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POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA ARGENTINA NA IMPLEMENTAÇÃO DA MEDIAÇÃO NO BRASIL

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Academic year: 2021

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RESUMO

Diante da previsão expressa no Novo Código de Processo Civil e também na Lei nº 13.140/15, a mediação ganhou extrema importância QR %UDVLO FRPR PHLR GH VROXomR GH FRQÁLWRV (QWUHWDQWR WDO UHDOLGD-de vem gerando questões UHDOLGD-de orUHDOLGD-dem prática, referentes à infraestrutura disponível para a realização das sessões de mediação, à formação e ca- SDFLWDomRGHPHGLDGRUHVTXDOLÀFDGRVHVXÀFLHQWHVSDUDVXSULUDGHPDQ-GDHWDPEpPjUHPXQHUDomRGHVWHVSURÀVVLRQDLV1HVWHFRQWH[WRHVWH DUWLJRUHÁHWHVREUHSUREOHPDVDVHUHPHQIUHQWDGRVSHOR3RGHU-XGLFLiULR

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na implementação desse meio consensual e sugerir possíveis adequa-ções que possam ser feitas no modelo brasileiro de mediação, com base na bem sucedida experiência argentina na implantação da mediação.

PALAVRAS-CHAVE

Sistema Multiportas; Acesso à Justiça; Mediação; novo Código de Pro-cesso Civil; Lei de Mediação.

ABSTRACT

In view of the provision expressed in the New Code of Civil Pro-cedure and also in Law No. 13.140 / 15, mediation has become extre-PHO\LPSRUWDQWLQ%UD]LODVDPHDQVRIUHVROYLQJFRQÁLFWV+RZHYHUWKLV reality has generated practical questions regarding the infrastructure DYDLODEOHWRFRQGXFWWKHPHGLDWLRQVHVVLRQVWKHWUDLQLQJDQGTXDOLÀFD-WLRQRITXDOLÀHGPHGLDWRUVDQGVXIÀFLHQWWRPHHWWKHGHPDQGDQGDOVR the remuneration of these professionals. In this context, this article re-ÁHFWVRQSUREOHPVWREHIDFHGE\WKH-XGLFLDU\LQWKHLPSOHPHQWDWLRQ of this consensual environment and suggest possible adjustments that may be made in the Brazilian model of mediation, based on the succes-sful Argentine experience in the implementation of mediation

KEY-WORDS

Multi-door system; Acess to Justice; Mediation; New Code of Civil Proce-dure; Mediation Law.

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1) CONSIDERAÇÕES INICIAIS

2VPHLRVFRQVHQVXDLVGHVROXomRGHFRQÁLWRGHQWUHRVTXDLVVHHQ-contra a mediação, vêm crescendo em importância, visto que a lei tem estimulado a utilização de meios autocompositivos, em detrimento da via estritamente judicial, com decisão de mérito prolatada pelo juízo. 7DO SUHRFXSDomR VH UHÁHWLX QR 1RYR &yGLJR GH 3URFHVVR &LYLO 1&3&  sendo uma de suas propostas a superação da percepção atual de que existe o meio judicial e que todos os demais são meros meios alternati-vos, desenvolvendo-se, assim, uma noção de que existem outras formas possíveis para se resolver o litígio, igualmente importantes ao processo civil contemporâneo.

Além do NCPC, a Lei nº 13.140/15, conhecida como Lei da Mediação, também veio contribuir para melhor regulamentar a mediação. Entre-tanto, as disposições trazidas por essas leis geram questionamentos de ordem prática, visto que a atual infraestrutura do Poder Judiciário ainda pLQVXÀFLHQWHHLQDGHTXDGDSDUDDQRYDUHDOLGDGHGHFUHVFHQWHGHPDQGD pelo serviço de mediação, decorrente de sua obrigatoriedade como au-diência inicial no procedimento comum.

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2) O SURGIMENTO DA MEDIAÇÃO NO BRASIL E O SISTEMA DO TRIBUNAL MULTIPORTAS

'XUDQWHPXLWRWHPSRWHPSUHGRPLQDGRDUHVROXomRGHFRQÁLWRVSRU meios heterocompositivos, destacando-se a jurisdição como um dos WX Z MW NX U\I P I SRXJN[] 3HWHU3DQXWWRH0DUtOLD0RUDVFD0RQWHOHRQH^

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meios mais procurados para solucionar litígios, o que tem gerado conges-tionamento de processos nos tribunais. Diante de tal fato, vários países começaram a buscar formas alternativas ao processo judicial, optando, em sua maioria, pelos meios autocompositivos como formas de “descon-gestionar” os órgãos jurisdicionais e garantir maior acesso à justiça, fun- omRHVWDTXHQXQFDIRLDSHQDVGR3RGHU-XGLFLiULRPDVVLPXPDÀQDOL-GDGHGR(VWDGRRTXDOSRGHLQFHQWLYDUDVROXomRGRVFRQÁLWRVQRkPELWR estatal ou fora dele, por meio de vários métodos privados.3

A edição da Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justi-ça (CNJ) que dispõe sobre a “Política Judiciária Nacional de tratamento DGHTXDGRGRVFRQÁLWRVGHLQWHUHVVHQRkPELWRGR3RGHU-XGLFLiULRµIRL muito positiva para estimular os meios consensuais. Tal Resolução con-siderou a relevância de organizar e uniformizar os serviços dos meios consensuais e tentou estabelecer algumas diretrizes para auxiliar o Po-der Judiciário na implantação de uma política mais efetiva de trata-mento dos litígios. Assim, entende-se que esta Resolução consolidou no Brasil a implantação do que se tem chamado de Tribunal Multiportas, XPVLVWHPDSHORTXDOR(VWDGR

coloca à disposição da sociedade alternativas variadas para se bus-car a solução mais adequada de controvérsias, especialmente valorizados RVPHFDQLVPRVGHSDFLÀFDomR PHLRVFRQVHQVXDLV HQmRPDLVUHVWULWDD oferta ao processo clássico de decisão imposta pela sentença judicial. Cada uma das opções (mediação, conciliação, orientação, a própria ação judicial contenciosa etc.), representa uma “porta”, a ser utilizada de acordo com a conveniência do interessado, na perspectiva de se ter a maneira mais

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Esse sistema teve como base o modelo americano multidoor

cour-troom, adotado pelos EUA desde 1970, pelo qual o Poder Judiciário

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Como consequência da Resolução nº 125/2010 do CNJ, no ano de 2011, enquanto seguiam-se discussões sobre o projeto do NCPC, sur-giu uma proposta de regulamentação da mediação com um detalhamento próprio, o que resultou na Lei da Mediação (Lei nº 13.140/2015) de modo que atualmente no Brasil tanto o NCPC quanto a Lei nº 13.140/15 estão disciplinando a mediação, sendo que a Lei de Mediação traz disposições sobre a mediação extrajudicial, câmaras privadas de mediação, bem como sobre a autocomposição envolvendo entes da Administração Pública.

3) A MEDIAÇÃO NA ARGENTINA E UMA COMPARAÇÃO INICIAL COM O SISTEMA BRASILEIRO DE MEDIAÇÃO

A Argentina se destacou ao colocar em seu ordenamento jurídico ou-tras formas de resolução de disputas, além da tradicional tutela jurisdi-cional. Em 1991 iniciou-se a implementação de programas consensuais no país, com várias iniciativas para estimular a mediação5, destacando-se a Lei nº 24.573 de 1995, que instituiu a mediação no país, sendo SRVWHULRUPHQWHGHUURJDGDSHOD/HLQžGHDWXDOOHLTXHUH-gulamenta o instituto na Argentina.

$/HLQžGHLQVWLWXLXDPHGLDomRREULJDWyULDHSUpYLD a todo processo judicial, na tentativa de se solucionar a demanda extrajudicialmente7, antes de se iniciar uma disputa judicial. Desse modo, no caso de a autocomposição restar infrutífera, a parte deve juntar a ata expedida pelo escritório responsável pela mediação em

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sua petição inicial para, então, ajuizar a ação judicial, pois a prova da tentativa de mediação é um requisito para que a demanda seja ad-mitida no Judiciário8, sendo facultativa a mediação prévia nos casos de execução e despejos9.

$LQGDSHOD/HLQžGHSDUDVHUPHGLDGRUpQHFHVViULR ser advogado com três anos de registro, provar ter feito o treinamento exigido pela regulamentação, ser aprovado em exame de aptidão, es-tar atualmente inscrito no Registro Nacional de Mediação e, por último, cumprir os demais requisitos eventualmente estabelecidos por outros regulamentos10. Cumprindo esses requisitos e uma vez inscrito como PHGLDGRURSURÀVVLRQDOSRGHUiVHUGHVLJQDGRSRUDFRUGRHQWUHDVSDUWHV FRQÁLWDQWHVTXDQGRHVWDVHVFROKHUHPRPHGLDGRUSRUFRQYHQomRHVFULWD por sorteio; por proposta do requerente ao requerido, que irá selecionar um mediador de uma lista; ou ainda, durante a tramitação do processo, na qual o juiz poderá, apenas uma vez, submeter o caso ao procedimento GHPHGLDomRÀFDQGRRSURFHVVRQHVVHFDVRVXVSHQVRSRUFHUWRSUD]R11.

Realizada a audiência de mediação12 e havendo acordo entre as par-tes, o mediador, os interessados e os advogados irão assinar a ata da audiência e o procedimento consensual terminará. Na hipótese de não haver acordo, será lavrada ata com a assinatura de todos os envolvidos e o requerente poderá ajuizar a ação judicial para resolver a disputa.13

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1RTXHGL]UHVSHLWRDRVKRQRUiULRVGRVPHGLDGRUHVDOHLDÀUPDTXH os mediadores receberão, por seu desempenho na mediação, honorário EiVLFRFXMRPRQWDQWHHFRQGLo}HVGHSDJDPHQWRVHUmRÀ[DGDVSRUUHJX-lamentação do Poder Executivo.14

Já no modelo brasileiro a mediação não é um requisito para se ajui-zar ação judicial, mas algo que deve, obrigatoriamente, ser tentado em audiência no início do procedimento, salvo se ambas as partes expres-samente manifestem a vontade de não tentar a composição ou se não se tratar de caso passível de autocomposição15. Há também a possibilidade de mediação extrajudicial.

Além disso, enquanto na Argentina se transferiu para o setor privado a responsabilidade de tentar mediar os interessados, no Brasil é função do Poder Judiciário fornecer uma estrutura que possibilite a mediação, QmRVHH[FOXLQGRDSRVVLELOLGDGHGHVROXomRGRFRQÁLWRH[WUDMXGLFLDOPHQ-te pelas Câmaras Privadas de Mediação17. Neste sentido o NCPC e a Lei de Mediação preveem que os tribunais deverão criar centros judiciários GHVROXomRFRQVHQVXDOGHFRQÁLWRVVHQGRHVWHVUHVSRQViYHLVSRUUHDOL-zar as sessões e audiências de mediação, bem como desenvolver progra-mas voltados a auxiliar, orientar e estimular a autocomposição entre as

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partes18. Portanto, no Brasil, o Poder Judiciário assume a função de for-QHFHUDLQIUDHVWUXWXUDSDUDDPHGLDomRÀFDQGRDFDUJRGHFDGDWULEXQDO a composição e organização dos referidos centros, desde que observada a Resolução 125/10 do CNJ.

Diferentemente da Argentina, no Brasil não se exige que o mediador VHMD %DFKDUHO HP 'LUHLWR RX DGYRJDGR VHQGR SRVVtYHO TXH XP SURÀV-sional de qualquer área seja mediador. Isso porque para ser mediador, SULQFLSDOPHQWHMXGLFLDOpREULJDWyULRWHUFHUWLÀFDGRGHSDUWLFLSDomRHP curso de capacitação de mediação ministrado por entidades devidamen-te credenciadas e ser graduado há pelo menos 2 anos em curso de ensino superior de instituição devidamente reconhecida19, salvo se o mediador for escolhido pelas partes para atuar no procedimento extrajudicial de PHGLDomRKLSyWHVHHPTXHTXDOTXHUSHVVRDFDSD]TXHWHQKDDFRQÀDQ-ça das partes e seja capacitada para fazer mediação pode ser mediador extrajudicial20. Quando cumprir esses requisitos de capacitação mínima GHWHUPLQDGRVHPOHLRSURÀVVLRQDOSRGHUiUHTXHUHUVXDLQVFULomRQR&D-dastro Nacional de Mediadores sob a responsabilidade do CNJ, podendo, a partir deste momento, atuar como mediador.

No Brasil a remuneração dos mediadores judiciais será custeada pelas SDUWHVFRQIRUPHWDEHODGHKRQRUiULRVGHÀQLGDSHORVWULEXQDLV21, enquan-to que na mediação extrajudicial o estabelecimenenquan-to dos honorários se dá pelo próprio mediador ou pela Câmara Privada à qual ele está vinculado,

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cabendo às partes efetuar o pagamento, salvo nos casos em que for defe-rida gratuidade da mediação, tanto judicial como extrajudicial22.

4) QUANTO À INFRAESTRUTURA PARA REALIZAR MEDIAÇÃO

Diante da previsão de criação pelos tribunais de centros judiciários de solução consensual de controvérsias para realizar as sessões de me-diação há necessidade de se conceber toda uma estrutura física para atender o aumento na demanda pela mediação, devido à obrigatoriedade prevista em lei. Além dos centros judiciais, a lei estabelece que os en-tes federativos também devem criar suas próprias câmaras de mediação SDUDWHQWDUVROXFLRQDUFRQÁLWRVQRkPELWRDGPLQLVWUDWLYR23.

3RUWDQWR QRWDVH TXH Ki XP GHVDÀR HVWUXWXUDO H JHUHQFLDO D VHU enfrentado pelo Poder Judiciário principalmente porque, em termos administrativos, a composição e a organização dos referidos centros ÀFDUiDFDUJRGRVUHVSHFWLYRVWULEXQDLVREVHUYDGDVDVGLVSRVLo}HVGDV normas do CNJ.

Tendo em vista que a audiência de mediação será realizada “em um espaço próprio, pensado e adequado para um momento informal e capaz de colocar as partes em uma situação confortável para a negociação e empoderamento” a implantação da mediação enseja ampliação na in-fraestrutura judiciária, além de “designar servidores, criar infraestru-tura de abastecimento, de tecnologia da informação, organizar rotinas

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e procedimentos”.24 Os referidos centros judiciários, além de realizar as audiências e sessões de mediação, também será responsável pelo aten-dimento, orientação e estímulo aos meios consensuais.

A criação destes órgãos, dotados de certa autonomia em relação às unidades judiciais, é essencial para o funcionamento do modelo de proces-so civil proposto pelo CPC/2015, em que as tarefas de

conciliação/media-ção, preferencialmente, não serão afetas ao magistrado.25

Enquanto a estrutura judiciária estiver em processo de implementa-ção para atender a crescente demanda de meios consensuais poderiam ser celebradas parcerias e convênios com as Câmaras Privadas de Me-diação, visto que elas, por se focarem na prestação de serviços de media-omRSRVVXHPFRUSRGHPHGLDGRUHVSURÀVVLRQDLVTXHMiÀ]HUDPFXUVRV e dominam técnicas necessárias para auxiliar as partes na mediação. Para isso, tais câmaras deveriam se inscrever nos cadastros dos tribu-nais locais caso desejem atuar juntos deles.

Para se viabilizar a mediação, deve ser fomentada a utilização da mediação por meio eletrônico, podendo-se contar, principalmente, com a estrutura das já mencionadas Câmaras de Mediação Privadas para oferecer, não apenas atendimento presencial, mas também por vídeo videoconferência. Dessa forma, por meio da mediação on line, seria pos-sível às comarcas presentes em grandes centros, as quais, em geral, dispõem de melhor estrutura e mais recursos para seu funcionamento, a absorção de parte das demandas de mediação das comarcas menores, além de se ampliar a abrangência do alcance da mediação, na medida em que os meios eletrônicos possibilitam a diminuição da distância

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WUHDVSDUWHVFRQÁLWDQWHVGHPRGRTXHHODVSRGHPRSWDUSHODPHGLDomR mesmo que estiverem em comarcas distantes, tornando desnecessário o deslocamento para comparecerem à sessão de mediação.

Além disso, quando se inicia a organização de um programa de reso- OXomRFRQVHQVXDOGHFRQÁLWRVDOpPGDHVWUXWXUDItVLFDWDPEpPpSUH-ciso considerar outros aspectos como a capacitação e remuneração dos mediadores.

A primeira preocupação que se tem em relação aos mediadores re-fere-se a sua quantidade, visto que ainda não se tem um número de PHGLDGRUHVVXÀFLHQWHVSDUDVXSULUDFUHVFHQWHGHPDQGDSHODPHGLDomR devido, principalmente, ao fato de a tentativa de solução consensual do FRQÁLWR VHMD PHGLDomR RX FRQFLOLDomR  VHU HP UHJUD REULJDWyULD 7DO preocupação é relevante, na medida em que a oferta de cursos de media-ção está crescendo lentamente e a maioria ainda oferece apenas ensino presencial, o que limita, em certa proporção, a quantidade de alunos a serem formados27. Esses fatores têm tornado o processo de formação de PHGLDGRUHVXPWDQWROHQWRVHQGRIRUoRVRUHÁHWLUVREUHDQHFHVVLGDGHGH formação de mediadores por meio de ensino à distância, ainda que parte do curso seja presencial.

Outro ponto a se considerar é quanto aos critérios estabelecidos para o credenciamento de mediadores judiciais. Segundo o NCPC para um SURÀVVLRQDOUHTXHUHUVXDLQVFULomRQRFDGDVWURGHPHGLDGRUHVH[LJHVH DSHQDVRFHUWLÀFDGRGHSDUWLFLSDomRHPXPFXUVRGHPHGLDomR28ÀFDQGR possibilitado aos tribunais locais a realização de concurso público para selecionar seus quadros de mediadores judiciais. Já a Lei de Mediação GHWHUPLQD TXH DOpP GR UHIHULGR FHUWLÀFDGR GR FXUVR p SUHFLVR HVWDU formado há pelo menos 2 anos em um curso superior, exigência que, DSHVDUGHJDUDQWLULQGLYtGXRVFRPPDLRUH[SHULrQFLDSURÀVVLRQDOQmR ¼ -Ò1,25$VGUXEDO0HGLDomR2EULJDWyULDQR%UDVLO±$OJXQVGHVD¿RVSDUDRVXFHVVR'LVSRQtYHOHP£ §§ú ‰øø    “¥ ˆ ¥   ¢ §ˆ … ³ Ÿ§… •   ¥ “ž ˆ ¥ “³ ø… ù † Ÿüˆ ¦øÁ —  “ ™ ž   ¦ ¦ ˆ   ¥ ‰ ‘­ ø‘ ø‘— “ õ™ §“ ‘—  œ  ‘¿ œ · „ · “ ÑÒ Ô ÇÑ ÈÒ ÏÖÃ Ê Ã ÍÌÒÄÈÕ× 3HWHU3DQXWWRH0DUtOLD0RUDVFD0RQWHOHRQHØ Â×ÙÚÛÜÙÝÞß

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DVVHJXUD QHFHVVDULDPHQWH PDLRU FDSDFLGDGH GHVVHV SURÀVVLRQDLV HP atuar na mediação, atributo este que pode ser aprendido e aprimorado por meio de cursos de capacitação de mediadores e pela prática, poste-riormente.29

Não obstante o valor inegável da experiência em qualquer modalidade GHDWXDomRSURÀVVLRQDOFDEHREVHUYDUFRQWXGRTXHD QHPWRGRVRVSUR-ÀVVLRQDLVID]HPVXDSUySULDH[SHULrQFLDVHUDFRPSDQKDGDGHXPDUHÁH[mR crítica, que potencializaria em grande parte o aprendizado, mas muitas ve-zes terminam por atuar de forma automática e pouco criativa; b) é sem dú- YLGDYHUGDGHLUDDDÀUPDomRGHTXHKiGLIHUHQWHVFDPLQKRVSDUDRGHVHQ-volvimento pessoal, mas este pode passar, sobretudo num estágio inicial, SHORFRQKHFLPHQWRWHyULFRHWUHLQDPHQWRVSDUDHPVHJXLGDVHUHÁHWLUQD

prática, quando a pessoa se deparar com problemas e necessidades reais.30

Assim, a participação em curso de capacitação de mediadores seria um dos melhores critérios a ser exigido para se requerer a inscrição no cadastro nacional, desde que tais cursos tenham um modelo de ensino SHQVDGR SDUD IRUPDU SURÀVVLRQDLV SDUD LQWHUPHGLDU FRQÁLWRV FRQWUL-buindo no entendimento da controvérsia pelos mediandos, com foco no restabelecimento do diálogo. Importante ainda que os cursos de capaci-tação exijam a realização de um certo número de horas de atuação em sessões de mediação reais31, equivalente a um estágio, supervisionado por mediadores já experientes.

Deve ser considerada também a remuneração dos mediadores, pois esse fator será relevante para estimular a criação e permanência de um

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bom quadro de mediadores, devendo tal valor, contudo, ser proporcio-nal aos valores arcados pelas partes no tocante às custas e às demais despesas processuais. Caso haja necessidade, deverá ser concedido o já mencionado benefício da gratuidade da mediação, para não tornar este instrumento inacessível às camadas mais carente da população.

5) POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DO MODELO ARGENTINO NA IMPLEMENTAÇÃO DA MEDIAÇÃO NO BRASIL

$SRQWDGDVDOJXPDVTXHVW}HV HVWUXWXUDOHSURÀVVLRQDO TXHWUD]HP certa preocupação, pelo menos em um primeiro momento, é interessante destacar possíveis contribuições do modelo argentino de mediação na implementação do instituto consensual no Brasil.

Em um país de dimensões continentais, grande população e quanti-dade imensa de processos, não basta agilizar o processo judicial (...). Há que se implementar medidas mais profundas de redução da quantidade de causas. Por isso, tem-se buscado, outrossim, popularizar meios alternati-YRVGHVROXomRGHFRQÁLWRVLQVSLUDGRVPXLWDVYH]HVHPH[SHULrQFLDVEHP

sucedidas no exterior, visando desafogar o Poder Judiciário.32

A primeira característica do modelo argentino que poderia ser utilizada pelo Brasil seria o enfoque na mediação privada. Na Argentina a mediação é exclusivamente privada, de modo que, além de apenas ser permitido aos advogados formados há pelo menos três anos atuar como mediadores, a ten-tativa de mediação é feita nos próprios escritórios de advocacia, enquanto no sistema brasileiro, como demonstrado, o encargo de realizar as sessões de mediação ainda está muito concentrado no Poder Judiciário33. Assim,

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percebe-se que no modelo argentino presa-se pela mediação prévia, ou seja, antes mesmo de se ajuizar a ação judicial os interessados devem tentar a autocomposição, o que, sem dúvida, diminui a quantidade de processos ju-diciais, visto que se a mediação for exitosa, a parte autora nem sequer apre-sentará petição ao juízo, deixando de haver provocação do Poder Judiciário. No Brasil existe possibilidade da mediação privada (extrajudicial), na qual as partes interessadas procuram, por si só, um escritório ou câmara de mediação que auxilie na autocomposição, sem a necessidade de acionar o Poder Judiciário. Porém trata-se de uma faculdade das par-tes, o que, na maioria absoluta dos casos, acarreta no ingresso pela via jurisdicional obrigando o Poder Judiciário a criar enorme infraestrutura SDUDDWHQGHUDGHPDQGDSHORVPHLRVFRQVHQVXDLVGHVROXomRGHFRQÁLWR Nesse ponto o modelo argentino, ao deixar a iniciativa privada res-ponsável pela mediação, possibilitou que cerca de 30% das demandas QHPVHTXHUYmRSDUDR-XGLFLiULRVHQGRRFRQÁLWRUHVROYLGRMiQDPH-diação prévia (pré-processual)34. Assim, como bem aponta o advogado HSURIHVVRUDUJHQWLQR'U0DQXHO2VYDOGR&REDVVROXFLRQDURFRQÁLWR pela mediação pré-judicialmente, sem ir a juízo, é algo que traz celerida-de para resolver a controvérsia e também benefícios econômicos, tanto para as partes quanto para o próprio advogado mediador, pois aqueles WHUmRDSRVVLELOLGDGHGHVROXFLRQDUVHXFRQÁLWRGHPDQHLUDPDLVFpOHUH e menos custosa35.

Nota-se que o Brasil não aproveitou esta vantagem do modelo ar-gentino, pois deixou às partes apenas a faculdade de tentar a mediação pré-processual. Talvez poderia ser adotado no Brasil a mesma obrigato-riedade de mediação pré-processual, deixando para o Poder Judiciário exercer a mediação apenas nos casos de direitos indisponíveis.

Há no sistema argentino apenas um cadastro nacional no qual os

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advogados precisam se inscrever para exercerem a função de media-dores, enquanto no modelo brasileiro o NCPC determinou a criação de dois tipos de cadastros, sendo um deles nacional, mantido pelo CNJ e outro relacionado a cada um dos Tribunais. Tal pluralidade de cadastros parece ser desnecessária, de modo que apenas a existência do cadastro nacional já dispensaria a necessidade de se criar cadastros locais para os tribunais.

Para resolver isso, nada impede, que

(...) do cadastro nacional, conste informação em relação a qual ou quais tribunais e comarcas pretende o mediador ou conciliador atuar. A partir de tais dados, que deverão ser disponibilizados aos tribunais locais, HVWHVSRGHUmRLGHQWLÀFDUDTXDLVPHGLDGRUHVHFRQFLOLDGRUHVSRGHUmRVHU

distribuídas as causas em tramitação naquele órgão.

Além disso, a manutenção de tais cadastros setoriais demanda “alo-cação de equipamentos eletrônicos, de pessoal e, portanto, de recursos, RTXHDRQRVVRYHUQmRVyQmRVHMXVWLÀFDFRPRDLQGDJHUDLQFRQYHQLHQ-tes”, além de haver risco de exclusão de um mediador de um cadastro local e sua manutenção no cadastro nacional.37

6) CONSIDERAÇÕES FINAIS

Há de se reconhecer a importância do NCPC e da Lei de Mediação ao estabelecerem o sistema multiportas no Brasil, pois há necessidade de VHFULDUDFXOWXUDGHVROXomRGHFRQÁLWRVSRUGLYHUVDVIRUPDVGHYHQGRRV VXMHLWRVVHUHP´DWRUHVµQDVROXomRGRFRQÁLWRUHFRQKHFHQGRRXWUDVÀJX-UDVSDUDDOpPGRMXL]FDSD]HVGHFRQWULEXLUQDSDFLÀFDomR(QWUHWDQWR pecou o legislador brasileiro ao deixar a mediação extrajudicial apenas

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como uma faculdade das partes, insistindo na cultura paternalista de invocação da tutela jurisdicional. Desta forma, haverá o início de mais um processo judicial, com a movimentação de toda a máquina judiciária SDUDDVROXomRGHVWHFRQÁLWR0HVPRTXHRFRQÁLWRVHMDVROXFLRQDGRQD audiência inicial de mediação, haverá necessidade de designação da au-diência, citação do réu, intimação da parte autora, designação de media-dor e posterior homologação da mediação realizada, caso frutífera. Sem contar a necessidade de aparelhamento do Poder Judiciário para aten-GHUDFUHVFHQWHGHPDQGDGRVLVWHPDPXOWLSRUWDVGHVROXomRGHFRQÁLWR seja no tocante à infraestrutura, seja quanto à criação e manutenção de bons quadros de mediadores.

Por todo o exposto, há necessidade de adequações para o sistema EUDVLOHLURGHPHGLDomRVHULPSOHPHQWDGRGHPDQHLUDPDLVHÀFD]SDUD que tanto operadores do Direito, como a sociedade e o Estado passem a HQ[HUJDUDPHGLDomRFRPRXPPHLRSOHQRGHUHVROYHUVHXVFRQÁLWRVGH interesse, sem a necessidade de recorrer à via adjudicatória, estimulan-do-se a mediação que tem o potencial de resolver controvérsias de forma mais rápida, adequada e menos custosa, tanto para as partes, como para o Estado.

De todo modo, talvez seja necessário um tempo de aplicação dos dis-positivos do NCPC e da Lei de Mediação para que seja criada a cultura GDSRVVLELOLGDGHGHVROXomRH[WUDMXGLFLDOGRFRQÁLWRSDUDTXHHPXP segundo momento, seja incorporada a característica do modelo argen-tino da obrigatoriedade da realização da mediação extrajudicial como condição para a propositura da ação judicial.

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REFERÊNCIAS

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BASÍLIO, Ana Tereza Palhares. Projeto de Lei da Mediação Obrigatória e DEXVFDGDSDFLÀFDomRVRFLDO. Revista de Arbitragem e Mediação. Vol. 4, n. SDEUMXQ6mR3DXOR(G57

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Civil 'LiULR 2ÀFLDO GD 5HS~EOLFD )HGHUDWLYD GR %UDVLO %UDVtOLD  PDU

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