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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS NADIA GRANDI BOMBONATO

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Academic year: 2019

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS

NADIA GRANDI BOMBONATO

INVESTIGAÇÃO DE BRUCELOSE EM PEQUENOS RUMINANTES

DOUTORADO

(2)

NADIA GRANDI BOMBONATO

INVESTIGAÇÃO DE BRUCELOSE EM PEQUENOS RUMINANTES

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias, da Faculdade de Medicina Veterinária, da Universidade Federal de Uberlândia, como exigência parcial para obtenção do título de Doutora em Ciências Veterinárias.

Área de Concentração: Saúde Animal

Orientador: Profa. Dra. Anna Monteiro Correia Lima

(3)

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema de Bibliotecas da UFU, MG, Brasil.

B695i 2017

Bombonato, Nadia Grandi, 1957

Investigação de brucelose em pequenos ruminantes / Nadia Grandi Bombonato. - 2017.

92 f. : il.

Orientadora: Anna Monteiro Correia Lima.

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias.

Disponível em: http://dx.doi.org/10.14393/ufu.te.2018.52 Inclui bibliografia.

1. Veterinária - Teses. 2. Caprino - Doenças - Teses. 3. Ovino - Doenças - Teses. 4. Brucelose - Teses. I. Lima, Anna Monteiro Correia. II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias. III. Título.

(4)

INVESTIGAÇÃO DE BRUCELOSE EM PEQUENOS RUMINANTES

Tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação

em Ciências Veterinárias, da Faculdade de

Medicina Veterinária, da Universidade Federal de

Uberlândia, como exigência parcial para obtenção

do título de Doutora em Ciências Veterinárias.

Uberlândia, 04 de agosto de 2017.

__________________________________________________

Profa. Dra. Anna Monteiro Correia Lima (Orientadora) – FAMEV/UFU

__________________________________________________

Profa. Dra. Viviane de Souza – EMBRAPA/Sobral - CE

__________________________________________________

Prof. Dra. Karine Cristine de Almeida - UNIPAM

_________________________________________________

Prof. Dra. Camila Raineri – FAMEV/UFU

__________________________________________________

(5)
(6)

À minha família, pelo apoio,

(7)

AGRADECIMENTOS

À Deus por tudo que tenho e tudo que sou.

À Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Federal de Uberlândia.

À minha orientadora Profa. Dra. Anna Monteiro Correia Lima, exemplo de ser

humano, de pesquisadora e professora, grande amiga e incentivadora, agradeço pelo carinho

e compreensão.

Aos membros da banca examinadora, pelas sugestões e enriquecimento do

trabalho.

Ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias e seus professores.

Ao Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, pelo incetivo e apoio

durante todo o período da pós-graduação.

Aos colegas do Laboratório de Doenças Infecciosas da Universidade Federal de

Uberlândia, pelo apoio, carinho e amizade.

À minha amiga Mariana Assunção, pela ajuda nos momentos difíceis, pelo

incentivo em continuar minha pesquisa e pela amizade incondicional.

Ao amigo Luis Oliveira Lopes, pelo companheirismo e amizade.

A todos os colegas de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Ciências

Veterinárias da UFU.

A todos os proprietários das fazendas que me receberam e confiaram no trabalho

realizado.

Às minhas alunas e estagiárias Glaucia e Lorena, do Laboratório de Doenças

Infecciosas do Centro Universitários de Patos de Minas - UNIPAM, pelo constante auxílio

durante as coletas nas fazendas e processamento das amostras.

A todos da minha família que me incentivaram e torceram por mim, em especial à

minha mãe, pelo orgulho que tem ao falar de mim e de minha profissão.

A todos os outros colegas e amigos que direta e indiretamente contribuíram para

(8)

RESUMO

Bombonato, Nadia Grandi, 2017. Investigação de brucelose em pequenos ruminantes. Tese de

doutorado em Ciências Veterinárias. UFU. Uberlândia, MG. 92p.

Ao longo das últimas décadas a criação de ovinos e caprinos têm sofrido transformações técnicas nos diversos elos de suas cadeias produtivas. É uma atividade explorada em todos os continentes, sendo exercida em distintos ecossistemas com os mais diferentes tipos de clima, solo, topografia e vegetação. Devido a importância que representam essas criações, cuidados com a sanidade dos rebanhos devem ser tomados, não só pela perda e danos na produção como também pelo controle de enfermidades que podem acometer o ser humano. Dentre essas temos a brucelose, enfermidade infectocontagiosa, causada por bactérias do gênero Brucella. Assim, o objetivo desta pesquisa foi investigar a ocorrência da brucelose em duas propriedades de caprinos leiteiros e três propriedades de ovinos de corte na região do Alto Paranaíba, MG. Foram coletadas 48 amostras de sangue e leite de cabras em lactação para o diagnóstico da B. abortus, pelo teste do Antígeno Acidificado Tamponado (AAT) e Teste do Anel em Leite (TAL). Foi também utilizada a PCR em tempo real para diagnóstico da B. abortus e B. melitensis no leite desses animais. De 30 ovinos de três propriedades da região foram coletadas amostras de sangue para diagnóstico da B. ovis, pelo teste de Imunodifusão em Gel de Ágar (IDGA) e pela PCR em tempo real. Vinte amostras de sêmen ovino de duas Centrais de Produção e Comercialização de Semen foram analisadas pela PCR em tempo real para também verificar a presença de B. ovis. Para o teste do TAL no leite caprino, todas as 48 amostras foram negativas, já para o teste do AAT, uma fêmea caprina foi positiva, mostrando que a B. abortus pode ocorrer também em caprinos. No diagnóstico pela PCR em tempo real todas as amostras de leite mostraram resultado negativo para B. abortus e B. melitensis. Das 30 amostras de sangue ovino para o teste do IDGA, 3(10%) foram positivas e confirmadas pela PCR em tempo real. Apesar da baixa ocorrência da B. abortus, e a não ocorrência da B. melitensis nos caprinos investigados, deve sempre haver um monitoramento dos rebanhos visto a importância zoonótica dos agentes. Quanto a B. ovis, devido aos problemas graves que causa na reprodução dos ovinos, os exames devem ser feitos rotineiramente.

(9)

ABSTRACT

Bombonato, Nadia Grandi, 2017. Investigation of brucellosis in small ruminants. Doctoral

thesis in Veterinary Sciences. UFU. Uberlândia, MG. 92p.

Over the last decades, sheep and goat farming has undergone technical transformations in the various links of its productive chains. It is an activity explored in all the continents, being exerted in distinct ecosystems with the most different types of climate, soil, topography and vegetation. Due to the importance of this animal’s productions, care for the health of herds must be taken, not only for the loss and damages in the production, but also for the control of diseases that can affect the human being. Among these we have brucellosis, an infectious contagious disease, caused by bacteria of the genus Brucella. Thus, the objective of this research was to investigate the occurrence of brucellosis in two properties of dairy goats and three properties of sheep for meat production in the Alto Paranaíba, MG region. Forty-eight blood samples and lactating goats' milk were collected for the diagnosis of B. abortus, by the Acidified Buffered Antigen (ABT) and Milk Ring Test (MRT). Real-time PCR was also

used for the diagnosis of B. abortus and B. melitensis in the milk of these animals. Blood

samples were also collected from 30 sheep of three properties in the region, for

diagnosis of B. ovis by the IDGA test and real-time PCR. Twenty samples of sheep semen

from two Semen Production and Marketing Centers were analyzed by real-time PCR to

also verify the presence of B. ovis. For the Ring Test in goat milk, all 48 samples were

negative, whereas for the ABT test, a caprine female was positive, showing that B. abortus can also occur in goats. In the diagnosis by real-time PCR, all the milk samples showed negative results for B. abortus and B. melitensis. From 30 sheep blood samples for the IDGA Test, 3 (10%) were positive and confirmed by real-time PCR. Despite the low occurrence of B. abortus, and the non-occurrence of B. melitensis in the goats investigated, there should always be a monitoring of the herds, considering the zoonotic importance of the agents. As for B. ovis, due to the serious problems it causes in sheep breeding, examinations should be done routinely.

(10)

LISTA DE TABELAS

CAPÍTULO 2

Tabela 1. Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella

abortus...………..42

Tabela 2. Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella

melitensis...43

CAPÍTULO 3

Tabela 1. Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella

ovis……….……..55

CAPÍTULO 4

Tabela 1. Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella

ovis……….……..65

Tabela 2.Frequência de ovinos reagentes (valores relativos e absolutos) na pesquisa

(11)

SUMÁRIO

Capítulo 1 – Considerações Gerais.……….10

1. Introdução...11 2. Objetivo.………...13 2.1 Objetivos gerais.………...13

2.2 Objetivos específicos.………...13

3. Revisão de Literatura………....14

3.1A importância da produção de ovinos e caprinos .………...14

3.2 Brucelose….………16

3.2.1 Brucella abortus ... 717 3.2.2 Brucella melitensis . ... 19

3.2.3 Brucella ovis.………..21

3.3 Diagnóstico………...23

Referências. ... 26

Capítulo 2 – Detecção de Brucella abortus e Brucella melitensis em leite caprino pela PCR em tempo real ... 37

Capítulo 3 – Investigação de Brucella ovis por PCR em tempo real em sêmen ovino comercial….………50

Capítulo 4 – Investigação da ocorrência de infecção por Brucela ovis em rebanhos ovinos………..59

Capítulo 5 – Considerações finais...73

(12)

Anexo II – Normas da Revista Ciência Rural para submissão do artigo: Investigação da ocorrência de infecção por Brucella abortus e Brucella melitensis em rebanhos

caprinos ... 75

Anexo III – Normas da Revista Semina: Ciências Agrárias para submissão do artigo: Investigação de Brucella ovis por PCR em tempo real em sêmen ovino comercial... 80

Anexo IV – Normas da Revista Pesquisa Agropecuária Brasileira para submissão do artigo: Investigação da ocorrência de infecção por Brucela ovis em rebanhos

(13)
(14)

11

1. Introdução

O crescimento significativo da exploração de pequenos ruminantes está transformando

o cenário dos sistemas produtivos no mundo. Ao longo das últimas décadas a criação de

ovinos e caprinos têm sofrido transformações técnicas nos diversos elos de suas cadeias

produtivas. É uma atividade explorada em todos os continentes, sendo exercida em distintos

ecossistemas com os mais diferentes tipos de clima, solo, topografia e vegetação. Porém,

apenas em alguns países a atividade possui expressão econômica e assim como no Brasil é

desenvolvida de forma empírica com baixos níveis tecnológicos (CORREIA, 2016).

De acordo com dados do IBGE, o rebanho nacional de caprinos atingiu 9,78 milhões

de cabeças em 2016 apresentando uma variação positiva de em relação a 2015. O Nordeste

detém o maior efetivo de caprinos, sendo responsável por 92,7% do total da espécie no País.

O efetivo de ovinos foi de 18,45 milhões em 2016, com pouca variação em relação a 2015. A

Região Nordeste se destaca na criação de ovinos e concentrou 60,6% do rebanho nacional no

último ano. A Região Sul figura em seguida, representando 26,5% do efetivo da espécie,

acompanhada pelas Regiões Centro-Oeste (5,6%), Sudeste (3,8%) e Norte (3,6%) (IBGE,

2016).

Os produtos originados da ovinocaprinocultura, carne, leite e pele, têm crescente

procura e aceitação no mercado interno e externo, e para atender à demanda de mercado,

começam a ser observadas mudanças nos segmentos de produção e comercialização, com o

surgimento de criadores cada vez mais especializados na caprinocultura de corte ou leite e na

ovinocultura de corte. O abastecimento dos mercados urbanos de carne, leite e seus derivados

constitui o foco principal da atividade, onde a carne assume uma posição de destaque ao ser

comercializada em ambientes especializados a preços compensadores. Porém, verifica-se que

no mercado interno ainda não há a fiscalização adequada para que os produtos

comercializados sejam idôneos.

Devido a importância que representam essas criações, cuidados com a sanidade dos

rebanhos devem ser tomados, não só pela perda e danos na produção como também pelo

controle de enfermidades que podem acometer o ser humano.

Dentre as enfermidades que acometem pequenos ruminantes temos a brucelose com

caráter zoonótico e uma das mais difundidas no mundo. É causada pelo gênero Brucella onde cada uma das espécies possui seus hospedeiros preferenciais entre os animais domésticos. A

Brucella abortus em bovinos, B. melitentis em caprinos e ovinos, B. ovis em ovinos e B. canis

(15)

considerada endêmica em várias regiões no mundo e em alguns países da América Latina,

porém ainda não encontrada no Brasil.

A infecção por bactérias do gênero Brucella spp. é uma das causas mais importantes de

problemas reprodutivos em animais domésticos, e as perdas econômicas geradas pela brucelose

vão além dos problemas reprodutivos, como barreiras internacionais ao comércio de produtos de

origem animal (carne, leite e derivados) e perdas para as indústrias devido a condenação dos

mesmos, além de gastos com programas de controle, erradicação e pesquisas (JARDIM et al.,

2006).

Considerando o número reduzido de rebanhos de pequenos ruminantes na região do

Alto Paranaíba em Minas Gerais, um levantamento sobre ocorrência das espécies de Brucella

que acometem esses hospedeiros é muito importante, não só para o conhecimento do estado

sanitário dos animais e controle da enfermidade, como também na minimização da doença

(16)

13

2. Objetivo

2.1 Objetivo Geral

Investigar a ocorrência da brucelose em caprinos e ovinos em propriedades na região

do Alto Paranaíba, MG.

2.2 Objetivos Específicos

• Identificar a ocorrência de anticorpos anti Brucella abortus em rebanhos

caprinos leiteiros utilizando o teste do Antigeno Acidificado Tamponado (AAT).

• Identificar a ocorrência de anticorpos anti Brucella abortus em amostras individuais de leite caprino pelo Teste do Anel do Leite (TAL).

• Investigar a presença do DNA de Brucella abortus e Brucella melitensis em leite caprino com o uso de marcadores moleculares padronizados para identificação dos agentes

por meio da PCR em Tempo Real.

• Investigar a presença do DNA de Brucella ovis em sêmen ovino comercial com o uso de marcadores moleculares padronizados para identificação do agente por meio da PCR

em tempo real.

(17)

3. Revisão de literatura

3.1. A importância da produção de ovinos e caprinos

Os caprinos foram os primeiros animais domesticados pelo homem, há cerca de dez

mil anos, a produzirem alimentos. Vêm acompanhando a história da humanidade com

registro em relatos históricos, porém apesar disso teve poucas vezes seu valor reconhecido.

Produzem leite, carne, couro e esterco, além de ter utilidade como animal de tração e ainda

hoje os caprinos tem um papel fundamental como fornecedores de alimentos em países ou

regiões em desenvolvimento (RIBEIRO, 1997).

A caprinocultura leiteira encontra-se bastante avançada em países como França,

Canadá, Espanha, Suíça, Inglaterra e Itália, e especialmente na França, Espanha, Suíça,

Inglaterra e Itália, que apresentam um consumo de 6,5 litros de leite por habitante ano,

porém 75% do total produzido destina-se a produção de queijos. Nos países como Canadá e

África do Sul concentra-se a produção de leite em pó. Esse fato proporciona aos governos a

adoção de políticas públicas que visem o desenvolvimento do mercado interno dos produtos

de origem caprina e ovina que apresenta um grande potencial (CARVALHO, 2014).

No Brasil, a produção de leite de cabra não ocorre somente na região Nordeste,

havendo outras bacias leiteiras já sedimentadas nas regiões Sudeste e Sul do país. O

desenvolvimento da caprinocultura leiteira no contexto brasileiro ocorre de acordo com o

sistema de produção utilizado (SILVA et al., 2012). Mais da metade do rebanho nacional

(52,61%) é composta por animais leiteiros, porém, sua produção é pouca expressiva, estando

em 21ª lugar (0,93%) na produção mundial. Apesar disso, dados sobre a produção leiteira

revelam que o Brasil se configura como maior produtor de leite de cabra da América do Sul,

com 150.000 t/ano (FAO, 2014).

Apesar da cidade de São Paulo se tratar de um grande e potencial centro

consumidor, o consumo tanto de derivados quanto de leite de cabra é restrito, devido

principalmente ao desconhecimento e à falta de costume da população. Porém, os

consumidores ressaltam que há potencial de elevação no consumo de ambos, desde que haja

maior disponibilidade, informação sobre o produto, além de um preço mais acessível para o

consumidor final (LIMA et al., 2015).

As primeiras espécies domesticadas pelo homem foram os ovinos e sua criação

possibilitava produção de alimento, principalmente carne e leite e ainda proteção pelo uso de

(18)

15

continentes, isto devido principalmente ao seu poder de adaptação a diferentes climas,

relevos e vegetações. Esta criação está destinada à exploração econômica e também à

subsistência de famílias em zonas rurais. Na Europa a criação de ovinos ocorre de forma

intensiva com rebanhos produtores de carne e leite, destinados à fabricação de queijos

especiais, e na América do Sul as criações ocorrem em sistemas de confinamento e

pastagens naturais com rebanhos de raças mistas que produzem lã e carne de qualidade para

o mercado internacional (VIANA, 2008).

A criação de ovinos e caprinos no Brasil ainda tem um longo período a percorrer

para conquistar seu próprio mercado nas diversas regiões onde é praticada e se credenciar a

uma maior participação no mercado nacional e, até mesmo, no internacional. No entanto,

terá que satisfazer os pré-requisitos de aumento de produtividade e da melhoria da qualidade

de seus produtos. São objetivos difíceis, mas possíveis de atingir, desde que trabalhados

simultaneamente com a melhoria nos padrões de gerenciamento das unidades produtivas e

maior articulação entre os diversos componentes da cadeia produtiva (GUIMARÃES

FILHO; ATAÍDE JUNIOR, 2009).

Destacam-se como fatores limitantes para o desenvolvimento desse comércio a

irregularidade no fornecimento dos produtos de origem caprina e ovina, visto que a

exigência do mercado se dá principalmente no fornecimento fixo desses produtos durante

todo o ano sem períodos de sazonalidade. Tem-se ainda o abate clandestino desses animais

que agem competitivamente com frigoríficos industriais e também os elevados preços

comerciais praticados no mercado que reduz a competitividade de outros produtos

concorrentes (CARVALHO, 2014).

A oferta de carnes de ovinos e caprinos oriundos de frigoríficos certificados por

serviços de inspeção federal ou estadual é uma vantagem que conota para o crescimento da

demanda, haja vista que esses órgãos regulamentam e certificam o elevado padrão de

qualidade sanitária do produto com consequente aumento da confiabilidade do mercado em

consumir esse alimento (SEBRAE/RN, 2001).

No Brasil o número efetivo de ovinos teve um aumento de 3,4% em 2010

comparativamente a 2009 (IBGE, 2010). Dentro deste cenário a ovinocultura destaca-se no

cenário nacional por apresentar grande potencial de crescimento chegando a um rebanho com

mais de 18 milhões de cabeças (BRASIL, 2015).

Diferentemente dos maiores países criadores de ovinos e caprinos, o Brasil possui

condições edafoclimáticas altamente favoráveis nesse segmento, porém, essa atividade no

Nordeste ainda não se enquadrou como cadeia produtiva dentro do enfoque do agronegócio,

(19)

criadores dos outros países orgulham-se e lucram com os produtos e subprodutos advindos

dessa atividade (NETO, et al. 2007).

3.2. Brucelose

A brucelose é uma enfermidade infectocontagiosa, causada por bactérias do gênero

Brucella. Em muitos países, apresenta-se na forma endêmica resultando em prejuízos econômicos significativos aos sistemas de produção e sérias implicações em saúde animal e

pública, visto seu caráter zoonótico (BRASIL, 2006). Pode ser veiculada ao homem pela

ingestão de produtos de origem animal contaminados, principalmente leite e derivados que

não passaram por processamento térmico, e transmitida pelo contato direto ou indireto com

animais infectados, fetos abortados ou anexos fetais, além da própria manipulação de

carcaças e vísceras no abate sanitário. As principais manifestações clínicas são as febres

recorrentes, fraquezas, dores musculares, distúrbios nervosos e sudorese, podendo levar à

incapacidade parcial ou total ao trabalho (PAULIN; FERREIRA NETO, 2008).

De acordo com a Organização Internacional de Epizootias (OIE) a brucelose é

classificada como doença da lista B, onde estão incluídas as enfermidades que têm

importância socioeconômica e/ou para saúde pública e consequências significativas no

comércio internacional de animais e seus produtos (OIE, 2002).

O agente etiológico da brucelose é uma bactéria intracelular facultativa e Gram

negativa, cocobacilos curtos e pequenos que medem 0,6 a 1,5µm por 0,5 a 0,7µm de

dimensão, aeróbia, imóvel, não produz cápsula, flagelos ou esporos, pertencem ao gênero

Brucella da classe Proteobacteria (PROBERT et al., 2004). São microrganismos aeróbios, porém uma atmosfera com tensão de 5 a 10% de CO2 favorece o isolamento de algumas

espécies. Apresentam temperatura de multiplicação na faixa de 20 a 40°C, sendo 37°C a

temperatura ideal, e um pH ótimo de 6.6 a 7.4 (OIE, 2009).

Cada espécie ou biovar de Brucella tem seu hospedeiro preferencial: Brucella abortus (bovinos e bubalinos), B. melitensis (caprinos e ovinos), B. ovis (ovinos), B. canis (cães), B. neotomae (ratos do deserto) (BANAI; CORBEL, 2010; BRASIL, 2006), as quais são subdivididas em sete biovares para Brucella abortus (1, 2, 3, 4, 5, 6 e 9) três para

B. melitensis (1, 2 e 3) e cinco para B. suis (1, 2, 3, 4 e 5), B. neotomae, B. ovis, B. canis, B. ceti, B. pinnipedialis, B. microti e B. inopinata, onde os membros do gênero possuem potencial zoonótico, embora a patogenicidade seja bastante variável para o ser humano

(20)

17 2010).

As bactérias do gênero Brucella podem ser divididas em dois grupos antigenicamente distintos, denominadas lisas, que possuem em sua parede celular externa

lipopolissacarídeo liso (LPS) ou rugosas, que contêm em sua superfície externa o

lipopolissacarídeo rugoso (LPR) e antígenos proteicos (NIELSEN et al.,2004; CARDOSO et

al., 2006; POESTER et al., 2010).

As espécies B. melitensis, B. abortus, B. suis e B. neotomae normalmente apresentam morfologia de colônia lisa e quando sofrem mutações para formas rugosas ou

mucóides, deixam de ser patogênicas. Já as espécies B. canis e B. ovis apresentam morfologia de colônia predominantemente do tipo rugosa (ALTON et al., 1988; PAULIN;

FERREIRA NETO, 2003; MINHARRO, 2009; POESTER et al., 2010).

A capacidade de penetração do agente pela pele íntegra ou lesada e pelas

membranas mucosas, além da formação de aerossóis, predispõe os tratadores, veterinários,

laboratoristas, trabalhadores de matadouros, frigoríficos e entrepostos de leite ao risco de

infecção (LAGE et al., 2008).

A transmissão entre pessoas, apesar de possível, é considerada insignificante sob o

ponto de vista epidemiológico, apesar de relatos de casos de transmissão por meio de

transfusão de sangue, transplante de medula e relação sexual (GODFROID et al., 2005;

MINHARRO, 2009).

3.2.1 Brucella abortus

A Brucella abortus é o agente etiológico da brucelose em bovinos e responsável por uma importante causa econômica de abortos em rebanhos (OSLEN; TATUM, 2010). O

agente também pode acometer outras espécies como búfalos, bisões e alces representando

um risco importante na manutenção do agente na população animal com especial

importância em áreas onde animais selvagens e rebanhos bovinos vivem juntos

(GODFROID, 2002). Equídeos, suínos, ovinos, caprinos e cães também podem ser

infectados pela B. abortus. Geralmente não é transmitida aos suínos, porém quando ocorre se apresenta como infecção transitória, podendo servir de fonte de infecção para bovinos.

Em ovinos e caprinos a infecção ocorre ocasionalmente, sendo os ovinos mais resistentes

que caprinos. Nos ovinos pode causar epididimite e nos caprinos aborto (CARTER, 1991).

Infecções em animais selvagens podem dificultar a erradicação em rebanhos bovinos. Além

(21)

Dentre outras brucelas a B. abortus é a de maior prevalência nos casos de brucelose no Brasil, seguido pela B. suis em suínos. Já a Brucella melitensis e B. neotoma ainda não foram isoladas no país (POESTER et al., 2002).

A infecção causada pela B. abortus ocorre pelo contato do agente com qualquer mucosa do animal susceptível, principalmente a mucosa oral (THOEN et al., 1993). Depois

da penetração no organismo, há um curto período de bacteremia, e as bactérias vão se alojar

em vários órgãos, principalmente do sistema linfático (EAGLESOME; GARCIA, 1992;

THOEN et al., 1993).

A permanência e a disseminação da B. abortus no organismo se dá devido a capacidade da mesma sobreviver dentro de macrófagos (GORVEL; MORENO, 2002). O

curso da doença depende do estágio fisiológico do animal. Os animais jovens, antes da

puberdade, parecem ser mais resistentes à infecção. Caso o animal não esteja gestante, a B. abortus geralmente infecta linfonodos e glândula mamária (CRAWFORD et al., 1990). Estando o animal gestante, as bactérias atingem o útero, local pelo qual possuem grande

tropismo, provocando assim o aborto (SAMARTINO; ENRIGHT, 1993).

Geralmente na primeira gestação após a infecção, ocorre o aborto, porém o mesmo

é muito menos frequente na segunda gestação após infecção e raro a partir da terceira

gestação (THOEN et al., 1993; CORBEL et al., 2006). De acordo com Thoen et al., (1993)

isso ocorre devido ao desenvolvimento de uma resposta imune, principalmente celular, pelos

animais, que diminui a área e a intensidade das lesões. Dessa forma a manifestação clínica

passa a ser a presença de natimortos ou o nascimento de bezerros fracos.

Após a infecção, a principal manifestação clínica é o aborto (terço final da

gestação), onde nos rebanhos com infecção crônica, quase sempre acontece nas fêmeas

primíparas e nos animais sadios recentemente introduzidos (BRASIL, 2006).

Nas fêmeas causa placentite necrótica, retenção de placenta, corrimentos vaginais,

endometrites, mastites (PACHECO, 2007). Os machos apresentam aumento de volume

testicular, uni ou bilateral além das ampolas e vesículas seminais. Pode haver atrofia do

órgão afetado devido à reação inflamatória do tipo necrosante, levando a quadros de

subfertilidade, infertilidade ou esterilidade (GORVEL; MORENO, 2002; PAULIN;

FERREIRA NETO, 2003; LAGE et al., 2008).

No aparelho locomotor, podem ser observadas infecções articulares, bursites,

espondilites em vértebras torácicas e lombares, podendo atingir medula óssea e tendões

(GUIDO; GRASSO, 2005). Não há nenhuma lesão patognomônica da brucelose no feto

(22)

19

FERREIRA NETO, 2003; BRASIL, 2006). Os inchaços nas articulações dos joelhos e

jarretes, conhecidos como higromas, também apresentam evidência de brucelose

(RADOSTITIS et al., 2007; LAGES et al., 2008).

No começo da década de 1990, o Estado de Minas Gerais iniciou uma campanha de

vacinação obrigatória de bezerras com a vacina B19 em todo o estado. Além de Minas

Gerais, o único estado que possuía um programa de vacinação, apesar de haver diminuído os

índices de cobertura vacinal nos últimos anos, era o Estado do Rio Grande do Sul (PAULIN;

FERREIRA NETO, 2003).

Em 2016, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)

estabeleceu por meio da IN nº 19, 10/10/2016 o Regulamento Técnico do Programa

Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e da Tuberculose Animal - PNCEBT e a

Classificação das Unidades da Federação de acordo com o grau de risco para as doenças

brucelose e tuberculose, assim como a definição de procedimentos de defesa sanitária

animal a serem adotados de acordo com a classificação, na forma desta Instrução Normativa

(MAPA, 2016).

Alguns Estados, como o Mato Grosso, apresentaram aumento da prevalência

quando comparado aos dados do último diagnóstico de situação em nível nacional, realizado

em 1975. É relevante a diminuição significativa da prevalência da doença em alguns estados

como Minas Gerais, proporcionada pela campanha de vacinação das fêmeas bovinas e

bubalinas com vacina B19 iniciada em 1993 (PAULIN; FERREIRA NETO, 2003).

3.2.2 Brucella melitensis

O principal agente etiológico da brucelose em caprinos e ovinos é a Brucella melitensis e também o principal agente responsável pela brucelose humana, conhecida como febre de Malta. Aborto e infertilidade são os sinais clínicos predominantes em pequenos

ruminantes. Embora haja escassez de estudos específicos, ela é reconhecida como fonte de

perdas econômicas em ambas as espécies. A sua incidência é muito alta em países do sul e

leste da União Européia e em vários outros com baixa renda. Isto afeta países que possuem

mais do que 70% de propriedades pecuárias suscetíveis, tornando a brucelose de importância

internacional (FAO, 2006).

A infecção por B. melitensis em pequenos ruminantes tem sido tradicionalmente negligenciada, pois a produção de ovinos e caprinos representa geralmente uma atividade de

(23)

desenvolvimento mundial. Devido a esses sistemas de produção serem usualmente nômades,

o controle e erradicação desta infecção são extremamente difíceis. A distribuição da doença

é praticamente mundial e vários países estão sofrendo uma reemergência desta doença em

caprinos e ovinos e consequentemente também em humanos (WHO, 2005). A brucelose em

caprinos e ovinos é considerada uma doença de menor importância no Brasil, pois a B. melitensis ainda não foi diagnosticada no país (SELEEM et al., 2010; POESTER et al., 2002).

Em caprinos a infecção por Brucella melitensis é similar à infecção causada por B. abortus em bovinos (MEGID et al., 2016). Nos pequenos ruminantes, a infecção por B. melitensis causa doença apenas em animais sexualmente maduros e animais jovens podem ser infectados, porém não mostram nenhum sinal clínico, e a resposta sorológica é fraca e

transitória (ALTON, 1990). A B. melitensis (biovar 1, 2 ou 3), principal agente causador brucelose em ovinos e caprinos, infecta caprinos causando uma infecção generalizada que

pode persistir por anos. Nas cabras prenhes a bactéria se multiplica no útero e glândula

mamária (RODOLAKIS, 2014).

O aborto no terço final da gestação é o sinal mais evidente, na infecção por

Brucella melitensis, mas pode haver um surto de abortos, seguido por um período de resistência do rebanho, no qual eles não ocorrem. Em infecções experimentais ocorrem

sintomas caracterizados por febre, depressão, perda de peso e às vezes diarréia. Estes sinais

podem ocorrer também em surtos agudos e naturais e serem acompanhados por mastite,

claudicação, higroma e orquite, placentite e queda na produção de leite em cabras e ovelhas.

Muitas vezes, a infecção por B. melitensis acomete um grupo de animais, sem apresentar sinais evidentes (BLOOD, 1991; OIE, 2004; MEGID et al., 2016).

Apesar da Brucella melitensis ser transmitida congenitamente via útero, cabritos e cordeiros se infectam principamente pelo leite e colostro. A orquite e epididimite em ovinos

e caprinos podem ocorrer, mas não são comuns (MEGID et al., 2016).

Nos países do Sudeste da Europa e do Mediterrâneo a incidência da brucelose

causada pela B. melitensis em caprinos e ovinos é alta, e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a brucelose é considerada uma das sete doenças negligenciadas e

subnotificadas (DONEV, 2010). A doença é reemergente em locais anteriormente

controlados, como Malta e Omã. Também ocorre no Oriente Médio, Ásia Central, ao redor

do Golfo Pérsico e alguns países da América Central (MEGID et al., 2016).

A incidência global da brucelose em humanos não é bem conhecida devido à

(24)

21

geográficas, mesmo dentro de um mesmo país. Assim, devido à deficiência nos Serviços de

Saúde de vários países onde a brucelose é endêmica, não há dados reais no estado global da

doença em humanos. A razão desta alta prevalência ocorre devido a fatores socioculturais,

agravada pela falta de medidas de controle a serem aplicadas em sistemas de produção de

pequenos ruminantes. O contato com animais e exposição ocupacional, assim como os

hábitos alimentares, e falta de medidas de higiene, representam os fatores de risco para a

infecção de humanos por B. melitensis (PAPPAS, 2006).

3.2.3 Brucella ovis

A brucelose ovina é uma doença infecto-contagiosa de distribuição mundial

causada pela Brucella ovis. É um micro-organismo não zoonótico, intracelular facultativo que coloniza células do sistema macrocítico linfocitário, provocando doença crônica em

ovinos, conhecida como Epididimite Contagiosa dos Carneiros ou Epididimite Ovina.

(BURGUESS, 1982; QUISPE et al., 2002).

Apesar de considerada de menor relevância quando comparada às outras bactérias

do mesmo gênero, devido ao fato de não ser zoonótica, a B. ovis tem sua importância relacionada aos prejuízos econômicos que causa principalmente para produtores em que a

criação de ovinos é principal fonte de renda. Entre inúmeros agentes, é a principal causadora

da epididimite contagiosa ovina. Reduz os índices reprodutivos, aumenta anualmente o

número de carneiros não aptos à atividade reprodutiva, gera diminuição da vida reprodutiva

dos machos, abortamentos, mortalidade perinatal e a consequente diminuição nos

rendimentos de carne e lã (ROBLES, 2008).

A bactéria se multiplica nos órgãos afetados e é eliminada à medida que as células

infectadas são destruídas (MEGID et al., 2016). A eliminação de B. ovis ocorre principalmente por meio do sêmen do animal infectado, de forma intermitente e por

períodos prolongados (WORTHINGTON et al., 1985; PAOLICCHI et al., 1991).

Ao final do segundo mês de infecção ocorre a bacteremia e o micro-organismo se

localiza no trato genital, baço, rins, fígado, pulmão e outros gânglios linfáticos e

multiplica-se nesmultiplica-ses órgãos (GIL TURNES, 1998; MEGID et al., 2016).

A cauda do epidídimo é o local em que se observa maior alteração, geralmente

unilateral, inicialmente com edema palpável, seguido de hiperplasia e fibrose, que passa a

apresentar consistência firme à palpação. A inflamação do epidídimo causa degeneração

(25)

espermatozóides, causando assim queda na fertilidade. O aumento da cauda desse órgão

caracteriza cronicidade da doença (FOSTER et al., 1989; BLASCO, 1990; WEST et al.,

1993; RIDLER; WEST, 2011; MEGID et al., 2016).

A infecção pode ocorrer em animais que ainda não tiveram contato sexual,

principalmente em períodos de estabulação prolongada, quando estes animais têm contato

com a urina de outros já infectados. Nessas condições, a bactéria penetra no organismo pela

mucosa nasal, oral, conjuntival e pela via percutânea, quando há feridas ou escoriações

(ALTON et al., 1988; BULGIN, 1990). Além disso a B. ovis não impede a concepção e eventualmente verificam-se infertilidade, morte embrionária e abortamentos ou, ainda

nascimento de cordeiros fracos. As fêmeas que abortam têm infecção persistente e o agente

é isolado da placenta, descargas vaginais e leite. Cordeiros nascidos de fêmeas infectadas

raramente desenvolvem a infecção (MEGID et al., 2016).

Nas criações de ovinos em sistema extensivo, o contágio se dá em duas épocas.

Primeiramente na fase de pré-serviço quando os machos começam a ter um aumento da

libido e ter um comportamento homossexual de montar, cheirar e lamber outros machos e

posteriormente com contágio indireto durante o serviço, quando uma fêmea saudável atua de

forma passiva como agente intermediário entre dois machos infectados. Isto não quer dizer que a

fêmea adoeça, pois para que ela desenvolva a enfermidade ela deverá estar prenhe (ROBLES,

2008).

A espécie ovina se infecta de forma natural pela B. ovis, embora já tenha havido confirmação da transmissão da bactéria de carneiros infectados para cervos criados no

mesmo pasto, e entre cervos infectados (RIDLER; WEST, 2011). Os caprinos podem ser

infectados de forma experimental, porém são menos suscetíveis quando comparados aos

ovinos, e a infecção nessa espécie é de caráter leve e de curta duração (BURGESS et al.,

1985).

Ao contrário do que ocorre na brucelose bovina, a manutenção da infecção por B. ovis em um rebanho ocorre principalmente por meio do macho infectado, e este também é o principal responsável pela transmissão da infecção entres os animais. Por esta razão, o

diagnóstico da brucelose ovina causada por B. ovis deve ser realizado fundamentalmente nos machos da propriedade a ser investigada (ROBLES, 2008).

Para que haja o controle da brucelose ovina é necessário o estabelecimento de

medidas que tenham como alicerce a identificação e eliminação de animais infectados,

(26)

23

rebanho. Desta forma, é fundamental a existência de métodos diagnósticos eficientes,

rápidos e viáveis em sua execução (COSTA, 2010).

3.3 Diagnóstico

O diagnóstico da brucelose pode ser feito pela identificação do agente por métodos

diretos, ou pela detecção de anticorpos contra B. abortus por métodos indiretos (BRASIL, 2006).

Os métodos indiretos ou sorológicos utilizados no diagnóstico da brucelose são

importantes recursos utilizados nas campanhas de controle e erradicação da doença em

bovinos e bubalinos (OLIVEIRA, 2003). Os mesmos identificam os anticorpos específicos

presentes no soro sanguíneo dos animais infectados, baseando-se em antígenos de superfície

bacteriana, compostos por lipopolissacarídeos (LPS) e proteínas de membrana externa

(ALTON et al., 1988; RAJASHEKARA et al., 2005; MINHARRO, 2009).

O diagnóstico sorológico é a base do combate à brucelose em rebanhos, permitindo

o monitoramento tanto de propriedades como de regiões inteiras, além de monitorar zonas

onde a doença já foi erradicada. Os testes devem ser utilizados respeitando-se as normas

técnicas estabelecidas pelos organismos internacionais, com antígenos padronizados e

específicos para cada prova (ALTON, 1988). Os principais testes para brucelose, são os que

buscam detectar anticorpos no soro e leite como também em muco vaginal e sêmen

(PAULIN, 2003; BRASIL 2006).

O Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose

Animal (PNCEBT) preconiza o Teste do Antígeno Acidificado Tamponado (TAAT) e o

Teste de Anel em Leite (TAL) como provas de triagem e como provas confirmatórias o

Teste do Mercaptoetanol (2-ME) e o Teste de Polarização Fluorescente (BRASIL, 2016).

Como os testes sorológicos não apresentam sensibilidade absoluta, há necessidade de

associação entre várias técnicas em busca de melhores resultados na detecção de animais

positivos, principalmente na fase inicial da infecção e em infecções crônicas. Essa estratégia

tem como base a escolha de um teste de triagem de fácil execução, pouco honeroso e com

boa sensibilidade, seguido de um teste confirmatório apenas nos soros positivos no teste

anterior, mais elaborados, e com melhor especificidade (COSTA, 2001; OLIVEIRA, 2003;

BRASIL, 2006).

Como teste de triagem temos o de soroaglutinação com Antígeno Acidificado

Tamponado (AAT), que é preparado com o antígeno acidificado na concentração de 8%,

(27)

rápida, prática e de boa sensibilidade. Foi desenvolvido a partir da observação de que a IgG

é menos ativa em pH7, mudando de comportamento com a acidificação do meio. Como

podem ocorrer alguns poucos casos de reações falso-positivas em decorrência da utilização

da vacina B19 em bovinos, sugere-se a confirmação por meio de testes de maior

especificidade para se evitar o sacrifício de animais não infectados (OMS, 1986; WRIGHT;

NIELSEN, 1990; BRASIL, 2006).

O teste do anel em leite (TAL) foi idealizado para ser aplicado em misturas de leite

de vários animais, uma vez que a baixa concentração celular do antígeno (4%) o torna

bastante sensível. A prova revela anticorpos preferencialmente da classe IgA, presentes no

leite e aderidos às moléculas de gordura pela sua fração Fc. São empregados mais

comumente antígenos corados com hematoxilina, que dá a cor azul característica à reação

positiva. Se existirem anticorpos no leite, eles se combinarão com a B. abortus do antígeno,

formando uma malha de complexo antígeno-anticorpo que, por sua vez, será arrastada pelos

glóbulos de gordura, fazendo com que se forme um anel de cor azulada na camada de

gordura do leite caracterizando reação positiva (OMS, 1986; BRASIL, 2006).

Dentre os testes sorológicos confirmatórios temos o do Mercaptoetanol (2-ME), o

de Soroaglutinação em Tubos (SAT) e a Reação de Fixação de Complemento (RFC).

O teste do Mercaptoetanol é uma prova quantitativa seletiva que detecta somente apresença

de IgG no soro, que é a imunoglobulina indicativa de infecção crônica. Deve ser executada

sempre em paralelo com a prova lenta em tubos (SAT) (BRASIL, 2006). Tem sua

especificidade aumentada por inibição da atividade aglutinante da IgM mediante processo

químico que consiste no tratamento do soro com a droga 2-mercaptoetanol (TYMONEY et

al., 1988). A interpretação dos resultados é dada pela diferença entre os títulos dos soros sem

tratamento (prova lenta), frente ao soro tratado com 2-ME. Desta forma, resultados positivos

em ambas as provas indicam a presençade IgG, que são as aglutininas relacionadas com

infecção, devendo os animais ser considerados infectados (BRASIL, 2006).

Como teste confirmatório temos ainda o Teste de Soroaglutinação em Tubos (SAT)

chamada de prova lenta (leitura dos resultados é feita em 48 horas). É a prova sorológica

mais antiga e ainda hoje bastante empregada. É utilizada em associação como teste do

2-Mercaptoetanol para confirmar resultados positivos em provas de rotina (BRASIL, 2006). É

executada num pH neutro, e demonstra uma boa sensibilidade analítica na detecção dos

isotipos bovinos com uma exceção importante, a IgG1 (WRIGHT E NIELSEN, 1990).

A Reação de Fixação de Complemento (RFC) é considerada a melhor prova para a

(28)

25

isolamentos em animais natural ou experimentalmente infectados (NIELSEN, 1995). É o

teste de referência recomendado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) para o

trânsito internacional de animais. Na brucelose bovina, apesar da FC detectar tanto IgG1

como IgM, o isotipo IgG1 é muito mais efetivo como fixador do complemento (BRASIL,

2006). Trata-se de uma prova mais laboriosa e mais cara que as de aglutinação, sendo

recomendado seu uso como confirmatória para os soros positivos à triagem (CHAPPEL,

1989).

Os testes imunoenzimáticos que têm apresentado melhores resultados para

brucelose são os ELISA indiretos e competitivos (COLLING, 1998). O teste ELISA Indireto

(I ELISA) possui alta sensibilidade, entretanto, sua especificidade assemelha-se àquela do

AAT. Emprega-se como antígeno o lipopolissacarídeo de B. abortus imobilizado em placas de 96 poços. Como conjugado, utiliza-se um anticorpo monoclonal anti-IgG1 bovina

conjugado com a peroxidase. Agentes quelantes (EDTA/EGTA) são utilizados para

minimizar reações não específicas (BRASIL, 2006). No teste ELISA Competitivo (C Elisa)

utiliza-se também como antígeno imobilizado na fase sólida o lipopolissacarídeo (LPS) de

B. abortus. No momento da prova, o soro a se testar é misturado com um anticorpo monoclonal específico contra a cadeia “O” de B. abortus. Apresenta como vantagens altas especificidade e sensibilidade e apesar de seu alto custo, é recomendado pela Organização

Mundial de Saúde Animal (OIE) como teste confirmatório para o diagnóstico de brucelose

(NIELSEN, 1995; BRASIL, 2006).

O Teste de Polarização de Fluorescência (FPA) se fundamenta na comparação de

velocidades dos movimentos aleatórios das moléculas em solução. O tamanho molecular é o

principal fator que influencia a velocidade de rotação de uma molécula, sendo inversamente

proporcional a ela (BRASIL, 2006). Se o anticorpo estiver presente no soro, irá ligar-se ao

antígeno, e a taxa rotacional desse antígeno conjugado será alterada, e esta mudança poderá

ser determinada pelo analisador de polarização fluorescente, baseado nas diferenças

rotacionais entre a LPS e o complexo antígeno-anticorpo. O FPA é uma prova de simples

execução, onde apenas o antígeno, com um indicador, é adicionado nas amostras diluídas

(SAMARTINO, 1999). Este teste foi validado para o sorodiagnóstico da brucelose em

bovinos, suínos, ovinos, caprinos, bisões e cervídeos, já que a reação cruzada com epítopos

comuns à Brucella abortus, B. melitensis e B. suis encontrados na cadeia O, permite o uso de um só antígeno por serem estas espécies de brucelas lisas (NIELSEN, 2001).

Nos métodos diretos de diagnóstico temos o isolamento e a identificação do agente,

(29)

cadeia da polimerase (PCR). O isolamento e a identificação da B. abortus a partir de material de aborto ou de secreções apresentam resultados muito bons quando a colheita

transporte do material é bem feita (BRASIL, 2006).

A aplicação da análise de DNA tem se intensificado bastante nos últimos anos, e o

desenvolvimento do método de reação em cadeia da polimerase (Polymerase Chain Reaction

- PCR) tem sido largamente empregado nas áreas biológicas, em especial na medicina

veterinária, pois muitas doenças infecciosas dependem de um diagnóstico rápido e seguro

(OLIVEIRA, 2003).

Outro método molecular é PCR em tempo real (qPCR), baseada na PCR

tradicional, que, além de amplificar, simultaneamente, ela determina medidas quantitativas

ao longo dos ciclos da PCR, tornando-se uma ferramenta mais rápida, específica e sensível,

dando a capacidade de quantificar o DNA durante as reações (SCHMITTGEN, 2000).

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Tabela 1 - Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella abortus
Tabela 2 - Sequência dos primers utilizados na PCR para identificação de Brucella ovis
Tabela 2. Frequência de ovinos reagentes (valores relativos e absolutos) na pesquisa  de  anticorpos  anti-Brucella  ovis  pelo  teste  de  IDGA  e  PCR  em  tempo  real,  na  região do Alto Paranaíba, MG

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