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Flamengo consolida
sócio-torcedor como 3ª maior receita
O F E R E C I M E N T OQ U A R TA - F E I R A , 1 5 D E A B R I L D E 2 0 1 5
US$ 60 mi
o Chile gastou na melhoria dos
nove estádios que vão abrigar
as partidas da Copa América
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 2 3 6
Em 2014, o Flamengo chegou ao segundo ano do programa de sócio-torcedor. O projeto sempre foi uma das principais apostas da atual diretoria. A julgar pelos dados do balanço patrimonial do clube, dá para se ter uma ideia do porquê disso. O programa de sócios já é hoje a terceira maior fonte de receita do Flamengo.
Em 2014, foram arrecadados R$ 30 milhões com o programa, quase o dobro do valor em 2013. Hoje, o departamento de futebol só tem duas fontes superiores a essa: bilheteria, com R$ 40 mi, e direitos de TV (R$ 115 mi). Os pa-trocínios chegam a R$ 80 mi, mas nenhum parceiro específico paga o mesmo que sócios-torcedores.
Para chegar a essa quantia, o clube conta com a regularidade dos sócios. Em 2013, o programa cresceu conforme sua divulgação. Em dezembro daquele ano, o clube terminou com 59 mil mem-bros, impulsionado pela presença do time na final da Copa do
Bra-sil. E o número flutuou pouco. No fim de 2014, chegou a 52 mil.
Para o vice-presidente de comunicação do Flamengo, Gustavo Oliveira, o modo como o clube divulgou o programa foi importante na manutenção dos sócios durante o ano. “O con-ceito de ajudar o time ajuda a fidelizar o torcedor. Ele não paga apenas para ir aos jogos”, contou Oliveira à Máquina do Esporte.
A arrecadação alta se deve a um elevado tíquete médio; o pla-no mais barato sai a R$ 29,90 ao mês. E o pagamento sem boleto,
somente por cartão de crédito, ajuda na baixa inadimplência.
Para os próximos meses, o clube estuda ampliar algumas parcerias com empresas para dar mais benefícios aos sócios. A ideia, claro, é dar um novo salto no número de sócios, mesmo que essa não seja a prioridade.
“Às vezes, me questionam pelo fato de sermos apenas o sexto em sócios-torcedores no Brasil. Mas, em arrecadação, estamos entre os primeiros. E, no frigir dos ovos, é isso o que realmente importa”, completou Oliveira.
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A disputa das grandes marcas de material esportivo para ganhar o público feminino alcançou novo round na última semana, quando a Nike lançou nos Estados Unidos sua nova e maior campanha publi-citária voltada para as mulheres.
O filme, que estreou no MTV Movie Awards, mostra mulheres comuns iniciando a preparação fí-sica e buscando um novo esporte, além dos dilemas que enfrentam. A ideia é que a peça encoraje as mulheres a não desistir dos obje-tivos diante das dificuldades até que parem de olhar com inveja à forma física de outras mulheres.
Além dos anúncios, a campa-nha da Nike terá forte presença nas redes sociais, convidando as mulheres a compartilharem suas
experiências com o esporte com a hashtag #BetterForIt. Além disso, a empresa ame-ricana também lançou o “90 day better for it challenge”, com um um plano de trei-namentos feitos a partir dos aplicativos Nike+ Training Club e Nike+ Running.
Com todas essas ações, a companhia espera aumentar em US$ 2 bilhões sua arrecadação com produtos voltados para as mulheres. A meta traçada é che-gar a US$ 7 bilhões de faturamen-to apenas com o segmenfaturamen-to.
Nas redes sociais, a Nike está usando a imagem de três de suas embaixadoras, as jogadoras de futebol Christen Press, Ali Krieger e Carli Lloyd. Cada atleta irá
lan-çar sua própria planilha de treinos no aplicativo da empresa. A de Press foi lançada dia 2 de abril. A planilha de Krieger sai no mês que vem, e a de Lloyd, em junho.
A estratégia da Nike tem como objetivo frear o crescimento da Under Armour, que contratou a modelo Gisele Bündchen como embaixadora da marca e tem se aproximado mais das mulheres.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
Nike lança plano de ação para
captar US$ 2 bi com mulheres
diretor da Máquina do Esporte
POR ERICH BETING
Adidas, Nike e Under Armour são,
hoje, as três grandes marcas de
ma-terial esportivo do mundo. Nos
úl-timos tempos, o trio tem feito, cada
um a seu estilo, uma investida
con-sistente sobre o público feminino.
As mulheres são hoje o principal
alvo das marcas. Isso acontece, em
boa parte, porque há uma mudança
significativa no mercado esportivo.
O segmento de
running foi sempre
o mais impactante para as vendas
das empresas. Mas, de uns anos para
cá, a corrida começou a ser
substitu-ída pelo bem-estar. Não é só o
cor-redor de rua que sustenta as marcas,
mas o praticante de atividade física.
E nesse contexto a mulher faz
par-te de uma lucrativa fatia de
merca-do. Ioga, academia de ginástica e
ou-tras atividades do gênero estão cada
vez mais inseridas no cotidiano das
pessoas, especialmente nas grandes
cidades. Nesse universo, a inserção
da moda na roupa para a prática de
esportes de “bem-estar” faz da
mu-lher o grande filão do presente.
Se, há quase 30 anos, a Nike
mar-cou seu território ao criar a
campa-nha “Just do It”, transformando cada
pessoa num atleta em potencial,
agora é a vez de a Under Armour
ter levantado a bandeira para o
pú-blico feminino, com o vídeo feito no
ano passado com Gisele Bündchen.
Agora, Nike e Adidas começam o
movimento de retomada de espaço.
Só para se ter uma ideia do
tama-nho do mercado feminino. A Nike
espera crescer em faturamento em
dois anos com a nova campanha
para as mulheres (US$ 2 bi) o
mes-mo que conseguiu vender em
arti-gos de futebol no ano da Copa.
O poder é todo das mulheres.
A importância da mulher para
o crescimento das marcas
A Ponte Preta foi eliminada pelo Corinthians no Paulistão, mas não lamentou a partida por muito tempo. O clube acertou um amistoso com o badalado Orlando City, time americano que joga a MLS e conta com o brasileiro Kaká no elenco.
O convite partiu do clube da Flórida, que arca-rá com as despesas da equipe brasileira. O time embarca para os EUA no dia 29 e volta para o iní-cio do Campeonato Brasileiro. Um jogo da Copa Sadia do Brasil deverá ser adiado pela CBF.
A partida faz parte do plano da Ponte Preta de se internacionalizar. O clube até criou uma Co-missão de Internacionalização, responsável por isso. “Queremos abrir novos horizontes, formar mais torcedores dentro e fora do Brasil, e gerar oportunidades de negócios internacionais para a Ponte”, comentou, em nota, Gustavo Valio, presidente da comissão criada pelo clube.
A ideia teria surgido após a exposição da mar-ca da Ponte Preta na final da Copa Sul-Amerimar-ca- Sul-America-na de 2013. Contra o Orlando City, a promessa é que se inicie uma série de amistosos internacionais. Agora, o traba-lho da diretoria do clube é fechar com uma emissora
brasileira para a transmissão da partida. A Ponte também espera faturar com outros recursos, como patrocínio. Um deles, mais garan-tido, é a divisão da receita do jogo nos EUA. Por fim, a equipe pleiteia uma parceria com o Orlan-do City para intercâmbio de jogaOrlan-dores da base.
D A R E D A Ç Ã O
Eliminada do Estadual, Ponte Preta fará
amistoso nos EUA contra time de Kaká
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O Mano a Mano chegará à sua terceira edição e, novamente, contará com um grande trunfo: Usain Bolt. Ainda que tenha fe-chado com outros nomes conhe-cidos do atletismo, o jamaicano é sempre o grande destaque.
Bolt, aliás, é a garantia de atra-ção de patrocinadores. As marcas presentes aproveitam para tirar uma casquinha do multicampeão.
Mesmo para empresas que já patrocinam Bolt, entrar no evento tornou-se uma maneira de criar uma ativação extra com o atleta.
“As marcas têm acordos globais com ele e têm ‘x’ dias para usa-lo. Mas, como o contrato com Bolt é fechado com a organização do evento e inclui ativações com ele, esses dias não são descontados”, explicou Claudio Romano, diretor de negócios da Dream Factory, um dos responsáveis pelo evento.
Isso abre espaço para dois dos patrocinadores de Bolt entrarem no evento: Gatorade e Nissan.
A montado-ra de carros, que também tem acordo com os Jogos Olímpicos de 2016, aprovei-tará essa data extra para levar Bolt à fábrica da marca, em Resende. Além
disso, para promover o esporte paralímpico, a empresa fará uma disputa entre o jamaicano e a velocista Terezinha Guilhermina, que tem deficiência visual.
Para as outras marcas, o even-to se even-torna uma janela para usar Usain Bolt sem ter um contrato com o atleta. A TIM, por exem-plo, usará a marca Live TIM para associar a velocidade da internet aos velocistas presentes. No local do evento, a empresa montará um stand para que o público tra-ve corridas virtuais com Bolt.
A grande novidade deste ano está no local do evento, que saiu da praia de Copacabana e foi ao Jockey Club, na Gávea, graças ao aumento de imposto para uso de áreas públicas no Rio. Apesar de ser uma área menos movimenta-da movimenta-da cimovimenta-dade, a organização viu o lado positivo. “Quando abrir o Jockey, teremos mais público. Serão 5 mil pessoas na arquiban-cada, algo que não seria possível na praia”, completou Bernardo Fonseca, CEO da agência X3M, que também gerencia o evento.
A Gatorade colocará convidados na pista mon-tada no Jockey Club, no Rio de Janeiro, durante o evento Mano a Mano. A marca selecionou qua-tro blogueiros e quaqua-tro blogueiras de assuntos relacionados à corrida e bem estar, além de dois jornalistas, para correr na capital fluminense.
Mas, como os escolhidos são corredores
amado-res, a marca fez preparação extra. Os participantes estão treinando há 20 dias com Marcos Paulo Reis, para adaptá-los para uma corrida de 100 m rasos.
A ativação, chamada de “Operação Bolt”, con-tará com a participação do velocista, patrocinado da marca. O jamaicano acompanhará os convida-dos, conversará com eles e entregará um prêmio.
Gatorade ativa evento com ação para influenciadores
POR DUDA LOPES