• Nenhum resultado encontrado

AULA 5 DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AULA 5 DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA"

Copied!
12
0
0

Texto

(1)

AULA 5

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA (Atribuições e competências dos entes da federação).

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

Forma de governo / Forma de Estado (organização interna) Obs:

A Constituição:

- determina a forma de Estado (federação / confederação / Estado unitário); - determina a forma de governo (República / Monarquia);

- reconhece os direitos individuais.

Forma de Governo no Brasil: República Forma de Estado no Brasil: Federação

Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.

O Estado Federado expressa uma forma de ser do Estado em que se divisa uma organização descentralizada (política e administrativamente) arquitetada sobre uma repartição de competências entre o governo central e os locais, consagrados na Constituição Federal.

Estado federal: Descentralização interna com atribuições para pessoas, que possuem competências próprias e autonomia, nos termos da Constituição.

Descentralização administrativa (União, Estados e Municípios) política (Executivo, Legislativo e Judiciário) Entes = pessoas (titular de direitos e deveres)

Obs:

Art. 40 CC. As pessoas jurídicas são de direito público, interno ou externo, e de direito privado. Art. 41 CC. São pessoas jurídicas de direito público interno:

I - a União;

II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; III - os Municípios;

IV - as autarquias, inclusive as associações públicas; V - as demais entidades de caráter público criadas por lei. Autonomia: possibilidade de manter-se com recursos próprios. Atribuições, tarefas, prerrogativas e fonte de custeio próprios. Todos os entes da federação podem cobrar tributos:

Art. 145 CF: A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: (...) Características comuns às federações:

- Descentralização político-administrativa: a CF concede autonomia aos entes federados. - Repartição de competência: autonomia dos entes federativos (equilíbrio na federação).

- Constituição rígida com base jurídica: distribui as competências e garante a estabilidade institucional. Obs: as competências federativas são indelegáveis.

- Inexistência do direito de secessão: indissolubilidade do pacto federativo.

- Soberania do Estado federal (independência / supremacia). Autonomia dos membros (liberdade dentro dos limites).

- Auto-organização dos Estados-membros: Constituições estaduais (art. 25 CF). - Guardião da CF: no Brasil, STF.

- Repartição de receitas: art. 157 e 159 CF

- Federalismo brasileiro é assimétrico: busca equilíbrio e cooperação perante o poder central (arts. 23 e parág. único; 43; 151; I; 155, I, b, parág. 2º, VI e XII, g.

(2)

Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

*garantia de que as informações são verdadeiras, são confiáveis. III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si. Entes da Federação

- Natureza jurídica: todos são pessoas jurídicas de direito público.

- Âmbito interno: capacidade de auto-organização, autogoverno e autoadministração. Autonomia tributária, financeira e orçamentária.

União

Pessoa jurídica de direito público interno e externo

Função externa: representar a República Federativa do Brasil.

Atenção! No âmbito interno, a União não é hierarquicamente superior em relação aos demais entes políticos; há uma autonomia recíproca, sem qualquer predominância; há repartição de competências.

- Art. 20: bens da União. Em regra, não estão ligados aos interesses locais e regionais, mas a interesses nacionais.

- Faixa de fronteira: 150km de largura ao longo das fronteiras terrestres.

- Terras devolutas são terras públicas sem destinação pelo Poder Público e que em nenhum momento integraram o patrimônio de um particular.

- Participação nos recursos minerais: § 1º É assegurada, nos termos da lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, bem como a órgãos da administração direta da União, participação no resultado da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa exploração.

*"A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância." (CNUDM, art. 76, par. 1).

**United Nations Convention on the Law of the Sea (UNCLOS) Estados

- Art. 25: Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição.

§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. (competência residual)

§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada a edição de medida provisória para a sua regulamentação.

(3)

§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum.

Municípios

São a menor divisão geográfica interna do pacto federativo.

- Art. 29 CF: O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos: (...)

Organização: através da Lei Orgânica (não é Constituição, não há poder constituinte decorrente), que tem como requisito o Princípio da Simetria: Constituições Federal e Estadual não podem conflitar entre si.

Distrito Federal

Não é divido em municípios.

Ideia de território neutro, passível de abrigar a capital do país. Sede do governo federal também é a capital federal.

Não é município, nem Estado, mas soma as competências de ambos.

- Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição.

§ 1º Ao Distrito Federal são atribuídas as competências legislativas reservadas aos Estados e Municípios. Organização: Lei Orgânica com natureza de Constituição. Mesmos requisitos da LO municipal.

Câmara Legislativa. Territórios

São meras descentralizações administrativo-territoriais pertencentes à União.

Apesar dos territórios federais integrarem a União, não podem ser considerados entes da federação, logo não fazem parte da organização político-administrativa, não dispõem de autonomia política e não integram o Estado federal.

Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.

§ 1º Os Territórios poderão ser divididos em Municípios, aos quais se aplicará, no que couber, o disposto no Capítulo IV deste Título.

§ 2º As contas do Governo do Território serão submetidas ao Congresso Nacional, com parecer prévio do Tribunal de Contas da União.

§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara Territorial e sua competência deliberativa.

Formação e Anexação de Estados e Municípios - Art. 18:

§ 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação, transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem serão reguladas em lei complementar.

§ 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Nacional, por lei complementar.

- Cisão ou subdivisão: um Estado existente subdivide-se para formar 2 ou mais Estados novos. O Estado dividido não existirá mais.

- Fusão ou incorporação: 2 ou mais Estados membros se juntam geograficamente para formar um novo Estado, diferente dos demais. O Estado fusionado não existirá mais.

- Desmembramento: há cessão de parte de um Estado para a formação de um novo Estado ou para se anexar outro já existente. O Estado dividido permanece. Ex: Mato Grosso em relação ao Mato Grosso do Sul. Goiás em relação a Tocantins.

(4)

§ 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período determinado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvidos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apresentados e publicados na forma da lei.

*Não é possível, atualmente, nem a criação, nem o desmembramento e nem a fusão de municípios até que seja editada a lei que discipline as limitações de calendário para tais atos. O STF decidiu acerca do tema na ADI nº 2.702/PR e na ADI nº 2.632/BA.

Repartição de Competências

Competências: são as atribuições designadas aos entes federativos pela CF.

Competência Material ou Administrativa ou Executiva: para exercer atribuições de governo, para prestar serviços públicos.

Competência Legislativa: para elaborar as normas jurídicas primárias que rejam a vida em sociedade. A repartição de competências é feita pela aplicação do critério da predominância dos interesses: União = geral

Estados = regional Município = local

1) Competências da União

Competências materiais - Executivo Competências legislativas - Legislativo

EXCLUSIVA (art. 21) PRIVATIVA (art. 22)

COMUM (art. 23) CONCORRENTE (art. 24)

a) Competências materiais (executivas ou administrativas) Poder Executivo

Âmbito de atuação de cada ente federado. São divididas em:

- EXCLUSIVA: não pode ser objeto de delegação para outras esferas federativas.

- COMUM (PARALELA ou CUMULATIVA): outorgada a todos os entes da federação (cooperação).

Art. 23, parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional.

Atenção para a competência comum para temas relacionados ao meio ambiente. b) Competências legislativas (Competências para elaboração de leis)

Poder Legislativo

A CF informa/atribui a cada um dos entes a competência para elaborara lei. São divididas em: privativa e concorrente.

- PRIVATIVA: pode haver delegação, mas apenas para questões específicas, por meio de lei complementar. Art. 22, parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.

Lei nacional: aplicável em todo território nacional e a todos os entes. Ex: CC. X

Lei federal: aplicável no âmbito da União. Ex: Lei 8112/90 - CONCORRENTE:

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: A competência concorrente do município está prevista em outros dispositivos (ex. 31 CF). À União compete o estabelecimento de normas gerais (critérios básicos e idênticos para todos). Os Estados têm competência suplementar.

Caso inexista lei federal sobre normas gerais, os Estados exercem competência legislativa plena para atender suas peculiaridades. A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Art. 24:

(5)

§ 2º A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a competência suplementar dos Estados.

§ 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

*Toda norma geral é lei nacional. Legislador usou de forma atécnica a expressão “lei federal”.

§ 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

Competência Legislativa

Privativa – art. 22 Concorrente – art. 24

União edita

Pode delegar (LC e assuntos específicos) Lei nacional

Lei 10.406/02 - CC

Todos os entes podem legislar sobre o tema, mas, a União o fará de forma geral.

Demais entes suplementam. Ex: CTN

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:

I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho; (CAPACETE de PM)

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

(PUFET)

2) Competências dos Estados e Distrito Federal a) Competências Administrativas ou Materiais Âmbito de atuação de cada ente federado.

Podem ser:

COMUM: compete a todos;

RESIDUAL (REMANESCENTE OU RESERVADA): o que não é competência da União e dos municípios, sobra para o Estado;

ENUMERADA (art. 18, §4º; art. 25, §§2º e 3º CF)

b) Competências Legislativas

Entes federativos são autorizados a elaborar leis. Competência CONCORRENTE.

Cuidado: os Estados não têm competência residual legislativa. Podem receber delegação de competência

privativa da União (chamada de competência delegada – art. 22, parág. único). 3) Competências dos Municípios

a) Competências Administrativas ou Materiais Âmbito de atuação de cada ente federado.

Podem ser:

COMUM: compete a todos;

RESIDUAL DO INTERESSE LOCAL: o Município pode atuar em todos os temas que sejam de interesse local

(art. 30 CF).

b) Competências Legislativas

Entes federativos são autorizados a elaborar leis. Podem ser:

CONCORRENTE:

RESIDUAL DO INTERESSE LOCAL:

Podem receber delegação de competência privativa da União. Distrito Federal

Atua e legisla sobre todas as matérias de competência dos Estados e dos municípios. O DF soma as

competências (materiais e legislativas): Estado + município.

(6)

Administração Pública é o conjunto de pessoas jurídicas, órgãos e agentes públicos que exercem a função administrativa. Portanto, corresponde ao “quem” exerce tal função.

- Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:

(Princípios Constitucionais Explícitos)

Na Constituição Federal de 1988, a Administração Pública apresenta-se como: estrutura organizacional do Estado e função do Estado.

A CF/88 foi a primeira Carta Constitucional brasileira a regulamentar a administração pública em título específico. Ali estão direcionados preceitos a todos os entes federados.

São indicadas por Oswaldo Aranha Bandeira de Mello duas versões para a origem do vocábulo administração: 1ª) esta vem de ad (preposição) mais ministro, mais are (verbo), que significa servir, executar;

2ª) vem de ad manus trahere, que envolve ideia de direção ou gestão.

O mesmo autor demonstra que a palavra administrar significa não só prestar serviço, executá-lo, como também dirigir, governar, exercer a vontade com o objetivo de obter um resultado útil.

Conceito

A conceituação da administração pública deve ser feita sob dois enfoques:

- Objetivo: é a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para a consecução dos interesses

coletivos;

- Subjetivo: é o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui exercício da função

administrativa do Estado.

Para Alexandre de Moraes, “a Administração Pública pode ser definida objetivamente como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve para a consecução dos interesses coletivos, e subjetivamente como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado” (Direito Constitucional Administrativo; 1ª edição; Atlas; São Paulo; p. 91).

Maria Sylvia Zanella Di Pietro quando diz que “em sentido objetivo, a Administração Pública abrange as atividades exercidas pelas pessoas jurídicas, órgãos e agentes incumbidos de atender concretamente às necessidades coletivas; corresponde à função administrativa, atribuída preferencialmente aos órgãos do Poder Executivo”. No sentido objetivo, a Administração Pública abrange o fomento, a polícia administrativa, o serviço público e a intervenção. Portanto, a “Administração Pública pode ser definida como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob regime jurídico de direito público, para a consecução dos interesses coletivos”.

É por meio da Administração Pública que o Estado atua, tratando-se do aparelhamento necessário à realização

de sua finalidade. Por intermédio de:

- Entidades: pessoas jurídicas

- Órgãos: centros de decisões

- Agentes: pessoas investidas em cargos, empregos e funções

Estrutura

A estrutura da Administração Federal é esculpida no Decreto-lei nº 200/67, sendo a administração dividida em direta e indireta (autarquias, sociedades de economia mista, empresas públicas e fundações públicas).

Compõem a Administração Pública, em sentido subjetivo, todos os órgãos integrantes das pessoas jurídicas políticas (União, Estados, Municípios e Distrito Federal), aos quais a lei confere o exercício de funções administrativas. São os órgãos da Administração Direta do Estado (Maria Sylvia Zanella Di Pietro).

Porém, não é só. Às vezes, a lei opta pela execução indireta da atividade administrativa, transferindo-a a pessoas jurídicas com personalidade de direito público ou privado, que compõem a chamada Administração Indireta do Estado.

(7)

Administração Pública, em sentido subjetivo é o “conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o exercício da função administrativa do Estado” (Maria Sylvia Zanella Di Pietro).

Regime Jurídico Administrativo

Conjunto harmônico de princípios e regras que incidem sobre determinada categoria ou instituto de direito (segurança, fiscalização e controle/oferecimento de serviços essenciais)

Surgimento: Estado de Direito

Regime Jurídico da Administração Pública: engloba todo e qualquer regime a que a Administração está submetida, seja de direito público ou privado.

Regime Jurídico Administrativo: é o regime que se aplica ao Direito Público, caracterizado pelo binômio:

Prerrogativas e Sujeições:

1º) As prerrogativas: supremacia do interesse público sobre o interesse do particular; 2º) As restrições: atender ao interesse público: indisponibilidade do interesse público.

Supremacia do interesse público sobre o interesse do particular: indisponibilidade do interesse público.

Os preceitos contidos no art. 37 da CF são direcionados à administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Princípios

São princípios expressos direcionados à Administração Pública, previstos:

- no art. 37 da CF/88: legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência (LIMPE) - no art. 70 da CF/88: legalidade, legitimidade, economicidade.

Mas, há também os princípios administrativos implícitos.

Assim, alguns doutrinadores a eles acrescenta: proporcionalidade, indisponibilidade do interesse público, especialidade administrativa e igualdade dos administrados, razoabilidade, princípio da tutela, da autotutela, supremacia do interesse público sobre o privado, continuidade dos serviços públicos, especialidade, hierarquia, motivação etc.

Legalidade:

- Art. 5º. II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Particular X Adm. Pública: Para Hely Lopes Meireles, “enquanto ao particular é lícito fazer tudo o que a lei não proíbe, na Administração Pública só é permitido fazer aquilo que a lei autoriza”.

Legalidade Privada Legalidade Pública

Condição do particular frente à lei. Condição do agente público frente à lei.

Relação de liberdade com a lei: faz tudo o que a lei não proíbe.

Relação de subordinação com a lei: faz somente o que a lei permitir.

Desnecessidade de normas permissivas. Desnecessidade de normas proibitivas

Coaduna-se com a função de execução da Administração pública, vez que não possui finalidade própria. Sua finalidade é a imposta pela lei.

Princípio da juridicidade e bloco de legalidade:

- Art. 2º Lei 9784/99 (Lei do Processo Administrativo): Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de: I - atuação conforme a lei e o Direito.

ATENÇÃO: atos adm. discricionários não são exceção à legalidade, pois, devem atender aos limites previstos em lei.

Supremacia Especial: exceção ao princ. da legalidade. Ex: valor de multa por atraso na entrega de livro a biblioteca pública.

Impessoalidade:

O conteúdo do princípio da impessoalidade, que se relaciona com o da legalidade e o da igualdade, identifica-o com o próprio princípio da finalidade administrativa.

Determina que o administrador público aja com vistas ao atingimento da finalidade preceituada em lei, sem que a faça de forma pessoal, ou seja, sem a pretensão de satisfação diversa do interesse público.

(8)

Administrador público: só pratique o ato para o seu fim legal. Exige que o ato seja praticado sempre com finalidade pública.

Pressupõe ainda tratamento igualitário às pessoas, respeito à finalidade e também à ideia de que os atos dos agentes públicos devem ser imputados diretamente à Administração Pública e nunca à pessoa do agente.

Dois aspectos:

1º) se relaciona com os Administrados: tratamento isonômico. Veda perseguições e favorecimentos;

2º) se relaciona com a Administração (Teoria do Órgão – atuação do agente imputada ao Estado). Exemplo:

artigo 37, § 1º da CF: A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Três comandos devem ser respeitados: a) Imposição da igualdade de tratamento; b) Imposição de respeito à finalidade;

c) Imposição da neutralidade do agente, que não pode fazer autopromoção.

Obs: O vício de que decorre o descumprimento do Princ. da Impessoalidade é o desvio de finalidade, que ocasiona a nulidade do ato administrativo.

Moralidade:

Indica que toda a atividade administrativa deve estar pautada em uma moralidade jurídica. MORALIDADE É: HONESTIDADE, ÉTICA, PROBIDADE, BOA-FÉ, DECORO, LEALDADE.

Assim, ela não deve seguir apenas a dicção legal, mas também princípios de ética e justiça. Moralidade administrativa: diz respeito ao que se espera da AP e pode, portanto, ser objetivada. Dever do administrador não apenas cumprir a lei formalmente, mas cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor resultado para a administração. Toda atuação do administrador é inspirada no interesse público.

O princípio da moralidade também serve de vetor para o controle da Administração Pública. Dessa forma, a legalidade e legitimidade do ato administrativo não significa apenas sua conformação com a lei, mas também com a moralidade e o interesse público.

O ato que desrespeita o princípio da moralidade configura ato de improbidade administrativa e sujeita o agente às penas mencionadas no § 4º do art. 37, mediante ação de improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92), independentemente da configuração de ilícito penal.

- Artigo 37, §4º: “os atos de Improbidade Administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível”.

- Art. 11 da Lei 8429/92: a lei de improbidade torna jurídicos preceitos morais a serem seguidos: “Constitui ato

de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente (...)”.

Não é necessário para a caracterização da improbidade a lesão ao erário!

Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal (Nepotismo na Administração Pública): A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.

- Art. 5º, LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao

patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e

ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência;

- Art. 1° Lei 8429/92: Os atos de improbidade praticados por qualquer agente público, servidor ou não, contra a administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito

(9)

Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual, serão punidos na forma desta lei.

- Art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

Publicidade:

Levar a conhecimento público os atos que pratica, ressalvados os casos de sigilo previstos em lei.

Transparência na atuação administrativa. É por meio da publicidade dos atos que é possível exercer o controle

de legalidade, quanto à sua prática.

Lei 12.527/11: Lei da Transparência

A publicidade impõe, necessariamente, divulgação do ato. - Art. 5º, XXXIII CF

- Art. 37, §3º CF - Art. 216, §2º CF

Objetivos: Exteriorizar a vontade da administração e garantir o conhecimento externo do que acontece internamente. Tornar exigível o conteúdo (efeitos externos após a publicação). Desencadear a produção de efeitos. Permitir controle de legalidade.

Exceções à publicidade: segurança do Estado e da sociedade. Ex: defesa nacional, segredo de justiça.

Eficiência:

Introduzido pela EC 19/98.

Modelo da Adm. Burocrática (foco nos procedimentos) X Modelo Adm. Gerencial (foco nos resultados)

Nos aspectos da gestão financeira, orçamentária e patrimonial da Administração Pública federal, a observância do princípio da eficiência já se encontrava determinada no art. 74, inciso II, da CF/88, sendo que sua inserção na literalidade do art. 37 veio extirpar controvérsias acerca de sua aplicação na gestão funcional da máquina administrativa em todas as esferas da administração.

Em suma, o princípio da eficiência determina o exercício da atividade administrativa em seu grau ótimo, de modo a permitir-se o efetivo atingimento do bem comum e interesse da coletividade mediante a observância dos demais princípios da administração pública.

Tanto a AP, quanto o agente público se submetem à regra da eficiência.

Há entendimento no sentido de que a afronta grosseira ao princípio da eficiência configura afronta, também, ao princípio da moralidade administrativa, tendo em vista, para tanto, a displicência no uso da máquina administrativa.

São características do princípio da eficiência:

1. direcionamento da atividade e dos serviços públicos à efetividade do bem comum; 2. imparcialidade;

3. neutralidade (isenção, justiça na valoração de interesses); 4. transparência (objetividade);

5. participação e aproximação dos serviços públicos da população;

6. eficácia material (atingimento de seu objetivo - bem comum) e formal (resposta às indagações do administrado);

7. desburocratização e

8. busca de qualidade. Ao lado da instituição do princípio da eficiência, a Constituição Federal estabelece de forma expressa alguns mecanismos de garantia de sua observância, quais sejam: art. 37, § 4º: participação do usuário; art. 39, § 2º: escolas de governo; art. 41, § 4º: avaliação especial como condição de estabilidade; perda do cargo em razão de reprovação em avaliação periódica de desempenho.

Ressalte-se, ainda, que o estabelecimento do princípio da eficiência como princípio constitucional direcionado à administração pública objetivou consideravelmente o exercício do controle das condutas positivas ou omissivas da mesma, em razão de que ficou mais claro que não basta o serviço ser prestado, mas que o seja de forma eficiente.

(10)

Supremacia do interesse público sobre o particular: trata das prerrogativas administrativas: os interesses coletivos prevalecem sobre o interesse privado. Possui duplo papel: [Di Pietro]

- Influenciar o legislador: que, na hora de editar as normas de direito público, deve considerar o predomínio do interesse público sobre o privado;

- Vincular a Administração Pública no exercício da função administrativa: que deve buscar a finalidade pública, e não os interesses individuais.

Indisponibilidade do interesse público: trata das sujeições administrativas, são limitações e restrições impostas à Administração, com o intuito de evitar que ela atue de forma lesiva aos interesses públicos ou de modo ofensivo aos direitos fundamentais dos administrados. “A Administração Pública não está à disposição do administrador”.

Presunção de legitimidade: considera-se que as ações da administração são verdadeiras e estão legalmente corretas.

Especialidade: especializar-se para exercer suas funções. Ex: Anatel. Hierarquia: a administração pública deve ser estruturada hierarquicamente.

Controle ou tutela: cabe à administração pública fiscalizar as entidades/órgãos hierarquicamente inferiores. Autotutela: a administração pública pode reapreciar seus próprios atos, anulando-os quando ilegais ou revogando-os quando inconvenientes ou inoportunos.

Obs: Atos ilegais = Anulação (controle de legalidade)

Atos inconvenientes = Revogação (controle de mérito, através da análise da conveniência e oportunidade) - Súmula 473 STF: A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.

Razoabilidade: diretriz de bom-senso para atuação lógica, coerente: - Adequação: ato deve ser apto a atingir fim almejado.

- Necessidade: proibição do excesso.

- Proporcionalidade: equilíbrio entre ato e consequências.

Proporcionalidade: adequação entre meios empregados e fins alcançados.

Motivação: o administrador deve indicar os fundamentos de fato (situação que levou à decisão) e de direito (previsão em lei) que o levaram a adotar qualquer decisão no âmbito da Administração Pública.

Continuidade do serviço público: o serviço público não deve ser interrompido (exceto por razões técnicas, situação de emergência ou inadimplemento).

Segurança jurídica: impede a desconstituição injustificada dos atos ou situações jurídicas. “A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. CF, art. 5º, inciso XXXVI.

Economicidade: promoção de resultados esperados com o menor custo possível.

Contraditório: direito dos litigantes e acusados de tomar conhecimento das alegações de sua parte contrária e a eles se contrapor.

Ampla defesa: direito de usar de todos os meios e recursos juridicamente válidos para compor prova de sua defesa.

ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA

Administração é a atividade exercida pelo Estado através da prática de atos concretos e executórios, para o alcance dos interesses públicos.

Administração Direta ou Centralizada

Administração Pública direta é “toda atividade realizada pelo centro, pelo Poder Executivo, pelo chefe do Executivo e seus auxiliares, nas três esferas” (Cretella Jr., José).

Indica a gestão do Serviço Público pelo próprio Estado, ou seja, “Administração Direta é gestão, pelo próprio Estado, do serviço público” (Cirne Lima, Rui).

A característica determinante da administração direta é a sua composição: os órgãos públicos

pertencentes a ela estão ligados diretamente ao poder executivo federal, estadual ou municipal. Nesse sentido,

estes órgãos integram as pessoas federativas (Federação, Estados e Municípios) e são responsáveis imediatos pelas atividades administrativas do Estado.

Os órgãos não possuem personalidade jurídica própria, patrimônio e autonomia administrativa, uma vez

que seus orçamentos são subordinados às esferas das quais fazem parte. Ex: ministérios do governo federal;

(11)

Os órgãos estão subordinados diretamente às pessoas jurídicas políticas (União, Estados, Municípios e Distrito Federal).

Administração Indireta ou Descentralizada

A administração indireta “é o conjunto dos entes (entidades com personalidade jurídica) que, vinculados a um órgão da Administração Direta, prestam serviço público ou de interesse público” (Hely Lopes Meirelles, 2004).

- Autarquia: pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de autoadministração, para o

desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos limites da lei (Prof. Maria Sylvia Zanella Di Pietro);

- Fundação pública: é a fundação instituída pelo Poder Público como o patrimônio, total ou parcialmente

público, dotado de personalidade jurídica de direito público ou privado e destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado de ordem social, com capacidade de autoadministração e mediante controle da

Administração Pública, nos limites da lei (Prof. Maria Sylvia Zanella Di Pietro);

- Empresa pública: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada

por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios. Ademais, desde que a maioria do capital votante permaneça em propriedade do ente político, será admitida, no capital da empresa pública, a participação de outras pessoas jurídicas de direito público interno, bem como de entidades da administração indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios (Lei 13.303/16, art. 3º);

- Sociedade de economia mista: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com criação

autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a entidade da administração indireta (Lei 13.303/16, art. 4º).

- Consórcio público: (EC n. 19/98) pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da Federação para estabelecer relações de cooperação federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica, ou como pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos (Lei 11.107/2005).

Podemos também dizer que o consórcio público é uma modalidade de associação entre entes federados, que compõem a administração indireta dos entes consorciados, com vistas ao planejamento, à regulação e à execução de atividades de um modo geral ou de serviços públicos de interesse comum de alguns ou de todos os consorciados.

- Contrato de Gestão: é o ajuste celebrado pelo Poder Público com órgãos e entidades da Administração direta, indireta e entidades privadas qualificadas como organizações sociais, para lhes ampliar a autonomia gerencial, orçamentária e financeira ou para lhes prestar variados auxílios e lhes fixar metas de desempenho na consecução de seus objetivos.

AGENTES PÚBLICOS

São todas as pessoas físicas incumbidas de exercer alguma função estatal, definitiva ou transitoriamente. Os AGENTES desempenham as funções dos órgãos a que estão vinculados.

Os agentes públicos podem ser: políticos, administrativos, honoríficos (ex: mesário, jurado) e delegados (ex:

(12)

1) Servidor Público: são todas as pessoas físicas que mantêm relação de trabalho com a Administração Pública, direta, indireta, autárquica e fundacional. Os servidores Públicos constituem uma espécie de Agentes Públicos (agentes administrativos, agentes políticos e agentes delegados).

Os servidores públicos podem ser:

- Estatutários (Funcionários Públicos) - possuem CARGOS - Empregados Públicos (celetistas) - possuem EMPREGOS - Servidores Temporários - possuem FUNÇÃO

2) Empregos Públicos – ocupados por empregados públicos, sob regime Celetista (CLT), nas pessoas

jurídicas de direito privado.

3) Funções Públicas - conjunto de atribuições que a Administração confere a determinados agentes a

execução de serviços eventuais (funções temporárias) ou permanentes (funções de confiança: exclusiva de servidores titulares de serviços públicos).

4) Cargos Públicos - são as mais simples e indivisíveis unidades de competência a serem ocupadas por um

agente. São ocupados por servidor público, sob regime estatutário, nas pessoas jurídicas de direito público. Cargo é o lugar, criado por lei, ao qual corresponde uma função e é provido por um agente. O cargo, sendo lugar, é lotado no órgão. Lotação é o número de cargos de um órgão.

Função de Confiança Cargo em Comissão

Ocupação exclusiva de cargo efetivo

Ingresso por meio de concurso público Atribuições de responsabilidade

Funções: direção, chefia e assessoramento Livre nomeação e exoneração

Ocupação por qualquer pessoa, observado percentual mínimo de 75% para servidores de carreira

Ingresso sem concurso público, exceto percentual mínimo de servidores de carreira Atribuições: da responsabilidade do cargo Funções: chefia e assessoramento

Livre nomeação e exoneração

Provimento é o nome que se dá ao preenchimento do cargo público. Pode ser Originário ou Derivado:

- Originário: pressupõe a inexistência de relação jurídica entre a pessoa concorrente ao cargo ou função e a Administração. Nomeação.

- Derivado: trata-se de tipo de provimento dos cargos públicos, decorre de um vínculo anterior entre Servidor e Administração. Segundo o artigo 8º da Lei nº 8.112/1990, são formas de provimento de cargo público.

• Promoção: elevação do funcionário, pelos critérios de merecimento e antiguidade, à classe superior dentro da mesma série de classes.

• Readaptação: investidura do servidor público em cargo de atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, verificada por inspeção médica.

• Reversão: retorno do servidor que está aposentado por motivos de invalidez, sua volta às atividades, se dá quando os motivos causadores da inatividade desapareceram.

• Aproveitamento: retorno ao serviço ativo do servidor que se encontrava em disponibilidade e foi aproveitado. • Reintegração: reinvestidura, volta do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado por ele, quando invalidada a sua demissão por decisão administrativa ou judicial por ter sido a demissão ou rescisão dada de forma ilegal.

• Recondução: retorno do servidor estável ao cargo anteriormente ocupado, por ter sido retirado do cargo em decorrência de, por exemplo, inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior ocupante.

Macetes:

- ReVersão = V de Velhinho, aposentado. É a volta do aposentado por invalidez ou pelo interesse da administração.

- ReaDaptação = D de Doente. A investidura do servidor em cargo compatível com uma limitação física que tenha sofrido (doença, acidente, etc).

- REINtegração = Lembre-se de REINvestidura. Uma nova investidura do servidor em seu cargo, após a invalidação de sua demissão.

Referências

Documentos relacionados

A produção de papel para impressão e escrita na BIGNARDI PAPÉIS, começa com a desagregação da celulose adquirida no mercado, normalmente com teor seco de 50 a

Mas, ao examinarmos toda a Convenção, seu texto, sua agilidade, a cooperação entre os Estados membros, e os seus resultados e colocarmos em contrapartida à

Exceto na soldagem de alumínio ou cobre, o processo de arco em aerossol fica geralmente restrito apenas à soldagem na posição plana por causa da grande poça de

Como o objetivo deste trabalho é comparar diferentes técnicas econométricas em termos de tamanho da amostra e de viés e estabilidade dos parâmetros de um modelo Novo-Keynesiano, em

A dinâmica da vida urbana e das constantes ameaças dos agentes da especulação imobiliária exigem isso: hibridação de saberes e práticas com outros movimentos

การนําเสนอข้อมูล การนําเสนออย่างไม่เป็นแบบแผน เช่น - การนําเสนอในรูปข้อความ

Esta Lei Complementar estabelece normas da cooperação federativa entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e entre os Estados e os Municípios, para garantia

GRUPO DE DESENVOLVIMENTO DE DIRIGENTES PDD 96 HORAS Atualização em conteúdos de padrão internacional Avaliação gerencial mensal 4h/organização Monitorias em.