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Actividade física, prática desportiva, consumo de alimentos, de tabaco e de álcool dos adolescentes portugueses

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Nuno Corte-Real é doutor em Ciências do Desporto, professor auxiliar da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Portugal.

Isabel Balaguer é doutora em Psicologia, professora catedrática da Faculdade de Psicologia da Universidade de Valência, Espanha. Cláudia Dias é doutora em Psicologia do Desporto, professora auxiliar da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Portugal.

Rui Corredeira é mestre em Ciências do Desporto, assistente da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Portugal. António Fonseca é doutor em Ciências do Desporto, professor associado da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto, Portugal.

Submetido à apreciação: 30 de Outubro de 2007 Aceite para publicação: 12 de Agosto de 2008

Actividade física, prática desportiva,

consumo de alimentos, de tabaco

e de álcool dos adolescentes portugueses

NUNO CORTE-REAL ISABEL BALAGUER CLÁUDIA DIAS RUI CORREDEIRA ANTÓNIO FONSECA

Este estudo teve como principal objectivo analisar, em fun-ção do sexo e da idade, os seguintes comportamentos rela-cionados com a Saúde dos adolescentes portugueses: activi-dade física e prática desportiva — consumo de alimentos — consumo de tabaco — consumo de bebidas alcoólicas. Métodos: Participaram 8480 adolescentes portugueses com idades entre os 12 e os 20 anos que responderam ao «Inven-tário de comportamentos relacionados com a Saúde dos adolescentes» desenvolvido por Corte-Real, Balaguer e Fonseca (2004).

Resultados: Três em cada dez adolescentes revelaram ter actividade física e prática desportiva regular, seis em cada dez tinham consumos regulares de alimentos saudáveis, três em cada dez tinham consumos reduzidos de alimentos não saudáveis, oito em cada dez não consumiam tabaco e seis em cada dez não consumiam bebidas alcoólicas. Os

rapazes eram mais activos do que as raparigas, consumiam mais alimentos não saudáveis e bebidas alcoólicas. As rapa-rigas consumiam mais alimentos saudáveis e não foram encontradas diferenças no consumo de tabaco. Os mais velhos apresentaram mais comportamentos de risco do que os mais novos.

Conclusões: Confirmando-se neste estudo em adolescentes portugueses a elevada percentagem de jovens que apre-senta comportamentos de risco para a Saúde e sendo tam-bém uma evidência que os comportamentos de risco aumentam muito com a idade, em ambos o sexos, é neces-sário aprofundar a intervenção sobre estas temáticas junto dos jovens.

Por outro lado, observando-se uma grande variabilidade nos resultados dos diferentes estudos, por um lado devido às características da adolescência e, por outro lado, devido aos diferentes métodos de análise dos comportamentos, é importante dar continuidade ao estudo dos estilos de vida dos adolescentes, realizando estudos longitudinais, pois para intervir é preciso conhecer a realidade em cada con-texto e a forma como os adolescentes, nas diferentes fases até serem adultos, se relacionam com a sua Saúde. Palavras-chave: adolescentes; saúde; actividade física; des-porto; consumo de alimentos, de tabaco e de álcool.

1. Introdução

É cíclico e tem acompanhado a evolução da humani-dade. As mudanças de século e, neste caso, de milé-nio, são períodos especiais e diferentes. Acrescente-se

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neste caso, relativamente a outras mudanças de século, as particularidades do século XX: o ser humano evoluiu a uma velocidade sem precedentes, o conhecimento global cresceu a um ritmo alucinante e a evolução tecnológica todos os dias dá-nos novos instrumentos (Castells, 2003; Perinat, 2003). Tal como a fase especial da Humanidade em que vivemos actualmente, também se pode considerar a adolescência como uma especial e importante fase da vida humana (Sprinthall e Collins, 2003). Especial porque é diferente, com tudo a mudar e os momentos a serem todos vividos de uma forma muito intensa (Weichold e Silbereisen, 2005). Importante, porque se sabe que é nesta fase que se alicerça muito do futuro de cada um de nós, talvez por ser uma fase intermédia de passagem da infância até ao ser adulto (Hamburg et al., 1993). Sobre a adolescência, pode--se ainda referir que estamos perante uma etapa da vida humana com contornos diferentes de qualquer outra etapa em que, a par de todas as transformações biológicas, ocorrem diversas instabilidades do foro psicológico (Rodríguez-Tomé, 2003).

Continuando a olhar para a época em que vivemos, pode-se referir que, depois de no século passado se terem controlado uma grande parte das doenças infecciosas, surgiu uma nova «epidemia», desta vez não infecciosa mas sim comportamental (Lalonde, 1974). Esta epidemia comportamental tem como con-sequências inúmeras doenças causadas por aquilo que se pode chamar de comportamentos de risco — tabagismo, consumo de álcool, alimentação desequi-librada, obesidade, sedentarismo, entre outros, são factores de risco (Portugal. Ministério da Saúde, 2004; OMS, 2002; Steptoe e Wardle, 2004). Assim, e numa primeira análise, pode-se salientar a obesidade, doença intimamente ligada à alimentação desajustada e ao sedentarismo e que é actualmente considerada como um dos mais graves problemas de Saúde Pública, sendo mesmo chamada a epidemia global do século XXI, tal a dimensão e gravidade da situação (Carmo, 2001). Olhando para Portugal, con-forme vem descrito no Programa Nacional de Com-bate à Obesidade, verifica-se que existe uma elevada prevalência de obesidade e que a taxa de crescimento anual é preocupante. A título de exemplo, pode-se referir que a prevalência média de pré-obesidade e obesidade em 2004 era, nas crianças dos 7 aos 9 anos, de cerca de 32%, com as raparigas a apresentarem valores superiores aos rapazes (Portugal. Ministério da Saúde. DGS, 2005).

Relativamente à actividade física, num estudo euro-peu realizado pela OMS (OMS, 2002) constatou-se que 41% da população europeia não era

suficiente-melhores resultados; em contrapartida, em Portugal, país pior classificado neste estudo, a percentagem de indivíduos não activos fisicamente era de 70%). Constatou-se ainda que as mulheres praticavam des-porto com menor regularidade do que os homens e durante menos tempo. Dados semelhantes foram igualmente encontrados em Portugal, nomeadamente nos estudos realizados pela equipa coordenada por Margarida Matos, onde se constatou, para além da grande percentagem de jovens que não eram activos fisicamente, que os rapazes e os mais novos pratica-vam com maior regularidade actividade física e des-porto (Matos et al., 2003).

Relativamente aos outros dois comportamentos que foram objecto de estudo nesta investigação (i.e., o consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas), pode-se referir que a OMS (OMS, 2006) estima que actual-mente morrem por ano 4,9 milhões de pessoas como consequência do consumo de tabaco. Calcula-se ainda que em 2030 esse número aumente para 10 milhões. Sobre o consumo de bebidas alcoólicas, mais de 55 000 jovens europeus morrem todos os anos devido ao consumo excessivo; aliás, na Europa, 9% da mortalidade tem como causa o álcool. Acres-cente-se ainda que Portugal é, no Mundo, um dos países com maior consumo de álcool «per capita», na população adulta (OMS, 2001).

A necessidade de monitorização destes comporta-mentos relacionados com a Saúde, que se constituem como causas principais das doenças que maior número de mortes provocam, bem como de situações de incapacidade, perda de qualidade de vida, consul-tas, internamento e abstencionismo, esteve na origem da realização deste estudo com estas variáveis.

2. Material e métodos

2.1. Amostra

Participaram neste estudo 8480 jovens (52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino) que frequenta-vam escolas do 3.o ciclo e do ensino secundário estando representados todos os anos de escolaridade destes ciclos do ensino português.

As escolas onde foram recolhidos dados eram de várias regiões de Portugal Continental e da ilha da Madeira, pertencendo 43% da amostra à zona litoral do nosso país, 46% ao interior e os restantes 11% à ilha da Madeira

A média das idades dos jovens inquiridos era de 15,49 anos (desvio padrão de ±1,72 anos), tendo os mais novos 12 anos e os mais velhos 20 anos. Neste

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14-15 anos (36%); 16-17 anos (36%) e 18-20 anos (14%).

2.2. Instrumento

Para a recolha de dados foi utilizado o «Inventário de comportamentos relacionados com a saúde dos adolescentes» desenvolvido por Corte-Real, Balaguer e Fonseca (2004). Este inventário permite recolher um conjunto alargado de informações sobre os comportamentos relacionados com a Saúde dos adolescentes e foi elaborado a partir questioná-rio utilizado no Estudo Europeu «The Health Behavior Schoolchildren (HBSC): a OMS cross-national survey» (Inventário de condutas de saúde em meio escolar), desenvolvido originalmente por Wold em 1995. O HBSC é um questionário especí-fico para adolescentes que recolhe um grande número de variáveis relacionadas com os estilos de vida. No desenvolvimento do inventário que usá-mos nesta investigação, utilizáusá-mos uma adaptação deste instrumento a partir do questionário utilizado por Balaguer (2002).

2.3. Variáveis consideradas

na análise dos comportamentos

Com base nas respostas dos jovens às diferentes questões constituíram-se três grupos para cada um dos comportamentos (ver Quadro I):

Grupo I — com comportamentos que se pudessem considerar como representativos de risco elevado para a Saúde dos adolescentes (CRE);

Grupo II — com comportamentos que se pudessem considerar como representativos de risco moderado para a Saúde dos adolescentes (CRM);

Grupo III — com comportamentos que se pudessem considerar como protectores da Saúde dos adolescen-tes (CPS).

Acrescente-se ainda que na análise da actividade física e da prática desportiva se considerou a frequência e duração de cada sessão — na actividade física consi-deraram-se actividades como andar, trabalhar, realizar tarefas domésticas; na prática desportiva considerou-se a prática de modalidades desportivas; no consumo de alimentos saudáveis considerou-se a frequência média

Quadro I

A actividade física, a prática desportiva, o consumo de alimentos, de tabaco e de bebidas alcoólicas. Diferentes níveis considerados neste estudo

Variáveis Grupos Níveis

Actividade física e prática desportiva CRE Actividade física/prática desportiva inexistente

CRM Actividade física/prática desportiva reduzida (pratica, no máximo, duas a três vezes por semana menos 20 min/sessão)

CPS Actividade física/prática desportiva regular(pratica, pelo menos, duas a três vezes por semana mais de 20 min./sessão) Consumo de alimentos saudáveis CRE Consumo inexistente ou muito irregular

CRM Consumo irregular (em média 1 a 3 dias semana) CPS Consumo regular (em média 4 a 6 dias semana) Consumo de alimentos não saudáveis CRE Consumo regular (em média 4 a 6 dias semana) CRM Consumo irregular (em média 1 a 3 dias semana)

CPS Consumo inexistente ou muito irregular Consumo de tabaco CRE Consumo regular (diário)

CRM Consumo irregular(no máximo, semanal) CPS Consumo inexistente

Consumo de bebidas alcoólicas CRE Consumo regular (no mínimo, duas a três vezes por semana) CRM Consumo irregular (no máximo, uma vez por semana)

CPS Consumo inexistente ou, no máximo, consumo esporádico (menos de uma vez por mês)

CRE — Comportamento de risco elevado; CRM — Comportamento de risco moderado; CPS — Comportamento protector de Saúde

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semanal de seis alimentos (leite, iogurte, fruta, legu-mes/hortaliças, peixe e sopa); no consumo de alimen-tos não saudáveis considerou-se a frequência média semanal de seis alimentos (café, doces/chocolates, re-buçados/gomas, batatas fritas, hambúrgueres/salsichas e refrigerantes); no consumo de tabaco e de bebidas alcoólicas considerou-se a frequência dos consumos (ver Quadro I).

3. Resultados

3.1. Actividade física

Na análise da actividade física (Quadro II), verificá-mos que nos escalões dos 12-13 e dos 14-15 anos os rapazes eram mais activos do que as raparigas (com

as diferenças a serem estatisticamente significativas) situação que já não se verificava nos escalões dos mais velhos, a partir dos 16 anos. Por outro lado, na análise ao longo da idade, em cada um dos sexos, não encontrámos diferenças estatisticamente signifi-cativas, no entanto, nas raparigas a actividade física aumentava com a idade e nos rapazes mantinha-se nos mesmos níveis.

3.2. Prática desportiva

Como se pode verificar no Quadro III, os rapazes praticavam desporto com maior regularidade do que as raparigas em todos os escalões etários (com as diferenças a serem estatisticamente significativas em todos os escalões). Os mais novos eram ligeiramente

Quadro II

Distribuição dos alunos pelos diferentes níveis actividade física em função do sexo e da idade

12-13 anos 14-15 anos 16-17 anos 18-20 anos

Grupos Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

% (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n)

CRE 10 (53) 10 (59) 10 (132) 10 (245) 11 (152) 10 (152) 11 (55) 8 (49) CRM 53 (269) 62 (350) 54 (710) 61 (890) 55 (750) 58 (862) 54 (286) 58 (356) CPS 37 (190) 28 (157) 36 (479) 29 (417) 34 (466) 32 (472) 35 (185) 34 (207) g.l. = 2 χ2= 11,383 p = 0,003 χ2= 19,007 p < 0,001 χ2= 2,946 p = 0,229 χ2= 2,730 p = 0,255

CRE — Comportamento de risco elevado; CRM — Comportamento de risco moderado; CPS — Comportamento protector de Saúde

Quadro III

Distribuição dos alunos pelos diferentes níveis de prática desportiva em função do sexo e da idade

12-13 anos 14-15 anos 16-17 anos 18-20 anos

Grupos Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

% (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n)

CRE 6 (35) 21 (131) 5 (78) 16 (245) 5 (79) 19 (308) 6 (34) 23 (147) CRM 55 (310) 59 (371) 55 (799) 64 (999) 59 (883) 64 (1007) 57 (318) 62 (396) CPS 39 (217) 20 (128) 40 (579) 20 (317) 36 (531) 17 (263) 37 (206) 15 (99) g.l. = 2 χ2= 80,324 p < 0,001 χ2= 181,768 p < 0,001 χ2= 231,925 p < 0,001 χ2= 111,271 p < 0,001

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mais activos do que os mais velhos, mas as diferen-ças eram estatisticamente significativas apenas no sexo feminino (χ2= 27,789; p < 0,001; no sexo mas-culino — χ2= 7,369; p = 0,288).

3.3. Consumo de alimentos saudáveis

Quando se fez a análise das diferenças entre os rapa-zes e as raparigas nos vários escalões etários, verifi-cou-se que os rapazes consumiam em menor percen-tagem do que as raparigas os alimentos saudáveis em todos os escalões etários, embora só existissem dife-renças estatisticamente significativas no escalão dos 16-17 anos (Quadro IV).

Olhando para cada um dos sexos separadamente, à medida que a idade avançava observou-se que as dife-renças encontradas eram estatisticamente significativas

apenas no sexo masculino (χ2= 20,830; p = 0,002; no sexo feminino — χ2= 9,644; p = 0,140). Repare-se, no entanto, que em ambos os sexos diminuía nos mais velhos a percentagem de jovens que apresentava com-portamentos protectores de Saúde neste comporta-mento.

3.4. Consumo de alimentos não saudáveis

A mesma análise, mas relativa ao consumo de ali-mentos não saudáveis, revelou que os rapazes, em todos os escalões, consumiam com mais frequência do que as raparigas os alimentos não saudáveis, con-forme se pode observar no Quadro V. As diferenças encontradas eram estatisticamente significativas em todos os escalões etários. Verificou-se ainda que no sexo masculino aumentava apenas ligeiramente nos

Quadro IV

Distribuição dos alunos pelos diferentes níveis de consumo de alimentos saudáveis em função do sexo e da idade

12-13 anos 14-15 anos 16-17 anos 18-20 anos

Grupos Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

% (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n)

CRE 11 (63) 8 (53) 10 (151) 9 (137) 9 (141) 9 (138) 9 (51) 10 (61) CRM 28 (159) 27 (169) 32 (467) 32 (499) 37 (549) 30 (478) 39 (215) 33 (215) CPS 61 (340) 65 (408) 58 (838) 59 (925) 54 (803) 61 (962) 52 (292) 57 (366) g.l. = 2 χ2= 3,481 p = 0,175 χ2= 2,382 p = 0,304 χ2= 16,925 p < 0,001 χ2= 3,351 p = 0,187

CRE — Comportamento de risco elevado; CRM — Comportamento de risco moderado; CPS — Comportamento protector de Saúde

Quadro V

Distribuição dos alunos pelos diferentes níveis de consumo de alimentos não saudáveis em função do sexo e da idade

12-13 anos 14-15 anos 16-17 anos 18-20 anos

Grupos Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

% (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n)

CRE 23 (131) 14 (91) 26 (385) 17 (257) 27 (401) 12 (198) 24 (132) 12 (76) CRM 49 (275) 47 (294) 50 (728) 48 (751) 51 (761) 49 (770) 52 (293) 45 (291) CPS 28 (156) 39 (245) 24 (343) 35 (553) 22 (331) 39 (610) 24 (133) 43 (275) g.l. = 2 χ2= 23,793 p < 0,001 χ2= 71,529 p < 0,001 χ2= 149,333 p < 0,001 χ2= 58,914 p < 0,001

CRE — Comportamento de risco elevado; CRM — Comportamento de risco moderado; CPS — Comportamento protector de Saúde

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mais velhos o consumo de alimentos não saudáveis (as diferenças não eram estatisticamente significati-vas — χ2= 9,484; p = 0,148), enquanto que no sexo feminino baixavam esses consumos a partir dos 15 anos (as diferenças eram estatisticamente significati-vas — χ2= 19,538; p = 0,003).

3.5. Consumo de tabaco

Na análise deste consumo (ver Quadro VI), é interes-sante notar que não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os sexos em nenhum escalão etário. Por outro lado, podemos ainda verificar que as diferenças encontradas nos escalões etários apresentavam valores estatistica-mente significativos em ambos os sexos com os mais novos a revelarem menor regularidade no consumo

(no sexo masculino — χ2= 258,854

; p < 0,001; no sexo feminino — χ2= 199,221; p < 0,001).

3.6. Consumo de bebidas alcoólicas

A tendência encontrada na análise deste comporta-mento indica que os rapazes consumiam mais do que as raparigas em todos os escalões etários, conforme se pode verificar no Quadro VII. As diferenças encontra-das entre os sexos eram estatisticamente significativas em todos os escalões etários. Por outro lado, tal como no consumo de tabaco, também no consumo de bebi-das alcoólicas, observa-se um grande aumento da regularidade do consumo com a idade, sendo as dife-renças, em ambos os sexos, estatisticamente significa-tivas (no sexo masculino — χ2= 338,892; p < 0,001; no sexo feminino — χ2= 168,743; p < 0,001).

Quadro VI

Distribuição dos alunos pelos diferentes grupos de consumo de tabaco em função do sexo e da idade

12-13 anos 14-15 anos 16-17 anos 18-20 anos

Grupos Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

% (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n)

CRE 1 (8) 2 (13) 6 (82) 6 (89) 14 (215) 14 (211) 23 (129) 19 (123) CRM 4 (21) 5 (30) 10 (148) 10 (156) 13 (197) 11 (180) 11 (62) 13 (81) CPS 95 (533) 93 (587) 84 (1226) 84 (1316) 73 (1081) 75 (1187) 66 (367) 68 (438) g.l. = 2 χ2= 1,508 p = 0,470 χ2= 0,029 p = 0,985 χ2= 3,408 p = 0,182 χ2= 3,064 p = 0,216

CRE — Comportamento de risco elevado; CRM — Comportamento de risco moderado; CPS — Comportamento protector de Saúde

Quadro VII

Distribuição dos alunos pelos diferentes níveis de consumo de bebidas alcoólicas em função do sexo e da idade

12-13 anos 14-15 anos 16-17 anos 18-20 anos

Grupos Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino Masculino Feminino

% (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n) % (n)

CRE 5 (28) 1 (8) 8 (118) 3 (54) 16 (240) 5 (80) 25 (140) 6 (37) CRM 18 (99) 16 (97) 27 (391) 25 (385) 37 (551) 36 (569) 41 (227) 37 (238) CPS 77 (435) 83 (525) 65 (947) 72 (1122) 47 (702) 59 (929) 34 (191) 57 (367) g.l. = 2 χ2=15,741 p < 0,001 χ2= 35,050 p < 0,001 χ2= 109,614 p < 0,001 χ2= 110,371 p < 0,001

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4. Discussão

4.1. Actividade física e prática desportiva

Os resultados observados na análise da actividade física e da prática desportiva, estão na linha de mui-tas outras investigações realizadas tanto em Portugal, como internacionalmente. Assim, após a leitura de diferentes estudos foi possível verificar que os índi-ces de actividade física e de prática desportiva são muito variáveis de país para país e mesmo de estudo para estudo, situação que tem sobretudo a ver com os critérios de análise adoptados em cada estudo. De qualquer forma, Portugal é um dos países que parece apresentar piores resultados no que diz respeito à regularidade com que os jovens fazem actividade física e praticam desporto.

Neste estudo, foi possível verificar que aproximada-mente um terço dos rapazes e das raparigas referi-ram prática regular de actividade física, sendo os rapazes mais activos nos escalões dos mais novos; por outro lado, quando considerámos a prática des-portiva, verificámos que aproximadamente um em cada vinte dos rapazes e uma em cada cinco das raparigas referiram ausência de prática desportiva fora da Escola. Sobre a regularidade da prática, não sendo possível comparar com rigor as percentagens obtidas em cada um dos estudos consultados (pelas razões atrás apontadas), pode-se, no entanto, com-parar as tendências que mostram em todos os estu-dos que os rapazes eram mais activos do que as raparigas e que os mais novos também eram mais activos do que os mais velhos (Balaguer e Castillo, 2002; Currie et al., 2004; Matos et al., 2003; OMS, 2002). Conclusões semelhantes são também descri-tas, por exemplo, pelo Centers for Disease Control and Prevention (CDC) (2006), entre outras institui-ções que, um pouco por todo o mundo, têm inves-tigado este comportamento.

Ainda sobre a regularidade da prática desportiva, saliente-se o grande número de jovens que não pra-ticam desporto pelo menos dentro dos limites míni-mos que são, hoje em dia, recomendados: no mínimo trinta minutos de actividade física moderada pelo menos cinco dias por semana; relativamente aos ado-lescentes aconselha-se ainda a participação em activi-dades físicas com intensidade de moderada a vigo-rosa pelo menos três vezes por semana, no mínimo vinte minutos em cada sessão (CDC, 2006). Uma vez que é difícil determinar com rigor as percentagens de jovens que atingem este mínimo de actividade física, pode-se apenas referir tendências e, sempre com algumas reservas, procurando determinar a percenta-gem de jovens que pelo menos se aproximem dos níveis mínimos recomendados.

Deste modo, neste estudo, foram encontrados 28% do total dos jovens inquiridos que referiram prática desportiva regular, no mínimo, duas a três vezes por semana, mais de vinte minutos por sessão. Se a esta prática desportiva, que era realizada fora da Escola, se acrescentar a participação nas aulas de Educação Física na Escola (duas vezes por semana), pode-se dizer que estes jovens apresentavam um nível de prática desportiva pelo menos dentro dos mínimos recomendados. Fazendo ainda referência às diferen-ças entre os sexos, pode-se dizer que havia muitos mais rapazes (38%) do que raparigas (18%) com estes níveis de prática. Por fim, verificou-se ainda neste estudo que a diminuição da regularidade da prática à medida que a idade avançava era mais evi-dente no sexo feminino do que no sexo masculino. Pode-se assim dizer, como síntese, que estamos muito longe de ver a prática desportiva generalizada, se não a todos, pelo menos à grande maioria dos jovens, que era o que devia acontecer dada a mais do que comprovada importância que o ser activo assume em todas as fases da nossa vida (Matos e Sardinha, 1999).

4.2. Consumo de alimentos saudáveis e não saudáveis

A exemplo do que sucedeu na análise da prática desportiva, também na análise deste comportamento, encontraram-se nos vários estudos que foram consul-tados diferentes metodologias que obrigam, mais uma vez, a procurar tendências e não tanto a compa-ração de percentagens.

Assim, é interessante observar as semelhanças obser-vadas entre os resultados deste estudo e do estudo de Matos et al. (2003) — as raparigas consumiam com maior regularidade os alimentos saudáveis e os rapa-zes consumiam em muito maior percentagem os mentos não saudáveis. Por outro lado, os hábitos ali-mentares pioravam à medida que avançava a idade, sobretudo nos rapazes.

Por fim, pode-se reforçar a ideia de que se está perante um comportamento de difícil avaliação rigo-rosa. Ainda assim, com base nos resultados deste estudo e depois da análise que foi feita aos diferentes estudos já referidos (Currie et al., 2004; Matos et al., 2003; OMS, 2002; Tomás e Atienza, 2002), pode-se salientar a grande irregularidade que existe no con-sumo dos diferentes alimentos uma vez que tanto se encontram percentagens altas de jovens que conso-mem com frequência alguns dos alimentos conside-rados saudáveis, como se encontram elevados consu-mos de alguns dos alimentos considerados não saudáveis. Saliente-se ainda a ideia de que as

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rapari-gas parecem ter, no geral, melhores hábitos alimen-tares do que os rapazes, sendo ainda nestes mais acentuada uma tendência para os hábitos alimentares piorarem quando a idade aumenta.

4.3. Consumo de tabaco

Os resultados que foram encontrados neste estudo estão de acordo com a maioria das conclusões obti-das nos outros estudos analisados, ou seja, os mais novos consumiam menos do que os mais velhos e não havia grandes diferenças nos consumos de tabaco nos dois sexos (Currie et al., 2004; Matos et

al., 2003; OMS, 2002; Tomás e Atienza, 2002).

No estudo de Matos et al. (2003), por exemplo, as percentagens de jovens que disseram que não fuma-vam eram praticamente iguais às que foram encontra-das neste estudo: 81% de rapazes e 82% encontra-das rapari-gas no estudo de Matos et al. (2003), 79% e 80% neste estudo. O mesmo se passava nas percentagens de jovens que fumavam todos os dias, com aproxi-madamente 10% em ambos os sexos.

Num estudo realizado em Valência (Espanha), por Tomás e Atienza (2002), refere-se, como nós, que os consumos pioravam em ambos os sexos quando a idade avançava; a diferença que notámos é que na comunidade valenciana as raparigas fumavam mais do que os rapazes.

Olhando para o estudo europeu HBSC (Currie et al., 2004) e também para o estudo da Comissão Europeia (2004), apesar das já referidas diferenças metodoló-gicas relativamente a este estudo, pode-se concluir que as tendências eram as mesmas, com os mais velhos a consumirem mais; refira-se, porém, que nestes estudos foram encontradas para Portugal maiores percentagens de jovens fumadores regulares, em ambos os sexos.

Verificou-se ainda que neste estudo e no estudo de Matos et al. (2003), os consumos de tabaco nos dois sexos eram muito parecidos, com os jovens rapazes portugueses a apresentarem consumos ligeiramente superiores aos das raparigas; já no HBSC (Currie et

al., 2004) constatou-se o contrário: aos 15 anos as

raparigas portuguesas consumiam tabaco com maior regularidade do que os rapazes, situação que também se verificava noutros países, nomeadamente em Espanha.

Em síntese, podemos dizer que não sendo um com-portamento de risco tão generalizado entre os adoles-centes como parece ser a inexistência de uma prática desportiva regular e o consumo desequilibrado de alimentos, foram encontrados cerca de 10% dos

Para além disso, parecendo verificar-se um enorme aumento do consumo à medida que a idade avança e sabendo-se hoje quais as consequências futuras deste hábito e das grandes dificuldades para sair deste vício, percebe-se bem o quanto é urgente a intervenção nesta temática junto dos jovens.

4.4. Consumo de bebidas alcoólicas

Observou-se neste estudo que dois terços dos jovens não consumiam bebidas alcoólicas habitualmente. No entanto, tal como no tabaco, foram encontrados cerca de 10% de jovens com consumos já regulares. Por outro lado, ao contrário do verificado no con-sumo de tabaco, os rapazes, em todos os escalões etários, consumiam mais bebidas alcoólicas do que as raparigas, mais concretamente, observou-se que 13% dos rapazes e apenas 4% das raparigas referiram consumos muito regulares. Por outro lado, constatou--se uma situação idêntica à do consumo de tabaco no que diz respeito à comparação dos consumos nos diferentes escalões etários em ambos os sexos, com os mais novos a consumirem muito menos do que os mais velhos. Estes resultados vêm de encontro aos dados que encontrámos nos outros estudos (Comis-são Europeia, 2004; Currie et al., 2004; Matos et al., 2003), uma vez que em todas as análises efectuadas se verificaram tendências iguais às deste estudo. De qualquer forma, foram encontradas percentagens diferentes que, no entanto, têm de ser relativizadas devido aos diferentes métodos de análise utilizados.

5. Conclusão

Os resultados observados neste estudo vêm confir-mar «a epidemia comportamental» a que se fazia referência na introdução, sugerindo que se tem não só que aprofundar os estudos sobre estas temáticas, como têm de ser realizados de forma contínua e sis-temática, de forma a se conseguir monitorizar os avanços e recuos, que são constantes. Por outro lado, reforça-se ainda a importância de se efectuarem estu-dos que relacionem os diferentes comportamentos, para assim melhor se conseguir perceber como são realmente os estilos de vida dos jovens. Por fim, e também muito importante, pode-se salientar a urgên-cia de se realizarem investigações que impliquem intervenção, de forma a que se possa falar não só de diagnósticos descritivos, mas também resultados assentes em metodologias de trabalho realizadas «no terreno», junto dos principais protagonistas — os

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Abstract

PHYSICAL ACTIVITY, SPORT PRACTICE, FOOD HABITS, TOBACCO AND ALCOHOL CONSUMPTION OF PORTUGUESE ADOLESCENTS

The purpose of this study was to examine, among Portuguese adolescents from different sex and age, the following health-related behaviors: physical activity, sport practice, food con-sumption, tobacco use and alcohol use.

Method: Participated in this study 8480 Portuguese adoles-cents, aged between 12 and 20 years, who filled out the «Ado-lescents’ Health-Related Behaviors Inventory» developed by Corte-Real, Balaguer and Fonseca (2004).

Results: Three in each ten adolescents practiced physical activ-ity and sport regularly, six in each ten adolescents consumed healthy food on a regular basis, three in each ten adolescents rarely consumed unhealthy food, eight in each ten adolescents didn´t use tobacco and six in each ten didn´t use alcohol. In comparison with girls, boys were more physically active, and consumed more unhealthy food and alcohol. Girls consumed more healthy food. There were no differences between sexes concerning tobacco use. Older adolescents engaged in more risk behaviors than younger adolescents.

Conclusions: This study confirmed the high percentage of Portuguese adolescents with health risk behaviors, showing that this kind of behaviors has a tendency to increase with age, in both sexes; thus, it is necessary to deepen the intervention around these thematic in young people. Additionally, taking into consideration that, because of adolescence characteristics and the distinct methodologies used to assess adolescents’ behaviors, there is a great variability in results from different studies, it is important to extend the study of adolescents’ life styles, conducting longitudinal research, since, to intervene, we need to be acquainted with each environment’s uniqueness and the way adolescents, in the different phases they undergo until adulthood, relate with their health.

Keywords: adolescents; health; physical activity; sport prac-tice; food habits, tobacco and alcohol use.

Referências

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