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Academic year: 2021

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Disciplina: Identidade e relações interétnicas Professore: José Pimenta

Semestre: 2/2018 Créditos: 004 Horário: Terça-feira: 8:00 – 11:40 Local: PJC BT 044 E-mail: josepimenta@hotmail.com

Ementa

Apresentação:

A disciplina apresentará algumas contribuições da antropologia para o estudo das relações interétnicas e da identidade étnica na sociedade brasileira contemporânea, tendo como foco principal, mas não exclusivo, as relações dos povos indígenas com a sociedade nacional. Inicialmente, examinaremos as abordagens teóricas orientadas pelas noções de “aculturação”, “transfiguração étnica”, “fricção interétnica” e “situação histórica”, assim como os conceitos de “identidade étnica”, “etnicidade” e “cultura” (unidades 1 a 4). Em seguida, apresentaremos alguns desafios do diálogo interétnico no campo do indigenismo (unidade 5) e daremos exemplos de trabalhos etnográficos sobre o contato interétnico na Amazônia brasileira (unidade 6). A partir do exame da situação de povos indígenas vivendo no Nordeste brasileiro e em região de fronteiras, continuaremos com uma reflexão sobre os processos de (re)elaborações identitárias na atualidade e as relações entre identidade étnica e nacionalidade (unidade 7 e 8). Encerraremos a disciplina com uma discussão sobre as identidades coletivas categorizadas pela antropologia como “populações”, “comunidades” ou “povos” “tradicionais”, tomando como exemplos etnográficos os casos dos seringueiros e dos quilombolas (unidade 9).

Dinâmica da disciplina:

A dinâmica da disciplina será composta por aulas expositivas e seminários para discussão dos textos do programa. A leitura, a preparação dos textos para as discussões e a participação em sala de aula são condições obrigatórias para o

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Avaliação:

A avaliação será realizada da seguinte forma:

a – Uma prova em sala de aula. A prova será realizada após a unidade 4, sem nenhum tipo de consulta. Uma segunda chamada só ocorrerá caso a ausência no dia da prova for formalmente justificada com documento oficial (atestado médico, etc.). A prova será avaliada com base nos seguintes critérios: domínio do conteúdo, coerência na argumentação, densidade, objetividade, clareza na redação e correção gramatical. Provas ilegíveis ou fraudulentas receberão nota zero (0). (40% da nota final).

b – Um ensaio final individual sobre um tema relacionado ao programa. A escolha do tema fica a critério de cada estudante, mas sua viabilidade deverá ser discutida com o professor. Até o início da Unidade 7, o estudante deverá entregar uma proposta de ensaio final (10 a 15 linhas). O ensaio final terá, no mínimo, 8 e, no máximo, 10 páginas (bibliografia incluída, entrelinha duplo, margens de 2,5 cm, fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12). Deverá ser entregue impresso até o dia 03 de dezembro de 2018 em cópia eletrônica para o e-mail do professor. O ensaio será avaliado seguindo os mesmos critérios da prova escrita. Qualquer trabalho parcialmente copiado da internet ou retomando textualmente argumentações de autores sem as devidas citações ou referências receberá automaticamente nota zero. (40% da nota final).

c – Participação nas discussões em sala de aula. Apresentação dos textos em seminários e eventuais fichamentos. (20% da nota final).

Outras observações importantes:

Considerando que as aulas estão reagrupadas num único período semanal (terças-feiras das 8.00-11.40) e que cada período corresponde a duas aulas, a chamada será realizada no início e no final de cada período. Conforme regulamento da UnB, a ausência em mais de 25% das aulas (8 aulas ou mais) implicará automaticamente em reprovação (SR). Cabe a cada estudante ter controle de suas eventuais faltas.

O programa da disciplina está sujeito a alterações ao longo do semestre em função da dinâmica das aulas. As datas informadas para cada aula são somente indicativas e também poderão ser ajustadas. Caso necessário, o professor estará disponível para atendimento individual mediante prévio agendamento por e-mail.

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P

ROGRAMA

INTRODUÇÃO

Ÿ Aula 1 e 2 (14/08)

- Apresentação do Programa, do professor e dos estudantes. - Introdução à temática da disciplina.

UNIDADE 1 - Os estudos de “aculturação” no Brasil e de “transfiguração étnica”

Ÿ Aula 3 e 4 (21/08)

- GALVÃO. Eduardo. 1979. “Estudos sobre aculturação dos grupos indígenas do Brasil” e “Índios e brancos na Amazônia brasileira”. In: Encontros de sociedades. Índios e

brancos no Brasil. Rio de Janeiro. Paz e Terra, pp. 126-134 e 273-290.

- RIBEIRO, Darcy. 1996 [1970]. “Introdução” e “Conclusões”. In: Os índios e a

civilização: a integração das populações indígenas no Brasil moderno. São Paulo:

Companhia das Letras, pp. 19-31 e 487-503.

UNIDADE 2 – As noções de “fricção interétnica” e “situação histórica”

Ÿ Aula 5 e 6 (28/08)

- CARDOSO DE OLIVEIRA, Roberto. 1996 [1964]. “Introdução: a noção de fricção interétnica”. In: O índio e o mundo dos brancos. Campinas: Editora da Unicamp, 4° Edição, pp. 33-52.

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UNIDADE 3 - Grupos étnicos, identidade étnica e etnicidade

Ÿ Aula 7 e 8 (04/09)

- BARTH, Fredrik. 2000 [1969]. “Os grupos étnicos e suas fronteiras”. In: O guru, o

iniciador e outras variações antropológicas, Fredrik Barth (Org. Tomke LASK). Rio

de Janeiro: Contra Capa Livraria, pp. 25-67.

- CUNHA, Manuela Carneiro da. 2009. “Etnicidade: da cultura residual mas irredutível”. In: Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac & Naify, pp. 235-244.

UNIDADE 4 – Repensando o conceito de cultura

Ÿ Aula 9 e 10 (11/09)

- SAHLINS, Marshall. 1997a. “O ‘pessimismo sentimental’ a experiência etnográfica: Por que a cultura não é um ‘objeto’ em via de extinção (Parte I)”, Mana 3 (1): 41-73.

- SAHLINS, Marshall. 1997b. “O ‘pessimismo sentimental’ a experiência etnográfica: Por que a cultura não é um ‘objeto’ em via de extinção (Parte II)”, Mana 3 (2): 103-150.

Ÿ Aula 11 e 12 (18/09)

- PROVA PRESENCIAL (Unidades 1 a 4). Sem consulta. Presença obrigatória. - Definição dos seminários. Apresentação e discussão sobre os temas do ensaio final.

Ÿ Aula 13 e 14 (25/09)

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Ÿ Aula 15 e 16 (02/10)

- Ramos, Alcida. 1997. “Convivência interétnica no Brasil: os índios e a nação brasileira”. Série Antropologia 221.

- RAMOS, Alcida. 1990. “Vozes indígenas: o contato vivido e contado”. Anuário

Antropológico 1987: 117-143.

- RAMOS, Alcida Rita. 1995. “O índio hiper-real”. Revista Brasileira de Ciências

Sociais 28: 5-15.

UNIDADE 6 – Interpretando o contato interétnico: exemplos etnográficos

Ÿ Aula 17 e 18 (09/10): Política

- TURNER, Terence. 1993. “Da cosmologia à história: resistência, adaptação e consciência social entre os Kayapó”. In: Amazônia: Etnologia e História indígena. Eduardo Viveiros de Castro & Manuela Carneiro da Cunha (Org.). São Paulo: Núcleo de História Indígena e do Indigenismo da USP / FAPESP, pp. 43-66.

- PIMENTA. José. 2008. “ ‘Viver em comunidade’: o processo de territorialização dos Ashaninka do rio Amônia”. Anuário Antropológico, 2006. 117-150.

Ÿ Aula 19 e 20 (16/10): Troca e comércio

- HOWARD, Catherine. 2002. “A domesticação das mercadorias: estratégias Waiwai”. In: Pacificando o branco. Cosmologias do contato no norte-amazônico. Bruce Albert e Alcida Rita Ramos (Orgs.). São Paulo: Editora UNESP, pp. 25-56. - PIMENTA, José. 2010. “Parceiros de troca, parceiros de projetos. O ayompari e suas variações entre Ashaninka do Alto Juruá.” In: Faces da Indianidade, Maria Inês Smiljanic, Stephen G. Baines e José Pimenta (Orgs.), Nexus, Curitiba, pp. 101-126.

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- OLIVEIRA, Alessandro. 2017. “ ‘Aqui (ainda) não tem meio ambiente’: políticas indígenas do conhecimento na fronteira Brasil-Guiana”. Etnográfica, 21 (2): 247-268. - Documentário: A gente luta mas come fruta. Vídeo nas aldeias. Isaac e Wewito Piyãko (Dir.)

UNIDADE 7 - Etnogêne e (re)elaborações identitárias entre os índios do Nordeste

Ÿ Aula 23 e 24 (30/10)

- OLIVEIRA FILHO, João Pacheco de. 1999. “Uma etnologia dos ‘índios misturados’? Situação colonial, territorialização e fluxos culturais”. In: A viagem da

volta: Etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena. João

Pacheco de Oliveira Filho (Org.). Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, pp. 13-42.

- BARRETTO FILHO, Henyo Trindade. 1999. “Invenção ou renascimento? Gênese de uma sociedade indígena contemporânea no Nordeste”. In: A Viagem da volta:

etnicidade, política e reelaboração cultural no Nordeste indígena, João Pacheco de

Oliveira Filho (org.), Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria: 91-136.

UNIDADE 8 – Identidade, etnicidade e nacionalidade: Povos indígenas em regiões de fronteiras internacionais

Ÿ Aula 25 e 26 (06/11)

- BAINES, Stephen G. 2014. “Relações Interétnicas na fronteira Brasil-Guiana: reafirmação étnica entre os povos indígenas Makuxi e Wapichana”. In: Pueblos

indígenas, estados nacionales y fronteras : tensiones y paradojas de los procesos de transición contemporáneos en América Latina Tomo 2. Héctor Hugo Trinchero; Luis

Campos Muñoz e Sebastián Valverde (ed.). Buenos Aires: Editoria de la Facultad de Filosofía y Letras Universidad de Buenos Aires. pp. 169-194.

- PIMENTA, José. 2018. “Unir para além da fronteira: um esboço da etnopolítica transnacional ashaninka”. Anuário Antropológico 2018/2. No prelo.

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UNIDADE 9 – “Novas identidades”: comunidades / populações “tradicionais”

Ÿ Aula 27 e 28 (13/11)

- ALMEIDA, Mauro William Barbosa de. 2004. “Direito a floresta e ambientalismo: seringueiros e suas lutes”. Revista Brasileira de Ciências Sociais, São Paulo, vol. 19, n° 55: 33-53.

- CARNEIRO DA CUNHA, Manuela e MAURO Almeida. “Populações tradicionais e conservação ambiental”. In. Cultura com aspas e outros ensaios. São Paulo: Cosac & Naify, pp. 277-300.

Ÿ Aula 29 e 30 (20/11)

- LEITE, Ilka Boaventura. 2000. “Os quilombos no Brasil: questões conceituais e normativas”. Etnográfica, vol. IV (2): 333-354.

- Documentário: Terra de Quilombos - Uma dívida histórica (2004). Direção: Murilo Santos. Produção: Associação Brasileira de Antropologia - ABA

Referências

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