GEOGRAFI A, Rio Claro, v. 3 2 , n. 1 , p. 1 0 7 - 1 2 0 , jan./ abr. 2 0 0 7 .
Valdir Adilson STEI NKE1
Edson Ey j i SANO2
Er cília Tor r es STEI NKE3
Roselir de Oliv eir a NASCI MENTO4
Resum o
Em f u n ção dos padr ões at u ais do pr ocesso de ocu pação h u m an a n o Br asil, ace-ler ado e in t en siv o, os est u dos sobr e r elev o dev em ser pr ior izados par a dir ecion ar esses pr ocessos an t r ópicos. A def in ição da abor dagem m et odológica m ais apr opr iada de cada a n á l i se g e o m o r f o l ó g i ca p a ssa p e l a r e v i sã o d o s t r a b a l h o s a n t e r i o r e s. A o b t e n çã o d e co n h eci m en t o s p r év i o s r el at i v o s à r eg i ão a ser i n v est i g ad a co n st i t u i et ap a co m u m a t o d o s o s p esq u i sad o r es. Est e t r ab al h o f az u m r esg at e d o s est u d o s m ai s i m p o r t an t es sob r e a g eom or f olog ia d o Dist r it o Fed er al ( DF) d o Br asil com o ob j et iv o d e su b sid iar pesquisas fut ur as, além de for necer um t ext o com pilado sobr e os difer ent es m apeam ent os d o r elev o d a r eg ião.
P a l a v r a s- ch a v e: Geom or f olog ia. Map eam en t o. Dist r it o Fed er al.
Abstract
Th e d e v e lop m e n t of t h e g e om or p h olog ica l st u d ie s in t h e fe de r a l dist r ict
As a funct ion of cur r ent land occupat ion pat t er n in Br azil, r apid and int ensiv e, t he t opogr aph ic st u dies n eed t o be pr ior it ized in or der t o con t r ol t h e an t h r opogen ic pr oces-se s. Th e d e f i n i t i o n o f m o st a p p r o p r i a t e d m e t h o d o l o g i ca l a p p r o a ch o f e a ch geom or phological analy sis goes t hr ough a r ev ision of pr ev ious publicat ions. The obt aining of previous knowledge relat ed t o t he st udy area is part of a com m on st ep for researchers. Th is w or k b r in g s a r ev iew of m ost im p or t an t g eom or p h olog ical st u d ies in t h e Fed er al Dist r ict of Br azil w it h t h e pu r pose of su bsidize f u t u r e r esear ch an d pr ov ide a com piled t ex t of d if f er en t g eom or p h olog ical m ap p in g con d u ct ed ov er t h e r eg ion .
Ke y w o r d s: Geom or phology. Mapping. Feder al Dist r ict of Br azil.
1 Pr o f e sso r Su b st i t u t o d o D e p a r t a m e n t o d e Ge o g r a f i a Un i v e r si d a d e d e Br a síl i a – Un B Ca m p u s Un iv er sit ár io Dar cy Rib eir o, I CC Nor t e, su b solo, m od . 2 3 , Br asília ( DF) . E- m ail: st ein k e@u n b . b r 2 Pe sq u i sa d o r - Em b r a p a Ce r r a d o s - BR 0 2 0 Km 1 8 . Pl a n a l t i n a , D F CEP 7 3 3 1 0 - 9 7 0 . E- m a i l :
sa n o @cp a c. e m b r a p a . b r
3 Pr of essor a Dou t or a d o Dep ar t am en t o d e Geog r af ia d a Un iv er sid ad e d e Br asília. Lab or at ór io d e Clim at olog ia Geog r áf ica – LCGea. Cam p u s Un iv er sit ár io Dar cy Rib eir o, I CC Nor t e, su b solo, m od . 2 3 , Br asília ( DF) . E- m ail: er cília@u n b . b r
I N TRODUÇÃO
Os prim eiros est udos referent es à geom orfologia do Brasil t iveram cont ribui-ções significat ivas das escolas alem ã, francesa e nort e- am ericana e com eçaram a se i n t e n si f i ca r a p a r t i r d e 1 9 5 0 , a p ó s o i n íci o d a v a l o r i za çã o d a s q u e st õ e s am bient ais. Todav ia, à exceção dos t rabalhos de Aziz N. Ab´ Saber, publicados em 1958 e 1964 ( CHRI STOFOLETTI , 1980, p.20), poucas são as obras que abordam a história da Geom orfologia no País. Ab´ Saber apontou três períodos de desenvolvim ento de estudos geom orfológicos no Brasil. O prim eiro, denom inado de Período dos Predecessores ( 1817 a 1910), engloba os registros de naturalistas e viajantes com o Alexander Von Hum boldt, Charles Darwin e Charles Frederick Hartt que percorreram o território brasileiro na prim eira m etade do século XI X, assim com o alguns trabalhos de pesquisadores estrangeiros que form avam as “ com issões geológicas” instituídas pelo I m pério.
O segundo período foi denom inado de Período dos Estudos Pioneiros ( 1910 a 1940) , conduzidos por geólogos e geom orfólogos estrangeiros e pelas prim eiras gerações de geólogos brasileiros. I niciou- se com a publicação das pesquisas desenvolvidas, em 1909, por Miguel Arroj ado Lisboa sobre o oeste paulista e o sul m ato- grossense. Dentre os brasileiros, desta-caram - se o Delgado de Carvalho e o Teodoro Sam paio. Depois da criação e da expansão das prim eiras faculdades de filosofia no País e a fundação, em 1937, do Conselho Nacional de Geografia, iniciou- se o terceiro período, conhecido com o Período de I m plantação das Técni-cas Modernas. O m arco inicial deu-se com a publicação do trabalho de Em m anoel de Martonne, em 1940, intitulado Os Problem as Morfológicos do Brasil Tropical At lânt ico. A partir daí, vários estudos geom orfológicos foram desenvolvidos, com o os de Fábio Macedo Soares Guim arães, em 1943, e Aroldo de Azevedo, em 1949, que sintetizaram os conhecim entos adquiridos até então ( CHRI STOFOLETTI , 1980, p. 21) .
Marques ( 1995, p.37) apont ou a realização do XVI I I Congresso I nt ernacional de Geografia, em 1956, com o sendo um im portante m arco na difusão de conhecim en-t os geom or f ológicos e n o im pu lsion am en en-t o de n ov as pesqu isas. Nessa época, a Geom orfologia Clim át ica ganhou força com as cont ribuições de Aziz Ab´ Saber, João José Bigar ella, Mar gar ida Pent eado, Jean Tr icar t e Andr é Cailex , ent r e out r os. No início da década de 1970, conceit os oriundos da Teoria Geral de Sist em as com eçaram a ser incorporados na Geom orfologia. Ant ônio Christ ofolet t i foi um dos principais co-laboradores dessa linha. A part ir daí, a relação ent re Geom orfologia e out ras ciências t ornou- se m ais relevant e, e a ciência com eçava a enfat izar est udos am bient ais. Na segunda m et ade do século XX, o desenv olv im ent o t écnico- cient ífico possibilit ou a u t i l i zação d e n o v as t ecn o l o g i as em m ap eam en t o s g eo m o r f o l ó g i co s, t ai s co m o sensoriam ent o rem ot o e cart ografia digit al, t ornando seu uso freqüent e com a finali-dade de dem onst rar a aplicabilifinali-dade da geom orfologia nos m ais diversos set ores da sociedade. Em bora as novas e m odernas tecnologias auxiliem o estudo geom orfológico, Ar gent o ( 1 9 9 5 , p. 3 6 7 ) cham ou at enção par a o fat o de que o r efer encial t eór ico-conceit ual da ciência geom orfológica não poderia ser esquecido.
ESTUDOS GEOMORFOLÓGI COS DO DI STRI TO FEDERAL
Relat ório Cruls de 1894
Os prim eiros regist ros sobre a descrição das caract eríst icas do m eio físico do DF estão associados com a transferência da capital do Brasil para o interior a qual se t ornou im perat iva com a out orga da Const it uição Federal de 1891. Segundo St einke ( 2004, p. 74) , ainda em 1891, a fim de cum prir a Constituição, o Presidente da Repú-blica nom eou a Com issão Ex plor ador a do Planalt o Cent r al par a pesquisar a r egião cen t r al do Br asil e dem ar car a ár ea qu e ser ia a n ov a capit al da Repú blica. Essa com issão foi presidida pelo ast rônom o e geógrafo belga Luiz Cruls ( conhecida com o Missão Cruls) e realizou est udos indispensáveis para definir o local da nova capit al br asileir a.
O t r echo do Planalt o Cent r al onde se localizam as cabeceir as dos t r ibut ár ios dos rios Tocant ins, São Francisco e Paraná, foi escolhido para abrigar o DF. A equipe da Com issão dividiu- se, ent ão, em grupos para dem arcar os vért ices do quadrilát ero de 14.400 k m ² , conhecido com o quadr ilát er o Cr uls. A Com issão r ealizou ainda um levantam ento m inucioso sobre a topografia, o clim a, a hidrografia, a geologia, a fauna e flor a e os r ecur sos m iner ais da r egião. Os r esult ados desse lev ant am ent o for am sintetizados em um relatório técnico denom inado de Relatório Cruls no qual se encon-t ram as prim eiras inform ações referenencon-t es ao relevo do DF.
A Com issão dest acou a con figu r ação aciden t ada e com plex a da su per fície, com post a desde im ensos chapadões at é pequenas saliências e depr essões, por ém , não se preocupou em apresent ar um sist em a de classificação geom orfológica propri-am ente dita da área de estudo. A citação abaixo indica a descrição da form a de relevo m ais represent at iva do DF – as chapadas:
[ . . . ] o ch apadão lev an t a- se com o v er dadeir o t abu leir o, so-b r e u m a so-b ase d e alt it u d e v ar iáv el, n o sen t id o E- W, en t r e 1.120 m et ros, no Chico Cost a, 1.240 m et ros nas Três Barras e cerca de 1.100 m et ros na Cont agem . No sent ido N- S, con-t in u a, ao or ien con-t e, com o alcon-t o ch apadão do Gam a de 1 . 1 3 0 m et r o s m a i s o u m en o s, co m p o st o s d e sch i st o s a r g i l o so s paleozóicos, m ar geando o r io Par anuá e m ais abaix o o na-v egána-v el r io São Bar t holom eu, em bor a com alt it ude j á r edu-zida a pouco m enos de 1. 000 m et r os; e, ao ocident e, incli-na- se ligeir am ent e descendo a 940 e 980 m et r os, pelo fact o da ex ist ên cia dos r ios San t a Mar ia, Alagado, Descober t o e seu s n u m er osos af lu en t es, algu n s dos qu ais bast an t e cau -dalosos ( CRULS, 2 0 0 3 , p. 2 6 0 ) .
Em 1894, Luiz Cruls chefiou um a segunda m issão com a finalidade específica de indicar o m elhor local para a const rução de Brasília. Os est udos realizados pelas duas Com issões serviram de base para out ro levant am ent o dos aspect os físicos do DF, o Relat ório Belcher.
Relat ório Belcher de 1954
O Relat ório Belcher ( CODEPLAN, 1984) const it uiu- se em um levant am ent o de-talhado do quadro físico de parte da área que com põe atualm ente o DF. O trabalho foi realizado pela em presa nort e- am ericana Donald J. Belcher & Associat es I ncor por at ed, especializada em pesquisas baseadas em int erpret ação aerofot ogram ét rica. Na des-crição da geom orfologia da área, foram ident ificadas cinco superfícies de erosão ( su-perfícies de aplainam ent o) , com at enção m aior para as duas susu-perfícies t opografica-m ent e opografica-m ais elevadas. A priopografica-m eira superfície de aplainaopografica-m ent o, coopografica-m declividades sua-ves e cot as superiores a 1.200 m et ros no DF, foi considerada com o sendo rem anes-cent es de am plas “ peneplanícies” quase planas ou irregulares, segundo o conceit o de Dav is ( 1899) ap u d Chr ist ofolet t i ( 1980) . De acor do com o Relat ór io Belcher, essa superfície seria recobert a por Lat ossolos de t ext ura argilosa, sem lat erit a, m as com cour aças nas bor das. Essas cour aças est ar iam dist r ibuídas em faix as v ar iando de poucos m etros a m ais de 100 m etros de largura, com espessura em torno de 1 m etro de “ cascalho lat erít ico concrecionário solt o”, sust ent ado por cam ada de lat erit a endu-r ecida e v esicu laendu-r. O Relat óendu-r io endu-r essalt ou qu e a foendu-r m ação dessas cou endu-r aças est aendu-r ia associada ao fenôm eno de “ franj a” que surge devido ao m ovim ent o lat eral de água subt errânea rica em ferro solúvel que é precipit ado na form a t rivalent e.
Pent eado ( 1976)
Pent eado ( 1 9 7 6 ) , ao associar a com par t im ent ação do r elev o aos depósit os concrecionários e considerar com o parte das superfícies de cim eira de Ab’Saber ( 1965) para o Brasil Cent ral, adot ou a nom enclat ura propost a por Bigarella ( 1965) e classifi-cou o DF em cinco tipos de superfícies de erosão. O obj etivo principal deste estudo foi inv ent ar iar as con cr eções fer r uginosas do DF segu ndo a gên ese, a m or fologia, a est rut ura e as com posições lit ológica e pedológica. Dessa form a, foram ident ificados oit o t ipos fundam ent ais de depósit os e dois subt ipos int er m ediár ios de pedim ent os det rít icos coluviais de recobrim ent o dos baixos níveis de t erraços pedim ent ados. Es-ses depósit os for am classificados em r elação às super fícies de er osão e aos nív eis erosivos, descrit os a seguir.
A pr im eir a super fície ( Pediplano Cont agem ) , com cot as ent r e 1 2 0 0 e 1 3 0 0 m et r os, cor t a sedim ent os dos gr upos Ar ax á e Bam buí, especialm ent e, quar t zit os, quar t zo m uscov ít ico e clor it a x ist o, r esponsáv eis pelos depósit os ar enosos br ancos com lent es de caulim , nos quais ocorrem fenôm enos de im pedim ent o de drenagem com redução do ferro ou sua lixiviação nos perfis de regossolos, originando os areais. Ocorrem dois t ipos de carapaças que t eriam sua gênese relacionada a um processo de rej uvenescim ent o paleocênico: um a concrecionária, m aciça, especialm ent e sobre m et arrit m it os, e out ra pedogenét ica, desenvolvida sobre solos argilosos derivados de sedim ent os areno- argilosos. O nível m ais baixo ( Pediplano de Brasília) , sit uado ent re as cot as de 1000 e 1100 m et ros, ocorre sobre m et assedim ent os do grupo Bam buí: m et argilit os, m et assilt it os e ardósias geradas ent re os períodos Eoceno e Oligoceno. Apr esent a cour aças pedogenét icas sem elhant es às encont r adas na super fície m ais elevada. Esse nível foi denom inado de Pediplano de Brasília e foi considerado com o a super fície de cim eir a desdobr ada.
Tant o na superfície de cim eira ( Pediplano Cont agem ) quant o na do Pediplano de Brasília, encont ram - se em but idos, respect ivam ent e, um pedim ent o det rít ico gera-do pela erosão de níveis concrecionários superiores e um pedim ent o com depósit os det r ít icos m ais finos que, na sit uação m ais elev ada, foi ger ado por pr ocessos de pedim ent ação e, m uit as vezes, r ecim ent ados por oxi- hidr óxidos de fer r o, em cot as ent re 950 e 1050 m et ros. Tam bém , gerada ao final do Terciário, há out ra superfície det rít ica ( 900 m et ros) , form ada por fragm ent os grosseiros não agregados ou parcial-m ent e ciparcial-m ent ados por sílica, calcit a ou oxi- hidr óxidos de fer r o. Os fr agparcial-m ent os são com post os, basicam ent e, de quart zo e quart zit o, sem fragm ent os de carapaças.
No Pliopleist oceno, foi elabor ado um pediplano m ais baix o car act er izado por níveis de fragm ent os isent os de carapaças, sit uado ent re 5 a 10 m et ros acim a das várzeas. A aut ora acredit a t rat ar- se do últ im o episódio aluvial, às vezes, recobert o por depósit os coluviais de idade Pleist ocênica Superior. A superfície de cim eira desdo-brada teria sido gerada por clim a sem elhante ao atual, e as superfícies m ais recentes seriam rem odelam ent os da superfície m ais elevada, por processos relacionados com clim a sem i- árido com alt ernâncias de clim as m ais úm idos.
per fil geom or fológico da r egião, dispost o no sent ido Nor t e- Sul desde o Ribeir ão da Cont agem at é o Lago Paranoá no qual se pode dist inguir, em t oposseqüência, a loca-lização dos depósit os correlat ivos est udados.
RADAMBRASI L ( 1984)
O Proj eto RADAMBRASI L, Folha Brasília, SD- 23 ( 1984) , por m eio de um estudo regional, designou os residuais de aplainam ento que ocorrem na região com o Chapadas do Dist rit o Federal. Essas chapadas car act er izar - se- iam por m odelados or iundos de um a superfície de aplainam ent o, degradadas e ret ocadas pela dissecação incipient e dos Rios São Bar t olom eu e Pr et o. Est e t r abalho consider ou que as chapadas m ais elevadas const it uem - se em r esiduais de um pediplano do Ter ciár io I nfer ior no qual ocorrem crost as lat erít icas de diversos t ipos, geralm ent e, com form ação de ressalt os topográficos a partir dos quais descem ram pas em direção aos vales abertos dos rios. Após a form ação das crost as ferruginosas que preservaram o pediplano, a região foi subm et ida a um a fase er osiv a, com pr edom inância da ação m ecânica, degr adando fisicam ent e as cr ost as e ger ando fr agm ent os que chegam a apr esent ar 20 cm de diâm et ro. Esses fragm ent os foram t ransport ados para as áreas m ais baixas, em for-m a de rafor-m pas, e post eriorfor-m ent e recifor-m ent ados. Essa fase represent aria os ret oques no pediplano do Terciário I nferior. Durant e as fases de pedim ent ação, no Quat ernário, foram rem anej adas sobre as encost as, procedendo à dissecação pelos vales.
As reat ivações de ant igas est rut uras falhadas durant e os ciclos t ect ônicos pos-t er ior es der am or igem às defor m ações do r efer ido pediplano e aos basculam enpos-t os. Esse relevo desce em ram pa, sendo delim it ado por ressalt os t opográficos que acu-sam um a m ovim entação com aj uste nas estruturas. Assim é que um dos planos assu-m iria o aspecto de uassu-m a depressão, onde se localiza a cidade de Brasília, coassu-m cerca de 900 a 950 m etros de altitude em butida nos topos tabulares chegando aos 1250 m etros com o na Chapada da Cont agem e no Morro da Canast ra.
CODEPLAN ( 1984)
No início dos anos de 1980, a Com panhia de Planej am ent o do Dist rit o Federal ( CODEPLAN) encom endou um est udo com plet o sobre a região que result ou na publi-cação de um Atlas em 1984. A parte do trabalho referente ao relevo ficou a cargo da geógrafa Margarida Maria Pent eado, a qual, baseando- se em seus est udos ant eriores j á descr it os nesse t ex t o, elabor ou um Mapa Geom or fológico do Dist r it o Feder al na escala de 1: 300.000. Esse m apa apresent ou quat ro com part im ent os geom orfológicos d en om in ad os d e Ped ip lan o Con t ag em - Rod ead or, Ped ip lan o Br asília, Dep r essões I nt erplanált icas Pediplanadas e Planícies Dissecadas. Tais com part im ent os foram des-crit os segundo des-crit érios genét icos e m orfológicos.
As Depressões I nt erplanált icas e o Planalt o Dissecado do Alt o Maranhão com -preendem feições que se encontram desde 800 a 950 m etros de altitude, caracteriza-das por colinas e interflúvios tabulares ( Bacias do Rio São Bartolom eu, Rio Preto e Rio Descob er t o) , com d ecliv es p ou co acen t u ad os e r elev o d issecad o ( Bacia d o Rio Maranh ão) e com elevações isoladas de aspect o t abu lar. A pr opost a de ger ação desses com part im ent os relaciona- se a alt ernâncias de clim a úm ido e seco, gerando er osões sucessiv as, pr ov av elm ent e, associadas a soer guim ent os t ect ônicos. Nesse est udo não foi sugerida nenhum a propost a para a idade desses com part im ent os.
As Planícies Aluviais e Alveolares correspondem a feições recent es, do pont o de vist a geológico e represent am form as planas elaboradas sobre sedim ent os fluvi-ais. As p lan ícies alv eolar es d if er en ciam - se d as alu v iais em r elação à f or m a. As alveolares apresent am - se alargadas, penet rando na rede de drenagem a m ont ant e, e as aluviais são j ust apost as ao fluxo fluvial.
Maio ( 1986)
Um dos pr im eir os m apas geom or fológicos do DF foi elabor ado por Celest e Rodr igues Maio dur ant e o desenvolvim ent o do Pr oj et o Din âm ica do u so do solo n o Dist r it o Feder al: um a cont r ibuição par a o est udo das m odificações am bient ais, coor-denado, em 1983, pelo I nstituto Brasileiro de Geografia e Estatística ( I BGE) . Contudo, o m ap a só f oi p u b licad o em 1 9 8 6 . Sem t ecer com en t ár ios acer ca d a ev olu ção geom or f ológica da r egião, o t r abalh o lim it ou - se à car act er ização das alt er ações am bient ais com base nas feições geom or fológicas. As unidades for am dem ar cadas segundo as posições dos m aior es t r aços do r elev o, ou sej a, as am plas super fícies aplainadas, confundindo- se est as com os divisores de águas, e as form as de disseca-ção, correspondent es às calhas fluviais das bacias hidrográficas. A aut ora levou em consideração a m orfologia com o veículo int egrador dos dem ais elem ent os que escla-recem as sit uações am bient ais num a abordagem geossist êm ica.
Dos est udos conhecidos sobre o relevo do DF, esse parece ser o que m elhor ev idencia o papel da geom or fologia par a a análise am bient al ut ilizando unidades m orfológicas, ist o é, divisões m enores do espaço do que as paisagens e, segundo a aut or a, par a a ident ificação das ár eas afet adas por pr oblem as am bient ais. Par a a elaboração do m apa, na escala de 1: 250.000, Maio ( 1986) levou em consideração os seguint es elem ent os: t raços dom inant es do relevo – ext ensão, m odalidades, relacio-nam ent o com o Planalt o Cent ral; t raços secundários do relevo – elos ent re as unida-des; e t raços especiais do relevo – int eração ent re as variáveis e o papel que elas ex er cem sobr e os indicador es de alt er ações am bient ais. Desse m odo, for am r eco-nhecidos dois dom ínios geom or fológicos denom inados de: I - Vales Dissecados/ em Dissecação, com post o de 13 unidades m or fológicas; e I I - Super fícies Aplainadas, englobando out ras set e unidades. A aut ora cham ou at enção para o fat o de que um estudo geográfico desta natureza constitui- se num bom apoio às pesquisas am bientais e m ost rou, j á naquela época, que o solo do DF é propenso à erosão. As áreas m ais v ulner áv eis ser iam o Alt o Vale da Bacia do São Bar t olom eu e Alt os da super fície Descobert o – São Bart olom eu.
Novaes Pint o ( 1986, 1993)
O m a p e a m e n t o f o i e l a b o r a d o e m q u a t r o e st á g i o s. Pr i m e i r a m e n t e , o co r r e u com par t im ent ação t opogr áfica por m eio de int er pr et ação de im agem de r adar na escala de 1: 250.000 e análise hipsom étrica na escala de 1: 100.000. No segundo está-gio, para a análise m orfológica dos com part im ent os t opográficos, foram int erpret a-das fot ografias aéreas na escala de 1: 40.000, declividade em cart as t opográficas de 1: 100.000, or ient ação de dr enagem , na m esm a escala, m or fom et r ia das bacias e an álise sist êm ica qu e con sist iu em “ seleção, pr ocessam en t o e sist em at ização de parâm etros representativos da paisagem ” (NOVAES PI NTO, 1983, p.287). A análise regional, t erceiro est ágio, represent ou est udo direcionado para a int erpret ação da geologia e geom orfologia, baseado na literatura disponível, e nas inform ações levantadas anteriorm en-te, visando à construção de hipótese referente à evolução geom orfológica. No quarto está-gio, foram realizados o zoneam ento e a caracterização das unidades geom orfológicas base-ados na análise das relações entre os fatores naturais da paisagem ( hipsom etria, litologia, aspectos genéticos, declividade, solos e vegetação) .
O m apa é com posto de três m acrounidades geom orfológicas e subdivisões destas em unidades geom orfológicas. A Região de Chapadas form ada por residuais de Etchiplanos, datados do Terciário. Representa os divisores das principais bacias de drenagem no DF. É recoberta por Latossolos Verm elhos, Verm elho-Am arelos e lateritas nas bordas. Está situada acim a de 1000 m e apresenta topografia plana a suave ondulada ( lom badas e encostas r et ilíneas com decliv idade < 8% ) . A Ár ea de Dissecação I nt er m ediár ia, dat ada do Pliopleistoceno, com preende o retrabalho da região de chapada por processo de pediplanação. Apresenta declividade m enor que 8% , encostas com feições côncavas e recobertas por Latossolos e laterita. Já a m acrounidade denom inada por Região Dissecada de Vale consti-tui- se em pediplano retrabalhado por dissecação ( Pleistoceno) que com preende relevo aci-dentado ( intensa dissecação) com encostas convexo- retilíneo- côncavas.
Mart ins e Bapt ist a ( 1998)
A propost a de com part im ent ação geom orfológica do DF elaborada por Mart ins e Bapt ist a ( 1998) foi desenvolvida ut ilizando- se cruzam ent o de dados de alt im et ria e declividade em um aplicat ivo de Geoprocessam ent o. Foram ident ificados cinco com -par t im ent os geom or fológicos, definidos com o: Chapadas Elev adas, Planos I nt er m e-diários, Planícies, Escarpas e Rebordos. Os aut ores ainda confeccionaram um m apa de Sist em as Morfodinânicos do Dist rit o Federal ut ilizando dados obt idos de m odela-gem m at em át ica de erosão lam inar, porém , desconsideraram inform ações referent es ao uso e à ocupação dos solos. Post eriorm ent e, o result ado da m odelagem foi con-front ado com o m apa de com part im ent ação geom orfológica, seguindo- se a ident ifica-ção dos sist em as m orfodinâm icos.
As Planícies localizam - se ent re os canais que com põem a rede de drenagem e os Planos I nt erm ediários. Nessas unidades, dom inam os processos de pedogênese e deposição. Segundo com unicação pessoal dos aut ores, esse t erm o de origem genét i-ca seria subst it uído post eriorm ent e por depressão. As Esi-carpas são rupt uras abrup-tas de relevo com declividade alta ( > 8% na escala de 1: 100.000) que ocorrem m ais ex pr essiv am ent e na por ção nor t e do dom o de Br asília com algum as ocor r ências m en or es n os set or es su doest e e su dest e, poden do- se, igu alm en t e, en con t r á- las/ obser v á- las no set or nor dest e do DF. Os pr ocessos denudacionais físicos são m ais acent uados que em out ras unidades. A deposição é reduzida. Os Rebordos são fei-ções com declividades abaixo de 8% que delim it am as Chapadas Elevadas t ant o na porção ext erna e int erna do dom o de Brasília quando na porção ext erna do Dom o do Pipiripau e de Sobradinho. Delim it am , t am bém , Residuais de Aplainam ent o nos Pla-nos I nt erm ediários na Bacia do Rio São Bart olom eu e Maranhão. Apresent am ext en-são m aior na porção int erna do dom o de Brasília. Est ão norm alm ent e associados à presença de couraças. No ent ant o, na Bacia do Rio Maranhão, essa feição delim it a residuais de aplainam ent o m odelados em rochas calcárias, sem a presença de coura-ças. A pedogênese e a erosão são m ais at ivas e a deposição é baixa.
Carneiro ( 1999) e Carneiro e Souza ( 2001)
Carneiro ( 1999) e Carneiro e Souza ( 2001) propuseram um a revisão das pro-postas de Novaes Pinto ( 1986, 1993) , com obj etivo de m elhor com preender a relação exist ent e ent re as unidades denom inadas de Região Dissecada do Alt o Curso do Rio São Bart olom eu e Região Dissecada do Alt o Curso do Rio Descobert o, com os residu-ais de chapada da Cont agem e do Pipir ipau, onde aquelas unidades encont r am - se em but idas. Nessa r evisão, levou- se em consider ação o int er esse nos depósit os su-perficiais de m at erial det rít ico, at ualm ent e explorados com o m at erial de const rução. Dessa revisão, na qual os aut ores aplicaram t écnicas de geoprocessam ent o, result ou a p r o p o st a d e a l t e r a çã o d a d e n o m i n a çã o e d o p o si ci o n a m e n t o d a s u n i d a d e s geom orfológicas que represent am as superfícies de depressão.
O m aterial detrítico que constitui as unidades do Alto Curso do Rio São Bartolom eu e do Alto Curso do Rio Descoberto, se com parados com os existentes na unidade da Depres-são do Paranoá, e, ao m esm o tem po, se com parados com os processos de evolução da paisagem , segundo os autores, apresentam sim ilaridade no patam ar topográfico que ocupam e coincidência espaço- tem poral dos fenôm enos atuantes na m odelagem dessas unidades. Os com partim entos da Depressão do Paranoá, do Vale do Rio Preto, do Alto Curso do Rio São Bartolom eu e do Alto Curso do Rio Descoberto que constituem os pediplanos, podem ser reunidos num com partim ento próprio denom inado Superfícies Deprim idas, com característi-cas que os distinguem das regiões de dissecação.
corresponde ao Pediplano Pleist ocênico, cobert o pela Bacia do Rio Pret o e se desen-v oldesen-v e sobr e o Et chplano Neogênico, com cot as de 850 a 1000 m et r os; e ( c) t r ês unidades de dissecação instaladas entre as superfícies etchplanadas: Região Dissecada do Vale do Rio São Bar t olom eu, Região Dissecada do Vale do Rio Descober t o e a Região Dissecada do Vale do Rio Maranhão.
St einke ( 2003)
St einke ( 2003, p. 63) , com base na m et odologia de Ross ( 1992, p.23) propôs um a classificação do relevo do DF baseado na análise m orfom ét rica de índices resul-t anresul-t es do cr uzam enresul-t o de um m apa de dr enagem e cur v as de nív el na escala de 1: 10.000. Nesse t rabalho, houve avanço da escala do m apeam ent o, um a vez que a base de inform ações part iu de 1: 10.000, o que possibilit ou a ident ificação de 80 uni-d auni-d es m or f ológ icas ag r u p auni-d as p or an álise est at íst ica “ clu st er ” uni-d os p ar âm et r os m or fom ét r icos em quat r o padr ões de r elev o r elacionados com difer ent es nív eis de dissecação: I nt erflúvios Tabulares, Colinas , Dissecação I nt ensa de Vales e Dissecado na Transição I nt erflúvio t abular e Colinas. A seguir, são descrit os os quat ro padrões nos quais foram agrupadas as 80 unidades m orfológicas ident ificadas e denom inadas com base na t oponím ia do sist em a hidrográfico cada um a se localiza.
As unidades m orfológicas pert encent es ao grupo de I nt erflúvios Tabulares ocu-pam cerca de 40% da área do DF, em áreas caract erizadas pela t opografia plana e plano- ondulada, com , no m áx im o, 3% de decliv idade. Essas unidades ger alm ent e ocorrem acim a da cot a de 1.000 m et ros, em solos do t ipo Lat ossolo Verm elho- Escuro cuj a t ext ura varia ent re argilosa e argilosa/ m édia ( EMBRAPA, 1978) . Const it uem os div isor es de água das grandes bacias hidr ogr áficas do DF. Os aplainam ent os que encont ram abaixo da cot a de 1.000 m , ocorrem sobre ardósias, filit os e quart zit os e são recobert os predom inant em ent e por Lat ossolos Verm elho- Escuro, Lat ossolos Ver-m elho- AVer-m arelo e Solos Lat erít icos. Sobre esse padrão, desenvolveVer-m - se ainda algu-m as áreas de Caalgu-m bissolos. Essas unidades encont raalgu-m - se ealgu-m regiões coalgu-m cot as va-riando de 830 a 1000 m et ros, form ando divisores de bacias de ordem de grandeza m enor. Os aplainam ent os inferiores são o result ado de processos de desgast e t ípicos de clim a seco e de deposição do m at erial desagregado das áreas elevadas ( Novaes Pint o, 1986) . Os padrões de aplainam ent os foram desenvolvidos durant e o Terciário, const it uindo os com part im ent os m ais ant igos do DF.
O gr upo de Dissecação I nt ensa de Vales ocupa apr ox im adam ent e 25% das t er r a s d o D F. As u n i d a d es d esse p a d r ã o a p r esen t a m , co m o p o n t o co m u m , o apr ofundam ent o dos t alv egues dos r ios, com r elev o acident ado, encost as de per fil convexo- côncavo e perfil com plexo que inclui o segm ent o ret ilíneo, form ação de so-los câm bicos e principalm ent e, Lit ossoso-los. Caract erizam - se por am plit udes alt im ét ricas elevadas e alt o índice de dissecação do relevo. A drenagem , com elevada densidade e com padr ão dendr ít ico, r eflet e seu condicionam ent o est r ut ur al e a car act er íst ica pr edom inant e de lit ologias com baix a per m eabilidade, pr incipalm ent e, as cam adas areno- argilosas do Grupo Bam buí e xist osas do Grupo Araxá ( Unidade Dissecada do Alto Curso do Rio Maranhão) e filitos e quartzitos do Grupo Canastra ( Unidade Dissecada do Rio São Bart olom eu) .
E ainda foram identificadas unidades que a análise estatística separou em função dos parâm etros m orfom étricos, as quais foram agrupadas com o Dissecação na Transição I nterflúvio Tabular e Colinas. Este conj unto de unidades só foi possível ser identificado em função da escala dos dados utilizados, esta perm itiu um a identificação detalhada dos canais de 1ª ordem pela classificação de Strahler e o cruzam ento com a topografia na escala de 1: 10.000, ou sej a, curvas com eqüidistância de 5 m etros, resultando assim em unidades que represen-tam abruptos im portantes no relevo resultante de erosão diferencial, causando um a quebra na continuidade do perfil topográfico.
O conj unto de dados analisados pelo cluster agrupou 15 unidades, todas estão loca-lizadas em região de transição entre os interflúvios tabulares e o grupo denom inado de colinas. Para a bacia hidrográfica do rio Preto Novaes Pinto ( 1986) j á havia identificado algum as destas unidades e denom inado com o Grotões, se referindo a algum as cabeceiras de drenagem sem especificar quais e onde. Pelas características m orfom étricas apresentadas pode- se classificá- las com o encostas dissecadas de origem exógena.
CON SI DERAÇÕES FI N AI S
Em pr im eir o lugar, faz- se necessár io salient ar que t odos os est udos cit ados nest e t ext o possuem especial relevância, um a vez que procuram oferecer subsídios ao ent endim ent o da geom or fologia local e à ident ificação dos com par t im ent os do relevo no Dist rit o Federal. Observou- se que, em bora haj a diferenciações em função das escalas de t r abalho, a m aior ia dos est udos ( com r ar as ex ceções) abor da, de form a superficial, a gênese e evolução do relevo. I sso ocorre, pois ainda não exist e consenso sobr e quais pr ocessos de m odelagem der am or igem aos com par t im ent os e n co n t r a d o s n a r e g i ã o . En q u a n t o a l g u n s e st u d i o so s d e f e n d e m a o r i g e m p o r pediplanação, out r os pr opõem a gênese por et chplanação. Há cer t a t endência em referendar a segunda abordagem , cont udo, quando a discussão é levada à com unida-de geom orfológica em âm bit o regional e nacional, percebe- se que esse unida-debat e ainda pode perdurar por m ais t em po. Alguns t rabalhos m ais recent es desenvolvidos para o Dist rit o Federal, de cert a form a, reforçaram a idéia de et chplanação, pois os proces-sos de intem perism o quím ico na evolução do m odelado foram relacionados com os procesproces-sos m orfodinâm icos. Já, outros levantam a discussão em torno da abordagem geossistêm ica que estabelece um a leitura dinâm ica do relevo, capaz de proporcionar a análise das inter- rela-ções espaciais.
As cont ribuições de pesquisadores que est ão desenvolvendo est udos de ordem local colaboraram , de form a efet iva, para o ent endim ent o da geom orfologia do Dist ri-t o Federal e consri-t iri-t uem a base para um a com parri-t im enri-t ação de deri-t alhe que, por sua vez, levará a elaboração de um novo m apa de relevo da região. A realização desse novo m apeam ento se faz urgente, um a vez que os processos de ocupação no Distrito Federal ocorrem de form a acelerada e desordenada. A geom orfologia, pelo seu cará-t er m ulcará-t idisciplinar, serve de base para a com preensão de escará-t rucará-t uras espaciais que, um a vez m apeadas, possibilit am o ent endim ent o da sua dist ribuição no espaço geo-gr áfico, do por qu e ocor r em daqu ela for m a e com o ir ão ocor r er n o fu t u r o. Dessa form a, pode cont ribuir para evit ar o agravam ent o de problem as sócio- am bient ais que j á est ão ocor r endo na r egião t ais com o, alguns alagam ent os e deslizam ent os em pequena escala.
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