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Perfil de suicídios em município da Amazônia Legal

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Artigo Original

ISSN 1414-462X (Print) ISSN 2358-291X (Online)

Este é um artigo publicado em acesso aberto (Open Access) sob a licença Creative Commons Attribution, que permite uso, distribuição e reprodução em qualquer meio, sem restrições desde que o trabalho original seja corretamente citado.

Perfil de suicídios em município da

Amazônia Legal

Suicide profiles in a municipality of the Legal Amazon

Erick de Sousa Silva

1

, Jair Marques Junior

2

, Eliane Aparecida Suchara

3

1 Curso de Farmácia, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus do Araguaia - Barra do Garças (MT), Brasil. 2 Gerência de Medicina Legal Paul Harris (POLITEC), Instituto Médico Legal (IML) - Barra do Garças (MT), Brasil.

3 Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus do Araguaia - Barra do Garças (MT), Brasil.

Trabalho realizado no Instituto Médico Legal Paul Harris (POLITEC)– Barra do Garças (MT) e na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) – Barra do Garças (MT), Brasil.

Endereço para correspondência: Eliane Aparecida Suchara – Curso de Farmácia, Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário do Araguaia (Campus II), Rodovia BR-070, Km 5 – CEP: 78600-000 – Barra do Garças (MT), Brasil – Email: elianesuchara@gmail.com Fonte de financiamento: nenhuma.

Conflito de interesses: nada a declarar. Resumo

Introdução: O suicídio é um problema mundial de saúde pública e está entre as principais causas de morte no mundo. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a sua ocorrência e caracterizar os casos de suicídio registrados em um município da Amazônia Legal, entre os anos de 1999 e 2016. Método: Foi realizado um estudo epidemiológico descritivo e transversal. Foram incluídos todos os casos registrados como suicídios no Instituto Médico Legal (IML) de Barra do Garças, Mato Grosso. Resultados: As taxas de suicídio por ano variaram de 8,6 (2014) a 20,3 (2003). Houve maior frequência no gênero masculino (76,6%) e em adultos (78,1%). A causa mais utilizada foi a asfixia (49,6%), seguida por intoxicações (27,0%), cujos principais agentes tóxicos utilizados foram agrotóxicos (60,9%). Em relação ao mês de ocorrência, abril apresentou o maior número de suicídios (13,1%) e o menor foi em fevereiro (5,1%). Em relação ao dia da semana, no domingo, foi observada a maior incidência (17,5%). Conclusão: Diante do exposto, conclui-se que o gênero masculino e a faixa etária adultos foram mais propensos a cometer a autoagressão. Assim, projetos relacionados à Saúde Pública e estratégias de prevenção são necessários, pensando também em ações mais efetivas voltadas para o perfil das vítimas.

Palavras-chave: saúde pública; autoagressão; asfixia.

Abstract

Introduction: Suicide is a global public health problem and is among the leading causes of death worldwide. Thus, this study aimed to study the occurrence and characterize the suicide cases recorded in a municipality of the Legal Amazon, between the years of 1999 and 2016. Method: We performed an epidemiological descriptive and transversal study including all cases registered as suicides at the Institute of Forensic Medicine (IFM) of Barra do Garças, Mato Grosso. Results: Suicide rates ranged from 8.6 (2014) to 20.3 (2003). There was a higher frequency in males (76.6%) and in adults (78.1%). The most common form of suicide was asphyxiation (49.6%), followed by intoxications (27.0%), mainly by pesticides (60.9%). April was the month with the highest number of suicides (13.1%), and February (5.1%) had the lowest. Sundays were the day of the week with a higher incidence (17.5%). Conclusions: In conclusion, male adults are more likely to commit self-harm. Thus, there is a need for more research on public health and prevention strategies, also considering more effective actions according to the profile of the victims.

(2)

INTRODUÇÃO

O suicídio é um dos mais desconcertantes e devastadores de todos os comportamentos humanos, estando constantemente entre as principais causas de morte no mundo, levando a vida de uma pessoa a cada 40 segundos1. Um problema mundial de

saúde pública, com 800 mil suicídios e cerca de 16 milhões de episódios de autoagressão por ano2. O suicídio se inscreve no

campo dos transtornos mentais (angústias, depressão, alterações de comportamento, bipolaridade, entre outros) adquirindo o status de patologia3. Note-se que tanto a ideação quanto a

intenção podem resultar em um comportamento suicida4.

Este é um problema complexo para o qual não existe uma única causa ou uma só razão. Ele resulta de uma complexa interação de fatores biológicos, genéticos, psicológicos, sociais, culturais e ambientais5. Seus fatores de risco incluem doença mental e

física, abuso de álcool ou drogas, doença crônica, sofrimento emocional agudo, violência, uma mudança súbita e importante na vida de um indivíduo, tais como perda de emprego, separação de um parceiro ou outros eventos adversos. Pode-se tratar, ainda, em muitos casos, de uma combinação destes fatores. Embora os problemas de saúde mental desempenhem um papel que varia em diferentes contextos, outros fatores ̶ como cultural e status

socioeconômico ̶ são também particularmente influentes6.

Para a compreensão e a prevenção dos casos de suicídio, é um fator imprescindível diminuir as subnotificações, assim como primar pela qualidade no preenchimento dos documentos que fazem parte de sua base7. É fundamental conhecer as variáveis

implicadas em tal fenômeno, para compreender melhor essa realidade8,9. Assim, fazem-se necessárias novas pesquisas que

ampliem o conhecimento atual1. E, nesse contexto, o Instituto

Médico Legal (IML) dos municípios constitui uma importante fonte de dados, pois, nestes locais, não há subnotificação, considerando-se que o registro de casos de suicídios é compulsório no IML. Portanto, o objetivo deste estudo foi analisar e caracterizar a ocorrência de suicídios em um município da Amazônia Legal, através de dados do seu IML, no período de 1999 a 2016.

MÉTODO

Tratou-se de um estudo epidemiológico descritivo, não probabilístico, transversal, sendo o período avaliado de janeiro de 1999 a dezembro de 2016. Foram incluídos todos os casos registrados como suicídios no Instituto Médico Legal (IML) de Barra do Garças, Mato Grosso. Este município apresentou uma população estimada de 58.974 habitantes no ano de 2017 e possui área de unidade territorial de 9.079,291 km2,10. Está localizado

às margens dos Rios Araguaia e Garças, no centro geodésico do Brasil, e é conhecido como Portal da Amazônia11. A Amazônia

Legal corresponde à área dos Estados da Região Norte, acrescidos

da totalidade do Estado de Mato Grosso e dos municípios do Estado do Maranhão situados a oeste do meridiano 44º O12.

As variáveis estudadas foram gênero e faixa etária, meio de suicídio, agente causal, causa da morte, dia da semana, mês de ocorrência e estação do ano.

Considerando-se que os dados foram coletados no IML, a causa da morte foi classificada segundo os termos adotados nos registros, ficando assim definidos: Enforcamento, Intoxicação, Trauma Cranioencefálico (TCE) provocado por Arma de Fogo, Choques, Eletrocussão e Politraumatismo (atropelamento premeditado). Os casos classificados como Choque foram aqueles nos quais ocorreu a redução crítica na perfusão tecidual, provocando alterações sistêmicas graves, com comprometimento da função celular e orgânica13. Já o termo Eletrocussão foi utilizado

para a morte por descarga elétrica, conhecido também como choque elétrico. Este choque é causado pela descarga de um capacitor, gerado por um dispositivo que armazena energia14.

Os dados brutos foram organizados em planilhas eletrônicas. A partir dos dados da população estimada de cada ano, segundo o IBGE, calcularam-se as taxas de incidência de suicídio levando em consideração o número de suicídios de cada ano por 100 mil habitantes.

Este trabalho foi submetido, por meio da Plataforma Brasil, à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisas (CAAE 58164916.4.0000.5587), sendo aprovado segundo Parecer n.º 1.657.824.

RESULTADOS

No período estudado, foram analisados 137 laudos de óbitos por suicídio registrados no IML de Barra do Garças. A taxa média anual de suicídio foi de 13,8 ± 3,6, sendo a menor de 8,6 suicídios (2014) e a maior de 20,3 (2003) (Tabela 1). Quanto ao perfil das vítimas, observou-se prevalência do gênero masculino (76,6%) em relação ao gênero feminino (23,3%). Ocorreu predominância na faixa etária dos adultos (78,1%), seguido por idosos (13,9%) e adolescentes (8%) (Tabela 2). Entre os adultos, a faixa predominante foi de 18 a 34 anos (62,6%), sendo seguida pela faixa de 35 a 49 anos (26,1%) e, por último, a faixa de 50 a 59 anos (11,2%).

A relação entre a causa da morte e o gênero está apresentada na Tabela  3 e observa-se, entre as causas, prevalência do Enforcamento e das Intoxicações. Ao avaliar os dados das causas da morte Intoxicação e Agentes Tóxicos utilizados, é observada uma desconexão, justificada pelo fato de que o uso de uma substância tóxica pode levar a uma causa da morte classificada como intoxicação ou a outro enquadramento, como, por exemplo, Choque Hipovolêmico ou Anafilático.

(3)

Tabela 1. Distribuição dos casos de suicídio no período de 1999 a 2016, de acordo com a faixa etária, no município de Barra do Garças-MT

Período

Faixa etária

Incidência (%)

Adolescentesa Adultosb Idososc Total

Nd %e N % N % N %

1999 0,0 0,0 9,0 8,4 0,0 0,0 9,0 6,6 18,8

2000 0,0 0,0 5,0 4,7 0,0 0,0 5,0 3,6 9,5

2001 2,0 18,2 5,0 4,7 1,0 5,3 8,0 5,8 15,1

2002 0,0 0,0 6,0 5,6 2,0 10,5 8,0 5,8 14,9

2003 1,0 9,1 8,0 7,5 2,0 10,5 11,0 8,0 20,3

2004 0,0 0,0 4,0 3,7 1,0 5,3 5,0 3,6 9,0

2005 1,0 9,1 6,0 5,6 2,0 10,5 9,0 6,6 16,0

2006 0,0 0,0 6,0 5,6 2,0 10,5 8,0 5,8 14,0

2007 1,0 9,1 7,0 6,5 0,0 0,0 8,0 5,8 15,0

2008 0,0 0,0 6,0 5,6 0,0 0,0 6,0 4,4 10,9

2009 1,0 9,1 5,0 4,7 1,0 5,3 7,0 5,1 12,6

2010 0,0 0,0 8,0 7,5 2,0 10,5 10,0 7,3 17,6

2011 0,0 0,0 8,0 7,5 3,0 15,8 11,0 8,0 19,3

2012 1,0 9,1 5,0 4,7 0,0 0,0 6,0 4,4 10,4

2013 1,0 9,1 5,0 4,7 0,0 0,0 6,0 4,4 10,3

2014 1,0 9,1 4,0 3,7 0,0 0,0 5,0 3,6 8,6

2015 0,0 0,0 6,0 5,6 1,0 5,3 7,0 5,1 11,9

2016 2,0 18,2 4,0 3,7 2,0 10,5 8,0 5,8 13,6

Total 11 100 107 100 19 100 137 100

--a13 a 17 anos; b18 a 59 anos; c60 a 83 anos; dNúmero de casos; ePorcentagem

Tabela 2. Caracterização dos suicídios segundo a causa da morte, de acordo com a faixa etária, no município de Barra do Garças-MT, entre 1999 e 2016

Faixa Etária

Total Geral

Adolescentea Adultob Idosoc

Nd %e N % N % N %

Causa da Morte

Enforcamento 9 81,8 49 45,7 10 52,6 68 49,6

Intoxicação 1 9,0 28 26,1 8 42,1 37 27,0

TCEf (Arma de Fogo) 1 9,0 17 15,8 1 5,2 19 13,8

Choques -- -- 11 10,2 -- -- 11 8,0

Eletrocussão -- -- 1 0,9 -- -- 1 0,7

Politraumatismo -- -- 1 0,9 -- -- 1 0,7

Tipos de Choque

Choque Hipovolêmico -- -- 8 72,7 -- -- 8 72,7

Choque Anafilático -- -- 1 9,0 -- -- 1 9,0

Choque Neurogênico -- -- 1 9,0 -- -- 1 9,0

Choque Toxêmico -- -- 1 9,0 -- -- 1 9,0

Agente Tóxico

Agrotóxico -- -- 19 57,5 6 75,0 25 60,9

Domissanitários -- -- 2 6,0 -- -- 2 4,8

Medicamentos -- -- 3 9,0 -- -- 3 7,3

Produtos Químicos -- -- 3 9,0 -- -- 3 7,3

Outros 1 100 6 18,1 2 25 8 19,5

Tipos de Agrotóxico

Carbamato -- -- 11 57,8 2 33,3 13 52

Glicina Substituída -- -- 3 15,7 2 33,3 5 20

Organoclorado -- -- 2 10,5 -- -- 2 8

Organofosforado -- -- 2 10,5 1 16,6 3 12

Outros -- -- 1 5,2 1 16,6 2 8

Total 11 100 107 100 19 100 137 100

(4)

agentes tóxicos foram os agrotóxicos (60,9%), sendo que o grupo químico dos Carbamatos foi o mais utilizado (52%). O uso de medicamentos como forma de suicídio foi observado em 7,3% dos casos, sendo um caso no gênero masculino e dois, no feminino. Os medicamentos usados foram warfarina, paracetamol, cloridrato de tramadol, dipirona, ciclobenzaprina e sinvastatina. O uso do gás dióxido de carbono (7,3%) e a utilização de produtos químicos (7,3%), como coagulante industrial e solução de bateria, foram evidenciados apenas no gênero masculino. O uso de domissanitários, como a creolina e o hipoclorito de sódio (4,8%), e metais (mercúrio) (2,4%), foi registrado apenas no gênero feminino. Os demais métodos foram overdose de cocaína (2,4%) e, em 7,3% dos casos, não foi

especificado o agente causal.

Em relação ao mês de ocorrência do evento, abril apresentou o maior número de suicídios (12,%), enquanto o menor número foi em fevereiro (5,1%) (Figura 1). Quando avaliado o dia da semana, o domingo apresentou a maior prevalência (17,5%) e a quinta-feira apresentou o menor número (11,6%) (Figura 2). Quanto à estação do ano com maior ocorrência, foi constatada maior frequência no outono (28,4%), seguido pelo inverno (25,5%), primavera (24,8%) e verão (21,1%).

Figura 1. Distribuição dos casos de suicídio em relação ao gênero, levando em consideração os meses do ano, no período de 1999 a 2016

Figura 2. Distribuição dos casos de suicídios, em relação ao dia da semana, no período de 1999 a 2016

Tabela 3. Caracterização dos suicídios segundo a causa da morte, de acordo com o gênero, no município de Barra do Garças-MT, entre 1999 e 2016

Gênero

Total Geral

Feminino Masculino

Na %b N % N %

Causa da Morte

Enforcamento 15 46,8 53 50,4 68 49,6

Intoxicação 10 31,2 27 25,7 37 27,0

TCEc (Arma de Fogo) 3 9,3 16 15,2 19 13,8

Choque 3 9,3 8 7,6 11 8,0

Eletrocussão 1 3,1 -- -- 1 0,7

Politraumatismo -- -- 1 0,9 1 0,7

Tipos de Choque

Choque Anafilático -- -- 1 12,5 1 9,09

Choque Hipovolêmico 2 66,66 6 75,0 8 72,72

Choque Neurogênico -- -- 1 12,5 1 9,09

Choque Toxêmico 1 33,33 -- -- 1 9,09

Agente Tóxico

Agrotóxico 6 50,0 19 65,5 25 60,9

Domissanitários 2 16,6 -- -- 2 4,8

Medicamentos 2 16,6 1 3,4 3 7,3

Produtos Químicos -- -- 3 10,3 3 7,3

Outros 2 16,6 6 20,6 8 19,5

Tipos de Agrotóxico

Carbamatos 4 66,6 9 47,3 13 52

Glicina Substituída 1 16,6 4 21,0 5 20

Organoclorado -- -- 2 10,5 2 8

Organofosforado 1 16,6 2 10,5 3 12

Outros -- -- 2 10,5 2 8

Total 32 100 105 100 137 100

(5)

DISCUSSÃO

No Brasil, a média nacional de mortalidade por suicídio, entre 2004 e 2010, foi de 5,7415, sendo de 6,2/100.000 habitantes

no ano de 201216; portanto, a taxa encontrada neste estudo

(13,8 ± 3,6) foi maior que os dados nacionais. No entanto, apesar de a mortalidade por suicídio crescer no País, as tendências divergem entre as Regiões brasileiras16. As taxas de suicídio

variam muito, pois estão entre 2,7 na Região Nordeste e 9,3 na Região Sul17. Avaliando-se a taxa média de suicídios no período

de 2004 a 2010, entre as Regiões do Brasil e utilizando-se cidades com uma população média semelhante à cidade estudada (50.000< habitantes <100.000), verificaram-se taxas de 7,9 na Região Norte (Tucuruí e Parauapebas), 10,9 e 10,1 no Nordeste (Tianguá e Araripina, respectivamente), 10,1 e 9,7 no Centro-Oeste (Três Lagoas e Cáceres, respectivamente), 11,6 e 11,2 no Sudeste (Curvelo e Três Corações, respectivamente) e 23,8 e 18,1 na Região Sul (Venâncio Aires e Lajeado, respectivamente)15.

Embora seja realizada uma comparação entre as taxas, deve-se considerar que as fontes de dados brutos podem diferir entre os estudos, influenciando assim os resultados obtidos.

Embora municípios maiores tenham disponibilidade de médicos que investiguem mortes violentas, uma alta proporção dessas mortes permanecem indeterminadas. Em municípios de pequeno porte, um evento, como o suicídio, é muito improvável passar despercebido. Assim, parte das taxas mais baixas de mortalidade por suicídio em grandes municípios pode ser devida à subnotificação. Também se deve considerar que os municípios de uma região podem diferir em muitos traços, como a disponibilidade de emprego, os recursos econômicos, a morbidade psiquiátrica, o acesso à saúde e a relação entre áreas urbanas e rurais, sendo que estas últimas nem sempre são geograficamente adjacentes15.

A taxa de suicídio mundial foi estimada em 11,6 por 100 mil habitantes, sendo mais alta no sudeste da Ásia, com uma taxa de 15,6, e mais baixa na região do Mediterrâneo Oriental, com 5,618. No entanto, as comparações entre países são limitadas

pelas variações na confiabilidade dos relatórios e nos registros de mortalidade2.

Tanto em estudos nacionais19 como internacionais20,21, o suicídio

é predominante na faixa etária dos adultos. Os laços sociais e sua ruptura são significativa e independentemente associados ao risco de suicídio nessa fase, sendo que esses relacionamentos podem ser moderados por um estilo de personalidade rígida, ansiosa e obsessiva. A doença afetiva é um fator de risco altamente potente para o suicídio22.

A superioridade de casos no gênero masculino, como no município estudado, é observada no Brasil19,23 e também em

outros países, como o México24. As taxas de suicídio entre os

homens são até três vezes maiores em todas as Regiões do Brasil, embora a mesma tenha maior crescimento entre as mulheres16.

Os principais fatores associados aos casos de suicídios entre os homens são os transtornos mentais, o uso de álcool e outras drogas, os desajustes causados a partir de relacionamentos familiares conturbados, as condições desfavoráveis de trabalho, a história familiar de mortes por suicídio e a mudança de cidade ou estado, além da violência intrafamiliar, doenças físicas incapacitantes e as dificuldades relacionadas ao trabalho ou à escola25.

Em Barra do Garças, o maior número de casos ocorreu no final de semana (domingo e sábado). Eventos que ocorrem durante fins de semana, feriados e segundas-feiras estão afetando a mortalidade por suicídio. O consumo excessivo de álcool, provavelmente, possa ser um dos fatores importantes, induzindo comportamentos suicidas em uma população afetada por estresse psicossocial elevado26. Também o padrão do dia da

semana está relacionado com o efeito de um novo começo27.

Os domingos são marginalmente piores do que os sábados, mas os maiores números de suicídios acontecem entre domingo e segunda-feira28.

Estudo realizado no Vale do Itajaí, Santa Catarina, entre 1996 e 2012, verificou que o mês em que mais ocorrem suicídios na região foi dezembro, sendo que abril foi o mês com menos ocorrências23. Diferente do presente estudo, em que o mês

com o maior número de casos foi abril e o mês de fevereiro apresentou os menores números. Deve-se considerar que são municípios com diferentes características, como, por exemplo, diferenças geográficas e econômicas. Quanto às estações do ano, as influências climáticas podem produzir maior variação nas taxas de suicídio, em que a variação climática em si é maior29.

No entanto, no município estudado, não são observadas estações bem definidas; assim, não foi possível correlacionar com mudanças na temperatura.

Com relação ao gênero e causa da morte, a população feminina tem uma grande aversão na utilização de armas de fogo, utilizando preferencialmente a intoxicação, a qual também aparece como alternativa ao enforcamento23. Os homens têm

preferência em suicidar-se recorrendo ao enforcamento, arma de fogo e as chamadas armas brancas; estas práticas são, aos poucos, vinculadas àquelas consideradas masculinas. É provável que esta preferência seja intensificada pela legislação reforçada, que reduz a acessibilidade e também reforça a reduzida aceitação social das armas de fogo30. As teorias que tentam

explicar essas descobertas enfocam as diferenças de gênero na intenção suicida, na socialização, nas emoções, nas relações interpessoais, na orientação e no acesso aos métodos, e nos fatores neurobiológicos31.

O Enforcamento também é verificado como a causa mais frequente dos suicídios, em outros estudos19,23,32-34. As ligaduras

(6)

restrição do acesso aos meios, exceto em ambientes institucionais. Uma pressão de pescoço relativamente mínima é necessária para causar a morte por enforcamento35.

A autoingestão de pesticidas continua a ser um dos meios mais importantes de suicídio no mundo, representando cerca de um terço, em nível mundial. Os suicídios com pesticidas são particularmente preocupantes nas áreas rurais de Ásia, África, América Central e do Sul, e nas ilhas do Pacífico36. No Brasil,

os pesticidas predominaram, com 40% das causas de óbitos por autointoxicação16. O suicídio por agrotóxicos pode estar

associado ao conhecimento da população sobre o alto poder tóxico destas substâncias e ao fácil acesso a estes produtos37, o

que pode justificar os resultados aqui encontrados.

Também o aumento do suicídio por envenenamento pode ser devido ao aumento de overdoses intencionais38.

Os medicamentos estão entre o grupo de substâncias mais utilizadas para fins homicida/suicida, visto que há uma crescente venda indiscriminada destes produtos39. Note-se que todos os

medicamentos encontrados no presente estudo são de venda livre e fácil acesso.

Entre os tipos de choque encontrados neste estudo, o Choque Hipovolêmico foi o mais evidenciado. O Choque Hipovolêmico pode ser causado por hemorragias, traumas, diarreias e perdas cutâneas. Este é o tipo mais comum nos pacientes traumatizados40. O Politraumatismo é decorrente de

diversos traumas e apresenta índice de mortalidade elevado, em virtude do choque consequente de hemorragias não controladas, já que as vítimas de tais condições acabam tendo o corpo mais exposto41.

A Eletrocussão é um meio pouco observado na literatura. Ele é considerado uma lesão clássica, sendo caracterizada pela ação intensa de descarga elétrica, causando as lesões de entrada e saída da corrente elétrica42.

Observa-se, assim, que as causas mais frequentes em outras pesquisas são também as mais presentes neste artigo, sendo

que a única divergência entre os trabalhos são os suicídios por queda de alturas; isso pode ser devido ao fato de a região em estudo não ser uma região com uma ampla disponibilidade de locais propícios a tal ato.

Diante desse cenário, a abordagem mais proveitosa para reduzir as taxas globais de suicídio pode ser através de iniciativas de base populacional, que reduzem tanto a acessibilidade como a aceitabilidade social de métodos letais de suicídio43. Medidas de

saúde pública centradas na restrição de meios de suicídio são úteis. Por exemplo, nos chamados pontos de suicídio (como pontes suspensas, falésias), colocar barreiras, instalar linhas de ajuda, patrulhas, além de avisos da mídia local que podem ajudar a prevenir suicídios2. Métodos, como a diminuição da

toxicidade de alguns produtos, como gases e pesticidas, além de medidas de proteção aplicadas em frascos de medicamentos, podem ser utilizados32. Para um resultado bem sucedido, todos

os setores e autoridades competentes devem ser envolvidos nos programas de prevenção do suicídio. Estes programas incluem saúde, educação e ensino superior, autoridades culturais, econômicas e religiosas44. Entende-se que a identificação e o

acompanhamento do evento podem trazer aportes importantes para a diminuição desse agravo na população45.

Conclui-se que os suicídios ocorreram mais frequentemente no gênero masculino e em adultos, sendo que os principais meios utilizados foram a asfixia e a intoxicação através dos agrotóxicos Carbamatos. Independentemente da localização geográfica e do porte do município, este agravo constitui um problema de grande magnitude e é importante o envolvimento e o comprometimento de diferentes setores para identificar sinais precoces e atuar de modo a prevenir esses eventos e possíveis vítimas.

É necessário buscar e efetivar estratégias de prevenção ao suicídio, e colocar em prática políticas de saúde pública voltadas para melhorias na vida dos indivíduos, assim como das famílias em situação de risco ou já acometidas por este problema complexo.

REFERÊNCIAS

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Tabela 1. Distribuição dos casos de suicídio no período de 1999 a 2016, de acordo com a faixa etária, no município de Barra do Garças-MT Período
Figura 1. Distribuição dos casos de suicídio em relação ao gênero,  levando em consideração os meses do ano, no período de 1999 a 2016

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