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09 a 11 de dezembro de 2015 Auditório da Universidade UNIT Aracaju - SE

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Academic year: 2021

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09 a 11 de dezembro de 2015

Auditório da Universidade UNIT

Aracaju - SE

REALIZADORES

REDE DE SANEAMENTO E ABASTECIMENTO DE ÁGUA – RESAG/REMESP

INSTITUTO TECNOLÓGICO E DE PESQUISAS DO ESTADO DE SERGIPE - ITPS

REDE DE MONITORAMENTO AMBIENTAL – REMA/INSTITUTO DE TECNOLOGIA E PESQUISA – ITP

DIFICULDADES NA AQUISIÇÃO DE MATERIAS DE REFERÊNCIA E NA OFERTA DE

ENSAIOS DE PROFICIÊNCIA PARA ATENDIMENTO AO ITEM 5.9 - GARANTIA DA

QUALIDADE DE RESULTADOS DE ENSAIOS E CALIBRAÇÃO

DA NORMA ABNT ISO 17025:2005

Carneiro, Fátima do Souto

1

,Teixeira, João Ricardo Fonseca

2

, Da Rocha, Genilda Pressato

3

, Machado,

Alessandro Conceição

4

1

SENAI-RJ –IST Ambiental – Sistema Firjan, Rio de Janeiro, Brasil, fcarneiro@firjan.org.br

2

SENAI-RJ –IST Ambiental – Sistema Firjan, Rio de Janeiro, Brasil, jrteixeira@firjan.org.br

3

SENAI-RJ –IST Ambiental – Sistema Firjan, Rio de Janeiro, Brasil, grocha@firjan.org.br

4

SENAI-RJ –IST Ambiental – Sistema Firjan, Rio de Janeiro, Brasil, ammachado@firjan.org.br

RESUMO

O mercado globalizado vem demandando novas abordagens para a questão da Metrologia e Qualidade. A implantação de um sistema de gestão da qualidade em laboratórios baseada na norma NBR ISO/IEC 17025:2005 é reconhecido como sensor, monitorando, controlando e promovendo melhorias no processo, alavancando a competitividade dos serviços envolvidos, trazendo benefícios para os laboratórios e, consequentemente, para seus clientes.

A qualidade favorece um elevado grau de competitividade das empresas nacionais, pois um processo produtivo deve estar sempre que possível fundamentado em normas técnicas, procedimentos e/ou especificações, visando à obtenção de produtos que satisfaçam às necessidades do mercado consumidor. Para que isto ocorra dentro dos limites planejados, são realizadas medições e ações de controle desde o inicio do processo até a apresentação dos resultados. Para a garantia da confiabilidade das medições, é imprescindível a realização de um processo de comparação com os padrões, processo este chamado de calibração, que é um dos processos básicos da aplicação da Metrologia e que assegura qualidade dos ensaios.

Este artigo tem como objetivo, pontuar alguns aspectos impactantes identificados pelos laboratórios do Instituto Senai de Tecnologia Ambiental - IST Ambiental no período de 2012 a 2014, para atendimento ao item 5 - Requisitos técnicos, da norma supracitada, visando à garantia da qualidade dos ensaios estabelecidos nas normas ambientais.

Serão apresentados dados relativos às dificuldades, disponibilidade e aquisição dos materiais de referência necessários no processo de validação das metodologias, assim como a participação nos ensaios de proficiência e/ou programas interlaboratoriais.

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Palavras chaves: Ensaios de proficiência, Material de referência certificado, ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005

INTRODUÇÃO

A metrologia e a qualidade são fatores impactantes para a competitividade dos laboratórios de ensaios ambientais e decisivo para o apoio no atendimento à legislação ambiental brasileira. Com o acirramento da competição, como consequência da economia globalizada, a questão da adequada abordagem no trato da qualidade passou a ser uma questão de sobrevivência no mundo empresarial. No Brasil, a partir do início da década de 90, vem sendo observado um grande movimento em prol da melhoria da qualidade de produtos e serviços. A criação pelo Governo Federal do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade, a abertura econômica, que expôs as empresas brasileiras a um ambiente de grande competição, a conscientização do cidadão brasileiro enquanto consumidor, que passou a exercer mais plenamente seus direitos e deveres, e a estabilização da moeda foram fatores indutores e decisivos para esse movimento O mercado globalizado vem demandando novas abordagens em termos da questão da metrologia e qualidade. Uma adequada gestão pela qualidade, que tem decisiva contribuição para alavancar a competitividade, passou a ser decisiva para a sobrevivência das empresas, no ambiente de grande competição hoje observado.

A adoção de adequadas práticas de gestão da qualidade, normalização, metrologia e avaliação da conformidade, demonstram a garantia da confiabilidade das medições.

Os Laboratórios acreditados na norma ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005 devem demonstrar a Coordenação Geral de Acreditação do Inmetro - Cgcre que são capazes de gerar resultados tecnicamente válidos e garantir seu sistema de gestão baseado nesta norma [1]. Seguindo o requisito 5.9 desta norma, a validade e a confiabilidade dos ensaios realizados devem ser monitoradas e pode incluir a participação em programas de ensaios de proficiência, uso regular de materiais de referência certificados - MRC, controle interno da qualidade utilizando materiais de referência secundários, realizar ensaios replicados usando os mesmos ou diferentes métodos.

Os ensaios de proficiência são ferramentas essenciais para se monitorar o desempenho do laboratório, validar os valores de incertezas declarados, avaliar o desempenho do método e da equipe, bem como identificar problemas sistemáticos relacionados às atividades e ensaios, gerando ações corretivas e preventivas. A periodicidade de participação em ensaios de proficiência está definida no documento NIT-DICLA-026 e depende de uma série de fatores, incluindo: custos, possibilidade de envio das amostras e, ainda, disponibilidade de programas nas áreas desejadas. As dificuldades significativas devem ser pontuadas e analisadas criticamente e geradas ações para manter a confiabilidade do método, como por exemplo, realização de ensaios bilaterais, comparações interna utilizando MRC, além dos controles de qualidade de rotina.

Os ensaios de proficiência podem ser consultados na base de dados European Proficiency Testing Information System - EPTIS (http://www.eptis.bam.de), porém, no caso de ensaios de proficiência internacionais devem ser pontuadas algumas dificuldades como altos custos, processo burocrático de importação, retenção prolongada das amostras pelas instituições responsáveis na avaliação do processo de importação no Brasil, podendo comprometer as características das amostras, assim como seu prazo de validade.

A garantia da qualidade dos resultados analíticos é acompanhada através de participação em diversos programas de ensaios de proficiência promovidos por entidades nacionais e internacionais, na utilização de materiais de referência, além de outros controles realizados durante os ensaios.

A participação em ensaios de proficiência é uma ferramenta relevante para a validação dos métodos, pois além de avaliar reprodutibilidade permite:

• Determinar o desempenho individual dos laboratórios para os ensaios propostos; • Monitorar de forma contínua o desempenho dos laboratórios;

• Identificar tendências positivas ou negativas nos processos de medição;

• Propiciar subsídios aos laboratórios para a identificação e solução de problemas analíticos; • Demonstrar a confiabilidade dos resultados;

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A importância da utilização de materiais de referência certificado é apresentada no documento denominado DOQ-CGCRE-016 - Guia para seleção e uso de materiais de referência, disponível no site do Inmetro [1], em que relata ser uma importante ferramenta na determinação de muitos aspectos da qualidade de medição e são usados para fins de validação de métodos, calibração, estimativa da incerteza de medição, treinamento, controle de qualidade interno e Garantia da Qualidade externa (ensaios de proficiência). Num sentido mais amplo, a validade de medições pode ser assegurada quando:

• São usados métodos e equipamentos validados;

• Pessoal qualificado e competente está encarregado da execução da medição;

• Comparada com medições realizadas em outros laboratórios (rastreabilidade e incerteza de medição); • O resultado da medição está respaldado diante o desempenho satisfatório em ensaios de proficiência;

Infelizmente não se encontram disponíveis no Brasil, ensaios de proficiência e materiais de referência, quanto menos, MRC’s, contemplando todos os ensaios químicos referenciados na legislação ambiental brasileira. Apenas algumas técnicas analíticas mais rotineiramente empregadas e matrizes restritas são amplamente contempladas.

A figura 1 apresenta um resumo de alguns requisitos técnicos relevantes para atendimento à norma ABNT ISO 17025:2005.

Fig. 1: Requisitos técnicos ABNT NBR ISO/IEC 17025:2005

OBJETIVO

Este artigo tem como objetivo, pontuar alguns aspectos identificados pelos laboratórios do IST Ambiental no período de 2012 a 2014, que impactam no atendimento ao item 5 - Requisitos técnicos, da norma supracitada, visando à garantia da qualidade dos ensaios estabelecidos nas normas ambientais.

Serão pontuadas a carência de provedores ensaios de proficiência e produtores de MRC nacionais e as dificuldades encontradas para a importação dessas amostras, visando atender aos requisitos da norma ABNT ISO 17025 e contemplar os parâmetros da legislação ambiental brasileira.

MÉTODOS E MATERIAIS

Os laboratórios do IST Ambiental são credenciados INEA desde 1992 e acreditados na norma ABNT ISO 17025:2005 desde 2007, e vem constantemente aumentando seu escopo e buscando a implementação de novos métodos de análises que proporcionem resultados mais precisos e apropriados para sua utilização. Sabendo da importância dos resultados analíticos de amostras ambientais para as tomadas de decisões nos programas de controle ambiental bem como no atendimento às demandas legais.

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Atualmente os laboratórios do IST Ambiental são acreditados em aproximadamente 250 parâmetros distribuídos nas áreas ambientais, higiene ocupacional e toxicologia. Na área ambiental o escopo contempla uma grande variedade e complexidade das matrizes ambientais, representando 40% do total analítico acreditado.

A Cgcre através do documento NIT-DICLA-026 estabelece alguns requisitos específicos aos laboratórios de ensaio acreditados na norma 17025, como a participação ensaios de proficiência, a cada 04 anos, de parte significativa do escopo acreditado, e, a cada ano, para ensaios químicos em água, a cada ano.

O IST Ambiental utilizou o planejamento quadrienal para ensaios de proficiência, do período de 2012 a 2014, como uma ferramenta para identificar as necessidades de provedores ensaios de proficiência e produtores MRC a nível Brasil que contemplem os parâmetros descritos nas principais normas brasileiras como, por exemplo: RESOLUÇÃO 357, de 17 de março de 2005, RESOLUÇÃO CONAMA N° 396, de 3 de abril de 2008 e PORTARIA MS 2.914, de 12 de dezembro de 2011 [3].

Mencionamos abaixo as dificuldades encontradas para a aquisição dos materiais de referência necessários para o processo de validação das metodologias e garantia da qualidade, como também a participação nos programas de ensaios de proficiência e/ou interlaboratoriais:

As amostras de ensaios de proficiência e MRC enviados por provedores e produtores internacionais ficam retidas em nossos aeroportos, por um longo tempo, aguardando a inspeção e liberação dos órgãos responsáveis.

Em 2012, vivenciamos uma situação onde contratamos 12 rodadas de ensaios de proficiência na matriz água com um provedor Espanhol e todas as amostras ficaram retidas no aeroporto brasileiro, comprometendo as características da amostra, extrapolando o prazo de envio dos resultados e indisponibilizando nossa participação no programa previsto.

No período acima mencionado, não foi identificado no site EPTIS ensaios de proficiência que contemplassem os parâmetros: sólidos sedimentáveis, berílio, tálio, sulfeto, cianeto, uranio, tetracloreto de carbono, Cromo hexavalente e Cromo trivalente, para a matriz água.

Não foi encontrada oferta MRC, para os parâmetros supracitados, nos principais produtores nacionais e internacionais.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Em função das dificuldades relatas, percebemos a ausência de documentos oficiais que informem e facilitem o processo de logística das amostras pelos aeroportos brasileiros. Identificamos também uma carência no mercado nacional e internacional de produtores de MRC e ensaios de proficiência que atendam os parâmetros das demandas pertinentes a legislação ambiental brasileira.

Além disso, as dificuldades apresentadas impactam diretamente o processo de validação de métodos e consequentemente o processo de acreditação junto a Cgcre, tornando o processo oneroso e aumentando o indicador de homem/hora dos laboratórios.

CONCLUSÕES

Concluímos que pelo cenário apresentado que existe a necessidade de ações eficazes por parte da Cgcre que incentivem aos provedores de ensaios de proficiência e produtores de materiais de referência a suprir a carência de ensaios de proficiência e MRC’s que atendam aos parâmetros prescritos nas normas ambientais brasileiras. Também a criação de procedimentos que facilitem os fluxos dentro das aduanas brasileiras no processo de importação dessas amostras.

Com certeza, essas pequenas se traduzirão no incentivo do cumprimento dos requisitos da norma ABNT ISO 17025:2005, gerando a diminuição das não conformidades para os laboratórios, impactando positivamente a manutenção e/ou aumento do escopo de acreditação e a competência técnica dos laboratórios perante o mercado.

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Agradecemos ao Sistema Firjan, ao SENAI e ao IST Ambiental pelo estímulo a produção científica e a RESAG e pelo apoio que tem tornado essa atividade produtiva e gratificante.

REFERÊNCIAS

[1] INMETRO Documentos necessários para acreditação – Disponível em:

http://www.inmetro.gov.br/credenciamento/organismos/doc_organismos.asp?tOrganismo=CalibEnsaios . Acesso em 27/09/2015

[2] EPTIS. Ensaios de proficiência. Disponível em: https://www.eptis.bam.de/ Acesso em 27/09/2015 [3] Ministério do Meio Ambiente. Conama 357 e Conama 396 . Disponível em:

http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=562. Acesso em 27/09/2015 [4] ANVISA – Portaria 2914 do Ministério da Saúde. Disponível em:

http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/Anvisa+Portal/Anvisa/Inicio/Laboratorios/Publicacao+Laboratorios/Laboratorios/Rev isao+da+Portaria+GM+MS+N+2914+2011+Procedimentos+de+controle+e+de+vigilancia+da+qualidade+da+agua+para+cons umo+humano+e+seu+padrao+de+potabilidade6 Acesso em 27/09/2015

[5] J. A. Almeida, A. C. Pires, “Acreditação: Vantagens e dificuldades da implementação de um Sistema da Qualidade num laboratório de ensaio e /ou calibração”, 2006

[6] SCIENTIA CHROMATOGRAPHICA – Disponível em : http://www.scientiachromatographica.com/files/v1n3/v1n3a6.pdf . Acesso em 04/10/2015.

[7] MRC Material de referência certificado – Disponível em: http://www.erm-crm.org/Pages/ermcrmCatalogue.aspx . Acesso em 04/10/2015

Referências

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