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Portaria n.º 17, de 10 de janeiro de 2014.

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Serviço Público Federal

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA-INMETRO

Portaria n.º 17, de 10 de janeiro de 2014.

O PRESIDENTE DO INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA – INMETRO, no uso de suas atribuições, conferidas no § 3º do artigo 4º da Lei n.º 5.966, de 11 de dezembro de 1973, nos incisos I e IV do artigo 3º da Lei n.º 9.933, de 20 de dezembro de 1999, e no inciso V do artigo 18 da Estrutura Regimental da Autarquia, aprovada pelo Decreto n° 6.275, de 28 de novembro de 2007;

Considerando a alínea f do subitem 4.2 do Termo de Referência do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade, aprovado pela Resolução Conmetro n.º 04, de 02 de dezembro de 2002, que atribui ao Inmetro a competência para estabelecer as diretrizes e critérios para a atividade de avaliação da conformidade;

Considerando a necessidade de zelar pela segurança em vias públicas, visando à prevenção de acidentes no trânsito;

Considerando a importância dos Materiais de Atrito Destinados ao Uso em Freios de Veículos Rodoviários Automotores, comercializados no país, apresentarem requisitos mínimos de segurança, resolve baixar as seguintes disposições:

Art. 1º Aprovar o Regulamento Técnico da Qualidade para Materiais de Atrito Destinados ao Uso em Freios de Veículos Rodoviários Automotores, disponibilizado no sítio www.inmetro.gov.br ou no endereço abaixo:

Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro

Divisão de Regulamentação Técnica e Programas de Avaliação da Conformidade – Dipac Rua da Estrela n.º 67 - 2º andar – Rio Comprido

CEP 20.251-900 – Rio de Janeiro – RJ

Art. 2º Cientificar que a Consulta Pública que originou o regulamento ora aprovado foi divulgada pela Portaria Inmetro n.º 385, de 01 de agosto de 2013, publicada no Diário Oficial da União de 05 de agosto de 2013, seção 01, página 80.

Art. 3º Cientificar que a forma, reconhecida pelo Inmetro, de demonstrar conformidade aos critérios estabelecidos neste Regulamento Técnico da Qualidade será definida por Portaria específica que aprovará os Requisitos de Avaliação da Conformidade para Materiais de Atrito Destinados ao Uso em Freios de Veículos Rodoviários Automotores.

Art. 4º Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação no Diário Oficial da União. JOÃO ALZIRO HERZ DA JORNADA

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REGULAMENTO TÉCNICO DA QUALIDADE PARA MATERIAIS DE ATRITO DESTINADOS AO USO EM FREIOS DE VEÍCULOS

RODOVIÁRIOS AUTOMOTORES

1

1 OBJETIVO

Estabelecer os requisitos que devem ser atendidos pelos Materiais de Atrito para Freios de Veículos Rodoviários Automotores, das categorias M, N e O, destinados ao uso em vias públicas, com foco na segurança e visando a prevenção de acidentes no trânsito.

1.1 Escopo de Aplicação

1.1.1 Este Regulamento Técnico da Qualidade se aplica a materiais de atrito utilizados em conjuntos de pastilhas de freio a disco e materiais de atrito utilizados em conjuntos de lonas de freio a tambor, para veículos rodoviários automotores destinados ao uso em vias públicas, classificados nas categorias M, N e O, segundo a norma ABNT NBR 13776 - Veículos rodoviários automotores, seus rebocados e combinados – Classificação.

1.1.2 Excluem-se deste Regulamento Técnico da Qualidade os materiais de atrito utilizados em conjuntos de pastilhas de freio a disco e materiais de atrito utilizados em conjuntos de lonas de freio a tambor, para os veículos rodoviários automotores classificados na categoria L, veículos de competição, máquinas agrícolas, máquinas e tratores para uso offroad e outros fins, bem como aqueles cuja definição não cumpra o estabelecido no item 1.1.1 deste RTQ.

Nota: Para simplicidade do texto, os Materiais de Atrito Destinados ao Uso em Freios de Veículos Rodoviários Automotores são referenciados neste documento como “materiais de atrito”.

2 SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica

EPA Enviromental Protection Agency dos Estados Unidos da América Inmetro Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia

mfdd “Mean Fully Developed Deceleration” – (Desaceleração media)

NBR Norma Brasileira

RTQ Regulamento Técnico da Qualidade

3 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Pra fins deste RTQ, são adotados os seguintes documentos complementares:

ABNT NBR 5505:1984 Veículos rodoviários automotores – Material de fricção para guarnição do freio de veículos rodoviários, industriais e similares – Verificação da estabilidade do raio, a dilatação e ao crescimento.

ABNT NBR 5537:2002 Veículos rodoviários automotores – Guarnição do freio – Verificação da resistência ao cisalhamento entre a guarnição e o suporte metálico para pastilhas de freios a disco e sapatas de freio a tambor.

ABNT NBR 9301:1986 Guarnição do freio – Determinação da Compressibilidade – Método de ensaio.

ABNT NBR 10753:1998 Guarnição do freio – Avaliação das características do material de fricção em bancada de ensaio tipo inercial (dinamômetro), para

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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 17/ 2014

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freios de automóveis e camionetes de uso misto - Método de ensaio.

ABNT NBR 12895:1993 Verificação do desempenho das guarnições dos freios de serviço para veículos rodoviários, em bancada de ensaio tipo inercial (dinamômetro para freio) – procedimento.

ABNT NBR 13776:2006 Veículos rodoviários automotores, seus rebocados e combinados – classificação.

ABNT NBR 14958 – 1:2012 Veículos rodoviários automotores – Material de atrito – Parte 1: Requisitos e métodos de ensaio para pastilhas de freio a disco destinadas ao uso em freios de veículos das categorias M1, M2 e

N1.

ABNT NBR 14958 – 2:2012 Veículos rodoviários automotores – Material de atrito – Parte 2: Requisitos e métodos de ensaio para lonas de freio a tambor destinadas ao uso em freios de veículos das categorias M1, M2 e

N1.

ABNT NBR 14958 – 3:2012 Veículos rodoviários automotores – Material de atrito – Parte 3: Requisitos e métodos de ensaio para pastilhas de freio a disco destinadas ao uso em freios de veículos das categorias M3, N2,

N3, O3 e O4.

ABNT NBR 14958 – 4:2012 Veículos rodoviários automotores – Material de atrito – Parte 4: Requisitos e métodos de ensaio para lonas de freio a tambor destinadas ao uso em freios de veículos das categorias M3, N2, N3, O3 e O4.

EPA/600/R-93/116 Método para a Determinação do amianto em massa de materiais

de construção.

ISO 6310:2009 Road Vehicles – Brake Linings - Compressive Strain Test

Methods.

ISO 6312:2010 Road Vehicles – Brake Linings – Shear Test Procedure for Disc

Brake Pads and Drum Brake Shoe Assemblies.

ISO 26867:2009 Road vehicles - Brake lining friction materials -- Friction behaviour assessment for automotive brake systems.

SAE J 2975:2011 Measurement of Copper and Other Elements in Brake Friction

Materials.

SAE J 661:1997 Brake Linings Quality Test Procedure.

UN ECE R 90 Brake testing and certification service for replacement brake lining assemblies.

UN ECE R 13 Brake Systems.

4 DEFINIÇÕES

Para fins deste RTQ são adotadas as definições abaixo complementadas pelas definições contidas nos documentos complementares citados no Capítulo 3.

4.1 Assentamento

Processo de aplicação de frenagens à baixa temperatura e pressão visando aumentar a área de contato entre o conjunto pastilha de freio e o disco de freio.

4.2 Categoria L

Veículos automotores com menos de quatro rodas. 4.3 Categoria M

Veículos rodoviários que contém, pelo menos, quatro rodas, projetados e construídos para o transporte de passageiros.

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3

4.3.1 Categoria M1

Veículos projetados e construídos para o transporte de passageiros, que não tenham mais do que oito assentos, além do assento do condutor.

4.3.2 Categoria M2

Veículos projetados e construídos para o transporte de passageiros, que tenham mais do que oito assentos, além do assento do condutor, e que contenham uma massa máxima não superior a 5 t.

4.3.3 Categoria M3

Veículos projetados e construídos para o transporte de passageiros, que tenham mais do que oito assentos, além do assento do condutor e que contenham uma massa máxima superior a 5 t.

4.4 Categoria N

Veículos automotores que contém, pelo menos, quatro rodas, projetados e construídos para o transporte de cargas.

4.4.1 Categoria N1

Veículos projetados e construídos para o transporte de cargas e que contenham uma massa máxima não superior a 3,5 t.

4.4.2 Categoria N2

Veículos projetados e construídos para o transporte de cargas e que contenham uma massa máxima superior a 3,5 t, porém não superior a 12 t.

4.4.3 Categoria N3

Veículos projetados e construídos para o transporte de cargas e que contenham uma massa máxima superior a 12 t.

4.5 Categoria O

Reboques (incluindo semi-reboque). 4.5.1 Categoria O1

Reboques com uma massa máxima não superior a 0,75 t. 4.5.2 Categoria O2

Reboques com uma massa máxima superior a 0,75 t, porém não superior a 3,5 t. 4.5.3 Categoria O3

Reboques com uma massa máxima superior a 3,5 t, porém não superior a 10 t. 4.5.4 Categoria O4

Reboques com uma massa máxima superior a 10 t. 4.6 Carga de ensaio

Peso do eixo do veículo carregado. 4.7 Conjunto de lona

Componente do freio a tambor, constituído pela sapata metálica e pela guarnição do freio, que recebe a força de atuação do freio a tambor.

4.8 Conjunto de pastilha

Componente do freio a disco, constituído de plaqueta metálica e guarnição do freio, que recebe a força de atuação do freio a disco.

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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 17/ 2014

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4.9 Disco e tambor de freio

Componentes do sistema de freios montado sobre o cubo de roda, devendo girar uniformemente. 4.10 Ensaio “Tipo 0”

Teste de eficiência (performance) para caminhões com os freios frios.

Nota: Considera-se que um freio está frio quando a temperatura medida no disco de freio ou no exterior do tambor de freio é menor que 100°C.

4.11 Freio a disco básico

Conjunto constituído de disco de freio e pastilha de freio alojada no sistema de freio a disco, de forma a ser instalado no dinamômetro, simulando a frenagem no veículo.

4.12 Freio a tambor básico

Freio constituído de tambor de freio e lonas de freio alojadas no sistema de freio a tambor, de forma a estar adaptado para que seja ensaiado no dinamômetro, simulando a frenagem no veículo.

4.13 Freio de atrito

Parte de um sistema de frenagem no qual as forças que se opõem ao movimento de um veículo se desenvolvem por atrito entre uma guarnição do freio e um disco ou tambor, movendo–se relativamente entre si.

4.14 Material de atrito

Produto de uma mistura específica de materiais e processos que, juntos, determinam as características de uma guarnição do freio.

4.15 Plaqueta metálica

Componente de um conjunto de pastilha que suporta o material de atrito. 4.16 Raio de rolamento do pneu

Distância entre o centro da roda até ponto de apoio do pneu no solo. 4.17Sapata metálica

Componente de um conjunto da lona de freio que suporta a guarnição do freio. 4.18 Sistema de frenagem

Mecanismo para fornecer energia para controle, transmissão e frenagem e, se necessário, um mecanismo suplementar no veículo de tração para o veículo rebocado.

5 REQUISITOS GERAIS

Os requisitos gerais referem-se aos aspectos de segurança e desempenho do produto. 5.1 Identificação e informações obrigatórias no produto/embalagem

As pastilhas e lonas de freios devem apresentar, gravadas em seu corpo, ou em sua embalagem, em áreas facilmente visíveis e legíveis, em língua portuguesa, com resistência mecânica suficiente para suportar o manuseio e intempéries, as seguintes informações:

a) Nome do fornecedor ou sua marca, razão social, nome fantasia (quando constar no CNPJ) e CNPJ do fornecedor detentor do Registro de Objeto;

b) Endereço do fornecedor;

c) País de origem ou sua referência; d) Denominação comercial (Marca); e) Data de fabricação (mês e ano);

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5

g) Modelo e tipo de pastilha ou lona de freio;

h) Aplicação: Linhas de veículos, eixos (dianteiro ou traseiro) e tipos de freios (este quando aplicável) para os quais o produto se destina (ver nota 2);

i) Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC do detentor do registro do produto junto ao Inmetro;

j) Informações sobre destinação adequada após seu uso, em atendimento à legislação local, quando existente;

k) Selo de Identificação da Conformidade gravado no produto e/ou na sua embalagem individual. Nota: Caso as informações descritas no item 5.1 estejam gravadas apenas na embalagem, esta deve conter alguma informação que permita sua rastreabilidade com a respectiva peça que nela está contida. Nota 2: Caso não haja informações na embalagem para todas as aplicações, é facultada a opção de apresentar estas informações, de forma clara e indelével, em catálogo que deve estar disponível no ponto de venda.

5.2 O conjunto de materiais de atrito (lonas e pastilhas) deve ser isento de asbestos e amianto em sua composição. A avaliação da presença de asbestos ou amianto deve ser realizada pelo método de Microscopia por Luz Polarizada (PLM), definido na norma SAE J2975 ou EPA/600/R-93/116.

5.3 Os conjuntos de pastilhas e guarnição de freio devem possuir aderência e resistência ao cisalhamento. A tensão de cisalhamento mínima aceitável para o conjunto pastilha de freio é de 250N/cm², e para o conjunto lona de freio é de 150N/cm², em temperatura ambiente.

5.4 Os conjuntos de pastilha de freio devem apresentar resistência à compressibilidade. O valor de compressibilidade das pastilhas de freio destinadas a veículos de passeio, das Categorias M1, M2 e N1, não pode exceder 2% da espessura inicial em temperatura ambiente e 3% a 400°C.

5.4.1 O valor de compressibilidade das pastilhas de freio para veículos comerciais, das Categorias M3, N2 e N3, não pode ultrapassar 2% da espessura inicial à temperatura ambiente.

5.5 Os conjuntos de guarnição das lonas de freio devem resistir à dilatação e crescimento. Para veículos de passeio, das Categorias M1, M2 e N1, o valor de dilatação não pode exceder 3% na temperatura de 200°C após 60 min de exposição a esta temperatura, e o crescimento não pode exceder 1,5% em temperatura ambiente.

5.5.1 As lonas de freio para veículos comerciais, das Categorias M3, N2 e N3, não podem ultrapassar o limite de 5,5% de dilatação e crescimento.

5.6 O conjunto pastilha ou lona de freio não pode apresentar nenhuma anormalidade quanto à integridade física e deve possuir resistência mecânica adequada ao uso. Não são admitidos rompimento ou desprendimento da plaqueta metálica, fissura, quebra, desplacamento do material de atrito na sapata metálica colada ou desplacamento da lona de freio nos rebites em caso de lonas rebitadas.

6 DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE

6.1 A conformidade dos Materiais de Atrito Destinados ao Uso em Freios de Veículos Automotivos quanto aos requisitos do item 5.1 deve ser demonstrada por meio de inspeção visual. A conformidade quanto aos requisitos dos itens 5.2 a 5.6 deste RTQ deve ser demonstrada por meio de ensaios, conforme a Tabela 1.

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ANEXO DA PORTARIA INMETRO Nº 17/ 2014

6 Tabela 1 – Descrição dos ensaios a serem realizados em Materiais de Atrito para Freios.

Requisito

do RTQ Ensaio Base Normativa

5.2 Detecção de asbestos em composições de Materiais de Atrito SAE J 2975 ou EPA/600/R-93/116

5.3 / 5.6 Ensaio de cisalhamento (1)

ABNT NBR 5537 (para veículos de passeio das Categorias M1, M2 e N1) e

ISO 6312 (para veículos comerciais das Categorias M3, N2 e N3)

5.4 / 5.6 Ensaio de compressibilidade

ABNT NBR 9301 (para veículos de passeio das Categorias M1, M2 e N1) e

ISO 6310 (para veículos comerciais das Categorias M3, N2 e N3)

5.5 / 5.6 Ensaio de dilatação e crescimento ABNT NBR 5505

(1) Este ensaio aplica–se somente aos casos em que a guarnição é colada ou moldada no suporte

Referências

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