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V TEMPORADA DE MÚSICA DO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO. 26.Março Salão Nobre do IST - 21h30

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26.Março.2012

Salão Nobre do IST - 21h30

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PROGRAMA

Florent Schmitt (1870-1958) – Lied et Scherzo, Op. 54

Trompa – Gabriel Correia Direcção – Samuel Pascoal

G. Enescu (1881-1955) – Dixtuor, Op. 14

I – Doucement mouvementé II – Tempo de menuet Lent III – Allègrement

Direcção – António Rosado (I), Élio Frois (II), Alberto Lages (III)

Antonín Dvořák (1841-1904) – Serenade in D minor, Op. 44 I – Moderato, quasi marcia

II – Minuetto. Tempo di minuetto III – Andante com moto

IV – Finale. Allegro molto

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NOTAS DE PROGRAMA

O presente concerto pretende apresentar algumas das obras que se tornaram verdadeiros diamantes da música para Sopros.

As obras de Florent Schmitt e George Enescu utilizam uma formação de 2 flautas (com utilização do flautim), 2 oboés (com utilização de corne inglês), 2 clarinetes, 2 fagotes e 2 trompas. No caso de Antonín Dvořák esta formação sofre uma ligeira alteração, sendo as flautas “substituídas” por um violoncelo e um contrabaixo de cordas, havendo ainda um reforço de uma terceira trompa. Dos três compositores citados, o menos sonante será por certo Florent Schmitt. Este compositor e exímio pianista francês foi reconhecido por Igor Stravinsky, o qual considerou em 1912 a sua La tragédie de

Salomé uma das obras-primas da música moderna.

Florent Schmitt foi membro do Club des Apaches, no qual se incluía também Maurice Ravel, André Caplet e outros artistas na década de 1920. Das suas obras para sopros, são hoje em dia referência o Lied et Scherzo, op. 54, escrita em 1910 e Dionysiaques, op. 62, escrita em 1913 para Orquestra de Sopros.

Sobre G. Enescu e A. Dvořák muito haveria a dizer, no entanto, as suas obras falam por si e neste caso concreto podemos ouvir dois exemplos em que as raízes musicais de ambos são reflectidas nestas obras de referência da literatura para sopros. O lado eslavo de Dvořák está bem patente no primeiro e último andamentos desta serenata escrita em 1878.

Na obra de Enescu escrita em 1906 é particularmente apreciável a influência da tradição romena no segundo andamento, onde um tempo de menuet lent, introduz um tema cantabile algo melancólico, o qual é contraposto com a vivacidade dançante de um frenético tema apresentado pela 1.ª flauta, após o qual encontramos uma secção final onde estes dois estados de alma se sobrepõem num toque de genialidade

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BIOGRAFIAS

Camerata de Sopros Silva Dionísio

ESML, Escola Superior de Música de Lisboa Este agrupamento da Escola Superior de Música de Lisboa foi criado no sentido de preencher um espaço vazio na área da música de Câmara para médias formações de sopros. O nome de Silva Dionísio surge como merecida homenagem a um dos maestros mais notáveis na área da música para sopros, tendo sido maestro titular da Banda Sinfónica da GNR durante vários anos e responsável pelos cursos de formação de maestros para Bandas civis do actual INATEL. A Camerata começou a sua actividade durante o ano lectivo de 2009/2010, sendo um ensemble retirado da Orquestra de Sopros, o qual permitia aos estudantes o contacto com um repertório mais específico. Após esta primeira experiência, passou a usar a sua actual denominação, tendo músicos residentes que conferem a este agrupamento uma forte identidade que se pretende duradoura e de referência no panorama nacional. A formação de base é um duplo Quinteto de Sopros, completado com outros instrumentos quando necessários para determinadas obras. O repertório abordado incide nas obras de referência para formações de sopros, procurando uma larga variedade de linguagens musicais representativas das diferentes épocas ou correntes musicais. A Camerata de Sopros Silva Dionísio é regularmente dirigida pelos estudantes da Licenciatura em Direcção e Orquestra de Sopros da ESML. A Direcção Artística está a cargo do docente Alberto Roque.

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Manuel da Silva Dionísio (1912-2000)

Considerado uma das personalidades mais relevantes e influentes do século XX no âmbito da música para sopros, Silva Dionísio foi uma personagem multifacetada. Foi Chefe da Banda Sinfónica da GNR, chefiou o Sector de Música e posteriormente todo Departamento Cultural do Inatel, colaborou com a Fundação Calouste Gulbenkian, com o Conselho Português da Música, com a Orquestra Filarmónica de Lisboa e Orquestra do Instituto de Angola, com o Departamento de Orquestras da RDP, com a Academia dos Amadores de Música, com a Academia de Música de Luanda, com o Montepio Filarmónico, com a Secretaria de Estado da Cultura, com a Associação Portuguesa de Educação Musical e com várias bandas filarmónicas. Após a panorâmica realizada no último concerto à sua carreira de maestro, hoje será abordada a sua faceta de pedagogo e promotor.

Entre 1973 e 1987 Silva Dionísio foi responsável pelo Sector de Música e posteriormente pelo Departamento Cultural da Fnat/Inatel, onde elaborou vários planos de apoio para as bandas, nomeadamente ao nível da distribuição de instrumentos e de repertório musical. Neste organismo implantou os cursos de Regentes de Bandas, Regentes de Coros, Aperfeiçoamento para Jovens Músicos e Cursos Regionais de Regentes e Directores. Também incrementou os Encontros Regionais de Regentes Profissionais com Concertistas, fomentou as composições musicais para bandas e coros, implementou os Festivais de Música Popular do Inatel e promoveu os Concertos Dominicais no Teatro da Trindade. Criou ainda o Centro de Recuperação de Instrumentos Musicais. O objectivo deste projecto era a recuperação e reutilização de todo o instrumental armazenado, por diversas razões, nas câmaras municipais, juntas de freguesia, quartéis de bombeiros, e até, por falta de verbas para a sua reparação, nos arquivos das bandas filarmónicas. Silva Dionísio foi responsável pela criação dos primeiros cursos de formação para regentes de bandas civis em Portugal, organizados em 1962 e 1963 pela Fundação Calouste Gulbenkian e em 1983 orientou um curso de Regência de Banda integrado nos “XVIII Cursos Internacionais de Música da Costa do Sol”. Silva Dionísio foi também professor de Instrumentos de Sopro na Academia dos Amadores de Música, em Lisboa, e de Solfejo e Harmonia na Academia de Música de Luanda.

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deixou maravilhado. Essa banda foi a Humanitária de Palmela. Uma das suas obras originais para banda, a rapsódia Homenagem ao Povo, foi dedicada a Silva Dionísio e a esta banda. Esta relação com os compositores “eruditos” da época foi ainda mais próxima quando, em meados da década de 70, a Secretaria de Estado da Cultura fez várias encomendas a compositores portugueses reconhecidos, nomeadamente, J. B. Santos, F. de Freitas, Lopes Graça, entre outros, para que estes elaborassem uma série de obras originais para banda, a fim de renovar o repertório destas. Para todos estes compositores as bandas eram agrupamentos desconhecidos. Assim, foi atribuída a Silva Dionísio a missão de dar a conhecer a banda a estes compositores, dando-lhes sugestões e conselhos técnicos ao nível do tipo de formação instrumental característico das bandas da época, entre muitos outros aspectos.

Silva Dionísio foi também um impulsionador de vários projectos musicais como, por exemplo, a Banda Escola Juvenil Conselho da Azambuja, tendo sido também um forte impulsionador da entrada de elementos femininos nas bandas, quando estas eram constituídas quase exclusivamente por homens. Nos próximos concertos da “Camerata” serão abordadas as suas facetas de compositor e outras. Bruno Madureira Organização Prof. Henrique Silveira Oliveira (IST)

Referências

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