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PROPOSTA DE PLANO DE GESTÃO PARA A ZONA DE PROTECÇÃO ESPECIAL PONTA DA ILHA (PARTE COSTEIRA) JANEIRO 2005 A DEZEMBRO 2009 IMAR INSTITUTO DO MAR

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2009

IMAR–INSTITUTO DO MAR

DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E PESCAS,UNIVERSIDADE DOS AÇORES JUNHO DE 2004

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FICHA TÉCNICA

Coordenador geral do projecto

Ricardo Serrão Santos

Redactor

Ana Meirinho

Consultores

José Pedro Tavares Neil Cowie

Colaboradores

Carla Gomes Joel Bried

Maria Carvalho Magalhães Maria José Pitta Groz Ricardo Medeiros Samanta Vizinho

______________________________________________________________________ Autoria

A informação apresentada neste relatório é baseada na compilação conduzida pelo Núcleo Temático Aves Marinhas do Projecto OGAMP.

Citação

Este documento deve ser citado como:

MEIRINHO, A., M. C. MAGALHÃES & M. PITTA GROZ (2004). Proposta de Plano de Gestão para a Zona de Protecção Especial Ponta da Ilha. Arquivos do DOP. Série Estudos, nº 5/2004, 41 p.

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AGRADECIMENTOS

A elaboração das propostas de Planos de Gestão para as ZPE dos Açores não teria sido possível sem a preciosa colaboração de numerosas pessoas e instituições:

Adeliaçor – Associação para o Desenvolvimento Local de Ilhas dos Açores Arde – Associação Regional para o Desenvolvimento

Direcção Regional do Ambiente

Direcção Regional de Estudos e Planeamento dos Açores Direcção Regional dos Recursos Florestais

Direcção Regional do Turismo Instituto de Meteorologia

Grater – Associação de Desenvolvimento Regional Royal Society for the Protection of Birds

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INDICE RESUMO 5 CAPÍTULO I 7 1. Informações gerais 7 a) Localização e descrição 7 2. Caracterização ambiental 9 a) Características físicas 9

b) Características biológicas/ ecológica 11

3. Caracterização socio-económica 15

a) Actividades humanas 15

b) Aspectos estéticos e paisagísticos 18

c) Valores patrimoniais 18

4. Bibliografia 19

CAPÍTULO II: AVALIAÇÃO E OBJECTIVOS 24

1. Avaliação das componentes 24

a) Critérios de avaliação ecológica 24

b) Critérios de avaliação socio-económica 26

2. Factores que influenciam a gestão 26

a) Factores introduzidos pelo Homem 26

b) Factores jurídicos 27

3. Orientações e objectivos de gestão 27

a) Definições das orientações da gestão 27

CAPÍTULO III: MEDIDAS DE GESTÃO 28

1. Medidas, acções e actividades 28

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RESUMO

Nome do Sítio: Ponta da Ilha

Localização: Ponta da ilha, Piedade, Lajes do Pico (Ilha Pico, Açores, Portugal). Área: 243 hectares e 8.919 metros de linha de costa.

Estatuto: Zona de Protecção Especial (ZPE), Zona Importante para Aves (IBA), Sítio de Importância Comunitária (SIC), Paisagem Protegida de Interesse regional da Cultura da Vinha da Ilha do Pico; Reserva Ecológica Nacional (REN); Domínio Público Hídrico (DPH).

Gerido por: Direcção Regional do Ambiente (DRA).

Descrição da Zona

Esta ZPE situa-se na ponta oriental da ilha do Pico, sendo constituída por correntes de lava, várias pequenas baías, ilhéus e baixios, com uma linha de costa de 8.919 m. Apresenta uma vasta mancha de vegetação endémica em bom estado de conservação e colónias de garajaus, cagarros e gaivotas. É uma área de fácil acesso e de alguma vulnerabilidade à perturbação humana, abertura de estradas e invasão por espécies de flora exóticas.

Âmbito

Esta ZPE constitui parte significativa de uma rede de zonas de protecção nos Açores que inclui importantes colónias de espécies de aves marinhas. A ZPE detém ainda importância internacional para as aves prioritárias do Anexo I da Directiva Aves que ali nidificam. A designação da área permite proteger habitats críticos para estas aves e todo o valor potencial em termos de conservação.

Esta ZPE inclui uma importante zona costeira dos Açores, com grande potencial de colonização de garajaus através de medidas de conservação adequadas.

(6)

Manter e melhorar o local em questão como uma parte integrante da rede de Zonas de Protecção Especial do arquipélago dos Açores, para o benefício de espécies nidificantes de importância internacional, principalmente garajaus. Utilização das zonas costeiras e dos pequenos ilhéus costeiros da ponta da Ilha como um local potencial para remover alguns dos predadores introduzidos (ratos e gatos) e a perturbação humana de forma a obter habitat apropriado para a recolonização de garajau-rosado e outras aves de importância internacional. Objectivos específicos e medidas de gestão

Espécies e habitats Aumentar a vigilância

Implementar a vigilância diária da ZPE entre Março a Novembro e semanal no resto do ano. Monitorizar as colónias de aves marinhas

Monitorizar os dados populacionais das espécies-chave de aves marinhas: - garajaus anualmente,

- cagarros de cinco em cinco anos, - gaivotas de cinco em cinco anos,

- prospecção de nidificação de pequenos Procellariiformes. Avaliar o impacto de predadores

Avaliar o possível impacto de predadores introduzidos sobre a colónia de aves marinhas. Promoção

Promover o interesse público em relação à conservação das espécies e áreas protegidas Reforçar a campanha SOS Cagarro no Pico;

Desenvolver programa educacional com escolas e ecoteca sobre importância da conservação da biodiversidade;

Aumentar serviços de interpretação em locais seleccionados. Administração Estabelecer os mecanismos de gestão da área

Definir equipa técnica para gerir e vigiar a área em estudo; Formar equipa técnica, vigilantes da natureza;

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CAPÍTULO I 1. Informações gerais

a) Localização e descrição

Localização e limites

Nome do Sítio: Ponta da Ilha

Localização: Ponta da Ilha, Piedade, Ilha do Pico, Açores, Portugal (ver figura 1). Coordenadas: Longitude 28º 02' W

Latitude 38º 25’ N

Área: 243 hectares

Altitude: 225 metros Linha de costa: 8.919 metros

(8)

Esta ZPE situa-se na ponta oriental da ilha do Pico, sendo constituída por correntes de lava, várias pequenas baías, ilhéus e baixios, com uma linha de costa de 6.990 m. Apresenta uma vasta mancha de vegetação endémica em bom estado de conservação e colónias de garajaus, cagarros e gaivotas. É uma área de fácil acesso e de alguma vulnerabilidade à perturbação humana, abertura de estradas e invasão por espécies de flora exóticas.

Estatutos de protecção

De entre as espécies referidas no Anexo I da Directiva Aves, cuja conservação requer a designação ZPE, nidificam ou nidificaram nesta área as seguintes espécies (* espécies prioritárias): Calonectris diomedea borealis (cagarro), Sterna dougallii* (garajau-rosado), Sterna hirundo (garajau-comum) e Columba palumbus azoricus (pombo-torcaz-dos-Açores) (Decreto – Lei n.º 140/99 de 24 de Abril, Artigo 6º Anexo A-I).

Para a ZPE em questão existem seis designações de protecção que se apresentam no quadro 1.

Quadro 1 – Estatutos existentes na ZPE “Ponta da Ilha” e respectivas entidades responsáveis.

Estatuto (hectares) Área Ano Responsável Entidade

Zona Importante para Aves (IBA) PT072 “Ponta da Ilha e Terra

Alta” 194 2003 SPEA/ BirdLife

Sítio de Importância Comunitária PTPIC0010 “Ponta da Ilha”

(Decisão da Comissão de 28 de Dezembro de 2001) 395 1998 DRA Paisagem Protegida de Interesse Regional da Cultura da

Vinha da Ilha do Pico (Decreto Legislativo Regional n.º 12/96/A; Decreto Legislativo Regional n.º 1/2004/A)

1996

Zona de Protecção Especial “Ponta da Ilha” (Decreto

Regulamentar Regional n.º 14/2004/A) 324 1991 DRA

Reserva Ecológica Nacional (pendente)

(Decreto-Lei n.º 93/90 de 19 de Março); 1990 DRA

Domínio Público Hídrico

(Decreto-Lei n.º 468/71 de 5 de Novembro) 1971 DROTRH DRA – Direcção Regional do Ambiente

DRORH – Direcção Regional de Ordenamento do Território e Recursos Hídricos DRP – Direcção Regional das Pescas

SPEA – Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves. Regime de propriedade

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a) Características físicas

Clima

Da análise efectuada à Rede Climatológica Nacional do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica, observou-se a inexistência de estações meteorológicas na ilha do Pico. Devido à ausência de dados que caracterizem de forma precisa a área da ZPE e atendendo que existe uma semelhança climática entre as zonas de baixa altitude da ilha do Faial e do Pico tornou-se necessário apresentar os dados climáticos relativos à ilha do Faial.

A temperatura média anual na Horta é de 17,7 ºC, com temperatura média mensal mais elevada em Agosto (22,9 ºC) e uma temperatura média mensal mais baixa em Fevereiro (14,2 ºC). A humidade relativa do ar apresenta valores estáveis durante todo o ano situando-se entre 78 a 80%. Em termos de precipitação total mensal verifica-se grandes alterações ao longo do ano e de ano para ano (ver quadro 2).

Quadro 2 – Temperatura média do ar, humidade relativa média do ar e precipitação total mensal na cidade da

Horta acerca dos últimos 20 anos (1982 – 2001).

Meses Temperatura média do ar (ºC) Humidade relativa média do ar (%) Precipitação total média (mm) Janeiro 14,4 79,3 95,7 Fevereiro 14,2 79,1 83,2 Março 14,7 79,2 86,8 Abril 15,3 78,2 61,1 Maio 16,6 78,5 73,4 Junho 19,0 80,7 57,5 Julho 21,8 79,6 34,6 Agosto 22,9 79,0 56,6 Setembro 21,9 79,1 91,2 Outubro 19,6 78,5 119,9 Novembro 17,0 78,6 121,3 Dezembro 15,4 80,6 133,0 Ano 17,7 79,2 84,5

Na Horta predominam ao longo de todo o ano os ventos do quadrante SW. O número médio de dias com ventos fortes (velocidade média ≥ 36 km/h) é significativo, atingindo o máximo em Março.

(10)

Hidrogeologia e recursos hídricos

A ZPE em questão não apresenta cursos de água. Geologia e geomorfologia

A ilha do Pico, a mais jovem do arquipélago com aproximadamente 300 000 anos, foi alvo de inúmeras erupções vulcânicas ao longo da sua formação, estendendo-se estas até à actualidade, tendo deixado marcas bem visíveis na cultura dos Picoenses.

De uma forma geral podemos considerar que o vulcanismo na ilha do Pico é predominantemente efusivo, resultando de erupções do tipo havaiano e estromboliano, existindo também uma actividade surteseiana que terá tido um papel importante na formação da ilha.

As rochas do Pico estão incluídas na série alcalina (basaltos alcalinos – basaltos transicionais – basaltos sub-alcalinos), sendo pobres em sílica (<50 %) e potássio (<2 %), e ricos em sódio (>2 %).

Geologicamente a ilha do Pico pode ser dividida em três complexos vulcânicos: Topo - Lajes, mais antigo, dominado pelo vulcão em escudo do Topo, que iniciou a sua actividade à cerca de 300 000 anos; São Roque - Piedade, localizado na parte oriental da ilha, caracterizado por um vulcanismo do tipo fissural, com cerca de200 cones vulcânicos, formado por um alinhamento vulcânico de orientação predominantemente WNW-ESSE, e a Montanha, o mais recente, dominado por um estrato vulcânico de 2351 metros de altitude, formado por uma alternância sucessiva de erupções efusivas e explosivas. Neste complexo estão ainda incluídas as erupções históricas da Prainha do Norte em 1562, de Santa Luzia em 1718, de São João também em 1718 e da Silveira em 1720.

Devido à natureza vulcânica da ilha e à presença de escoadas lávicas do tipo basáltico, a zona da Piedade, bem como toda a ilha, apresenta um diversificado património espeleológico, através da presença de cavidades vulcânicas (grutas lávicas e algares) e de campos de lava bem preservados que apresentam diversos micro-relevos: tumuli, cristas de pressão, lavas encordoadas e pahoehoe toes.

Na área da Piedade os declives são maioritariamente inferiores a 12 %, exceptuando-se a linha de costa propriamente dita que apresenta valores mais elevados.

(11)

Solos

Os solos existentes na ilha do Pico correspondem ao seguintes tipos:

- Litossolos e solos líticos, não evoluídos derivados de rocha consolidada de natureza basáltica, com pedrogosidade elevada, ocorrendo associados a afloramentos rochosos típicos das zonas de “biscoito”.

- Regossolos e solos regolíticos, são solos pouco evoluídos. Em geral cascalhentos, identificando-se com cabeços de baacina fina na faixa liotral. A génese destes solos está relacionada com erupções vulcânicas originando cones de escórias.

- Coluviossolos, são originários de deposição de matérias em situação de depressão e possuem elevado interesse para a exploração agrícola. Geralmente ocupam áreas restritas, contudo em algumas zonas do litoral têm representação assinalável.

- Andossolos, são derivados de materiais piroclásticos, ricos em vidro vulcânico. Dividem-se em saturados, insaturados e ferruginosos consoante o grau de saturação em base de troca e na morfologia dos constituintes ferruginosos existentes.

- Solos delgados ândicos, desenvolvem-se sobre mantos lávicos, sendo solos pouco evoluídos, não apresentando horizonte B.

- Solos orgânicos, são formados em condições de saturação hídrica e, com frequência, em zonas sujeitas a temperaturas relativamente baixas (zonas altas) e não susceptíveis de aproveitamento agrícola e/ou vegetal porque estão sujeitos a condições de encharcamento.

b) Características biológicas/ ecológicas

Habitats

Habitats naturais

De acordo com o Anexo I da Directiva Habitats, os habitats naturais existentes na ZPE em questão e na área envolvente são os constantes no quadro 3.

Quadro 3 – Habitats naturais existentes na ZPE “Ponta da ilha”, constantes no Anexo I da Directiva Habitats (*

habitat prioritário).

Código Habitat natural da Directiva Habitats

1160 Enseadas e baías pouco profundas 1170 Recifes

1220 Vegetação vivaz das costas de calhaus rolados

1250 Falésias com vegetação das costas macaronésicas (flora endémica) 4050* Matos macaronésicos endémicos

8320 Campos de lava e escavações naturais

(12)

Flora

Na área abrangida pela ZPE e zona envolvente foram identificadas 12 espécies de flora, sendo 10 espécies endémicas dos Açores (ver quadro 4).

Quadro 4 - Espécies de flora identificadas na ZPE “Ponta da Ilha” e área envolvente (* espécie prioritária).

Família Espécies Nome comum Biogeografia Directiva Habitats Estatuto na ilha Spermatophyta – Gymnospermae

Cupressaceae Juniperus brevifolia Cedro, Cedro do mato, Zimbro Endémica Açores Vulnerável

Spermatophyta - Angiospermae – Monocotyledones

Cyperaceae Carex divulsa spp. hochsteriana Endémica Açores Não ameaçado

Juncaceae Juncus acutus Junco-agudo Indígena Raro

Poaceae Festuca petraea Bracel-da-rocha Endémica Açores

Spermatophyta - Angiospermae – Dicotyledones

Apiaceae Crithmum maritimum Indígena Não ameaçado

Apiaceae Daucus carota spp. azorica Salsa-burra, cenoura Endémica Açores

Asteraceae Solidago sempervirens Cubres Indígena

Boraginaceaea Myosotis maritima Não-me esqueças Endémica Açores Anexo II

Campanulaceae Azorina vidalii Vidália Endémica Açores Anexo II* Não ameaçado

Caryophyllaceae Spergularia azorica Endémica Açores Anexo II Em perigo

Empetraceae Corema album spp. azoricum Camarinha Endémica Açores Vulnerável

Ericaceae Erica scoparia ssp. azorica Urze, mato, vassoura Endémica Açores Anexo II Não ameaçado

Euphorbiaceae Euphorbia azorica Erva-leiteira Endémica Açores Não ameaçado

Fabaceae Lotus azoricus Endémica Açores Anexo II * Em perigo

Gentianaceae Centarium erythraea grandiflorum Fel-da-terra Indígena

Lauraceae Laurus azorica Loureiro Indígena

Myrsinaceae Myrsine africana Tamujo Exótica

(13)

Fauna

Aves

Na ZPE existem 26 espécies de aves selvagens nidificantes. As espécies mais importantes em termos de estatuto de conservação (espécies pertencentes ao Anexo I da Directiva Aves) são as aves marinhas, com excepção das gaivotas (ver quadro 5).

Quadro 5 – Censos e estatuto de conservação na Directiva Aves das aves marinhas na ZPE “Ponta da ilha” e área

envolvente.

Censos (número de casais) Espécie 1989 1991 1996 2001 2002 2003 Estatuto na Directiva Aves Cagarro 1 (Calonectris diomedea borealis) 1470 1 Anexo I Garajau-rosado

(Sterna dougallii) 1 0 11 0 0 Anexo I *

Garajau-comum

(Sterna hirundo) 24 18 34 7 35 163 Anexo I

Gaivota (Larus cachinnans atlantis) 1 Nº de indivíduos. * Espécie prioritária. Mamíferos

O morcego-dos-Açores (Nyctalus azoreum), único mamífero endémico dos Açores e considerada uma espécie ameaçada, apresenta uma distribuição regular na área da ZPE, embora não estejam identificados os habitats de nidificação.

Existem outras espécies de mamíferos que foram introduzidas em todo o arquipélago durante e posteriormente à colonização das ilhas. Algumas destas espécies tornaram-se pragas de difícil controlo e um exemplo disso são os ratos que chegam a atingir números elevados em diversas ilhas (ver quadro 6).

(14)

Quadro 6 – Mamíferos introduzidos existentes na ilha do Pico.

Espécie Nome vulgar

Myosotis myotis Morcego-rato-grande

Mus musculus domesticus Ratinho

Rattus norvegicus Ratazana-castanha

Rattus rattus Ratazana-preta

Oryctolagus cuniculus Coelho-bravo

Mustela furo Furão

Répteis

Outra espécie introduzida na ZPE e área adjacente é a lagartixa (Lacerta dugesii). Invertebrados terrestres

A bibliografia referente a invertebrados para ilha do Pico é bastante escassa. Assim sendo, foi impossível compilar dados de invertebrados para a ZPE. Os dados apresentados no quadro 8 e no anexo dizem respeito a toda a ilha do Pico (ver quadro 7).

Quadro 7 – Invertebrados endémicos existentes na Ilha do Pico.

Ordem Família Espécie Endemismo

Calathus extensicollis Endémica Ocydromus schmidti azoricus Endémica Pseudanchomenus aptinoides Endémica Trechus montanheirorum Endémica Carabidae

Trechus picoensis Endémica

Cerambycidae Crotchiella brachyptera Endémica

Cisidae Atlantocis gillerforsi Endémica

Tarphius acuminatus Endémica Tarphius azoricus Endémica Colydiidae

Tarphius tornvalli Endémica Acalles subcarinatus Endémica Laparocerus azoricus Endémica Otiorhynchus trophonius azoricus Endémica Curculionidae

Pseudechinosoma nodosum Endémica

Agabus godmani Endémica

Dytiscidae

Hydroporus guernei Endémica

Elateridae Heteroderes azoricus Endémica

Scolytidae Phloeosinus gillerforsi Endémica

Aleochara freyi Endémica Coleoptera

Staphylinidae

Phloeonomus azoricus Endémica

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a) Actividades humanas

Demografia

Ao longo do último século a ilha do Pico tem sofrido com a diminuição da população residente. O maior número de habitantes (27.855) da ilha foi no ano de 1878. A partir dessa década a população diminuiu gradativamente. Nas décadas de 40 e 50 observou-se um aumento na população residente, sendo que em 1950 o número de habitantes era de 22.557. A partir da década de 50 ocorreu uma nova queda abrupta no número de habitantes residentes na ilha, provavelmente favorecido pela emigração para o Canadá e Estados Unidos da América. Actualmente a população do Pico esta em declínio, como pode ser observado na figura 2.

0 5000 10000 15000 20000 25000 30000 1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 Anos Nº de habitantes

Figura 2 – Evolução do número de habitantes da ilha do Pico no último século.

Segundo o Censo de 2001, a percentagem da população com actividade económica (empregados e desempregados) na ilha do Pico é de 48 %, enquanto que a população sem actividade económica (estudantes, domésticas, reformados e incapacitados) é de 52 %.

Na área envolvente à ZPE localiza-se a freguesia da Piedade, com cerca de 6 % da população da ilha do Pico (902 habitantes).

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Iniciativas comunitárias

A área da ZPE, foi alvo de investimento comunitário através do Programa LIFE (quadro 8).

Quadro 8 – Projectos LIFE aprovados para a área em questão e montantes totais para o arquipélago dos Açores. Projecto

Conservação das comunidades e habitats de aves marinhas dos Açores 1995-1998 Parceiros do projecto

Departamento de Oceanografia e Pescas – Universidade dos Açores (DOP); Direcção Regional do Ambiente (DRA); University of Glasgow

Royal Society for the Protection of Birds (RSPB).

Valor total

500.000 €

Investimento LIFE

300.000 €

Gestão integrada de zonas costeiras e marinhas dos Açores 1998-2002 Parceiros do projecto

Departamento de Oceanografia e Pescas – Universidade dos Açores (DOP); Direcção Regional do Ambiente (DRA); Direcção Regional das Pescas (DRP); Centro do Instituto do Mar – Universidade dos Açores (IMAR).

Valor total

1.365.585,71 €

Investimento LIFE

819.351,42 €

Actividades recreativas

Na ZPE são practicadas diversas actividades recreativas tais como pastoreio, pesca, apanha de marisco, actividades balneares e turismo.

Censos, monitorização e investigação

No Projecto LIFE “Conservação das comunidades e habitats de aves marinhas dos Açores” 1995-1998 foram efectuados trabalhos de censos e investigação na ZPE e áreas adjacentes: - censos dos níveis populacionais das colónias de garajau-rosado;

- censos completos e inventariação de colónias de garajau-rosado, garajau-comum, cagarro e gaivota na faixa costeira do arquipélago;

- avaliação do estatuto da freira-do-Bugio nos Açores, com recurso a técnicas de atracção por reprodução de vocalizações;

- campanhas de anilhagem de cagarro, garajau-rosado e garajau-comum;

- estudos de selecção de habitat e cronologia da reprodução das várias espécies de aves marinhas.

No LIFE “Gestão integrada de zonas costeiras e marinhas dos Açores” 1998-2002 foram recolhidos anualmente dados dos níveis populacionais das colónias de garajau-rosado.

(17)

Instituto da Conservação da Natureza (ICN), Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA), Direcção Regional do Ambiente dos Açores e Parque Natural da Madeira a ilha do Pico foi parcialmente recenseada em 2000 e 2002.

Acções de promoção

Público-alvo

O público alvo das acções de promoção efectuadas na ZPE em questão foi composto principalmente por pescadores locais, população local das freguesias próximas, escolas de ensino básico e secundário da ilha do Pico e escuteiros da ilha do Pico.

Evolução do número de visitantes

A ZPE “Ponta da ilha” é visitada por turistas e visitantes locais que utilizam a área para as actividades recreativas descritas anteriormente. No entanto não existe um registo do número de visistantes.

Infra-estruturas de apoio aos visitantes

Na ZPE em questão existem diversas infra-estruturas de apoio aos visitantes tais como piscinas e zonas balneares, portos, restaurantes e um parque de merendas na área adjacente à ZPE .

Educação ambiental

Entre 1995 e 1998, ao abrigo do projecto LIFE “Conservação das comunidades e habitats de aves marinhas dos Açores” foram elaborados e distribuídos desdobráveis, cartazes, folhetos, brochuras e puzzles didácticos sobre as aves marinhas que nidificam nos Açores e os regimes de protecção existentes.

No âmbito da campanha SOS Cagarro, durante o projecto anteriormente referido, a DRA elaborou um spot radiofónico e um spot televisivo sobre medidas de protecção para cagarros encandeados, emitidos diariamente pela Antena 9 e pela RTP Açores, nos meses de Outubro e Novembro. Realizaram-se também várias acções de recolha de cagarros encandeados e sessões de esclarecimento sobre as medidas a tomar para proteger estas aves. Foi ainda realizado um spot televisivo sobre garajaus exibido na RTP Açores durante o Workshop sobre garajau-rosado, em Agosto de 1997.

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2002 foram elaboradas diversas palestras, brochuras, panfletos e posters com o intuito de informação e sensibilização sobre as Áreas Marinhas Protegidas. Em 1999 foram produzidas e distribuídas 1400 caixas de papelão e material de divulgação da campanha SOS Cagarro.

b) Aspectos estéticos e paisagísticos

Uso e ocupação do solo

Na ZPE em questão as formas mais comuns de uso do solo são: conservação da natureza/ investigação; turismo/ recreio; agropecuária, cultura da vinha do Pico e solo não utilizado. Acções de gestão e conservação

Para além da publicação da legislação referida anteriormente efectuaram-se outras acções de gestão e conservação na ZPE em questão que se apresentam de seguida.

Em 1995, ao abrigo do projecto LIFE “Conservação das comunidades e habitats de aves marinhas dos Açores” a DRA produziu e colocou placas de sinalização e informação em madeira pintada a delimitar a ZPE. Em 1996 foram produzidos autocolantes para colocar em placas de madeira por forma a sinalizar a delimitação da ZPE. Em 1997 e 1998 foram renovadas algumas das placas e autocolantes de sinalização.

Em 2002, foi realizada pela Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) a caracterização dos territórios mais apropriados para a conservação das populações de aves selvagens do Anexo I da Directiva Aves no Arquipélago dos Açores.

c) Valores patrimoniais

Principais bens imóveis

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Monografias, artigos científicos e relatórios

- AVERY,M.I.,N.D.COULTHARD,A.J. DEL NEVO,A.LEROUX,F.MEDEIROS,O.MERNE,L.MONTEIRO,A. MORALEE,Y.NTIAMOA-BAIDU,M.O’BRIAIN &E.WALLACE 1995. A recovery plan for roseate terns in

the East Atlantic: an international programme. Bird Conservation International. 5: 441-453.

- BANNERMAN,D.A.&BANNERMAN 1966. Birds of the Atlantic Islands vol. III. Oliver & Boyd, London.

- BIVAR DE SOUSA,A. 1991. Novas citações de Lepidópteros para os Açores. Boletim da Sociedade

Portuguesa de Entomologia. 5(1) 133: 1-20.

- BIVAR DE SOUSA,A. 1985a. Alguns dados sobre a Fauna Entomologica dos Açores e a origem da

sua Fauna Endémica. Boletim da Sociedade Portuguesa de Entomologia. 7(A): 205-214.

- BIVAR DE SOUSA, A. 1985b. Duas novas subespécies de Hipparchia azorina (Lepidoptera,

Satyridae) dos Açores: H. azorina barbara N.SSP. e H. azorina minima N.SSP. respectivamente das ilhas Terceira e Corvo. Boletim da Sociedade Portuguesa de Entomologia (Actas do II

Congresso Ibérico de Entomologia). Suplemento Nº1. vol.4.

- BIVAR DE SOUSA,A. 1982. Hipparchia azorina (Strecker) dos Açores, descrição de uma subespécie

nova da ilha das Flores (Lepidoptera satyridae). Boletim da Sociedade Portuguesa de Entomologia. 3(4). 74: 1-9.

- BOLTON,M.2001.Census of Cory’s shearwaters Calonectris diomedea in the Azores archipelago 2001 – Final Report. Department of Oceanography and Fisheries, University of Azores.

- BORGES, P.A.V. 1990. A checklist of Coleoptera from the Azores with some systematic and biogeographic comments. Boletim do Museu Municipal do Funchal. 42: 87-136.

- BORGES,P.A.V.,A.R.SERRANO & J.A.QUARTAU. 2000. Ranking the azorean natural reserves for

conservation using their endemic arthropods. Journal of Insect Conservation. 4: 129-147.

- BRUUN,B.,H.DELIN &L.SVENSSON. 1995. Aves de Portugal e Europa. 2ª edição revista. Câmara

Municipal do Porto, Pelouro do Ambiente. FAPAS.

- CHAVIGNY,D.&N.MAYAUD.1932.Sur l’avifaune des Açores. Alauda. 4:304-348.

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Folhetos Informativos

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Legislação

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- (1979) Directiva 79/409/CEE – Directiva Aves, relativa à conservação de todas as espécies de aves selvagens.

- (1979) Convenção de Berna Relativa à Protecção da Vida Selvagem e do Ambiente Natural na Europa de 19 de Setembro de 1979 – Convenção relativa à conservação da vida selvagem e dos habitats da Europa.

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florestais dos Açores.

- (1988) Decreto Legislativo Regional 27/88/A de 22 de Julho – Cria as Reservas Florestais Naturais Parciais.

- (1989) Decreto Legislativo Regional 16/89/A de 30 de Agosto – Cria as Reservas Florestais de Recreio.

- (1991) Decreto-Lei n.º 75/91 de 14 de Fevereiro – Transpõe a Directiva Aves no tocante às espécies não cinegéticas.

- (1992) Directiva 92/43/CEE – Directiva Habitats, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e da flora selvagens.

- (1993) Decreto Regulamentar Regional n.º 14/93/A de 31 de Julho – Regulamento de apanha de lapas, com instituição das zonas de Reserva.

- (1993) Portaria n.º 43/93 de 2 de Setembro – Fixação das condições de apanha sem fins comerciais.

- (1993) Decreto Legislativo Regional n.º 21/93/A de 23 de Dezembro – Aplicação à Região do Decreto-Lei n.º 19/93, de 23 de Janeiro (Rede Nacional da Áreas Protegidas).

- (1997) Decreto-Lei n.º 226/97 de 27 de Agosto – Transpõe para o direito interno a Directiva Habitats.

- (1998) Resolução 30/98 de 5 de Fevereiro – Aprova os Sítios com Interesse Comunitário nos Açores.

- (1998) Declaração 12/98 de 7 de Maio – Redefine os Sítios com Interesse Comunitário nos Açores. - (1999) Decreto–Lei n.º 140/99 de 24 de Abril – Revisão da transposição para o direito interno as

Directivas Aves e Habitats.

- (2002) Decreto Legislativo Regional n.º 18/2002/A, de 16 de Maio – Adapta à Região Autónoma dos Açores o Decreto–Lei n.º 140/99 de 24 de Abril.

- (2004) Decreto Regulamentar Regional n.º 14/2004/A, de 20 de Maio – Classifica as Zonas de Protecção Especial (ZPE) da Região Autónoma dos Açores.

(24)

CAPITÚLO II: AVALIAÇÃO E OBJECTIVOS

1. Avaliação das componentes

a) Critérios de avaliação ecológica

Dimensão

A Ponta da Piedade é uma das colónias mais representativas de garajau-comum da ilha do Pico. Esta ZPE apresenta uma mancha relativamente grande de vegetação endémica, principalmente utilizada pelo pombo-torcaz-dos Açores.

Diversidade

A ZPE em questão apresenta cerca de sete habitats naturais constantes da Directiva Habitats, doze espécies de flora endémicas, sendo que muitas delas formam agregados em bom estado de conservação, e quatro espécies de aves marinhas nidificantes.

Fragilidade

A Ponta da ilha é um local com alguma perturbação humana, o que constitui uma ameaça à nidificação de aves marinhas. Apesar disso, a Ponta da ilha apresenta potencial de recuperação se bem monitorizada e livre de predadores (ratos, gatos, cães e furões).

Representatividade

A Ponta da ilha constitui um bom exemplo de uma zona costeira com nidificação de aves marinhas dos Açores e com agregados de flora endémica em bom estado de conservação. Raridade

O morcego-dos-Açores que aqui ocorre é a única espécie endémica de mamífero dos Açores. Naturalidade

A área da ZPE encontra-se em bom estado de conservação apesar de, no passado, se ter verificado alguma modificação dos habitats, principalmente devido à utilização da área da ZPE como zona balnear e de recreio e como cultura da vinha.

(25)

As características mais relevantes da ZPE “Ponta da ilha” são as apresentadas no quadro 9.

Quadro 9 - Identificação e/ ou confirmação de características da ZPE de acordo com os seguintes temas: geologia e

geomorfologia; habitat e tipos de vegetação; espécies vegetais e animais; valores históricos e culturais e visitantes.

Importância

Censos Regional Nacional Europeia Geologia e Geomorfologia

Pequenos ilhéus costeiros e campos de lava Elevada

Habitats

Enseadas e baías pouco profundas (1160) Elevada

Recifes (1170) Elevada

Vegetação vivaz das costas de calhaus rolados

(1220) Elevada

Falésias com vegetação das costas

macaronésicas (flora endémica) (1250) Elevada

Matos macaronésicos endémicos (4050*) Elevada

Campos de lava e escavações naturais (8320) Elevada Grutas marinhas submersas ou semi submersas

(8330) Elevada

Fauna e Flora

Calonectris diomedea 1470 (ind.) < 1 % < 1 % < 1 %

Sterna dougallii* 11 (c.) 1 % 1 % < 1 %

Sterna hirundo 163 (c.) 4 % 1 %

Myosotis maritima Elevada

Azorina vidalii Elevada

Spergularia azorica Elevada

Erica scoparia ssp. azorica Elevada

Lotus azoricus Elevada

Picconia azorica Elevada

Visitantes

(26)

b) Critérios de avaliação sócio-económica

Valor potencial

A Ponta da ilha apresenta bastante potencial para a nidificação de garajaus rosados e comuns. A manutenção do favorável estado de conservação dos habitats, o controle de perturbação humana e a erradicação de alguns predadores são condições necessárias para aumentar o potencial destes locais e incrementar a nidificação de aves marinhas. Esta zona tem áreas balneares, recreativas e de pesca desportiva.

Atractivo paisagístico

A Ponta da ilha é bastante atractiva do ponto de vista turístico e recreativo. Do ponto de vista geológico, em toda a zona litoral é possível observar magníficos campos de lava de enorme interesse científico e paisagístico.

Benefícios indirectos

Na área envolvente existem diversas áreas de conservação ou de importância estratégica: - Zonas de Protecção Especial “Furnas/ Santo António” e “Lajes do Pico”;

- Sítios de Importância Comunitária “Lajes do Pico”, “Montanha do Pico, Prainha e Caveiro”, “Ilhéus da Madalena” e “Baixa do Sul”;

- Reservas Florestais Naturais “Caveiro”, “Lagoa do Caiado” e “Mistério da Prainha”; - Reservas Florestais de Recreio “Mistérios de São João”, “Quinta das Rosas” e “Prainha”. 2. Factores que influenciam a gestão

a) Factores introduzidos pelo Homem

- Acesso humano não controlado e perturbação (pesca da costa e de barco, apanha de marisco, actividades balneares e recreativas, etc.);

- Presença de predadores e plantas invasoras introduzidas;

- Poucos dados existentes sobre algumas espécies de aves e sobre o efeito da pesca nas populações de aves marinhas;

(27)

b) Factores jurídicos

- Pouca tradição no cumprimento da legislação ambiental nos Açores; - Mão de obra especializada muito limitada;

- Deficiência na comunicação entre departamentos com competência na utilização e gestão da área-

3. Orientações e objectivos de gestão

a) Definições das orientações da gestão

Âmbito

Esta ZPE constitui parte significativa de uma rede de zonas de protecção nos Açores que inclui importantes colónias de espécies de aves marinhas. A ZPE detém ainda importância internacional para as aves prioritárias do Anexo I da Directiva Aves que ali nidificam. A designação da área permite proteger habitats críticos para estas aves e todo o valor potencial em termos de conservação.

Esta ZPE inclui uma importante zona costeira dos Açores, com grande potencial de colonização de garajaus através de medidas de conservação adequadas.

Objectivos gerais

Manter e melhorar o local em questão como uma parte integrante da rede de Zonas de Protecção Especial do arquipélago dos Açores, para o benefício de espécies nidificantes de importância internacional, principalmente garajaus. Utilização das zonas costeiras e dos pequenos ilhéus costeiros da ponta da Ilha como um local potencial para remover alguns dos predadores introduzidos e perturbação humana de forma a obter habitat apropriado para potenciar a recolonização de garajau-rosado e outras aves de importância internacional.

(28)

CAPÍTULO III - MEDIDAS DE GESTÂO

1. Medidas, acções e actividades

Espécies e habitats Aumentar a vigilância

Implementar a vigilância da ZPE

A ZPE deverá ser vigiada pelo vigilante da natureza, diariamente entre Março e Novembro e semanalmente (em dias aleatórios) durante o resto do ano. Esta vigilância é particularmente importante para assinalar a perturbação humana ou a entrada de predadores. Qualquer situação irregular deverá ser relatada ao gestor das áreas protegidas, polícia marítima e outras entidades relevantes.

Monitorar as colónias de aves marinhas

Monitorar os dados populacionais das espécies-chave

Realização de censos anuais para o garajau-rosado e garajau-comum. Realização de censos de cinco em cinco anos para cagarro.

Realização de censos de cinco em cinco anos para gaivota.

Prospecção de nidificação de três em três anos para pequenos Procellariiformes.

Estes censos deverão ser realizados por alguém a designar futuramente pelo gestor e com a colaboração do vigilante da natureza.

Avaliar o impacto de predadores

Avaliar o possível impacto de predadores introduzidos sobre as colónias de aves marinhas

Deverá ser avaliado o impacto de predadores nas colónias de garajaus e cagarros da ZPE através de controles sazonais. Estes controles devem ser feitos anualmente antes do período de nidificação de garajaus (Fevereiro a Março).

(29)

Promoção

Promover o interesse público em relação à conservação das espécies e áreas protegidas

Reforçar a campanha SOS Cagarro

A Campanha SOS Cagarro, que visa a protecção dos cagarros juvenis encadeados pelas luzes da cidade durante os primeiros voos, deverá ser mantida e reforçada todos os anos durante os meses de Outubro e Novembro (altura em que os juvenis saem dos ninhos). A campanha deverá incidir maioritariamente no tópico referente à iluminação, tendo como público alvo as crianças e os jovens. Através deste público alvo a transmissão da mensagem deverá ser veiculada para grupos adultos mais específicos.

Desenvolver programa educacional com escolas e ecoteca sobre importância da conservação da biodiversidade

Realizar sessões de divulgação em escolas e ecoteca

Deverão ser organizadas anualmente sessões de divulgação com o objectivo de esclarecer e informar os alunos do 1º, 2º, 3º Ciclo e Secundário sobre a importância da protecção da ZPE e

da área. As sessões deverão incidir prioritariamente em três tópicos distintos: principais aves marinhas e respectivos habitats; principais ameaças; práticas para participar na protecção da ZPE. As sessões ficam a cargo do gestor.

Realizar acções de formação para professores locais

Deverão ser organizadas anualmente acções de formação para os professores locais e para os responsáveis pelas ecotecas, de modo a que os mesmos possam integrar no programa curricular actividades relacionadas com a importância da protecção da ZPE e da área envolvente. As acções de formação deverão incidir prioritariamente em três tópicos distintos: técnicas didácticas para interpretar as aves marinhas, respectivos habitats e ameaças e exemplos de acções de educação ambiental para os alunos participarem na protecção da ZPE. Estas acções deverão ser realizadas por pessoa futuramente a designar, sob supervisão do gestor.

Aumentar serviços de interpretação em locais costeiros seleccionados

Deverá ser colocada sinalização em local bem visível, na zona costeira da ZPE, divulgando que a perturbação humana deverá ser evitada. A sinalização deverá ser colocada durante o primeiro ano de execução do plano de gestão, sob a supervisão do gestor e deverá ser reparada ou substituída sempre que necessário.

(30)

Administração Estabelecer mecanismos de gestão da área

Definir equipa técnica para gerir e vigiar a ZPE Gestor

Deverá ser definido, logo no primeiro ano de projecto do Plano de Gestão (2005), o gestor das áreas protegidas. O gestor terá a seu cargo supervisionar a aplicação dos Planos de Gestão, o trabalho dos vigilantes da natureza, as actividades acima mencionadas e outras a designar futuramente.

Formar equipa técnica

Deverão ser realizados cursos intensivos dirigidos aos vigilantes da Natureza a fim de melhorar o seu desempenho na conservação das espécies e dos habitats protegidos. Estes cursos deverão ser realizados anualmente, antes do período reprodutor das aves marinhas e focarão diversos tópicos importantes:

- melhorar os conhecimentos de fauna e flora;

- identificação e possível controle de predadores naturais e introduzidos; - vigilância eficaz;

- aplicação de coimas para as ilegalidades.

Rever anualmente o progresso do plano de gestão Produzir um relatório anual

Deverá ser produzido pelo gestor um relatório anual sobre o progresso do Plano de Gestão, que deverá ser distribuído pelas entidades competentes duas semanas antes da reunião administrativa interna anual.

Organizar reunião administrativa interna anual

Deverá ser organizada anualmente uma reunião administrativa interna com as entidades competentes directamente relacionadas com os Planos de Gestão da ZPE. A organização desta reunião é da responsabilidade do gestor.

Organizar reunião anual com as entidades relevantes

O gestor deverá organizar e realizar uma reunião anual com as entidades relevantes (SRA, Câmara Municipal, Serviços de Ilha, Universidade dos Açores, Proprietários, Autoridades policiais e outras entidades futuramente a designar pelo gestor).

(31)

IMAR – DOP/UAç 31

Quadro 10 - Listagem de todos os objectivos específicos e medidas de gestão, data prevista de execução e importância relativa de cada medida de gestão para a execução do

plano (1 essencial; 2 importante; 3 desejável).

Ano de actividade

Objectivos específicos e medidas de gestão 2005 2006 2007 2008 2009

Espécies e habitats Aumentar a vigilância

Implementar a vigilância diária da ZPE entre Março e Novembro e semanal do resto do ano 1 1 1 1 1

Monitorar as colónias de aves marinhas

Monitorar os dados populacionais das espécies-chave de aves marinhas Censos anuais de garajau-rosado;

Censos anuais de garajau-comum;

Censos de cinco em cinco anos de cagarro; Censos de cinco em cinco anos de gaivota.;

Prospecção de nidificação de três em três anos de pequenos Procellariiformes;

1 2 1 2 1 3 1 2 1 2 1 2 1 3

Avaliar o impacto de predadores

Avaliar o possível impacto de predadores introduzidos sobre as colónias de aves marinhas 1 1 1 1 1

Promoção Promover o interesse público em relação à conservação das espécies e áreas protegidas

Reforçar a Campanha SOS Cagarro no Pico, anualmente; 3 3 3 3 3

Desenvolver programa educacional com escolas e ecoteca sobre importância da conservação e biodiversidade

Realizar sessões de divulgação, esclarecimento e informação em escolas e ecoteca, anualmente;

Realizar acções de formação para professores locais, anualmente;

3 2 3 3 3 2 3 3 3 2

(32)

Ano de actividade

Objectivos específicos e medidas de gestão 2005 2006 2007 2008 2009

Administração Estabelecer mecanismos de gestão da área

Definir equipa técnica para gerir e vigiar a área em estudo; 1

Formar equipa técnica, vigilantes da natureza 1 2 2 2 2

(33)

ANEXOS

Anexo I – Outras Espécies de Flora e Fauna

Quadro I – Espécies de aves que ocorrem na ZPE “Ponta da Ilha” e área envolvente.

Espécie Nome vulgar Directivas e Convenções Distribuição Fenologia Procellariiformes

Calonectris diomedea borealis Cagarro Berna III, D. Aves

I

Nidificante migratória

Ciconiiformes

Ardea cinerea Garça-real Berna III Invernante

Accipitriformes

Buteo buteo rothschildi Milhafre Cites II, Bona II, Berna II Endémico Açores Nidificante

Galliformes

Coturnix coturnix Codorniz Bona II, Berna III, D. Aves II/2 Nidificante

Strigiformes

Asio otus Bufo-pequeno Bona II, Berna III, D. Aves II/2 Nidificante

Charadriiformes

Arenaria interpres Rola-do-mar Bona II, Berna III Invernante

Calidris alba Pilrito-sanderlingo Bona II, Berna II Invernante

Charadrius alexandrinus Borrelho-de-coleira-interrompida Bona II, Berna II, D. Aves I Invernante

Larus cachinnans atlantis Gaivota Nidificante

Larus marinus Alcatraz-comum Invernante

Larus ridibundus Guincho-comum Berna III Invernante

Numenius phaeopus Maçarico-galego Bona II, Berna III Invernante

Sterna dougallii Garajau-rosado Berna II, D. Aves I Nidificante migratória

Sterna hirundo Garajau-comum Berna II, D. Aves I Nidificante migratória

Columbiformes

Columba livia Pombo-da-rocha Cites C1, Berna

III, D. Aves II Nidificante

Columba palumbus azoricus Pombo-torcaz-dos-Açores D. Aves I* Endémico Açores Nidificante

Passeriformes

(34)

Espécie Nome vulgar Directivas e Convenções Distribuição Fenologia Passeriformes

Carduelis carduelis parva Pintassilgo Berna II Nidificante

Fringilla coelebs moreletti Tentilhão Berna II Endémica Açores Nidificante

Motacilla cinerea patriciae Lavandeira Berna II Endémica Açores Nidificante

Passer domesticus Pardal Nidificante

Regulus regulus inermis Estrelinha Bona II, Berna II Endémica Açores Nidificante

Serinus canaria canaria Canário-da-terra Berna III Endémica Macaronésia Nidificante

Sturnus vulgaris granti Estorninho Endémica

Açores Nidificante

Sylvia atricapilla atlantis Toutinegra Bona II, Berna II Endémica Açores Nidificante

Turdus merula azorensis Melro Bona II, Berna III Endémica Açores Nidificante

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(35)

Ordem Família Espécie

Anaspidae Anapis proteus Anobium punctatum Ptilinus cylindripennis

Anobiidae

Ptilinus pectinicornis

Apionidae Kalcapios semivittatum semivittatum

Bostrichidae Scobicia barbata

Bruchidae Bruchus tristiculus

Buprestidae Agrilus derasofasciatus Acupalpus brunneipes Amara aenea Anchus ruficornis Campalita olivieri Dromus meridionalis Harpalus distinguendus Laemostenus complanatus Ocys harpaloides Ophonus stictus Pseudophonus aptinoides Carabidae Pseudophonus rufipes Arthopalus syriacus Cerambycidae Chlorophorus pilosus Chaetocnema hortensis Crysolina banksi Epitrix cucumeris Epitrix hirtipennis Chrysomelidae Polyspsilla polyspilla

Cleridae Necrobia ruficollis

Coccinella undecimpunctata Scymnus interruptus

Coccinellidae

Scymnus levaillanti

Corylophidae Sericoderus lateralis

Cryptophagidae Ephistemus globulus Ahasverus advena Cryptamorpha desjardinsi Cryptolestes capensis Cryptolestes pusillus Cucujidae Placonotus granulatus Asynonychus godmani Otiorhynchus sulcatus Pissodes castaneus Pselactus spadix Pseudophloeophagus aenopiceus Pseudophloeophagus tenax Rhopalomesites tardyi Curculionidae Sitona lineatus Dermestes frischi Dermestidae Dermestes undulatus Agabus bipustulatus Coleoptera Dytiscidae Rhantus suturalis

(36)

Elateridae Melanotus dichrous

Erotylidae Cryptophilus interger

Gyrinidae Gyrinus distinctus Saprinus semistriatus Histeridae Saprinus subnitescens Cercyon atricapillus Cercyon depressus Cercyon haemorrhoidalis Cercyon lugubris Hydrophilidae Sphaeridium bipustulatum Aridius nodifer Latridiidae Corticaria fulvipes

Melyridae Attalus lusitanicus

Monotomidae Monotoma spinicollis Berginus tamarisci Litargus pilosus Mycetophagidae Typhaea stercorea Carpophilus fumatus Carpophilus marginellus Epuraea biguttata Lasiodactylus tibialis Meligethes aeneus Nitidula carnaria Nitidulidae Omosita colon

Oedemeridae Nacerda melanura Acrotrichis sanctaehelenae Acrotrichis sericans Acrotrichis thoracica Ptiliidae Ptenidium pusillum Sitophilus oryzae Rhynchophoridae Sitophilus zeamais Aphodius granarius Scarabaeidae Onthophagus taurus Hylastes ater Hylastes attenuatus Hylurgus ligniperda Hypothenemus eruditus Liparthrum curtum Orthotomicus erosus Scolytidae Xyleborus saxeseni

Scydmaenidae Stenichnus tythonus mesmini Aleochara bipustulata Aloconota insecta Aloconota sulcifrons Amischa analis Anotylus complanatus Anotylus nitidulus Atheta atramentaria Atheta coriaria Coleoptera Staphylinidae Atheta dilutipennis

(37)

Ordem Família Espécie Atheta divisa Atheta fungi Atheta laticollis Atheta sordida Cafius xantholoma Chloecharis debilicornis Cilea silphoides Coproporus pulchellus Cordalia obscura Creophilus maxillosus Cypha pulicaria Emplenota albopila Gabrius nigritulus Gyrohypnus fracticornis Habrocerus capillaricornis Heterota plumbea Heterothops minutus Lithocharis nigriceps Ocypus olens Phacophallus parumpuntatus Philonthus pachycephalus Philonthus politus Phloeonomus pusillus Phoeopora corticina Phoeopora teres Proteinus atomarius Quedius simplicifrons Remus pruinosus Rugilus orbiculatus Sepedophilus lusitanicus Sepedophilus testaceus Spatulonthus longicornis Sunius propinquus Tachyporus nitidulus Staphylinidae Xenusa sulcata Gnatocerus cornutus Coleoptera Tenebrionidae Tribolium castaneum

Danaidae Danaus plexippus Cyclophora azorensis

Geometridae

Xanthorhoe inaequata

Lycaenidae Lampides boeticus Hypena obsitalis Mythimna unipuncta Noctua pronuba Noctuidae Xestia c-nigum Colias crocea Lepidoptera Pieridae

(38)

Lepidoptera Sphingidae Macroglossum stellatarum Fontes:

BIVAR DE SOUSA,A. 1991. Novas citações de Lepidópteros para os Açores. Boletim da Sociedade Portuguesa de

Entomologia. 5(1) 133: 1-20.

BIVAR DE SOUSA,A. 1985a. Alguns dados sobre a Fauna Entomologica dos Açores e a origem da sua Fauna Endémica. Boletim da Sociedade Portuguesa de Entomologia. 7(A): 205-214.

BIVAR DE SOUSA,A. 1985b. Duas novas subespécies de Hipparchia azorina (Lepidoptera, Satyridae) dos Açores: H.

azorina barbara N.SSP. e H. azorina minima N.SSP. respectivamente das ilhas Terceira e Corvo. Boletim da Sociedade Portuguesa de Entomologia (Actas do II Congresso Ibérico de Entomologia). Suplemento Nº1. vol.4.

BIVAR DE SOUSA,A. 1982. Hipparchia azorina (Strecker) dos Açores, descrição de uma subespécie nova da ilha das

Flores (Lepidoptera satyridae). Boletim da Sociedade Portuguesa de Entomologia. 3(4). 74: 1-9.

BORGES,P.A.V. 1990. A checklist of Coleoptera from the Azores with some systematic and biogeographic comments.

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BORGES,P.A.V.,A.R.SERRANO &J.A.QUARTAU. 2000. Ranking the azorean natural reserves for conservation using their endemic arthropods. Journal of Insect Conservation. 4: 129-147.

TAVARES,J.,L.OLIVEIRA,V.VIEIRA &L.SILVA. 1994. Contributo para o conhecimento dos Artrópodes (Lépidópteros e Himenópteros) da Ilha do Faial. Expedição Científica Faial 1993. Relatórios e Comunicações do Departamento de

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IMAR – DOP/UAç 39

Quadro III – Biologia e ecologia das espécies de aves marinhas que nidificam na ZPE “Ponta da Ilha” e área envolvente.

Espécies Envergadura Peso Período Reprodutor Alimentação Ilhas de nidificação

Estimativas populacionais nos Açores

Habitat Distribuição geográfica e migrações Pardelas - ORDEM Procellariiformes Família Procellariidae

Calonectris diomedea borealis Cagarro Pardela-de-bico-amarelo Cory's Shearwater 100-125 cm Macho: 680-1060 g Fêmea: 605-1010 g Finais de Fevereiro -finais de Outubro. Pequenos peixes pelágicos (chicharro, cavala, etc.), pequenas lulas e alguns crustáceos. Todas as ilhas dos Açores. Cerca de 200.000 casais reprodutores. Cavidades naturais e fendas na rocha. Reutilizam buracos de coelho no solo ou escavam o seu próprio ninho.

Durante o período reprodutor: Mediterrâneo e ilhas do Atlântico Norte.

Migração: Hemisfério Sul, nomeadamente para a costa da Namíbia, África do Sul, Brasil e Uruguai.

Garajaus – ORDEM Charadriiformes Família Sternidae

Sterna hirundo Garajau-comum Common Tern 79 cm 121- 153 g Abril – Julho Cerca de 4000 casais reprodutores.

Distribuem-se pelo Leste da América do Norte, Europa e Ásia central;

No Inverno migram para a costa Leste da América do Sul, África do Sul e Austrália. Sterna dougallii Garajau-rosado Roseate Tern 76 a 79 cm 106-133 g Abril – Julho Pequenos peixes, principalmente peixe-pau, chicharro, sauri, trompeteiro, peixe-agulha, goraz e mesopelágicos. A dieta pode variar consideravelmente entre colónias e de ano para ano.

Todas as ilhas dos Açores. Entre 400 e 1050 casais reprodutores. Em praias de areia ou calhau, ilhéus e escarpas. Nos Açores nidificam preferencialmente em ilhéus, em grande parte devido à perturbação humana.

Distribuem-se pelo Norte da América, América Central, Venezuela, Europa (Irlanda, Inglaterra e Açores).

No Inverno migram para a costa Este da América do Sul e África do Sul.

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Espécies Envergadura Peso Período Reprodutor Alimentação Ilhas de nidificação Estimativas populacionais nos Açores

Habitat Distribuição geográfica e

migrações Gaivotas - ORDEM Charadriiformes; Família Laridae

Larus cachinnans atlantis Gaivota Ganhoa Yellow-legged Gull 137-142 cm 750-1100 g Maio – Julho Oportunistas, alimentam-se de peixes epipelágicos, mesopelágicos e bênticos, ratos, outras aves, lixo, etc.. Todas as ilhas dos Açores. Cerca de 6400 indivíduos. Grande diversidade de habitats, incluindo ilhéus, lagoas, costas rochosas, etc..

Única ave marinha residente nos Açores.

Fontes:

CRAMP, S. & SIMMONS, K.E. 1977. Handbook of the Birds of Europe, the Middle East and North Africa: The Birds of the Western Paleartic, vol 1. Oxford University Press.

FEIO, R. 1997. Utilização de jangadas no recenseamento da população de cagarro Calonectris diomedea borealis (Cory 1881) nos Açores. Relatório de estágio da Licenciatura em Biologia Marinha e Pescas da Universidade do Algarve.

HARRISON, P. 1989. Seabirds of the world: a photographic guide. Christopher Helm. London.

MONTEIRO, L. R., RAMOS, J. A. & FURNESS, R. W. 1996. Past and present satus and conservation of the seabirds breeding en the Azores archipelago. Biological Conservation 78: 319-328.

PEREIRA, J., 1997. Comparação da alimentação e crescimento de crias em duas espécies simpátricas de garajau (Sterna hirundo; Sterna dougallii) nos Açores. Relatório de estágio da Licenciatura em Biologia Marinha e Pescas da Universidade do Algarve.

WARHAM, J. 1996, The behaviour, population, biologt and physiology of the Petrels. Academic press. London. WARHAM, J. 1990, The Petrels: their ecology and breeding systems. Academic press. London.

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