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AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ENTRE A EQUIPE DE ENFERMAGEM

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Academic year: 2021

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MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO

CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PESQUISA EM SAÚDE – ESCOLA GHC INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – IFRS CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ENTRE A EQUIPE DE ENFERMAGEM

HAROLDO LUIZ BORGES

Porto Alegre 2014

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HAROLDO LUIZ BORGES

AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS ENTRE A EQUIPE DE ENFERMAGEM

Relatório apresentado como pré-requisito de conclusão do curso Técnico em Enfermagem do Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde- Escola GHC.

Orientadora: Profª Lahir Chaves Dias

Porto Alegre 2014

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AGRADECIMENTOS

Quero agradecer a Deus a quem tudo é de direito, e me deu esta oportunidade de aos 46 anos de idade me formar técnico de enfermagem, a minha esposa e filhos que me apoiaram muito durante estes 20 meses de curso. E também a minha orientadora de TCC, obrigado e que Deus abençoe a todos.

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RESUMO

Neste trabalho tento compreender melhor os sentimentos que envolvem os seres humanos nas relações interpessoais, especificamente na área de trabalho das equipes de enfermagem, fazendo um link entre alguns artigos, a política nacional da humanização (2003) e minha vivência como estagiário de técnico de enfermagem do Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde, inserida no Grupo Hospitalar Conceição. Onde consegui esclarecer muitas dúvidas e aprender que dentro de qualquer relacionamento entre duas ou mais pessoas, indiferentemente do ambiente envolve muitas variantes. E para que nos tornemos seres melhores sociáveis, deveríamos procurar entender e praticar muito destes conhecimentos descritos neste trabalho. Especificamente no ambiente hospitalar, clinicas, pronto atendimentos, ou seja no ambiente de saúde ou de falta de saúde, as pessoas se relacionam em limites de estresse, onde tudo torna-se como uma granada a ponto de explodir a qualquer momento. Mas os profissionais da área da saúde tem o “dever” de saber lidar com o seu semelhante nestes momentos com equilíbrio emocional, o que não é nada fácil, pois todos somos seres humanos.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CAPS – Centro de Apoio Psicossocial GHC – Grupo Hospitalar Conceição HCC – Hospital Cristo Redentor

HNSC – Hospital Nossa Senhora Conceição PNH – Política Nacional de Humanização UBS – Unidade Básica de Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 7

2 AS RELAÇÕES ENTRE A EQUIPE DE ENFERMAGEM... 8

3 RELATO DE EXPERIÊNCIA... 9

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 12

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1 INTRODUÇÃO 7

Este relatório é baseado na experiência que tive como estagiário e bolsista do curso de técnico de enfermagem, pelo Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde – Escola do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), que é constituído pelos hospitais: Nossa Senhora da Conceição (HNSC), Criança Conceição (HCC), Cristo Redentor (HCR) e Fêmina (HF). Além dos hospitais, o grupo possui doze Unidades Básicas de Saúde (UBS), três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Escolhi este tema porque senti uma necessidade de compreender melhor os sentimentos que interferem diretamente nas relações dos seres humanos, principalmente nesta área que decidi atuar. Onde os relacionamentos acontecem em momentos de difícil convivência por diversas variantes.

O objetivo deste trabalho é fazer uma observação criteriosa dos profissionais de enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem) quanto ao relacionamento interpessoal, com intuito de refletirmos sobre os pontos positivos e negativos desta

relação entre si e na assistência. O ambiente em que trabalhamos é estressante por diversas razões, mas somos

profissionais que lidamos com vidas, ou melhor, com seres humanos. Na grande maioria das vezes os pacientes encontram-se fragilizados, num momento difícil da vida e debilitados. Esperam de nós, profissionais de saúde, além da competência, atenção, paciência, bons tratos e ainda apoio emocional. Isto é que foi proposto em 2003 com a Política Nacional de Humanização (PNH), que traz como diretrizes a transversalidade que é colocar os saberes e práticas de saúde no mesmo plano comunicacional, provocando a desestabilização das fronteiras dos saberes, territórios de poder e modos instituídos nas relações de trabalho, para produção de um plano comum. Indissociabilidade entre a atenção e gestão, a proposta seria contribuir com o modo de discutir e construir, no coletivo, estratégias para melhorar o acesso e a qualidade dos serviços, entendidos como indissociáveis dos modos como esses são geridos. Nesse sentido, também, o objetivo da Política Nacional de Humanização(PNH) não se confundiria com um objetivo de assegurar o acesso e a qualidade da atenção a partir de concepções e determinações externas aos serviços. Equidade, diz respeito aos

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8 a ideia de justiça social. Condições para que todas as pessoas tenham acesso aos direitos que lhe são garantidos.

O profissional de saúde também é humano e tem que aprender a lidar com seus sentimentos e com os sentimentos e necessidades dos outros, o que não é nada fácil.

2. AS RELAÇÕES ENTRE A EQUIPE DE ENFERMAGEM

As relações entre os profissionais de saúde, enfermeiros e técnicos, espera-se que seja harmoniosa e que os profissionais exerçam suas funções com prazer, construindo um ambiente saudável com integração da equipe (conjunto ou grupo de indivíduos aplicados na realização de uma mesma tarefa ou trabalho), indiferente de ser técnico ou enfermeiro, somando os conhecimentos e práticas em prol do paciente. Pois se não for assim, o ambiente pode tornar-se tenso, e até hostil dificultando a convivência entre si, tendo reflexos negativos nos pacientes e seus familiares, indo contra tudo que preconiza

a PNH. Nós profissionais de saúde em nossa essência somos seres humanos providos de

falhas, as quais devemos nos policiar e aprender a trabalhá-las, aprender que cada ser é único, com suas particularidades. Uma comunicação virtuosa entre a equipe só traz benefícios para a mesma, se este não for o fruto a colher pode ocorrer a desintegração da mesma. As conversas maliciosas de má índole nos cantos e as escondidas dão origem a conflitos interpessoais que se dão entre o individuo e o grupo, dos indivíduos entre si e de um grupo contra outro, ou seja, do técnico contra outros técnicos, técnicos contra enfermeiros ou vive-versa, causado por uma gama de sentimentos a quais nós seres humanos somos vulneráveis.

É importante aprendermos a trabalhar nossos sentimentos e tentar compreender os sentimentos de nossos colegas de equipe para termos êxito em nossas relações

interpessoais com os mesmos, pois todos somos seres humanos. Conforme a PNH (2003) o ambiente de trabalho deve ter um clima de paz, ser

harmônico, acolhedor e tranquilo, tanto para o paciente e seus familiares, quanto para o profissional de saúde, pois influência diretamente no rendimento da equipe, positiva ou negativamente.

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9 As relações entre a equipe é um indicador importante na avaliação do desempenho da equipe e a satisfação a qual encontra-se a mesma em seu ambiente de trabalho. Outro aspecto importante para harmonia entre a equipe, uns com outros, é saber compartilhar os conhecimentos, onde pode gerar uma maior integração do grupo ou grandes conflitos, por um achar que é melhor que o outro, ou seja deve haver trabalho em equipe (conjunto ou grupo de pessoas que se dedicam a realizar uma tarefa ou determinado trabalho, por obrigação ou não).

Conforme Mônica Soares (2013): “Uma avaliação serena de nossas emoções e do nosso relacionamento com o próximo pode oferecer-nos uma luz no fim do túnel. Tomando consciência de nossa ignorância, estaremos alicerçados para detectar a nossa verdadeira capacidade”.

3. RELATO DE EXPERIÊNCIA

Vou relatar duas experiências, uma nada agradável, um mau exemplo de relação profissional e outra experiência muito positiva, de uma relação de trabalho harmoniosa e saudável, profissionais que na minha concepção são exemplares, tanto na maneira de trabalhar quanto de se relacionar com os demais. Ainda como uma experiência proporcionada durante os estágios, assisti uma palestra com uma psicóloga sobre relações interpessoais, que também relato devido a forma como a mesma abordou aspectos importantes nas relações.

Vivência 1 :

No meu primeiro estágio como bolsista no HNSC numa unidade de observação, tive uma experiência nada agradável, passei por uma situação bem desagradável, um(a) enfermeiro(a) com cargo de chefia, teve uma atitude inconveniente. Menosprezando a mim e minha colega de curso que iríamos começar o estágio naquele dia. Estávamos com a enfermeira responsável pelo setor que também e nossa professora do curso, na mesma instituição, quando surgiu a(o) enfermeiro(a) chefe que, sem sequer dirigir o

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10 olhar para nos, dirigindo-se a enfermeira supervisora de estágio, tratando sem respeito, ética ou educação. Criando um clima de total desconforto e hostil. Um profissional que por seu cargo deveria ser exemplo para seus liderados. Passando-se dois dias, ou seja, no plantão seguinte ao do ocorrido, procurei a(o) enfermeira(o) a(o) qual havia menosprezado a mim e minha colega e fui conversar sobre o assunto. Neste dia vi quanto uma conversa franca e honesta pode modificar uma situação. Falei sobre meu descontentamento sobre o ocorrido, ela(e) me falou sobre seus problemas daquele dia, enfim nos entendemos, e mantemos um bom relacionamento de respeito mútuo até hoje.

Vivência 2:

Estagiei no terceiro semestre no HCR, fiquei uma manhã numa internação masculina. A maneira que aquela equipe de enfermagem trabalhava me chamou muito a atenção, era um grupo de seis ou sete técnicos em enfermagem e três enfermeiras que trabalhavam em harmonia, cumplicidade, um auxiliando o outro, resultando numa boa assistência a todos os pacientes. Tal era o empenho daquelas profissionais que tornavam o ambiente saudável, clima leve, onde se sentia o prazer de atuar na equipe. Pacientes satisfeitos com o atendimento, familiares bem assistidos, colegas de trabalho exercendo a função a que se propuseram a fazer, com alegria, amor e dedicação. Um ambiente humanizado apesar de todas adversidades relacionadas a lotação e carga de trabalho. Não se ouvia queixas nem dos pacientes, familiares ou da equipe.

Vivência 3:

Assisti a uma palestra na UPA agora no último semestre, onde a palestrante Andréa Laura Corrêa, uma psicóloga, abordou o tema: relações interpessoais. Ela apresentou dez passos para gerenciar as emoções nos relacionamentos interpessoais, que achei muito interessante. Como dica para facilitar as relações ela orienta que, antes de qualquer atitude, pergunte a si mesmo o quanto você realmente aceita o fato de que as pessoas são diferentes umas das outras; pergunte-se também o que você sabe da

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11 outra pessoa, suas dificuldades, seu momento, seus interesses, seus atributos positivos; veja se em algum momento você realmente percebeu qualquer coisa positiva, mesmo que simples, nesta pessoa.

A psicóloga referiu os dez passos para favorecer as relações e esclarecer situações que provocaram algum conflito, que descrevo a seguir por julgar de extrema importância: 1º passo – Assuma responsabilidade pela emoção sentida. Assim diga pra si mesmo “eu me sinto...” e verifique se está pronto para expressá-la.

2º passo – fale claramente à pessoa qual é o seu desconforto ou emoção sentida. 3º passo – Fale diretamente qual é o comportamento da pessoa que lhe causou o desconforto, mas foque em descrever o comportamento e não na avaliação ou julgamento da pessoa.

4º passo – Mostre a ela os impactos negativos causados pela situação, porém, sem criticar ou atacar o outro.

5º passo – Pergunte a ela se havia se dado conta disto, se havia observado o que causou e fique aberto para o feedback.

6º passo – Busque a cooperação do outro, mostrando os benefícios da mudança. 7º passo – Proponha novas alternativas de relacionamento ou peça ao outro que dê sugestões.

8º passo – Negocie essas alternativas com o outro. 9º passo – Comprometa-se com a mudança e

10º passo – Agradeça o empenho e compreensão demonstrada pelo outro.

Nesta palestra aprendi a importância de estarmos sempre com a mente aberta, afim de aprendermos cada vez mais, saber respeitar o nosso próximo com suas

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12 individualidades e dificuldades. Pois somos seres únicos, e muito das vezes criticamos e falamos do outro quando o grande errado somos nós.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Relações interpessoais é algo difícil de se lidar, mas não impossível. Temos antes de tudo nos conhecer e saber de nossas dificuldades e aprender a administrá-las.Trazendo isto para dentro de nossa área de atuação todos saem ganhando com um ambiente saudável, harmonioso e prazeroso, construindo um local de trabalho humanizado, onde exista trabalho em equipe, cooperativo, em sincronia e com integralidade de esforços na busca de um bem comum para a coletividade e para si mesmo. Me surpreendi com o resultado deste trabalho, vi quanto eu preciso mudar para alcançar um bom nível de relacionamento interpessoal, seja no ambiente profissional ou em qualquer outro ambiente. Este trabalho modificou minha maneira de pensar e agir com o próximo, aprendi que cada ser é único, com suas individualidades, e no momento que aprendermos a respeitar e primeiro conhecer o próximo, com suas necessidades e

debilidades, construiremos ambientes sociais melhores de se viver. Deste trabalho tirei um aprendizado muito grande sobre relações interpessoais, o quanto

somos preconceituosos, individualistas, injustos. Temos muito ainda que aprender e sempre policiarmos em relação a este assunto.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. HumanizaSUS: política nacional de humanização. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Manual para elaboração

de relatório técnico cientifico. Porto Alegre: Hospital Nossa da Conceição, 2011.

FORMOZO, Gláucia Alexandre et al. As relações interpessoais no cuidado em saúde: uma aproximação ao problema. Revista de Enfermagem da UERJ, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 124-127, jan./mar. 2012.

SOARES, Mônica. Relações interpessoais. Apresentação em power point. Disponível

em: < www.lucienesantoro.com.br/site/.../relacoes_interpessoais_modulos1e2. > Acesso em: 14 ago. 2014.

Referências

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