ao desenvolvimento deste trabalho e pelos conhecimentos que adquirino
seu convívio.As
professoras Jane e Lúcia, pelotempo
dedicado a revisãodo
trabalho.A
todos aqueles que,mesmo
deuma
forma
mais oculta, contribuíram paraABREVIATURAS
ABNT
-
Associação Brasileira deNormas
TécnicasBS
7750
-
British StandardN°
7750
CCI - Câmara
deComércio
IntemacionalCCPA
~
Canadien Chemical Producer
AssociationCONMÍETRO
-
Conselho Nacional de MetrologiaCFC
-
Conselho
Federal de ContabilidadeCRC
-
Conselho Regional de ContabilidadeIBRACON
-
Instituto Brasileiro de ContadoresISO -
Organização Internacional de NormalizaçãoOMC
-
OrganizaçãoMundial do Comércio
PIB
-
ProdutoIntemo
BrutoPNUD
-
Programa
dasNações Unidas
para oDesenvolvimento
SGA
-
Sistema de Gestão AmbientalLISTA
DE
QUADROS
Quadro
1 - Vantagens e Desvantagensda
Auditoria Ambiental ... ..Quadro
2-
Descrição dos Quesitos ... _.Quadro
3~
Conceito das Ferramentas de Auditoria Ambiental ... ._Quadro
4-
Definição
de Auditoria deAcordo
com
a Extensão ... ..Quadro
5~
Definição de AuditoriaConforme
a Profundidade dosExames
Quadro
6‹
Definição
de AuditoriaConforme
a sua Natureza ... ..RESUMO
Esta monografia estuda as perspectivas de participação dos profissionais
de
contabilidade
no
processo de gestão e auditoria ambiental, mostra os conceitos, teorias epráticas de Auditoria de Gestão Ambiental e verifica as inter-relações dos' sistemas contábeis
com
esta modalidadede
auditoria. Para a realizaçãoda
pesquisaforam
consultados livros, e revistas que tratavam sobre o assunto. V
No
Brasil a profissão de Auditor Contábil aindanão
está regulamentada,porém
este cargo é privativo ao Bacharel
em
Ciências Contábeis, de acordocom
asnonnas que
estabelecem a competência profissional
do
auditor, exaradas pelo Decreto-lei n° - 9.295,de
27
demaio
de 1946. Por isso foi desenvolvida tal pesquisa, pois qual a explicação de profissionais de outras áreas estaremmais
preocupadoscom
o
assunto doque
os contadores. Então surge o questionamento: Seráque
os profissionais de contabilidade estãoaptos a desenvolver tal função.
I.
INTRODUÇÃO
... .. 2.REVISÃO
TEÓRICA
... ..SUMÁRIO
ABREVIATURAS
... _ _ ivLISTA
DE
QUADROS
... ..V
RESUMO
... _ _ vi ÃI>..I>Ã:>i×›l×›1×››-››-- 1.1 Assunto ... _. 1.2Tema
... .. 1.3Problema
... _. 1.4 J ustificativa ... ._ 1.5 Objetivos ... ._ 1.6 Limitaçõesda
Pesquisa ... _. 1.7 Metodologia ... ... ._ ›-~›-=›-fi 5 O\U1l\)\O\lO\O'\2.1
Evolução da
Auditoria Ambiental ... _.2.2 Sistema de Gestão Ambiental ... ._
2.3 Auditoria Ambiental ... _.
2.4 Vantagens e Desvantagens
em
Aplicar Auditoria Ambiental ... ._2.5 Itens Essenciais à Aplicação
da
Auditoria Ambiental ... _.2.6 Auditoria Ambiental e Legislação ... _.
2.6.1
BS
-7750
(British Standard n° 7750,Norma
Inglesa de GerenciamentoAambiental ... ._ 16
2.6.2
Norma
Ambiental daUnião
Européia ... ._ 162.6.3
ISSO
14000
-Norma
de Qualidade Ambiental da Intemational Organization forStandardization.._.__ ... ._ 17
2.7 Planejamento e
Condução da
Auditoria Ambiental ... _. 18 2. 8 Planejamento da Auditoria Ambiental ... ._20
2.8.1
Definição do
Objetivo ... ._20
2.8.2
Definição do Escopo
... ._20
2.8.3
Definição
dos Critérios ... _. 212.8.4 Seleção da Equipe de Auditores ... ._ 21
2.8.5 Preparando a Auditoria Ambiental ... ._
22
2.8.6 Aplicação
da
Auditoriano
Local ... ._ 232.8.7 Apresentação dos Resultados ... ..
23
3.EVOLUÇÃO
HISTÓRICA
DA
CONTABILIDADE E
DA
AUDITORIA
... ..25
3.1 Conceito de Contabilidade ... _.
26
3.1.1 Objetivos ... ..26 3.1.2 Relatórios Contábeis ... __
26
3.1.3
Demonstrações
Contábeis ... ..27
3.2 Histórico
da
Auditoria ... ..3.2.1 Principais
Marcos ou
Acontecimentos ... ..3.2.2
Evolução da
Auditoria ... ... _.3.2.3 Conceito de Auditoria ... ..
30
3.2.4
Motivo
para a Realização de Auditorias ... ..3.2.5
Formas
de Auditoria ... ..3.2.6 Auditoria Externa ... ..
3.2.7 Auditoria
Intema
... ..3.3 Procedimentos de Auditoria ... ..
3.3.1 Sistema de Controles Intemos ... ..
3.3.2 Planejamento de Auditoria ... ..
3.3.3
Programa
de Auditoria..._ ... _.3.3.4 Papéis de Trabalho ... ..
3.3.5
Forma
eConteúdo
dos Papéis de Trabalho ... ..3.2.6 Confidencialidade, Custódia e Propriedade dos Papéis de Trabalho ... .. 4.
O AUDITOR
E
A
AUDITORIA
CONTÁBIL VERSUS
AMBIENTAL
... _.4.1
A
Profissão ... ..4.2
Formação
Acadêmica
do
Bacharelem
Ciências Contábeisno
Brasil ... _.4.3
Exame
de Suficiência paraObtenção do
Registro Profissional de Contabilista4.4 Qualificação Profissional ... ..
4.5 Etica Profissional ... ... ... ._
4.6 Profissão Contábil, Estratégia e
Novos
Conhecimentos
`... ..
5.
coNcL_UsÃo
... .. ... .. ó.REFERENCIAS
BIBLIOGRAFICAS
...1
INTRODUÇÃO
1.1Assunto
Com
as novas concepções a respeitoda
gestão empresarial, surge a necessidade de intensificar as políticas de qualidade.Dentro
deste contexto, existeuma
maior
preocupaçãocom
a interação entremeio
ambiente e empresa. -Esta
nova
tendênciavem
tomando
cada vez mais força por parte degovemos,
associações de classes e grandes empresas, os quais
promovem
campanhas
para a preservaçãodo
planeta.As
grandes empresasque
aderiram ascampanhas
fazem-no porque estão conscientes das conseqüências a que estão sujeitas as empresas destiuidorasdo
meio
ambiente,
que não
serefletem
apenas nas multas aplicadas pela legislação,mas
também
no
risco a sua própria sobrevivência, pois édo meio
ambienteque
a maioria delas retiram a matéria-prima que transformamem
riqueza.Em
conseqüência disto,medidas
deprevenção
as quaistêm
influênciano
patrimônio estão sendo
tomadas
pelas empresas para melhorar a sua integração aomeio
ambiente. Desta
forma
a contabilidade estáassumindo
a responsabilidade de tratar de questões correlacionadas aomeio
ambiente.O
mercado
constunidor está globalizado e é mais exigente, então surge a necessidade de produzir dentro de padrõesque
são aceitosmundialmente
e,com
isso, cada vezmais empresas
buscam
a certificação ambiental para garantir a qualidadedo
produto e a conquistar a credibilidadedo
consumidor.A
certificação ambiental funcionacomo
um
atestado de
que
o produto estáem
conformidade ambiental desde o projeto, passando pelo processo e serviço pós-venda, até o sucateamento,ou
seja,do
“berço ao túmulo”.A
confiabilidade deste certificado é fator importante, então a auditoria ambiental surgecomo
uma
ferramenta de verificação de procedimentos, análise e aconselhamento paraeste processo
de
certificação'Além
disso a auditoria émantida permanentemente
nos setoresprodutivos das empresas e nos sistemas de gestão ambiental.
1.2
Tema
Esta
monografia
tem
como
tema
“A
Participaçãodo
Profissionalde
Contabilidadeno
Processo de Gestão e Auditoria Ambiental” .1.3
Problema
Esta pesquisa
buscou
responder aos seguintes questionamentos:Quais os critérios
que
devem
ser observados para os profissionais de contabilidadepoderem
realizar- Luna Auditoria de Gestão Ambiental? Existe relação entre Auditoria Ambiental e Auditoria Contábil?O
pesquisador, tendo selecionado o assunto, foiem
busca de bibliografiasque
falassem a respeito. Constatou que a grande maioria
do
material existente era escrito por profissionais de outras áreasque
não a contábil. Então, surgiu o questionamento:um
profissionalcom
formaçãona
área Contábilnão
estaria apto a desenvolver a função de Auditor Ambientalou
a classe contábilnão
empreendeu
nestenovo
cenário.1.4 Justificativa
Neste processo de evolução da mentalidade empresarial, a classe contábil
vem
adquirindo espaço, especialmente
na
área da Auditoria Ambiental que deve ter características enspecíficas.A
nonna ISO
14012-
“Diretrizes para Auditoria Ambiental” sinaliza que, para dar suporte à aplicação de auditorias ambientais e à implantação de sistemas de gestão ambiental, é necessário estabelecer diretrizes para a qualificação de auditores ambientais, cuja orientação é o objetivo da norma.As
empresasbuscam
a qualidade total,que
requer oacompanhamento
do
processode fabricação
do
produto, passo a passo, até a sua entrega ao cliente.Embutido
no espíritoda
qualidade total está o princípio
da
preservaçãodo meio
ambiente. Disso decorreque
asempresas que agridem o
meio
ambienteacabam
agredindo o cliente, o fornecedor, os colaboradores, a sociedadeem
geral e, conseqüentementea
si próprias. Diante disto, ecologia e produtividade terão de andar jtmtas,tomando
o produtomais
competitivono
mercado.Atualmente, algumas estratégias empresariais
vêm
sendo postasem
prática paratomar
as empresas mais competitivas e adequar suas atividades aomeio
ambienteonde
estãoinstaladas. Desta forma, a estrutura produtiva passa
a
sofrer alterações permanentesno
sentido de minimizar custo e preço final, aperfeiçoar o sistema de garantiada
qualidadedo
processo,do
produto e dos serviços ao consumidor, aumentar a produtividade e garantir a proteção ambiental na produção.Diante
da
busca, pelas empresas,da
certificaçãoem
sistemas de qualidade, surgiu a necessidade de gestãoou
gerenciamento ambiental deuma
organização. Seja peloaumento
da
pressãodo
mercado, seja peloaumento da
consciênciado
setor produtivo de sua responsabilidade pela preservação e proteçãodo
meio
ambiente,da
saúde eda
segurançado
homem.
Assim, as estratégias empresariais atentaram-se aos conceito de gestão ambiental.Em
conseqüência disto, a certificação ambientalcomeçou
a ocuparum
espaço crescentena
organização eno
planejamento das atividades industriais, tornando-seum
fator de qualidadedo
produto parao
mercado.Em
processo paralelo, oaumento
da consciência ambientaldo consumidor
fezicom que este exigisse,além
deum
produto de qualidade,um
produto que
no
seu ciclo de vida respeitasseo meio
ambiente.Diante deste contexto, o
mercado
sente a necessidade de profissionaiscom
um
perfil apto a oferecer serviços diferenciados. Dentre estes novos trabalhos,como
já foi dito,pode-se destacar a Auditoria de Gestão Ambiental.
É
aí que, acreditamos, se enquadrao
contador. Este fato
deu
origem ao presente trabalhode
pesquisa.1.5 Objetivos
1.5.1 objetivos Gerais
Em
sua abrangência, este estudo objetivou abordar os conceitos, as teorias e as práticasda
Auditoria de GestãoAmbiental
e de sistemas contábeis, para verificar suas inter-relações.
1.5.2 Objetivos específicos
Do
exposto ocorreu a necessidade de:a) identificar os conceitos de Gestão Ambiental;
b) identificar os conceitos, teorias e técnicas de Auditoria Ambiental;
c) identificar os conceitos, teorias e técnicas de Auditoria Contábil; d) verificar as inter-relações entre Auditor Ambiental e Auditor Contábil.
1.6 Limitações
da
PesquisaO
presente estudo resultoude
urna pesquisade
natureza bibliográfica e apresentará os aspectosda
Auditoria de Gestão Ambiental e Auditoria Contábil.Disto decorreu a dedicação à pesquisa
no
decorrerde
dois semestres (2000/2 e 2001/ 1),tempo
que foi destinado ao levantamento da bibliografia disponível, à compilação dasinformações relevantes sobre o
tema
e à redaçãoda
monografia.1.7
Metodologia
O
conhecimento surgeda
necessidadeque
as pessoassentem
de se aprofundarem
determinadas áreasdo
próprio conhecimento.Segundo
GALLIANO
(1986, p. 17), conhecer“É
estabeleceruma
relação entre a pessoaque
conhece e o objeto que passa a ser conhecido”.São
várias as fonnas de conhecimento,porém
parao
trabalho que aqui segue foiutilizado o conhecimento científico,
que
se distingue dos demais, por ser transmitidode
modo
racional, dentro deum
processo conduzido por procedimentos científicos.O
conhecimento
científicovem
explicar, através de teorias e fatosdo
cotidiano, oque
ocorrena
práticada
vidaem
sociedade.O
avanço
deste conhecimento pressupõe a pesquisa científica.A
pesquisa deve ser direcionada a separar as diferenças existentes entreo
problema
e a solução, dessaforma
contribuindo para a solução de conflitos econômicos,políticos, sociais e científicos. .
Segundo
LAKATOS
(1986, p.44 ),A
pesquisapode
ser consideradaum
procedimento formal
com
método
depensamento
reflexivoque
querum
tratamento científico e se constituino caminho
para se conhecer a realidadeou
para descobrir verdades parciais”.CERVO
'EBERVIAN
(1983)definem
pesquisacomo
uma
atividade voltada paraa solução de problemas, pelo
emprego
de processos científicos. Atravésda
pesquisa executada pormétodos
científicos, é possível buscar respostas a dúvidas e a solução de problemas,com
respaldono
conhecimento adquiridono
decorrerdo
processo.Dentro
do
campo
da
pesquisa a construção deuma
monografia
é tunaforma de
viabilizar os objetivosdo
pesquisador, pois tal processo segueuma
metodologia científica sobre o desenvolvimento deum
tema
específico, pelo qual o autor deverá pesquisaro que
foidesenvolvido sobre o assunto e,
com
isso, achar respostas para seus questionamentosque
estão dentro dos objetivos aos quais ele pretende chegar.Segundo
LAKATOS
(1986, p.l50),“monografia
éum
estudo sobreum
tema
específicoou
particular,com
suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga detenninado assuntonão
sóem
profundidade,mas
em
todos os. seus ângulos e aspectos,dependendo
dosfins
aque
se destina.”A
técnica utilizadana
construção destamonografia
foi a pesquisa bibliográficaem
livros' e periódicos, para verificar a inter-.relação entre Auditor Ambiental e Auditor Contábil,
2
REVISÃO TEÓRICA
2.1
Evolução da
AuditoriaAmbiental
A
auditoria ambiental, consideradacomo
uma
ferramenta de verificação decumprimento
de requisitos da gestão ambiental, teve seu surgimentona
décadade 70
em
empresas americanas impulsionadas pela crescente pressão exercida pela legislação daquele
país. _
O
surgimento e a evoluçãoda
auditoria ambiental deu-se, segundoROVERE
(2000, p.03)quando
médicos, através de exames, constataram queuma
funcionária deuma
empresa
apresentavacomo
sintoma vertigens,em
virtudeda
contaminaçãocom
pesticidasproduzidos
na
indústria química AlliedChemical
Corporation, o que fezcom
que ela fosseuma
das primeiras a implementar esta ferramenta devido às pressões das agências reguladoras,em
1977,em
sua umidade, Life Science Product `s kepone,em
Hopewell,_ Virgínia.O
processo de auditoriaacabou
por culminarno
fechamentoda
unidade.Além
da
preocupaçãocom
a conformidade legal de suas atividades, essas organizações estavam preocupadas ,em identificaros potenciais riscos à saúde pública e ao
meio
ambiente, gerados pelo processo produtivoou
pela prestação de serviços.
Com
ovazamento
de gás tóxico,em
1984,em
Bhopal,na
Índia,que
causou cerca de duas mil mortes, a indústria química criou oPrograma
de Atuação Responsável (Responsible Care)._
A
Atuação
Responsável foi criadano
Canadá, pelaCanadien Chemical Producer
Association
(CCPA),
em
1984.Desde
então, oprograma
vem
sendo implantadoem
diversosambiental e de prevenção de acidentes,
ou
seja,uma
ferramenta de proteção ambiental, segurança e apoio à saúde ocupacionaldo
trabalhadore “a saúdeda
população.«
Hoje
a gestão empresarial buscapromover
um
desenvolvimento sustentável,equilibrando o sistema o
meio
ambiente e osmeios
político,econômico
e social. Estanova
postura é fruto de tuna maior conscientização dos consumidores
em
relação àmanutenção
deum
meio
ambiente saudável,de
uma
maior
rigidezda
legislação eda
atuação dos órgãosreguladores ambientais.
V
Segundo
ROVERE
(2000),em
respostaa
este-novo
quadro de exigênciasdo
mercado, descreve-se a consciência ambiental por parte das empresas
da
seguinte forma:em
um
primeiromomento,
as empresas se viram obrigadas a cumprir as exigências normativas elegislativas de órgãos relacionados
com
omeio
ambiente.Nessa
faseeram
instaladosequipamentos de controle
da
poluiçãodo
ar, sistemas de esgotos e tanques de contenção earmazenamento
de dejetos,porém
taismedidas
semostraram
muito ineficientes etinham
um
custo muito alto.
Num
segundomomento, foram
implementadas funções gerenciaisde
controle ambiental
no
processo produtivo e, finalmente, deu-se a implantação deuma
funçãogerencial global
chamada
de gestão ambientalda
empresa, cujos princípioseram
a prevenção de práticas poluidoras e impactantes -domeio
ambiente.Os
cuidados passaram para a seleçãode matérias-primas e de fomecedores, para o desenvolvimento
de
novos processosde
produção e de produtos
menos
poluidores, a conservação de energia, o reaproveitamento de resíduos pela reciclagem, e a integraçãoda empresa
com
o
seu entomo.Desta fonna, a gestão ambiental tomou-se
uma
das estratégias empresariais.2.2 Sistema
de Gestão
Ambiental
O
sistema de gestãoou
gerenciamento ambiental éum
instrumentocom
procedimentos semelhantesem
qualquer nível gerencial deuma
empresa
moderna,como
por exemplo, gestão financeira, de produção, de marketing, de recursoshumanos
etc.ii
Um
sistema de gestão ambiental corresponde aum
conjunto de procedimentosutilizados para se obter
um
melhor desempenho
ambiental, isto é, obter resultados positivoscom
relação aos impactos quepoderiam
estar ocorrendo casonão
fosseimplementado
talracional de matérias-primas, insumos, energia, água, ar e
também
a preocupaçãocom
processos produtivosque causem menores
danos à natureza, mediante a redução de lixo eda
degradação ambiental
em
geral.A
implementaçãodo
sistema de gestão ambientalpode
contribuircomo
estratégiapara melhoria contínua
da
imagem
daempresa
diantedo
público intemo e externo, possibilitaa conquista de
novos
mercados, vislumbrando sucessos futuros e éum
processode
melhoriacontínua. Esses pontos por si só evidenciam a importância
da
implementação deum
sistema de gestão ambiental nas empresas. .Para a implantação
da
gestão ambiental é precisoque
aempresa
trace objetivos.Para que o sistema se
tome
mais eficiente, segundoJUCHEM
(1995, p.34), os principais objetivosda
gestão ambientalpodem
ser definidoscomo:
a) Gerir as tarefas relacionadas a políticas, diretrizes e programas relacionados ao meio
ambiente intemo e extemo da companhia;
b) Manter,
em
geralem
conjunto com a área de segurança do trabalho, a saúde dostrabalhadores;
c) Produzir, com a colaboração de toda cúpula dirigente e os trabalhadores, produtos ou
serviços ambientalmente compatíveis;
'
d) Colaborar
com
setores econômicos, a comunidade e os órgãos ambientais para que sejamdesenvolvidos e adotados processos produtivos que evitem ou minimizem agressões ao
meio ambiente.
Além
dos objetivos,JUCHEM
(idem)enumera
também
as finalidades básicasda
gestão ambiental empresarial:
a) Assegurar a economia e o uso racional de matérias-primas e insumos, destacando-se a responsabilidade ambiental das empresas;
b) Demostrar aos consumidores informações quanto à compatibilidade ambiental dos
processos produtivos e dos seus produtos ou serviços;
c) Estimular campanhas institucionais da empresa com destaque para a conservação e a preservação da natureza;
d) Dar credibilidade a acionistas, fomecedores e consumidores para demonstrar o desempenho
empresarial na área ambiental;
e) Orientar novos investimentos privilegiando setores com oportunidades
em
áreasem
queminimizem danos ambientais.
Sobre os objetivos e finalidades cabe ressaltar
que
ambos
devem
estarem
consonância
com
as atividades empresariais para garantirum
bom
gerenciamento ambiental.Recentemente, a certificação ambiental passou a ocupar espaço relevante dentro
do
planejamento das atividades industriais, pois os produtos eou
serviços ofertados pelas empresasdevem
satisfazer as necessidadesdo
cliente,que
exige que o produtoque
estáconsumindo
em
nenhuma
partedo
processo tenha agredido omeio
ambiente. Isto servecomo
parâmetro para saber seo
produto foi fabricado dentro de rigorosos padrões de qualidade.A
certificação ambientalou
a aplicação deum
selo verde serviriacomo
um
atestado de garantia
que
o produto foi fabricadoem
confonnidadecom
todoum
conjunto deexigências, instruções,
nonnas
técnicas e legislação vigentes, promulgadas por autoridades e órgãos governamentais, comissõesou
empresas para o tipode
atividade e região.Diante deste contexto, surge a auditoria
como
uma
ferramenta alternativa para esteprocesso de certificação,
com
a finalidade de dar-lhe confiabilidade.2.3 Auditoria
Ambiental
Com
a implantação deum
sistema de gestão ambiental, surge a auditoriaambiental,
como uma
ferramenta de verificaçãodo que
foi estabelecidocomo
política,objetivos e metas
da
empresa. Sobre auditoria ambientalROVERE
(2000, p. 8)tem o
seguinte posicionamento:A
auditoria éum
instrumento que tem história recente nocampo
ambiental. Elainicialmente foi utilizada para
uma
avaliação sistemática da atividade produtivaque tivesse algum risco potencial de acidente.
As
verificações periódicas que setomaram rotineiras passaram a ser sistematizadas e evoluíram para
um
monitoramento contínuo do processo, influenciando nos procedimentos adotados
para a operação das plantas industriais. Ficou claro que o novo instrumento se consolidava, passando a ter urna função interativa: ao
mesmo
tempo que avaliava,identificava-as distorções no conjunto de etapas do processo produtivo.
Segimdo
JUCHEM
(1995, p. 47):Auditoria ambiental é urna das maneiras para se analisar e avaliar a variável ambiental, a qual deve ser considerada
um
elemento fimdamental nas atividades dodia-a-dia das empresas para que elas possam manter a continuidade dos negócios de
uma
forma ambientalmente compativel, pois senuma
auditoria contábil-fmanceira procura-se sabercomo
andam
o patrimônio, as finanças e os lucros da empresa, naauditoria ambiental procura-se saber
como
anda a sua saúde ambiental, inclusiveAssim
sendo,não
sepode
confundir auditoria ambientalcom
avaliaçãode
desempenho
ambiental, pois enquanto a auditoria desenvolveum
trabalho de verificação, a avaliaçãode desempenho
ambiental preocupa-seem
avaliar odesempenho,
isto é, realizarum
trabalho de medição. 'O
conceito de auditoria ambiental édefinido
porROVERE
(2000, p. 13)como:
É
um
instrumento usado por empresas para auxiliá-las a controlar o atendimento apolíticas , práticas, procedimentos e / ou requisitos estipulados
com
o objetivo deevitar a degradação ambiental. Ela tem despertado crescente interesse na comunidade empresarial e nos governos, sendo considerada ferramenta básica para
a obtenção de maior controle e segurança do desempenho ambiental de
uma
g empresa,
bem
como, para evitar acidentes.Comparando
auditoriacom
outras atividades, pode-se entendermelhor
seuconceito. Tome-se, por exemplo,
um
exame
médico; omédico
fazuma
verificaçãono
paciente para diagnosticar seu estado de saúde e, através desta verificação, é possível emitirum
atestado.
Quanto
ao médico, este deve serum
especialistano
objeto deexame
para poder fazeruso de julgamento profissional.
A
auditoriatambém
pode
ser analisada desta forma, pois ela éum
exame
realizado porum
auditor (profissional altamente qualificado), que verificao
“estado de saúde” da empresa.
Caso
seja detectadaalguma
anomalia, a empresa passará porum
tratamento e será submetida a novas auditorias.›
A
auditoriapode
sergeral,
em
toda empresa,ou
específica,em
determinadossetores.
A
deterrninaçãodo
tipo de auditoria a ser realizada está relacionada aos seusobjetivos. Dentre as categorias mais aplicadas
ROVERE
(2000) destaca:a) Auditoria
de Conformidade
Legal-
Avalia a adequaçãoda
unidade auditadacom
a legislação e os regulamentos aplicáveis;b) Auditoria de
Desempenho
Arnbiental-
objetiva avaliar a conformidadeda
unidade auditada
com
a legislação, os regulamentos aplicáveis e indicadores dedesempenho
ambiental setoriais aplicáveis à unidade;c) Auditoria de Sistema de Gestão Ambiental
-
avalia ocumprimento
dosprincípios estabelecidos
no
Sistema de Gestão Ambiental(SGA)
da empresa
e sua adequação e eficácia;
d) Auditoria de Certificação
-
tem
por objetivo avaliar a conformidadeda
empresa
com
princípios estabelecidosna
nonna
pela qual aempresa
estejadesejando se certificar. o caso daauditoria de certificação ambiental pela
Serie ISO 14000, esta e' muito semelhante à auditoria de
SGA, porém
deveser conduzida por
uma
organização comercial e contratualmente independenteda
empresa, de seus fomecedores e clientes e credenciada porum
organismo competente;e) Auditoria de
Descomissionamento
~
avalia os danos ao ecossistema e à populaçãodo
entorno dealguma
unidade empresarialem
conseqüência de sua desativação (paralisação definitiva de suas atividades);Auditoria de Responsabilidade
~
objetiva avaliar 0 passivo ambiental das empresas,ou
seja, suas responsabilidades ambientais efetivas e potenciais.É
geralmente usada nas ocasiões de fusões, aquisições diretas
ou
indiretasou
de refinanciamento de empresas.
Sua
aplicação indica ao futuro comprador, parceiroou
sócio os possíveis riscos e responsabilidades, valorando-os monetariamente,sempre
que possível.A
avaliaçãodo
passivo ambientalinclui: multas, taxas e impostos ambientais a
serem
pagos; gastos para implantação de procedimentos e tecnologiasque
possibilitem o atendimentoàs não-conformidades; dispêndios necessários à recuperação
da
área degradada; e indenização da população afetada;g) Auditoria de Sítios
-
é destinada a avaliar o estágio de contaminaçãode
um
determinado local;
h) Auditoria
Pontual-
destinada a otimizar a gestão dos recursos, a melhorar a eficiênciado
processo produtivo e, consequentemente, minimizar a geraçãode resíduos,
0
usode
energiaou
de outros insumos.Segundo
a Resolução n° 08/92do Conselho
Nacional de Metrologia, Normatizaçao e Qualidade Industrial-CONMETRO-,
quando
o objetoda
auditoria é a certlficaçao de conformidade deum
produto, processoou
serviçocom uma
norma
ou
outroa) Auditoria de Primeira Parte
-
constitui-se de declaração feita pela própria empresa, atestando, sob a sua exclusiva responsabilidade,que
um
produto, processoou
serviço estáem
conformidadecom
urnanorma
ou
outrodocmnento
normativo especificado;b) Auditoria de
Segunda
Parte-
dá-sequando o comprador
(segunda parte) avalia o seu fomecedor, verificando se o produto, processo, serviço e sistema estáem
conformidadecom
uma
norma
ou
outrodocumento
nonnativo especificado;
_ c) Auditoria de terceira parte
~
realiza-sequando
uma
terceira parte(independente das partes envolvidas) dá garantias, por escrito, de que
o
produto, processo
ou
serviço está de acordocom
as exigências especificadas.2.4
Vantagens
eDesvantagens
em
Aplicar AuditoriaAmbiental
A
auditoria ambiental, assimcomo
qualquer outro procedimento de avaliação,possui vantagens e desvantagens. Estima-se que as vantagens são maiores que as
desvantagens, pelo
menos
para omeio
ambiente e a sociedade.Quando
existem recursos disponíveis ecomprometimento
por parte da direçãoda
empresa, a auditoria ambiental é executada para detectar as não-conformidades e corrigi-las
ROVERE
(2000) eJUCHEM
(1995)enumeram
as principais vantagens e desvantagensda
auditoria ambiental apresentadasno
quadro 1.Quadro
1: Vantagens e Desvantagensda
AuditoriaAmbiental
Vantagens
Desvantagens
Identificação e registro das confonnidades e das não-confonnidades
com
a legislação,com
regulamentações enomias
ecom
apolítica ambiental da
empresa
(caso exista)Necessidade de recursos adicionais para implementar
o programa de
auditoriaambiental
Prevenção
de
acidentes ambientais Indicação de falsa sensação de segurança sobre os riscos ambientais, caso a auditoria seja conduzida deforma
inexperienteou
incompleta Construção de
melhor
imagem
da empresa
junto ao público, à
comunidade
e ao setorpúblico
Possibilidade de que as indústrias sofram pressões de órgãos governamentais e de grupos ambientais para demonstrar os
resultados da auditoria ambiental Provisão de informação à alta administração
da
empresa, evitando-lhes surpresasSeus resultados
podem
ser usadoscomo
informação para desinformar o público (segundo interessesda
empresa)Assessoramento aos gestores
na
implementação
da qualidade ambientalna
empresa, e alocação de recursos (financeiro, tecnológico, htunano) destinados ao
meio
ambiente
na
empresa, segundo asnecessidades de proteção
do meio
ambientee as disponibilidadesda
empresa. VPossibilidade de incorrer
em
dispêndio inesperado e expressivo de recursos para atender às não-conformidades detectadasna
auditoria ambiental. '
Avaliação, controle e redução
do
impacto ambiental da atividader Necessidade
de
fomecimento
deinformações ambientais consideradas confidenciais pela
empresa
em
caso de sua responsabilização civilMinimização
dos resíduos gerados e dos recursos usados pelaempresa
Promoção
do
processo de conscientizaçãoambiental dos
empregados
Influência negativa sobre o preço e a negociação,
em
caso devenda ou
fusãoda
empresa
Continuação
Quadro
1Vantagens
p
Desvantagens
Produção e organização de infonnações ambientais consistentes e atualizadas
do
desempenho
ambientalda
empresa,que
podem
ser acessadas por investidores e outrasp
pessoas fisicas
ou
jurídicas envolvidas nas operações definanciamento
e/ou nas transaçõesda
unidade auditadaFacilidade
na comparação
.e intercâmbiode
informações entre as unidades
da
empresa
Proteção à
empresa
contra eventuais ações de responsabilidade civilMelhora da
higiene e segurança dosempregado
Fonte:
Adaptado
deROVERE,
Emílio Lébre La,Manual
de
Auditoria Ambiental;IUCHEM,
Peno
Ari. Gestão AmbientalCom
relação aos beneficios apresentados, todostêm
sua importância,porém
o simples fato de poder produzirmaximizando
os recursos disponíveis, diminuindo e reciclando os refugos, contribuindo parauma
melhor
qualidade de vidada
sociedade enão
comprometendo
o desenvolvimento de gerações futuras já bastaria para elencar os beneficiosda
implementação de urna gestão e auditoria ambiental.Decidir se vai
ou não
fazer o gerenciamento ambientaloü
auditoria ambiental,em
princípio, é atribuição
da
alta administração.Como
foi elencado anteriormente, existem vantagens e desvantagens, cabe analisá-las e adaptá-las à realidadeda empresa
para que sua administração possa tomar a decisão certa. Esta decisão será influenciada principalmente poruma
série de variáveiscomo:
porteda
empresa,organograma
e .legislação ambiental existente.2.5 Itens Essenciais à Aplicação
da
AuditoriaAmbiental
Para a aplicação da auditoria ambiental, é importante que se
defina
clara e objetivamente o seu escopo,bem
como
a identificação dos envolvidos clientes, equipede
auditoria e auditados.Para
uma
execução eficiente de auditoria é necessário, segundoROVERE
(2000,p.50):
a) destinar recursos suficientes para apoiar a auditoria;
b) obter
adequada
informação a respeitodo
objeto de auditoriaque
permita definir critériosclaros para a sua realização;
J
c) fazer
uma
definição rigorosa, clara e práticado
objetivoda
auditoria;d) obter
o comprometimento
por parte dos auditados, atravésde
equipesde
auditores independentes;e) realizar
um
plano completo de auditoria ,com
a indicação dos critérios aserem
observados.
Assim, se as ações
enumeradas forem
compreendidas, poderá ser aplicada aauditoria ambiental
com
qualidade.A
auditoria ambiental deve contarcom
ocomprometimento da
alta administração, pois sua execução fornecerá a verdadeiraimagem
do que
ocorre na empresa, proporcionando amontagem
deum
perfil realístico dos seus pontos críticos e falhos. Para tanto, deve-se contarcom
a
alta direção para aadoção
demedidas
corretivasque
sefaçam
necessárias.Para
que
haja consistência nos resultadosda
auditoria, é importanteque
ela sigadeterminados padrões
como:
definiçãodo
escopo edo
período analisadona
auditoria; dos procedimentos;da
metodologia aplicada e dos instrumentos usados.Os
impactos ambientais causados pelas empresasnão
seresumem
apenas ao seuinterior, por isso é preciso
que
a equipe de auditoria considere oentomo
daempresa na
auditoria ambiental.Em
geral,quando
0 objetivoda
auditoria ambiental é verificar o passivo ambientalda
unidade, érecomendado que
o auditor entreviste pessoasque
residamem
seu entomo, identificando as potenciais reivindicações à unidade.2.6 Auditoria
Ambiental
e LegislaçãoEm
âmbito internacional existem trêsdocumentos
básicos queservem de
fundamento
e orientação para procedimentos de auditoria ambiental: aBS
-
7750
(BritishStandard
N°
7750,norma
inglesa de gerenciamento ambiental), aNorma
Ambientalda
União
Européia e a
ISO
14000.2.6.1
BS
~
7750
(British StandardN°
7750,Nonna
Inglesade Gerenciamento
Ambiental) Ela foi publicadaem
abril de 1992 e foi revisada e atualizadaem
1993.Sua
finalidade está descritano
próprio prefácioda
norma
que diz: estaNonnatização
Britânica foi preparada sob os auspíciosdo Enviroment
and
Pollution Standards Policy Committee,em
resposta às crescentes preocupações sobre proteçãodo
meio
ambiente e
desempenho
em
nível ambiental.Nela
está incluída a especificação paraum
sistema de controle ambientalque
assegure e demonstreo cumprimento
das políticas e objetivos ambientais.Também
incluium
guia de especificação e implantação dentrodo
sistema global de controle de
uma
empresa. Estanorma
foi preparada para ajudar aempresa
a implantarum
sistema de controle eficiente,tomando-se
urna base tanto paraum
bom
desempenho
em
nível ambiental, quanto para a participaçãoem
programas de auditoriaambiental.
A
BS-7750
é, portanto,o
primeirodocumento de
diretrizes para o gerenciamentoambiental e a auditoria ambiental.
Embora
tenha entradoem
vigor na
Inglaterra, suasdiretrizes
também
têm
sido usadasem
nível intemacional.2.6.2
Norma
Ambiental daUnião
EuropéiaO
Regulamento
n° 1836-93, de 29-06-1993,do Conselho da
Comunidade
Econômica
Européia estabelece as diretrizes quepermitem
a participação voluntária dasempresas
do
setor industrialnum
sistema comunitário de gestão e auditoria ambiental.Ele é, portanto, 0
documento
normativo dos procedimentos a serem usados pelospaíses
membros
da
recentemente criadaUnião
Européia, os quais deverão adequarou
criar dispositivos legais internos para a normatizaçãoem
cada paismembro.
Este documento,
com
basena
própriaBS
~
7750, foi bastante ampliado, tendoem
vista principalmente a sua abrangência (países
da
União
Européia) e as discussões surgidasem
tornodo
gerenciamento e da auditoria ambientalno
contextodo
Conselhoda
Comunidade
Econômica
Européia. Ele estabelece,também,
o procedimento adicionalda
exigênciade
certificação de auditorias internas a ser feita por auditores extemos, devidamente credenciados para essa finalidade.
2.6.3
ISO
14000
-
Norrna de qualidade ambiental da International Organization for StandardízationA
organização Intemacional de Normalização (ISO) éuma
organização não-govemamental
de normatização técnica,com
sedeem
Genebra, Suíça, responsável pela elaboraçãoda
série denonnas
de gestão ambientalISO
14000.A
ISO
reúne cerca de 110 paísesmembros, que
são responsáveis poraproximadamente
95%
do PIB
mundial.Os
países são representadosna
ISO
pelas suas associações de normalização técnica.No
caso brasileiro, pela Associação 'Brasileirade
Nonnas
Técnicas(ABNT).
Em
março
de 1993, aISO
criou oComitê
Técnico(TC)
207, especificamente para fonnular a sérieISO
14000. Trata-se deum
dos maiores e mais importantes comitêsda
ISO,com
cerca de60
países participantes e20
entidades internacionais» de ligação,como
aCâmara
de
Comércio
Intemacional (CCI), a OrganizaçãoMundial do Comércio
(OMC),
oPrograma
das
Nações Unidas
para o Desenvolvimento(PNUD),
0 World
Wild LifeFund
(WWF)
e oConsumers
Internacional (CI).O
Comitê
Técnico207
é secretariado pelo Canadá, quetambém
coordenao
TC
176, responsável pela elaboração~
e agora revisão-
da
série denonnas
ISO
9000
de Sistemas de Gestão de Qualidade.O
TC
207
écomposto
por seis sub-comitês eum
grupode
trabalhoSC-1
-
Sistemas de Gestão Ambiental (Inglaterra);SC-2
-
Auditoria Ambiental (Holanda),SC-3
-
Rotulagem
Ambiental (Austrália);SC-4
-
Avaliação deDesempenho
Ambiental (Estados Unidos);SC-5
-
Análisedo
Ciclo deVida
(França);SC-6
- Termos
e definições (Noruega),WG-1
-
Aspectos Ambientais nasNonnas
de
Produtos ( Alemanha).O
TC
207
retme-se anualmente,sempre
num
país diferente, para avaliar o progressodo
trabalho de seus subcomitês e grupos de trabalho.2.7
Planejamento
eCondução
da
AuditoriaAmbiental
O
Processo de auditoria ambiental (verfigura
l)pode
sofrer algumas variações,dependendo do
tipo deempresa
a ser auditada,porém
as variáveis que irão tomá-lo maisou
menos
detalhado serão os objetivos, o escopo e a periodicidade de aplicação.Segundo
ROVERE
(2000, p.28), a realização das auditorias ambientais deve obedecer à seguinte seqüência: “planejamento, preparaçãodo
material de apoio, atividadeno
local, elaboração e apresentaçãodo
relatório da auditoria”.Com
relação à metodologia. utilizada para conduziruma
auditoria ambiental, pode-se identificar a necessidade de obter
um
procedimento específico para cada categoriade
auditoria, porém, segundoROVERE
(2000, p.27),“A
experiência,documentada na
bibliografia levantada, demonstra que (...) os procedimentos a serem seguidos
na
sua aplicaçãose assemelham, entre as várias auditorias
-
contábil, operacional, qualidadedo
processo produtivoO
autor apresentana figura
1,um
modelo
de processo de auditoria ambiental.Figura 1- Processo de auditoria ambiental. Auditado ~ Objeto
da
AuditoriaÍ
A Recursos,Equipe
de Auditores u Seleção, Verificação 0 da ConfiabilidadeFome;
ROVERE
(2000,pas)
Conformidades
e ao conformidades Análises,Agregação
AvaliaçãoN~_
_ Resultados: Opinião Conclusões Objetivos,Escopo
Critérios Evidencias~)
2.8
Planejamento
da
AuditoriaAmbiental
O
planejamento é importante, pois, através dele, serão definidos os elementos- chave deuma
auditoria ambiental: o objetivo, o escopo, os critérios, os recursos necessários, a equipe de auditores, as .respectivas responsabilidades e as datas de realização da auditoriano
local.
2.8.1 Definição
do
objetivoO
objetivo precisa ser muitobem
definido, pois através dele, será possível chegar aum
resultado final quevá
satisfazer a necessidadedo
cliente.Segundo
ROVERE
(2000,p.29),
“Define-se
nesta etapa se a auditoria pretende verificar a conformidadeda
empresa
paracom
a legislação,com
sua política ambiental, dentre outros possíveis objetivos”.Deve-se
tomar
os devidos cuidados paranão
ter inúmeros objetivos, o que deixaria confusoo
papel dosauditores.
2.8.2
Definição do Escopo
O
escopo écomo
se fosse o alvoque
se quer alcançarcom
o
ténninoda
auditoria.Ele precisa ser claramente definido para
que
seja delimitado ocampo
de atuaçãoda
auditoria,de acordo com' os objetivos.
Com
relação a delimitaçãodo
escopoda
auditoria deve-se observar os quesitos compiladosno
quadro 2. ~Quadro
2: Descrição dos quesitosQuesitos Descrição
Localização
Geográfica Definição do
local-
estado, cidadeou
país a ser realizado a auditoriaLimites
Definição
das áreasou
das unidades a serem auditadasna empresa
. Organizacionais ,Objeto de auditagem
Definição do
que será auditado, se a auditoria ambiental será realizada juntamentecom
auditoriasda
saúde, segurançado
trabalhador, etc.Período i
Definição
da data de início e término da auditoria, variávelconforme
os primeira vez são necessários2
anos.objetivos e a periodicidade da auditoria, pois não existe
tempo
estabelecido, porém, para se avaliaruma
empresa
que fará a auditoria pelaTema
ambientalDefinição
dos itens aserem
avaliadosna
auditoria.Em
geral estaquestão.
Fonte:
Adaptado
deROVERE,
Emílio Lébre La,Manual
de AuditoriaAmbiental
(2000,p.29)
2.8.3
Definição
dos critériosOs
critérios são selecionadosem
funçãodo
objetivo e escopo, sendo de totalrelevância sua escolha criteriosa, pois eles agilizam os trabalhos dos auditores.
Segundo
ROVERE
(2000, p.30),“Os
critériosda
auditoriacorrespondem
às políticas, práticas,procedimentos
ou
regulamentos (legais, organizacionais, normas) que serão utilizadas peloauditor
como
referência para a coleta das evidênciasda
auditoria.”2.8.4 Seleção da
Equipe
de AuditoresEsta seleção deve ser imparcial e independente
com
relação à unidade a ser auditada.As
auditoriaspodem
ser extemas, internas e corporativas.Segundo
ROVERE
(idem),
“A
auditoria externa é executada por pessoas especializadasno
objeto de auditagem esem
qualquer vínculo empregatíciocom
aempresa que
está sendo auditada”. Ela serve para evidenciar as possíveis falhas detectadas nos segmentos auditados,conforme o
objetivoda
auditoria etambém
emiteum
parecer a respeito da confiabilidade dos trabalhos executados pelos auditores internos.De
acordocom
ROVERE
(2000, p.3l),“A
auditoria intema é executada porempregado
independenteda
unidade auditada e especializadono
objeto da auditagem”.Seu
objetivo é verificar se os controles intemos estão sendo cumpridos,
com
isso facilitandoo
trabalho dos auditores extemos.
Por último tem-se a auditoria corporativa, que,
confonne
ROVERE
(idem): “é executada por pessoal especializado e independente, pertencente à matriz, àempresa
holdingou
ao órgão centralda
empresa,no
caso de esta ser governamental”.Com
relação às características pessoais e à capacidade técnica, observa-se a consonância entre o ponto de vista deROVERE
e asnormas
brasileiras de contabilidade:Dentre as caracteristicas pessoais indispensáveis a
um
auditor destacam-se: condutaética, independência, objetividade, organização pessoal, capacidade analítica,
competência para expressar claramente conceitos e idéias (verbal e pôr escrito),
autocontrole e perseverança.
No
que tange à capacidade técnica, a equipe deve serformada de
modo
a ter capacitação para poder verificar, analisar e avaliar aobservância aos critérios indicados para a auditoria
2.8.5 Preparando a Auditoria Ambiental
Depois
dedefinido
os escopos, os objetivos, os critériosda
auditoria e a seleção da equipe de auditores, passa-se a planejar oandamento da
auditoria afim
de otimizar o tempo,o
que
irá representarmenor
ônus ao auditado. Nesta fase de planejamentoda
auditoria,ROVERE
(2000, p.33), sugere ao auditor, utilizar as ferramentas de auditoria descritasno
quadro 3:
Quadro
3 : Conceito das Ferramentas de auditoria ambientalFerramentas Conceito
de pré-auditoria
É
um
instrumento contendouma
relação de perguntasque visam
à obtenção de respostas detalhadas que esclareçam os auditores relativamente aos procedimentos, às rotinas, aos registros e às responsabilidadesda
empresa, c os auxiliem
na
elaboração dos demais instrumentos a seremutilizados
em
campo
para a identificação de evidências de conformidades e não-conrformidadescom
os critérios estabelecidos para a auditoria.Questionário
i
Protocolo
E
um
giia para ser usado pelo auditorna condução
da auditoria.Contém
completa orientação para a identificação das evidências decumprimento
ou não cumprimento
dos critérios estabelecidos para aauditoria.
Lista de
Verificação (check conformidade
ou não
conformidadena
unidade auditada.list) i
Fonte:
Adaptado
deROVERE,
Emílio Lebre La,Manual
de
Auditoria Ambiental (2000, p.35)2.8.6 Aplicação da auditoria
no
LocalO
bom
desempenho da
equipeem
etapas anteriores garantirá mais agilidade nestaetapa.
É
nesta etapa que seconfirmam
as não-confonnidades identificadas na pré-auditoria ese completa ça obtenção de evidências. Esta etapa
tem
como
objetivos analisar e avaliar in locoos registros, os controles, a gestão empresarial intema, o processo produtivo da empresa, as atribuições de responsabilidade, etc. Esta verificação é realizada por
meio
de observação,entrevistas, aplicação de testes e análise amostral
da documentação
e dos procedimentospertinentes à unidade submetida à auditoria
2.8.7 Apresentação dos Resultados
O
relatório ambiental é o produto final deum
processode
auditoria ambiental. Eleé elaborado pela equipe de auditores, sob a coordenação
do
auditor-chefe (líder).O
resultadoda
auditoria ambiental deve sercomunicado
ao cliente, por escrito,sempre
para a altaadministração, contendo as conclusões
da
auditoria realizada.O
relatório deve ser escrito deforma
clara, precisa e deverá ser assinado pelosauditores envolvidos e deve contar
com
o vistodo
responsável pela unidade auditada.O
relatório de auditoria deverá ter os seguintes tópicos, segundo.TUCHEM
(1995,p. 73):
a) identificação, localização e características
da
organização e atividadeauditada;
b) relação dos
membros
da
equipeque
executou a auditoria; c) data e assinatura dos responsáveis pelo trabalho;d) objetivos desejados e abrangência da auditoria; e) critérios e procedimentos adotados;
Í) descrição dos resultados
da
auditoria (lista de verificação, texto, gráficos,fotos, mapas);
g) relatório final sumariado para a alta direção.
3
EVOLUÇÃO
HISTÓRICA
DA
CONTABILIDADE E
DA
AUDITORIA
Alguns
estudiosos dessa ciência social acreditamque
a contabilidade é tão antiga quanto a origemdo
homem.
Pode-se observar que a contabilidadeacompanha
a evoluçãodo
sistema empresarial e das
economias
de mercado, assim,com
o crescimentoda
navegação e,conseqüentemente,
do
comércio, aumentava-se a riqueza acumulada, negociação, e,com
isso,o conceito de sociedade aprimorou-se, auxiliando
na
distinção entre a entidade comercial eseus proprietários .
Com
o declíniodo
sistema feudal, a propriedade privadacomeçou
a crescer,surgindo então, a necessidade de contabilizar os gastos de cada elemento interessado.
Hoje
em
dia, a contabilidade tomou-seuma
necessidade paraque
as empresaspossam
fazerum
correto controle monetário.No
Brasil, antesmesmo
de serem criados os estabelecimentos de ensinode
contabilidade, percebe-se a presençado
“guarda-livros” .i
Com
oafioramento do
capitalismo e da revolução industrial,mudou-se o
perfil das empresas, antes dessa data, tais organizaçõeseram
familiares,onde
a capacidade produtiva era pequena.Com
a revolução de novas técnicas para a fabricação, nasceu a necessidade de expandir os negócios, porém,como
o lucro obtido na produçãocom
o investimento próprio era pequeno, foi preciso angariar recursosno mercado
financeiro,ou
abrir o capitalda
empresa
a novos investidores. Para tal, seria necessário mensurar o patrimônioda empresa
com
precisão e, para darmais
confiabilidade às infonnações, seria indispensávelum
profissional de relevante conhecimento para analisa-las. Surge, dessaforma
a auditoria.3.1 Conceito
de
ContabilidadeO
conceito de contabilidadetem
evoluídoacompanhando
asmudanças
decorrentesdo
desenvolvimento dos negócios, das empresas eda
globalizaçãoda
economia.Segundo
D`AURIA
(1957, p.69), “Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, controle e registro relativo aos atos e fatosda
administração econômica”.A
partir deste conceito, pode-se acrescentar que: contabilidade é a ciênciaque
evidencia, controla e registra asmutações
patrimoniais,bem
como,
os atos e fatos administrativos, obtendo, a qualquermomento,
0 resultado e a situação econômico-financeira da entidade.3.1.1 Objetivos
O
objetivo científico da Contabilidade manifesta-sena
correta apresentaçãodo
patrimônio e
na
apreensão e análise das causas das suas mutações.3.1.2 Relatórios Contábeis
Os
relatórios contábeis são o produtoda
escrituração comercial e é através delesque
se consegue analisar a situação econômico-financeira das entidades. `Para a confecção destes relatórios, é necessário haver consistência nos procedimentos
que
a entidade utilizaem
diferentes períodos e tanto quanto possível,também
entre entidades distintasque
pertençam aum
mesmo
mercado, deforma que
o usuário possaextrair tendências quanto à vida de
uma
entidade e a sua posiçãoem
face das demais entidadesou
mesmo
do mercado
como
um
todo.Pode-se separar os relatórios
ou
demonstrações contábeisem
financeirasou
contábeis. '
3.1.3
Demonstrações
ContábeisA
contabilidade transforma dadosem
informações, pois os fatos, senão forem
organizados, são incapazes de influenciar decisões
Sob
esta ótica estão asDemonstrações
Contábeis,
que
são os relatórios padronizados capazes defomecerem
aos usuáriosdados
e informações a respeito da posição econômico/financeirado
patrimônio das entidades; através delas, pode-se analisar a evoluçãoou
decréscimodo
patrimônio,bem como
os resultados obtidosem
um
detenninado período.Conforme
Sá
(1998, p.36), “peçaem
forma
técnicaque
evidenciaum
fatopatrimonial,
um
conjunto de tais fatosou
todoum
sistema de contas.São Demonstrações
Contábeis: o Balanço Patrimonial, a
Demonstração do
Resultadodo
Exercício, aDemonstração
de Origens e Aplicações de Recursos e aDemonstração
dasMutações do
Patrimônio Líquido.”
3.1.4 Usuários
da
ContabilidadeOs
usuários tantopodem
ser internoscomo
externos e,mais
ainda,com
interessesdiversificados, razão pela qual as infonnações geradas pela entidade
devem
seramplas
e fidedignas, pelomenos,
suficientes para a avaliaçãoda
sua situação patrimonial e das .mutações sofridas pelo seu patrimônio, permitindo a realização de inferências sobre o seufuturo.
-
Os
usuáriosinternos incluem os administradores de todos os níveis,
que
usualmente se
valem
de infonnações mais aprofundadas e específicascom
relação à entidade, notadamente aquelas referentes ao seu ciclo operacional. Já os usuários externosconcentram
suas atenções, de
forma
geral,em
aspectos mais genéricos, expressos nas demonstraçõescontábeis.
3.2 Histórico