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PERFIL PRODUTIVO DE FÊMEAS E BEZERROS DO COMPOSTO BOVINO MARCHANGUS

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Academic year: 2021

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PERFIL PRODUTIVO DE FÊMEAS E BEZERROS DO COMPOSTO

BOVINO MARCHANGUS

Thiago A. de Macedo Castro 1, Marcelo Marcos Montagner 2, Luis Fernando G. de Menezes2 Jonathan Kauan de Oliveira 3, Thaiz Matoso Tirelli 3

1Bolsista de iniciação científica – Fundação Araucária, aluno do Curso de Zootecnia da Universidade

Tecnológica Federal do Paraná.

2 Professor do Curso de Zootecnia, UTFPR-DV

3 Aluno do Curso de Zootecnia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná.

Campus WWWW

Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR

Câmpus Dois Vizinhos, estrada para Boa Esperança, Km 4 – 85660-000

thiagomacedo_63@hotmail.com, montagner@hotmail.com, jonathankaoan@hotmail.com, thaa.tireli@hotmail.com

Resumo - O objetivo do trabalho foi avaliar o peso ao nascer (PN), peso à desmama (PD), eficiência materna

(EFM), ganho médio diário de bezerros (GMD) e escore de condição corporal e peso de vacas do projeto Marchangus. As análises estatísticas foram feitas através do programa (SAS, 2004). O peso ao nascer e a desmama de bezerros MZ50, Marchangus F1 e Marchangus F2 foram, respectivamente, 29,27; 35,29; 34,05 Kg para PN e 202,85; 168,24; 184,83 Kg para PD. A eficiência materna e a quantidade de Kg para atingir 0,5 pontos de escore corporal de vacas zebuínas, Marchigiana (MA) e Marchangus (MS) tiveram respectivos valores de 0,47; 0,29; 0,41 e 29,84; 38,80 e 49,91 Kg. O GMD de bezerros pesados aos 5 e aos 7meses foram de 0,775 e 0,695. Os Bezerros nascem fáceis e leves. As vacas zebuínas cruzadas com touros Marchangus fornecem eficiência materna próxima de 50% em fazenda de cria típica do Vale do Iguaçú. As vacas MS podem manter escore corporal mais facilmente do que vacas MA, sendo isso vantajoso para fertilidade em situações de balanço energético negativo. A raça Angus quando cruzada com Marchigiana produz fêmeas cruzadas Marchangus com menor tamanho, melhor eficiência materna e produção de leite do que as vacas Marchigiana Puras.

Palavras-chave: : peso ao nascer, híbrido, escore corporal, cruzamento, bovino.. Palavras-chave: Cruzamento; Melhoramento Genético; Híbrido, Raças.

Abstract - The data used are from São Marcos Ranch, Dois Vizinhos – PR, from 2009 to 2010.

It were used different genetic groups from the Marchangus Project. The aim was to evaluate the birth weight (BW), weaning weight (WW), maternal efficiency (MEF), average daily gain (ADG) and body condition score in cows. Statistical analyzes were performed using the program (SAS, 2004). Birth weight and weaning weight of MZ50, Marchangus Marchangus F1 and F2 calves were, respectively, 29.27, 35.29, 34.05 kg for BW and 202.85, 168.24 and

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184.83 kg for WW. MEF and the amount of Kg to increase 0.5 points of body condition of zebu, Marchigiana and Marchangus cows were 0.47, 0.29, 0.41and 29.84, 38.80 and 49.91 kg, respectively. ADG of calves weighed at 5 and 7 months were were 0.775 and 0.695. The MZ50 and MS calves born light and easy. The zebu cows crossed with Marchangus bulls show MEF close to 50% in tipical Iguassu Valley conditions of pastures. The MS cows can maintain better body conditions than MA cows, that can be an advantage in situation of negative energetic balance. The Angus Breed when crossed with Marchigiana produce crossbred females Marchangus smaller, with better MEF and milk production than purebreed Marchigiana cows.

Keywords: birth weight, maternal efficiency, body condition, weight gain, average daily gain, marchangus.

Keywords: (maximum six, separated by semicolon): Paper; Conference; Rules; Examples.

INTRODUÇÃO

O Brasil possui o maior rebanho comercial e é o maior exportador de carne bovina do mundo [1], mesmo em condições de mínimo desfrute da atividade devido à baixa produtividade. A pecuária de corte exige dos produtores máxima eficiência para garantia de retorno econômico e a utilização dos índices reprodutivos e produtivos como indicadores de desempenho do rebanho, possibilitando a antecipação, organização e melhoria nos eventos ligados à atividade [2].

Através do cruzamento ou de bovinos compostos, há possibilidade de se produzir animais mais precoces, maior capacidade de crescimento, fêmeas com maior habilidade materna e produção de melhores carcaças com carne de melhor qualidade do que se fossem apenas utilizados animais zebuínos [3,4,5]. Esse resultado em grande parte é proporcionado pela heterose, que representa o percentual pelo qual a média dos animais cruzados excede a média das duas ou mais raças puras envolvidas no cruzamento, para determinada característica medida [6].

O desenvolvimento do produto: composto Marchangus (½ Marchigiana + ½ Aberdeen Angus), envolvendo duas raças taurinas, de forma organizada, sistematizada e baseada em resultados científicos é uma atitude original no mundo. Com esta tecnologia se espera aliar e conquistar o equilíbrio entre a carcaça moderna, grande capacidade de crescimento, tolerância ao clima tropical da raça Marchigiana, com as características de qualidade de carne, habilidade materna, fertilidade, precocidade sexual e de acabamento de carcaça da raça Angus. Neste contexto se espera que a criação do composto Marchangus seja uma ferramenta para a melhoria dos índices produtivos, portanto é fundamental que se conheça algumas características do Marchangus e seus cruzamentos com outros grupos genéticos. O resultado do cruzamento do Marchangus (MS) com animais zebuínos ainda são pouco conhecidos, neste sentido o estudo de vários aspectos produtivos deste cruzamento é essencial para o manejo na busca de uma pecuária de corte cada vez mais produtiva e eficiente.

MATERIAIS E MÉTODOS

A criação do composto Marchangus está sendo realizada experimentalmente na fazenda São Marcos, localizada no encontro entre os rios Chopin e Dois Vizinhos, na comunidade Flor da Serra, município de Dois Vizinhos-Paraná. O Marchangus (½ Marchigiana + ½ Aberdeen Angus, Bos taurus) é formado com fêmeas da raça Marchigiana PO inseminadas com sêmen da raça Aberdeen Angus desde 2005. O clima da região é

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subtropical úmido Cfa segundo a classificação de Koppën, com temperatura média anual nos meses mais quente de 22o C e os mais frios inferior a 18oC, latitude de 25o 45’00” e longitude 53o 03’25”, apresentando precipitação média de 2.025mm/ano.

O plantel é constituído por fêmeas com diferentes graus de sangue: Tabanel (Tabapuã x Nelore, Z), Marchigiana (MA), Marchangus (MS). As vacas Z e MS foram cobertas por monta natural com touros MS, em uma estação de monta definida de quatro meses. Neste estudo participaram 123 vacas zebuínas, 14 vacas MS e 21 vacas MA com seus respectivos bezerros. Os animais foram criados em regime exclusivo de pastagens do gênero Cynodon (Estrela Africana) e também suplementados com sal mineral em uma lotação de aproximadamente 2 UA/ha.

O peso ao nascer (PN) foi obtido nas primeiras 24 horas de vida com o auxílio de balança de campo. No momento do diagnóstico de gestação foi obtido o peso das vacas, o escore de condição corporal (1 a 5) e o peso dos bezerros. O peso a desmama (PD) foi ajustado para os 205 dias de idade de bezerros e bezerras com nascimentos nos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, para essa padronização foi utilizado uma fórmula simples que consiste em dividir, o peso pela idade em dias do bezerro, multiplicando por 205. Os dados foram lançados no formulário de comunicação de nascimento, no qual fica registrado o dia do nascimento, peso ao nascer, nome do animal, tatuagem do bezerro, identificação da mãe e do pai. Esses dados são fundamentais para se saber a duração da gestação e controlar o peso ao nascer, que é um índice fundamental e melhoramento em gado de corte. As comparações dos pesos ao nascer, peso a desmama e a eficiência materna das vacas foram realizadas por meio de análise de variância e, as médias comparadas por meio do teste de Tukey (SAS, 2003).

RESULTADOS

Os aspectos zootécnicos dos bezerros Marchangus e MZ50 estão expostos na Tabela 1.

Tabela 1. Aspectos zootécnicos de bezerros MS nascido de vacas Marchigiana e Marchangus e de bezerros MZ50 nascidos de vacas Zebuínas.

Vacas Peso ao nascer Peso a desmama aos 205 dias Ef. Materna (%)

Zebu 29,27±0,4a 202,85±3,1a 0,47(±0,00)a

MS** 34,05±1,0b 184,8±9,3ab 0,41(±0,02)b

MA*** 35,29±0,8b 168,24±7,6b 0,29(±0,01)c

* EP: erro padrão da média p < 0,0001.

** Bezerros Marchangus F2 (Marchangus + Marchangus). *** Bezerros Marchangus F1 (Aberdeen Angus + Marchigiana).

Os bezerros Marchangus tiveram o PN em torno de 34 Kg de forma independente se a mãe era Marchigiana (MA) ou Marchangus (MS), os bezerros MZ50 tiveram o menor peso ao nascer entre os cruzamentos com média de 29kg.

O peso à desmama padronizado aos 205 dias após nascimento, foram maiores nos bezerros MZ50 com 202,85 Kg, já o peso ao desmame e a eficiência materna obtidos das matrizes MA foram os menores, 168,24 Kg e 29%, respectivamente. As matrizes Marchangus tiveram uma eficiência materna de 41%, sendo superiores as suas mães MA e desmamando bezerros mais pesados, entre as fêmeas avaliadas as zebuínas foram as que apresentaram melhor eficiência materna desmamando cerca de 47 % do seu peso vivo.

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Na Figura 1, observa-se que os bezerros obtiveram um maior ganho de peso diário até os cinco meses de idade com 775g/dia, não acrescentando o peso do bezerro ao nascer, pois ao ser incluso o PN se aumentou o (GMD) para 991g/dia. Dos cinco aos sete meses o GMD teve uma pequena queda, de 775g/dia para 0,695 g/dia.

Figura 1. Ganho de peso de bezerros Marchangus (MS) e MZ50 em diferentes meses de idade. Ganho diário com peso ao nascer incluso (GDPN), Ganho diário sem peso ao nascer (GD).

De acordo com a Figura 2, as vacas Marchigiana são as mais pesadas e para atingir meio ponto de escore corporal necessitam ganhar 38,80 Kg de peso vivo. Já as vacas MS necessitam ganhar 49,91 Kg. As fêmeas Marchigiana com uma menor perda de peso têm uma diminuição significativa de escore corporal.

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As vacas zebuínas apresentaram um menor peso por meio ponto de escore, sendo 29,84 Kg, mostrando também que são animais menores que as Marchigiana e Marchangus, e que conseguem em caso de baixo escore se recuperar mais rápido.

DISCUSSÕES

O PN do bezerro merece atenção, pois se apresenta como característica ligada ao vigor e a sobrevivência deste, sendo apontado como um dos fatores de maior importância sobre a mortalidade até 24 horas [7]. O composto Marchangus se mostra satisfatório nesta característica, com peso intermediário ao redor de 34,5Kg que foi semelhante ao encontrado por Perotto [8], ao observar o PN de 34,8Kg em bezerros cruzados (¼ Caracu + ¾ Charolês). Isso é muito importante para a pecuária de corte, no sentido de se obter baixos níveis de partos distócicos acarretados pelos altos PN. Os bezerros não devem nascer muito leves, também, pois alto vigor ao nascer é fundamental para a sobrevivências dos neonatos.

Já os bezerros MZ50 de vacas zebuínas tiveram o menor peso ao nascer entre os cruzamentos avaliados com 29 kg. Esse menor peso ao nascer se deve ao fato do cruzamento ter fêmeas zebuínas cruzadas com machos MS os quais tem se mostrado também animais com PN muito interessantes. Essa característica de baixo peso ao nascer da raça Nelore já foi relatada por outros autores: 28,5Kg [9] e 32,7Kg [10]. No mesmo trabalho de Cubas [9], avaliou-se também o cruzamento de nelore com MA com peso de 31,3 Kg, mostrando que as fêmeas zebuínas tendem a parir bezerros com PN reduzido mesmo cruzando com animais de grande porte como a MA.

O peso a desmama padronizado aos 205 dias foram maiores nos bezerros MZ50, os quais nasceram mais leves mostrando então um maior potencial de ganho de peso nesse cruzamento, isso pode ser explicado pela maior produção de leite e habilidade materna das vacas zebuínas em relação às MA e MS.

Espasandin [11], ao avaliar o cruzamento Angus x Nelore, Simental x Nelore obteve respectivamente 189 e 188 Kg de PD, inferiores ao MZ50, porém próximos aos bezerros nascidos de vacas Marchangus, os quais tiveram um peso a desmama de 184,82 Kg sendo mais leves que os bezerros MZ50 e mais pesados que os bezerros de vacas MA. Isso mostra que as matrizes MA não têm uma boa produção de leite além de produzir bezerros mais pesado ao nascimento. Cubas [9] avaliou o peso a desmama de bezerros nelores com cruza de Marchigiana e Red Angus encontrando respectivamente 162,0 Kg e 167,5 Kg, peso esse bem inferior ao encontrado neste trabalho, mostrando portanto o potencial de evolução da pecuária quando se realiza o cruzamento entre boas fêmeas com bons touros, de duas raças que fornecem grande heterose e complementariedade (Zebú + Marchangus), criados em boas pastagens e saudáveis.

De acordo com o resultado de peso a desmama e eficiência materna observamos que as matrizes MA tiveram os menores resultados 168 Kg e 29%, isto devido ao seu maior peso corporal e um menor peso ao desmame de sua progênie, prejudicando os índices do rebanho como a taxa de prenhes, onde vacas com um maior peso têm uma maior necessidade de mantença, conseqüentemente no período de amamentação perdem peso podendo assim não entrar em cio na próxima estação de monta [12].

As matrizes Marchangus tiveram uma eficiência materna de 41% sendo superiores as suas mães e desmamando bezerros mais pesados, isso porque o cruzamento com o Aberdeen Angus levou a uma diminuição do peso corporal e melhor produção de leite das fêmeas. Entre as fêmeas avaliadas as zebuínas foram as que apresentaram melhor eficiência materna 47 % mostrando que o cruzamento envolvendo animais Bos taurus x Bos indicus tem um melhor resultado comparados aos cruzamentos entre europeus, isso porque quanto maior for a diferença genética entre os indivíduos maior será a heterose ou o choque sangüíneo [12].

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Esses resultados superiores do composto MZ50 tanto na eficiência materna quanto no peso a desmama mostra que o Marchangus consegue imprimir seu potencial de ganho de peso e precocidade aliado a rusticidade e a habilidade materna das fêmeas zebuínas [12].

Os bezerros obtiveram um maior ganho de peso diário até os cinco meses de idade com um ganho de 775 g/dia, não acrescentando o peso do bezerro ao nascer, pois ao ser incluso aumentou o (GMD) para 991 g/dia. Já na pesagem realizada aos sete meses os bezerros apresentaram uma queda pouco significativa em relação a pesagem aos cinco meses com um ganho de 695 g/dia, resultado semelhante foi observado por Perotto [8], onde animais Caracu e cruzados com Charolês atingiram um ganho de 635e 645 g/dia até os sete meses. Cubas [9] avaliou animais nelore e seus cruzamentos com Marchigiana e Angus, os quais atingiram 0,510 Kg, 0,627 Kg e 0,583 Kg, respectivamente, para GMD, porém a partir dos sete meses houve uma queda significativa no ganho de peso onde os animais dos 7 aos 8 meses tiveram um menor ganho de 0,457 Kg.

Portanto criadores que não tem o auxílio de programas de melhoramento genéticos os quais calculam a idade, sexo e época de nascimento do bezerro, não devem ajustar o peso aos 205 dias para animais com mais de 30 dias de diferença de idade, pois os bezerros mais velhos vão ser prejudicados em relação aos de menor idade por isso não se deve comparar animais de cinco meses com animais de oito meses de idade. Com base nesses resultados, sugere-se o ajuste de peso a desmama seguindo a seguinte fórmula:

Figura 3. Fórmula sugerida para padronizar o peso a desmama aos 205 dias. x PN Idade PN PD P dias + − = 205 205

P205 refere-se ao peso aos 205 dias de idade PD refere-se ao peso à desmama

PN refere-se ao peso ao nascimento

Idade dias refere-se à idade em dias do bezerro no momento da desmama

As vacas MA foram as que apresentaram maior peso, resultado esperado já que são animais de grande porte e com excepcional capacidade de ganho de peso além de um notável desenvolvimento dos músculos e do quarto traseiro [12], assim para que atinjam meio ponto de escore corporal necessitam ganhar 38,80 Kg. Enquanto as vacas MS necessitam ganhar 49,91 Kg, essa diferença pode ser explicada pelo fato dessas terem uma maior deposição de gordura a qual exige um maior peso para se atingir escore, portanto são animais que têm acentuada perda de peso para baixar escore de condição corporal, e as MA com uma menor perda de peso tem uma diminuição significativa de escore. As vacas zebuínas apresentaram um menor peso por meio ponto de escore 29,84 Kg, mostrando também que são animais menores que as MA e MS, e que conseguem em caso de baixo escore se recuperar mais rápido.

Um bom escore de condição corporal, esta ligado com um menor tempo de retorno de cio, portanto é fundamental que se tenha um controle das vacas para que estejam com um peso ideal no pré parto podendo assim parir em boas condições e ter uma boa produção de leite não tendo um retardamento de cio, ou que deixem de apresentar cio durante a estação de monta.

CONCLUSÕES

O peso ao nascer dos bezerros MS e MZ50 é baixo, ideal para que se tenha baixas ocorrências de parto distócico no rebanho.

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O peso à desmama do composto MZ50 demonstra que o cruzamento entre touros Marchangus e vacas zebuínas fornece bezerros com adequado ganho de peso. Esse cruzamento fornece uma eficiência materna próxima de 50%, sendo, portanto uma excelente opção de cruzamento para fazendas de cria do Vale do Iguaçú. Em programas de seleção que levem em consideração o peso à desmama, o ajuste de peso aos 205 dias não deve ser feito em animais com mais de 30 dias de diferença em idade e o peso ao nascer deve ser descontando do peso à desmama para cálculo no ajuste aos 205 dias.

Vacas Zebuínas são mais eficientes como matrizes do que as vacas MS e essas mais que as MA, pois são menores e produzem mais leite. As fêmeas menores podem manter maior fertilidade em sistemas de baixa oferta de forragem no período peri e pós parto. As vacas MS podem manter escore corporal mais facilmente do que vacas MA, sendo isso vantajoso para fertilidade em situações de balanço energético negativo. A raça Angus quando cruzada com Marchigiana produz fêmeas cruzadas Marchangus com menor tamanho, melhor eficiência materna e produção de leite do que as vacas Marchigiana Puras.

AGRADECIMENTOS

Agradecemos a Fundação Araucária pela bolsa de Iniciação Científica e a fazenda São Marcos que possibilitou a realização destes experiementos.

REFERÊNCIAS

[1] MENEZES, L.F.G., MONTAGNER, M.M. (2008), “Cruzamento na bovinocultura de corte”, In: MARTIN, T.M., ZIECH, M. Sistemas de produção agropecuária. Dois Vizinhos. Anais... Dois Vizinhos, UTFPR, 2008. cap. 9. p. 145-163.

[2] TORRES-JÚNIOR, JOSÉ, R. S.; MELO, WALDJANIO, O.; ELIAS, ACAÍNA, K. S.; RODRIGUES, LAURENA S.; PENTEADO, LUCIANO; BARUSELLI PIETRO S. Considerações técnicas e econômicas sobre reprodução assistida em gado de corte. Revista Brasileira de Reprodução Animal, v.33, n.1, p.53-58, 2009.

[3] CUNDIFF, L.V.; GREGORY, K.E.; WHEELER, T.L. et al. Germplasm Evaluation Program, Progress Report n. 19. USDA – Roman L. Hruska U.S. Meat Animal Research Center, 2000, p. 1-12.

[4] CUNDIFF, L.V.; WHEELER, T.L.; SHACKELFORD, S.D. et al. Germplasm Evaluation Program, Progress Report n. 20. USDA – Roman L. Hruska U.S. Meat Animal Research Center, 2001, p. 1-13.

[5] CUNDIFF, L.V.; WHWLEER, T.L.; GREGORY, K.E. et al. Germplasm Evaluation Program, Progress Report n. 22. USDA – Roman L. Hruska U.S. Meat Animal Research Center, 2004, p. 1-16.

[6] BRINKS, J. S. Utilizing breeds Differences in developing composites. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE MELHORAMENTO ANIMAL, Anais... Ribeirão Preto: SBMA, p.1-9, 1996.

[7] SCHMIDEK, A. Habilidade Materna e Aspectos Relacionados à Sobrevivência de Bezerros: Valores Ótimos nem Sempre são Valores Extremos. ABCZ, Uberaba, n. 21, p. 72-75, jul-ago 2004.

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[8] PEROTTO, DANIEL; CUBAS, ANTÔNIO C.; MOLETTA, JOSÉ L.; LESSKIU, CARLOS. Pesos ao Nascimento e à Desmama e Ganho de Peso do Nascimento à Desmama de Bovinos Charolês, Caracu e Cruzamentos Recíprocos. Revista Brasileira de Zootecnia. v.27 n.4 p.730-737, 1998.

[9] CUBAS, ANTONIO, C.; PEROTTO, DANIEL; ABRAHÃO, JOSÉ, J.; MELLA, SÍLVIO, C. Desempenho até a Desmama de Bezerros Nelore e Cruzas com Nelore. Revista Brasileira de Zootecnia, v.30 n.3 p.694-701, 2001.

[10] MARTINS, GABRIMAR, A.; FILHO, RAIMUNDO, M.; LIMA, FRANCISCO, A. M.; LÔBO, RAIMUNDO, N. B. Influência de Fatores Genéticos e de Meio sobre o Crescimento de Bovinos da Raça Nelore no Estado do Maranhão. Revista Brasileira de Zootecnia, v.29 n.1 p.103-107, 2000

[11] ESPASANDIN ANA, C.; PACKER, IRINEU, U.; ALENCAR, MAÚRICIO, M. Produção de Leite e Comportamento de Amamentação em Cinco Sistemas de Produção de Gado de Corte. Revista Brasileira de Zootecnia, v.30 n.3 p.702-708, 2001.

[12] MONTAGNER, Marcelo Marcos. Sistemas de produção agropecuária. Curitiba: Editora UTFPR. 2010. p. 89-109.

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